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TÍTULO I
Princípios e Conceitos
TÍTULO II
Princípios
1. PRINCÍPIO DA PROVENIÊNCIA
Usaremos a definição de Duchein (1977) por ser muito pedida. Segundo ele, o
respeito aos fundos consiste em manter os arquivos agrupados, sem misturá–los aos
outros provenientes de uma administração, instituição ou de uma pessoa física ou
jurídica. É fundamental o respeito à origem dos documentos. Ou seja, os arquivos
devem ser organizados por fundos ou núcleos de uma mesma fonte
produtora/geradora, não devendo ser misturados aos de outras fontes.
OBS.: O princípio da proveniência e o resultado de sua aplicação — o fundo de arquivo —
impõem-se à arquivologia, pois esta tem como objetivo administrar documentos de
pessoas físicas ou jurídicas.
CESPE – ABIN – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – 2018
OBS.: O princípio norteador dos fundos de arquivos é o ORGÂNICO-ESTRUTURAL.
CESPE – IFF – ARQUIVISTA – 2018
OBS.: Na organização de arquivos, o princípio da proveniência fundamenta os principais
procedimentos.
CESPE – STM – TÉCNICO – 2018
O termo “respeito aos fundos" é muito cobrado. Viu na prova? Saiba que
estão falando de proveniência.
OBS.: O princípio da procedência PROVENIÊNCIA, também chamado de princípio do respeito
aos fundos, dispõe que tudo o que for produzido por uma entidade coletiva, pessoa ou
família não deve ser misturado aos fundos de outras entidades produtoras.
CESPE – SEDF – TECNICO – 2018
OBS.: O princípio da proveniência, cujo objetivo é gerar o fundo de arquivo, é o primeiro
princípio a ser aplicado na classificação dos documentos de arquivo.
CESPE – EMAP – ASSISTENTE – 2018
É bom você saber que existem dois tipos de fundos. Note que são conceitos
bem intuitivos.
Fundo fechado: fundo que não recebe acréscimos de documentos, em função
de a entidade produtora não se encontrar mais em atividade. Digamos, por exemplo
que o Instituto Darwin feche as portas definitivamente e seja extinto. Não poderia
receber acréscimos de documentos. Atenção: Veja um exemplo. Voltemos ao
Instituto Darwin. Imagine que ele tenha fechado as portas em 31/12/2015. Mas, algum
ex–pesquisador, em 2017 (o fundo já estava fechado) descobriu que havia uma
pesquisa de 2013(fundo aberto) que ele esquecera de levar para o Instituto. E ela
tratava de toda a documentação de um tipo de pássaro: o concurseirus desesparadus.
Ora, o pássaro foi descoberto quando o Instituto Darwin ainda estava em
funcionamento, portanto, faz parte do Fundo daquela Instituição e deve ser incluída,
por isso, no fundo fechado.
Fundo Aberto: quando ainda podem ser acrescentados novos documentos em
função do fato de a entidade produtora continuar em atividade.
OBS.: Os arquivos de um órgão público existente há mais de cem anos fazem parte de um
fundo aberto.
CESPE – ABIN – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – 2018
2. ORGANICIDADE
Segundo Heloísa Bellotto os arquivos refletem a estrutura, as funções e as
atividades da entidade produtora/acumuladora, em suas relações internas e externas.
3. INDIVISIBILIDADE
Segundo Heloísa Bellotto os fundos de arquivos devem ser preservados sem
dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição indevida. Esse
princípio deriva do Princípio da Proveniência.
4. UNICIDADE
Os arquivos conservam um caráter único em função do contexto em que foram
produzidos. Por exemplo: um boletim de ocorrência policial dos anos 60 só faz
sentido em função de determinada atividade realizada por essa instituição. Cada um
dos documentos deve manter seu caráter único e exclusivo, pois foram criados para
atender a uma necessidade específica na estrutura organizacional. Cuidado com
pegadinhas clássicas! Esse princípio não quer dizer que não pode haver cópias dos
documentos. Isso não existe.
OBS.: O documento de arquivo é considerado único se produzido em uma única via e
múltiplo MESMO QUE HAJA CÓPIAS SERÁ CONSIDERADO ÚNICO , embora seu conteúdo seja
único, é remetido a diferentes destinatários.
CESPE – SEDF – TÉCNICO – 2018
OBS.: Define-se cópia, no sentido arquivístico, como o mesmo conteúdo no mesmo contexto
ou conjunto.
CESPE – EMAP – ASSISTENTE – 2018
5. CUMULATIVIDADE ou NATURALIDADE
O arquivo deve ser tratado como uma “formação progressiva, natural e
orgânica". De acordo com Lodolini, essas características levam à sedimentação. Ou
seja, há um enriquecimento do arquivo com essa formação contínua.
7. OUTROS PRINCÍPIOS
Como citei anteriormente, há alguns outros princípios. Vou citar a maior parte
deles, pois podem aparecer nas provas:
a) Princípio da Territorialidade – diz que os arquivos públicos devem fazer
parte do território no qual foram criados, devendo pertencer a eles.
OBS.: A aplicação do princípio da territorialidade NÃO restringe-se ao nível nacional.
CESPE – ABIN – OFICIAL DE INTELIGÊNCIA – 2018
b) Princípio da Reversibilidade – Se necessário, o procedimento ou tratamento
aplicado nos arquivos poderá ser revertido.
c) Princípio do respeito à ordem original ou ordem primitiva: a organização que
foi realizada pela entidade produtora deve ser preservada, seguindo o fluxo
natural com que os documentos foram criados.
OBS.: Na ordenação interna do fundo de arquivo, aplica-se o princípio da reversibilidade
ORDEM ORIGINAL.
CESPE – SEDF – ANALISTA – 2017
OBS.: A colocação de determinado documento no seu lugar de origem, dentro do fundo de
onde provém, obedece ao princípio da ORDEM ORIGINAL.
CESPE – IFF – ARQUIVISTA – 2018
d) Princípio da indivisibilidade ou integridade arquivística – os fundos de
arquivo ou documentos devem ser conservados sem que ocorra mutilação,
danos, dispersão, redução (subtração) ou qualquer tipo de acréscimo indevido.
Devem ser mantidos íntegros.
e) Princípio da Autenticidade – diz que os documentos devem ser criados,
guardados e conservados respeitando as normas, técnicas e processos que
garantam sua veracidade e confiabilidade (LegalDiploHist).
OBS.: A autenticidade de documentos arquivísticos envolve os aspectos LEGAL, DIPLOMÁTICO
E HISTÓRICO.
CESPE – IFF – ARQUIVISTA – 2018
TÍTULO III
Teoria Das Três Idades – Ciclo Vital Dos Documentos
O ciclo vital dos documentos é composto por três etapas essenciais (CIP):
1. Corrente (ou arquivo de primeira idade);
2. Intermediária (ou arquivo de segunda idade);
3. Permanente (ou arquivo de terceira idade);
TÍTULO IV
Classificação de Documentos de Arquivo
1. QUANTO AO GÊNERO
Escritos ou Textuais: São documentos no qual a informação se manifesta na
forma escrita ou textual. É o tipo de documento mais comum atualmente, cujos
exemplos compreendem os contratos, relatórios, certidões e o que mais você
conseguir imaginar;
Iconográficos: Esta palavra tem o mesmo radical grego da palavra "ícone" e
ambos remetem à ideia de "imagem". Desta forma, estão compreendidos aqui os
documentos cuja informação se manifeste através de uma imagem estática. Slides e
Fotografias são excelentes exemplos.
Sonoros: são documentos cujas informações estão armazenadas na forma de
áudio. São raros os exemplos ultimamente de documentos puramente sonoros, mas
pense naquelas fitas K-7 de outrora.
Filmográficos: Falamos de documentos na forma de "imagem em
movimento", independentemente de apresentarem áudio. A filmagem é um exemplo
perfeito deste tipo de documento.
Digitais: Gravados em meio digital, demandando, em função desta
característica, equipamentos eletrônicos para sua consulta. Esta aula é um exemplo de
documento digital.
Cartográficos: Aqui é melhor começar pelo exemplo: mapas e plantas
arquitetônicas são documentos cartográficos. Através do uso de escala, representam
grandes áreas através de imagens reduzidas.
Micrográficos: Este aqui você só vai conhecer no seu novo emprego. A
microfilmagem é um processo que será visto posteriormente no curso, sendo o
microfilme e a microficha exemplos deste tipo.
2. QUANTO À ESPÉCIE
A espécie documental é definida através do aspecto externo do documento,
assumido através das informações que nele estejam contidas. Não tem nada a ver com
o suporte do documento, mas com a natureza da informação que ele pretende
passar.
Ensinemos pelo exemplo: Quando eu contemplo uma certidão de tempo de
serviço, eu sei que se trata de uma certidão e não de um contrato, pois as certidões,
como todo documento, apresentam um conjunto próprio de características que
as permitem distinguir de outras espécies de documentos. A certidão normalmente
atesta uma situação fática passada ou presente, ao passo que o contrato enuncia um
conjunto de direitos e obrigações entre as partes que irão assina-lo.
Assim sendo, contrato é contrato e certidão é certidão. E cada qual é uma
espécie documental.
A partir do momento que unimos o conceito de espécie documental a uma
função a ser por ele exercida, teremos o tipo documental. Quando uma certidão
atesta não qualquer informação, mas a informação da minha contagem de tempo no
serviço público que determinada repartição possui em seus assentamentos, esta
classificação se torna um tipo documental.
O tipo é um detalhamento da espécie, assim como a espécie é um
detalhamento do gênero. Por exemplo: Um contrato (espécie) de venda (tipo).
3. QUANTO À FORMA
A forma do documento também é objeto de classificação. Esta classificação se
atenta ao estágio de produção do documento (se completo ou ainda em fase de
elaboração). Veja as classificações mais comuns:
• Minuta (Rascunho);
• Original;
• Cópia
4. QUANTO AO FORMATO
Formato, por outro lado, é classificação atinente ao seu aspecto físico. Está
bastante ligada ao suporte do documento, embora o mesmo suporte possa dar
origem a diferentes formatos. Por exemplo: apesar de servirem-se do suporte
“papel”, livros, cadernos e cartões constituem diferentes formatos de documentos.