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Walter E.

 Williams e uma Crítica Moral
ao Assistencialismo Estatal
Publicado em 24 de junho de 2015 por Charles Gomes em Charles Gomes com 2 Comentários

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Créditos de Imagem: YouTube

Ninguém  tem  direito  a  sorvete  de  graça,  contudo  as  gratuidades  estatais  que  custam  dobrado  para  o
bolso do pagador de impostos e lideram o fundo dosrankings mundiais é vendida como uma gratuidade. A
ganância  política  é  o  pior  tipo  de  ganância,  é  a  ganância  com  violência,  e  disfarçada  de  discurso
filantrópico que faz qualquer publicitário parecer “vendedor de óleo de cobra”. Segundo o Dr. Larry Arnn
do Hillsdale College, direitos naturais tem por características serem verdadeiramente gratuitos pois só há
a  exigência  que  os  outros  cidadãos  respeitem  esses  direitos.  Por  isso,  a  prova  real  de  que  algo  não  é
direito  e  sim  um  “entitlement”  é  quando  este  está  longe  de  não  fazer  nenhuma  demanda  às  outras
pessoas,  é  sim  um  direito  a  ser  custeado  por  elas. A  existência  de   entitlements  legais  coloca  qualquer
governo  em  conflito  direto  com  direitos  naturais  pois  ninguém  tem  direito  à  propriedade  dos  bens  ou  à
vida do seu próximo.

Você deve ter lido o economista Walter E. Williams na página amarela da Veja falando sobre sua visão
liberal, mas ele tem também boas opiniões sobre a moralidade da “caridade” governamental.

Segue o exemplo dado por ele:

Supomos  que  eu  vejo  uma  idosa  vulneravelmente  encolhida  numa  calorosa  grelha  em  um
inverno mortal. Ela está com fome e com necessidade de abrigo e atenção médica. Para ajudar
a mulher, eu caminho até você usando de intimidação e ameaças e demando que você me dê
$200.  Tendo  tomado  seu  dinheiro,  então  eu  compro  comida,  abrigo  e  assistência  médica  à
mulher.  Serei  eu  ser  culpado  de  um  crime?  Uma  pessoa  moral  irá  responder  afirmativamente.
Eu cometi furto por tomar a propriedade de uma pessoa e dar a outra.
A maioria dos americanos iria concordar que seria furto sem levar em conta o que eu fiz com o
dinheiro. Agora vem a parte difícil. Continuaria sendo furto se eu fosse capaz de convencer três
pessoas  a  concordar  que  eu  deveria  tomar  seu  dinheiro?  E  se  eu  conseguisse  100  pessoas  a
concordar  –  100,000  ou  200  milhões  de  pessoas?  E  se  invés  de  pessoalmente  tomar  seu
dinheiro para dar assistência à mulher, eu me juntasse com outros americanos e demandasse ao
Congresso a usar os agentes de Serviço de Renda a tomar seu dinheiro? Em outras palavras,
pode  um  ato  que  é  claramente  imoral  e  ilegal  quando  realizado  privadamente  se  tornar  moral
quando é feito legalmente e coletivamente? Colocando de outra forma, a legalidade estabelece
moralidade? Antes de responder, tenha em mente que escravidão era legal; apartheid era legal;
as  leis  nazistas  de  Nuremberg  eram  legais;  e  os  purgos  estalinistas  e  maoistas  eram  legais.
Legalidade  sozinha  não  pode  ser  o  guia  de  pessoas  morais. A  questão  moral  é  se  é  correto
tomar o que pertence à uma pessoa para dar a outra o que não lhe pertence.

Se  as  justificativas  para  uma  política  pública  também  serve  para  justificar  roubo  ela  não  é  uma  boa
política, instituições de caridade privadas, Igrejas tem sido a maneira de uma sociedade livre resolver seus
problemas,  dando  dinheiro  à  instituições  que  competem  entre  si  por  confiança  no  auxílio  aos
necessitados. Quando se diz que roubos só acontecem por culpa da ausência assistencialista do governo
a mensagem que os bandidos ouvem é: “o governo não está fazendo o papel de roubar para mim, então
eu tenho de fazer valer o meu direito eu mesmo.”. Se é a missão do governo roubar pelos outros, seria
hipocrisia  acusá­los  quando  roubam  para  si,  ou  para  o  partido,  ou  para  empresários.  Quando  se
compreende  que  temos  uma  cultura  implicitamente  pró­crime,  pró­corrupção  onde  a  ética  criminosa
ganha louvores nas universidades o alto índice de criminalidade do Brasil é muito melhor explicado.

Muito mais é gasto com o welfare do funcionalismo do que com o welfare da sociedade. Os pagadores de
impostos que trabalham seis meses de graça para o governo não tem sindicatos que os livre de políticas
de  austeridade. A  ganância  por  altos  salários  e  benefícios  legais  do  Estado  tem  motivado  muito  mais  a
cultura do concurso do que alguma verdadeira vocação em benefício do público.

Políticos do Brasil ainda não descobriram que lutar para proteger o erário e manter o dinheiro no bolso
dos pagadores de impostos é um discurso bom para ganhar votos, mas é exatamente o que lançou Scott
Walker, Gary Johnson, Paul Ryan e Chris Christie aos altos rankings do partido republicano, a ponto de
serem  considerados  presidenciáveis;  precisamente  o  tipo  de  discurso  que  manteve  reeleitos  Reagan  e
Thatcher.  Quando  sindicatos  pressionam  o  governo,  justa  ou  injustamente,  parece  que  se  tem  a
mentalidade  que  o  leite  vem  da  caixinha.  Aparentemente  o  governo  está  sendo  pressionado  por
indivíduos  motivados  por  um  forte  senso  de  anti­governismo,  mas  quem  está  sendo  verdadeiramente
pressionado é a fonte de renda do governo, que é todo o conjunto da sociedade. É tipicamente estranho
que  o  pagador  de  impostos  não  vote  com  o  próprio  bolso,  mas  o  funcionalismo  pode  votar  como
mercenário.  A  base  eleitoral  do  patrão­partido  que  paga  mais  e  cria  mais  empregos  públicos,  e  é
“coincidentemente” de esquerda, sempre pode confiar no voto do eleitorado mais dependente dele, além
de  ser  cada  vez  mais  promovido  se  esse  eleitorado  domina  a  consciências  políticas  das  salas  de  aula.
Mas isso tem um problema: o parasita corre o risco de ficar tão grande que mata o hospedeiro e ambos
morrem. A convulsão econômica da crise atual ainda promete muitas consequências.

Isso não é um problema tipicamente brasileiro. Daniel DiSalvo em seu livro “Governo Contra Si Mesmo”
explica  como  Big  Unions  são  lobistas  tão  nocivos  ao  erário  público  quanto  Big  Banks,  Big  Oil  e  Big
Pharma, levando cidades inteiras à falência. Como exemplos ele dá Detroit, Vallejo, Stockton, Mammoth
Lakes e San Bernardino. Em vários lugares dos Estados Unidos o dinheiro do pagador de impostos vai
para  os  funcionários  do  setor  público,  que  tem  que  obrigatoriamente  dá­los  aos  sindicatos
que patrocinam políticos para aumentar investimentos (mais impostos e maiores salários). Soa familiar?
Arthur C. Brooks explica em seu livro “A Batalha” como uma pequena elite progressista dominou a política
americana desde a crise, e está dividindo o país entre takers e makers. Quando a sociedade toma mais
do  Estado  do  que  contribui,  ignorando  a  curva  de  Laffer,  a  autodestruição  é  iminente,  vide  o  exemplo
grego. O Estado brasileiro também endivida­se com gastos populistas e depois culpa os bancos. A crise
só tem a beneficiar os políticos que jogam com a inveja e ressentimentos públicos.

Chegamos  na  situação  em  que  classes  se  revoltam  entre  si.  Os  juízes  brasileiros  tem  uma  gama
legal de privilégios tão grande que muitos funcionários do setor público acham que estão justificados ao
darem  um  prejuízo  menor  ao  bolso  da  sociedade.  O  Estado  prega  a  igualdade  econômica  para  o  setor
privado, mas o setor público é cheio de discrepâncias salariais em comparação. Conseguimoschocar até
suecos, que apesar não terem moral ainda guardam alguma modéstia escandinava.

O  concurso  para  juiz  é  um  dos  concursos  mais  difíceis  da  União  e  ainda  assim  é  esse  grupo  que  tanto
estudou para o cargo que consegue cometer as maiores tolices quando enfrenta o mundo real, ao ponto
de tentar tirar da internet brasileira YouTube, WhatsApp e ultimamente o Uber (a lista não vai parar por
aí). Talvez por isso, como percebeu Joel Pinheiro, empresas privadas que não são monopólios não fazem
concursos para selecionar os melhores empregados. A situação chega a ser cômica pois quem trabalha
no  direito  do  trabalho  faz  grande  esforço  para  se  livrar  de  ser  regulamentado  pela  CLT  que  tanto  louva
para conseguir o cargo, talvez por saber que os direitos trabalhistas foram adquiridos com os esforços de
muita luta: de Mussolini.

Quando o Estado entra distribuindo gratuidades em um setor econômico, ele entra para competir com o
setor  privado  e  socializar  partes  da  economia  já  que  a  inteira  socialização  dos  meios  de  produção
causaria alarde. Com esse discurso demagógico, ele pode ir dominando cada vez mais o setor a que se
propõe a servir, pois nenhuma entidade privada tem o poder de tomar parte do lucro dos concorrentes,
aumentar os custos dos serviços rivais com regulamentos, encarecer seus produtos com tributos e deixá­
los  caros  demais,  criando  uma  infâmia  popular  pela  exclusão  dos  consumidores  de  baixa  renda.
Causando  tantos  problemas  que  inflacionam  os  esforços  do  livre  mercado  e  assim  pode  justificar  sua
existência e continuar se reelegendo.

O  Estado  quando  invade  uma  área  econômica  está  ativamente  roubando  os  clientes  desse  setor  ao
mesmo  tempo  que  vai  criando  mais  clientes  para  si.  Sobra  ao  mercado  se  regular  para  sobreviver  à
presença  do  intruso,  perdendo  oportunidades  de  criar  novos  empregos  e  expandir  para  competir
internacionalmente. Se um item tão essencial como comida não foi ainda tornado direito humano é porque
os  socialistas  ainda  se  sentem  culturalmente  perdidos  quando  veem  a  abundância  dos  supermercados,
exceto se for Nicolás Maduro, mas ele sempre esteve “à frente da curva”.

E  não  furta  apenas  clientes,  mas  trabalhadores  também.  O  êxodo  do  capital  humano  do  setor  privado
para o público é também um desejo dos socialistas cujo discurso encanta jovens para serem profissionais
da caridade estatal ao invés de gananciosos pagadores de impostos. Mas quando se tem mais pessoas
montadas na carroça que a carregando, a crise do “capitalismo” é iminente.

O clientelismo estatal falha em educar para enriquecer nossas crianças, que acabam buscando a fortuna
na música ou no esporte privados, razão de certo rancor acadêmico. E falha nossos doentes, que dando
dinheiro  para  o  setor  público  e  o  setor  privado  ao  mesmo  tempo,  paga  dobrado  pela  sua  saúde  até
quando  não  a  usa.  A  justificativa  que  “seria  pior  sem”  não  justifica  sermos  os  piores  nos  rankings  de
educação e saúde.

A  fonte  de  renda  de  todo  o  sistema,  como  bem  apontado  por  Olavo  de  Carvalho,    depende  de  alta
desigualdade enquanto prega igualdade:

Todo  esquerdista  que  alardeia  querer  serviços  públicos  gratuitos  para  os  pobres  e  “o  fim  da
desigualdade social” já mostra, só com isso, que está num estado alterado de consciência, seja
causado por intoxicação química ou intoxicação pedagógica. A desigualdade social é a BASE E
CONDIÇÃO  INDISPENSÁVEL  da  gratuidade  de  quaisquer  serviços  públicos.  Se  não  há  uma
classe  rica  da  qual  se  possa  extrair  impostos  para  custear  esses  serviços,  eles  terão  de  ser
custeados  pelos  pobres  mesmos  e  aí  já  não  serão  mais  gratuitos,  embora  continuem  levando
esse nome, exatamente como acontece nos países comunistas. É um raciocínio simples e auto­
evidente, mas não conheço um só esquerdista que seja capaz de compreendê­lo.

O maior benefício da caridade privada é selecionamento, pois nem todos merecem “caridade” compulsiva.
O  bolsa­família  tem  sido  uma  espécie  de  salário  para  quem  cujo  emprego  é  ter  filhos.  Lembro  de  um
relato  de  uma  moça  que  vive  praticamente  de  ser  grávida,  profissão:  freeloader.  Mas  quem  não  se
contenta com uma evidência anedótica basta assistir a série Benefits Street ou ler a autobiografia de Star
Parker.

Isso  sem  contar  a  verdadeira  intenção  dos  políticos  ao  darem  esses  direitos  gratuitos  para  você,  na
verdade estão dando direitos ilimitados para si mesmos sobre o seu bolso.

O  direito  à  saúde  estatal  também  é  o  direito  do  governo  lhe  dizer  o  que  comer  nas  escolas
e que suplementos você pode tomar. Os liberais tem de estar atentos à política de liberação de drogas,
não permitindo que os gastos com esse prejuízo ao erário da saúde pública sejam socializados.

O  direito  à  educação  pública  também  é  o  direito  do  Estado  de  tirar  a  guarda  dos  pais  que  praticam
o  homeschooling,  só  porque  eles  não  deixam  seus  filhos  serem  vítimas  ideológicas  da  sexagésima
educação do mundo, onde crianças geralmente tem de estudar em meio à violência.

Tirar o direito dos políticos de dizer o que devemos estudar nas salas de aula e como nós devemos nos
comportar  para  sermos  saudáveis  é  a  grande  missão  dos  direitos  naturais.  Mas  mais  que  isso,  a
sociedade  precisa  respeitar  uma  das  maiores  contribuições  políticas  dos  judeus  ao  mundo:  os
mandamentos  “não  furtarás”  e  “não  cobiçarás  o  que  tem  seu  próximo”.  Essas  determinações  tornam
imorais  o  ódio  ao  rico,  que  como  diz  Theodore  Dalrymple,  foi  “responsável  por  mais  mortes  no  século
passado que o ódio racial”, e a ética da riqueza pela conquista militar (might makes right), que foi citada
por Dinesh D’Souza em sua defesa ao capitalismo em debate com Bill Ayers.

A  esquerda  quebrou  o  tabu  do  assassinato  no  século  passado.  Socialistas  fabianos  como  George
Bernard  Shaw  pregavam  abertamente  a  morte  dos  improdutivos,  mas  para  esse  século  o  tabu  que  a
esquerda tem se reservado a quebrar é o do roubo.

Se tirarmos os safe nets, que acabam sendo provisoriedades permanentes, as pessoas procurarão uma
maior responsabilidade na condução de suas vidas e praticarão mais a verdadeira caridade. Dar o direito
ao “pursuit of happiness” a todos se transfere em uma maior dignidade e bem estar social, afinal fazemos
política econômica para pessoas, não para colmeias.

A  problemática  está  longe  de  caber  em  um  artigo. A  desordem  espiritual  de burocratas  e  eleitores  é  o
maior impedimento para o embarque de idéias liberal­conservadoras que possam salvar o Brasil de ser
um triste capítulo da civilização. A cura da desordem é uma vacina dolorosa, um remédio amargo e por
isso  é  muito  mais  impopular  que  o  veneno  doce  da  esquerda,  que  atrasa  o  progresso  econômico  e
também social. Só uma renovação ética pode desembaraçar os nós românticos da corda que aprisiona os
brasileiros, e isso obrigatoriamente tem de ser fruto de rios de tinta de um trabalho apostólico.

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