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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SOCIOLOGIA

TEORIA SOCIOLÓGICA II1


FICHAMENTO2
GOFFMAN, Erving. Introdução. In: A Representação do Eu na vida Cotidiana.
Petrópolis: Editora Vozes, p. 11-24, 2002.

Goffman está interessado nas microrrelações sociais dadas pela interação face a face e como se
dá a representação do “eu” em diferentes interações da vida cotidiana.

O autor inicia o texto expondo que as relações entre os indivíduos sociais são inauguradas a
partir das informações que se têm do outro, como uma forma de antecipação de como irá agir.
“A informação a respeito do individuo serve para definir a situação, tornando os outros capazes
de conhecer antecipadamente o que ele esperará deles e o que dele podem esperar. Assim
informados, saberão qual a melhor maneira de agir para dele obter uma resposta desejada.” (p.
11). Ou seja, Goffman propõe que os indivíduos não são sempre os mesmos, pois mudam de
acordo com as diferentes circunstâncias.

Goffman apresenta que “muitos fatos decisivos estão além do tempo e do lugar de interação, ou
dissimulados nela.” (p.12). Desta forma, “o indivíduo terá que agir de tal modo que, com ou
sem intenção, expresse a si mesmo, e os outros por sua vez terão de ser de algum modo
impressionados por ele.” (p.12).

Expressividade: o que o indivíduo transmite e emite através da comunicação – atividades


significativas.
 Transmitir – comunicação tradicional e estrita.
 Emitir – não verbal – objeto do trabalho do autor.
 “inclui uma gama de ações, que os outros podem considerar sintomáticas do
ator, deduzindo-se que a ação foi levada a efeito por outras razões diferentes da
informação assim transmitida.” (p. 12).
“O indivíduo evidentemente transmite informação falsa intencionalmente por meio de ambos
estes tipos de comunicação, o primeiro implicando em fraude, o segundo em dissimulação.”
(p.12).

1
Disciplina obrigatória do Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS/UFF) ministrada pelos
Professores Valter Lúcio de Oliveira e André Dumans Guedes, no segundo semestre de 2018.
2
Fichamento realizado por Mariana dos Santos Vianna, mestranda em Sociologia pelo PPGS/UFF.

1
Caráter provisório das atividades desenvolvidas pelo indivíduo na presença de outros –
interferências dos outros nas ações do indivíduo. (p. 12-13).

Como o indivíduo se apresenta para os outros: “Independentemente do objetivo particular que o


indivíduo tenha em mente e da razão desse objetivo, será do interesse dele regular a conduta dos
outros, principalmente a maneira como o tratam.” (p.13). Ou seja, a representação do Eu está
diretamente vinculada com os objetivos que o indivíduo almeja, seja consciente ou inconsciente.

“Afirmei que quando um indivíduo chega diante de outros suas ações influenciarão a definição
da situação que se vai apresentar. Às vezes, agirá de maneira completamente calculada,
expressando-se de determinada forma somente para dar aos outros o tipo de impressão que irá
provavelmente levá-los a uma resposta específica que lhe interessa obter.” (p. 15).

“Em todo caso, na medida em que os outros agem como se o indivíduo tivesse transmitido uma
determinada impressão, podemos ter uma perspectiva funcional ou pragmática, e considerar que
o indivíduo projetou “efetivamente” uma certa definição da situação e “efetivamente” promoveu
a compreensão obtida por um certo estado de coisas.” (p. 16).

“Sabendo que o indivíduo irá, certamente, apresentar-se sob uma luza favorável, os outros
podem dividir o que assistem em duas partes: uma, que o indivíduo facilmente manipulará
quando quiser, constituída principalmente por suas afirmações verbais, e outra, em relação à
qual parece ter pouco interesse ou domínio, oriunda principalmente das expressões que emite.”
(p. 16).

Jogo de informação: “um ciclo potencialmente infinito de encobrimento, descobrimento,


revelações falsas e redescobertas.” (p.17).

Concordância superficial – “Em geral, as definições da situação projetadas pelos diferentes


participantes são suficientemente harmoniosas, a ponto de não ocorrer uma franca contradição.
(...) espera-se que cada participante suprima seus sentimentos cordiais imediatos, transmitindo
uma visão da situação que julga ser ao menos temporariamente aceitável pelos outros. (...) cala
sobre, ou se mantém neutro em, questões importantes para os outros, mas não imediatamente
importantes para ele.” (p.18).

“Consenso operacional” – Conveniência em evita um conflito aberto. (p. 18).

Importância das primeiras impressões – “À medida que a interação dos participantes progride,
ocorrerão sem dúvidas acréscimos e modificações neste estado inicial de informações, mas é
indispensável que estes desenvolvimentos posteriores se relacionem sem contradição com as
posições iniciais tomadas pelos diversos participantes, ou mesmo sejam construídos a partir

2
delas.” (p. 19)

Quando ocorrem contradições ou quaisquer situações que geram dúvidas sobre os participantes
as interações sofrem interrupções constrangedoras e desagradáveis.

Caráter moral das projeções – “A sociedade está organizada tendo por base o princípio de que
qualquer indivíduo que possua certas características sociais tem o direito moral de esperar que
os outros o valorizem e o tratem de maneira adequada.” (p. 21).

Preocupação do indivíduo em controlar a impressão dos outros diante de sua apresentação.

Resumo: “(...) a interação (isto é, interação face a face) pode ser definida, em linhas gerais,
como a influência recíproca dos indivíduos sobre as ações uns dos outros, quando em presença
física imediata. Uma interação pode ser definida como toda interação que ocorre em qualquer
ocasião, quando, num conjunto de indivíduos, uns de encontram na presença imediata dos
outros. (...) Um “desempenho” pode ser definido como toda atividade de um determinado
participante, em dada ocasião, que sirva para influenciar, de algum modo, qualquer um dos
outros participantes.” (p.23-24).

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