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A morte e o Direito

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Uma análise dos tópicos mais


controversos concernentes ao fim da vida.
1. Introdução

A morte sempre intrigou a humanidade. Nossa consciência racional


com relação ao mundo que nos cerca fez com que desenvolvêssemos
diversas questões e respostas filosóficas com relação a todos os
aspectos a cercam. Para onde vamos? O que acontece? Por que
acontece?

Derivadas de nossas próprias preocupações pessoais, diversos tabus e


discussões éticas acabaram por serem criados. Até onde, como seres
individuais, temos o direito de arbitrariamente acelerá-la, ou mesmo
provocá-la? O Estado deveria se envolver nessas questões, ou a
autonomia deveria ser sempre respeitada?

Esse artigo busca analisar de forma expositiva os diversos tópicos


objetos das tantas polêmicas que envolvem o fim da vida, colocando-
os em contraste com a atual legislação brasileira, assim como com a
ética médica.

2. Eutanásia

2.1 Definição

A eutanásia, no seu sentido restrito, se trata do ato de interromper a


vida de uma pessoa ou auxiliar a sua morte. A vontade do doente é
apenas um dos motivos possíveis para a ocorrência da eutanásia,
havendo também situações nas quais o doente representa uma
ameaça para a sociedade, resultando numa eutanásia eugênica, ou
ainda porque o tratamento da enfermidade implica em elevados
custos, havendo uma eutanásia econômica.
2.2 Análise

A eutanásia não é aceita pela maior parte das culturas e religiões,


como por exemplo no cristianismo e judaísmo, uma vez que iria
contra uma vontade divina de começo e fim da vida e, portanto, o
médico não deve interferir neste dom sagrado. Baseado em tais
valores alguns códigos penais consideram a eutanásia como uma
forma de homicídio, mas em alguns países como a Bélgica, Holanda e
Suíça, a eutanásia é uma prática legal.

As diferentes posturas que envolvem caráter religioso, moral, ético e


social deixam claro o quão complexo é o tema, já que envolve o fim da
vida humana. Aqueles que defendem a eutanásia tem como principal
argumento a liberdade de escolha, o poder de optar entre viver ou
morrer com dignidade em um momento em que existe a consciência
de que o estado da sua enfermidade é tao grave, que não compensa
viver em sofrimento até que a morte chegue naturalmente. Quem
condena a prática de eutanásia, utiliza frequentemente o argumento
religioso de que só Deus tem o direito de dar ou tirar a vida e,
portanto, o médico não deve interferir neste dom sagrado.

A prática de eutanásia pode se dar de duas formas: passiva e ativa. A


eutanásia passiva ocorre nos casos em que a morte do enfermo
acontece por falta de recursos básicos para a manutenção da vida
(falta de água, alimentos, fármacos ou cuidados médicos); a eutanásia
passiva, por sua vez, ocorre quando se recorre a meios externos que
podem acabar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos em
dose excessiva etc.).

O código penal brasileiro não permite a prática da eutanásia. Desta


forma, o médico que interrompe a vida de um enfermo, seja por
compaixão ou porque não ve outra saida para aquele paciente, comete
o homicídio simples indicado no art. 121, sujeito a pena de 6 a 20 anos
de reclusão. Tal fato liga-se intimamente ao direito à vida que é um
direito inviolável da Constituição Federal. Assim como já mencionado,
este é uma tema de alta complexidade, que tem sido abordado pela
comissão de juristas que trabalha em um novo Código Penal.

Faz-se necessário salientar a diferença existente entre eutanásia e


‘suicídio assistido’, que analisaremos mais a frente. O suicídio
assistido é determinado pela vontade do paciente que causa sua
propria morte, ainda que para chegar a esse objetivo ele tenha que
recorrer ao auxílio de outras pessoas. A distanásia, por outro lado, é o
caminho inverso ao da eutanásia. Todos os profissionais da saúde,
sejam eles medicos ou enfermeiros, devem se valer de todos os
instrumentos necessarios e possíveis para dar ao enfermo uma vida
mais duradoura, ainda que no momento sejam raras as chances de
cura e seus padecimentos sejam muito dolorosos. Seja como for, toda
essa discussão está intrinsecamente ligada à questão da dignidade
vida humana.

Também é bastante comum que advogados e juízes confundam os


conceitos de eutanásia e ortotanásia, já que se tratam de conceitos
estritamente médicos, não fazendo parte do campo de conhecimento
jurídico diretamente. A ortotanásia, que também analisaremos,
diferentemente da eutanásia, não se trata da decisão do paciente de
cessas a vida, e sim da decisão pelo fim da vida diante da morte
iminente e inevitável de um enfermo, se tratando de uma opção
menos polêmica, já que não é uma simples abreviação da vida.

Diversos casos reais chocaram e ainda chocam o mundo através dos


anos com casos de eutanásia, como por exemplo em 2010, uma mãe
na Grã Bretanha que por compaixão injetou uma dose de heroína em
seu filho que sofria de uma lesão cerebral irreversível. A mãe se
utilizou de uma identidade falsa em uma primeira tentativa de
amenizar a dor da criança, passando-se por enfermeira para ter
acesso aos medicamentos necessários, no entanto, ela foi presa. Após
receber o direito a liberdade condicional ela efetivamente conseguiu o
seu propósito de diminuir as dores de seu filho, mas foi condenada a
prisão perpetua por seu feito, uma vez que em seu pais a eutanásia é
um crime contra a vida.

2.3 Conclusão

É importante colocar em evidencia o fato de que o julgamento externo


em tais situações é muito complexo, já que apenas aqueles que estão
dentro da situação sabem as dimensões da dor de ver alguém próximo
sofrendo com enfermidades gravíssimas e muitas vezes sem
perspectivas de futuro. Cada caso deve ser individualmente analisado
para que se possa tomar conclusões justas sobre a real situação.
3. Distanásia

3.1 Definição

A distanásia etimologicamente vem do grego “dis”, mal, algo mal


feito, e “thánatos”, morte. O seu termo ainda é pouco conhecido pelo
público em geral, já que é menos praticada em comparação à
eutanásia, e significa exatamente o contrário desta, em vez de “morte
boa”, aqui falamos de uma “morte ruim”. A distanásia, portanto, é o
prolongamento exagerado da agonia, sofrimento e morte de um
paciente, através de tecnologias da medicina.

3.2 Análise

Filosoficamente, a morte é uma dimensão da existência humana, e,


logo, temos direito de morrer com dignidade sem o prolongamento do
sofrimento, o que não significa tampouco o conceito de abreviar a
vida (eutanásia). Sobre este tema, o novo Código de Ética Médica
brasileiro é contra a distanásia, apoiando uma conduta chamada
“ortotanásia”, na qual impede que se prolongue a vida daquele que se
encontra em situação irreversível, que geralmente está hospitalizado,
e impedido de gozar de qualquer atividade intrínseca à vida:

“Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a


realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos
desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os
cuidados paliativos apropriados”.

Ainda há muita prática de distanásia, seja no Brasil ou por outros


lados do mundo, e essas práticas só aumentam com o passar dos anos,
já que novas tecnologias são implementadas, possibilitando ainda
mais a sobrevivência através de aparelhos daquele que não
conseguiria se manter com o seu próprio organismo. É preciso ter
sabedoria ética e perceber quando a vida humana está chegando ao
seu final. Os recursos tecnológicos, além de serem caríssimos gerando
um gasto desnecessário, proporciona sofrimento ao enfermo e
também aos seus familiares numa extensão da dor, já que não há
possibilidade de reversão da morte.

Nos casos concretos, muitas vezes se torna difícil tomar uma decisão
ética com a confiança de fazer o certo, seja em relação à decisão
familiar quanto ao seu ente enfermo, ou seja quanto ao juiz ao ser
demandado em relação ao futuro deste paciente. As pessoas acabam
tendo posturas duvidosas quando se tratam de entes queridos por não
saberem equilibrar seus sentimentos de amor com o fato de deixar a
vida se acabar naturalmente. No fim das contas, é complexo aceitar a
inevitabilidade da morte quando se trata de alguém amado, se
tornando necessária a percepção de que estender o sofrimento não vai
devolver a vida em suas características cotidianas para aquela pessoa,
pelo contrário, apenas estenderá a dor da morte para todos. O que se
prolonga é o processo de morrer, e não a vida propriamente dita.

No cotidiano, quem fica responsável pelo reconhecimento da prática


de distanásia são os enfermeiros, que precisam conhecer bastante
bem os conceitos desta para poderem evitar as situações que fazem da
morte algo indigno. Garantir a morte digna é um direito de todo ser
humano, buscando sempre medidas éticas nas escolhas dos
tratamentos nos casos de situações terminais, e, é claro, buscando os
princípios bioéticos para reconhecer a distanásia em sua prática e
evitá-la. No entanto, não se pode esquecer da opinião da família e do
próprio paciente, buscando um equilíbrio nas decisões.

Há diversos exemplos famosos do prolongamento da morte, como o


próprio Tancredo Neves no Brasil. E um exemplo mundialmente
famoso, foi o de uma jovem italiana que após 17 anos em coma, teve a
sua respectiva morte! No entanto, isto não foi facilmente resolvido, já
que as vésperas do momento de desligar seus aparelhos, o governo
italiano ainda procurou impedir através da assinatura de um decreto,
gerando uma polêmica enorme. Felizmente, a morte se concretizou
em 1992, cessando a tortura para a sua família, e permitindo que a
vida se concluísse como deve ser, já que não havia esperanças de
volta para esta mulher.

3.3 Conclusão

Valores religiosos, culturais e afetivos influenciam muito quanto a


questão é o momento da morte, porém é preciso observar o cuidar
ético, e por isso mesmo que na ética médica se deixa claro que apesar
do dever de utilizar-se de todos os meios baixo o alcance do
profissional para defender a vida de seu paciente, não se pode usar de
seus conhecimentos para causar qualquer dano físico ou moral
naquele que está aos seus cuidados. Sendo assim, percebemos a
crueldade da distanásia, já que seus pacientes permanecerão na dor,
quando não há qualquer esperança de alta e de retorno à vida para
eles.

4. Ortotanásia

4.1 Definição

O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa conceitua ortotanásia


como a morte natural, normal, do paciente. Etimologicamente,
ortotanásia significa morte correta, orto: certo, thanatos: morte.
Significa o não prolongamento artificial do processo de morte, além
do que seria o processo natural, feito pelo médico (BORGES, 2001, p.
287).

4.2 Análise

Nessa situação, o doente já se encontra em processo de morte, sendo


que o médico apenas irá contribuir para que o processo siga seu curso
natural, sem interferências que possam prolongar-lhe a vida
(distanásia) ficando autorizado apenas a aliviar a dor e diminuir o
sofrimento, se for o caso. Se estiver em curso algum tipo de
tratamento, este será interrompido. Difere ainda da eutanásia,
porquanto esta acelera o processo de morte do paciente, mas
encontram-se doutrinadores que a conceituam como a “eutanásia
passiva” – considerando essa possibilidade de interrupção do
tratamento de um paciente terminal.

É importante salientar que não se está diante de hipótese do dolo de


atingir e eliminar o bem jurídico vida. Na ortotanásia, o elemento
subjetivo é preservar (a dignidade do paciente que sofre inultimente,
porquanto não há, para ele, nenhuma chance de recuperação). Trata-
se de um ser humano em processo irreversível de morte, sem
nenhuma chance de cura, para o qual se faz a opção de não ministrar
nenhum tipo de tratamento ou intervenção que possa retardar o
processo inevitável.

Analisando a ortotanásia sob o ponto de vista do Direito Penal, tem-se


que é considerada conduta atípica. Contudo, apenas recentemente
chegou-se a essa conclusão, senão vejamos:
No Brasil, iniciou-se a discussão acerca da legalidade da ortotanásia
no Estado de São Paulo, com o advento da Lei nº 10.241/99, de
autoria do médico e deputado Roberto Gouveia, PT/SP, conhecida com
Lei Mário Covas, que versa sobre os direitos dos usuários dos serviços
de Saúde do Estado de São Paulo e prevê, em seu artigo segundo:

Artigo 2º - São direitos dos usuários dos serviços de


saúde no Estado de São Paulo:

I - ter um atendimento digno, atencioso e respeitoso;

[...]

VII – Consentir ou recusar, de forma livre, voluntária


e esclarecida, com adequada informação,
procedimentos diagnósticos e terapêuticos a serem
nele realizados.

[...]

XXIII – Recusar tratamentos dolorosos a vida.

XXIV – Optar pelo local da morte. (BRASIL, 1999)

A lei foi sancionada pelo governador Mário Covas (1999), que teria
dito na ocasião, que assinava a lei como governador e paciente,
porquanto já tinha conhecimento da doença que o acometia. Dois anos
depois, o governador utilizou-se da lei e optou por morrer em sua
casa, cercado de seus familiares, tornando-se o caso brasileiro mais
conhecido da prática de ortotanásia.

Na sequência, a Resolução CFM 1.805/2006 preconizava que “é


permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e
tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de
enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de
seu representante legal.” Tal Resolução foi suspensa por liminar da
Justiça Federal, em 2009, após ação do Ministério Público Federal,
cujo trecho mais elucidativo se transcreve a seguir:

“A lide cinge-se à legitimidade da Resolução CFM nº


1.805/2006, que regulamenta a possibilidade de o
médico limitar ou suspender procedimentos e
tratamentos que prolonguem a vida do doente na fase
terminal de enfermidades graves e incuráveis,
respeitada a vontade da pessoa ou de seu
representante legal”

Impende salientar, inicialmente, que a questão é complexa e


polêmica, como se infere da petição inicial desta ação civil pública,
que tem nada menos que 129 folhas, vindo instruída com os
documentos de fls. 133-296, bem assim das informações preliminares
do Réu, que têm 19 folhas e são instruídas com os documentos
encartados em dois volumes de autos, totalizando mais de 400 folhas.

Na verdade, trata-se de questão imensamente debatida no mundo


inteiro.

Lembre-se, por exemplo, da repercussão do filme espanhol 'Mar


Adentro' e do filme americano 'Menina de Ouro'.

E o debate não vem de hoje, nem se limita a alguns campos do


conhecimento humano, como o Direito ou a Medicina, pois sobre tal
questão há inclusive manifestação da Igreja, conforme a 'Declaração
sobre a Eutanásia' da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé,
aprovada em 05 de maio de 1980, no sentido de que 'na iminência de
uma morte inevitável, apesar dos meios usados, é lícito em
consciência tomar a decisão de renunciar a tratamentos que dariam
somente um prolongamento precário e penoso da vida, sem, contudo,
interromper os cuidados normais devidos ao doente em casos
semelhantes. Por isso, o médico não tem motivos para se angustiar,
como se não tivesse prestado assistência a uma pessoa em perigo'.

Há de se salientar que no Processo 2007.34.00.014809-3, no qual


ocorreu a suspensão da Resolução 1.805/2006 do CFM, o magistrado,
analisando a questão inicial e superficialmente, como convém em
sede de tutela de urgência, e sob a perspectiva do Direito, trouxe a
tese de que “parece caracterizar crime (a eutanásia) porque o tipo
penal previsto no sobredito art. 121, sempre abrangeu e parece
abranger ainda tanto a eutanásia como a ortotanásia, a despeito da
opinião de alguns juristas consagrados em sentido contrário”. Assim,
no sentir deste julgado e de alguma corrente jurisprudencial, a
ortotanásia enquadrar-se-ia no 21, § 1.º, do Código Penal, com
redução de pena decorrente de relevante valor moral ou social.

Entretanto, em dezembro de 2010 o próprio Ministério Público


Federal alterou seu entendimento acarretando na improcedência da
ação e fazendo com que prevalecesse a posição do Conselho Federal
de Farmácia, que nas suas informações preliminares, defendeu que a
ortotanásia não antecipa o momento da morte, mas permite tão-
somente a morte em seu tempo natural e sem utilização de recursos
extraordinários postos à disposição pelo atual estado da tecnologia, os
quais apenas adiam a morte com sofrimento e angústia para o doente
e sua família. Deste modo, prevaleceu na decisão o exercício da
autonomia do paciente em estado de morte iminente.

Após a decisão final no Processo 2007.34.00.014809-3, da 14.ª Vara


Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, iniciou-se a
tramitação no Congresso Nacional do 'anteprojeto de reforma da
parte especial do Código Penal, o qual tem por finalidade inserir o
artigo 136-A que dá tratamento de homicídio privilegiado à eutanásia,
e descrimina a ortotanásia.

Desse modo, a glosa da ortotanásia do artigo 129 do código penal não


pode ser feita mediante resolução aprovada pelo Conselho Federal de
Medicina, ainda que essa resolução venha ao encontro dos anseios de
parcela significativa da classe médica e até mesmo de outros setores
da sociedade.
Ademais, durante o período em que vigorou a suspensão da Res. CFM
1.805/2006, foi editado o Novo Código de Ética Médica (Res. CFM
1.931/2009), que preconiza que o médico evitará a realização de
procedimentos desnecessários aos pacientes:

Capítulo I

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

[...]

XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais,


o médico evitará a realização de procedimentos
diagnósticos e terapêuticos desnecessários e
propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os
cuidados paliativos apropriados.

No capítulo V, que trata da relação com pacientes e


familiares, a resolução preconiza que, nos casos de
doentes terminais, o médico deve evitar
procedimentos inúteis que prolonguem o sofrimento
do paciente:

Capítulo V

RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES

É vedado ao médico:

[...]
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a
pedido deste ou de seu representante legal.

Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e


terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados
paliativos disponíveis sem empreender ações
diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas,
levando sempre em consideração a vontade expressa
do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu
representante legal.

Dessa maneira, fica claro que não há obrigação do médico em


prolongar a vida do paciente a qualquer custo, e a despeito de não
consignar expressamente acerca da ortotanásia, o Novo Código de
Ética Médica preserva, em suas disposições, a autonomia individual e
a dignidade do paciente, que receberá os cuidados necessários ao
alívio de seu sofrimento físico e que terá autonomia para decidir
acerca da continuidade do tratamento após ser devidamente
informado pelo médico de suas chances reais de sobrevivência.

Atualmente, a preocupação com o paciente terminal faz-se presente


no Congresso Nacional onde quatro projetos de Lei acerca da
legalidade da ortotanásia no Brasil tramitam desde 2008, a saber:

1. PL 3.002/2008, de autoria do Deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que


regulamenta a prática da ortotanásia no território nacional brasileiro,

2. PL 5.008/2009, de autoria do Deputado Dr. Talmir (PV-SP), que


proíbe a suspensão de cuidados de pacientes em Estado Vegetativo
Persistente

3. PL 6.544/2009, de autoria dos Deputados Dr. Talmir (PV-SP) e


Miguel Martini (PHS-MG), que dispõe sobre cuidados devidos a
pacientes que se em fase terminal de enfermidade.
4. PL 6.717/2009, de autoria do Senador Gerson Camata (PSDB-ES),
que visa alterar o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), para excluir de ilicitude a ortotanásia no
ordenamento Brasileiro.

Tratando-se de procedimento para o qual não há impedimento legal,


invocando-se o art. 5º, II, da Constituição Federal de 1988 segundo o
qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei” e considerando que não há, na ortotanásia, a
intenção de lesar o bem jurídico vida pois trata-se de paciente em
estado irreversível, que já tenha recebido ou esteja ainda recebendo
os cuidados necessários para sua recuperação hipotética, sem chance
de sucesso, tem-se que não há que se falar em ilegalidade de tal
procedimento. Não há, ainda, ofensa o princípio da dignidade
humana, prevista no artigo 1º, III, da Constituição Federal. Pelo
contrário, o procedimento de ortotanásia busca preservar essa
característica que deve ser indissociável de toda e qualquer vida
humana.

4.3 Conclusão

Poder-se-ia invocar a indisponibilidade da vida humana como


argumento contrário à prática da ortotanásia. Entretanto, quando se
trata de ortotanásia, não falamos de uma situação onde é permitido
que o sujeito faleça por desleixo, ou falta de cuidados, mas sim, de
uma situação onde o paciente está ou esteve sob tratamento, e que
sua morte, a olhos humanos e diante do conhecimento científico à
disposição, é inevitável. O prolongamento de sua vida significaria
prolongar inutilmente seu sofrimento.

Ainda no sentido de não se aceitar tal procedimento como legal,


temos a questão da falibilidade dos diagnósticos e o risco de se
compelir pacientes da rede pública de hospitais a ceder à prática do
procedimento, em razão da escassez de vagas para atendimento da
população em geral.

Contudo, em 2010, quando o Ministério Público Federal deu novo


parecer reconhecendo que a ortotanásia não ofende o ordenamento
jurídico, deu-se o pronunciamento do juiz Roberto Luis Luchi Demo:
“Sobre muito refletir a propósito do tema, chego à convicção de que a
resolução, que regulamenta a possibilidade de o médico limitar ou
suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do
doente na fase terminal, realmente não ofende o ordenamento
jurídico”.

Teoricamente, poder-se-ia inclusive prescindir de qualquer alteração


legislativa, porquanto a previsão constitucional dos direitos à
liberdade e à dignidade humana deve ser invocada na interpretação
do Código Penal. Entretanto, a previsão legal expressa da ortotanásia
como fato atípico (ou lícito) colocaria fim nas discussões a respeito de
sua permissão.

5. Suícidio assistido

5.1 Definição

Etimologicamente, a palavra suícidio deriva do latim, aonde sui


siginifica “próprio”, enquanto cidium significa “matar”. O suícidio
assistido, por sua vez, termo que nasceu na década de 90, nada mais
significa do que o auxílio, normalmente de um médico ou profissional
da saúde, na consumação do ato. Por vezes se confunde ao afirmar
que existe a necessidade daquele que opta pelo suícidio assistido
possuir alguma enfermidade, terminal ou não, que motive sua
escolha, entretanto, não se trata este de um requisito para a
caracterização do termo, mas apenas de uma situação normalmente
legalmente imposta para sua licitude.

5.2 Análise

Suicídio é uma palavra que não nos é estranha. Apesar de casos no


Brasil serem bem mais raros, 6,0 mortes por suicídio a cada 100 mil
habitantes, em comparação com países como Rússia (30,1 a cada 100
mil habitante) e Suécia (12,1 a cada 100 mil habitantes) ou mesmo
com nossa vizinha, a Argentina (7,7 a cada 100 mil habitantes), não é
difícil que se encontre pessoas com amigos ou conhecidos que
acabaram por sofrer com esse fim. Segundo dados da Organização
Mundial da Saúde (OMS), trata-se da segunda maior causa de morte
entre jovens no mundo e está em ascensão no Brasil: entre os anos
2000 e 2012 houve um aumento de 10% nos casos registrados.

A polêmica diante desse tema não é recente, vai aos tempos mais
antigos. No Brasil, o ato em si, ou mesmo sua tentativa, jamais foram
crime, mas na Roma Antiga, por exemplo, o soldado que sequer
tentasse se matar era considerado desertor. Ironicamente, a punição
para esse delito era a morte.

Segundo a corrente cristã, cabe apenas a Deus decidir quando uma


pessoa deve morrer, de forma que passou-se a entender que aquele
que optava por acabar com a própria vida cometia o auto assassinato,
também cometendo assim um grave pecado contra o Senhor. Por
influência dessa ideologia, que se espalhou pela Europa em meio ao
auge do cristianismo, diversos países acabaram por estipular
punições para aqueles que acabavam com a própria vida. Em 1670, a
exemplo, foi emitido um decreto-lei na França que classificava o
suicídio como “uma traição contra si mesmo e contra Deus”, devendo
ocorrências desse tipo serem encaminhadas aos tribunais (caso
possível, o corpo do de cujus inclusive estaria presente nas
audiências). Considerado culpado pela própria morte, o corpo do
morto seria divido em diversas partes, sem ter direito a ser
sepultados em solo sagrado, ditos os cemitérios comuns; além disso,
seus bens e propriedades seriam confiscados pelo Estado. Tal medida
esteve em vigor até o século XVIII.

Punível em nosso país, entretanto, permanece sendo o ato de


participar moral ou materialmente do suicídio de outrem. A base de
tal é o art. 122 de nosso Código Penal, ipsis litteris:

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou


prestar-lhe auxílio para que o faça:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se


consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da
tentativa de suicídio resulta lesão corporal de
natureza grave.

Não há dúvidas, portanto, da proibidade do suicídio assistido no


Brasil, mas que passemos a analisa-lo mais especificamente.
Passada tendência a se punir aquele que atentasse contra si mesmo,
diversas discussões acercas da autonomia individual passaram a
surgir. É a discussão direito a vida versus dever de viver. Fomentada
ao redor do mundo, certos países começaram a regulamentar a
prática por entenderem pelo respeito a autonomia do individuo,
inclusive no que tange ao fim da própria vida.

Um dos principais países responsáveis pela discussão da prática, e um


dos primeiros, inclusive, a permiti-la, a Suíça, possui duas grandes
organizações destinadas a esse fim, a EXIT e a Dignitas. Enquanto a
EXIT apenas atende os nacionais ou residentes permanentes do país,
não cobrando qualquer valor, mas apenas aceitando doações, a
organização Dignitas, que obteve a atenção do mundo ao aceitar
pessoas de qualquer nacionalidade, cobra por volta de quinze mil
reais pelos encargos e custos referentes ao suicídio. Ambas se
apresentam como organizações sem fins lucrativos, mas não abrem
publicamente suas finanças, o que já foi alvo de muitas críticas que
afirmam existir uma indústria da morte em volta dessas instituições.
Tanto a Dignitas quanto a EXIT apenas aceitam assistir àquelas
pessoas que possuem alguma doença terminal, alguma doença grave,
física ou mental, e mais recentemente, idosos, sendo que há um
acompanhamento para se confirmar tais condições, assim como para
que não haja dúvidas de ser essa realmente a vontade da pessoa. Em
referendo realizado em 2011, buscando se proibir o suicídio assistido,
85% dos votantes se manifestaram pela manutenção da possibilidade
de assistência a morte.

Nos EUA, o suicídio assistido é considerado legal nos estados de


Oregon, Washington, Montana, Vermont e New Mexico. Os requisitos
exigidos são:

(1) Estar completa consciência quando da realização do pedido.

(2) Dois diferentes médicos devem confirmar do diagnóstico de


doença fatal, com não mais que seis meses restantes de vida.

(3) Duas testemunhas, sendo pelo menos uma delas sem qualquer
relação com o paciente, devem estar presentes quando do pedido.

(4) Um segundo pedido deve ser feito quinze dias após o primeiro, a
fim de se confirmar a intenção pensada.
No estado do Oregon, a prática foi permitida após votação popular. Já
no estado de Montana, a liberação ocorreu após uma discussão
judicial, aonde um motorista de caminhões chamado Robert Baxter,
diagnosticado com leucemia, buscava ter o direito de antecipar sua
morte para não sofrer com todos os sintomas que ainda se
manifestariam, ou se agravariam. A decisão final, favorável ao autor,
afirmou que as “garantias constitucionais de privacidade individual e
dignidade humana, somadas, abrangem ao direito de um paciente com
doença terminal ter uma morte digna” (tradução livre). Robert
Baxter, infelizmente, morreu em função de sua doença horas depois
da decisão ser proferida.

Não foram encontradas decisões jurisprudenciais no Brasil acerca do


tema.

5.3 Conclusão

É realmente controverso discutir se tratar de autonomia a escolha


pelo fim da própria vida na maioria das hipóteses, visto se acreditar
que 90% dos casos de suicídio derivam de alguma enfermidade
mental, sendo a mais comum a depressão.

Seria correto afirmar que esta o indivíduo consciente em sua escolha


quando algum transtorno afeta sua corrente de pensamento?
Acreditamos que não.

Por outro lado, submeter um ser humano às dores e sofrimentos de


determinada doença, sendo impossível sua cura e certa sua morte,
contra a sua vontade parece crueldade, atentando diretamente contra
o princípio máximo da dignidade da pessoa humana.

Visto tal discussão ainda não ter chego com força ao Brasil, nos resta
esperar pela manifestação de nosso judiciário, assim como de nosso
legislativo sobre possibilidades específicas.

6. Testamento vital e autonomia do paciente

O Testamento Vital consiste em um documento devidamente assinado,


que o interessado juridicamente capaz, declara a que tipo de
tratamento médico deseja ser submetido ao se encontrar em situação
que impossibilite a sua manifestação de vontade, podendo se opor a
futura aplicação de tratamentos e procedimentos médicos que
prolonguem sua vida em detrimento da qualidade da mesma.

Com o reconhecimento e a legitimidade do Testamento Vital pelo


Conselho Federal de Medicina, mudou a conduta do médico brasileiro,
fazendo valer as escolhas individuais relativas aos tratamentos
médicos em um quadro terminal, baseando no princípio da dignidade
da pessoa humana e da autonomia da vontade.

O paciente tem o direito de especificar os limites da assistência que


quer receber, especialmente quando é portador de doença incurável.
Essa foi a posição defendida pelo conselheiro da Ordem dos
Advogados de São Paulo, Antônio Carlos Roselli, durante o II
Congresso Brasileiro de Direito Médico do CFM – evento realizado em
Salvador (BA), nos dias 16 e 17 de agosto.

Para que a vontade do paciente seja sempre respeitada, é necessária a


produção de um testamento vital. “O paciente precisa nomear um
responsável que irá respeitar sua vontade no momento certo. É
sugerido também que se tenha uma conversa com todos os membros
da família”, mencionou Roselli.

Este instrumento, que já existe em países como Espanha e Holanda,


permite ao paciente deixar registrado, por exemplo, que, em caso de
agravamento de seu quadro de saúde, não quer ser mantido vivo com
a ajuda de aparelhos, nem ser submetido a procedimentos invasivos
ou dolorosos.

O conselheiro da OAB-SP também afirmou a necessidade da


concordância com o profissional. O médico tem total liberdade de não
aceitar a interrupção do tratamento. Entretanto, é preciso que o
profissional seja leal com o paciente em deixar claro se ele se sente
seguro para respeitar esta vontade ou não”. Roselli lembra que, para
segurança, além de registrar a intenção no prontuário, também é
importante anexar o testamento vital ao documento.

Desde abril de 2010, consta no Código de Ética Médica o direito de o


paciente ter uma morte escolhida, o chamado testamento vital.
Segundo Roselli, o paciente passa a escolher não ser ressuscitado,
nem mantido vivo através de máquinas ou passar por tratamentos
agressivos. “É diferente da eutanásia, já que não há uma aceleração
para a morte, mas sim a não-interferência no processo natural de
morte”, explica.

"Considero que viver é um direito, não uma obrigação,


como foi o meu caso".

A frase, dita pelo ator Ramón Sampedro na premiada produção


cinematográfica espanhola Mar Adentro, sintetiza a luta pelo direito
de morrer — uma questão da vida real que foi parar da tela dos
cinemas.

O novo instrumento determina que a vontade do paciente em estágio


terminal deve ser conhecida, registrada e respeitada pelo seu médico.
Permite ao paciente registrar, por exemplo, que não ser mantido vivo
com a ajuda de aparelhos, nem submetido a procedimentos invasivos
ou dolorosos.

Válido apenas para pacientes em estágio terminal, ou seja, cuja morte


não tem mais reversão, o documento registra a soberania da vontade
do doente sobre sua família.

Vinculado ao movimento dos cuidados paliativos, o tema envolve uma


série de debates éticos. Embora alguns setores isoladamente possam
discordar da medida, Moacir Arus, professor de medicina legal da
UFRGS e chefe do serviço de dor e medicina paliativa do Hospital de
Clínicas explica que trata-se de uma ortotanásia, ou seja, morte no
tempo certo e natural, impedindo sofrimento extremo muitas vezes
desencadeado pelos próprios tratamentos.

É de grande importância observar que não se pode confundir com


eutanásia, que é a interrupção da vida de forma ativa. Trata-se de
evitar uma distanásia, ou seja, a morte sofrida, prolongada e sem
perspectivas de qualidade.

A Posição Do Conselho Nacional de Medicina e a regulamentação do


testamento vital no ordenamento jurídico brasileiro:
A legitimidade do Testamento Vital é reconhecida pela decisão do
Conselho Federal de Medicina, no documento os pacientes registram o
tratamento que desejam receber quando a morte se aproximar.

No Brasil o CFM não estabeleceu um formato padrão.


O procurador de justiça Dialulas Ribeiro, que
participou da elaboração da resolução do CFM, diz que
“É crucial, porém, que o testamento seja discutido
com um especialista, para não haver nenhum conflito
ético médico [...]” (RIBEIRO, 2012:102).

Os progressos operadores no campo das ciências médicas


contribuíram para a manutenção da vida humana em condições antes
impensáveis, ao mesmo tempo em que impuseram aos pacientes a
sujeição a tratamentos, por vezes, involuntários. Nesse contexto, a
morte aparece como fracasso terapêutico. De outro lado, a concepção
da vida humana como um bem absoluto impede quaisquer valorações
qualitativas da mesma, que deve ser entendida como simples
realidade bio-psicológica. Mas uma interpretação constitucional desse
bem jurídico autoriza a sua consideração ao lado de outros valores
fundamentais, entre os quais, o da dignidade da pessoa humana.

Ao médico já não mais se impõe o dever incondicionado de tratante


aquelas situações em que não haja perspectivas objetivas de que o
paciente possa vir a recuperar a consciência e restabelecer uma vida
de relações, nesse caso a obstinação terapêutica deve ceder.

7. Autonomia do paciente versus periclitação da vida

Periclitação vem de periclitar, que quer dizer estar em perigo;


perigar; ameaçar perigo ou ruína. Nos Crimes de perigo e de dano,
este consuma-se com a efetiva lesão a um bem juridicamente tutelado
e aquele contenta-se com a mera probabilidade de dano. Então para
se configurar um crime de dano será exigida uma efetiva lesão ao bem
jurídico protegido e nos crimes de perigo basta à possibilidade do
dano, ou seja, a exposição do bem a perigo de dano.

O projeto de lei 6.715/2009 aprovado na Comissão de Seguridade


Social e Família pretende regular a prática da ortanásia, mas segundo
a leitura de alguns também da eutanásia, o que levaria inserir o novo
diploma no artigo 121 (homicídio), e não no artigo 136 (maus tratos).
Na ortotanásia não se quer a morte do enfermo para acabar com o seu
sofrimento, mas sim dar a ele o maior conforto material e espiritual
possível até que a morte surja de forma natural, por isso sua
descriminalização, a nosso ver, deve figurar no capítulo que trata dos
crimes de periclitação da vida, da integridade física e da saúde com a
descrição correta e sob a rubrica de ortotanásia.

8. Conclusão

Realmente é este um assunto delicado. Até onde a autonomia pessoal


deve ser respeitada em face da coletividade?

Devemos entender cada caso como único, sem preconceitos. Sobrepor


nossas crenças sob a vida de outra pessoa não é o caminho a ser
seguido.

Todas as polêmicas têm seus motivos e, realmente, o conflito do dueto


”direito a vida” versus “obrigação de viver” parece ser um que
sempre irá existir.

9. Bibliografia e referências

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Biodireito. Local: São Paulo. São Paulo – Brasil. 2013.

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assinar-decreto-para-impedir-morte-de-eluana=f496214. Acesso em:
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morrer dignamente: eutanásia, ortotanásia, consentimento
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ciência da vida, os novos desafios. São Paulo: Ed. Revista dos
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ORTOTANÁSIA - Aspectos Constitucionais e Penais como fundamentos
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