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XIX Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica

Geotecnia e Desenvolvimento Urbano


COBRAMSEG 2018 – 28 de Agosto a 01 de Setembro, Salvador, Bahia, Brasil
©ABMS, 2018

Análise da Influência da Compacidade de Solos Granulares nos


Parâmetros de Resistência da Interface Areia-Geomembrana
Através do Ensaio de Cisalhamento Direto
Lorena Bosser Nepomuceno
Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, lorena.bosser@gmail.com

Pablo dos Santos Cardoso Coelho


Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, pablocardoso_100@hotmail.com

Lucas Deleon Ferreria


Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, lucas@ufop.edu.br

Christ Jesus Barriga Paria


Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, cjbarriga_87@hotmail.com

Romero César Gomes


Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, romero@ufop.edu.br

Eleonardo Lucas Pereira


Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, Brasil, eleonardopereira@gmail.com

RESUMO: A utilização de geomembranas em aterros compactados, com objetivo de criar uma


camada drenante e direcionar fluxos, impermeabilizando as feições abaixo da mesma, é de aplicação
muito corrente em campos como a mineração, por exemplo. Para que as aplicações possam se dar de
maneira adequada, é vital que se conheça os parâmetros de resistência da interface solo-geomembrana
e como estes variam em relação aos demais parâmetros. Este trabalho tem o intuito de analisar o
efeito da variação da compacidade nos parâmetros de resistência de interface, de modo a direcionar
o dimensionamento adequado dos aterros com inclusão deste material, evidenciando a efetividade ou
não do aumento da compacidade relativa para a obtenção do atrito desejado. As análises foram
baseadas em ensaios de cisalhamento direto de pequeno porte com base rígida feitos nas a interfaces
de membranas de PEAD lisa e texturizada com areia de construção civil de Ouro Preto – MG.

PALAVRAS-CHAVE: Geomembrana, Interação Solo-Geomembrana, Cisalhamento Direto.

1 INTRODUÇÃO

A ampla utilização de materiais geossintéticos entre outros. Estes materiais se mostram


em obras de engenharia civil faz crescer a vantajosos devido ao alto padrão de qualidade
necessidade de compreender a fundo o em sua fabricação, a rapidez de aquisição e
comportamento destes materiais em campo. Suas aplicação em campo, e seus custos competitivos.
aplicações são diversas, podendo ser Dentre estes materiais, destacam-se as
empregados em contenção de taludes, controle geomembranas que auxiliam na disposição
de erosões, sistemas de drenagem, reforços de correta e ambientalmente responsável dos
pavimentos, sistemas de impermeabilização, resíduos provindos da mineração, agricultura,
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pecuária, aterros e demais atividades humanas. interface geomembrana-solo. A variação da


Estes materiais são empregados em sistemas de compacidade buscou determinar a influência que
impermeabilização em aterros de resíduos e a compactação do solo adjacente tem na
lagoas de efluentes para conter ou controlar o resistência de interface do conjunto.
fluxo de fluidos e vapores impedindo a Foram realizados ensaios de cisalhamento
contaminação do solo e do lençol freático. direto com corpos de prova de areia de
Os processos mais comuns utilizados para construção civil de Ouro Preto – MG com
fabricação de geomembranas são a calandragem, diferentes graus de compacidade de 50%, 75% e
extrusão e espalhamento superficial. A 90% e geomembranas de PEAD com faces lisas
superfície do material pode ser lisa, sem e texturizadas assentadas sobre bases de
qualquer aspereza, ou texturizada, que madeira.
apresentam rugosidades que buscam aumentar o O trabalho visou contribuir com a melhora de
atrito de interface. sistemas de impermeabilização e drenagem que
Este trabalho concentrou-se no estudo da utilizam combinações de geomembranas e
resistência de interface destes geossintéticos areias. Através da ampliação do conhecimento
bidimensionais, poliméricos, flexíveis e que dos parâmetros de resistência entre
apresentam baixa permeabilidade combinado geomembrana e solo é possível realizar o
com o solo granular empregado em obras na dimensionamento adequado que resulte em
cidade de Ouro Preto e região. maior economia e segurança em obras de
Esta resistência é determinada por fatores engenharia.
como as propriedades físicas e mecânicas do
solo e pelas propriedades mecânicas, superfície
e geometria da geomembrana. 2 METODOLOGIA
A investigação da resistência friccional
mobilizada nas interfaces entre os diferentes A fim de se determinar as propriedades de
materiais pode ser medida tanto em ensaios na resistência ao cisalhamento da geomembrana na
obra quanto em ensaios de laboratório, onde se interface com a areia adotada, foi conduzida uma
busca recriar as condições de campo. O ensaio campanha composta por 30 ensaios de
de cisalhamento direto, empregado aqui, é cisalhamento direto, sendo ensaiados corpos de
amplamente utilizado para a investigação em prova de geomembranas lisas e texturizadas sob
laboratório por recriar planos de ruptura as tensões confinantes de 50 kPa, 100 kPa, 200
paralelos à direção do reforço, que são resistidos kPa, 300 kPa e 400 kPa em três graus de
pelo atrito de interface entre solo-geossintético. compacidade.
As compacidades relativas do solo na
1.1 Objetivos moldagem dos corpos de prova foram 50%, 75%
e 90% o que, segundo Das (2006), caracteriza
É comum a associação de geomembranas com solos medianamente compactos, compactos e
uma camada de solo arenoso para formar uma muito compactos, respectivamente.
camada drenante em sistemas de A areia utilizada foi uma areia de construção
impermeabilização. Sendo assim, é de civil de Ouro Preto – MG. Foram realizados
fundamental importância conhecer os ensaios de caracterização do material a fim de se
parâmetros de resistência na interface entre este determinar a sua granulometria, índice de vazios
geossintético e o solo granular afim de se evitar máximo e mínimo e massa específica dos
a ocorrência de planos de rupturas que sólidos. Obteve-se a curva granulométrica
desestabilizem sistemas de impermeabilização representada na figura 1.
de aterros.
Investigou-se, neste artigo, a influência da
compacidade relativa do solo na resistência de
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Tabela 2. Características das geomembranas utilizadas nos


ensaios (Fornecido pelo Fabricante)
Geomembrana Geomembrana
Características
Lisa Texturizada

Espessura (mm) 1,50 1,50


Densidade (g/cm3) 0,94 0,94
Altura da aspereza
- 0,45
(mm)
Resistência à
tração na ruptura 40 16
(kN/m)
Alongamento na
700 100
ruptura (%)
Figura 1. Curva de distribuição granulométrica do solo.
Os ensaios foram realizados em equipamento
Um resumo da distribuição granulométrica do automatizado do fabricante Martins Campelo
solo utilizado é apresentado na tabela 01. modelo CSC-1000. O equipamento realiza
ensaios de cisalhamento direto em solos e rochas
Tabela 1. Resumo da distribuição granulométrica do solo
em caixas de pequeno porte e possui
Distribuição Granulométrica (%)
funcionamento servo controlado e sem o uso de
Areia pesos cambiáveis manualmente.
Argila Silte
Fina Média Grossa A caixa de cisalhamento utilizada possui
0,2 5,0 4,3 74,3 16,2 dimensões de 100 mm de largura, 100 mm de
comprimento e 25 mm de altura. Apesar de a
A partir dos resultados da curva de distribuição norma brasileira estabelecer medidas mínimas
granulométrica, verifica-se que o solo é de largura, comprimento e altura maiores do que
puramente arenoso. Além disso, apresenta grãos as adotadas para a análise proposta, sabe-se que
arredondados e coeficiente de não uniformidade resultados satisfatórios são encontrados para a
(CNU) de 2,18, característico de materiais com análise das propriedades de resistência da
granulometria uniforme. Além disso, seu interface solo-geomembrana em areias, como
coeficiende de curvatura, CC, foi igual a 0,97, o apontam Koerner (1991 apud Alves, 2012) e
que indica ser um material mal graduado. (Pinto, Blond e Elie (2012). Justifica-se assim a adoção
2006). A peso específico dos grãos (γs) obtida da caixa de cisalhamento de pequeno porte.
para a areia analisada foi de 25.889 kN/m³ e os A montagem dos corpos de prova foi feita de
índices de vazios máximos e mínimos (emáx e maneira análoga à descrita na norma ABNT
emín, respectivamente) obtidos foram de 0,906 e NBR ISO 12957-1:2013, utilizando-se uma base
0,640. Os ensaios de cisalhamento direto foram rígida de madeira (pinheiro) de dimensões iguais
realizados com a areia seca em estufa por 24 às da parte inferior da caixa de cisalhamento. A
horas com temperatura de aproximadamente 105 base rígida foi posicionada sob a geomembrana
ºC. e o solo com o intuito de se restringir
Foram analisadas geomembranas de PEAD deslocamentos verticais que pudessem deslocar
lisa e com textura granular em alto relevo nas o plano de ruptura da interface de interesse. As
duas faces fabricadas pela empresa Engepol. As geomembranas foram cortadas em placas de
geomembranas possuem especificações largura de 100 mm e comprimento de cerca de
apresentadas na tabela 02. 125 mm, as quais foram coladas sobre as bases
rígidas de madeira, sendo feitos dois furos nas
abas externas do conjunto para permitir a
passagem dos parafusos que fixam as duas partes
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da caixa de cisalhamento, conforme ilustra a PA = γCR ×VCS (3)


figura 2.
Onde: PA = peso de areia; γCR = peso específico
na compacidade relativa CR; VCS = volume da
caixa de cisalhamento superior.
Com a geomembrana colada à base rígida
ocupando a parte inferior da caixa de
cisalhamento, figura 3, procede-se o
preechimento da caixa superior com o solo.

Figura 2. Geomembrana colada sobre a base rígida

A altura útil da caixa inferior de cisalhamento


é de 15,48 mm devido ao encaixe do fundo e da
grelha inferior. Esta altura, também, foi adotada
para o preenchimento da parte superior da caixa
de cisalhamento com solo granular. Posicionado
o conjunto no interior da parte inferior da caixa Figura 3. Caixa fixa com parafusos.
de cisalhamento, procedeu-se a fixação da parte
superior da caixa, na qual se deu a compactação O corpo de prova foi moldado pelo processo
da areia com volume igual ao da caixa inferior. de pluviação, sendo posteriormente compactado,
Para obter o grau de compacidade relativa quando necessário. Ao final desse procedimento,
desejado, calculou-se o índice de vazios, e, a regularidade e o nível da superfície da areia
relativo a cada compacidade conforme equação foram checados com o auxílio de uma barra de
(1). aço prismática e um nível de bolha magnetizado,
conforme apresentado na figura 4.
eCR = emáx - CR × (emáx - emín ) (1)

Onde: eCR = índice de vazios na compacidade


relativa CR; emáx = índice de vazios máximo; CR
= compacidade relativa; emín = índice de vazios
mínimo.
Para as diferentes compacidades, encontrou-se
o peso específico através da equação (2).
γs
γCR = (2)
1 + eCR
Figura 4. Nível de bolha e barra prismática.
Onde: γCR = peso específico na compacidade
relativa CR, em kN/m3; γs = peso específico dos Por fim, deu-se o fechamento da caixa de
sólidos, em kN/m3; eCR = índice de vazios na cisalhamento e o seu posicionamento no interior
compacidade relativa CR. do aparelho de cisalhamento direto.
E, por último, chegou-se a massa de areia
necessária para preencher o volume da caixa de
cisalhamento superior correspondente a cada
compacidade através da equação (3).
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consideração a característica dos solos


granulares a apresentarem valores de coesão
nulos.

Figura 5. Caixa posicionada no interior do aparelho de


cisalhamento direto.

Nos ensaios realizados, desenvolveram-se as


etapas de consolidação sob a tensão normal
adotada para o ensaio e cisalhamento direto. A
primeira etapa teve duração de 18 minutos
adotada para todos os ensaios, notado que neste Gráfico 2. Envoltória de ruptura das compacidades 50%,
75% e 90% e geomembrana texturizada.
tempo não se detectava mais deformações
verticais no corpo de prova. A etapa de Nota-se que para tensões confinantes baixas a
cisalhamento direto se deu à velocidade resistência ao cisalhamento é pequena tendo
constante de 0,30 mm/min, até que se atingisse o como valores máximos de 3,86 kPa e 8,42 kPa
deslocamento relativo limitante de 12% do para tensão normal de 50 kPa e 6,37 kPa e 17,01
artigo. kPa para tensão normal de 100 kPa para ensaios
utilizando geomembranas lisas e texturizadas,
respectivamente. A partir de 200 kPa os valores
3 RESULTADOS de resistência aumentam consideravelmente.
Os resultados obtidos dos ensaios de
As envoltórias de ruptura obtidas através de cisalhamento direto são dispostos nas tabelas 3 e
ensaios de cisalhamento diretos para as duas 4 para os ensaios realizados com geomembrana
geomembranas são apresentadas nos gráficos 1 lisa e texturizada, respectivamente.
(geomembrana lisa) e 2 (geomembrana
texturizada). Tabela 3. Ângulos de atrito para geomembrana lisa
Compacidade ' 'R

50 % 28,23° 26,99°
75 % 30,09° 26,49°
90 % 30,63° 28,39°

Tabela 4. Ângulos de atrito para geomembrana texturizada


Compacidade ' 'R
50 % 36,76° 35,37°
75 % 38,78° 33,94°
90 % 38,17° 34,70°
Gráfico 1. Envoltória de ruptura das compacidades 50%,
75% e 90% e geomembrana lisa. Onde: ' = ângulo de atrito nas tensões de pico;
'R = ângulo de atrito nas tensões residuais.
O ajuste das retas foi feito levando em
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Segundo Pinto (2006) em solos granulares grau de compactação após o adensamento ficou
similares ao utilizados neste trabalho, os ângulos em torno de 70% considerado um solo granular
de atrito ficam em torno de 28° para solos fofos medianamente compacto (Das, 2006).
e 35° para solos compactos. Em termos gerais, a variação da compacidade
Observa-se que os ângulos de atrito obtidos de 50% para 90% provocou aumentos de 3,71%
nos ensaios utilizando a geomembrana lisa foram e 7,83% nos ângulos de atrito das geomembranas
inferiores aos ângulos obtidos utilizando a texturizada e lisa, respectivamente, se analisadas
geomembrana texturizada. A geomembrana lisa, as envoltórias baseadas nas tensões de pico.
ao contrário da texturizada e, até mesmo do As envoltórias baseadas em tensões residuais
próprio solo, não oferece nenhuma resistência ao não apresentam o mesmo comportamento
deslizamento dos grãos de solo sob sua observado para as tensões de pico. Nota-se que
superfície. Logo, o emprego da geomembrana em ambas as geomembranas ocorre declínio do
lisa não acarreta aumento do ângulo de atrito. valor do ângulo de atrito, seguido do seu
Também é possível notar que os ângulos de incremento, à medida que se aumenta a
atrito baseados nas tensões de pico apresentam compacidade. Ao se comparar os valores de
tendência de crescimento quando comparada a ângulo de atrito obtidos para as compacidades
compacidade relativa de 75% com a de 50% relativas de 50% e 90%, no caso das
tanto nas membranas lisas quanto nas geomembranas lisas, nota-se aumento de 4,93%.
texturizadas. Ao se analisar a variação No caso das geomembranas texturizadas,
provocada no ângulo de atrito pela mudança da entretanto, nota-se diminuição do ângulo de
compacidade relativa de 75% para 90%, nota-se atrito de 1,93%.
uma tendência de estabilização dos valores na
membrana lisa e, também, nas membranas
texturizadas. 4 CONCLUSÕES
A proximidade dos ângulos de atrito interno
para as compacidades de 75% e 90% pode ser Este estudo procurou analisar a influência da
explicada devido a compacidade relativa após a compacidade dos solos granulares na resistência
fase de adensamento dos grãos. de interface entre solo e geomembrana. Para isto
Nos ensaios com o emprego de geomembranas foram feitos ensaios de cisalhamento direto
lisas, após o adensamento, a compacidade utilizando geomembranas lisas e texturizadas de
relativa ficou entre 86% à 96% para PEAD e solos com compacidades de 50%, 75%
compacidades iniciais de 75%. Com o uso de e 90%.
geomembranas texturizadas, para compacidade Através dos resultados obtidos, observa-se
relativa inicial de 75%, a compacidade após o que:
adensamento variou entre 86% e 93%. Em - o emprego de geomembranas com superfícies
ambos os casos, para compacidade relativa de lisas não influi em aumento da resistência à
90%, a compacidade após o adensamento foi de ruptura. Os ângulos de atrito encontrados tendem
93% à 100%. a ser iguais ou menores (dependendo da
Estes valores indicam que o solo já se encontra compacidade) que os ângulos para materiais
muito compactado (Das, 2006) para tais granulares encontrados na literatura;
compacidades e que a resistência ao - os resultados dos ensaios com geomembranas
cisalhamento se dá, principalmente, devido ao texturizadas apresentaram resistências
embricamento entre os grãos. Porém, devido a superiores aos valores típicos dos solos
limitação de expansão do volume provocada granulares;
pelo confinamento da caixa, os valores de - a resistência na interface solo-geomembrana
resistência para solos muito compactados tende a aumentar conforme o grau de
possuem valores próximos. compacidade aumenta. Porém, quando os solos
Para a compacidade relativa inicial de 50% o se tornam muito compactados esta resistência
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parece atingir um valor limítrofe;


- por fim, os resultados apresentados podem ser
úteis para o dimensionamento de camadas
impermeabilizantes em aterros sanitários em
construção na região de Ouro Preto, e barragens
de rejeitos de empresas mineradoras instaladas
nas proximidades.

AGRADECIMENTOS

Os autores deste trabalho agradecem a


Universidade Federal de Ouro Preto pela
disponibilização de material e equipamentos
para os ensaios. Também agradecem à Engepol
pela doação das geomembranas.

REFERÊNCIAS
Alves, D. F. (2012) Estudo Experimental do Atrito da
Interface Areia-Geomembrana. Trabalho de
Conclusão de Curso, Graduação em Engenharia Civil,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, Brasil.
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (2013)
NBR ISO 12957-1: Geossintéticos — Determinação
das Características de Atrito. Parte 1: Ensaio de
Cisalhamento Direto. Rio de Janeiro, Brasil.
Das, B. M. (2006) Fundamentos de Engenharia
Geotécnica, Tradução da 6a Edição Norte-Americana,
Thomson Learning, São Paulo, Brasil, 48 p.
Blond, E. e Elie, G. (2012) Interface Shear-Strength
Properties of Textured Polyethylene Geomembranes.
Solmax.
Koerner, R., M. Geomembrane overview: significance and
background. In: Rolling, A., Rigo, J., M.,
Geomembranes: identification and performance
testing. Cambridge: Chapman and Hall, 1991, p. 3-21.
V.2.
Lopes, Margarida P. e Lopes, Maria de Lurdes. (2010) A
Durabilidade dos Geossintéticos, 1a Edição, FEUP
Edições, Porto, Portugal, 48 p.
Pinto, C. S. Curso Básico de Mecânica dos Solos, 3ª ed.,
Oficina de Textos, São Paulo, 2006, 368 p.

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