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L U IZ R .B .M O T T
D epartam ento de Antropologia d a Universidade Fe
deral da B ahia e Coordenador da L inba de Pesaulsa
“ Sociologia e H istória do Negro’* do Mestrado em
Ciências Sociais da UFBa.
RESUMO
I
Pouco a pouco novas pesquisas vão trazendo informa
ções mais precisas e fidedignas sobre o trágico passado dos
africanos e seus descendentes nas terras do Novo-Mundo. Mi
tos são derrubados, preconceitos desmascarados. Os espar
sos documentos que sobraram nos arquivos referentes aos
negros no Brasil permitem-nos vislumbrar a história de um
povo ao mesmo tempo massacrado, mas nunca conformado
com sua triste sina: escravizado mas revoltoso, subjugado
porém indómito.
Um dos mitos de nossa historiografia é a questão da
falta de comunicação a que estariam condenados os negros
no Brasil Colonial e Imperial. Isoladamente devido à dificul
dade de comunicação entre etnias pertencentes a famílias lin
güísticas completamente estranhas, isolamento programado
pelos donos do poder a fim de obstaculizar a temida coesão
dos oprimidos. Supôs-se que os negros viviam completamen
te circunscritos aos estreitos limites das propriedades de
• Comunicaç&o apresentada no I SIMPÓSIO SOBRE O QUILOMBO DE PAL
MARES. Centro de Estudos Afro-Brasileiros, Maceió, 16-20 de novembro 1981.
V IV A M MULATOS E NEGROS.
MORRAM OS MAROTOS E CAIADOS.