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Prefácio.
Homo liber nulla âe re minus quam de morte cogitat; et ejus sapientia non mortis
sed vitae meditatio est. (Não existe nada em que um homem livre pense menos
que a morte; sua sabedoria é meditar não sobre a morte, mas sobre a vida.)
Espinosa, Etica, p.IV, Prop.67.
A regra da raiz de n
Se eu lhes disser que um certo gás sob dadas condições de pressão e de
temperatura tem uma certa densidade, e se exprimir esse fato dizendo que
dentro de um certo volume (de um tamanho relevante para algum experimento)
existem, nessas condições, exatamente n moléculas do gás, então não há
dúvidas de que, se pudessem testar minha afirmação num dado momento no
tempo, descobririam que ela é imprecisa, com um desvio da ordem de raiz de n
Assim, se n = 100, seria encontrado um desvio de cerca de 10, ou seja, um erro
relativo de 10%. Mas se n = 1 milhão, o desvio provável seria de cerca de 1.000,
portanto, um erro relativo de 1/10%. Grosso modo, essa lei estatística é bastante
geral. As leis da física e da físico-química são imprecisas dentro de um erro
relativo provável da ordem de 1 , onde n é o número de moléculas que cooperam
para mostrar a lei - para exibir sua validade dentro das regiões do espaço e do
tempo (ou ambos) que importam para algumas considerações ou para algum
experimento em particular. A partir disso, novamente se vê que um organismo
deve ter uma estrutura comparativamente grosseira a fim de gozar do benefício
de leis razoavelmente acuradas, tanto para sua vida interna quanto para seu
intercâmbio com o mundo exterior. De outra forma, o número de partículas
participantes seria muito pequeno e a “lei”, muito imprecisa. A demanda particu‐
larmente exigente é a raiz quadrada. Pois, embora um milhão seja um número
larmente exigente é a raiz quadrada. Pois, embora um milhão seja um número
razoavelmente grande, uma precisão de apenas 1 e 1.000 não é exatamente boa,
se algo reclama para si a dignidade de ser uma “Lei da Natureza.