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Michio Kushi radicou-se nos Estados Unidos há mais de 35 anos, para pós-graduar-se
pela Universidade de Colúmbia, após ter-se licenciado pela Universidade de Tóquio.
Nos últimos 15 anos tem ministrado conferências sobre medicina, filosofia e cultura
orientais e macrobióticas por toda a América do Norte, Europa, América do Sul e
Extremo Oriente. É autor de vários livros, entre os quais The Book of Macrobiothies:
The Universal Way of Health and Happiness (O livro da Macrobiótica: O Caminho
Universal para a Saúde e Felicidade). Acumpulture Ancient and Future Worlds
(Acumpultura: Mundo Antigo e Futuro): Natural Agriculture and The Cause and Score
of Discause (Agricultura Natural, A Causa e Cura das Doenças e Oriental Diagnoses
(Diagnose Oriental tem também patrocinado diversos períodos tais como o East-West
Journal: a revista Order of the Universe, e Case History Report (Relatório de casos
clínicos).
Michael Kuslu é fundador e presidente da East-West Fundation, instituição cultural
educacional não-lucrativa, com sede em Boston. Atualmente conduz seminários de
caráter regular para o público em geral bem como para profissionais da medicina, nos
Estados Unidos e em outros países. O conteúdo desses seminários é transcrito e
compilado numa série de publicações. The Teachings of Michio Kushi (Os
ensinamentos de Michio Kushi).
Michio Kishi reside atualmente nos Estados Unidos, nos 63 Buckminister Road, Brook
Line. Vassithussetts, 03146. Mais informações sobre suas atividades pode ser obtida
através da East West Foundation, 359 in Boston.
O livro do Do-in
O Livro do Do-In
Michio Kushi
2a. Edição 1986
Editora Ground
Sumário
Introdução, 11
Dedicatória, 13
Agradecimentos, 15
Prefácio, 17
PRIMEIRA PARTE: INTRODUÇÃO AO SHIN-SEN-DO: APERFEIÇOAMENTO
FISICO, MENTAL E ESPIRITUAL
Capítulo 1: A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico, 21
1. Criação do Universo, 21
2. Materialização & Espiritualização, 26
3. A Eterna Jornada da Vida, 31
4. O Modo de Comer, 37
a. O alimento principal, 37
b. O alimento suplementar, 38
c. Bebidas, 39
5. Os Princípios da Respiração, 44
a. Velocidade, 45
b. Profundidade, 45
c. Extensão, 46
6. Vida Cotidiana, 50
Capítulo 2: Constituição Física e Espiritual do Homem, 55
1. Estágios da Transformação Espiritual, 55
a. O espírito fisicalizado, 55
b. O espírito vibracional, 55
c. O espírito universal, 55
2. A Constituição Espirálica do Homem, 57
a. Período ambiental, 57
b. Período pré-concepção, 57
c. Período embrionário e fetal, 58
d. Período da Infância, 59
e. Juventude, 59
f. Idade adulta, 60
g. Maturidade, 61
h. Período pós-humano, 62
3. Constituição Humana do Ki - Energia Eletromagnética, 62
4. Tratamentos, 74
a. Acupuntura, 74
b. Moxabustão, 74
c. Shiatsu, ou massagem dos meridianos, 75
d. Cura pelas mãos, 75
e. Ioga, e outros exercícios físicos, 75
5. Os Chacras e o Canal Espiritual, 76
6. A Estrutura Antagônica - Complementar do Homem, 83
a. A relação entre frente e dorso, 83
b. A relação entre as áreas superior e inferior, 84
c. A relação entre esquerda e direita, 86
d. A relação entre periferia e centro, 87
e. A relação entre órgão e meridiano. 91
f. A relação entre a parte-e o todo, 92
8) Congestão, 217
9) Constipação e diarréia, 217
10) Cãibras das pernas e pés, 217
Apêndice: Principais Pontos para Diagnóstico e Tratamento Usados Neste Livro, 219
Introdução
Importar filosofias e práticas de civilizações distantes no espaço e no tempo implica
sempre expô-las a forçadas adaptações aos valores culturais dominantes. E, quase
sempre, deturpá-las no que têm de essencial e puro.
Caso exemplar é a defasagem que envolve a popularização entre nós dos métodos de
iniciação gerados na tradição do Oriente, quando vulgarizada pelo imediatismo
consumista ocidental. Forçado pelos fatos a admitir os "incompreensíveis" sucessos
dessas práticas, o Ocidente decide-se por recuperar as suas técnicas, enquanto descarta a
teoria que as sustenta, na tentativa vã de acomodá-las dentro daquilo que se supõe
cientificamente confiável. Essa contradição impede que se receba o que essas
disciplinas trazem de mais valioso: a percepção enriquecedora de inimagináveis facetas
do território da realidade, permitindo uma visão mais nítida do mundo e de si mesmo.
O prejuízo é ainda maior quando a barganha se faz na aquisição de práticas
terapêuticas não oficialmente reconhecidas em nosso meio, como é o caso dos métodos
bioenergéticos; de, origem ou inspiração - oriental. Por intervirem em aspectos do
organismo negados ou simplesmente desconhecidos pela medicina corrente - os
sistemas de energia do corpo, já convincentemente retratados mas não suficientemente
explicados pelo saber ocidental -, essas práticas paralelas terminam, muitas vezes,
reduzidas a meros recursos coadjuvantes, destinadas a eventuais utilizações paliativas.
Isso apenas confirma o fato de que tais disciplinas não cabem confortavelmente nos
escaninhos das especialidades médicas. Na realidade, compõem, até certo ponto, uma
outra medicina, com diferentes perspectivas e metas. Seu principal objetivo é o
equilíbrio energético, e seu objeto de intervenção é o corpo sutil, a contraparte imaterial
do corpo físico. Sua utilização adequada, portanto, exige, em primeiro lugar, a
compreensão dos conceitos explicativos que originalmente nortearam sua prática.
Conduzido a partir da clarividente ótica oriental, o singelo gesto de tocar o
corpo já detona uma sucessão de formidáveis descobertas. Por exemplo, a revelação de
que o corpo é uma obra aberta onde se inscrevem - em caracteres indecifráveis para os
não alfabetizados na fala corporal -. todas as nossas vivências. E é no toque,
principalmente, que as energias inteligentes que desenham no corpo o modelo de
comportamento psicossomático revelam sua condição de equilíbrio ou desarranjo.
Áreas contraídas e dolorosas ao toque sinalizam invariavelmente energias estacionadas
e funções impedidas: o corpo aí retrata uma situação mais próxima à rigidez cadavérica
que à fluidez da vida. Pela altura acurada dessas mensagens corporificadas, os orientais
antigos intuíram formas específicas de intervir nas desordens funcionais, através de
métodos apropriadamente não agressivos, voltados para realçar no organismo seus
intrínsecos poderes de autocura.
Entre as artes de massagem oriental, destaca-se o Do-In como o mais simples e
acessível método para a autoconsciência, a saúde e o crescimento pessoal. Através dele,
é o próprio sujeito que, pela conscientização do gesto espontâneo de se tocar,
desenvolve o autoconhecimento que lhe permite desfazer o "lay-out" da doença -
traçado, em linhas ainda tênues, ao longo do território corporal. E é ao lidar
conscientemente com suas energias em desequilíbrio, que o paciente aprende a
redirecioná-las a suas formas naturais de expressão, investindo-as em seu próprio
processo evolutivo. Avaliada, assim, a importância dessa prática, pode-se calcular o
grande significado que assume esta importante obra, "O Livro de Do-In", de Michio
Kushi. Falar do autor é falar da obra; toda a profundidade empregada na abordagem das
várias possibilidades da técnica, e a simplicidade e clareza na explanação de seus
princípios filosóficos, procedem da perfeita harmonia entre o pensamento e a prática.
Continuador do trabalho de George Ohsawa, Kushi fortalece o sonho do mestre -
construir um mundo de paz, curando a doença social pela regeneração do indivíduo - ao
nos presentear coma iluminante cosmovisão dos antigos sábios do Oriente, embalada
pelo cativante carisma que emana da sua personalidade magnética. Quem já teve o
privilégio de participar de suas palestras, certamente soube reconhecer a qualidade
refinada das vibrações criadas pelo ritmo dos seus gestos, sua fala, sua presença; enfim,
o invisível ki preenchendo o ambiente e contagiando os espectadores de entusiasmo e
vontade de saber.
E é aparentemente infindável o saber que esse verdadeiro educador dissemina com
maestria a partir de seu santuário em Boston, de onde tem dirigido e estimulado, nas
duas últimas décadas, um intenso e crescente trabalho de conscientização individual e
social por meio de atividades que abrangem a educação, saúde, publicação, intercâmbio
cultural, a pesquisa e desenvolvimento de centros agrícolas e educacionais. Seus vários
livros e suas conferências ministradas incansavelmente por quase todo o mundo
ocidental transpõem barreiras culturais, sensibilizando corações e mentes
intelectualmente sofisticados para a simplicidade do pensamento dialético que permitiu
às civilizações orientais antigas uma percepção mais lúcida dos processos da vida.
E, especialmente em momentos críticos como os que hoje nos envolvem, quando
percebemos que se torna simplesmente vital modificar nossos inconfiáveis estilos de
vida, somente o pensamento dialético, ou seja, a percepção da simultaneidade dos
opostos, nos iniciará nos poderes aíquímicos para transformar miséria em bem-estar,
doença em saúde, guerra em paz. Esses poderes confirmam práticas para a
autoconsciência, como o Do-In e jazem em profundidade dentro de cada um de nós.
JURACY CANÇADO Rio, janeiro de 85
Com o nosso sonho infinito de um mundo pacífico e unido surgindo do oceano infinito
do universo, este livro é dedicado a todos os irmãos e irmãs que vieram a esta Terra,
manifestados como seres humanos neste tempo, compartilhando o mesmo ambiente
social e natural para nossa saúde e felicidade, bem como o desenvolvimento físico,
mental e espiritual.
Esta dedicatória é compartilhada pelo antigo povo macrobiótico espiritual que
desenvolveu e praticou os diversos caminhos do Do-In, e pelas muitas pessoas que já
passaram e devotaram suas vidas ao aperfeiçoamento humano, inclusive George e Lima
Ohsawa. Esta dedicatória é também partilhada por meus ancestrais e família: meus pais,
Keizo e Teru Kushi, meu irmão Massao, e sua esposa Kaioko e seus filhos; minha
esposa, Aveline Tomoko Kushi e nossos filhos: Lillian, Norio, Candy, Haruo, Yoshio e
Hisao; juntamente com todos os meus amigos pelo mundo, que se dedicam ao
aprendizado da ordem do universo e à sua realização na terra, entre os homens, num
mundo pacífico e unido.
A. Exercícios Especiais
Ensinamentos tradicionais e exercícios transmitidos há séculos como herança de
antigos costumes da humanidade, inclusive as práticas religiosas e espirituais do
Shintoísmo, Budismo, Hinduísmo e Taoísmo, remanescentes principalmente nos países
orientais. Alguns destes ainda vigoram dentro de grupos comparativamente
pequenos de pesquisadores do aperfeiçoamento espiritual, em diversos lugares do
Oriente.
C. Exercícios Diários
1. Exercícios Matutinos e Vespertinos: Ensinamentos de exercícios básicos de Do-In
como prática diária pela "Sen-Do-Ren" (Associação Para o Estudo do Tao do Homem
Livre, Tóquio, Japão). Para estudos ulteriores destas práticas é recomendado entrar em
contato com esta associação:
Sen-Do-Ren
1.-27-12 Kaminoge
Setagaia-ku
Tóquio 158
Japão
D. Exercícios Gerais
Os grandes clássicos da medicina oriental de 3.000 anos atrás até o presente,
começando com o I Ching, ou Livro das Mutações e o Clássico do Imperador Amarelo
Sobre a Medicina Interna, e terminando com os livros modernos relacionados com
diagnóstico e fisiognomonia, meridianos e pontos, doenças e tratamentos no campo da
medicina oriental.
MICHIO KUSHI
Prefácio
Ao longo de minha vida de meio século, experimentei e observei as misérias da guerra
mundial, junto com a miséria da sociedade atual - as diversas doenças e a pobreza, a
cobiça e o egoísmo, o fracasso e as dificuldades, a ira e o ódio, a discriminação e o
preconceito.
Em minha juventude, fui inspirado pelo sonho de realizar a paz mundial por muitas
medidas possíveis, inclusive o estabelecimento de uma Federação Mundial. Entretanto,
com o processo do amadurecimento, tornei-me apto a ver que a paz mundial só pode ser
conseguida pela reconstrução da humanidade, ou a ressurreição do homem, a partir das
tendências degenerativas correntes, que prevaleceram por todo o mundo, aumentando
com o desenvolvimento da civilização moderna.
Ao mesmo tempo, foi-me dado ter uma experiência iluminadora durante a meditação,
que revelou a vida universal e eterna. Também tive a oportunidade de aprofundar minha
compreensão das antigas filosofias e religiões orientais, que deveriam ser combinadas
com o pensamento ocidental moderno e nosso modo de viver. Quanto a este aspecto,
sou grato pelo ensinamento inspirado de George Ohsawa e de muitos outros filósofos
dos nossos dias, bem como a antigos pensadores espirituais, filosóficos e científicos.
Todas as misérias dos negócios humanos derivam de nossa incompreensão pessoal da
ordem do universo, ou, poderíamos dizer, de nossa ignorância sobre nós mesmos. A
partir desta ignorância, extraviamos nossa vida cotidiana em nossa prática dietária,
nossas relações sociais, nossa atitude mental, bem como na compreensão espiritual.
A vida é ela mesma um universo infinito, e nosso viver deveria ser simples e prático,
de acordo com a ordem do universo infinito. A realização da saúde e da felicidade é o
caminho mais fácil e simples. Tendo como base esta percepção, comecei a difundir o
modo de vida que qualquer um pode praticar a qualquer momento como o meio mais
simples para a consecução da saúde e felicidade, liberdade e paz - o modo de vida
conhecido como macrobiótico.
Juntamente com a difusão do modo de vida por um mundo pacífico e unido, encorajei
a adaptação de diversos métodos tradicionais para o aperfeiçoamento físico, mental e
espiritual, a saber: medicina oriental, acupuntura, moxabustão, massagem shiatsu, cura
pelas mãos, meditação e exercícios mentais e espirituais. Para reforçar nosso próprio
desenvolvimento, também iniciei a introdução de uma antiga prática macrobiótica, o
Do-In, nos Estados Unidos, há cerca de dez anos. Sou grato ao sr. Jacques De Langre e
sr. Jean Bernard Rishi por seus respectivos livros sobre Do-In, que introduziram parte
destes exercícios. Entretanto, o Do-In que apresentei era um exercício parcial,
principalmente relacionado com a energização da nossa vitalidade física e mental e não
explicava outros aspectos da técnica que são mais espiritualmente orientados. Vi-me
obrigado, nesses últimos anos, a introduzir a escala geral de todo o âmbito dos
exercícios de Do-In.
Foi necessário redescobrir e reconstruir os exercícios de Do-In, porque estes antigos
exercícios macrobióticos foram em grande parte, perdidos em muitas áreas, muito
embora algumas destas práticas tenham se preservado entre um limitado grupo de
iniciados no Extremo Oriente. A completa extensão dos exercícios de Do-In, contudo,
não fica limitada às várias séries de exercícios introduzidas nesta obra. Estes antigos
exercícios macrobióticos foram efetivamente a origem de todos os exercícios físicos,
mentais e espirituais que atualmente, estão diferenciados nas diversas espécies de
meditação, canto, exercícios de yoga, treinamento psicofísico, artes marciais, bem como
outros métodos de auto-aperfeiçoamento.
A origem do exercício de Do-ln está simplesmente em nosso auto-ajuste intuitivo para
nos manter e nos desenvolver, dentro do oceano da vida universal, ou o universo
infinito. Portanto, o princípio histórico do exercício de Do-In é desconhecido, mas
sempre existiu com a vida humana, através de todas as gerações da humanidade. Porém,
foi há mais de 10.000 anos que os exercícios Do-In foram ativamente adaptados como a
forma ancestral de desenvolvimento físico, mental e espiritual para produzir o homem
livre - o Tao de Shin-Sen, o Caminho do Homem Livre Espiritual.
Estes exercícios são singulares por permitirem a qualquer um praticá-los a qualquer
momento e sob circunstâncias ordinárias, sem requerer parceiro ou técnica especial.
Neste sentido, todas as raças, todas as eras, todos os homens e mulheres podem praticá-
los facilmente para obter saúde e felicidade. Alguns dos exercícios introduzidos neste
livro foram por mim adaptados, na esperança de que possam beneficiar a todos.
Sinceramente tenho a esperança de que todo o mundo poderá praticar livremente estes
exercícios para sua saúde física, beleza, e alegria do espírito.
Desejo agradecer a todos que me ajudaram na elaboração deste livro e ainda a todos os
professores, veteranos, amigos e estudantes, que são alguns milhões por todo mundo,
que buscam comigo a realização de um sonho comum e perene - um mundo pacífico e
unido.
MICHIO KUSHI
Primeira Parte
Introdução ao Shin-Sen-Do:
Aperfeiçoamento Físico, Mental e Espiritual
CAPÍTULO 1
A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico
1. Criação do Universo
No começo sem-começo, o universo infinito não se manifestava como fenômeno. Não
havia tempo nem espaço, nem luz nem treva, nem forma nem dimensão. Desta unidade,
só havia movimento sem-fim com velocidade infinita em todas as direções. Por causa
desta velocidade infinita, não havia passado nem futuro, nem qualquer fenômeno
relativo.
Entretanto, sempre e quando o movimento infinito, omnidirecional, se intercepta,
movimentos espirais começam a formar-se num processo de diferenciação. As forças
que produzem espirais da periferia para o centro e as forças decompondo as espirais de
centro rumo à periferia são as duas forças primárias, do mundo das espirais, o mundo de
todos os fenômenos relativos.
Do movimento das galáxias ao das partículas subatômicas, do movimento espiritual
invisível às constituições físicas visíveis, todos são de conformação espiral e
governados por duas forças complementares antagonistas: yin, centrífuga e expansiva; e
yang centrípeta e contrativa.
Todos os fenômenos manifestados neste oceano infinito do universo são governados,
dirigidos e destinados por estas duas forças. Toda mudança e movimento é mais yin,
centrífugo, ou mais yang, centrípeto. Não há nada que não seja governado por estas
duas tendências e direções. Todos os fenômenos diferem uns dos outros por causa dos
diferentes graus destas duas forças operando dentro e fora deles.
Correspondentemente, yin e yang manifestam-se em tudo - todo fenômeno no
universo, bem como na terra. A relação entre estas duas forças, tendências e direções
pode ser visualizada na Fig. 1.
A força yang, o curso da contração e fisicalização é o caminho da materialização: ao
passo que a força yin, o curso da expansão e desfisicalização, é o caminho da
espiritualização. Quando o curso yang acelera, a matéria é condensada. Partículas pré-
atômicas da matéria são comprimidas, e no seu extremo de compressão, produzirão altas
temperaturas (Curso A). Inversamente, o curso da espiritualização expande e decompõe
a matéria, reduzindo a velocidade das partículas pré-atômicas e produzindo, assim,
temperaturas mais baixas (Curso B).
Quando a compressão da matéria produz uma temperatura elevada, a matéria passa a
expandir-se, voltando seu curso da materialização para a espiritualização (Curso C); e
quando o curso da espiritualização produz uma temperatura mais fria,
Para Cima
Yin-Trajetória Centrífuga
Espiritualização Desfisicalização
Espaço
Expansão, no movimento infinito
Deformação
Decomposição
Diferenciação
Maior
Mais mole
Mais leve
Mais lento
Mais frio
a matéria se contrai, voltando a uma maior condensação (Curso D). O curso yang da
contração se transforma num yin de expansão, e o yin da expansão se transforma num
yang de compressão, numa alternância perpétua.
A contração muda para expansão, e a expansão muda para contração; o físico
se dissolve em espírito, e o espírito se contrai em matéria; o movimento se transforma
em repouso, e o repouso, em movimento; a solidificação se decompõe, e a
decomposição gera uma outra solidificação; a prosperidade termina com a pobreza, e a
pobreza se transforma em prosperidade; o sucesso leva ao fracasso, e o fracasso leva ao
sucesso; a alegria termina com a vinda da miséria, e a miséria termina com a vinda da
alegria; o amor torna-se ódio, e o ódio transforma-se em amor; o prazer transforma-se
em desgosto, e o desgosto se transforma em prazer. O dia torna-se noite, a noite torna-se
dia; o inverno transforma-se em verão, e o verão torna-se o inverno; a escuridão em luz,
a luz em escuridão, saúde em doença, doença em saúde. A ascensão de uma civilização
prepara o seu declínio. As dificuldades produzem força e alegria. Lágrimas levam a
sorrisos. A guerra termina com a paz; vida torna-se morte; morte gera vida.
Todas as espirais formando os diversos mundos relativos aparecem e desaparecem
constantemente no oceano do universo infinito, através do que o movimento perpétuo
de yin para yang e de volta para yin está operando em toda parte, em todo tempo. Este
movimento entre yin e yang é a própria infinidade, que podemos chamar de única
totalidade, Deus, ou a ordem do universo, que é eterna e universal. Não há fenômeno
natural que não se manifeste dentro desta ordem universal, consoante yin e yang, e não
há assunto humano que não represente esta eterna e universal lei das mutações. O que
quer e quem quer que não realize e perceba esta ordem infinita vê sua existência neste
universo apenas em seus mundos relativos.
Quinto Estágio: Mundo dos elementos, resultando da reunião em espiral das partículas
em moléculas. Constituindo o mundo da natureza - solo, água e ar -, os componentes
deste estágio incluem mais de cem elementos, dos mais leves, como hidrogênio e hélio
aos elementos pesados e radiativos, tanto quanto concerne a esta Terra.
Sexto Estágio: Mundos dos organismos vegetais - o reino vegetal. Sua química recebe
uma energia, especial da força centrífuga, expansiva, da terra. Milhares de espécies
prevaleceram neste planeta, formadas a partir de terra, água e ar, e alimentadas pela
radiação do sol e do céu.
Sétimo Estágio: Mundo do reino animal, formado a parti o reino vegetal. Seu
desenvolvimento foi influenciado mais pelas forças centrípetas, de contração, que a
terra recebe do céu, do espaço sideral. Há cem mil espécies, altamente carregadas de
energia, produzindo movimento ativo independente. Há duas categorias principais de
espécies: animais da água e da terra. Seu processo evolutivo é composto de 7 estágios
de desenvolvimento: a partir do organismo celular primitivo, passando pelos estágios de
invertebrado, anfíbio, réptil, pássaro, mamífero, até o homem. O ser humano é a última
e mais desenvolvida manifestação deste estágio.
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chamada de "corpo astral", no mundo que é chamado o "mundo astral" da Terra. As
dimensões deste modo são mil vezes maiores que o mundo perceptível sensorialmente.
Não existem fronteiras definidas entre estas etapas que compõem o curso yin
centrífugo de retorno do estágio infinitesimal devida ao oceano infinito da vida: há uma
variação contínua, progressiva, no processo de decomposição do universo em espiral,
que emergiu do oceano da infinidade. Cada mundo torna-se progressivamente maior em
comparação com o anterior, numa progressão logarítmica.
O corpo humano, nossa maciça manifestação física, é o começo deste caminho de
retorno rumo ao oceano infinito da vida. Viemos do infinito, vivemos dentro do infinito
e retornamos ao infinito. Estamos experimentando esta jornada da vida por bilhões de
anos, estágio por estágio, mudando e adaptando nossa constituição à natureza particular
de cada estágio. A experiência da vida humana é um mero piscar de olho em
comparação com esta longa jornada da vida.
A vida humana é efêmera, e o que quer que façamos durante o tempo de nossa vida é
vão se considerarmos nossa vida humana existindo separadamente desta longa jornada
da vida como um todo. Entretanto, a vida humana neste pequeno planeta, a terra, é um
estágio entre o curso yang de fisicalização e materialização, e o curso yin da
desfisicalização, que tem lugar na escala do universo infinito, com uma duração de
tempo infinita e infinitas dimensões de fenômenos espirituais, mentais e físicos. A vida
humana é o resultado de uma jornada passada através de bilhões de anos. A vida
humana é o resultado de todas as experiências já sofridas neste universo, e representa
um desejo candente, uma esperança, um sonho para o infinito futuro, de se tornar uma
só com o infinito, com absoluta justiça e liberdade, com absoluta paz e amor. Nossa vida
diária é o processo pelo qual estamos acumulando nosso desenvolvimento físico, mental
e espiritual em preparação ao estágio futura na jornada da vida universal. O que quer
que façamos, o que quer que pensemos, terá resultados na nossa vida do estágio
subseqüente, assim como nossa vida atual foi influenciada por tudo aquilo que fizemos
e pensamos na vida anterior.
Aqueles que entendem a jornada infinita da vida têm a sabedoria de projetar e dirigir
sua vida humana, dia a dia, a fim de desenvolver suas qualidades físicas, mentais e
espirituais, preparando-se para o estágio seguinte da jornada. Aqueles que não entendem
esta jornada da vida sem-fim, não são sábios na orientação de sua vida cotidiana,
desperdiçando suas vidas nesta Terra com assuntos mesquinhos e desprezíveis,
buscando o contentamento e satisfação efêmeros.
Diversos estágios deste trajeto são experimentados durante nossas atividades físicas,
mentais e espirituais, e permanecem em nossa memória. Falando de maneira prática,
geralmente experimentamos os diversos estágios da jornada de retorno como segue:
Primeiro Período da vida: O começo da jornada de volta começa com nossas formas
dos estágios anteriores se diferenciando em duas células antagonistas e complementares
- o óvulo da mãe o espermatozóide do pai. Ambos vieram das células do sangue dos
pais, que por sua vez vieram do reino vegetal. As células reprodutoras que estão ativas
no útero da mãe são o resultado de transmutações de vida de bilhões de anos, que
começaram a partir do oceano infinito do universo em tempos imemoriais. Atingiram o
estado de vida orgânica como a constituição primária da vida animal, vibração
energética altamente carregada. Quando estas células reprodutoras antagonistas e
complementares - o óvulo yang e o espermatozóide yin - combinam-se e se fundem é o
começo da trajetória de retorno de bilhões de anos rumo ao oceano infinito da vida.
Cada uma delas carrega suas memórias passadas e a visão de seu futuro. Muito embora
suas jornadas recentes as tenham separado em diferentes espécies de vegetais, diferentes
tipos de moléculas e células sangüíneas do pai e da mãe, as lembranças da sua origem
comum, a infinidade una, e a visão do futuro quando se tornarão uma infinidade una
nunca foram esquecidas. Quando se fundem uma com a outra, as memórias e as visões
tornam-se manifestas num organismo que as sucede num sonho imperecível para
cumprir a jornada de retorno da vida, para continuar a realizar a liberdade, justiça, amor
e paz absolutos. Fisicamente, o ovo fertilizado é uma réplica da Terra em rotação,
produzindo um campo de força à sua volta, e sofrendo deslocamentos periódicos em seu
eixo. Ademais, o ovo fertilizado é nutrido por correntes de energia que passam em
espiral pelo canal espiritual do corpo da mãe: a força do céu yang descendo do céu ao
centro da terra; e outra energia, yin, vinda da terra passando verticalmente pelo útero da
mãe, ascendendo centrifugamente do centro da terra rumo ao céu. Por estas duas forças
- uma centrípeta, outra centrífuga, o ovo fertilizado está continuamente equilibrado
entre o movimento celestial das constelações e o movimento da terra. A força
descendente do céu passando pelo canal espiritual da mãe, também é nutrida pelas suas
emoções, pensamentos, idéias, imagens. Enquanto passa pelo cérebro da mãe, é
reorientada e modificada por seus vários pensamentos e imagens, numa nova qualidade
de força energizadora.
Segundo Período da Vida: A vida que sucede a fertilização cobre um período de cerca
de sete dias. Durante este período, a nova vida viaja pela trompa de Falópio no útero da
mãe, seus organismos celulares multiplicando-se rapidamente pelo movimento de
constante rotação e freqüentes deslocamentos de eixo. Este período é uma repetição do
crescimento primário de vida rumo aos organismos pluricelulares, na antiga condição
gasosa da Terra primitiva, há quase quatro bilhões de anos. Neste período, a vida viaja
rapidamente para longe da região ovariana rumo a um pólo recém-desenvolvido pela
carga intensiva das forças de céu e terra, nas profundezas do útero, onde deve crescer a
placenta. A consciência mecânica primária governa e dirige esta vida. As memórias e
visões que eram transportadas pelas células reprodutoras dos pais e fundidas numa só
pela fertilização, são distribuídas a cada uma das células individuais em rápida
multiplicação. Cada célula transporta as mesmas memórias e visões, e todas as células
coletivamente transportam a mesma memória e a mesma visão. Durante este período, a
vida é nutrida pelo fluxo de energia invisível que se origina da força descendente do céu
e da força ascendente da terra; e também é nutrida pelas forças entre os dois pólos, o
ovário e o útero - a região conhecida como Hara - bem como pelas forças geradas por
sua própria rotação e deslocamento de eixo.
Quarto Nível: Julgamento Intelectual. Por voltados três anos, logo depois do começo
do discernimento sentimental, um novo discernimento, intelectivo, começa a crescer.
Aumenta a capacidade de identificar, contar, calcular, conformar, enumerar, organizar,
analisar, dividir, sintetizar e outras atividades conceptuais e mentais. Pelas experiências
e treinamento, este julgamento; intelectual cresce, tornando-se capaz de usar a lógica e
formular teorias, avaliações e hipóteses. Continua a crescer pela experiência e
treinamento até o fim da vida humana.
Quinto Período da Vida - A nova vida começa coma morte da vida humana que é o
nascimento para o novo meio ambiente. O ambiente da vida pré-humana era a água; o
ambiente da vida humana é o ar; o ambiente da nova vida nascida do ar é o mundo da
vibração. Enquanto que a escuridão era o ambiente da vida na água, e a luz e a treva
alternantes (dia e noite), o ambiente da vida humana no ar, o novo ambiente está repleto
de luminosidade constante. Analogamente, enquanto o espaço na vida embrionária era
muito limitado e o espaço da vida humana passa a ser centenas de bilhões de vezes
maior, cobrindo toda a superfície da Terra, a nova vida no mundo vibracional
experimenta uma extensão muito maior - trilhões de vezes maior que antes, cobrindo
todo o âmbito do sistema solar.
Entretanto, nesta enorme amplidão, a recém-nascida vida da consciência - pode
chamá-la de "alma" - experimenta diversos níveis, de acordo com a sua qualidade.
Aqueles que são uma massa de vibrações pesadas, ilusórias, vagam no nível inferior
deste novo espaço, freqüentemente apegando-se à atmosfera circunstante a um ser
humano, e por vezes mesmo tornando-se visível fisicamente a pessoas de percepção
incomumente aguda, sob certas condições. Aqueles cuja massa vibracional é mais
refinada, estabelecem-se na região média do grande mundo vibracional, onde sua
qualidade continua a aperfeiçoar-se. Deste nível, alguns prosseguem para um nível mais
alto da esfera vibracional, e outros descem ao nível atmosférico, atingindo o
renascimento pela fusão com a matéria do mundo de água e ar. Aqueles com massa
vibracional altamente refinada gravitam para o nível mais alto da esfera vibracional,
preparando-se para mais aperfeiçoamento para adiantar-se à próxima vida alterando sua
massa vibracional para ondas e raios.
Neste mundo, todas as massas vibracionais, comumente chamadas "almas" apresentam
entendimento e consciência diferentes da percepção física, mas análogos àqueles
experimentados enquanto consciência mental e espiritual durante a vida humana. Desta
vida, a vida prévia pode ser observada, assim como durante a vida humana podemos
entender a vida embrionária prévia. A felicidade e a infelicidade nesta vida vibracional
dependem grandemente do grau de compreensão e consciência desenvolvidos na vida
humana prévia, assim como o nosso destino na vida humana grandemente se deve ao
período de desenvolvimento embrionário. Se claro ou obscuro, elevado ou baixo, tudo
dependerá de nosso nível de discernimento e consciência desenvolvido durante a vida
humana e da continuidade de seu aperfeiçoamento na vida vibracional.
Sexto Período da Vida: A morte da vida vibracional ocorre com a dissolução da massa
de vibrações que é o nascimento para a vida seguinte, como entidade de ondas e raios
movendo-se à alta velocidade. O ambiente deste estágio seguinte da vida é o mundo da
radiação, que cobre todo o espaço galáctico. O corpo vivo é transferido no nascimento
neste mundo de radiação, numa luz cintilante – pode-se chamar “espírito” – conduzindo
pensamentos e imagens, viajando por centenas de milhares de anos-luz.
A partir deste mundo, algumas entidades descem à esfera vibracional de diversos
sistemas solares e planetas, retornando ao estado de massas vibracionais e outras
adiantam-se além para se dissolverem em movimento de velocidade infinita. Dentre
aquelas que desceram à esfera vibracional, algumas se transformam ulteriormente
dentro da atmosfera e das esferas inferiores, tomando a trajetória da materialização,
rumo à manifestação física sobre o planeta
4. O Modo de Comer
A vida macrobiótica, recomendada pelos sábios da antigüidade e praticada amplamente
para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual consiste das seguintes artes: comer,
respirar e vida cotidiana.
Como um ser humano é parte de seu meio ambiente, tendo evoluído biologicamente
por três bilhões de anos sobre este planeta, suas condições físicas, mentais e espirituais,
estão baseadas naquilo que ele consome de seu ambiente natural e no seu alimento. O
modo de comer é o fator mais essencial para seu desenvolvimento.
A prática dietária macrobiótica recomendada e seguida tradicionalmente por milhares
de anos consiste do seguinte padrão, para um clima temperado, de quatro estações ou
clima subtropical:
.
a. O alimento principal
Pelo menos metade de nosso consumo diário de comida ou, se possível mais (de 50% a
60%) deve ser de grãos integrais ou seus produtos, assim como arroz integral, trigo em
grão, cevada, aveia e centeio. Milho e trigo sarraceno podem também suplementar os
outros grãos. Vários métodos de preparação podem ser aplicados a cada grão - cozer,
refogar, assar, e fazer farinha para pão, massas e outros. De acordo com o clima, vários
tipos de feijões, favas, lentilhas e ervilhas podem integrar a alimentação principal.
b. O alimento suplementar
O alimento suplementar consiste de todos os outros tipos de comida do reino vegetal e
animal, exceto carne de mamíferos:
3. Plantas do mar. Algas e diversos outros vegetais marinhos tais como Kombu,
Wakame, arome, hiziki, mori, agar-agar, etc. podem ser usados como suplemento
alimentar, especialmente pelas pessoas que vivem no litoral ou em ilhas.
N. do R. - Convém notar que a dieta padrão aqui sugerida está voltada para o
habitante de clima temperado. O clima tropical, especialmente rio verão, exigirá uma
adaptação condizente, com utilização maior de alimentos yin - legumes, verduras,
líquidos - e menos daqueles relativamente mais yang, como os alimentos do reino
animal, cereais e sal.
Esses vegetais do mar são cozinhados sozinhos ou com legumes e grãos: Podem ser
assados, torrados e moídos, depois de torrados. Alguns são usados como condimentos,
com ou sem a adição de sementes e sal.
c. Bebidas
O líquido que se toma além daquele naturalmente contido no alimento ou usado no
processo do cozimento pode ser chamado de bebida. Água de boa qualidade, água
quente e chás de ervas como bancha, dente de leão, bardana e outros chás tradicionais
são recomendados. O volume de líquido tomado, porém, não deve exceder o
estritamente necessário para a saúde física, mental e espiritual. O barômetro para
descobrir quanto líquido devemos tomar em média é beber só quando tivermos sede e
urinar de três a quatro vezes por dia.
SERVIR E COMER
O modo de servir e comer as refeições tem os seguintes princípios:
l. A mesa deve estar bem arranjada e atraente, para criar uma atmosfera pacífica.
2. O ruído excessivo deve ser evitado durante a refeição.
3. Deve-se mastigar bem o alimento, no mínimo 50 vezes por bocado, misturando ao
máximo a comida e a saliva.
4. É importante desenvolver a atitude mental de gratidão pelo universo, natureza,
plantas e animais e por aqueles que produziram, processaram, cozinharam e serviram a
refeição.
5. As refeições podem ser uma, duas ou três por dia, mas não a menos de três horas de
ir dormir.
6. O alimento principal, os cereais, deve ser consumido do começo ao fim da refeição,
e o alimento suplementar deve ser consumido junto com o principal na ordem: sopa,
vegetais e algas cozidos; vegetais crus, sobremesa de frutas.
7. Em cada refeição, o volume de alimento consumido deve ser limitado naturalmente
a não mais de 70% da capacidade do estômago.
Sem uma dieta macrobiótica não é possível desenvolver a própria condição o física,
mental e espiritual. Há pessoas, porém, que não praticam uma alimentação e ordenada,
mas atingem grande aperfeiçoamento físico, mental e espiritual: foram bem alimentadas
na gestação, através de suas mães, bem como na infância e juventude. Sua condição
original foi boa, e a despeito de sua ignorância sobre a t influência da dieta e de sua
alimentação desordenada na idade adulta, ainda mantêm sua boa forma inicial.
Entretanto, depois dos 50 ou 60 anos é quase certo que decaiam de sua força original.
Todos os exercícios físicos, mentais e espirituais, tradicionais ou modernos, devem
basear-se na alimentação macrobiótica adequada. Todos os antigos filósofos,
pensadores, líderes espirituais, artistas, líderes políticos e fundadores de artes e ciências
para o aperfeiçoamento de saúde, mente e espírito pela felicidade total observam
efetivamente uma nutrição macrobiótica.
É altamente recomendável que todas as pessoas de nossos dias, especialmente as que
anseiam recuperar sua saúde física e mental, e aqueles que querem desenvolver seu
bem-estar e beleza como um todo, junto com uma compreensão e consciência
ilimitadas, pratiquem, antes de mais nada, uma alimentação correta, segundo princípios
macrobióticos.
5 Os Princípios da Respiração
Logo depois do que se come e bebe, a segunda função importante entre o homem e seu
ambiente é a respiração. O alimento é parte do ambiente animal, vegetal e mineral do
homem, seu meio geográfico e biológico. O modo de se alimentar é o modo de nos
adaptarmos harmoniosamente ao nosso ecossistema. Beber é adaptar-se pela unificação
do organismo com o mundo líquido, parte de nosso ambiente externo. Exercitando o
modo de beber corretamente, harmonizamo-nos com o ecossistema líquido: oceanos,
rios, chuva, umidade do solo, do ar.
Analogamente, a respiração é o intercâmbio entre nós e o ecossistema aéreo: e ar. O
modo de respirar visa cumprir, com o máximo de eficácia, nossa adaptação harmoniosa
ao ambiente atmosférico como parte de um todo, do mesmo modo que o comer e o
beber apropriados são essenciais ao nosso aperfeiçoamento físico, mental e espiritual. A
maneira apropriada de respirar também é essencial para nossa saúde e felicidade,
juntamente com nossa compreensão e consciência universais.
Respirar é a manifestação da função yin, centrífuga e expansiva, e da função yang
centrípeta e contrativa, alternativamente exercitadas num movimento harmonioso,
principalmente por nossos órgãos respiratórios. Entretanto, não só os órgãos
respiratórios como as cavidades nasais e bronquiais e os pulmões, mas também os
órgãos circulatórios e suas funções estão diretamente relacionados com a respiração. O
sistema nervoso, incluindo as reações nervosas autônomas e as funções cerebrais,
também está relacionado diretamente com a função de respirar. Falando genericamente,
o funcionamento ativo destes sistemas e órgãos a acelera respiração ativa, e a respiração
ativa por sua vez, acelera o funcionamento ativo destes sistemas e órgãos. Por outro
lado suas funções lentas e inativas resultam em respiração lenta e inativa; e respiração
lenta e inativa resulta, eventualmente na função lenta e inativa deles.
Concomitantemente, nosso controle de respiração, o volume de ar na inalação e
exalação, a duração de ambas, bem como a velocidade da respiração têm diferentes
efeitos sobre todas as funções e órgãos digestivos, circulatórios, nervosos e excretórios.
Isto também, direta ou indiretamente influencia nossas condições psicológicas e
espirituais, mudando a espécie, direção, volume e dimensão de imagens e pensamento.
São exemplos principais das diferentes maneiras de respirar, e seus efeitos sobre
nossas condições físicas, mentais e espirituais:
a. Velocidade
Respiração mais lenta (produzindo efeitos mais yin):
1. O metabolismo físico desacelera, incluindo o batimento cardíaco, a circulação
sangüínea e a circulação de outros fluidos corporais. A temperatura do corpo tende a se
tornar ligeiramente mais baixa.
2. Mentalmente, produzindo um estado mais tranqüilo e pacífico, pensamento mais
claro e compreensão objetiva, bem como respostas mais sensíveis ao ambiente.
3. Espiritualmente, produzindo uma percepção mais ampla, intuição mais profunda e
levando a uma consciência mais universal.
Respiração mais rápida (produzindo efeitos mais yang):
b. Profundidade
Respiração mais superficial (produzindo efeitos mais yin):
1. Fisicamente, resultando num metabolismo mais inativo, bem como descoordenação
e desarmonia entre diversas funções físicas. A temperatura do corpo tende a variar
irregularmente.
2. Mentalmente, produzindo uma tendência à ansiedade, instabilidade, frustração e
descontentamento, resultando freqüentemente no desenvolvimento do medo.
3. Espiritualmente,desenvolvendo uma tendência à percepção superficial, freqüentes
mudanças de opinião, perda de autoconfiança, falta de coragem, bem como perda da
memória e da visão do futuro.
Respiração mais profunda (produzindo efeitos mais yang):
1. Fisicamente, resultando em metabolismo mais ativo e profundo, e harmonia entre
os sistemas e órgãos. A temperatura do corpo tende à estabilidade.
2. Mentalmente, produzindo uma profunda satisfação, estabilidade emocional, forte
autoconfiança,e manutenção de uma forma de pressão constante e estável.
3. Espiritualmente, desenvolvendo a tendência à meditação e uma fé inabalável, bem
como a tendência à abrangência, e uma personalidade cheia de amor.
c. Extensão
Respiração mais longa (produzindo efeitos mais yin):
1. Fisicamente, resultando em melhor coordenação entre o metabolismo de diversas
funções. A temperatura do corpo tende a ficar estável e, em geral, as atividades de todos
os órgãos e glândulas tende a desacelerar.
2. Mentalmente, produzindo uma sensação de satisfação e paz. Mais persistência,
paciência e quietude, bem como menos excitação e irritabilidade emocional.
3. Espiritualmente, desenvolvendo percepção mais objetiva e ampla, bem como
compreensão mais profunda. As memórias do passado e do futuro tendem a tornar-se
mais extensas.
6. Vida Cotidiana
Para desenvolver a felicidade física, mental e espiritual, é importante ordenarmos
harmoniosamente nossa vida diária das seguintes maneiras:
*"Quociente respiratório (QR): razão entre o volume de C02 produzido e oxigênio (02)
consumido:
Volume de C02 expirado
Volume de 02 inspirado = Quociente Respiratório
Analogamente, o QR para uma gordura é 0,71; para uma proteína, é 0,80. Para uma
pessoa com uma dieta mista média, é de 0,85. Para uma pessoa que jejuou por 12 horas,
QR é 0,82 "(De / Anatomy and Physiology), vol. 1, de Steen e Montagu, Harper &
quantidade, composto de muita proteína e gordura, torna-se necessário uma respiração
mais rápida e intensa, o que tira a mente de seu estado de quietude. Assim sendo,
aqueles que praticam a meditação e outros exercícios espirituais devem evitar o
consumo de muito alimento animal.
Durante a refeição:
a. Mastigar cada bocado pelo menos 50 vezes.
b. Ao mastigar, descansar os talheres na mesa.
c. Manter postura correta durante toda a refeição.
d. A conversação à mesa deve ser alegre, mas pacífica.
e. O serviço de mesa deve ser gracioso e ordenado.
f. Não deixar restos no prato.
g. Sempre manter os pratos, talheres, panelas, etc. assim como a cozinha e sala de
refeições limpos e em ordem.
a. Não se queixar dos outros, mas considerar nossa própria incapacidade de melhorar
as situações.
b. Não acusar ninguém, mas considerar os próprios erros.
c. Não criticar, mas considerar a própria inadequação.
d. Não ser dependente, mas considerar o quanto podemos ser independentes.
e. Não ignorar os outros, mas considerar nossa própria ignorância.
8. Dedicar nossa Apreciação pelo Dia: Depois de completar o trabalho cotidiano, antes
ou depois da refeição da noite, dedicar nossa apreciação à natureza e ao universo, bem
como á sociedade e aos amigos que cooperaram conosco em nossa atividade cotidiana.
Avaliemos o que fizemos durante o dia:
Esta auto-avaliação nos orienta para um melhor desempenho no dia que vem,
ajudando-nos a evitar a repetição das mesmas falhas nos diversos aspectos de nossas
atividades.
9. Estudar Nosso Modo de Vida: Depois da vida ativa do dia, passar algum tempo em
quietude para desenvolver nossa compreensão estética, teórica e espiritual do modo de
viver. Lendo, escrevendo, executando uma atividade artística, ou pensando e meditando,
devemos continuamente refinar nossa personalidade e aprofundar nossa compreensão da
arte, literatura, ciência, filosofia, religião e diversas outras artes.
Nossa vida deve ser bem equilibrada com atividade física yang e atividade mental yin.
Precisamos desenvolver-nos física e mentalmente. Um samurai precisava refinar sua
personalidade pelo aprendizado da poesia, artes, música, e literatura, mesmo a
cerimônia do chá; e uma dama, ocupada principalmente com a sua casa, também
precisava saber bem algumas artes marciais, para enfrentar qualquer emergência.
a. O Espírito Fisicalizado
Exprimimos "espírito" em termos tais como "espírito humano"; "espírito da nação";
"espírito de família"; "espírito do homem, ou da mulher"; o "espírito da Cristandade, ou
do Budismo", e assim por diante. "Espírito" neste sentido exprime tradição, herança,
ideais, disciplina, e ou , conceitos similares que manifestamos em nossa vida física
dentro da sociedade.
b. O Espírito Vibracional
Também usamos o termo "espírito" quando falamos sobre um morto ou sobre eventos
passados que não mais são físicos no mundo atual. Costumamos dizer "o espírito de seu
falecido pai"; "o espírito do soldado desconhecido"; "o espírito de um grande
personagem falecido", etc; "o espírito dos amantes que morreram". Neste sentido,
reverenciamos ou sacralizamos, e dedicamos nosso consolo ou orações por eles.
Queremos nos referir a uma alma, ou manifestação astral, ou ondas e vibrações que
podem ser percebidas e interpretadas como a imagem da personalidade que está em
nossa memória.
c. O Espírito Universal
a. Período Ambiental
Transformamo-nos da Infinidade Una no infinito oceano de unidade, através do estágio
de polarização - yin e yang, forças antagônicas e complementares - formando todos os
mundos relativos no padrão espiral estruturado num desenvolvimento logarítmico. O
mundo da vibração e da energia produz fenômenos pré-atômicos, inclusive as diversas
partículas, com o movimento espiral da energia. Os átomos são construídos em espirais
complexas e as moléculas são também formadas numa cadeia espiralada unindo vários
átomos, como no caso notável do DNA. O mundo na natureza, composto de solo, água e
ar é manifestado no movimento espiralado destas moléculas, como podemos observar
facilmente no movimento aparente das galáxias, correntes d'água, movimentos
atmosféricos e remoinhos. Toda vida biológica incluindo toda espécie animal e vegetal
se desenvolve num padrão espiral, como podemos observar no crescimento de raízes,
caules, trepadeiras, folhas e flores, bem como na formação de organismos celulares,
músculos, ossos, órgãos, glândulas, bem como funções digestivas, respiratórias,
circulatórias, excretórias e nervosas no corpo dos animais.
b. Período Pré-Concepção
A medida que o alimento é absorvido no aparelho digestivo, é distribuído por todo
nosso corpo na forma dos diversos constituintes do sangue, linfa e outros fluidos do
corpo, de fato já circulando em padrões espirais, que podemos notar se observarmos
nosso corpo por cima ou por baixo. Este alimento na forma de sangue e outros fluidos é
ainda transformado nas diversas células do corpo, bem como nas células reprodutivas,
que são nada mais que espirais coletoras compactadas formando órgãos, tecidos
músculo Nos órgãos reprodutivos, como testículos e ovários, as células reprodutivas - os
folículos - formam o esperma por uma espiral centrífuga, nos órgãos masculinos, e
óvulos por uma espiral centrípeta nos órgãos femininos. Quando o esperma e os óvulos
irradiam vibrações para o ambiente imediato na forma de campos espiralados, ao serem
mutuamente atraídos no útero da mulher, seu próprio movimento também segue a
trajetória espiral, intensificado por sua própria rotação.
d. Período da Infância
Este período estende-se do nascimento até o desenvolvimento da postura ereta na
criança. Durante este período repetimos as experiências da antiga evolução da espécie
animal que ocorreu em terra, após a formação dos continentes, até os tempos recentes
em que a raça humana começou a aparecer. Neste período, que repete aproximadamente
400 milhões de anos biológicos, desenvolvemos a percepção mecânica, sensorial, e
sentimental, de novo num padrão logarítmico. Durante as primeiras quatro semanas
após o nascimento, nossas funções são quase mecânicas; durante as seguintes 12
semanas, percepções sensoriais crescem junto com as funções mecânicas; e durante as
36 semanas seguintes aproximadamente, nossa consciência sensorial continua a crescer.
Durante este tempo, junto com as reações mecânicas e sensoriais precedentes,
alargamos as dimensões de nosso espaço circundante logaritmicamente, ao passo que
nossa postura procede para a ereta pelos estágios de anfíbio, réptil, mamífero e primata.
Os movimentos de nosso corpo em crescimento também refletem a espiral: quando
dobramos o corpo para a frente, contraímos a espiral de nosso corpo; quando o
estendemos, dissolvemos a espiral. Analogamente, quando contraímos nossos braços
formamos espirais, e quando estendemos, as dissolvemos. Na nossa respiração, a
inalação e a exalação formam movimentos espirais opostos do ar que passa pelas
cavidades nasais. Quando engolimos alimento e líquido, seu movimento de descida
forma uma espiral oposta ao movimento de descarga da urina e fezes.
e. Juventude
Na juventude, da postura ereta à puberdade, nosso movimento físico torna-se mais
ativo, seguindo um padrão espiral entre a expansão e a contração. Quando ficamos de
pé, durante o dia, tendemos a estender totalmente as espirais de nosso corpo, mantendo
o corpo mais ou menos reto; e enquanto dormimos, durante a noite, tendemos a
contrariar a espiral de nosso corpo, com a cabeça e pernas dobradas para dentro.
Quando nos movemos rapidamente, como na corrida, tendemos a formar nossa espiral
flexionada: quando descansamos, relaxamos nossa espiral. As emitirmos sons, o
inspirarmos, o ar circula para fora, formando uma espiral em contração. Nossa funções
sensoriais, como paladar, olfato, audição e visão também são cumpridas em movimento
espiral da cabeça, para identificar a intensidade, direção e distância dos impulsos
sensoriais.
Ao mesmo tempo, funções psicológicas, bem como o curso de vários pensamentos se
desenvolvem num padrão espiral. Seguindo-se ao primeiro período da infância, em que
em desenvolver a consciência intelectual durante este quinto período. Ela cresce e
funciona espiraladamente em direção às dimensões maiores do ambiente externo na
forma de imaginação, especulação, calculo, hipóteses, e outras funções que
conhecemos genericamente sob o nome de “entendimento”. Quando usamos o lado
direito do cérebro, que trata mais com conceitos mecânicos básicos, formamos
vibrações mentais em torno do cérebro direito em espiral: quando usamos o cérebro
esquerdo, que produz pensamento estético, formamos vibrações mentais em torno do
lado esquerdo do cérebro em outro padrão espiral.
Cada um de nossos diversos movimentos físicos, bem como nossas diversas atividades
psicológicas formam um padrão espiral especifico - expansão centrífuga ou contração
centrípeta, no sentido horário ou no sentido anti-horário - movimentos espirais de
energia e vibração.
f. Idade Adulta
O período da puberdade até aproximadamente os 50 anos, quando geralmente costuma
ocorrer a menopausa nas mulheres, pode ser chamado idade adulta. Durante este
período, o crescimento físico não continua, mas o crescimento psicológico e espiritual
deve continuar. Este desenvolvimento ocorre de novo numa espiral logarítmica,
sucedendo ao aperfeiçoamento psicológico que tenha ocorrido na etapa anterior. Nossa
consciência mecânica, sensorial, sentimental e intelectual continua a crescer e ademais,
os conceitos sociais devem continuar a se desenvolver em nossas experiências de
relações humanas. Esta consciência social produz uma outra consciência, mais
avançada, a ideológica e filosófica – o entendimento da sociedade, da vida, e do
universo como um todo; isto continua a se desenvolver, de novo numa espiral
logarítmica, ampliando nossas dimensões de tempo e espaço.
Nosso interesse em negócios pessoais se amplia para os da família e grupais e, mais
além, para a comunidade e a sociedade e, por fim, de todo o mundo. A compreensão
ideológica e filosófica começa com nossa experiência pessoal com outras pessoas e
nosso meio ambiente. Continua a crescer em nossa preocupação pelo destino de toda a
humanidade, que cresce ainda mais rumo à compreensão do universo, incluindo o
visível e o invisível, material e espiritual, físico e mental, finito e infinito - porque
estamos aqui, onde viemos, e para onde estamos indo?
Qual o propósito da vida? Que é amor, paz, justiça e liberdade? Este universo tem
alguma direção específica em seu movimento? Há uma ordem universal governando
todos os outros fenômenos que emergem neste universo? - e assim por diante.
Porque estes aspectos de nosso desenvolvimento mental crescem espiraladamente
numa direção yin expansiva, nossas atividades físicas, que produzem nosso contato
humano com outras pessoas e seres da natureza também tendem a se ampliar num
padrão yin expansivo. No começo deste período, nossos contatos ficam limitados a
nossa família e amigos; à medida que crescemos, nossos contatos crescem em número
de pessoas, negócios e eventos que experimentamos na sociedade e na natureza.
Ademais, refletimos mais sobre o passado e planejamos mais para o futuro. Como
tendência geral na formação da família, uma pessoa solteira torna-se um casal, e um
casal produz várias crianças, que respectivamente criarão mais crianças. A acumulação
material durante este período geralmente tende a um padrão expansionista análogo.
Como tendência geral, parece que a velocidade de acumulação material é mais lenta que
a velocidade dos contatos humanos, e o aumento nos contatos humanos é mais lento que
o desenvolvimento da consciência. Estas três fases de desenvolvimento formam as
órbitas interior, média e periférica de uma espiral logarítmica que representa todo o
desenvolvimento de nossa vida humana durante este período. Neste padrão de
crescimento, na eventualidade de que o padrão de acumulação material seja
irrazoavelmente alto, o desenvolvimento dos dois outros aspectos - contatos humanos e
consciência tende a se retardar.
g. Maturidade
O período aproximadamente dos 50 anos até a morte pode ser chamado de maturidade,
o cumprimento da vida humana. Neste período, nossa consciência cresce ainda mais e
rapidamente num padrão logarítmico, expandindo nossa consciência social e nossa
compreensão ideológica e filosófica. Isto se segue pelo desenvolvimento da percepção
espiritual e cosmológica, que nos leva a reconhecer nossa vida como mero processo
transitório na longa jornada que começou no oceano infinito do universo, e que termina
pelo retorno a este oceano. Isto nos leva ainda mais à compreensão de que esta longa
jornada da vida universal tem ciclos infinitos entre a infinidade Una e as incontáveis
manifestações finitas. Neste ciclo incessante da vida, todas as manifestações físicas são
a forma yang do ser espiritual não-físico vibracional, e todos os seres espirituais nada
mais são senão a forma yin expandida, cobrindo todas as dimensões deste universo e
mesmo além do universo.
Nesta etapa da vida, a verdadeira felicidade é percebida, com o desenvolvimento
cosmológico e espiritual. Nossa vida material, bem como nossas relações com outras
criaturas torna-se naturalmente ajustadas pela suprema percepção cosmológica e
espiritual da vida eterna. Lá pelo fim da vida, o desenvolvimento físico e material
geralmente tende a se desacelerar ou declinar, ao passo que os sociais e humanos
continuam a crescer constantemente, e o desenvolvimento da consciência se faz de
forma crescente.
h. Período Pós-Humano
Juntamente com a morte da vida humana nesta terra, o padrão yin de crescimento da
vida é ainda mais acelerado pela decomposição ativa da constituição humana. Algumas
partes tais como organismos celulares retornam a seu mundo original de elementos,
diferenciados e distribuídos no solo, água e ar; e outras partes da constituição humana
tais como vibrações, ondas e radiações, que estiveram manifestadas como energia física
e mental são também devolvidas e distribuídas a seus mundos originais. Ademais, o que
chamamos "consciência" continua com vibração maciça, continuando a existir na forma
de "almas", ou "espíritos", que são transferidos em diversos comprimentos de ondas e
podem influenciar a memória, imagens e pensamentos de nossos companheiros que
continuam em vida.
Estas existências vibracionais continuam a se dissolver e expandir em direção cada vez
maior e, eventualmente, retornam ao infinito, cobrindo todo o universo.
Estes oito estágios de desenvolvimento físico, mental e espiritual da constituição
humana, muito embora evoluam no padrão de uma espiral logarítmica como um todo,
são afetados pelos seguintes fatores:
Sejam estas influências positivas ou negativas, porém, cada um de nós tem sempre o
poder de dirigi-las pela iniciativa tomada em nossa vida cotidiana. Logo para ter saúde e
felicidade, torna-se necessário regular nossa vida diária ordenadamente,
macrobioticamente, através da prática alimentar e de exercícios físicos, mentais e
espirituais, como o Do-In.
Depois de formar estas espirais, que depois se desenvolvem como os principais órgãos
e funções, a energia eletromagnética começa a descarregar-se para cima e para baixo.
Para cima vai a energia que foi carregada nas partes mais periféricas de ambos os lados
do embrião, e para baixo vai a energia carregada na parte mais central do embrião. Estas
descargas de energia também formam espirais exteriores, superiores e inferiores, que
depois constituem braços e pernas. Correspondentemente, as correntes de energia que
fluem através dos braços e das pernas. Na forma de meridianos se desenvolvem assim:
Braços - Pernas
Meridianos - Meridianos
do Pulmão - do Baço-Pâncreas
do Intestino Grosso - do Fígado
da Circulação-Sexo - do Estômago
do Triplo Aquecedor - da Vesícula Biliar
do Coração - da Bexiga
do Intestino Delgado - dos Rins
Estes meridianos formam os dedos e artelhos nos seus terminais, constituindo, em
conjunto, espirais de sete órbitas logarítmicas:
Como braços e pernas são estruturas formadas pelo fluxo de energia a partir das
espirais dos órgãos produzidos no corpo, os braços e as pernas, bem como os dedos e
artelhos têm relações complementares com os órgãos, ou parte interior do corpo. As
partes periféricas dos braços e pernas, inclusive dedos e artelhos, correspondem às
partes mais interiores dos órgãos correspondentes; e a raiz ou juntas de braços e pernas,
junto do tronco, correspondem às camadas externas dos órgãos correspondentes.
Correspondentemente, estímulos e impulsos dados à periferia de braços e pernas,
inclusive mãos e dedos, pés e artelhos, produzem reação imediata nas partes interiores
dos órgãos correspondentes; enquanto. estimulações das raízes e áreas dos braços e
pernas mais próximas do tronco produzem reações diretas nas camadas superficiais dos
órgãos.
Como o corpo embrionário recebe energia da camada de energia eletromagnética que o
circunda, os pontos de entrada estão na superfície periférica do embrião. Esta superfície,
à medida que a energia é descarregada em direção aos futuros braços e pernas,
gradualmente se transforma na parte dorsal do corpo. No corpo humano totalmente
desenvolvido, ao longo da espinha, nas costas, encontramos, assim, os principais pontos
de entrada da energia Ki, chamados, na medicina oriental, Yu-Ketsu, "Pontos Yu", ou
"Pontos de Entrada"*. O significado de Yu é "verter para dentro". Através destes pontos
de entrada, cargas atmosféricas entram na parte interior do corpo, carregando vários
órgãos, ativando suas funções. Cada um destes pontos relaciona-se, portanto, a um
órgão específico e sua função, e estes pontos tradicionalmente levam o nome do órgão
associado: Hai-Yu". Ponto de Entrada do Pulmão"; Kan- Yu, "Ponto de Entrada do
Fígado"; So-Cho-Yu, "Ponto de Entrada do Intestino Delgado"; e assim por diante.
Depois que os fluxos de energia que entram por estes pontos de entrada Yu carregam
os respectivos órgãos, então, como mencionado antes, saem pela superfície da frente do
corpo, reunindo-se em certos pontos, tradicionalmente chamados Bo-Ketsu, "Pontos de
Reunião”**, na medicina oriental. Assim, na reunião frontal do corpo há um Ponto de
Reunião para cada corrente de energia que carregou cada órgão. Em outras palavras,
estes Pontos de Reunião também representam determinados órgãos e suas funções.
Estes Pontos de Reunião estão em relação complementar com os Pontos de Entrada. Os
pares de pontos complementares são:
Fig. 12
Yu - Pontos de Entrada
Pulmão, B 13
Circulação-Sexo, B 14
Coração, B 15
Diafragma, B 17
Fígado, B 18
Vesícula Biliar, B 19 ,
Baço-Pâncreas, B 20
Estômago, B 21
Triplo Aquecedor, B 22
Rim, B 23
Intestino Grosso, B 25
Intestino Delgado, B 27
Bexiga, B 28
Bo – Pontos de Reunião
Circulação-Sexo, VC 17
Pulmão, P 1
Coração, VC 14
Fígado, F 14
Visicula Biliar, VB 24
Rim, VB 25
Baço-Pâncreas, F 13
Estômago, VC 12
Intestino Grosso, E 25
Triplo Aquecedor, CV 7
Intestino Delgado, VC 4
Bexiga, VC 3
Triplo Aquecedor 4
Intestino Delgado 4
Intestino Grosso 4
Fígado 3
Rim 3
Baço-Pâncreas
Estômago 42
Vesícula Biliar 40
Bexiga 64
Os meridianos que passam por nosso corpo são como os meridianos sobre a superfície
da Terra. As correntes eletromagnéticas sobre a superfície do planeta formam
cordilheiras, alinhadas principalmente na direção Norte-Sul. Algumas cordilheiras
orientadas Leste-Oeste ou Nordeste-Sudoeste originaram-se no passado, antes de
deslocamentos do eixo da Terra e alterações nos pólos
(IG 1)
(ID 1)
(TA 1)
(BP 1)
(F 1)
(E 45)
(B 67)
(VB 44)
(R 1)
magnéticos. Nas cordilheiras há fontes, cachoeiras e rios, bem como vulcões, vales;
florestas e planícies. Cada um destes lugares tem certas características, produzidas, pela
pressão atmosférica e condições da superfície, juntamente com forças e movimentos
subterrâneos. Analogamente, ao longo dos meridianos do corpo há vários pontos
caracterizados como fenômenos naturais nas cordilheiras. Alguns pontos dos meridianos
são de natureza mais aquosa - o fluxo de energia corre, alaga, precipita-se, borbulha.
Outros pontos são caracterizados mais pela natureza do fogo, do metal, da madeira, e do
sol, bem como outras. Estes pontos são nomeados tradicionalmente de acordo com sua
qualidade, muito embora na orientação moderna, uma série de números foi-lhes
atribuída para identificação. Estes pontos ocorrem principalmente ao longo dos
meridianos, especialmente em torno das juntas dos braços e pernas; entre estes pontos,
ocorrem outros pontos de equilíbrio. Assim, por todo o corpo ao longo dos 12
meridianos principais, existem mais de 360 pontos; na superfície de todo o corpo, mais
de 2.000 pontos.
As principais correntes de energia aparecem como meridianos passando por todo o
corpo, com diversos graus de dinamismo e intensidade de corrente entre os 12
meridianos principais. Dentre estes meridianos, seis fluxos de energia são mais ativos, e
seis menos ativos. As correntes, ou fluxos ditos ativos podem ser identificados como
yang, por originarem-se de órgãos mais ativos, com uma estrutura mais expansiva, yin.
As correntes, ou fluxos, menos dinâmicos, podem ser chamadas meridianos yin, vindo
dos órgãos mais compactos, yang. Os meridianos yang correm pela parte exterior de
braços e pernas, ao passo que os meridianos yin na parte mais interior. Seus diversos
graus de dinamismo yin e yang são:
Fig. 15
Vaso da Concepção (VC)
Vaso do Governo ( VG )
Estes dois meridianos, os Vasos da Concepção e do Governo, que de fato são um só
fluxo de energia, correspondem a uma sobreposição da energia que flui ao, longo dos
meridianos da Circulação/Sexo e do Triplo Aquecedor. Estes quatro meridianos, por sua
vez, têm uma influência abrangente sobre toda nossa atividades física, mental e
espiritual, ao passo que os outros dez têm influências parciais.
As energias eletromagnéticas funcionando como os 12 meridianos, incluindo o da
Circulação/ Sexo e Triplo Aquecedor, não são correntes totalmente independentes
operando separadamente umas das outras. Estas correntes de todos os meridianos estão
interconectadas em ambos os extremos: nas partes periféricas do corpo - mãos e dedos,
pés e artelhos, especialmente nos Pontos Poço - e nos ponta, centrais das áreas superior,
média e inferior do meridiano Triplo Aquecedor.
Portanto, a energia flui de um meridiano para outro continuamente, recebendo
constantemente cargas de atmosfera através de vários pontos, e descarregando
constantemente por diversos outros, ao passo que a corrente fica circulando por todos os
meridianos. A tabela seguinte mostra a ordem de fluxo da corrente de um meridiano
para outro, alternando-se entre meridianos yin e yang:
Evaporação..........................Madeira
Plasma................................. Fogo
Solidificação........................Terra
Sólido...................................Metal
Líquido.................................Água
Este padrão universal de variação entre a expansão yin e a contração yang, num ciclo
sem fim, também explica a reencarnação que ocorre universalmente em todo fenômeno.
A energia eletromagnética fluindo ao longo dos meridianos por todo o corpo, entrando e
saindo de vários órgãos e exercendo diversas funções, também não se furta a esta lei
universal da mudança. As correntes de energia correndo ao longo dos dez meridianos
mais os dois genéricos, criam interações tais como na Fig. 16.
Plasma Fogo
C/ID - CS/TA
Gás Madeira F/VB
Solidificação Terra BP/E
Líquido Água RB
Matéria Bruta Metal P/IG
Fig. 18
Para baixo Meridiano do Pulmão
Água (P5)
Metal (P 8)
Terra (P 9)
Fogo (P 10)
Madeira (P 11)
4. Tratamentos
Os tratamentos que usam estes meridianos e os pontos ao longo deles visam
principalmente harmonizar as correntes de energia pelo corpo. Quando o fluxo de
energia ao longo de certos meridianos é inferior ao normal, aplica-se estímulo, para
fornecer energia suplementar, ou ativar o fluxo já existente. Quando alguns meridianos
têm energia em excesso, aplica-se estímulo para reduzir a energia, visando sempre
atingir uma relação harmoniosa entre os diversos meridianos.
As artes para suprir ou reduzir esta energia foram desenvolvidas, principalmente nos
países orientais, por mais de 5.000 anos. Dentre estas artes de harmonizar energia,
temos as seguintes:
a. Acupuntura
A arte da acupuntura usa principalmente agulhas, tradicionalmente feitas de ouro e
prata, e recentemente, de aço inoxidável. No tratamento, uma ou várias agulhas são
usadas no meridiano adequado e nos pontos apropriados, por vezes inserindo e tirando
imediatamente, e outras vezes inserindo e deixando por algum tempo. Pelo uso
diversificado das agulhas, fornece-se energia, ou reduz-se a energia em diversos graus.
Pode-se considerar essas agulhas como antenas que recebem e descarregam a energia Ki
entre a atmosfera e o corpo.
b. Moxabustão
O estímulo que recorre à vibração ativa do fogo pode também liberar o fluxo
estagnado da energia do longo dos meridianos ou certas áreas ao redor dos pontos.
Usualmente, a substância queimada é a moxa, tradicionalmente feita a partir de
artemísia, mas outras espécies de estimulação pelo fogo podem produzir efeitos
análogos: moxa de arroz, papel e cigarro podem ser usadas em circunstâncias diversas.
Fig. 19
Formação da Maçã e das Frutas em Geral
Formação da Terra
Aura da Terra (Aurora Boreal)
Crosta
Manto
Núcleo
do cérebro, enviando energia a milhões de células. Por causa destas cargas distribuídas a
todas as partes do cérebro, estas células, organizadas por região do encéfalo, operam
como instrumentos de comunicação e recebem as mais variadas vibrações bem como
impulsos magnéticos, produzindo imagens. A televisão, muito embora um mecanismo
muito primitivo, faz uma operação semelhante. Nosso cérebro é capaz de funcionar
como o principal órgão da consciência e centro de controle de muitas atividades físicas
e mentais, em resultado de ser constantemente carregado pela força do Céu.
Esta força desce continuamente, formando a úvula na região mais interior da cavidade
bucal, que é o pólo oposto do centro espiral da cabeça. Em torno da úvula, portanto,
forças eletromagnéticas carregam intensamente o líquido que se acumula na boca.
Como exemplo, a saliva pode dissolver diversas substâncias e decompor carboidratos,
por exemplo, por causa de sua natureza eletromagnética.
A energia é transmitida da úvula à raiz da língua e região da garganta, inclusive cordas
vocais. Por esta razão a língua é móvel, assim como as cordas vocais. As glândulas
tireóide e paratireóide que são energizadas por esta força, produzem hormônios, assim
como a glândula pituitária, no cérebro, sob a influência da irradiação a partir do centro
do encéfalo.
A força do Céu desce mais ainda, para a região do coração. As forças eletro magnéticas
ativam os músculos externos do coração, e a carga é daqui distribuída pelo sistema
circulatório, no sangue e na linfa, da mesma maneira que se irradia por todas as células
cerebrais, a partir do me sencéfalo. Por exemplo, devido à distribuição desta carga, o
plasma sangüíneo e algumas substâncias químicas são ionizados. Por causa desta
ionização, são capazes de alterar rapidamente sua natureza química, chegando até a
transmutação, que pode ocorrer no sangue. As cargas levadas pelo sistema circulatório
são ainda espalhadas pelos trilhões de células de todo o corpo. A força do Céu continua
a descer, carregando a região do estômago, de onde é distribuída a outros órgãos
circunstantes, como pâncreas e baço, fígado e vesícula, e rins. Concomitantemente,
estes órgãos produzem diversos líquidos, saturados de energia, como o ácido gástrico, o
suco pancreático, a bile do fígado e vesícula, e hormônios pancreáticos e duodenais.
Fig. 20 A Aura
Força do Céu para baixo
Força da Terra para cima
Fig. 21
Homem Força do Céu
Fontanela
Mesencéfalo
Garganta
Coração
Estômago
Hara
Sexo
Mulher Força da Terra
Mais acima, a força da Terra carrega a região mediana do corpo, incluindo órgãos
como estômago, pâncreas e baço, fígado e vesícula, bem como os rins. Por exemplo, o
fígado é influenciado mais pela força do Céu, ao passo que o pâncreas é leais
influenciado pela Terra; e a insulina secretada pelo pâncreas é mais carregada pela força
do Céu, ao passo que a anti-insulina tem sua secreção aumentada pela força da Terra.
Esta energia continua a subir e carrega a região do coração, coordenadamente com a
força do Céu. O movimento cardíaco é governado por estas duas forças - a contração,
pela Terra, e a expansão, pelo Céu. A força da Terra é também distribuída a todo o corpo
pelo sistema circulatório, como a do Céu, enviando a alimentação eletromagnética a
todos os músculos, tecidos e células.
Subindo mais, a força da Terra vibra as cordas vocais, reforçando a função
respiratória e acelerando a atividade da língua, bem como liberando cargas na cavidade
bucal. Por causa desta carga é que os sons agudos podem ser criados, e a inalação pode
ser efetuada, bem como o movimento mais rápido da língua.
Através do espaço entre a raiz da língua e a úvula, a força da Terra é transmitida rumo
ao cérebro, carregando seu centro, o mesencéfalo, de onde sua carga é redistribuída a
todas as partes do cérebro e todas as suas células. Enquanto que a distribuição da força
do Céu a partir do mesencéfalo tende a carregar mais as regiões interior e posterior do
cérebro, a distribuição da força da Terra tende a carregar mais a parte exterior e frontal.
A primeira carrega mais o lado direito, e a segunda, o lado esquerdo do cérebro. Estas
diferenças naturalmente resultam em diferentes efeitos psicológicos.
Estas duas forças, a de contração, do Céu, e a de expansão, da Terra, formam uma
corrente vibracional passando verticalmente por nosso corpo, entre o centro espiral da
cabeça e a parte. inferior do corpo. É este o "canal espiritual", ou "canal primário da
energia vital".
As partes do corpo onde as forças do Céu e Terra interferem e se acumulam, têm sido
tradicionalmente chamadas chacras, especialmente na antiga India. Estes lugares geram
cada um um fluxo de energia para o exterior e, simultaneamente recebem energia igual
da atmosfera ambiente, para carregar as funções internas. A localização dos chacras é
mostrada na Fig. 22.
As funções dos chacras são:
Uma carga excessiva de qualquer destes chacras estimula as funções que lhes
correspondem, e um decréscimo na carga resulta na desaceleração dessas funções.
Dentre estes sete chacras, o sexto é o administrador central de várias funções
controladoras da consciência na região da cabeça, e o segundo chacra é o administrador
central para a região do tronco. O sexto chacra é a área do mesencéfalo, e o segundo
chacra a região chamada "Tan-Den". Entre estes dois chacras há um outro chacra
importante - o quarto chacra, na região do coração. Equilibra todos os outros chacras e
as funções físicas e mentais, por causa de controle sobre o sistema circulatório. Pode-se
dizer que o sexto chacra é o centro do sistema nervoso, o quarto chacra o centro do
sistema circulatório, e o segundo chacra, o centro do aparelho digestivo.
O estímulo aplicado a estes chacras também produz diferentes condições mentais e
espirituais. Pode-se estimular estes chacras pelo exercício individual, como o Do-In,
recorrendo. à várias posturas, respiração e vocalização de mantras.
As qualidades produzidas pelos vários chacras são:
Quarto Chacra, Cardíaco: Gera sentimentos, emoções, como amor e simpatia por
outrem. Pode-se desenvolver uma percepção mais sensível em relação ao mundo
exterior.
Terceiro Chacra, Plexo Solar: Gera diversos poderes físicos e mentais, incluindo uma
capacidade extraordinária para controlar o movimento físico, e o desempenho de
poderes inusitados, que requerem o equilíbrio entre todos os movimentos físicos.
Segundo Chacra, Sacro: Gera estabilidade física, bem como autoconfiança mental.
Resistência inabalável, física e mental, também pode ser desenvolvida.
Primeiro Chacra, Muladhara: Gera harmonia física e mental com a Terra, inclusive
suas condições atmosféricas. Também reforça a vitalidade sexual, bem como a
capacidade de adaptação ao meio.
Além destes sete chacras, há quatro chacras adicionais, um em cada mão e pé. O centro
do chacra da mão é o centro de cada palma: Rô-Kyú, Circulação/ Sexo no.8; e o centro
do chacra do pé é a parte central da sola do pé, Soku-Shin, o "Coração do Pé". Os
chacras das mãos são extensões do quarto chacras e os dos pés são extensões do
segundo chacra.
Chacra da Mão Direita: Controla a descarga de energia rumo à periferia. Estas cargas
foram geradas internamente por vários chacras, especialmente o segundo, terceiro e
quarto.
Fig. 23 - Equilíbrio Alternado das Naturezas Yin para baixo e Yang para cima
As áreas sombreadas indicam a natureza yin e as áreas brancas, a natureza yang, em
áreas alternadas do corpo. anormais nas partes correspondentes do corpo, inclusive
desordens nas funções dos órgãos. Por outro lado, estímulos dados pela palma das mãos
ou dedos a estas áreas, direta e indiretamente produzem reações nas áreas internas
correspondentes do corpo. Exercícios como os de Do-In aplicados a qualquer região da
cabeça e tronco acarretam resultados benéficos, não só para aquela região, mas também
para as partes correspondentes do corpo e suas funções correlatas.
Sinais - Condição
Sardas - Descarga de açúcar em excesso, inclusive açúcares de frutas. Desordens do
fígado, rins, e suas funções.
Pintas - Descarga de proteína em excesso, especialmente causada por alimento animal,
carne bovina, de aves, e ovos. Desordens do aparelho digestivo.
Verrugas - Descarga de proteína e gordura em excesso, especialmente carne, ovos,
aves, e açúcar. Desordens do intestino e pâncreas.
Pele seca - Falta de metabolismo devida a camadas de gordura sob a pele, causadas por
consumo excessivo de gordura e óleo, incluindo carne bovina, aves, açúcar e frutas.
Manchas vermelhas - Descarga de excesso de minerais, especialmente causada por
alimento animal e sal. Desordens do fígado e vesícula, e suas funções.
Manchas pretas – As “pintas”; aparecem ao longo dos meridianos. Descarga de
carbono em excesso e outros minerais, após doença infecciosa. Indicação de desordens
em órgãos particulares e suas funções, de acordo com o meridiano.
Manchas brancas - Descarga de gordura em excesso, principalmente pelo consumo de
laticínios. Distúrbios do baço e do sistema linfático, bem como dos órgãos respiratórios.
Falta de barba e bigode nos homens - Ingestão excessiva de açúcar, frutas, gordura
animal e laticínios. Desordens nos órgãos sexuais e suas funções, e no sistema
endócrino.
Sobrancelhas curtas e finas - Excesso de comida animal: carne, aves e ovos. Desordens
nas funções respiratórias, digestivas e reprodutivas.
4. Mãos e Dedos, Pês e Artelhos. As mãos e dedos são manifestações periféricas dos
órgãos internos e suas funções, bem como das energias que passam por estes órgãos.
Cada dedo apresenta meridianos relacionados às funções de certos órgãos. Qualquer
excesso é descarregado pelas mãos e, dedos para a atmosfera, a partir da parte interna
do corpo, rumo à periferia, pela circulação do sangue e fluidos do corpo, bem como pelo
fluxo de Ki ao longo dos meridianos. Concomitantemente, as condições das mãos,
dedos e unhas mostram as condições internas, passadas e presentes. A seguir, alguns
exemplos.
Avermelhamento das pontas dos dedos - Descarga ativa de excesso de energia, causado
pela ingestão de açúcar, frutas, sucos, refrigerantes, temperos e outros alimentos
semelhantes. Desordens nas funções nervosas, respiratórias e reprodutoras.
Rachaduras das unhas e pontas dos dedos - Descarga excessiva de líquido, açúcar,
frutas, sucos e refrigerantes. Desordens nos órgãos e funções reprodutoras.
Mãos e pés úmidos - Ingestão excessiva de líquido, inclusive frutas e sucos. Desordens
nos aparelhos digestivo, circulatório e excretor.
Os exemplos dados acima são apenas algumas das condições facilmente observáveis
aparecendo na periferia do corpo em conexão com desordens nos órgãos e funções
internos. Estas áreas periféricas podem ser utilizadas com o propósito de diagnóstico e,
simultaneamente, para o tratamento. A aceleração ou redução da energia na periferia
pode influenciar imediatamente o fluxo de energia nos órgãos correspondentes e outras
partes internas do corpo. O estímulo dado a estas áreas periféricas, como pelo uso de
pressão e temperatura, podem mudar as condições internas. Tal como muitos outros
tratamentos médicos e exercícios físicos, o Do-In usa ativamente estas áreas periféricas
para melhorar as condições internas.
3. Pontos Marrom Escuro aparecendo numa certa região do globo ocular representam
endurecimento de muco estagnado e gordura acumulada, inclusive formação de
cálculos. Também representam a formação de cistos, se aparecerem na região
correspondente aos seios ou ovários.
2. CONDIÇOES DA ORELHA
A orelha representa toda a constituição física e mental, por seu tamanho, espessura,
ângulo, posição e estrutura. Algumas das indicações principais:
Fig. 25
A. Indica a Região inferior do Corpo
B. Indica a Região Média do Corpo
C. Indica a Região Superior do Corpo
Aresta Periférica: Aparelhos Circulatório e Excretor
Aresta Média: Sistema Nervoso
Aresta Interna: Aparelhos Digestivo e Respiratório
2. Espessura: Orelhas espessas indicam uma condição digestiva mais saudável, bem
como estrutura óssea mais forte, ao passo que orelhas delgadas indicam uma
constituição mais fraca, o que pode levar a muito nervosismo.
3. Angulo: O ângulo entre a orelha e a cabeça deve ser inferior a 300 no caso de uma
orelha normal, mostrando um equilíbrio harmonioso entre o físico e o mental. No caso
de o ângulo da orelha ser superior a 30°, a constituição física tende a ser desequilibrada,
assim como a mental.
4. Posição: Uma orelha normal é posicionada de modo que a porção superior da orelha
começa na cabeça ao nível dos olhos, e o extremo inferior do lobo no nível boca.
Entretanto, em nossos dias, muitas orelhas começam sua porção superior sensivelmente
acima do nível dos olhos e a parte inferior termina bem acima da linha da boca. A
primeira condição indica uma constituição física e mental superior à segunda.
Tendência Moderna:
Perda dos Lobos
Tamanho Menor
Posição Mais Alta
Fig. 28 - Principais Linhas da Mão e a parte inferior mostra a parte superior deles.
Numa saúde normal, esta linha deve ser nítida, profunda, e a mais longa das linhas da
palma. A razão pela qual é chamada "Linha da Vida" pela quirologia é que a vitalidade
física e a longevidade dependem grandemente da condição das funções digestiva e
respiratória. Se esta linha termina antes de chegar ao pulso, ou se for fina e pouco
profunda, mostra uma capacidade inferior dos aparelhos digestivo e respiratório.
Linha B, começando na borda interior da mão, perto do início da ponta da Linha A,
cruzando a palma em direção à borda exterior a mão Esta linha representa o sistema
nervoso, bem como a capacidade de raciocínio. Pode ser mais curta que a Linha A, mas
deve ser nítida e profunda, na saúde normal. Na quirologia, é a "Linha da Cabeça".
Mostra tendência à determinação, se e curta e muito marcada, mas pode denotar uma
tendência à obstinação e rigidez. Por outro lado mostra uma compreensão ampla, se a
linha for longa e fluir para baixo, muito embora também mostre tendência à indecisão.
Linha C: Da borda exterior da mão sob o dedo mínimo em direção à borda interior na
base do indicador. Representa o aparelho circulatório e excretor, e é desejável que seja
nítida e bem marcada. Esta linha pode ser mais curta que a Linha da vida, mas igual ou
pouco mais longa que a Linha B, a Linha da Cabeça. Se esta linha for fraca e mostrar
irregularidades, significa que as funções excretórias e circulatórias não estão
funcionando eficazmente, num dado período da vida. Se esta linha for longa, atingindo
quase a base do indicador, a vitalidade física e aspiração emocional podem estar acima
da média. Devido à natureza das funções circulatórias e excretórias em sua influência
sobre o comportamento emocional, esta linha é chamada "Linha do Coração", na
quirologia.
Linha D: começa entre o indicador e médio, curvando-se para a base do anular. É a
"Linha do Amor", indicando afeto profundo por outras pessoas ou coisas. Ao mesmo
tempo, indica possíveis complicações e dificuldades nas relações amorosas, bem como
nas relações humanas. Não aparece necessariamente em todas as mãos.
Linha E: saindo do centro da base da palma e subindo verticalmente para o dedo
médio, é a "Linha do Destino", na quirologia. Não aparece em todas as mãos. Se a mãe
trabalhou intensamente durante a gravidez, ou se a pessoa sempre trabalhou duro,
especialmente em atividades sociais e físicas, esta linha costuma aparecer. Como esta
linha é criada por atividade física e social, é considerada como indicação de possível
sucesso futuro.
Linha F.• começa perto do centro da base da palma, subindo para a área entre o dedo
mínimo e o anular, é a "Linha da Saúde", e aparece só em algumas pessoas. Como a
linha E, a Linha do Destino, ela é criada por boa atividade física, quer pela mãe, durante
o tempo do desenvolvimento embrionário, ou pela própria pessoa, durante o período de
crescimento. Se esta linha aparece, sua constituição física tem boa resistência às
dificuldades ambientais.
Outras Linhas: Há muitas outras linhas menores passando aqui e ali por toda palma da
mão. Quanto mais linhas menores aparecerem, mais alterações na vida física, emocional
e social tendem a ter lugar, e indicam que uma grande variedade de alimentos foi
consumida. Geralmente, é mais desejável que as linhas da palma sejam mais simples e
claras, mostrando que as condições do crescimento da pessoa, bem como seu ambiente
foram simples e ordenados. Também mostram que seu consumo de alimentos foi mais
simples, mas mais bem equilibrado que a média. Todas, dentre as linhas menores, têm
suas respectivas correspondências a nossas condições físicas, mentais e espirituais mas,
em geral, as linhas que se dirigem para os dedos verticalmente são indicações mais
desejáveis que as linhas horizontais.
Por causa da natureza das linhas da mão, como explicada acima, as palmas podem ser
usadas para diagnóstico e tratamento, pela aplicação de pressão, massagem, e outros
estímulos. Um estímulo aplicado em uma certa área ou ponto da palma imediatamente
influencia o sistema, órgão ou área do corpo correspondente.
Pineal
Pituitária
Garganta
Brônquios
Tireóide
Timo
Estômago
Pâncreas
Rins
Bexiga
Intestino Delgado
Joelho e Quadril
Nervo Ciático
Olho
Sinus
Orelha
Pulmões
Plexo Solar,
Ombro
Coração
Baço
Supra-Renais
Cólon Transverso
Cólon Descendente
Cólon Sigmóide
Reto influenciar um órgão correspondente, glândula ou área do corpo. Quando estes
estímulos são aplicados adequadamente, com o tipo apropriado de vibração e grau de
intensidade, servem efetivamente para o alívio das condições desordenadas que existem
em regiões interiores do corpo.
Estas correspondências pé-órgão também sugerem que é mais aconselhável para a
ativação do metabolismo físico e mental andar, ou exercitar-se descalço na grama ou na
terra, de tempos em tempos, quando as circunstâncias assim o permitem. Também é
aconselhável manter artelhos e pés limpos, lavando-os com água quente ou fria uma ou
duas vezes ao dia, servindo para a manutenção geral da saúde.
De acordo com a constituição física e espiritual do homem, que é composta, como
explicado acima de modo genérico, com relações antagônicas e complementares entre
as várias partes do corpo, bem como entre fenômenos mentais e físicos, qualquer
estímulo dado a qualquer parte do corpo, independentemente da natureza de tal estímulo
- material ou espiritual, física ou vibracional - pode alterar as condições e funções de
vários fenômenos mentais e físicos. Os exercícios do Do-In, como todos os outros
exercícios físicos, mentais e espirituais, usam ativamente tais estímulos. Mas no caso do
Do-In, tal estímulo é dado de maneiras mais pacíficas e naturais, na forma de auto-
regulação. 0 Do-In objetiva não somente a cura e o aperfeiçoamento nas condições
desarmoniosas, mas também o desenvolvimento global de nossas condições físicas,
mentais e espirituais, numa vida cotidiana harmoniosa.
Segunda Parte
Exercícios de Do-In
l. O Do-In tem sido desenvolvido desde uma época desconhecida, através de respostas
intuitivas que surgem sem elaboração especial ou teoria, como as reações naturais de
toda pessoa para a auto-adaptação.
2. O Do-In é totalmente constituído de auto-exercício, diferentemente de muitos
tratamentos médicos, artes marciais, e outras terapias que requerem a participação de
outras pessoas.
3. Os exercícios de Do-In não requerem o uso de quaisquer instrumentos, ao contrário
da acumpuura, moxabustão e muitas outras fisioterapias. Requerem apenas nossas
próprias funções físicas e mentais, aplicadas apropriadamente por auto-regulação.
4. Os exercícios de Do-In visam nosso aperfeiçoamento físico e bem-estar, mas
também visam muito além da dimensão física, pelo desenvolvimento de nossas
capacidades mentais e espirituais para o cumprimento da verdadeira natureza humana
como um todo, em todas as dimensões.
5. Os exercícios de Do-In podem ser praticados por qualquer um, em qualquer lugar,
usando apenas um curto período de tempo; portanto, podem tornar-se facilmente parte
de nossa vida cotidiana, não exigindo qualquer esforço ou sobrecarga de nossas
atividades.
6. No Do-ln não se considera os seres humanos como existências físicas e materiais,
mas sim como manifestações de movimento espiritual e vibracional, que surge da
dimensão infinita de vibração e energia no oceano do universo infinito.
7. Os exercícios de Do-In são executados numa relação harmoniosa como ambiente
natural, usando o tempo, lugar e postura mais vantajosas, bem como fenômenos
naturais, como os movimentos do Sol e do Vento.
4. Exercícios Gerais: Esta série de exercícios visa ativar o fluxo de energia em cada
área do corpo juntamente com a recuperação das funções harmoniosas de vários órgãos,
glândulas e aparelhos. Estes exercícios cobrem todo o corpo, usando várias aplicações
de pressão, massagem, fricção e outros estímulos que podem ser feitos facilmente.
CAPÍTULO 1
Exercícios Especiais (EE)
Introdução
Exercícios Especiais aqui apresentados são alguns exercícios representativos, cada da
um dos quais com um propósito especial. Estes Exercícios Especiais podem ser
praticados em qualquer momento e em qualquer lugar, não como uma série, mas como
exercícios independentes. Todos estes, porém, requerem as condições biológicas e
psicológicas apropriadas como base respiratória, realizada pela prática do modo
macrobiótico de vida.
Estes Exercícios Especiais são principalmente orientados para nosso desenvolvimento
mental e espiritual, mas naturalmente incluem o aperfeiçoamento físico. Alguns deles
são praticados no zen-budismo e outros tipos de meditação. Alguns deles foram usados
no yoga, outros pelo shintoísmo pré-histórico e outras práticas religiosas. Muitos deles
são aqui recuperados e modificados com uma forma simples e prática, com o acréscimo
de uma nova compreensão.
Usando os exercícios apresentados aqui, uma variedade quase ilimitada de exercícios
pode ser desenvolvida, para atingir o mesmo objetivo - isto é, o desenvolvimento
ilimitado da personalidade toda. As personalidades espirituais desenvolvidas conhecidas
ao longo da história, praticavam alguns destes exercícios, pelo que conseguiam iniciar-
se no domínio de sua liberdade física e mental.
Dei um nome a cada um destes exercícios de acordo com seu significado tradicional e
seu propósito, e refinei e modifiquei especialmente alguns deles para introduzir o
objetivo geral de vários exercícios. Através de qualquer um deles você pode começar a
entrar no domínio maior do mundo mental e espiritual.
Os exercícios apresentados são os seguintes:
EEl - Ten-Dai: Alicerce do Céu: Neste exercício, estudamos várias posturas sentadas
que são essenciais para a prática de exercícios físicos, mentais e espirituais. No começo
e no fim de cada exercício de Do-In, devemos retornar a uma destas posturas. As
posturas sentadas são todas centradas no abdômen inferior - o Segunda Chacra, o centro
físico - para nos estabilizarmos firmemente sobre a terra.
EE2 - Ai- Wá: Amor e Harmonia: Este exercício é centrado no Quarto Chacra, o
coração e centro emocional, para desenvolver nossa devoção junto com o amor e a
harmonia. Este exercício gera relações harmoniosas com todas as pessoas à nossa volta
e com as condições ambientais.
EE3 - Shô Ten: Ascensão ao Céu: Este exercício é centrado no Sexto Chacra, a área
central do cérebro, para expandir nossa consciência além do mundo relativo, libertando-
nos além do tempo e espaço, numa esfera ilimitada. Também é experiência do processo
gradual rumo à nossa morte físicas e nascimento de uma percepção sem limites.
EE6 - Nai Kan: Reflexão Interior: Sempre que encontrarmos dificuldades, este
exercício pode ser praticado para recuperarmos nossa verdadeira identidade e
reconquistar a confiança pessoal dentro do universo. A descoberta de nossos próprios
defeitos e erros, bem como a solução para nossos problemas pode ser atingida por esta
prática.
EE7 - Gai Kan: Reflexão Exterior: Complementar do acima. Seu propósito é liberar
nossa consciência ego-centrada, rumo à dimensão infinita, desenvolvendo o altruísmo.
É essencial perceber em todos os aspectos de nossa vida, que a vida é eterna e universal.
EE8 Chin Pai: Veneração espiritual: Exercício que resulta automaticamente do estado
de não-egoísmo: ação da pessoa humilde que entrega o seu ego ao ambiente, bem como
à natureza e ao universo. A prática diária deste exercido desenvolve o espírito de
gratidão infinita para com tudo, através do que a felicidade é experimentada dia-a-dia.
EE9 Ten Bu: Dança Celestial: Permite-nos recordar da vida infinita da qual toda
criação se desenvolveu. O desempenho freqüente desta dança estabelece nossa fé
inabalável na forma de unidade com o universo infinito.
EE 1O - Rei Shi: Visão Espiritual: Este exercício encoraja nosso potencial de ver o
mundo vibracional: a aura, a mente, os pensamentos, as ondas e vários fenômenos sutis
que ocorrem à nossa volta. Inclui o desenvolvimento da capacidade de ver as energias e
radiações que nos nutrem e que descarregamos, bem como as formas de energia
conhecidas como fantasmas, almas, e espíritos, aparecendo e desaparecendo à nossa
volta.
EE 11 - Rei Do: Movimento Espiritual: Permite-nos experimentar o movimento natural
que emerge no momento de completo não-egoísmo, ao nos tonarmos sujeitos às forças
ambientais, especialmente as poderosas influências do Céu e da Terra. Estes
"movimentos espirituais" são a expressão última da pessoa individualizada, utilizando
as diversas forças do ambiente sem a participação de nossa consciência. A prática diária
deste exercício pode desenvolver nossa capacidade de nos submetermos a tais forças
naturais, por vezes resultando na produção de fenômenos "milagrosos".
EE 12- Chi Kô: Caminhar no solo: Divide-se em:(A) Caminhar Ordinário,e (B)
Caminhar Acelerado, que também representam vários outros métodos de caminhar. Pelo
exercício destes modos de caminhar, ficamos capacitados a desenvolver o movimento
físico mais natural, eficiente, e que não causa cansaço. Este exercício também permite-
nos entender nossa relação física com o ambiente, especialmente o atmosférico.
Repetimos esta respiração de três a cinco minutos. Durante este período, vamos
experimentando nosso metabolismo decaindo, nossa temperatura do corpo caindo, e as
mãos e boca secando. Juntamente com estas alterações, experimentamos nossos sentidos
relativos gradualmente dimi nuindo, e nossa consciência começando a se expandir.
Depois deste exercício se estender um pouco, retornamos à respiração normal, e os
olhos voltam à condição normal. Caso sintamos um frio insuportável, devemos praticar
por alguns minutos a Respiração da Fisicalização (página 48), para vitalizar nossa
energia física..
Fig. 44
Fig. 45
Com nossos olhos fechados ou semicerrados, olhamos para o infinito, sem focalizar.
Respiramos pelo nariz muito levemente, com a inalação mais longa que a exalação, Ao
inalarmos, usamos uma imagem intensa de estarmos respirando todas energias do
universo. Depois de uma lenta e profunda inalação, dirigida à região do terceiro chacra,
a área do estômago, seguramos o fôlego naquela região, com a imagem mental de que
estamos gerando energia fortemente na parte central do corpo. Depois de segurar o
fôlego o máximo possível, gradualmente o soltamos pelo nariz o mais lentamente
possível, com a metalização de estarmos devolvendo nossa energia para o universo.
Durante este exercício, não devemos prestar atenção a outras partes do corpo,
deixando-as totalmente relaxadas: cabeça e pescoço, tórax e abdômen, braços e
mãos, pernas e pés. Se. estivermos de pé, nosso corpo naturalmente se inclina um
pouco para a frente, como se o corpo inteiro tendesse a flutuar.
Devemos praticar este exercício de quinze a trinta minutos. Devemos praticá-lo
todos os dias, o mais freqüentemente possível - pelo menos uma vez por dia. Se o
fizermos durante o dia, devemos ficar de frente para o Sol; e se for à noite, com o
rosto para o Norte, para obter o máximo efeito.
Fig. 46
Fig. 47
com a circulação do sangue e outros fluidos do corpo. O Vaso de Governo passa ao
longo da coluna espinal e vértebras, paralelo ao Meridiano da Bexiga, na região
posterior do corpo. Estas energias, fluindo em ambas as regiões, frontal e posterior,
coordenam-se para manter funções harmoniosas entre corpo e mente, ações digestivas e
nervosas, bem como entre vários órgãos e glândulas.
Para obter relações pacíficas e harmoniosas entre nossas funções físicas, mentais e
espirituais em todo o corpo, três principais funções devem estar em harmonia: (1) comer
e beber; (2) respirar, e (3) pensar. A maneira de comer e beber deve ser praticada
diariamente segundo os princípios macrobióticos. Neste exercício, portanto, o controle
da respiração e do pensar são os principais fatores a serem enfatizados. Se praticarmos
este exercício regular e freqüentemente, desenvolvemos uma personalidade pacífica
com uma expressão gentil e límpida.
Assumimos a Postura Natural Correta, sentados, para a meditação, como nas Figs. 46 e
47, com ambas as mãos perto do corpo sobre as coxas, a mão esquerda sobre a direita
no caso de pessoas destras, e ao contrário, no caso das canhotas. No começo, mantemos
respiração natural e calma - a Respiração da Harmonia (v. pág. 47), com os olhos
semicerrados, sem focalizar nada em particular. Acalmamos nossos diversos
pensamentos gradualmente, para nos aproximarmos tanto quanto possível do não-
pensar.
Então começamos a respirar profunda e lentamente. Durante a inalação, mentalizamos
claramente que a energia da Terra entra pelo extremo inferior da espinha, subindo ao
longo das vértebras, e circula em torno da superfície da cabeça do pescoço para a testa,
passando pelo nariz e terminando por alcançar a boca. Durante a exalação, nossa
imagem mental guia a força do Céu descendo da boca para a garganta e o peito, do
estômago ao abdômen, terminando na região entre o ânus e órgãos genitais. Em outras
palavras, pela orientação de nossas imagens mentais, uma circulação suave de energia
do Céu e da Terra envolve nosso corpo ao longo dos Vasos de Governo e da Concepção,
sistema nervoso e aparelhos respiratório-digestivo.
Repetimos esta respiração profunda e lentamente, em movimento suave, circular e
rítmico, de cinco a dez minutos. Então retornamos à meditação, mantendo o silêncio e a
paz em nossas mentes, por mais dois ou três minutos.
Fig. 50
Fig. 51
Fig. 52
Fig. 53
Fig. 54
Fig. 55
Quando nossa mente atinge um estado pacífico, elevamos ambos os braços à altura do
coração, com as mãos postas em atitude de oração (Fig. 50). Pacificamos ainda mais
nossa mente, mantendo esta posição por alguns minutos.
Com as palmas ainda unidas, lentamente estendemos os braços para a frente, e
deslizamos um pouco a mão direita para baixo (Fig. 51). Imediatamente após, abrimos
ambos os braços, formando um ângulo de cerca de sessenta a noventa graus (Fig. 52), e
batemos as palmas num gesto curto e forte (Fig. 53), produzindo um estalido agudo e
forte que penetra a atmosfera vizinha e ajuda a afastar.vibrações ilusórias à nossa volta.
Repetimos o gesto mais uma vez. Nas duas vezes, o estalido deve ser forte e claro.
Recolha lentamente os braços, voltando à atitude de oração. Então recoloque as mãos
nas coxas na Postura Natural Correta, sentada. Deslizando as palmas ao lado das coxas,
colocamo-las à nossa frente, no chão, formando um triângulo com polegares e
indicadores (Fig. 54).
Inclinamo-nos para a frente, baixando a cabeça para o chão, o nariz para o centro do
triângulo, mas sem tocar o chão - cerca de uma polegada acima do chão (Fig. 55). Esta
inclinação deve ser feita com uma suave inalação. Ao nos inclinarmos, os olhos podem
estar naturalmente fechados. Conserve-se inclinado durante duas respirações suaves e
naturais. Então, com uma exalação, lentamente elevamos o corpo, deslizando as mãos,
subindo pelos lados das coxas e retornando à postura de meditação, continuando nossa
veneração espiritual e estado mental de não-egoísmo por um pouco, antes de finalmente
retornarmos à Postura Natural Correta sentada.
Por todo o exercício, conservamos em nossa mente o mais completo respeito por
aquilo a que dedicamos nossos pensamentos. Especialmente enquanto nos inclinamos,
devemos abandonar totalmente nosso ego, mantendo um estado absoluto de não-
egoísmo.
Fig. 58
Fig. 59
Fig. 60
1º. Passo: De pé, mãos juntas à altura do baixo ventre - Tan Den, o centro do corpo -
como na postura de meditação, com a mão esquerda levemente pousada sobre a direita,
palmas para cima, e ambos os polegares tocando-se de leve (Fig. 56). Olhos abertos,
olhando para o infinito. Respire com o baixo ventre, para desenvolver uma firme
autoconfiança. Durante esta postura, nossos ombros, cotovelos, bem como todas as
outras partes do corpo, devem estar relaxadas. Dizemos as palavras: "Eu sou, eu sou."
3º. Passo: Lentamente erga ambas as mãos à frente do rosto, e para cima, para o Céu.
Então, gradualmente abra os braços, descrevendo o maior círculo possível (Fig. 58),
dizendo claramente: "Eu sou o Todo."
4º. Passo: Lentamente baixamos os braços abertos, assumindo a forma ilustrada na Fig.
59, com a mão direita erguida a partir do cotovelo, palma para a frente, e a mão
esquerda estendida para a frente, a partir da cintura, com a palma para cima. Durante
este movimento, digamos: "Sou Céu e Terra."
5°. Passo: Mantendo a posição do 4°. Passo, forme círculos juntando o polegar e
indicador de cada mão (Fig. 60), dizendo: "Produzo Yin e Yang."
6°. Passo: Lentamente, junte as mãos, justapondo os círculos formados no 5º. Passo,
círculo esquerdo em cima, os outros três dedos tocando-se levemente (Fig. 61), dizendo:
"E eu os combino numa mesma unidade."
7°. Passo: Gradualmente abrimos os braços, e, palmas para cima, erguemos ambas as
mãos num movimento ondulatório duas ou três vezes (Fig. 62), dizendo: "E assim, a
tudo crio."
8°. Passo: Voltamos as palmas para baixo, de novo óndulando-as duas ou três vezes,
lentamente (Fig. 63), dizendo: "E assim, tudo desfaço."
9°. Passo: Voltamos as palmas para cima, de novo, ondulando-as lentamente duas ou
três vezes (Fig. 64), dizendo: "E recrio de novo."
10°. Passo: Repita o 8º. Passo, voltando as palmas para baixo, ondulando-as
lentamente duas ou três vezes (Fig. 65), dizendo: "E desfaço de novo."
11°. Passo: Lentamente trazemos nossa mão para o centro, erguendo-as ao nível dos
ombros, palmas para a frente, então as estendemos devagar para a frente, como na Fig.
66. E enquanto estendemos os braços, dizemos: "Sou eterno". A partir desta posição,
lentamente abrimos nossas mãos para ambos os lados, formando o maior círculo
possível na horizontal (Fig. 67). Durante este movimento, dizemos: "Sou universal."
12°. Passo: Então, voltando devagar à forma original, como no 1º. Passo, na postura de
meditação de pé (Fig. 68), dizemos: "Eu sou o Nada".
Fig. 68
Repetimos todo este processo com cada frase duas vezes, e assim terminamos a Dança
Celestial.
Fig. 61
Fig. 62
Fig. 63
Fig.64
Fig. 65
Fig. 66
Fig. 67 constituição condensada da região central do cérebro que tende a atrair
estímulos mais variados, podemos ver alguns fenômenos vibracionais. Ao crescermos,
com o gradual afrouxamento do centro do cérebro, tal capacidade vai diminuindo.
A Visão Espiritual permite-nos ver fenômenos vibracionais, inclusive a aura e as
radiações de energia que se formam em torno do corpo humano e de outros seres vivos.
Incluem-se aqui também o movimento vibracional dos pensamentos produzidos em
torno de nossas cabeças, por vezes na forma de ondas, por vezes na forma de névoa, de
acordo com a natureza do pensamento. Ainda temos as vibrações e ondas que
recebemos de seres vivos distantes, e que se acumulam á nossa volta na forma de ondas
cintilantes ou numa série de vibrações maciças. Os chamados fantasmas, almas,
espíritos, bem como radiações pessoais e diversas ilusões, estão aqui incluídos.
Para desenvolver a capacidade de ver além de nossos olhos e sentir além nossa de
percepção, nossa condição física e mental deve estar relaxada; mas ao mesmo tempo,
nosso sistema nervoso - especialmente a parte central do cérebro, e as funções nervosas
parassimpáticas - deve estar ativo. Tal estado pode ser desenvolvido pela prática
dietética, junto com exercícios físico-mentais. Ao mesmo tempo, porém, podemos ir
treinando nosso modo de enxergar, acostumando-nos a usar os olhos sem focalizar nos
objetos, mas olhando para as vibrações e o espaço que os envolvem.
Sentamo-nos na Postura Natural Correta sentada (Fig. 69), com as costas eretas, e
todas as outras partes do corpo relaxadas. Respiramos pacificamente pelo nariz.
Fig. 69
Fig. 70
Fig. 71
Quando este movimento atingir sua velocidade máxima possível, todo o nosso corpo
pode começar a se erguer ou saltar. A partir deste ponto, ocorre o movimento
inconsciente do corpo todo - subindo e descendo repetidamente, tornando-se cada vez
mais intenso. A esta altura, alguém olhando para nós com a Visão Espiritual (EE 10)
veria que todo nosso corpo está irradiando uma intensa luz branca em todas asa
direções.
Quando quisermos interromper este movimento extraordinário, separamos nossas
mãos uma da outra. O Movimento Espiritual serve não só para a compreensão de que
um movimento bastante natural pode se tornar extraordinário, se não o controlamos com
nossa consciência, mas também que todos os nossos aparelhos, órgãos, e trilhões de
células de nosso corpo estão carregados por intensa correntes energéticas passando
rapidamente por nosso corpo por este movimento, automaticamente dissolvendo toda
estagnação. Portanto, o Movimento Espiritual de qualquer espécie rejuvenesce nossas
condições físicas, mentais e espirituais. O exercício repetido do Movimento Espiritual, é
desejável para regenerar nossas capacidades humanas.
A: Caminhar Ordinário
Mantemos a postura reta, recebendo as forças do Céu e da Terra em sua potência
máxima, carregando nosso corpo, e descarregando pelos braços e pernas.
Mantemos o olhar para a frente, o mais longe possível, olhando para o infinito (Fgs. 75
e 76).
Respiramos pelo nariz, muito naturalmente, com a exalação três a cinco vezes mais
longa que a inalação. Esta exalação mais longa é um dos fatores importantes ao andar e
correr, em qualquer circunstância. De fato, uma exalação mais longa, em comparação
com a inalação, é mais eficaz para produzir o movimento suave do corpo, ao se
caminhar com uma mente pacífica.
Conservamos como centro do corpo, a região do Terceiro Chacra, no estômago,
sempre o empurrando para a frente, como se caminhando a partir daquele ponto. Ambos
os braços, se não estivermos carregando nada, devem ser mantidos leves, e mover-se
naturalmente para a frente e para trás. Não devemos dar atenção às pernas e pés, mas
devem ser deixados se movimentar o mais livremente possível.
Descobriremos que este modo de caminhar nos permitirá o dobro da velocidade,
mantendo ao mesmo tempo a mente pacífica e um peso menor. Também ficamos
capacitados a responder instantaneamente quando precisarmos mudar de direção, parar,
ou mudar a postura física, para enfrentar um no ambiente.
Fig. 75
Fig. 76
Fig. 77
Fig. 78
B: Caminhar Rápido
Quando quisermos andar mais depressa, ou quase correndo, para longas distâncias,
mantemos a postura descrita em "A", para utilizar eficazmente as forças do Céu e da
Terra, e do ambiente.
A respiração deve ser feita pelo nariz, com a boca ligeiramente aberta, com a exalação
de quatro a sete vezes mais longa que a inalação. Nossa respiração deve ser
principalmente exalação, ao passo que a inalação e meramente uma reação ao fim da
exalação.
Consideramos o centro do corpo mais elevado: no Quarto Chacra - a região do coração
- com todas as partes inferiores do corpo completamente relaxadas, deixando que
respondam livremente.
Ao caminharmos, os ombros movem-se levemente para a frente e para trás; os braços e
mãos oscilam normalmente, respondendo ao movimento dos ombros. Ao andarmos,
primeiro apoiamos mais o peso do corpo de um lado, esquerdo ou direito, e usamos
aquele pé para sustentar mais o corpo, usando o pé do outro lado para fazer uma curva
ou ir adiante. Depois de uns 50 a 100 passos, deslocamos o peso do corpo
principalmente para o outro lado, usando o oposto para mudar de direção ou ir avante.
Alternamos este modo de usar as pernas a cada 50 ou 100 passos. Se quisermos ir mais
devagar, alteramos a cada 150 ou 200 passos; e se quisermos andar mais depressa, á
cada' 30 ou 50 passos (Figs. 77 e 78).
O ponto importante neste exercício é que, muito embora durante o período de
aprendizado, precisamos manter a atenção na postura e movimentação apropriada,
eventualmente atingiremos um estado inconsciente, e manteremos uma mente vazia,
mesmo andando depressa.
1ª. Etapa: Sentamo-nos na Postura Natural Correta (EED 1, pág. 139). Durante o dia,
sentamo-nos com o Sol às costas, e à noite, com a frente para o sul, com o céu
setentrional às costas. (No Hemisfério Sul, o céu meridional às costas, frente para o
norte.) Meditamos, olhos fechados, respiramos suavemente pelo nariz. para entrar num
estado de tranqüilidade.
2ª. Etapa: Abrimos os olhos, olhando para a frente. Mantendo as mãos à frente do
peito, formamos o Selo da Espada; estendemos os dedos indicador e médio da mão
direita, fazendo a espada, e tocamos as pontas dos outros dois dedos com a ponta do
polegar. Colocamos os dedos estendidos da mão direita através da palma esquerda,
exceto pelo indicador esquerdo, que se estende naturalmente (Fig. 79) (Uma pessoa
canhota deve inverter a posição das mãos). Respiramos com o Segundo Chacra - a
região abdominal inferior - para estabilizar nossa confiança.
3ª. Etapa: Lentamente tiramos a espada da bainha, apontando a mão direita acima da
cabeça, enquanto a esquerda naturalmente aponta para o lado (Fig. 80).
4ª. Etapa: Erguemos a mão direita bem acima da cabeça, pronta para cortar, e a perna
direita se move para cima e para a frente, ao erguermos o joelho (Fig. 81).
5ª. Etapa: Com voz forte, emitindo o som "TOH", cortamos rapidamente de cima, à
direita, para baixo, à esquerda (Fig. 82).
6ª. Etapa: Ergue-se a mão com a espada (direita) para cima do ombro oposto (Fig. 83)
(esquerdo) e cortamos diagonalmente para baixo, para o outro lado (Fig. 84).
Ordem do Romper
Fig. 87 as Ilusões no Gô-Ma
7ª. Etapa: Repetem-se as etapas 5 e 6 mais duas vezes, cortando da direita para a
esquerda, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, e esquerda para a
direita.
8ª. Etapa: Mantemos a mão direita apontando diretamente para cima e, emitindo o som
"TOH" - longo, agudo e alto - a partir do Tan-Den, cortamos direto e verticalmente para
baixo.
As palavras e sons verbais pronunciados em tal estado são chamados Koto Dama, o
Espírito das Palavras. Cada som verbal que é pronunciado quando estamos numa
condição saudável transporta seu significado e força, bem como seu efeito especial
sobre nossas condições físicas, mentais e espirituais. Dentre esses sons, alguns são
pronunciados com a boca aberta - sons yin - e outros são pronunciados com a boca
fechada - sons yang. Há muitas variedades intermediárias. Quando nossas condições
físicas e mentais tornam-se mais pacificamente adaptáveis à natureza através de uma
alimentação à base de vegetais, estes sons se tornam mais claros na pronúncia; ao passo
que se nossas condições se tornam desarmônicas com o ambiente, pelo uso freqüente
de outras variedades de alimentos, incluindo as de origem animal, nossos sons tornam-
se rústicos.
Os sons básicos que eram pronunciados na antigüidade no Extremo Oriente podem ser
sumariados pelos seguintes 50 sons:*
A – KA – SA – TA – NA – HA – MA – IA – RA - UA
E – KE – SE – TE – NE - HE – ME - E - RE - E
I – KI – SHI – CHI – NI – HI – MI - I - RI - I
O – KO - SO - TO - NO – HO – MO – IO – RO - O
U – KU – SU – TSU – NU – FU – UM – IU – RU - U
1. A linha dos sons em "A" inclui os sons que representam diversos estados das forças
invisíveis.
2. A linha em "I" corresponde aos sons, forças e vibrações fenomênicos.
3. Os sons em "U", diversos estados de harmonia e equilíbrio.
4. Os sons em “Ê” diversos estados de criação artística.
5. Os sons em “Ô” os diversos estados da forma física - o fim do movimento.
m
o
1. "SU" Prolongado. Para harmonização pacífica entre nós e as pessoas e outras formas
de existência por todo o mundo. Em nossa respiração, ao exalar, pronunciamos "SU",
vocal ou mentalmente. A respiração torna-se um intercâmbio para nos harmonizarmos
com a atmosfera ambiente.
A pronúncia repetida destes sons em série era praticada na vida cotidiana, de tempos
pré-históricos, para a contagem de números, bem como para nos relembrar o processo
de criação dos fenômenos da vida dentro do universo. Se repetirmos estes sons de
maneira enérgica e incisiva, como exercício físico, mental e espiritual, isto nos
encorajará a levar uma vida longa e ativa, com mente pacífica.
Fig. 90
Fig. 91
Fig. 92
Fig. 93
Fig. 94
Fig. 95
EED 2 Mei -So-Ko-Kiú: Meditação e Respiração
Mantenha a postura do EED 1.
Suavemente, mova ambos os braços e junte as mãos, palmas para cima, a mão
esquerda levemente pousada sobre a direita (o contrário no caso de pessoa canhota).
Una de leve o lado interno das pontas de ambos os polegares, de modo a unir as espirais
das pontas destes dedos. Coloque naturalmente as mãos no colo, perto do tronco (Fig.
96).
Comece a Respiração do Não-Egoísmo, passando à Respiração da Harmonia, depois
inalmente atingindo a respiração da Espiritualização (pag. 49), continuamente, por dez
vezes.
Gradualmente volte à respiração normal, a Respiração da Harmonia, mantida de
maneira relaxada.
Fig. 96
Conservando a postura de meditação, leve a língua para trás tocando a parte interior do
maxilar superior - a região do palato (Fig. 107). Comece uma longa inalação, pela boca
entreaberta, e com uma exalação natural. Repita esta respiração de dez a quinze vezes.
Durante a longa inalação, regularmente executada, experimentamos um sabor
adocicado na base da língua, de ambos os lados, que gradualmente se propaga, cobrindo
a boca e toda a língua. Em seu grau mais intenso, experimentamos um sabor tão doce
quanto o mel, ou até mais forte.
Juntamente com o saborear a doçura da respiração, meditamos que a graça da natureza
e do universo infinito é muito mais doce na natureza espiritual, do que podemos
imaginar.
A percepção do sabor doce dependerá delicadamente da técnica de controlar o
tensionamento e posicionamento da língua, bem como a intensidade da inalação. Os que
não conseguirem perceber esse sabor no começo, poderão senti-lo ao repetir o exercício.
Fig. 107
EED 9 Ten-GaKu:. Audição da Música Celestial
Conservando a Postura Natural Correta como no exercício prévio, dissolva as mãos da
postura de meditação no colo, e erga-as para as orelhas.
Introduza profundamente um polegar em cada orelha, de modo a bloquear qualquer
som externo. Os quatro dedos de cada mão devem segurar levemente a testa, que deve
inclinar-se um pouco para a frente (v. Fig. 108).
Fig. 108
Juntamente com a Respiração da Harmonia (pág. 47), repetida o mais lenta e
suavemente possível, escute os sons musicais que se originam nas regiões interna e
frontal do cérebro, bem como no ouvido interno. Os sons musicais variam desde o som
de tambores, música das ondas na praia, flautas agudas, harpas pelas nuvens - tudo
compondo a orquestra celestial.
Ouvindo estes sons, refletimos que a natureza e o universo nada são senão vibrações
musicais de natureza ordenada, compondo uma grande orquestra sem começo e sem
fim, infinitamente complexa. Todos os fenômenos que aparecem e desaparecem neste
universo são um pouco como notas musicais e especificando certos sons que brotam na
grande orquestra do universo infinito.
Todas as etapas deste exercício devem ser feitas continuamente, como uma queda
d'água.
1ª. etapa: Massagem dos Pés e Artelhos (mais de 100 vezes)
Objetivo: A circulação do sangue nos pés e pernas é ativada, prevenindo enrijecimento
das pernas, pés e artelhos. Estômago, intestinos, fígado, baço, bexiga e rins são
energizados pelas correntes geradas ao longo dos meridianos que passam pelos pés e
artelhos.
Deitamo-nos de costas, em completo relaxamento, braços separados cerca de um
metro, palmas para cima. Seguramos os polegares de leve, com os dedos fechados. Os
joelhos são dobrados e mantidos a um metro de distância. Erga um pouco os pés e
esfregue-os fortemente, como na Fig. 119 - solas dos pés, calcanhares e artelhos -
usando o primeiro e segundo artelhos para fazer a massagem. Massageamos
rapidamente assim mais de cem vezes, até que ambos os pés estejam bem quentes.
Então estendemos as pernas. Com o primeiro artelho, tente cobrir o segundo do mesmo
pé e empurre, tentando estalar os artelhos. Podemos fazer com ambos os pés
Fig. 119 ao mesmo tempo. Repita de dez a vinte vezes. Erguendo o segundo artelho,
faz-se o mesmo com o terceiro.
Depois destes exercícios, relaxe completamente pernas e pés e o corpo todo,
descansando um pouco antes de passar à 2ª. etapa.
5ª. etapa: Movimento Horizontal das Articulações das Pernas (três vezes cada)
Objetivo Acelerar a digestão intestinal, liberando a estagnação no abdômen, pela
movimentação dos músculos das nádegas e abdominais, bem como laterais do corpo.
Também energiza, pelos meridianos, as funções digestivas e respiratórias.
Fig. 124
Fig. 125
Fig. 126
Fig. 127
direito para o chão (Fig. 127). Repita três vezes. Depois repita, três vezes, para a outra
perna.
Estenda as pernas e relaxe.
6ª. etapa: Extensão das Coxas (três vezes cada)
Objetivo: Prevenir artrite e endurecimento das artérias, mantendo flexibilidade
muscular e circulação do sangue, pela extensão dos músculos das coxas, laterais do
corpo e tórax. Também ativa a digestão, respiração e excreção, por meio dos meridianos
relacionados.
Fig. 128
Continuamos de costas, relaxados. Dobramos a perna esquerda para trás, e estendemos
o braço direito para cima. A mão esquerda está meio metro para o lado, palma para cima
(Fig. 128).
Nesta posição, a perna direita tende a se elevar um pouco do chão. Exale e empurre o
joelho direito. para baixo, tocando-o no chão o máximo possível; o braço direito
estende-se para cima ao máximo. Ao mesmo tempo, estendemos o braço e a perna
esquerdos para baixo ao máximo. Então, relaxamos.
Repetir três vezes. Mude de lado e repita. Estenda as pernas, voltando à posição
original. Relaxe.
Cada pressão deve ser feita conjuntamente com uma exalação, e ao terminar a pressão,
a mão deve ser solta súbita e rapidamente.
Repita toda a série acima, três vezes.
Então, pressione a mão direita sobre a esquerda, na região abdominal. Lenta e
profundamente massageie à volta do umbigo, em movimentos circulares no sentido
horário com toda a palma direita. Repetindo cerca de 16 vezes (Fig. 132).
Relaxe.
Fig. 129
Fig. 130
Fig. 131
Fig. 132
Órgãos Internos
Vesícula Biliar
Estômago
Baço
Pâncreas
Bexiga
Fígado
A. Para a Frente e para Trás (três vezes): Mantenha a parte superior do corpo vertical,
pernas esticadas para a frente, pés para cima (Fig. 134). Entrelace os dedos na nuca, e
enquanto exala pela boca, inclina-se o corpo até que ambos os cotovelos toquem o chão
(Fig. 135). - Se os cotovelos não conseguem chegar até o chão, com o tempo e a prática,
chegarão. - Volte o corpo à vertical.
Repetir três vezes.
Fig. 134
Fig. 135
B. Esquerda para a Direita (alternadamente, três vezes): A mesma posição da etapa A.
Exale pela boca e ao mesmo tempo incline o corpo para a esquerda, baixando o cotovelo
direito até o chão, tocando o lado direito do joelho direito (Fig. 136). Retorne à posição
original.
Depois, do outro lado (Fig. 137).
Repetir três vezes, alternando esquerda e direita.
Fig. 136
Fig. 137
C. Direita parca a Esquerda (alternadamente, três vezes): Na mesma postura da etapa
anterior, torcemos e inclinamos o corpo da mesma maneira - desta vez, o cotovelo
direito tocando o joelho esquerdo (Fig. 138). Erga o corpo novamente, torça e incline
para o outro lado, cotovelo esquerdo tocando o joelho direito (Fig. 139).
Repetir três vezes. Ao inclinarmos o corpo, exalamos pela boca; ao endireitar o corpo,
inalamos.
Fig. 136
Fig. 137
9ª. etapa: Extensão dos Braços (centro, três vezes; direita, três vezes; esquerda, três
vezes)
Objetivo: Flexibilidade dos músculos dos braços, ombros e costas, liberando a
estagnação dos ombros, costas e cotovelos. Também estimula as funções respiratórias,
digestivas e circulatórias, energizando seus meridianos.
Sentados, como no exercício anterior, pernas estendidas e pés na vertical.
Fig. 140
Fig. 141
Fig. 142
Fig. 143
Mãos à frente do corpo, palmas juntas, cotovelos a 90° (Fig. 140). Exalando pela boca,
dobramos o corpo para a frente, estendendo os braços ao máximo para a frente. As mãos
devem alcançar os pés. É preciso esforçar-se por conservar as pernas retas, junto ao
chão (Fig. 141).
Ao inalar, voltamos o corpo à vertical. Repetimos 3 vezes. Então, com a palma direita
para cima, a seguramos por baixo, com a mão esquerda (Fig. 142). Exalando pela boca,
dobramos o corpo para a frente, e estendemos os braços para o pé direito. Então a mão
esquerda dobra a palma direita, de modo que se volte para o lado direito (Fig. 143).
Ao inalar, devolvemos o corpo à vertical. Repetimos o mesmo movimento três vezes.
Mudando as mãos, dobramos o corpo de novo 3 vezes - desta vez, a mão esquerda é
torcida pela direita.
1ª. Etapa
Comece de pé (Fig. 146), frente para o sul ou sudeste no hemisfério norte; norte ou
nordeste, no hemisfério sul. Manter a coluna reta, mas todo o corpo deve estar relaxado
- ombros, cotovelos e articulações. O peso do corpo deve estar concentrado no baixo
ventre - segundo chacra, o centro físico - respiração natural e tenta.
2ª. Etapa
Erguer os braços acima da cabeça, ao máximo, inclinando o corpo para trás e
estendendo a frente do corpo - peito, abdômen, coxas e pernas (Fig. 147). Os olhos
olham diretamente para cima. Manter esta posição por um. pouco, de 10 a 15 segundos.
Fig. 146
Fig. 147
Fig. 148
3ª. Etapa
Com uma longa exalação, inclinamo-nos para a frente, mãos tocando o chão (Fig.
148). Deve-se procurar manter pernas e joelhos retos. Manter esta posição de 10 a 15
segundos, e repetir a 2ª. etapa, estendendo o corpo, seguida pela 3ª. etapa.
Repetir três vezes.
4ª. Etapa
Sentar no chão, pernas estendidas retas para a frente, pés para cima.
Abrir a perna direita a 45°, o joelho dobrado a 90°, mantendo a mão esquerda
levemente para o lado esquerdo, no chão. Com a mão direita disposta no lado direito do
joelho direito, empurre o joelho direito até tocar o chão, com uma longa exalação. (Fig.
149). Repetir 3 vezes.
Mude a perna, faça o mesmo com a perna esquerda.
Fig. 149
Fig. 150
Fig. 151
5ª. Etapa
Abra as pernas e junte as solas dos pés, segurando os artelhos com ambas as mãos,
polegares cruzados em cima. Incline a cabeça, de modo a tocar os pés, com uma longa
exalação (Fig. 150). A testa deve tocar os polegares. Se conseguirmos fazer este
exercício perfeitamente, os joelhos e as pernas não se erguem do chão; se não
pudermos, devemos tentar a melhor aproximação possível.
Repetir 3 vezes.
6ª. Etapa
Sentados, estendemos as pernas para a frente, depois estendemos os braços e
agarramos os artelhos com os dedos. Inclinamos a cabeça para a frente, para tocar os
joelhos, se possível (Fig. 151). Devemos tentar manter as pernas junto ao solo. Pode ser
difícil, para algumas pessoas.
7ª. Etapa
Mesma posição que a 6ª. etapa. Mão direita aplicada à nuca e mão esquerda ao lado do
joelho esquerdo. Inclinamo-nos, tocando o cotovelo direito no chão, ao lado de
Fig. 152
Fig. 153
fora do joelho direito. Neste momento, a cabeça e porção superior do corpo ficam
levemente para a esquerda (Fig. 152). Este exercício é feito com uma longa exalação.
Faça da mesma maneira com a mão esquerda (Fig. 153).
Repetir estes movimentos alternadamente, 3 vezes.
Fig. 154
8ª. Etapa
Sentamo-nos como na 6.a etapa. Inclinamo-nos, segurando os tornozelos pelos lados,
com as duas mãos e tocando os joelhos com a testa (Fig. 154). Volta-se à posição
sentada. Devemos tentar manter as pernas junto ao chão durante este exercício.
Repetir 3 vezes.
9ª. Etapa
A partir da postura prévia, 7.a etapa, a parte superior do corpo cai gradualmente para
trás, e ficamos deitados no chão. Elevamos as pernas aos poucos acima da cabeça, até os
pés tocarem o chão (Fig. 155). As mãos ficam estendidas, palmas contra o solo, para
manter o equilíbrio. Mantemos esta postura durante dez a quinze segundos. Voltamos à
posição original, relaxando reclinados.
Fig. 155
10ª. Etapa
Sentamo-nos na Postura Natural Correta, mãos entrelaçadas na nuca. Com uma longa
exalação, inclinamos o tronco para a direita, e um pouco para a frente (Fig. 156). Neste
momento, o rosto fica virado um pouco para a esquerda, distendendo o lado oposto do
tronco. Voltamos à vertical, e inclinamo-nos para o outro lado.
Repetir alternadamente para a esquerda e para a direita, 3 vezes.
Fig. 156
Fig. 157
Fig. 158
Fig. 159
11ª. Etapa
Continuamos sentados na Postura Natural Correta, joelhos juntos. Ao fazermos uma
longa exalação, inclinamos o corpo ao máximo para a frente. No movimento perfeito, a
cabeça toca o chão, à frente dos joelhos (Fig. 157). Volta-se à vertical e distende-se todo
o tronco para trás, olhando para o céu (Fig. 158).
Repetir 3 vezes.
12ª. Etapa
Sentamo-nos na Postura Natural Correta e dobramos o joelho direito, agarrando-o com
ambas as mãos. Inclinamos a cabeça, tocando a sobrancelha direita ao topo do joelho
(Fig. 159). Repetir 3 vezes, então trocar de perna. Este exercício parece muito simples,
mas alguns não conseguem fazê-lo perfeitamente.
Fig. 160
Fig. 161
Fig. 162
13ª. Etapa
Sentados na Postura Natural Correta, joelhos juntos, aplicamos a mão esquerda ao lado
direito do joelho direito, e aplicamos a mão direita ao lado esquerdo da nádega
esquerda, pelas costas (Fig. 160). Mantendo o rosto diretamente para a frente, viramos a
parte superior do tronco para a direita ao máximo, com uma longa exalação. Repetir 3
vezes, e então faz-se o exercício do outro lado.
14ª. Etapa
Continuamos sentados na Postura Natural Correta, joelhos juntos; dobramos o braço
direito para trás e para baixo, sobre o ombro direito, e agarramos a mão esquerda, que
sobe pelas costas (Fig. 161).
Mudamos os braços, invertendo o exercício. Repetimos 3 vezes. Algumas pessoas
poderão não conseguir, nas primeiras tentativas.
15ª. Etapa
A partir da Postura Natural Correta sentada, joelhos juntos, dobramos o corpo para trás
até os ombros tocarem o chão. Com uma longa exalação, estendemos as mãos, palmas
juntas (Fig. 162). Enquanto executamos este exercício, os joelhos devem estar tocando o
chão. Os que não conseguirem fazer este exercício, podem praticar dobrando apenas
uma perna.
16ª.. Etapa
Sentamo-nos com ambas as pernas esticadas para a frente, pés apontando na vertical.
Exalando lentamente pela boca, gradualmente erguemos os pés, e deixamos cair o corpo
para trás, devagar, braços esticados na direção dos pés (Fig. 163). A cabeça está erguida,
olhos olhando para os pés. Neste exercício, precisamos conservar nosso centro de
gravidade na região das nádegas. Mantemos esta posição de 10 a 10 segundos.
Fig. 163
Fig. 164
Fig. 165
17ª. Etapa
Deitados de costas, pernas estendidas e pés para cima (Fig. 164). A partir desta
posição, lentamente erguemos o tronco, usando os músculos abdominais, dobrando o
tronco para a frente ao máximo. Com uma longa expiração pela boca, estendemos
ambos os braços até agarrar os artelhos comas mãos (Fig. 165). Repetir de 3 a 5 vezes.
Durante este exercício, não devemos dobrar os joelhos, ou erguê-los do chão.
Depois de terminar este exercício, relaxamos completamente, reclinados.
18ª. Etapa
Deitados sobre o estômago, aplicamos as palmas aos lados da cintura, joelhos
dobrados e pernas para cima. Com uma longa expiração, elevamos o tórax ao máximo
(Fig. 166), e depois baixamo-lo ao chão, relaxando e inspirando.
Repetir 3 vezes, mantendo as pernas sempre na vertical.
Fig. 166
Fig. 167
Fig. 168
19ª. Etapa
Primeiro, ajoelhamos com os artelhos dobrados e apoiados no chão. Estendemos os
braços para a frente ao máximo, deslizando as palmas ao longo do chão (Fig. 167).
Mantendo mãos e artelhos na mesma posição, movemos nosso corpo para a frente,
erguendo os joelhos do chão. O corpo se eleva, apoiado pelas mãos, como numa flexão.
Lentamente dobramos nossos braços, com uma expiração gradual, mantendo esta
posição tanto quanto pudermos (Fig. 168).
Quando não agüentarmos mais, colocamos os joelhos no chão e recuamos a parte
superior do corpo. Estendemos de novo os braços, para repetir o exercício, 3 vezes.
Ao terminarmos, relaxamos completamente, deitados com a barriga no chão, por
alguns momentos, com uma respiração natural.
Fig. 169
Fig. 170
20ª. Etapa
A partir da posição anterior, joelhos tocando o chão, estendemos os artelhos de modo
que a parte superior do pé fique também junto ao chão. Estendemos os braços,
inspirando, distendendo o tórax. Ao expirarmos, inclinamos a cabeça para trás ao
máximo, distendendo a garganta (Fig. 169). Baixamos a cabeça, e inalamos. Repetir 3
vezes.
Expirando, voltamos a cabeça para a direita, 3 vezes (Fig. 170). Repetir para a
esquerda, 3 vezes.
Depois de terminar, deitamo-nos de costas, num relaxamento completo, fechando os
olhos até a respiração voltar naturalmente à normal (Fig. 171).
Muito embora especifiquemos o número de vezes de executar cada Exercício
Vespertino, com a prática, não é preciso manter um número fixo. Da 1ª. à 15ª. etapas,
cada movimento eventualmente poderá ser repetido apenas uma vez.
Depois de um tal exercício, poderemos dormir facilmente. Mas se for necessário cair
imediatamente em sono profundo, podemos acrescentar o exercício para um sono
profundo e pacífico, apresentado à pág. 176.
Sentamo-nos no chão, estendendo as pernas, que tocam o chão, pés para cima.
Estendemos os braços para agarrar os artelhos.
Lentamente dobramos o tronco para a frente, fazendo a cabeça tocar os joelhos (Fig.
176).
Mantendo esta posição dobrada, respiramos profunda e lentamente por duas vezes.
Neste momento, pelos meridianos dos Rins e Bexiga, a energia começa a fluir mais
ativamente. Se um dos joelhos tende a subir, ou sentindo-se mais tensão na musculatura
posterior de uma das pernas, aquele lado da função renal está mais perturbado que o
outro.
Fig. 176
4. Exercícios Adicionais
Introdução
Dentre os exercícios de Do-In, há muitos para fins especiais. Todos estes destinam-se a
ajustar o fluxo de energia dentro de nossos corpos, para estabelecer relações ativas ou
tranqüila harmonia com o ambiente.
Os dois exercícios que se seguem são especialmente úteis para a vida diária, e o
primeiro, a Respiração da Energia, deve acarretar relações ativas com o ambiente -
física, mental e espiritualmente, absorvendo a energia atmosférica pela inalação. O
segundo exercício é para induzir um sono pacífico e profundo, relaxando todos os
músculos e meridianos, liberando-nos de diversas formas de tensão, para realizar
relações tranqüilas com o ambiente.
a. Fúku-Ki-Hô: Exercício da Respiração da Energia
Este exercício deve ser feito ao acordar, ou antes do almoço. Não deve ser feito de
estômago cheio, nem à tarde, depois do meio-dia.
1ª. etapa: Sente-se em qualquer Postura Natural Correta como no exercício EE 1 (pág.
108), com as mãos em atitude de meditação, e mantendo a maior calma mental possível.
3ª. etapa Quando nosso pensamento se pacifica, erguemos a mão direita (esquerda,
para os canhotos), pressionando de leve o polegar e indicador às narinas (Fig. 182).
4ª. etapa: Fechamos a narina direita por uma leve pressão do polegar e, gradualmente
exalamos pela narina esquerda (Fig. I83). Ao exalarmos, o abdômen gradualmente se
contrai, como se a parte superior do tronco se inclinasse ligeiramente para a frente.
6ª. etapa: Depois desta inalação, seguramos o fôlego e fechamos ambas as narinas com
o polegar e indicador. Contraímos o ânus e fechamos a garganta, levantando a ponta da
língua até tocar o palato.
7ª. etapa: Ainda com o ânus fechado e a garganta fechada, pensamos na energia
descendo à parte inferior do corpo – a próstata no caso do homem, ou os ovários, no
caso da mulher – e então nos concentramos no baixo ventre, a região do segundo
chacra.
8ª. etapa: Fechamos a narina esquerda com o dedo, e gradualmente exalamos pela
narina direita (Fig. 184)
9ª. etapa: Depois de exalar completamente, começamos a inalar pela narina direita e
repetimos o exercício a partir da 5ª. etapa, do outro lado.
Fig. 186
Fig. 187
B. An-Min-Hô: Exercício para um Sono Pacífico e Profundo
Para induzir um sono pacífico e profundo precisamos liberar todas as tensões
produzidas por atividades físicas e ilusões mentais. É importante relaxar
completamente, soltando todos os músculos e juntas, e esquecer do que pensamos,
tornarmo-nos parte do ambiente. O exercício seguinte é muito útil para este propósito:
1ª. etapa: Deitamo-nos na cama em relaxamento completo (Fig. 186). Deitar com a
cabeça voltada para o Norte (para o Sul, no Hemisfério Sul) já constitui, por si só, uma
boa maneira para se dormir melhor.
2ª. etapa: Com ambas as mãos esfregamos do tórax ao baixo ventre (Fig. 187).,
Esfregamos de leve o peito, com força média na cintura, e forte no baixo ventre, quase
apertando. Repete-se este movimento 5 vezes.
Fig. 188
Fig. 189
3.a etapa: Dobramos os joelhos e pressionamos a região abdominal com as mãos, com
suavidade, mas em profundidade, ao longo do cólon ascendente, cólon transverso, e
cólon descendente. Continua-se, então, pressionando verticalmente para baixo através
da região do umbigo e dos lados direito e esquerdo (Fig. 188). Depois de repetir isto 3
vezes, esfregamos toda a região abdominal em movimento circular 16 vezes, com a
palma direita sobre o abdômen e a palma. esquerda, superposta (Fig. 189). Este
exercício é o mesmo descrito na 7.a etapa do Exercício Matutino (pág. 154).
4ª. etapa: Ficamos deitados em posição relaxada com os braços cruzados na nuca,
apoiando a cabeça. As pernas estão estendidas e os artelhos apontam para cima.
Mantendo a perna esquerda imóvel, empurramos a direita para baixo, deixando a bacia
inclinar-se naturalmente com este movimento. Devolve-se a perna à posição inicial.
Mantém-se então a perna direita imóvel e empurra-se a esquerda para baixo, de novo
inclinando naturalmente a bacia. Voltamos à posição inicial. Repete-se dez vezes com
cada perna, alternando direita e esquerda, a bacia inclinando-se para trás e para frente.
6ª. etapa: Relaxe todo o corpo - pescoço, ombros, cotovelos, pulsos, cintura, joelhos e
tornozelos - e durma.
CAPÍTULO 4
Exercícios Gerais
Introdução
Os Exercícios Gerais de Do-In destinam-se basicamente a aperfeiçoar, manter e
desenvolver nossa saúde física, beleza, lucidez mental e felicidade espiritual. Podem ser
praticados facilmente por qualquer um capaz de manter uma vida cotidiana normal, e
podem ser praticados sempre que desejarmos, sem requerer nenhum esforço especial.
Estes Exercícios Gerais têm sido introduzidos nos países ocidentais nos últimos dez
anos por mim e meus associados, no propósito de automanutenção e aperfeiçoamento de
nosso bem-estar geral dentro de uma vida diária ativa. É claro, os exercícios devem ser
acompanhados por uma alimentação apropriada, permitindo-nos desenvolver mais
eficazmente nossa felicidade total.
Os Exercícios Gerais, diversamente dos outros exercícios de Do-In, cobrem todas as
partes do corpo. São aplicados principalmente pelo uso de mãos e dedos, e neste
sentido, podem ser chamados "auto massagem", muito embora as técnicas que são
usadas sejam diferentes das empregadas na massagem usual. Podemos assim sumariar
seus efeitos:
C. Braços e mãos
D. Frente, costas e lados do tronco
E. Cintura, pernas, pés e artelhos
F. Compleição
2.a etapa: Quando nos sentirmos mais relaxados, a mente pacificada, lentamente
erguemos as mãos ao nível da garganta, palmas juntas, em atitude de oração. Tocamos
suavemente os polegares na garganta. Os cotovelos devem estar um pouco erguidos,
mas relaxados e sem tensão (Fig. 193).
3ª. etapa: Mantendo esta posição, começamos a respirar com longas inalações e
exalações repetidas várias vezes. Começamos a pronunciar o som "SU" com cada
exalação, de 5 a 7 vezes mais longa que a inalação. A exalação deve passar pelo espaço
entre nossas palmas. Repetimos esta longa exalação com o som "SU" cerca de 5 vezes.
Isto gerará energia em nossas mãos e dedos, que usaremos nos Exercícios Gerais a
seguir. Depois de as palmas e dedos estarem carregados, afastamos lentamente as mãos,
e passamos à etapa seguinte.
Fig. 193
a. Faces
1ª. etapa: Aplicamos as palmas às faces e respiramos profundamente pelo menos 3
vezes (Fig. 194).
2ª. etapa: Esfregamos o rosto para cima e para baixo com as palmas, até as faces
ficarem quentes (Fig. 195).
Fig. 194
Fig. 195
Lado Direito
Bexiga
Intestino Grosso
Intestino Delgado
Baço
Rins
Intestino
Pulmões
Órgãos
Reprodutores
b. Olhos
Estes exercícios melhoram a visão e eliminam várias desordens dos olhos, inclusive
miopia, hipermetropia, deslocamento da retina, glaucoma, astigmatismo e outros.
Também servem para controlar o batimento cardíaco e a pressão sangüínea, e melhorar
a circulação e estado mental geral.
1ª. etapa: Aplicamos as palmas sobre os olhos (Fig. 198), conservando-as assim por
várias respirações, aquecendo a região em torno dos olhos. Isto suaviza nossa
circulação.
2ª. etapa: Usando o indicador, o médio e o anular, pressionamos a arcada superior das
órbitas, deslocando os dedos do interior para a periferia, e então o osso sob as órbitas.
Repita cerca de 3 vezes.
3ª. etapa: Com os mesmos três dedos acima, pressionamos sobre o globo ocular, entre
o globo e a órbita, o mais profundamente possível, dando um leve estímulo vibratório
(Fig. 199). Solte a mão subitamente. Repetimos o processo, na parte inferior do globo,
dando uma vibração e soltando de repente (Fig. 200).
Fig. 198
Fig. 199
Fig. 200
4ª. etapa: Usando as pontas dos mesmos três dedos, olhos fechados, pressionamos
lenta e suavemente a frente dos globos oculares, e de novo, soltamos subitamente (Fig.
201). Repita 10 vezes. Este exercício controla o batimento cardíaco e corrige a condição
dos olhos e da visão.
5ª. etapa: De novo aplicamos as palmas sobre os olhos, como na 1ª. etapa, e enquanto
as mãos ficam aí, lentamente movemos os olhos, olhando para cima e para baixo, o
máximo em cada direção. Repita dez vezes. Olhe ao máximo para a direita e para a
esquerda, 10 vezes. Depois, um movimento circular com os olhos, no sentido horário e
anti-horário, 10 vezes cada.
Fig. 201
Fig. 202
7ª. etapa: Com o indicador e o polegar, pinçamos o septo nasal e cantos dos olhos (Fig.
203). É o ponto "Sei-Mei", ou "Clara Luz". Pressionamos profundamente por 10
segundos e soltamos subitamente, afastando os dedos do rosto (Fig. 204). Repetimos de
3 a 5 vezes. Este exercício clarifica a visão e é especialmente útil para olhos cansados.
Fig. 203
Fig. 204
c. Nariz
Estes exercícios beneficiam o funcionamento geral de estômago, pâncreas e pulmões,
bem como dão clareza de idéias. Também estimulam o desenvolvimento da atividade
intelectual.
Fig. 205
1ª. etapa: Com o polegar e indicador, esfregamos vigorosamente os lados do nariz,
para cima e para baixo até esquentar (Fig. 205). Este exercício torna a respiração mais
suave, ativando também o estômago e a digestão, bem como a função pancreática.
2ª. etapa: Com o polegar, indicador e médio, a partir do septo nasal, apertamos
fortemente os lados do nariz, até a ponta e então soltamos os dedos subitamente. Dá
clareza de pensamento, melhora o estado do coração e da circulação.
Fig. 206
3ª. etapa: Com um dos polegares pressionamos o lado do nariz, fechando uma narina, e
respiramos longa e lentamente, de 5 a 10 vezes. Repetimos do outro lado. Este exercício
promove uma melhor função respiratória, bem como a desobstrução e abertura das
cavidades nasais e brônquios.
d. Boca e Maxilar
Fig. 207
Estes exercícios reforçam as atividades digestivas, especialmente a circulação em
torno da boca e a secreção de saliva. Também melhoram a força física e suavizam as
funções excretórias.
Fig. 208
2ª. etapa: Usando um dedo, empurramos debaixo do malar, à distância de um dedo a
partir dos lados do nariz, com um movimento circular (Fig.208). Isto liberta a tensão
causada pela acumulação de muco na cavidade nasal.
Fig. 209
3ª. etapa: Usando os polegares, pressionamos profundamente sob o maxilar, da orelha
até o queixo (Fig. 209). Repetir de 3 a 5 vezes. Este exercício ativa diversas glândulas
relacionadas aos ouvidos, saliva e linfa, de modo que funcionem corretamente. Em
resultado deste movimento, a secreção de saliva torna-se mais ativa.
e. Orelhas
Estes exercícios melhoram a nossa audição, harmonizam todas as funções circulatórias
e a coordenação entre diversos sistemas de todo o corpo. Também favorecem o
equilíbrio mental bem como dos rins e funções excretórias.
.
1 etapa: Com o polegar ou indicador pressionamos a depressão sob a orelha, entre o
maxilar inferior e o pescoço. Pressionar profundamente várias vezes, soltando o dedo
rapidamente. Se sentirmos dor, isto indica que se acumularam muco e gordura no
ouvido, causando crescente dificuldade de audição.
Fig. 210
2.a etapa: Com o indicador, médio e anular, pressionamos em volta da orelha várias
vezes, para liberar qualquer estagnação em torno dela (Fig. 210). Também ajuda a
clarear as idéias e melhora nosso equilíbrio.
Fig. 211
Fig. 212
Fig. 213
3ª. etapa: Massageamos as orelhas usando o polegar e indicador (e o médio, se se
quiser). Primeiro, esfregamos a aresta periférica da orelha, para ativar a circulação de
sangue e linfa pelo corpo (Fig. 211). Depois, a aresta média, com o polegar por detrás
da orelha e os outros dedos na frente, estimulando o sistema nervoso (Fig. 212). Por
fim, as arestas e saliências internas, ajudando as funções digestivas (Fig. 213). Durante
todos estes processos, podemos apertar o lobo da orelha, bem como outras áreas ao
longo das arestas, para' liberar qualquer estagnação. Isto ajuda indiretamente a liberar a
estagnação em outras partes do corpo.
Fig. 214
4ª. etapa: Com os dedos e palmas esfregamos vigorosamente toda a orelha, para cima e
para baixo, até esquentar. Ajuda a ativar e harmonizar o metabolismo e a mente.
5ª. etapa: Usando as palmas, batemos as orelhas, com um brusco movimento para a
frente e para trás (Fig., 214). Repetir de 10 a 20 vezes. Energiza fortemente os rins e
excreção, bem como a circulação.
Fig. 215.
6ª. etapa: Inserimos os dedos médios profundamente nas orelhas, e vibramos
suavemente, como se se vibrasse os tímpanos (Fig. 215). Remover bruscamente os
dedos, fazendo um movimento espiral no ar. Repetir de 3 a 5 vezes. Melhora a audição e
ajuda a reforçar a atividade mesencéfalo.
Fig. 216
7ª. etapa: Cobrimos a orelha direita com a mão esquerda e, com o indicador, médio e
anular da direita, martelamos as costas da mão esquerda, enviando vibrações ao ouvido
interno. Martelamos dez pares de vezes. Invertemos as mãos e repetimos o
procedimento sobre a orelha esquerda (Fig. 216). Este exercício ajuda a melhorar nossa
capacidade auditiva e ainda fortalece a atividade do mesencéfalo e das funções renais e
escretórias.
f. Cabeça
Estes exercícios liberam a estagnação física e nebulosidade mental, acelerando a
circulação de sangue e linfa, bem como o fluxo de energia pelos meridianos. Ajudam
também a vencer a fadiga física e mental.
Fig. 217
1ª. etapa: Usando todos os dedos, pressionamos e massageamos fortemente com
movimento circulares, começando pela testa, descendo às sobrancelhas e têmpora.
Passamos aos lados da cabeça atrás das têmporas e acima das orelhas (Fig. 217), e
continuamos a descer pela nuca. Da nuca, vamos para o topo da cabeça, pressionando
fortemente de volta até a testa (Fig. 218). Começando pela testa, deslocamos as mãos
um pouco para os lados do centro (Fig. 219) e pressionamos o topo da cabeça, de volta
até a nuca. Recomeçando pela testa, movemos as mãos ainda mais para os lados, e
pressionamos de novo (Fig. 220) sobre o topo da cabeça, até a nuca. Repete-se todo este
procedimento duas ou três vezes. Esta pressão e massagem ajuda a liberar a estagnação
nos sistemas circulatórios nervoso, bem como acelera um fluxo de energia nos
meridianos relacionados.
2ª. etapa: Com os dedos fechados sem muita força, martelamos de leve toda cabeça:
topo, lados e nuca (Fig. 221). Estimula todas as atividades físicas e mentais a
coordenação entre os vários sistemas orgânicos.
3ª. etapa: Com uma palma cobrindo a testa e a outra cobrindo a nuca, respiramos
profundamente. Então, com as palmas cobrindo os lados superiores da cabeça (Fig.
222), respiramos profundamente mais 3 vezes. A seguir cobrimos os lados centrais da
cabeça com as palmas (Fig. 223), e respiramos fundo mais 3 vezes.
Fig. 221
Fig. 222
Fig. 223
Lado esquerdo
VG
B
VB
Lado esquerdo
IA 20
VG 16
VB 12
VB 20
B 10
VB 21
g. Pescoço
Estes exercícios visam reunir atividades físicas e mentais num estado harmonioso e, ao
mesmo tempo, gerar nossas energias físicas e mentais como um todo, inclusive a função
estomacal, pâncreas, fígado, rins e regulação da pressão sangüínea.
Fig. 227
1ª. etapa Com os polegares, pressionamos os dois pontos na base da nuca de ambos os
lados, segurando a cabeça com os outros dedos (Fig. 227). Inclinamos a cabeça para
trás, para pressionar na base do crânio. Soltamos os polegares rapidamente, repetindo o
processo de 3 a 5 vezes. Então usamos nosso polegar mais forte para pressionar
profundamente o ponto central na base do crânio, enquanto a outra mão segura a testa,
inclinando a cabeça levemente para cima e para trás. Ao pressionarmos, aplicamos uma
leve vibração, e soltamos bruscamente o polegar. Repete-se de 3 a 5 vezes. Estes
exercícios melhoram as funções da região mediana do tronco, assim como o
metabolismo dos rins, pâncreas, baço e fígado.
2ª. etapa: Na nuca, usamos os dedos para pressionar ao longo dos lados das vértebras
cervicais, até os ombros, fazendo um movimento circular vibratório sempre que se
encontrar alguma rigidez. Repetimos este processo pelos lados do pescoço debaixo das
orelhas. A seguir, na frente do pescoço, de ambos os lados das cordas vocais,
pressionamos até a cintura escapular. Com uma palma cobrindo a garganta e cordas
vocais, pressionamos e massageamos em torno desta região. Estes exercícios servem
para descongestionar os músculos e meridianos aí localizados controlando a pressão
sangüínea e harmonizando vários sistemas.
3ª. etapa: Entrelaçando os dedos na nuca, apertamos o pescoço com a base das palmas,
soltando subitamente, repetindo umas 5 vezes (Fig. 228). Este exercício libera qualquer
estagnação nessa área, melhorando a circulação sangüínea.
4ª. etapa: Inclinamos a cabeça para a esquerda e martelamos o lado direito do pescoço
com o punho direito (Fig. 229). Então, martelamos o lado; esquerdo do pescoço com o
punho esquerdo (Fig. 230). Inclinamos a cabeça; para a frente, martelamos a nuca (Fig.
231). A seguir, descongestionamos e ativamos a circulação de sangue e energia
inclinando totalmente a cabeça para a frente e para trás várias vezes'' (Figs. 232 e 233),
e de um lado para o, outro (Fig. 234). Por fim, giramos o pescoço no sentido horário (5
vezes) d depois no anti-horário (Fig. 235). Este exercício ajuda a liberar qualquer
estagnação e acelera a circulação ativa e as funções nervosas, e produz clareza mental.
Fig. 228
Fig. 229
Fig. 230
Fig. 231
Fig. 232
Fig. 233
Fig. 234
Fig. 235
5ª. etapa: Aplicamos as palmas em ambos os lados do pescoço, e respiramos
profundamente 3 vezes. Então aplicamos as palmas na frente e atrás do pescoço e de
novo respiramos 3 vezes.
h. Ombros
Estes exercícios melhoram nossas funções circulatórias e digestivas liberando a
estagnação física e mental, regulando o metabolismo respiratório e digestivo. Também
ajudam a combater a fadiga, dissolvendo a tensão geral na região dos ombros.
2ª. etapa: Usando quatro dedos de uma mão, comprimimos e massageamos o ombro
oposto, inclinando a cabeça para o outro lado (Fig. 237). Repetir no outro ombro.
Sempre que sentirmos rigidez, devemos massagear com movimento circular. Este
exercício libera a tensão e estagnação, e acelera a atividade circulatória e digestiva.
Fig. 237
Fig. 238
Fig. 239
3ª. etapa: Como punho de uma das mãos, martelamos o ombro oposto de 10 a 20 vezes
(Fig. 238). Repetir no outro ombro. Sempre que se sentir dor, devemos martelar mais
longamente e com mais força. Martelar também o topo da espinha, até a nuca, de 10 a
20 vezes, usando o seu punho mais forte. Estes exercícios ativam o metabolismo em
todo o corpo.
4ª. etapa: Aplique as palmas sobre ombros opostos (Fig. 239) e respire 3 vezes, lenta e
profundamente, para harmonizar a circulação e a respiração. (Se desejado, as palmas
podem ser aplicadas aos ombros de um mesmo lado, de cada vez).
3. Braços e Mãos
Estes exercícios liberam a estagnação na corrente sangüínea, tecidos, músculos e
juntas, bem como no fluxo de energia ao longo dos meridianos correlacionados,
resultando na ativação harmoniosa das várias funções dos pulmões, do coração e da
circulação, intestinos e digestão, e coordenação entre todos os principais órgãos pelos
meridianos da Circulação-Sexo e do Triplo Aquecedor. Estes exercícios também
energizam as funções dos vários chacras, especialmente o segundo, abdominal e físico;
o terceiro, do estômago e da energia; e o quarto, do coração e das emoções.
1ª. etapa: Com os braços naturalmente ao lado do corpo, giramos e torcemos, esticando
o máximo que pudermos, com as mãos e os dedos abertos (Fig. 240). Repetir várias
vezes, torcendo para a frente e para trás. Erguemos os braços ao nível dos ombros e
repetimos o movimento de torcer, esticando o máximo, várias vezes (Fig. 241).
Erguendo os braços ainda mais (Fig. 242), a 45º, torcemos os braços de novo. Por fim,
erguemos os braços bem acima da cabeça (Fig. 243) e os torcemos várias vezes.
Fig. 240
Fig. 241
Fig. 242
Fig. 243
Fig. 244
Fig. 245
Fig. 246
2ª. etapa: Agarrando a junta do ombro (Fig. 244), massageamos bem essa área, para
aliviar qualquer tensão muscular. Vamos massageando braço abaixo (Fig. 245) rumo ao
cotovelo, pressionando todas as saliências do cotovelo, aliviando as tensões ali. Vamos
descendo em direção ao pulso, liberando a tensão em todas as áreas (Fig. 246).
Lado Esquerdo
C1
C3
C
C2
C 38
4ª. etapa: Ao atingirmos o pulso, massageamos bem todas as saliências da área do pulso
(Fig. 249). Então pressionamos ao longo dos ossos nas costas da mão (Fig. 250).
Passamos aos dedos, usando o polegar e indicador para massagear cada dedo até a
ponta, dos lados, e depois por cima e por baixo Fig. 251. Esta massagem deve passar de
um dedo para outro, lenta e cuidadosamente. Especialmente importante é pressionar e
massagear fortemente a ponta de cada dedo, usando o polegar e indicador, para torcê-lo
para um lado e para o outro (Fig. 252).
5.a etapa: Puxamos e estalamos cada dedo. Usando o polegar, empurramos no espaço
entre os dedos, ou podemos entrelaçar os dedos e empurrá-los uns contra os outros (Fig.
253).
Fig. 249
Fig. 250
Fig. 251
Fig. 252
Fig. 253
6ª. etapa: Pressionamos fortemente as palmas (Fig. 254), primeiro ao longo das linhas
principais da mão: Linha da Vida, Linha da Cabeça, e Linha do Coração (v. Parte 1,
(pág. 96) para descrição detalhada das linhas da mão). Depois pressionamos fortemente
as áreas da palma, em sentido vertical. Durante este processo, pressionamos
profundamente, com movimento circular. Dois pontos devem ser pressionados mais
fortemente: o centro da palma, o ponto Rô-Kiu, Circulação-Sexo n°. 8 (Fig. 255), e o
ponto na junção entre o polegar e indicador, G(3-Koku Intestino Grosso n° 4 (Fig. 256).
Fig. 254
Fig. 255
Fig. 256
Fig. 257
7ª. etapa: Sacudimos as m relaxadas, rapidamente (Fig. 257). Libere qualquer tensão
nas juntas dos ombros, cotovelos e pulsos, bem como cada junta dos dedos, sacudindo
fortemente braços e mãos.
Fig. 261
Fig. 262
Fig. 263
Fig. 264
Fig. 265
Fig. 266
Fig. 267
Fig. 268
2ª. etapa: Começamos um leve martelamento em toda a região do tórax (Fig. 267),
inclusive as laterais da caixa toráxica. Reforça a respiração, acelera a circulação do
sangue e fluxo de energia.
Usando o mesmo tipo de martelamento, continuamos até o estômago, região do
intestino grosso e delgado, e bexiga. Também devemos martelar os lados da cintura e
região pélvica.
Nas costas, batemos até o mais alto que pudermos. Podemos ajoelhar-nos e inclinar o
corpo para a frente (Fig. 268). Martelamos para baixo, inclusive as vértebras lombares e
daí para baixo, os músculos das costas ao longo das vértebras, os meridianos da bexiga
que passam verticalmente pelas costas, bem como os músculos das nádegas.
Fig. 269 - Áreas da Cintura e Nádegas Correlacionadas com Áreas da Cabeça e
Cérebro
Região Meridiana da Cabeça e do Cérebro
Medula
Região Lateral da Cabeça e do Cérebro (Direito)
Região Meridiana da Cabeça e do Cérebro
Região Frontal da Cabeça e do Cérebro
Região Lateral da Cabeça e do Cérebro (Esquerda)
Pontos Importantes
VC 17
Pl
VC 14
F 14
VB. 24
F 13
VC 12
Lado Direito
P
BP
F
BP
4ª. etapa: Usando as palmas, pressionamos e esfregamos para baixo toda a frente do
corpo, cobrindo os meridianos do topo da clavícula até a parte interior da pélvis (Fig.
277).
Fig. 277
5ª. etapa: Nas costas, pressione a área reentrante sob a caixa toráxica, arqueando
levemente as costas para trás, para facilitar a massagem (Fig. 278). Solte
repentinamente. Repita pelo menos 5 vezes. (Uma posição alternativa das mãos em
relação à ilustrada é cruzar as mãos nas costas, o polegar da mão direita no lado direito
da espinha, e os dedos da mão direita do lado esquerdo da espinha; o polegar da mão
esquerda no lado esquerdo da espinha; os dedos da mão esquerda no lado direito da
espinha. Pressione usando os polegares e todos os dedos).
Aplique então as mãos à região dos rins e supra-renais, esticando as costas para trás,
para deixar aquela área mais relaxada, e respire profundamente 3 vezes (Fig. 279).
Fig. 278
Fig. 279
Fig. 280
Fig. 280 -- Meridianos e Pontos Posteriores do Tronco
Lado Direito
VB
B
VG
B
VB
P
TA
ID
VB
B
VG
B
Lado Esquerdo
P
TA
ID
VB
Fig. 281
Fig. 282
Fig. 283
Fig. 284
Fig. 285
Fig. 286
Fig. 287
Fig. 288
7ª. etapa: Torça o corpo para a esquerda e para a direita ao máximo, girando os braços,
e conservando a cabeça para a frente (Figs. 287 e 288). Este exercício ativa e harmoniza
o fluxo de energia ao longo de todos os meridianos.
2ª. etapa: Com os punhos fechados sem muita força, martelamos a parte frontal das
pernas, subindo e descendo por elas mais de 5 vezes (Fig. 293). Martele depois os lados
das pernas, trabalhando para cima e para baixo, de cada lado. Martele a parte de trás
(você poderá se inclinar). Este martelamento alivia enrijecimentos e tensões, gerando
um fluxo de energia nos meridianos correlatos, tais como os do Baço-Pâncreas, Fígado,
Rins, Estômago, Vesícula Biliar e Bexiga.
3ª. etapa: Sente-se com as pernas cruzadas, erga uma perna, dobrando o joelho e
pousando um pé no chão. Aperte a coxa que esta levantada, movendo-a para cima e para
baixo, com ambas as mãos - polegares para o lado de dentro, os outros dedos para fora.
Este movimento não só alivia a tensão muscular, mas também gera um fluxo de energia
ao longo dos meridianos Baço-Pâncreas, Rins e Vesícula Biliar.
Então, usando a base das palmas de ambas as mãos, aperte firmemente a coxa,
movendo para cima e para baixo. (Este é o mesmo movimento ilustrado na perna, na
etapa 5, Fig. (296).
4.a etapa: Aplique as palmas sobre o joelho por alguns instantes, aquecendo aquela
área. Então, usando os quatro dedos, comprima todas as saliências e músculos tensos na
área do joelho (Fig. 294). Comprima e solte diversas vezes, aliviando a circulação
estagnada em torno ao joelho.
5ª. etapa: Usando a base das palmas, esfregue do joelho até o tendão de Aquiles (Fig.
295), repetindo 5 vezes. A seguir, aperte e solte, de novo usando a base das palmas (Fig.
296), repetindo mais de 3 vezes, movendo-se para cima e para baixo, pela perna. Isto
poderá ser doloroso para algumas pessoas. Estes exercícios ativam as funções intestinais
e da bexiga.
Fig. 293
Fig. 294
Fig. 295
Fig. 296
Lado Esquerdo
BP 10
F8
F7
BP 6
Região dos Rins
Fig. 298
Fig. 299
Fig. 300
Fig. 301
A seguir, pressione o meridiano do Estômago (Fig. 298), do joelho até o topo do pé,
usando quatro dedos, e o polegar do outro lado da perna, dando apoio. No meridiano do
Estômago, o ponto San-Ri, meridiano do Estômago, n°. 36, deve ser pressionado com
mais força, e com movimento circular. Pressione o meridiano da Vesícula Biliar, do lado
da perna, da mesma maneira (Fig. 299).
Do lado de dentro da perna, usando ambos os polegares, imediatamente atrás do osso
da perna, com os outros quatro dedos apoiando do outro lado da perna, pressione
profundamente o meridiano do baço, do joelho até o tornozelo. O ponto San-In-Kô, do
meridiano do Baço, no. 6 deve ser apertado fortemente, com movimento circular (Fig.
300).
Na barriga da perna, de novo usando os polegares, pressione profundamente ao longo
do meridiano da Bexiga (Fig. 301), ativando o fluxo de energia daquele meridiano.
Fig. 302 - Meridianos e Pontos Principais na Perna
Meridiano do Estômago (E)
E 36
E 42
Meridiano da Bexiga
B 54
B 67
B 67
6ª. etapa: Massageie o tendão de Aquiles (Fig. 303), até a porção inferior do tornozelo.
Este exercício melhora as funções sexual e reprodutora como um todo. (Uma posição
alternativa da mão é cruzar ambas as mãos atrás do tornozelo, polegar da mão esquerda
do lado esquerdo do tornozelo, e dedos da mão esquerda do lado direito e o polegar da
mão direita no lado direito do tornozelo, e os dedos da mão direita no lado esquerdo).
Fig. 303
Fig. 304
7ª. etapa: Colocando as mãos sob o pé, use os polegares para esfregar para baixo ao
longo da parte superior do pé, até as pontas dos artelhos (Fig. 304). Como cada área do
pé correlaciona-se com cada região e órgãos do corpo, ao estimular e aliviar tensões
locais, ativamos e melhoramos o funcionamento das regiões correspondentes do corpo.
Lado Esquerdo
Fígado
Coração
Baço
Ombro
Nariz
Garganta
Tórax
Abdômen
Útero
Fig. 307
8ª. etapa: Sentamo-nos com as pernas cruzadas, a sola de um pé voltada para cima.
Usando os polegares, pressionamos a planta do pé (Fig. 307) nas seguintes áreas:
primeiro, o lado interior, do lado do grande artelho, movendo-se para cima e para baixo,
ao longo do pé; depois, começando em cada artelho, pressionamos a sola verticalmente,
2 ou 3 vezes em cada área. A seguir, pressionamos a sola verticalmente, 2 ou 3 vezes em
cada área. A seguir, pressionamos a sola latitudinalmente, em 3 linhas: perto do
calcanhar, através do meio, e abaixo das juntas metatarso-falângicas. (Fig. 305 e 306), 2
ou 3 vezes. Finalmente, pressionamos lateralmente na parte carnuda na base de cada
artelho, 2 ou 3 vezes.
Durante esta massagem, se encontrar pontos enrijecidos, pressione mais firmemente
várias vezes com movimentos circulares, para aliviar a estagnação.
Fig. 308
Fig. 309
Fig. 310
Fig. 311
.
9ª. etapa: Pegue o grande artelho. Gire-o várias vezes, e usando o polegar e indicador,
pressione os lados do artelho e a sua região central carnuda (Fig. 308). Trate da mesma
forma os outros artelhos, um por um. A ponta de cada artelho também deve receber um
estímulo especial, com uma firme pressão.
Usando os dedos, pressione entre os artelhos (Fig. 309).
10ª. etapa: Puxe e dobre cada artelho, tentando estalá-los, um por um. Então segure
todos os artelhos e mova-os para a frente e para trás, várias vezes (Figs. 310 e 311).
Cada artelho tem um meridiano passando ao longo dele - Baço-Pâncreas, Fígado,
Estômago, Vesícula Biliar e Bexiga - e o estímulo dado a cada um energiza e promove o
melhor funcionamento do órgão a ele relacionado.
Então, gire os tornozelos com um movimento circular, várias vezes em cada direção.
Lado Esquerdo
BP
R
11ª. etapa: Repita as etapas 3 até 10 na outra perna e pé.
12ª. etapa: Sente-se comas solas dos pés juntas, segurando os pés com as mãos e
respirando profundamente 3 vezes (Figs. 314 e 315). Este exercício harmoniza o fluxo
de energia por todas as partes dos artelhos, pés e pernas.
6. Completamento
Por toda a série de Exercícios Gerais, cada parte do corpo foi estimulada em sua
circulação dos fluidos e energias, e a resposta nervosa de cada área foi igualmente
ativada. No Completamento, todas essas funções orgânicas - músculos, órgãos, sistema
nervoso, energia - são harmonizadas como um todo, prontas para enfrentar qualquer
atividade do dia.
1ª. etapa: De pé, postura natural, saltitar (Fig. 316). Ombros, cotovelos, pulsos, e todas
as articulações devem estar completamente relaxadas. Saltite 10
Fig. 314
Fig. 315
Fig. 316
Fig. 317 vezes ou mais. Erga uma perna e saltite num pé só (Fig. 317), 10 vezes ou
mais; então, no outro pé.
3ª. etapa: Mantendo a mesma postura de pé, inclinamo-nos, tentando tocar o chão com
ambas as mãos. Então ficamos de pé, abrindo bem os braços. Os ombros e pescoço
devem ficar bem relaxados. Repetir duas vezes.
4ª. etapa: De pé, erguemos os braços para o céu, inclinando o corpo para trás, e
inalando profundamente (Fig. 318). Então nos inclinamos para a frente e exalamos,
balançando os braços para baixo (Fig. 319). Repetimos este exercício pelo menos 3
vezes, desacelerando gradativamente.
Fig. 318
Fig. 319
1ª. etapa: Incline a cabeça para trás, e use a base das palmas para martelar para cima,
na testa. Alterne as mãos, ou use as duas ao mesmo tempo. Repita de 10 a 12 vezes. Este
exercício serve para retesar a testa, músculos da pele, eliminando rugas e ativando a
circulação do sangue.
2ª. etapa: Usando os dedos, esfregue saliva ao longo das sobrancelhas e em torno dos
olhos, por cima e por baixo. Repita 10 vezes. Este exercício faz as sobrancelhas
crescerem bonitas e gradualmente vai eliminando rugas em torno dos olhos. Também
ajuda a melhorar a vista.
3ª. etapa: Segurando os malares com a base das palmas, empurre para cima enquanto
abre a boca. Repita 10 vezes. Este exercício torna os músculos do rosto mais firmes e
compactos.
4ª. etapa: Com os polegares atrás do pescoço, e os dedos segurando a cabeça, incline a
cabeça para trás. Deixe o maxilar inferior pender, abrindo a boca ao máximo.
Simultaneamente, deixe a cabeça pender para a frente, e feche a boca. Repita. de 3 a 5
vezes. Este exercício ajuda a consolidar as vértebras cervicais, reforçando as laterais do
crânio, ressaltando a forma da cabeça. Também é bom para a circulação.
6ª. etapa: Com os dedos médios, empurre fortemente para cima os ossos da região
mediana do nariz, apertando para dentro e para cima. A cabeça naturalmente se inclina
para trás, e a boca pode ficar relaxada e ligeiramente aberta. Então solte e deixe a
cabeça cair em sua posição normal. Este exercício torna a ação nervosa mais alerta e
clara na região da cabeça, inclusive os olhos. Também torna a secreção da pituitária
mais ativa, a respiração mais suave, e ajuda a descarregar muco acumulado nas
cavidades respiratórias.
7ª. etapa: Inserindo um dedo em cada canto da boca, estique a boca, aberta, e solte.
Repita 10 vezes. Ao soltar, ajuda se contrairmos voluntariamente os músculos da boca.
Este exercício remove quaisquer rugas em torno da boca e auxilia a circulação do
sangue nos lábios.
8ª. etapa: Segure e vibre a ponta do nariz de 10 a 20 vezes. Este exercício ativa a
circulação do nariz, eventualmente estagnada, e corrige o formato do nariz.
9ª. etapa: Estique e puxe as orelhas: (1) para cima; (2) horizontalmente, e (3) para
baixo, 5 vezes em cada direção. Este exercício acelera a circulação do sangue, ativando
as funções renais e secreção dos hormônios supra-renais, melhorando a forma e ângulo
das orelhas, se estão flácidas e desequilibradas.
2) Calvície
Para calvície nas regiões periféricas da cabeça, testa e têmporas, é aconselhável fazer
os exercícios de massagem da cabeça dados nos Exercícios Gerais. Ademais, aplique
saliva ou água salgada, esfregando fortemente a área calva.
Para calvície nas regiões centrais e superior da cabeça, além dos exercícios para a
cabeça, dados nos Exercícios Gerais, aplique diariamente o suco de gengibre ralado,
nabo japonês, rabanete, cebola ou cebolinha.
4) Olhos
Toda manhã e toda noite, antes de dormir, ao lavar rosto e mãos, é aconselhável o
seguinte tratamento dos olhos:
a. Esfregar fortemente em torno dos olhos fechados sal marinho, aplicado com três
dedos úmidos, de ambas as mãos.
b. Lave o sal, com o rosto em imersão em água fria, piscando repetidamente os olhos.
c. Esfregue em torno dos olhos com saliva aplicada aos dedos. Deixe a saliva por
vários minutos, deixando secar. Depois de alguns minutos os olhos podem ser limpos
com uma toalha.
Estas práticas previnem qualquer problema com os olhos, visão curta, catarata,
glaucoma, descolamento da retina, e outras desordens. Este exercício também ajuda a
melhorar as condições oculares resultantes destas desordens, especialmente quando
praticado com os exercícios para os olhos descritos anteriormente nos Exercícios
Gerais, e suplementado com o uso de gotas para os olhos, de óleo puro de gergelim,
aplicadas uma ou várias vezes ao dia. Em alguns casos de desordens dos olhos,
aplicações de gengibre (fomentação), máscara de trigo sarraceno, ou máscara de
clorofila vegetal, podem ser também necessárias.*
5) Orelhas
Além dos exercícios para as orelhas, descritos nos Exercícios Gerais, é recomendável
manter as orelhas limpas, removendo qualquer acumulação de cera. Use banchá salgado
morno, puro ou com uma pequena quantidade de suco de limão fresco, umedecendo um
pedaço de algodão ou pano, inserindo-se na orelha, e deixando lá cerca de duas horas.
Então remova o algodão e use outro algodão ou pedaço de pano para remover qualquer
líquido remanescente da orelha. Repita de 2 a 3 vezes por dia, em casos de excessiva
acumulação de cera.
A aplicação de uma compressa de gengibre à área da orelha também ajuda
grandemente a remover o excesso de cera. Isto pode ser feito uma ou duas vezes por dia,
por vários dias.
6) Nariz
Para a congestão do nariz, que causa dificuldade de respiração, podemos praticar os
exercícios para o nariz anteriormente descritos nos Exercícios Gerais. Ademais, banchá
salgado morno ou água salgada morna podem ser aspirados pelo nariz e descarregados
pela boca, sem engolir; pode-se fazer isto várias vezes por dia. Também é útil para
reduzir e eliminar a acumulação de muco na cavidade nasal e testa.
No caso de sangrar o nariz, aplique bastante sal marinho ou pó de berinjela torrada e
moída (dentie) num algodão ou pano úmido, e insira profundamente nas narinas,
deixando lá de 5 a 10 minutos.
8) Congestão
Evite alimentos que formam muco, tais como laticínios, farináceos, comidas oleosas e
gordurosas, açúcar, mel e outros adoçantes. Além dessa dieta, pratique regularmente os
exercícios de Do-In da série dos Exercícios Diários, especialmente aqueles para as
regiões toráxicas e abdominais. Massageie fortemente cada mão e dedo várias vezes ao
dia.
9) Constipação e Diarréia
Pratique os exercícios abdominais regularmente, constantes nos Exercícios Diários, de
acordo com os princípios macrobióticos.
12) Sardas
Evite definitivamente o excesso de açúcar, mel, chocolate, frutas e outros adoçantes.
Faça uma forte massagem diária onde aparecem as sardas. Todos os dias aplique e
esfregue fortemente suco de gengibre ralado ou vinagre de arroz ou suco de limão.
16) Fadiga
Para a fadiga universalmente experimentada como resultado de doença ou
desequilíbrios físicos ou mentais, além da prática do Do-In, recomendam-se os
exercícios:
Todos estes exercícios e práticas para nossa vida diária ajudam a manter e aperfeiçoar
nosso estado físico, mental e espiritual.
Entretanto, o alicerce de nosso aperfeiçoamento é nosso alimento. Todos estes
exercícios, portanto, devem ser acompanhados por uma alimentação apropriada,
segundo princípios macrobióticos.
Conseguindo-se isto em nossa vida diária, nosso desenvolvimento físico, mental e
espiritual será ilimitado, e cresceremos de nossas limitações físicas para uma
consciência eterna e universal, tomando consciência de que nossa vida não tem começo
nem fim, e nossa felicidade é continuar a realizar incessantemente o nosso sonho
infinito, que nunca perece.
Apêndice
Principais Pontos Para Diagnóstico e Tratamento Usados Neste Livro
Página: 48 - Meridiano e Número do Ponto: VC 12 – Descrição: Ponto de Reunião do
Estômago. Centro da região do Aquecedor Médio e terceiro chacra. Desordens gerais do
estômago, gastrites, náuseas, enjôo matinal, espasmos estomacais, úlcera gástrica,
hiperacidez, estômago caído, diabetes, dispepsia, dor abdominal, retroversão do útero.
Página: 65 – Meridiano e Número do Ponto: B 13 – Descrição: Ponto de Entrada do
Pulmão. Todas as desordens pulmonares, asma, rigidez do ombro, bronquite,
tuberculose pulmonar.
Página: 65 – Meridiano e Número do Ponto: B 18 - Ponto de Entrada do Fígado.
Desordens do fígado, icterícia, cálculos da vesícula, desordens da vista, ciática (dor na
cintura), cistite, paralisia facial, hepatite, epilepsia, pólio, vertigem, insônia hemiplegia.
Também para desordens musculares em geral.
Página: 65 – Meridiano e Número do Ponto: P 27 - Ponto de Entrada do Intestino
Delgado. Pequenas perturbações gerais dos intestinos, enterite aguda e crônica,
lumbago, reumatismo nas juntas, desordens menstruais, problemas ginecológicos,
ciática (dor na cintura), cistite, hemorragia intestinal.
Página 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 13 - Ponto de Entrada do Pulmão. Todas
as desordens pulmonares, asma, rigidez dos ombros, bronquite, tuberculose pulmonar.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 14 - Ponto de Entrada do Circulação-
Sexo. Dor cardíaca, ansiedade, perturbações mentais, taquicardia, pleurite, dor de dentes
superiores.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 15 - Ponto de Entrada do Coração.
Males cardíacos, dores cardíacas, reumatismo, pleurite, tuberculose pulmonar,
hemiplegia, dores de cabeça intensas, perturbações mentais, esquizofrenia, hipertensão,
apoplexia, neurastenia, sudorese noturna, angina pectoris.
Página 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 17 - Ponto de Entrada do diafragma.
Perda do apetite, gastralgia, esofagostenose, gastrite, pleurite, atonia estomacal, histeria,
sudorese noturna, taquicardia.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 18 - Ponto de Entrada do Fígado.
Distúrbios do fígado, icterícia, gosto amargo na boca, hepatite, cálculos biliares,
lumbago, hemiplegia, pólio, vertigem, epilepsia, doenças dos olhos, dores na cintura,
paralisia facial, hemiplegia, insônia, tonturas.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 19 - Ponto de Entrada da Vesícula
Biliar. Cálculos biliares, colecistites, icterícia, hepatite, colangite, úlcera duodenal.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 20 - Ponto de Entrada do Baço-
Pâncreas. Todos os males estomacais, perda da memória, congestão dos sinus, cálculos
biliares, tracoma, diabetes, icterícia.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 21 - Ponto de Entrada do Estômago.
Todas as desordens estomacais, gastrites, hiperacidez, enterite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 22 - Ponto de Entrada do Triplo
Aquecedor. Febre renal, indigestão, dores na cintura, impotência, enurese noturna,
lumbago, febre pulmonar, nefrite, diabetes, cálculos biliares.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 23 - Ponto de Entrada dos Rins.
Desordens renais, desordens dos órgãos genitais, desordens da bexiga, fraqueza dos
nervos, pólio, impotência, lumbago, dismenorréia, ciática, hemiplegia, hipertensão,
dispepsia, diarréia, vômitos.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 25 - Ponto de Entrada do Intestino
Grosso. Desordens intestinais em geral, enterite, lumbago, ciática, constipação, diarréia,
colite, tenesmus, dermatites.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 27 - Ponto de Entrada do Intestino
Delgado. Reumatismo das juntas, hemorragia intestinal, desordens menstruais,
desordens dos órgãos femininos, enterite, lumbago, hematuria, problemas
ginecológicos, ciática , cistite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 28 - Ponto de Entrada da Bexiga.
Desordens gerais da bexiga, desordens das funções urinárias, cistites, lumbago, enurese
noturna, ciática.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: IG 1 - Ponto de Reunião dos Pulmões, e
ponto inicial do meridiano dos Pulmões. Doenças pulmonares, bronquite, dores no
peito, asma, tosse, amigdalite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 17 - Ponto de Reunião do Circulação-
Sexo. Ponto central da região do Aquecedor Superior e quarto chacra, do coração. Dores
cardíacas e no peito, dores nos seios, falta de produção de leite, depressão, nervosismo,
pleurite, vômito, doença cardíaca.
Próximo lançamento:
Dieta para um Pequeno Planeta
de Frances Moore Lappé
Você sabia que 7 kg de pastagem para gado correspondem a um bife de 500 g, na nossa
mesa? E que quase 50% de tudo o que o nosso solo produz é desviado para alimentar o
gado, que, ao ser transformado em alimento, e dos mais caros, pode apenas nutrir uma
reduzidíssima fatia da população?
Através deste livro você ficará sabendo como atua uma multinacional e também como
trabalham as grandes corporações, como manipulam desde a produção até o mercado
consumidor e como nos transformamos em simples elo de uma cadeia que visa apenas o
lucro de alguns. Ficará sabendo também como nossos hábitos alimentares são
moldados, não segundo a nossa vontade, mas de acordo com a vontade do fabricante e a
sua necessidade de vender determinado produto.
Frances Moore Lappé aponta no entanto saídas e mostra-nos ainda como elaborar
centenas de receitas maravilhosas.
Temos certeza de que Dieta para um Pequeno Planeta tem um papel a cumprir e vai
fazer com que você se posicione em direção a um futuro melhor.
Vida e Saúde
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Controle Seus Diabetes Comendo Bem
Cepan
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