Vous êtes sur la page 1sur 152

Sobre o Autor

Michio Kushi radicou-se nos Estados Unidos há mais de 35 anos, para pós-graduar-se
pela Universidade de Colúmbia, após ter-se licenciado pela Universidade de Tóquio.
Nos últimos 15 anos tem ministrado conferências sobre medicina, filosofia e cultura
orientais e macrobióticas por toda a América do Norte, Europa, América do Sul e
Extremo Oriente. É autor de vários livros, entre os quais The Book of Macrobiothies:
The Universal Way of Health and Happiness (O livro da Macrobiótica: O Caminho
Universal para a Saúde e Felicidade). Acumpulture Ancient and Future Worlds
(Acumpultura: Mundo Antigo e Futuro): Natural Agriculture and The Cause and Score
of Discause (Agricultura Natural, A Causa e Cura das Doenças e Oriental Diagnoses
(Diagnose Oriental tem também patrocinado diversos períodos tais como o East-West
Journal: a revista Order of the Universe, e Case History Report (Relatório de casos
clínicos).
Michael Kuslu é fundador e presidente da East-West Fundation, instituição cultural
educacional não-lucrativa, com sede em Boston. Atualmente conduz seminários de
caráter regular para o público em geral bem como para profissionais da medicina, nos
Estados Unidos e em outros países. O conteúdo desses seminários é transcrito e
compilado numa série de publicações. The Teachings of Michio Kushi (Os
ensinamentos de Michio Kushi).
Michio Kishi reside atualmente nos Estados Unidos, nos 63 Buckminister Road, Brook
Line. Vassithussetts, 03146. Mais informações sobre suas atividades pode ser obtida
através da East West Foundation, 359 in Boston.
O livro do Do-in

Copyright 1979 in Japan by Michio and Aveline Tomoyo Kushi.


l.a edição em língua inglesa - Fevereiro de 1979 pela Japan Publications, Inc., Tokyo,
Japan.
Título original em inglês: The Book of Do-In
Exercise for Physical and Spiritual Development
1.a edição brasileira - 1985 - Editora Ground, uma divisão da Global Editora
Capa Viviane Malhame (ilustração)
Levi Leonel (arte-final)
Tradução: Norberto de Paula Lima
Juracy Cançado
Revisão: Equipe Ground
ISBN 85-260-0015-2
CIP-Brasil. Catalogação-na-Publicação
Câmara Brasileira do Livro, SP
Kushi, Michio.
K981. O livro do Do-In: exercícios para o desenvolvimento físico e espiritual / Michio
Kushi ; tradução Norberto de Paula Lima, Juracy Cançado. -- São Paulo Ground, 1985.
1. Do-In 2. Exercícios I. Título. II. Título: Exercícios para o desenvolvimento físico e
espiritual.
CDD-615.822
- 615.82
NLM-WB 537
85-0364
Índices para catálogo sistemático:
1. Do-In : Massagem : Terapêutica 615.822
2. Exercícios terapêuticos: Medicina 615.82
N.° de catálogo: 3133
EDITORA GROUND LTDA.
(Uma divisão da global editora e distribuidora 1tda.)
Rua França Pinto, 836 - Cx. Postal 45329
Fone (011) 572-4473
CEP. 04016 – V.Mariana
São Paulo –SP-
Rua Mariz e Barros, 39 - conjs. 26/36
Fone: (021) 273-5944
CEP. 20270 - Tijuca
Rio de Janeiro - RJ

O Livro do Do-In
Michio Kushi
2a. Edição 1986
Editora Ground

Sumário
Introdução, 11
Dedicatória, 13
Agradecimentos, 15
Prefácio, 17
PRIMEIRA PARTE: INTRODUÇÃO AO SHIN-SEN-DO: APERFEIÇOAMENTO
FISICO, MENTAL E ESPIRITUAL
Capítulo 1: A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico, 21
1. Criação do Universo, 21
2. Materialização & Espiritualização, 26
3. A Eterna Jornada da Vida, 31
4. O Modo de Comer, 37
a. O alimento principal, 37
b. O alimento suplementar, 38
c. Bebidas, 39
5. Os Princípios da Respiração, 44
a. Velocidade, 45
b. Profundidade, 45
c. Extensão, 46
6. Vida Cotidiana, 50
Capítulo 2: Constituição Física e Espiritual do Homem, 55
1. Estágios da Transformação Espiritual, 55
a. O espírito fisicalizado, 55
b. O espírito vibracional, 55
c. O espírito universal, 55
2. A Constituição Espirálica do Homem, 57
a. Período ambiental, 57
b. Período pré-concepção, 57
c. Período embrionário e fetal, 58
d. Período da Infância, 59
e. Juventude, 59
f. Idade adulta, 60
g. Maturidade, 61
h. Período pós-humano, 62
3. Constituição Humana do Ki - Energia Eletromagnética, 62
4. Tratamentos, 74
a. Acupuntura, 74
b. Moxabustão, 74
c. Shiatsu, ou massagem dos meridianos, 75
d. Cura pelas mãos, 75
e. Ioga, e outros exercícios físicos, 75
5. Os Chacras e o Canal Espiritual, 76
6. A Estrutura Antagônica - Complementar do Homem, 83
a. A relação entre frente e dorso, 83
b. A relação entre as áreas superior e inferior, 84
c. A relação entre esquerda e direita, 86
d. A relação entre periferia e centro, 87
e. A relação entre órgão e meridiano. 91
f. A relação entre a parte-e o todo, 92

SEGUNDA PARTE: EXERCICIOS DE DO-IN, 101


Introdução aos Exercícios de Do-In, 103
Capítulo 1: Exercícios Especiais (EE), 105
Introdução, 105
EE 1 Ten-Dai: Alicerce do Céu, 108
a. Sei-za: Postura correta de sentar, 108
b. Chu-zá: Postura correta de sentar numa cadeira, 108
c. Ren-gue-zá: Postura da flor de lotus, 108
d. Han-ren-gue-zá: Postura da meia flor de lótus, 109
e. Ko-zá: Postura sentada circular, 109
EE2 Ai-Wá: Amor e Harmonia, 110
EE3 Shô-Ten: Ascensão ao Céu. 111
EE4 Reí-No: Desenvolvimento da Força Espiritual, 113
EE5 Wá-Jun:Desenvolvimento da Suavidade, 114
EE6 Naí-Kan: Reflexão Interior, 116
EE7 Gal-Kan: Reflexão Exterior, 117
EE8 Chin-Pai: Veneração Espiritual, 118
EE9 Ten-Bú: Dança Celestial, 120
EE10 Rei-Shí.: Visão Espiritual, 123
EE11 Rei-Dô: Movimento Espiritual, 125
EE12 Chi Kô: Caminhar no Solo, 127
EE13 Gô-Ma: Dissipando as Ilusões, 129
EE14 Koto-Dama: O Espírito das Palavras, 131

Capítulo 2: Exercícios Espirituais Diários (EED), 137


Introdução, 137
EED 1 Sei-Za: Postura Natural Correta e Respiração Natural, 139

EED 2 Mei-So-Ko-kiú: Meditação e Respiração, 140


EED 3 Chin-Kon: Oração da Unidade, 140
EED 4 Haku-Shu: Purificação pela Batida de Palmas, 141
EED 5 A-Um: Espiritualização pela Vibração Sonora, 142
EED 6 Ten-Ko: Batida do Tambor Celestial, 142
EED 7 Ten-Ro: Beber do Orvalho Celestial, 143
EED 8 Kan-Ro: Saborear o Néctar em Meditação, 144
EED 9 Ten-Gaku: Audição da Música Celestial, 145
EED 10 Ko-Miô: Visão da Luz Interior, 145
EED 11 Ua-On: Vocalização da Harmonização, 146
EED 12 Hei-Ua: Pacificação do Mundo, 147

Capítulo 3: Exercícios Diários, 149


1. So-Shô-Shu-Hô: Exercícios Matutinos, 149
2. Kin-Sei-Shu-Hô: Exercícios Vespertinos, 161
3. Kei-Raku-Shô-Sei: Exercícios dos Meridianos, 170
4. Exercícios Adicionais, 174

Capítulo 4: Exercícios Gerais, 181


Introdução, 181
1. Preparação: Pacificação de Nossa Condição Física e Mental, 182
2. Face, Cabeça, Pescoço e Ombros, 183
a. Faces, 183
b. Olhos, 184
c. Nariz, 186
d. Boca e maxilar, 186
e. Orelhas, 187
f. Cabeça, 189
g. Pescoço, 191
h. Ombros, 193

3. Braços e Mãos, 194


4. Frente, Costas e Lados do Tronco, 199
5. Cintura, Pernas, Pés e Artelhos, 206
6. Completamento, 212
7. Exercícios Adicionais para a Beleza Facial, 213
8. Algumas Práticas Diárias de Saúde, 215
1) Dores de cabeça, inclusive enxaqueca, 215
2) Calvície, 215
3) Rosto vermelho e inchado, 215
4) Olhos, 215
5) Orelhas, 216
6) Nariz, 216
7) Dentes, boca e maxilares, 216

8) Congestão, 217
9) Constipação e diarréia, 217
10) Cãibras das pernas e pés, 217

12) Sardas, 217


13) Verrugas e pintas, 217
14) Cortes e cicatrização, 217
15) Queimaduras, 218
16) Fadiga, 218

Apêndice: Principais Pontos para Diagnóstico e Tratamento Usados Neste Livro, 219
Introdução
Importar filosofias e práticas de civilizações distantes no espaço e no tempo implica
sempre expô-las a forçadas adaptações aos valores culturais dominantes. E, quase
sempre, deturpá-las no que têm de essencial e puro.
Caso exemplar é a defasagem que envolve a popularização entre nós dos métodos de
iniciação gerados na tradição do Oriente, quando vulgarizada pelo imediatismo
consumista ocidental. Forçado pelos fatos a admitir os "incompreensíveis" sucessos
dessas práticas, o Ocidente decide-se por recuperar as suas técnicas, enquanto descarta a
teoria que as sustenta, na tentativa vã de acomodá-las dentro daquilo que se supõe
cientificamente confiável. Essa contradição impede que se receba o que essas
disciplinas trazem de mais valioso: a percepção enriquecedora de inimagináveis facetas
do território da realidade, permitindo uma visão mais nítida do mundo e de si mesmo.
O prejuízo é ainda maior quando a barganha se faz na aquisição de práticas
terapêuticas não oficialmente reconhecidas em nosso meio, como é o caso dos métodos
bioenergéticos; de, origem ou inspiração - oriental. Por intervirem em aspectos do
organismo negados ou simplesmente desconhecidos pela medicina corrente - os
sistemas de energia do corpo, já convincentemente retratados mas não suficientemente
explicados pelo saber ocidental -, essas práticas paralelas terminam, muitas vezes,
reduzidas a meros recursos coadjuvantes, destinadas a eventuais utilizações paliativas.
Isso apenas confirma o fato de que tais disciplinas não cabem confortavelmente nos
escaninhos das especialidades médicas. Na realidade, compõem, até certo ponto, uma
outra medicina, com diferentes perspectivas e metas. Seu principal objetivo é o
equilíbrio energético, e seu objeto de intervenção é o corpo sutil, a contraparte imaterial
do corpo físico. Sua utilização adequada, portanto, exige, em primeiro lugar, a
compreensão dos conceitos explicativos que originalmente nortearam sua prática.
Conduzido a partir da clarividente ótica oriental, o singelo gesto de tocar o
corpo já detona uma sucessão de formidáveis descobertas. Por exemplo, a revelação de
que o corpo é uma obra aberta onde se inscrevem - em caracteres indecifráveis para os
não alfabetizados na fala corporal -. todas as nossas vivências. E é no toque,
principalmente, que as energias inteligentes que desenham no corpo o modelo de
comportamento psicossomático revelam sua condição de equilíbrio ou desarranjo.
Áreas contraídas e dolorosas ao toque sinalizam invariavelmente energias estacionadas
e funções impedidas: o corpo aí retrata uma situação mais próxima à rigidez cadavérica
que à fluidez da vida. Pela altura acurada dessas mensagens corporificadas, os orientais
antigos intuíram formas específicas de intervir nas desordens funcionais, através de
métodos apropriadamente não agressivos, voltados para realçar no organismo seus
intrínsecos poderes de autocura.
Entre as artes de massagem oriental, destaca-se o Do-In como o mais simples e
acessível método para a autoconsciência, a saúde e o crescimento pessoal. Através dele,
é o próprio sujeito que, pela conscientização do gesto espontâneo de se tocar,
desenvolve o autoconhecimento que lhe permite desfazer o "lay-out" da doença -
traçado, em linhas ainda tênues, ao longo do território corporal. E é ao lidar
conscientemente com suas energias em desequilíbrio, que o paciente aprende a
redirecioná-las a suas formas naturais de expressão, investindo-as em seu próprio
processo evolutivo. Avaliada, assim, a importância dessa prática, pode-se calcular o
grande significado que assume esta importante obra, "O Livro de Do-In", de Michio
Kushi. Falar do autor é falar da obra; toda a profundidade empregada na abordagem das
várias possibilidades da técnica, e a simplicidade e clareza na explanação de seus
princípios filosóficos, procedem da perfeita harmonia entre o pensamento e a prática.
Continuador do trabalho de George Ohsawa, Kushi fortalece o sonho do mestre -
construir um mundo de paz, curando a doença social pela regeneração do indivíduo - ao
nos presentear coma iluminante cosmovisão dos antigos sábios do Oriente, embalada
pelo cativante carisma que emana da sua personalidade magnética. Quem já teve o
privilégio de participar de suas palestras, certamente soube reconhecer a qualidade
refinada das vibrações criadas pelo ritmo dos seus gestos, sua fala, sua presença; enfim,
o invisível ki preenchendo o ambiente e contagiando os espectadores de entusiasmo e
vontade de saber.
E é aparentemente infindável o saber que esse verdadeiro educador dissemina com
maestria a partir de seu santuário em Boston, de onde tem dirigido e estimulado, nas
duas últimas décadas, um intenso e crescente trabalho de conscientização individual e
social por meio de atividades que abrangem a educação, saúde, publicação, intercâmbio
cultural, a pesquisa e desenvolvimento de centros agrícolas e educacionais. Seus vários
livros e suas conferências ministradas incansavelmente por quase todo o mundo
ocidental transpõem barreiras culturais, sensibilizando corações e mentes
intelectualmente sofisticados para a simplicidade do pensamento dialético que permitiu
às civilizações orientais antigas uma percepção mais lúcida dos processos da vida.
E, especialmente em momentos críticos como os que hoje nos envolvem, quando
percebemos que se torna simplesmente vital modificar nossos inconfiáveis estilos de
vida, somente o pensamento dialético, ou seja, a percepção da simultaneidade dos
opostos, nos iniciará nos poderes aíquímicos para transformar miséria em bem-estar,
doença em saúde, guerra em paz. Esses poderes confirmam práticas para a
autoconsciência, como o Do-In e jazem em profundidade dentro de cada um de nós.
JURACY CANÇADO Rio, janeiro de 85
Com o nosso sonho infinito de um mundo pacífico e unido surgindo do oceano infinito
do universo, este livro é dedicado a todos os irmãos e irmãs que vieram a esta Terra,
manifestados como seres humanos neste tempo, compartilhando o mesmo ambiente
social e natural para nossa saúde e felicidade, bem como o desenvolvimento físico,
mental e espiritual.
Esta dedicatória é compartilhada pelo antigo povo macrobiótico espiritual que
desenvolveu e praticou os diversos caminhos do Do-In, e pelas muitas pessoas que já
passaram e devotaram suas vidas ao aperfeiçoamento humano, inclusive George e Lima
Ohsawa. Esta dedicatória é também partilhada por meus ancestrais e família: meus pais,
Keizo e Teru Kushi, meu irmão Massao, e sua esposa Kaioko e seus filhos; minha
esposa, Aveline Tomoko Kushi e nossos filhos: Lillian, Norio, Candy, Haruo, Yoshio e
Hisao; juntamente com todos os meus amigos pelo mundo, que se dedicam ao
aprendizado da ordem do universo e à sua realização na terra, entre os homens, num
mundo pacífico e unido.

SOMOS UM, SEMPRE


Viemos do oceano infinito do universo.
Manifestamo-nos, da unidade sem-fim, em milhões e bilhões.
Realizamo-nos como seres humanos, neste planeta, neste tempo.
Brincamos, no sonho sem-fim, fruindo das vicissitudes das ondas relativas sobre esta
Terra.
Nossa vida humana é efêmera, mas nosso sonho é sem-fim.
Vivemos com o dia e a noite, saúde e doença, miséria e felicidade, tristeza e alegria -
ascensão e queda, continuamente;
Mas nosso sonho nunca muda, nossa origem universal nunca acaba.
Desfrutemos, todos juntos, deste planeta, enquanto estivermos aqui.
Quando voltarmos ao universo infinito, digamos uns aos outros:
Somos eternamente um oceano infinito.
E que nos encontremos de novo
Quando nos manifestarmos neste mundo relativo.

MICHIO KUSHI Março de 1978


Agradecimentos
Na criação de O Livro do Do-In: Exercícios para o Desenvolvimento Físico è
Espiritual, gostaria de estender meu reconhecimento e gratidão àqueles cujos estudos e
ensinamentos contribuíram para certas partes de seu conteúdo:

1. Na Primeira Parte do livro, a introdução geral sobre a ordem do universo, a vida


macrobiótica, a constituição física e espiritual da humanidade, reconheço a inspiração
recebida de vários discursos, artigos, livros e ensinamentos da sabedoria antiga, de
muitas partes do mundo, inclusive Japão, Coréia, China, Índia e Egito, bem como da
antiga Europa e América. Também reconheço a inspiração recebida, nos muitos anos
dedicados à prática da macrobiótica, do Universo Infinito - fonte de memória e sonho,
começo e fim de nossa vida.

2. Na Segunda Parte, os Exercícios de Do-In, desejo dedicar meu reconhecimento


pelos seguintes ensinamentos:

A. Exercícios Especiais
Ensinamentos tradicionais e exercícios transmitidos há séculos como herança de
antigos costumes da humanidade, inclusive as práticas religiosas e espirituais do
Shintoísmo, Budismo, Hinduísmo e Taoísmo, remanescentes principalmente nos países
orientais. Alguns destes ainda vigoram dentro de grupos comparativamente
pequenos de pesquisadores do aperfeiçoamento espiritual, em diversos lugares do
Oriente.

B. Exercícios Espirituais Diários


Ensinamentos e exercícios praticados principalmente no Shintoísmo, Hinduísmo e
Taoísmo, bem como outras práticas espirituais, ainda remanescentes em alguns países
orientais num círculo interno de treinamento religioso.

C. Exercícios Diários
1. Exercícios Matutinos e Vespertinos: Ensinamentos de exercícios básicos de Do-In
como prática diária pela "Sen-Do-Ren" (Associação Para o Estudo do Tao do Homem
Livre, Tóquio, Japão). Para estudos ulteriores destas práticas é recomendado entrar em
contato com esta associação:

Sen-Do-Ren
1.-27-12 Kaminoge
Setagaia-ku
Tóquio 158
Japão

2. Exercícios dos Meridianos: Diversos exercícios relacionados com os meridianos,


desenvolvidos e praticados durante muitos séculos: dentre eles, especialmente aqueles
introduzidos pelo sr. Shizuo Massunaga como Exercícios dos Meridianos no livro Zen
Shiatsu, publicado em Tóquio (Japão) pela "Japan Publications, Inc., págs. 122 a 124.
Para ulteriores estudos, é recomendado entrar em contato com:
Shizuto Massunaga
5-9-8 Tokiwa, Urawa-shi
Saitama-ken 336
Japão Japão
I-O-Kai Shiatsu Center
1-8-9 Higasi-Ueno, Taito-Ku
Tóquio 110
Japão

3. Exercícios Adicionais: Vários ensinamentos e exercícios tradicionalmente


praticados em conexão com a respiração, desenvolvidos nos métodos para a saúde no
antigo treinamento físico do Shintoísmo e do Budismo.

D. Exercícios Gerais
Os grandes clássicos da medicina oriental de 3.000 anos atrás até o presente,
começando com o I Ching, ou Livro das Mutações e o Clássico do Imperador Amarelo
Sobre a Medicina Interna, e terminando com os livros modernos relacionados com
diagnóstico e fisiognomonia, meridianos e pontos, doenças e tratamentos no campo da
medicina oriental.
MICHIO KUSHI
Prefácio
Ao longo de minha vida de meio século, experimentei e observei as misérias da guerra
mundial, junto com a miséria da sociedade atual - as diversas doenças e a pobreza, a
cobiça e o egoísmo, o fracasso e as dificuldades, a ira e o ódio, a discriminação e o
preconceito.
Em minha juventude, fui inspirado pelo sonho de realizar a paz mundial por muitas
medidas possíveis, inclusive o estabelecimento de uma Federação Mundial. Entretanto,
com o processo do amadurecimento, tornei-me apto a ver que a paz mundial só pode ser
conseguida pela reconstrução da humanidade, ou a ressurreição do homem, a partir das
tendências degenerativas correntes, que prevaleceram por todo o mundo, aumentando
com o desenvolvimento da civilização moderna.
Ao mesmo tempo, foi-me dado ter uma experiência iluminadora durante a meditação,
que revelou a vida universal e eterna. Também tive a oportunidade de aprofundar minha
compreensão das antigas filosofias e religiões orientais, que deveriam ser combinadas
com o pensamento ocidental moderno e nosso modo de viver. Quanto a este aspecto,
sou grato pelo ensinamento inspirado de George Ohsawa e de muitos outros filósofos
dos nossos dias, bem como a antigos pensadores espirituais, filosóficos e científicos.
Todas as misérias dos negócios humanos derivam de nossa incompreensão pessoal da
ordem do universo, ou, poderíamos dizer, de nossa ignorância sobre nós mesmos. A
partir desta ignorância, extraviamos nossa vida cotidiana em nossa prática dietária,
nossas relações sociais, nossa atitude mental, bem como na compreensão espiritual.
A vida é ela mesma um universo infinito, e nosso viver deveria ser simples e prático,
de acordo com a ordem do universo infinito. A realização da saúde e da felicidade é o
caminho mais fácil e simples. Tendo como base esta percepção, comecei a difundir o
modo de vida que qualquer um pode praticar a qualquer momento como o meio mais
simples para a consecução da saúde e felicidade, liberdade e paz - o modo de vida
conhecido como macrobiótico.
Juntamente com a difusão do modo de vida por um mundo pacífico e unido, encorajei
a adaptação de diversos métodos tradicionais para o aperfeiçoamento físico, mental e
espiritual, a saber: medicina oriental, acupuntura, moxabustão, massagem shiatsu, cura
pelas mãos, meditação e exercícios mentais e espirituais. Para reforçar nosso próprio
desenvolvimento, também iniciei a introdução de uma antiga prática macrobiótica, o
Do-In, nos Estados Unidos, há cerca de dez anos. Sou grato ao sr. Jacques De Langre e
sr. Jean Bernard Rishi por seus respectivos livros sobre Do-In, que introduziram parte
destes exercícios. Entretanto, o Do-In que apresentei era um exercício parcial,
principalmente relacionado com a energização da nossa vitalidade física e mental e não
explicava outros aspectos da técnica que são mais espiritualmente orientados. Vi-me
obrigado, nesses últimos anos, a introduzir a escala geral de todo o âmbito dos
exercícios de Do-In.
Foi necessário redescobrir e reconstruir os exercícios de Do-In, porque estes antigos
exercícios macrobióticos foram em grande parte, perdidos em muitas áreas, muito
embora algumas destas práticas tenham se preservado entre um limitado grupo de
iniciados no Extremo Oriente. A completa extensão dos exercícios de Do-In, contudo,
não fica limitada às várias séries de exercícios introduzidas nesta obra. Estes antigos
exercícios macrobióticos foram efetivamente a origem de todos os exercícios físicos,
mentais e espirituais que atualmente, estão diferenciados nas diversas espécies de
meditação, canto, exercícios de yoga, treinamento psicofísico, artes marciais, bem como
outros métodos de auto-aperfeiçoamento.
A origem do exercício de Do-ln está simplesmente em nosso auto-ajuste intuitivo para
nos manter e nos desenvolver, dentro do oceano da vida universal, ou o universo
infinito. Portanto, o princípio histórico do exercício de Do-In é desconhecido, mas
sempre existiu com a vida humana, através de todas as gerações da humanidade. Porém,
foi há mais de 10.000 anos que os exercícios Do-In foram ativamente adaptados como a
forma ancestral de desenvolvimento físico, mental e espiritual para produzir o homem
livre - o Tao de Shin-Sen, o Caminho do Homem Livre Espiritual.
Estes exercícios são singulares por permitirem a qualquer um praticá-los a qualquer
momento e sob circunstâncias ordinárias, sem requerer parceiro ou técnica especial.
Neste sentido, todas as raças, todas as eras, todos os homens e mulheres podem praticá-
los facilmente para obter saúde e felicidade. Alguns dos exercícios introduzidos neste
livro foram por mim adaptados, na esperança de que possam beneficiar a todos.
Sinceramente tenho a esperança de que todo o mundo poderá praticar livremente estes
exercícios para sua saúde física, beleza, e alegria do espírito.
Desejo agradecer a todos que me ajudaram na elaboração deste livro e ainda a todos os
professores, veteranos, amigos e estudantes, que são alguns milhões por todo mundo,
que buscam comigo a realização de um sonho comum e perene - um mundo pacífico e
unido.
MICHIO KUSHI
Primeira Parte
Introdução ao Shin-Sen-Do:
Aperfeiçoamento Físico, Mental e Espiritual
CAPÍTULO 1
A Ordem do Universo e o Modo de Vida Macrobiótico
1. Criação do Universo
No começo sem-começo, o universo infinito não se manifestava como fenômeno. Não
havia tempo nem espaço, nem luz nem treva, nem forma nem dimensão. Desta unidade,
só havia movimento sem-fim com velocidade infinita em todas as direções. Por causa
desta velocidade infinita, não havia passado nem futuro, nem qualquer fenômeno
relativo.
Entretanto, sempre e quando o movimento infinito, omnidirecional, se intercepta,
movimentos espirais começam a formar-se num processo de diferenciação. As forças
que produzem espirais da periferia para o centro e as forças decompondo as espirais de
centro rumo à periferia são as duas forças primárias, do mundo das espirais, o mundo de
todos os fenômenos relativos.
Do movimento das galáxias ao das partículas subatômicas, do movimento espiritual
invisível às constituições físicas visíveis, todos são de conformação espiral e
governados por duas forças complementares antagonistas: yin, centrífuga e expansiva; e
yang centrípeta e contrativa.
Todos os fenômenos manifestados neste oceano infinito do universo são governados,
dirigidos e destinados por estas duas forças. Toda mudança e movimento é mais yin,
centrífugo, ou mais yang, centrípeto. Não há nada que não seja governado por estas
duas tendências e direções. Todos os fenômenos diferem uns dos outros por causa dos
diferentes graus destas duas forças operando dentro e fora deles.
Correspondentemente, yin e yang manifestam-se em tudo - todo fenômeno no
universo, bem como na terra. A relação entre estas duas forças, tendências e direções
pode ser visualizada na Fig. 1.
A força yang, o curso da contração e fisicalização é o caminho da materialização: ao
passo que a força yin, o curso da expansão e desfisicalização, é o caminho da
espiritualização. Quando o curso yang acelera, a matéria é condensada. Partículas pré-
atômicas da matéria são comprimidas, e no seu extremo de compressão, produzirão altas
temperaturas (Curso A). Inversamente, o curso da espiritualização expande e decompõe
a matéria, reduzindo a velocidade das partículas pré-atômicas e produzindo, assim,
temperaturas mais baixas (Curso B).
Quando a compressão da matéria produz uma temperatura elevada, a matéria passa a
expandir-se, voltando seu curso da materialização para a espiritualização (Curso C); e
quando o curso da espiritualização produz uma temperatura mais fria,

Fig. 1 O Ciclo Eterno e Universal das Mutações


Para Baixo
Yang-Trajetória Centrípeta
Materialização Fisicalização
Tempo
Contração
Formação
Solidificação
Unificação
Compressão
Menor
Mais duro
Mais pesado
Mais rápido
Mais quente Mais frio

Para Cima
Yin-Trajetória Centrífuga
Espiritualização Desfisicalização
Espaço
Expansão, no movimento infinito
Deformação
Decomposição
Diferenciação
Maior
Mais mole
Mais leve
Mais lento
Mais frio

a matéria se contrai, voltando a uma maior condensação (Curso D). O curso yang da
contração se transforma num yin de expansão, e o yin da expansão se transforma num
yang de compressão, numa alternância perpétua.
A contração muda para expansão, e a expansão muda para contração; o físico
se dissolve em espírito, e o espírito se contrai em matéria; o movimento se transforma
em repouso, e o repouso, em movimento; a solidificação se decompõe, e a
decomposição gera uma outra solidificação; a prosperidade termina com a pobreza, e a
pobreza se transforma em prosperidade; o sucesso leva ao fracasso, e o fracasso leva ao
sucesso; a alegria termina com a vinda da miséria, e a miséria termina com a vinda da
alegria; o amor torna-se ódio, e o ódio transforma-se em amor; o prazer transforma-se
em desgosto, e o desgosto se transforma em prazer. O dia torna-se noite, a noite torna-se
dia; o inverno transforma-se em verão, e o verão torna-se o inverno; a escuridão em luz,
a luz em escuridão, saúde em doença, doença em saúde. A ascensão de uma civilização
prepara o seu declínio. As dificuldades produzem força e alegria. Lágrimas levam a
sorrisos. A guerra termina com a paz; vida torna-se morte; morte gera vida.
Todas as espirais formando os diversos mundos relativos aparecem e desaparecem
constantemente no oceano do universo infinito, através do que o movimento perpétuo
de yin para yang e de volta para yin está operando em toda parte, em todo tempo. Este
movimento entre yin e yang é a própria infinidade, que podemos chamar de única
totalidade, Deus, ou a ordem do universo, que é eterna e universal. Não há fenômeno
natural que não se manifeste dentro desta ordem universal, consoante yin e yang, e não
há assunto humano que não represente esta eterna e universal lei das mutações. O que
quer e quem quer que não realize e perceba esta ordem infinita vê sua existência neste
universo apenas em seus mundos relativos.

Exemplos de Yin e Yang


Atributo: Tendência – Yin para baixo Força Centrifuga: Expansão – Yang para cima
Força Centrípeta: Contração
Atributo: Função – Yin para baixo Força Centrifuga: Difusão – Yang para cima Força
Centrípeta: Fusão
Atributo: - Yin para baixo Força Centrifuga: Dispersão – Yang para cima Força
Centrípeta: Assimilação
Atributo: - Yin para baixo Centrifuga: Separação – Yang para cima Força Centrípeta:
Reunião
Atributo: - Yin para baixo Centrifuga: Decomposição – Yang para cima Força
Centrípeta: Organização
Atributo: Movimento – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais lento e inativo – Yang
para cima Força Centrípeta: Mais lento e ativo
Atributo: Vibração – Yin para baixo Força Centrifuga: Ondas curtas e de mais alta freq.
– Yang para cima Força Centrípeta: Ondas longas e de mais baixa freq.
Atributo: Direção – Yin para baixo Força Centrifuga: Ascendente e vertical – Yang
para cima Força Centrípeta: Descendente e Horizontal
Atributo: Posição – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais exterior e periférico – Yang
para cima Força Centrípeta: Mais interior e central
Atributo: Peso – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais leve – Yang para cima Força
Centrípeta: Mais pesado
Atributo: Temperatura – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais frio – Yang para cima
Força Centrípeta: Mais quente
Atributo: Luz/ Luminosidade – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais sombrio e
escuro – Yang para cima Força Centrípeta: Mais claro e brilhante
Atributo: Umidade – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais úmido – Yang para cima
Força Centrípeta: Mais seco
Atributo: Densidade – Yin para baixo Força Centrifuga: Menos espesso – Yang para
cima Força Centrípeta: Mais espesso
Atributo: Tamanho – Yin para baixo Força Centrifuga: Maior – Yang para baixo Força
Centrípeta: Menor
Atributo: Configuração – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais expansiva e frágil –
Yang para cima Força Centrípeta: Mais contrativa e resistente
Atributo: Forma – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais longa – Yang para cima
Força Centrípeta: Mais curta
Atributo: Textura – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais mole – Yang para cima
Força Centrípeta: Mais dura
Atributo: Partícula atômica – Yin para baixo Força Centrifuga: Elétron – Yang para
cima Força Centrípeta: Próton
Atributo: Elementos – Yin para baixo Força Centrifuga: N, 0, K, P, Ca, etc. – Yang para
cima Força Centrípeta: H, C, Na, As, Mg, etc...
Atributo: Ambiente – Yin para baixo Força Centrifuga: Vibração...Ar... - Yang para
cima Força Centrípeta: ... Água... Terra
Atributo: Efeito do clima – Yin para baixo Força Centrifuga: Tropical – Yang para
cima Força Centrípeta: Mais frio
Atributo: Qualidade biológica – Yin para baixo Força Centrifuga: Vegetal –Yang para
cima Força Centrípeta: Animal
Atributo: Sexo – Yin para baixo Força Centrifuga: Feminino – Yang para cima Força
Centrípeta: Masculino
Atributo: Estrutura dos órgãos – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais ocos e
expansivos – Yang para cima Força Centrípeta: Mais compactos
Atributo: Nervos – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais periféricos: ortossimpático –
Yang para cima Força Centrípeta: Mais centrais: parassimpático
Atributo:Atitudes, emoção – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais branda, negativa
defensiva – Yang para cima Força Centrípeta: Mais ativa, positiva, agressiva
Atributo: Trabalho – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais psicológico e mental –
Yang para cima Força Centrípeta: Mais físico e social
Atributo: Consciência – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais universal – Yang para
cima Força Centrípeta: Mais específico
Atributo: Função mental – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais voltada para o futuro
– Yang para cima Força Centrípeta: Mais voltada para o passado
Atributo: Cultura – Yin para baixo Força Centrifuga: Mais espiritualizada – Yang para
cima Força Centrípeta: Mais materialista
Dimensão – Espaço – Tempo
Há diversas leis fundamentais que regem o movimento do universo e todas as
variações dos fenômenos naturais neste mundo relativo:

1. A força e tendência yin, centrífuga e expansiva atrai a força e tendência yang,


centrípeta e contrativa, e vice-versa.
Para realizar e manter a harmonia de um universo único e infinito, as forças e
tendências opostas atraem-se mutuamente para atingir um estado harmonioso. A criação
e a dissolução do universo, continuamente se desenvolvendo em quase infinitas
dimensões de tempo e espaço, constantemente produz numerosa variedade de
fenômenos. Dentre estes, visíveis e invisíveis, pequenos e grandes, físicos e espirituais,
operam continuamente movimentos visando a consecução da harmonia. Este
movimento de atração universal entre diferentes forças e tendências é chamado, em
nossa expressão humana, de "amor". O amor é portanto universal e permanente,
surgindo em todo tempo e lugar, entre homem e mulher, carbono e oxigênio, elétron e
próton, baixa e alta pressão, frio e quente, lento e rápido, positivo (+) e negativo (-) na
eletricidade e no magnetismo, treva e luz, Norte e Sul, Leste e Oeste, espírito e matéria,
ondas curtas e ondas longas - sempre, e onde quer que todos os fenômenos relativos de
tendências opostas se atraem para produzir harmonia.

2. A força e tendência yin, centrífuga e expansiva, repele forças e tendências yin


similares, e a força e tendência yang, centrípeta e contrativa, repele forças e tendências
yang similares.

Para manter a harmonia universal neste infinito oceano do universo, enquanto


tendências opostas se atraem, todas as forças e tendências similares se repelem umas às
outras. Para evitar uma possível desarmonia, fenômenos similares se empurram e
permanecem à distância uns dos outros, evitando excessiva acumulação das mesmas
forças e tendências. Não ocorre casamento dentro do mesmo sexo; nenhuma melodia é
composta pela continuação do mesmo som nenhuma respiração ocorre só com a
inalação ou exalação apenas; nenhum movimento continua, sem repouso.
Pólos similares positivos (+) repelem-se, tal como os pólos negativos (-). O óleo e a
água, que têm tendências análogas num estado natural, não se misturam; dentre
partículas sólidas, como a areia, a condensação não ocorre a menos que um líquido aja
como agente agregador. Pessoas de caráter semelhante, agressivo e extrovertido
freqüentemente criam brigas e incompreensões entre elas mesmas, assim como pessoas
de caráter suave e introvertido.
Este movimento de repulsão entre forças e tendências similares está operando
universal e permanentemente em todos os fenômenos relativos. Em termos mais
analíticos, pode ser chamado "separação", e em termos mais emocionais, "ódio". Estes,
bem como amor e harmonia, são os princípios maiores deste universo infinitamente
mutável.

3. Uma condição excessiva da força e tendência yin, centrífuga, ou da força e


tendência yang, centrípeta, produz e se transforma na força e tendência oposta,
respectivamente: yang ou yin.
Todo fenômeno relativo que emerge no oceano do universo infinito desenvolve-se até
o pico, e então retorna ao curso oposto, declinante. Toda vida tem seu começo e fim,
passando por seu estado de clímax. Qualquer indivíduo que continua a crescer após seu
nascimento, começa a decair para a morte, depois de ter seu período mais ativo na meia-
idade. Toda civilização tem ascensão e queda; todos os países se desenvolvem e
declinam; todas as famílias prosperam e perecem. Pressões altas contraem a matéria;
pressões extremamente altas causam uma explosão da mesma matéria; baixas
temperaturas contraem a matéria; temperaturas extremamente baixas podem causar
sublimação (isto é, passagem direta do sólido para o gasoso). A contração extrema gera
a expansão.
O dia se transforma em noite e noite em dia; verão em inverno e inverno em verão; paz
em guerra e guerra em paz; tranqüilidade em excitação e excitação em tranqüilidade;
saúde em doença e doença em saúde; vida em morte e morte em vida; espírito em
matéria e matéria em espírito; matéria em energia e energia em matéria.
Neste oceano sem fim do universo, não há nada de estático. Todos os fenômenos estão
constantemente mudando de yin para yang e do yang para o yin, do invisível para o
visível e do visível para o invisível. Por causa desta universal e permanente ordem de
mudança, tudo neste universo é temporário e efêmero. Por causa deste eterno ciclo de
movimento de uma para outra tendência oposta, tudo "reencarna" infinitamente.
Estes três grandes princípios governam em qualquer parte do universo. Em todo lugar
e tempo, toda coisa varia de acordo com estas leis. O destino desta Via Láctea, de nosso
sistema solar, e da Terra, onde vivemos, não são exceções. Todas as designações
humanas, pessoais e coletivas também estão variando segundo estes princípios. Nossas
manifestações físicas, mentais e espirituais, bem como nossas atividades sociais também
estão mudando de acordo com esta ordenação.
Aqueles que conhecem esta ordem funcionando dentro e fora de nós, são capazes de
atingir a saúde e a paz. Por outro lado, aqueles que não entendem esta ordem sofrem a
confusão e o caos, o conflito e a miséria.
Aqueles que conhecem essa ordem e se transformam para se adaptar às circunstâncias
mutáveis, são capazes de atingir a felicidade; ao passo que aqueles que não conhecem
essa ordem são incapazes de se adaptarem e sofrem o desespero e desapontamento, o
descontentamento e a infelicidade.
Aqueles que conhecem essa ordem e tomam a iniciativa de liderar as circunstâncias em
mutação, são capazes de atingir a liberdade, ao passo que os outros, incapazes de tomar
a iniciativa em seu ambiente, perdem sua liberdade e se escravizam, sofrendo com lutas
sem fim.
Para viver saudavelmente, com felicidade e liberdade, é absolutamente essencial
entender essa ordem eterna e universal do movimento infinito.

2. Materialização & Espiritualização

No oceano infinito do universo, espirais emergem, formando todo o mundo


fenomênico. A formação do mundo relativo é promovida pela força contrativa yang,
centrípeta, que forma um movimento espiralado da periferia rumo ao centro. Este
processo da criação do mundo relativo na escala maior geralmente assume sete estágios
orbitais:
Primeiro Estágio: Infinidade. Una, sem começo e sem fim. Deus o Todo e Absoluto,
onipresente, onipotente e onisciente. O oceano infinito do movimento sem-fim, ou
continuamente se expande m todas as direções com velocidade infinita.

Segundo Estágio: O começo da polarização yin e yang. Todas as forças e tendências


antagonistas e complementares resultam da formação de movimentos espiralados
oriundos da interseção de forças se expandindo ao infinito. O começo de tempo e
espaço, direções e dimensões; a diferenciação de velocidade, freqüência e forças. O
princípio de todos os fenômenos relativos.

Terceiro Estágio: Movimento, energia e vibração, ondulando entre os pólos que


resultam da diferenciação do segundo estágio. Invisíveis, mas já fenômenos. Parte
infinitesimal deste mundo é perceptível na escala humana como fenômenos espirituais e
mentais, e uma parte ainda menor é perceptível aos cinco sentidos. Este mundo inclui o
comprimento infinito de todas as vibrações, das ondas mais curtas às mais longas.

Quarto Estágio: Mundo do movimento pré-atômico, princípio do mundo físico,


material. Massa condensada do movimento espirálico da energia, aparecendo como
partículas. Umas poucas das numerosas variedades de partículas são conhecidas neste
mundo como elétrons, nêutrons, etc.

Quinto Estágio: Mundo dos elementos, resultando da reunião em espiral das partículas
em moléculas. Constituindo o mundo da natureza - solo, água e ar -, os componentes
deste estágio incluem mais de cem elementos, dos mais leves, como hidrogênio e hélio
aos elementos pesados e radiativos, tanto quanto concerne a esta Terra.

Sexto Estágio: Mundos dos organismos vegetais - o reino vegetal. Sua química recebe
uma energia, especial da força centrífuga, expansiva, da terra. Milhares de espécies
prevaleceram neste planeta, formadas a partir de terra, água e ar, e alimentadas pela
radiação do sol e do céu.

Sétimo Estágio: Mundo do reino animal, formado a parti o reino vegetal. Seu
desenvolvimento foi influenciado mais pelas forças centrípetas, de contração, que a
terra recebe do céu, do espaço sideral. Há cem mil espécies, altamente carregadas de
energia, produzindo movimento ativo independente. Há duas categorias principais de
espécies: animais da água e da terra. Seu processo evolutivo é composto de 7 estágios
de desenvolvimento: a partir do organismo celular primitivo, passando pelos estágios de
invertebrado, anfíbio, réptil, pássaro, mamífero, até o homem. O ser humano é a última
e mais desenvolvida manifestação deste estágio.

Do oceano invisível do universo à aparição de seres humanos no planeta, sete estágios


orbitais de criação tomaram lugar. Este é o curso de fisicalização e materialização, um
curso de interiorização do movimento espiral da criação, que surgiu do oceano infinito.
Não há fronteiras marcadas entre estes estágios progressivos: cada estágio precedente
torna-se o meio ambiente do seguinte. 0 sétimo estágio, o reino animal, é uma
manifestação- transformada de uma parte do sexto estágio, o reino vegetal. O sexto
estágio, o reino vegetal, é manifestação transformada de parte do quinto estágio, o
mundo dos elementos. O quinto estágio, o mundo dos elementos é manifestação
transformada de parte do quarto estágio, o mundo pré-atômico. O quarto estágio, o
mundo pré-atômico é manifestação transformada de parte do terceiro estágio, mundo de
vibração e energia. O terceiro estágio, o mundo da vibração e da energia, é manifestação
transformada da parte do segundo estágio, o mundo da bipolaridade. O segundo estágio,
mundo da polarização, é um aspecto da Infinidade Una.

Fig. 2 Criação do Universo


Infinidade Una
7º. Céu: Totalidade
Polarização yin e yang – 6º. Céu
Vibração e Energia – 5º. Céu
Mundo Pré-Atômico – 4º. Céu
Mundo Elemental – 3º. Céu
Mundo Vegetal.- 2º. Céu.
Mundo Animal e Humano 1º. Céu
Mundo absoluto e Eterno
Mundo Diferenciados,
Relativos
e Efêmeros
O mundo infinito do primeiro estágio é a origem de tudo, mas em si mesmo, não tem
manifestação. O mundo da polarização é o princípio de todo o movimento, todo o
mundo fenomênico, a ordem do universo. O mundo do terceiro estágio é o mundo
espiritual invisível do qual parte infinitesimal é perceptível à nossa experiência mental e
sensorial. Os mundos do quarto ao sétimo estágios são os mundos relativos
fenomênicos, alguns dos quais são cada vez mais perceptíveis através de nossas
experiências diárias. Especificamente, o quarto e o quinto mundos são os mundos
naturais físico e químico, e o sexto e o sétimo estágios são os mundos da vida orgânica.
À medida que esta imensa espiral de sete órbitas de criação progride para dentro em
sua trajetória de fisicalização e materialização, as variedades de fenômenos e
manifestações em cada estágio vão se tornando cada vez mais numerosas. O primeiro
estágio é o da unicidade. O segundo estágio é o da dualidade: yin e yang.
Desenvolvendo-se através dos estágios, o número de variações cresce rapidamente no
mundo dos elementos, cerca de cem; no mundo vegetal, milhares de espécies; no mundo
animal, milhões de espécies. No último estágio - seres humanos - em nossa atual
sociedade e neste século, mais de quatro bilhões de manifestações diferentes atuam de
maneira independente.
Este gigantesco movimento espirálico internalizante de criação, que se originou no
oceano do universo infinito, tem naturalmente como destino reverter seu movimento
espirálico internalizante para a direção oposta no sentido da dissolução de toda a espiral.
Em outras palavras, a trajetória internalizante centrípeta yang de fisicalização e
materialização volta sua direção, no centro da espiral, rumo à periferia, o oceano
infinito, através do curso centrífugo yin de decomposição. Esta trajetória yin, de
decomposição centrífuga de dissolução pelo movimento espiral, retornando ao oceano
infinito do universo, pode ser chamada de desfisicalização ou desmaterialização, ou a
trajetória de espiritualização. Este curso da desmaterialização progride em sete estágios
orbitais, começando do centro e deslocando-se para a periferia da espiral:

Primeiro Estágio: o mundo da vida orgânica, a manifestação mais condensada de


vibração e energia, altamente carregada com atividade energética, vivendo ativa e
independentemente. O reino animal, especialmente a constituição física do ser humano
é a manifestação mais alta deste mundo.
Segundo Estágio: o mundo das vibrações físicas e energia, descarregadas e irradiadas
da atividade e decomposição dos organismos celulares, a saber, o corpo, ou constituição
física. 'Movimentos maciços de energia calórica, evaporação de moléculas líquidas e
movimento atmosférico entre o corpo e suas vizinhanças. A maioria dos fenômenos
móveis neste nível pode ser identificada por nossas percepções sensoriais e emocionais.

Terceiro Estágio: mundo das vibrações e energia de ondas curtas. Mundo da


consciência, vibrando e manifestando-se em idéias e pensamentos diversos.
Manifestação maciça de pensamentos e idéias que, neste mundo, costuma ser

Pág . 29
chamada de "corpo astral", no mundo que é chamado o "mundo astral" da Terra. As
dimensões deste modo são mil vezes maiores que o mundo perceptível sensorialmente.

Quarto Estágio: mundo da atividade eletromagnética. Todos os movimentos de alta


freqüência formando correntes entre pólos diferenciados – positivo-negativo ou yin-
yang - através das dimensões do universo. Este mundo é mil vezes mais amplo que o
anterior, do qual toda consciência relativa, pensamentos e idéias provêm e no qual todas
as manifestações físicas e fenômenos dos estágios prévios resultam. O universo visível é
um mero ponto geométrico deste mundo.

Quinto Estágio: mundo de radiação, propagando-se a alta velocidade pelo oceano


infinito do universo. Neste mundo nascem várias manifestações e atividades espirituais.
As dimensões deste mundo são mil vezes as do mundo anterior.

Sexto Estágio: mundo da centripetalidade e centrifugalidade, forças primárias de todas


as manifestações espirituais, físicas e materiais, e dos fenômenos; cobre todo o âmbito
do oceano infinito do universo, produzindo e diminuindo todos os universos e
fenômenos nele contido. Este mundo é manifestado em

Fig. 3 Espiritualização do Universo


7° Céu
Oceano Infinito da
Vontade e Consciência Universais
Origem das Origens e Fim dos Fins
Sem Tempo e Sem Espaço
Mundo do Nirvana
e Satori yin e yang

Infinidade Una (OO)


6 ° Céu Mundo da Polarização
5° Céu Mundo da Energia Vibracional
4º. O Céu Mundo da Energia Plásmica
3º. Céu Mundo Inorgânico Natural
2°. Céu Mundo Orgânico e Biológico
.1º. Céu Mundo Humano e Físico

Mundos Relativos, em Mutação Constante


Mundos Finitos e Fenômenos Efêmeros todo o movimento, além de tempo e espaço,
como tendências antagonistas e complementares em todo tempo lugar e coisa do
universo.

Sétimo Estágio: Infinidade Una, eterna e sem limitação. O mundo da constante


expansão com velocidade infinita, omnidirecional. As dimensões deste mundo são
infinitamente maiores que os anteriores, relativos. A origem perpétua de tudo, de todo
lugar de Deus e suas manifestações em todos os seres. Terra natal de toda vida e
fenômeno, para sempre. 0 passado, presente e futuro de todo mundo relativo. O mundo
do Nirvana liberdade absoluta e justiça absoluta, absoluto amor e absoluta paz. Tudo
surgiu deste mundo, retorna a este mundo, e ressurge desse mundo, continuamente.

Não existem fronteiras definidas entre estas etapas que compõem o curso yin
centrífugo de retorno do estágio infinitesimal devida ao oceano infinito da vida: há uma
variação contínua, progressiva, no processo de decomposição do universo em espiral,
que emergiu do oceano da infinidade. Cada mundo torna-se progressivamente maior em
comparação com o anterior, numa progressão logarítmica.
O corpo humano, nossa maciça manifestação física, é o começo deste caminho de
retorno rumo ao oceano infinito da vida. Viemos do infinito, vivemos dentro do infinito
e retornamos ao infinito. Estamos experimentando esta jornada da vida por bilhões de
anos, estágio por estágio, mudando e adaptando nossa constituição à natureza particular
de cada estágio. A experiência da vida humana é um mero piscar de olho em
comparação com esta longa jornada da vida.
A vida humana é efêmera, e o que quer que façamos durante o tempo de nossa vida é
vão se considerarmos nossa vida humana existindo separadamente desta longa jornada
da vida como um todo. Entretanto, a vida humana neste pequeno planeta, a terra, é um
estágio entre o curso yang de fisicalização e materialização, e o curso yin da
desfisicalização, que tem lugar na escala do universo infinito, com uma duração de
tempo infinita e infinitas dimensões de fenômenos espirituais, mentais e físicos. A vida
humana é o resultado de uma jornada passada através de bilhões de anos. A vida
humana é o resultado de todas as experiências já sofridas neste universo, e representa
um desejo candente, uma esperança, um sonho para o infinito futuro, de se tornar uma
só com o infinito, com absoluta justiça e liberdade, com absoluta paz e amor. Nossa vida
diária é o processo pelo qual estamos acumulando nosso desenvolvimento físico, mental
e espiritual em preparação ao estágio futura na jornada da vida universal. O que quer
que façamos, o que quer que pensemos, terá resultados na nossa vida do estágio
subseqüente, assim como nossa vida atual foi influenciada por tudo aquilo que fizemos
e pensamos na vida anterior.
Aqueles que entendem a jornada infinita da vida têm a sabedoria de projetar e dirigir
sua vida humana, dia a dia, a fim de desenvolver suas qualidades físicas, mentais e
espirituais, preparando-se para o estágio seguinte da jornada. Aqueles que não entendem
esta jornada da vida sem-fim, não são sábios na orientação de sua vida cotidiana,
desperdiçando suas vidas nesta Terra com assuntos mesquinhos e desprezíveis,
buscando o contentamento e satisfação efêmeros.

3. A Eterna Jornada da Vida


Na longa jornada da vida, que tem dimensões temporais de bilhões de anos e
dimensões espaciais de âmbito quase infinito, a vida humana é uma etapa que principia
nosso curso de retorno ao oceano ilimitado da vida, a eterna terra natal de todas as vidas
e fenômenos. Através de nossas vidas, dia e noite, todos experimentamos parte deste
curso de retorno.

Diversos estágios deste trajeto são experimentados durante nossas atividades físicas,
mentais e espirituais, e permanecem em nossa memória. Falando de maneira prática,
geralmente experimentamos os diversos estágios da jornada de retorno como segue:

Primeiro Período da vida: O começo da jornada de volta começa com nossas formas
dos estágios anteriores se diferenciando em duas células antagonistas e complementares
- o óvulo da mãe o espermatozóide do pai. Ambos vieram das células do sangue dos
pais, que por sua vez vieram do reino vegetal. As células reprodutoras que estão ativas
no útero da mãe são o resultado de transmutações de vida de bilhões de anos, que
começaram a partir do oceano infinito do universo em tempos imemoriais. Atingiram o
estado de vida orgânica como a constituição primária da vida animal, vibração
energética altamente carregada. Quando estas células reprodutoras antagonistas e
complementares - o óvulo yang e o espermatozóide yin - combinam-se e se fundem é o
começo da trajetória de retorno de bilhões de anos rumo ao oceano infinito da vida.
Cada uma delas carrega suas memórias passadas e a visão de seu futuro. Muito embora
suas jornadas recentes as tenham separado em diferentes espécies de vegetais, diferentes
tipos de moléculas e células sangüíneas do pai e da mãe, as lembranças da sua origem
comum, a infinidade una, e a visão do futuro quando se tornarão uma infinidade una
nunca foram esquecidas. Quando se fundem uma com a outra, as memórias e as visões
tornam-se manifestas num organismo que as sucede num sonho imperecível para
cumprir a jornada de retorno da vida, para continuar a realizar a liberdade, justiça, amor
e paz absolutos. Fisicamente, o ovo fertilizado é uma réplica da Terra em rotação,
produzindo um campo de força à sua volta, e sofrendo deslocamentos periódicos em seu
eixo. Ademais, o ovo fertilizado é nutrido por correntes de energia que passam em
espiral pelo canal espiritual do corpo da mãe: a força do céu yang descendo do céu ao
centro da terra; e outra energia, yin, vinda da terra passando verticalmente pelo útero da
mãe, ascendendo centrifugamente do centro da terra rumo ao céu. Por estas duas forças
- uma centrípeta, outra centrífuga, o ovo fertilizado está continuamente equilibrado
entre o movimento celestial das constelações e o movimento da terra. A força
descendente do céu passando pelo canal espiritual da mãe, também é nutrida pelas suas
emoções, pensamentos, idéias, imagens. Enquanto passa pelo cérebro da mãe, é
reorientada e modificada por seus vários pensamentos e imagens, numa nova qualidade
de força energizadora.
Segundo Período da Vida: A vida que sucede a fertilização cobre um período de cerca
de sete dias. Durante este período, a nova vida viaja pela trompa de Falópio no útero da
mãe, seus organismos celulares multiplicando-se rapidamente pelo movimento de
constante rotação e freqüentes deslocamentos de eixo. Este período é uma repetição do
crescimento primário de vida rumo aos organismos pluricelulares, na antiga condição
gasosa da Terra primitiva, há quase quatro bilhões de anos. Neste período, a vida viaja
rapidamente para longe da região ovariana rumo a um pólo recém-desenvolvido pela
carga intensiva das forças de céu e terra, nas profundezas do útero, onde deve crescer a
placenta. A consciência mecânica primária governa e dirige esta vida. As memórias e
visões que eram transportadas pelas células reprodutoras dos pais e fundidas numa só
pela fertilização, são distribuídas a cada uma das células individuais em rápida
multiplicação. Cada célula transporta as mesmas memórias e visões, e todas as células
coletivamente transportam a mesma memória e a mesma visão. Durante este período, a
vida é nutrida pelo fluxo de energia invisível que se origina da força descendente do céu
e da força ascendente da terra; e também é nutrida pelas forças entre os dois pólos, o
ovário e o útero - a região conhecida como Hara - bem como pelas forças geradas por
sua própria rotação e deslocamento de eixo.

Terceiro Período da Vida: O terceiro estágio do processo do retorno à infinidade


começa com a implantação no útero e o crescimento da placenta. Este período continua
até o parto, repetindo a evolução biológica na água. O saco amniótico, dentro do qual o
embrião flutua e recebe alimento da placenta através do cordão umbilical, representa o
oceano primitivo que cobria toda a superfície da Terra até a completa formação do solo.
Durante este período, o embrião se desenvolve com seus sistemas, órgãos e glândulas,
bem como todas as partes auxiliares do corpo. Além do alimento recebido pela placenta
e cordão umbilical, que é primariamente o sangue materno, filtrado, o embrião
continuamente recebe energia vibracional invisível passando pelo canal espiritual da
mãe as forças do céu e da terra junto com a energia passando pelos meridianos situados
ao longo da parede do útero. O embrião gira e repete os deslocamentos de eixo, sua
memória e visões tornando-se mais diferenciadas e distribuídas pelas células em número
cada vez maior. Neste período, o embrião desenvolve-se quase três bilhões de vezes em
peso, em comparação com o peso original do ovo fertilizado.
Esta vida aquática é o estágio preparatório para o seguinte, a vida aérea, Durante este
período embrionário na água, os organismos celulares crescem constantemente, e o
alicerce físico para a vida seguinte no ar é constituído. Em outras palavras, o principal
propósito desta etapa da vida é a formação da constituição física, preparando terreno
para o desenvolvimento mental e espiritual no estágio seguinte da vida. A vida
embrionária na água procede por julgamento mecânico, e quase nenhuma consciência
objetiva participa no desenvolvimento até o último período da gravidez. A constituição
desenvolvida durante este tempo é um alicerce para o destino do estágio seguinte, e
portanto é de importância fundamental que qualidade de alimentação o embrião recebe,
que tipo de energia ele recebe da atividade da mãe, e que tipo de vibrações de
consciência recebe dos pensamentos e imagens da mãe. Todas estas coisas em conjunto
cumprem o desenvolvimento embrionário e decidem que tipo de vida no período
seguinte, o mundo aéreo, o recém-nascido experimentará.

Quarto Período da vida: A trajetória de volta ao infinito continua da vida aquática a um


ambiente mais expandido: a vida aérea. Após uma média de 280 dias de vida na água,
na escuridão, ocorre o nascimento, com repetidas contrações do útero e um dilúvio de
água. A nova vida começa numa atmosfera meio luminosa, meio escura - dia e noite. O
processo do nascimento é uma repetição das ocorrências na Terra há cerca de 400
milhões de anos: repetidas catástrofes na formação das terras emersas e dilúvio em
grande escala. Para se adaptar ao novo ambiente atmosférico, expandido, o recém-
nascido deve experimentar a contração, a "yanguização" no parto, passando pela
passagem estreita, expirando substâncias excessivas e bebendo o líquido amarelo do
seio da mãe antes de começar a tomar o leite normal. Origina-se uma perda de peso
alguns dias depois do nascimento.
A vida no ar sobre a terra é nossa vida humana, deixando para trás a placenta e o
umbigo, e todos os organismos celulares - o corpo - continuam o caminho de volta ao
infinito. O período inicial de cerca de um ano, porém, repete a evolução biológica sobre
a terra, desde o estágio dos anfíbios, passando pelos répteis, mamíferos e primatas,
atingindo finalmente o estágio humano. Este processo é completado quando se atinge a
postura ereta - de pé -juntamente com o desenvolvimento da consciência sensorial e
emocional, que evolui junto com o físico, do nascimento até o tempo da posição ereta.
Com esta capacidade de ficar de pé, a verdadeira vida humana começa. Muito embora
o crescimento físico continue durante os primeiros vinte anos desta vida, sucedendo o
desenvolvimento cumprido na vida aquática, ou embrionária, a maior parte de nossa
vida humana é usada para o desenvolvimento da consciência. A razão entre o período
usado para o desenvolvimento físico e o mental e o período usado para o
desenvolvimento mental e espiritual é aproximadamente de um para cinco, ou um para
sete.
O principal objetivo da vida humana é o desenvolvimento da consciência mental e
espiritual sobre o alicerce físico. Em outras palavras, a vida humana, fisicamente
falando, visa refinar continuamente sua qualidade para garantir a capacidade máxima de
aperfeiçoamento mental e espiritual; e espiritualmente falando, atingir, até o fim da vida
humana, a maior extensão possível de compreensão e consciência universal.

O desenvolvimento da compreensão e consciência geralmente tem lugar durante esta


vida humana em sete estágios, que se desenvolvem numa espiral logarítmica,
centrífuga:

Primeiro Nível: Julgamento Mecânico e Espontâneo. A maior parte do movimento


físico, especialmente o governado pelo sistema nervoso autônomo, incluindo todas as
funções físicas básicas assim como digestão, respiração, circulação, excreção, reações
nervosas, e outras.

Segundo Nível: Julgamento Sensorial. Com o desenvolvimento dos cinco sentidos -


tato, paladar, olfato, audição, visão -juntamente com o sentido de direção e equilíbrio,
este nível de discernimento cresce durante o tempo da infância e juventude. Continua a
ser refinado pelo aperfeiçoamento qualitativo destes órgãos sensoriais bem como pela
ampliação das experiências através da vida.

Terreiro Nível: Julgamento Sentimental e Emocional. Logo depois do começo da


função sensorial, o discernimento sentimental começa a crescer, reconhecendo a alegria
e a tristeza, conforto e desconforto, gosto e desgosto; e continua a crescer rumo a
maiores dimensões, que geralmente denominamos atividade emocional, inclusive o
reconhecimento de amor e ódio, beleza e feiúra, excitação e tranqüilidade, agressividade
e passividade, e outros fenômenos mentais. Este discernimento sentimental e emocional
continua a crescer cada vez mais refinado, até o fim da vida humana.

Quarto Nível: Julgamento Intelectual. Por voltados três anos, logo depois do começo
do discernimento sentimental, um novo discernimento, intelectivo, começa a crescer.
Aumenta a capacidade de identificar, contar, calcular, conformar, enumerar, organizar,
analisar, dividir, sintetizar e outras atividades conceptuais e mentais. Pelas experiências
e treinamento, este julgamento; intelectual cresce, tornando-se capaz de usar a lógica e
formular teorias, avaliações e hipóteses. Continua a crescer pela experiência e
treinamento até o fim da vida humana.

Quinto Nível: Julgamento Social. Como crescimento do julgamento intelectual, a


observação das relações familiares, sociais, políticas e mundiais, começa a se
desenvolver. A determinação de manter relações harmoniosas com os outros, melhorar
as condições sociais e vida comunitária, realizar o bem-estar, amor e paz, começa a
orientar o modo de viver e de se expressar. A consciência social é o sinal da idade
adulta, e inclui o respeito à tradição, bem, como o planejamento para o futuro. Este
discernimento social também continua a se desenvolver, com aperfeiçoamento
constante, até o final da vida humana.

Sexto Nível: Julgamento Ideológico. Com o desenvolvimento do julgamento social,


com a experiência de vários conflitos que constantemente se levantam entre as pessoas e
dentro da sociedade, questões filosóficas e ideológicas começam a crescer para revelar o
que é o homem, o que é a vida, com o modo de viver deve ser conduzido como a
sociedade está mudando, por que a humanidade está aqui, e com que propósito nossa
vida deve ser dirigida. A compreensão destas questões fundamentais da vida humana em
última análise nos inspira a descobrir a ordem sem fim do universo e seu mecanismo
universal; a partir deste, o nível seguinte, e último, do discernimento, começa crescer.

Sétimo Nível: Julgamento Supremo, Cosmológico. Após terem sido experienciados,


exercitados e treinados todos os estágios prévios de julgamento, uma compreensão da
vida, do homem e do universo começa a se desenvolver. À medida que cresce, todos os
fenômenos são entendidos como manifestações complementares do oceano infinito do
universo. Percebemos que nada é antagônico, que tudo está se movendo e mudando, de
acordo com a ordem universal, para cumprir e manter a infinita harmonia. Neste nível
de consciência, todos os problemas de saúde, guerra e paz, pobreza e doença, felicidade
e infelicidade, miséria e prosperidade, encontram sua solução enquanto manifestações
variáveis de uma mutação contínua do oceano do universo.

Tal desenvolvimento de compreensão e consciência que tem continuidade durante o


período da vida humana, nossa vida aérea é o preparo do alicerce de nossa vida futura.
Quando a morte desta vida humana ocorre descartamos o corpo físico, o organismo
celular, que se originou durante a vida aquática - a era embrionária - e prosseguimos
para a vida seguinte, com nossa massa vibracional de entendimento e consciência.

Quinto Período da Vida - A nova vida começa coma morte da vida humana que é o
nascimento para o novo meio ambiente. O ambiente da vida pré-humana era a água; o
ambiente da vida humana é o ar; o ambiente da nova vida nascida do ar é o mundo da
vibração. Enquanto que a escuridão era o ambiente da vida na água, e a luz e a treva
alternantes (dia e noite), o ambiente da vida humana no ar, o novo ambiente está repleto
de luminosidade constante. Analogamente, enquanto o espaço na vida embrionária era
muito limitado e o espaço da vida humana passa a ser centenas de bilhões de vezes
maior, cobrindo toda a superfície da Terra, a nova vida no mundo vibracional
experimenta uma extensão muito maior - trilhões de vezes maior que antes, cobrindo
todo o âmbito do sistema solar.
Entretanto, nesta enorme amplidão, a recém-nascida vida da consciência - pode
chamá-la de "alma" - experimenta diversos níveis, de acordo com a sua qualidade.
Aqueles que são uma massa de vibrações pesadas, ilusórias, vagam no nível inferior
deste novo espaço, freqüentemente apegando-se à atmosfera circunstante a um ser
humano, e por vezes mesmo tornando-se visível fisicamente a pessoas de percepção
incomumente aguda, sob certas condições. Aqueles cuja massa vibracional é mais
refinada, estabelecem-se na região média do grande mundo vibracional, onde sua
qualidade continua a aperfeiçoar-se. Deste nível, alguns prosseguem para um nível mais
alto da esfera vibracional, e outros descem ao nível atmosférico, atingindo o
renascimento pela fusão com a matéria do mundo de água e ar. Aqueles com massa
vibracional altamente refinada gravitam para o nível mais alto da esfera vibracional,
preparando-se para mais aperfeiçoamento para adiantar-se à próxima vida alterando sua
massa vibracional para ondas e raios.
Neste mundo, todas as massas vibracionais, comumente chamadas "almas" apresentam
entendimento e consciência diferentes da percepção física, mas análogos àqueles
experimentados enquanto consciência mental e espiritual durante a vida humana. Desta
vida, a vida prévia pode ser observada, assim como durante a vida humana podemos
entender a vida embrionária prévia. A felicidade e a infelicidade nesta vida vibracional
dependem grandemente do grau de compreensão e consciência desenvolvidos na vida
humana prévia, assim como o nosso destino na vida humana grandemente se deve ao
período de desenvolvimento embrionário. Se claro ou obscuro, elevado ou baixo, tudo
dependerá de nosso nível de discernimento e consciência desenvolvido durante a vida
humana e da continuidade de seu aperfeiçoamento na vida vibracional.

Sexto Período da Vida: A morte da vida vibracional ocorre com a dissolução da massa
de vibrações que é o nascimento para a vida seguinte, como entidade de ondas e raios
movendo-se à alta velocidade. O ambiente deste estágio seguinte da vida é o mundo da
radiação, que cobre todo o espaço galáctico. O corpo vivo é transferido no nascimento
neste mundo de radiação, numa luz cintilante – pode-se chamar “espírito” – conduzindo
pensamentos e imagens, viajando por centenas de milhares de anos-luz.
A partir deste mundo, algumas entidades descem à esfera vibracional de diversos
sistemas solares e planetas, retornando ao estado de massas vibracionais e outras
adiantam-se além para se dissolverem em movimento de velocidade infinita. Dentre
aquelas que desceram à esfera vibracional, algumas se transformam ulteriormente
dentro da atmosfera e das esferas inferiores, tomando a trajetória da materialização,
rumo à manifestação física sobre o planeta

Sétimo Período da Vida: A vida é transformada e desenvolvida num movimento de


velocidade infinita cobrindo todas as dimensões, de além de tempo e espaço. Este
estágio da vida é término do processo de retorno ao lar, de origem à infinidade. A vida
torna-se uma com o oceano infinito: torna-se absoluta liberdade-onipresente, onipotente,
e onisciente: toda natureza relativa, que caracterizou as vidas prévias desaparece
completamente e, neste sentido, a vida atinge o estado sem fenômenos, sem aparência,
sem manifestações. Entretanto, por se mover com velocidade absoluta, diferenciando-se
constantemente na natureza e expansão sem limites, que eventualmente forma de novo
o mundo relativo pelo movimento espiral, pode-se dizer que esta vida tem a vontade
universal ou consciência universal: Deus.
Deste mundo infinito, o movimento espiral de novo emerge aqui e ali e de novo
começa o curso da materialização e corporificação, com o aparecimento e
desaparecimento das formas no amplo oceano no universo sem fim. A vontade universal
produz e manifesta imagens e pensamentos na esfera de radiação, o mundo espiritual:
transformando-se ainda mais em vários sonhos relativos e idéias no mundo vibracional:
e corporificando-se mais ainda nas esferas inferiores a esta. Assim, a reencarnação entre
cada nível tem lugar continuamente: e a reencarnação na escala universal, nas infinitas
dimensões do universo, processa-se incessantemente. A memória de cada nível prévio
da vida é levada a diante bem como a visão do futuro. A memória eterna e os sonhos
enfim cobrindo toda dimensão da reencarnação universal são também conduzidas ao
longo de cada etapa da vida universal, muito embora muitas vezes sejam
irreconhecíveis, especialmente durante os estágios inferiores da vida.

Fig. 4. O Eterno Ciclo da Vida


Vontade e Espírito Universais Movimentos de Velocidade Infinita

Para cima: Curso da Materialização


Diferenciação
Energização
Materialização
Naturalização
Vegetalização
Animalização
Concepção (Fusão)

No meio: Reencarnação Universal


Esfera Radiacional
Esfera Vibracional
Esfera Plásmica
Atmosfera
Hidrosfera
Litosfera

Para baixo: Curso da Espiritualização


Vida do Espírito
Vida da Alma
Vida Astral
Vida Humana
Vida Embrionária
Vida pré-embrionária
Ovum
(des-fusão)

Movimento de Velocidade Relativa


Mundo Fenomênico Finito

4. O Modo de Comer
A vida macrobiótica, recomendada pelos sábios da antigüidade e praticada amplamente
para o aperfeiçoamento físico, mental e espiritual consiste das seguintes artes: comer,
respirar e vida cotidiana.
Como um ser humano é parte de seu meio ambiente, tendo evoluído biologicamente
por três bilhões de anos sobre este planeta, suas condições físicas, mentais e espirituais,
estão baseadas naquilo que ele consome de seu ambiente natural e no seu alimento. O
modo de comer é o fator mais essencial para seu desenvolvimento.
A prática dietária macrobiótica recomendada e seguida tradicionalmente por milhares
de anos consiste do seguinte padrão, para um clima temperado, de quatro estações ou
clima subtropical:
.
a. O alimento principal
Pelo menos metade de nosso consumo diário de comida ou, se possível mais (de 50% a
60%) deve ser de grãos integrais ou seus produtos, assim como arroz integral, trigo em
grão, cevada, aveia e centeio. Milho e trigo sarraceno podem também suplementar os
outros grãos. Vários métodos de preparação podem ser aplicados a cada grão - cozer,
refogar, assar, e fazer farinha para pão, massas e outros. De acordo com o clima, vários
tipos de feijões, favas, lentilhas e ervilhas podem integrar a alimentação principal.

b. O alimento suplementar
O alimento suplementar consiste de todos os outros tipos de comida do reino vegetal e
animal, exceto carne de mamíferos:

1. Legumes e verduras. Dentre os alimentos suplementares, a maioria ou pelo menos


metade, deve ser de verduras e legumes da mesma região climática, do mesmo
ecossistema, ou análogo. Para este propósito a escolha de verduras e outros produtos
agrícolas deveria ser feita num raio de aproximadamente 500 quilômetros, nas regiões
vizinhas. As verduras cultivadas tradicionalmente na região são preferíveis àquelas
importadas de regiões mais distantes.*
Estes vegetais podem ser preparados de diversas maneiras: cozidos, refogados, assados
"sauté", fritos, em conserva. Contudo, deve-se evitar o' consumo freqüente de grande
quantidade de verduras cruas.

2. Leguminosas e sementes. Feijões, ervilhas e várias sementes, como as sementes de


gergelim, abóbora e girassol, bem como pequena quantidade de nozes, amêndoas, etc.
são usados como alimento suplementar. O consumo de feijões e ervilhas deve ser
proporcionalmente maior que o de sementes.
Estas leguminosas e sementes são preparadas também de diversas maneiras, como
cozer, refogar, fritar, assar e moer. Algumas, como feijão soja, são tradicionalmente
processadas por fermentação natural, como cereais e sal, resultando em condimentos
como o (miso) e o molho de soja. Algumas sementes são usadas para a extração do óleo,
e algumas usadas como condimentos e lanches, com um pouco de sal.

3. Plantas do mar. Algas e diversos outros vegetais marinhos tais como Kombu,
Wakame, arome, hiziki, mori, agar-agar, etc. podem ser usados como suplemento
alimentar, especialmente pelas pessoas que vivem no litoral ou em ilhas.

N. do R. - Convém notar que a dieta padrão aqui sugerida está voltada para o
habitante de clima temperado. O clima tropical, especialmente rio verão, exigirá uma
adaptação condizente, com utilização maior de alimentos yin - legumes, verduras,
líquidos - e menos daqueles relativamente mais yang, como os alimentos do reino
animal, cereais e sal.

Esses vegetais do mar são cozinhados sozinhos ou com legumes e grãos: Podem ser
assados, torrados e moídos, depois de torrados. Alguns são usados como condimentos,
com ou sem a adição de sementes e sal.

4. Frutas. Dentre os alimentos vegetais, as frutas são consideradas secundariamente em


relação aos vegetais e algas pois os cereais são as "frutas" apropriadas para o consumo
humano. Frutas da região devem ser incluídas como alimento suplementar,
especialmente as da estação.
As frutas, além de comidas frescas podem ser cozidas, secas, ou conservadas. São
tradicionalmente consumidas como sobremesas, em pequena quantidade. As pessoas
que não consomem muita carne têm uma tendência natural a usar frutas com freqüência.
5. Frutos do mar. Vertebrados e invertebrados, criaturas de água salgada ou água doce,
são alimentos suplementares mais esporádicos. Dentre os peixes, recomendam-se os de
carne branca. Os de carne vermelha bem como os de pele azulada - mesmo que tenham
carne branca - são tradicionalmente evitados. Por serem facilmente deterioráveis,
também os mariscos são geralmente evitados.
Na preparação dos frutos do mar pode-se cozinhar, refogar, fritar, secar e defumar. São
tradicionalmente consumidos com quantidades iguais ou maiores de vegetais crus ou
levemente cozidos. Para evitar intoxicação, é também costume temperá-los com
gengibre, mostarda, cebolinha verde e rábanos silvestres.

6. Animais terrestres. Alguns animais são usados como alimento suplementar,


consumidos porém com menos freqüência que vegetais, e menos ainda que os frutos do
mar. Dá-se preferência a espécies mais primitivas, assim como anfíbios, répteis e aves,
evitando-se animais mais evoluídos biologicamente, como diversos mamíferos.
Mamíferos herbívoros devem ser preferidos aos carnívoros.
A preparação inclui diversos métodos: cozinhar, refogar, assar, secar, defumar,
conservar. A carne sempre exigiu mais cuidados na sua preparação que os outros
alimentos. Por exemplo: é costume tradicional colocá-la de molho em salmoura ou
tempero por várias horas, antes de cozinhá-la e ainda cortar fora a camada de gordura.
Para se evitar ainda seus efeitos tóxicos, a carne pode ser cozida com vegetais e servida
com molhos picantes e vegetais crus.

c. Bebidas
O líquido que se toma além daquele naturalmente contido no alimento ou usado no
processo do cozimento pode ser chamado de bebida. Água de boa qualidade, água
quente e chás de ervas como bancha, dente de leão, bardana e outros chás tradicionais
são recomendados. O volume de líquido tomado, porém, não deve exceder o
estritamente necessário para a saúde física, mental e espiritual. O barômetro para
descobrir quanto líquido devemos tomar em média é beber só quando tivermos sede e
urinar de três a quatro vezes por dia.

Fig. 5 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolvimento Físico (Proporções


Aproximadas)
A - Cereais integrais, preparados em vários estilos e formas.
B - Sopa, principalmente de vegetais, ocasionalmente incluindo produto animal.
C - Vegetais, parte cozidos, parte crus, escolhidos na região e da estação.
D - Alimento animal, incluindo peixes, frutos do mar e ocasionalmente aves, mas
excluindo os mamíferos.
E - Feijões ou outras leguminosas e vegetais marinhos, preparados juntos ou
separadamente.
F - Frutas locais e sazonais frescas, cozidas ou secas, sementes e nozes torradas ou
não; picles e outros suplementos vegetais, incluindo a sobremesa.

Fig. 6 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolvimento Mental (Proporções


Aproximadas)
A - Cereais integrais, cozidos em vários estilos, mas mais na forma de grão que na de
farinha.
B - Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar.
C - Vegetais, parcialmente cozidos e parte crus, escolhidos dos regional e
sazonalmente.
D - Feijões ou outras leguminosas e vegetais do mar, cozidos juntos ou separados,
ocasionalmente suplementados com peixes de carne branca ou frutos do mar.
E - Frutas frescas, cozidas ou secas, escolhidas local e sazonalmente; sementes
torradas e nozes; pickles e outros suplementos de qualidade vegetal, incluindo ocasional
sobremesa.

Fig. 7 Exemplo de Dieta Orientada para o Desenvolvimento Espiritual (Proporções


Aproximadas)
A - Cereais integrais, mais como grãos e menos como farinha.
B - Sopa vegetal, incluindo vegetais da terra e do mar.
C - Vegetais da região, parte cozidos, parte crus.
D - Feijões ou outras leguminosas e vegetais do mar, cozidos juntos ou separadamente.
E - Frutas locais e sazonais frescas, cozidas ou secas, sementes torradas e nozes; picles
e outros suplementos vegetais, inclusive sobremesa.

Fig. 8 - Exemplo de Dieta para o Desenvolvimento Físico, Mental e Espiritual de


Pessoas Vivendo em Altas Montanhas (Proporções Aproximadas)
A - Trigo sarraceno e outros cereais. Várias sementes e frutos na forma de grãos, de
árvores silvestres e gramíneas locais, cosidos, assados ou secos.
B - Sopa, contendo grãos silvestres. raízes e gramíneas.
C - Folhas, caules e raízes de gramíneas e arbustos das montanhas, cozidos, assados,
secos ou em conserva.
D - Frutos das montanhas, de arbustos ou árvores; pássaros silvestres ocasionalmente e
peixes dos rios das montanhas.

PRINCIPIOS PARA A PRÁTICA DIETÉTICA


Os seguintes princípios são essenciais para nossa prática dietética.
1. Deve ser feita uma clara distinção entre o alimento principal e o suplementar, sendo
o principal sempre constituído de grãos integrais.
2. Como o homem e seu ambiente são um só, um ser humano é produto natural de seu
meio ambiente. As espécies de comida que ingere devem ser selecionadas a partir das
espécies da mesma região climática. Quem vive em região de clima temperado deve
evitar alimentos cultivados em regiões tropicais, semitropicais ou muito frias e vice-
versa.
3. Como a constituição do sangue é equivalente e análoga à do solo, é aconselhável
consumir alimentos da mesma região geográfica em que se vive: num raio de 500
quilômetros, em países de grande extensão territorial como os Estados Unidos (e o
Brasil), ou cerca de 100 quilômetros em países pequenos como o Japão e a Inglaterra,
onde há grande variação climática e geográfica de região para região.
4. O ser humano deve defender primariamente o reino vegetal como alimento,
especialmente nas regiões temperadas, semitropicais e tropicais. As exceções correm
por conta de circunstâncias excepcionais tais como durante um inverno gélido na neve
ou em altas montanhas. Nas regiões polares é possível consumir mais carne e outros
derivados de animais que em outras regiões climáticas.
5. O alimento deve ser consumido, tanto quanto possível, inteiro, de forma a preservar
o seu equilíbrio natural. Isto é, evitar, se possível, comer só parte de um organismo
vegetal ou animal.
6. O alimento é basicamente cozido. O alimento cru é suplemento do cozido, servindo
especialmente para equilibrar o consumo de carne, ou em clima seco e quente.
7. A comida deve reter sua energia vital até o momento da preparação. Todo
alimento industrializado deve ser evitado, tanto quanto possível, já que o processamento
artificial destrói sua vitalidade.
8. O tempero deve ser moderado e o mais natural possível.
9. No processo de cozinhar, em geral, o alimento deve ser o mais balanceado possível
entre todos os fatores antagonistas e complementares, assim como minerais versus
carboidratos; carboidratos versus água; água versus fogo; sal versus óleo; pressão versos
ar; calor versus frio, etc.

SERVIR E COMER
O modo de servir e comer as refeições tem os seguintes princípios:
l. A mesa deve estar bem arranjada e atraente, para criar uma atmosfera pacífica.
2. O ruído excessivo deve ser evitado durante a refeição.
3. Deve-se mastigar bem o alimento, no mínimo 50 vezes por bocado, misturando ao
máximo a comida e a saliva.
4. É importante desenvolver a atitude mental de gratidão pelo universo, natureza,
plantas e animais e por aqueles que produziram, processaram, cozinharam e serviram a
refeição.
5. As refeições podem ser uma, duas ou três por dia, mas não a menos de três horas de
ir dormir.
6. O alimento principal, os cereais, deve ser consumido do começo ao fim da refeição,
e o alimento suplementar deve ser consumido junto com o principal na ordem: sopa,
vegetais e algas cozidos; vegetais crus, sobremesa de frutas.
7. Em cada refeição, o volume de alimento consumido deve ser limitado naturalmente
a não mais de 70% da capacidade do estômago.

O padrão de alimentação acima descrito sofrerá variações de acordo com o


ecossistema: clima, estação, sexo, idade, condições sociais, tipo de trabalho,
necessidades pessoais especiais. Na antigüidade, havia pessoas que treinavam o
desenvolvimento físico, mental e espiritual, habitando em local isolado, geralmente; nas
montanhas. Em tais casos, é pouco provável que sua dieta tenha sido a mesma daqueles
que viviam nas planícies. Seu alimento teria incluído mais plantas silvestres, frutas,
raízes e cascas. Sua dieta, contudo, era certamente regida pelos princípios tradicionais
de preparação e consumo de alimentos. Dentre estas pessoas, suas práticas levaram ao
desenvolvimento de consciência cósmica universal, saúde física e longevidade, e eram
freqüentemente chamados `Sen-Nin' ou "homens livres". Há evidência em lendas e
escritos sobre sua capacidade excepcional, que incluía:

1. Vida longa; mais de 100 anos.


2. Telepatia.
3. Transportar-se a grande velocidade, a pé, e por vezes levitando.
4. Visão clara de eventos futuros.
5. Poder de curar vários males.
6. Converter vibrações e ar em matéria densa.
7. Controle do clima, assim como a chuva.
8. Ler a mente das pessoas, seu passado e futuro espiritual.
9. Recuperação de mortos.
10. Caminhar sobre as águas.
11. Conhecer as vidas anteriores e seu futuro espiritual.
No mundo atual há algumas pessoas que treinam este caminho, o "Shin-Sen-Dô", ou o
"Caminho dos Homens Livres", especialmente no Oriente. Sua existência e estas
práticas não são amplamente difundidas na sociedade civilizada. Porém, os princípios
alimentares descritos acima são o alicerce biológico e psicológico para o
desenvolvimento da liberdade física, mental e espiritual. Por esta prática alimentar
diária, depois de uns 10 dias, experimentamos as primeiras alterações positivas em
nossas condições físicas, mentais e espirituais, tais como:
1. Libertação da fadiga, em geral.
2. Pensamento mais claro.
3. Recuperação gradual de flexibilidade e resistência física.
4. Libertação gradual de distúrbios físicos e mentais.
5. Aumento gradual de paz e tranqüilidade.
6. Desenvolvimento gradual de amor pelos outros.
7. Recuperação da autoconfiança, resultando no desenvolvimento da honestidade.
8. Maior adaptabilidade ao ambiente mutável.
9. Liberação de confusão, cobiça e egoísmo; dissolução da arrogância egocêntrica.
10. Desabrochar do espírito de aventura.
11. Melhor discernimento.
12. Desenvolvimento do espírito ordeiro em todos os aspectos da vida.

Sem uma dieta macrobiótica não é possível desenvolver a própria condição o física,
mental e espiritual. Há pessoas, porém, que não praticam uma alimentação e ordenada,
mas atingem grande aperfeiçoamento físico, mental e espiritual: foram bem alimentadas
na gestação, através de suas mães, bem como na infância e juventude. Sua condição
original foi boa, e a despeito de sua ignorância sobre a t influência da dieta e de sua
alimentação desordenada na idade adulta, ainda mantêm sua boa forma inicial.
Entretanto, depois dos 50 ou 60 anos é quase certo que decaiam de sua força original.
Todos os exercícios físicos, mentais e espirituais, tradicionais ou modernos, devem
basear-se na alimentação macrobiótica adequada. Todos os antigos filósofos,
pensadores, líderes espirituais, artistas, líderes políticos e fundadores de artes e ciências
para o aperfeiçoamento de saúde, mente e espírito pela felicidade total observam
efetivamente uma nutrição macrobiótica.
É altamente recomendável que todas as pessoas de nossos dias, especialmente as que
anseiam recuperar sua saúde física e mental, e aqueles que querem desenvolver seu
bem-estar e beleza como um todo, junto com uma compreensão e consciência
ilimitadas, pratiquem, antes de mais nada, uma alimentação correta, segundo princípios
macrobióticos.

5 Os Princípios da Respiração
Logo depois do que se come e bebe, a segunda função importante entre o homem e seu
ambiente é a respiração. O alimento é parte do ambiente animal, vegetal e mineral do
homem, seu meio geográfico e biológico. O modo de se alimentar é o modo de nos
adaptarmos harmoniosamente ao nosso ecossistema. Beber é adaptar-se pela unificação
do organismo com o mundo líquido, parte de nosso ambiente externo. Exercitando o
modo de beber corretamente, harmonizamo-nos com o ecossistema líquido: oceanos,
rios, chuva, umidade do solo, do ar.
Analogamente, a respiração é o intercâmbio entre nós e o ecossistema aéreo: e ar. O
modo de respirar visa cumprir, com o máximo de eficácia, nossa adaptação harmoniosa
ao ambiente atmosférico como parte de um todo, do mesmo modo que o comer e o
beber apropriados são essenciais ao nosso aperfeiçoamento físico, mental e espiritual. A
maneira apropriada de respirar também é essencial para nossa saúde e felicidade,
juntamente com nossa compreensão e consciência universais.
Respirar é a manifestação da função yin, centrífuga e expansiva, e da função yang
centrípeta e contrativa, alternativamente exercitadas num movimento harmonioso,
principalmente por nossos órgãos respiratórios. Entretanto, não só os órgãos
respiratórios como as cavidades nasais e bronquiais e os pulmões, mas também os
órgãos circulatórios e suas funções estão diretamente relacionados com a respiração. O
sistema nervoso, incluindo as reações nervosas autônomas e as funções cerebrais,
também está relacionado diretamente com a função de respirar. Falando genericamente,
o funcionamento ativo destes sistemas e órgãos a acelera respiração ativa, e a respiração
ativa por sua vez, acelera o funcionamento ativo destes sistemas e órgãos. Por outro
lado suas funções lentas e inativas resultam em respiração lenta e inativa; e respiração
lenta e inativa resulta, eventualmente na função lenta e inativa deles.
Concomitantemente, nosso controle de respiração, o volume de ar na inalação e
exalação, a duração de ambas, bem como a velocidade da respiração têm diferentes
efeitos sobre todas as funções e órgãos digestivos, circulatórios, nervosos e excretórios.
Isto também, direta ou indiretamente influencia nossas condições psicológicas e
espirituais, mudando a espécie, direção, volume e dimensão de imagens e pensamento.
São exemplos principais das diferentes maneiras de respirar, e seus efeitos sobre
nossas condições físicas, mentais e espirituais:
a. Velocidade
Respiração mais lenta (produzindo efeitos mais yin):
1. O metabolismo físico desacelera, incluindo o batimento cardíaco, a circulação
sangüínea e a circulação de outros fluidos corporais. A temperatura do corpo tende a se
tornar ligeiramente mais baixa.
2. Mentalmente, produzindo um estado mais tranqüilo e pacífico, pensamento mais
claro e compreensão objetiva, bem como respostas mais sensíveis ao ambiente.
3. Espiritualmente, produzindo uma percepção mais ampla, intuição mais profunda e
levando a uma consciência mais universal.
Respiração mais rápida (produzindo efeitos mais yang):

1. Fisicamente, resultando no metabolismo mais rápido de diversas funções corporais.


O batimento cardíaco, bem como a circulação sangüínea e fluidos corporais são
acelerados. A temperatura do corpo tende a aumentar.
2. Mentalmente, produzindo uma condição mais instável e excitável e alterações
emocionais análogas. A atitude tende a se tornar extremada: defensiva ou ofensiva.
3. Espiritualmente, desenvolvendo observação e avaliação das condições ambientais de
forma mais subjetiva e egocêntrica, com mais apego a interesses fragmentários e
parciais do que percepções amplas e universais.

b. Profundidade
Respiração mais superficial (produzindo efeitos mais yin):
1. Fisicamente, resultando num metabolismo mais inativo, bem como descoordenação
e desarmonia entre diversas funções físicas. A temperatura do corpo tende a variar
irregularmente.
2. Mentalmente, produzindo uma tendência à ansiedade, instabilidade, frustração e
descontentamento, resultando freqüentemente no desenvolvimento do medo.
3. Espiritualmente,desenvolvendo uma tendência à percepção superficial, freqüentes
mudanças de opinião, perda de autoconfiança, falta de coragem, bem como perda da
memória e da visão do futuro.
Respiração mais profunda (produzindo efeitos mais yang):
1. Fisicamente, resultando em metabolismo mais ativo e profundo, e harmonia entre
os sistemas e órgãos. A temperatura do corpo tende à estabilidade.
2. Mentalmente, produzindo uma profunda satisfação, estabilidade emocional, forte
autoconfiança,e manutenção de uma forma de pressão constante e estável.
3. Espiritualmente, desenvolvendo a tendência à meditação e uma fé inabalável, bem
como a tendência à abrangência, e uma personalidade cheia de amor.

c. Extensão
Respiração mais longa (produzindo efeitos mais yin):
1. Fisicamente, resultando em melhor coordenação entre o metabolismo de diversas
funções. A temperatura do corpo tende a ficar estável e, em geral, as atividades de todos
os órgãos e glândulas tende a desacelerar.
2. Mentalmente, produzindo uma sensação de satisfação e paz. Mais persistência,
paciência e quietude, bem como menos excitação e irritabilidade emocional.
3. Espiritualmente, desenvolvendo percepção mais objetiva e ampla, bem como
compreensão mais profunda. As memórias do passado e do futuro tendem a tornar-se
mais extensas.

Respiração mais curta (produzindo efeitos mais yang):


1. Fisicamente, resultando numa tendência ao metabolismo rápido e irregular em
várias funções do corpo. A temperatura do corpo tende a aumentar ligeiramente.
2. Mentalmente, produzindo alterações freqüentes de imagem e pensamento bem como
freqüente mudança de idéia. As tendências à impaciência, à menor persistência e
explosões de irritação são todas aceleradas.
3. Espiritualmente, desenvolvendo a desarmonia com o ambiente. São desenvolvidos
sentimentos antagônicos e conflitantes, com uma visão mais mesquinha e subjetiva.

De acordo com as diferenças quanto à eficácia dos vários tipos de respiração


aconselhável que mantenhamos um padrão de respiração mais lento, amplo longo, ao
invés de rápido, superficial e curto. O aperfeiçoamento físico, mental espiritual é
paralelo ao grau de respiração pelo ajuste destas variáveis. Entretanto um ajuste
consciente da velocidade, profundidade e extensão da respiração deve ser desenvolvido
rumo a um respirar mais natural, que opera sem intenção artificial o esforço especial.
Uma respiração lenta, profunda e longa pode, com efeito, ser desenvolvida
automaticamente pela prática macrobiótica, no modo de comer, e com um regime mais
vegetariano - centrado em cereais integrais, suplementado por outros vegetais e o
mínimo de alimento animal. A ingestão de uma quantidade de líquidos, bem como a
ingestão de açúcar refinado e produtos açucarados também força uma respiração rápida,
superficial e curta. Comer e beber em grandes quantidades também tende a acelerar a
respiração, tornando-a superficial e curta. Portanto, para desenvolver paz e harmonia
física, mental e espiritual, a ingestão diária de um volume modesto de alimento é mais
aconselhável.

CINCO PADRÕES DE RESPIRAÇÃO


Como prática normal para o aperfeiçoamento físico, , mental e espiritual, a respiração
pode ser usada de cinco maneiras diferentes, de acordo com o grau de intensidade:
1. Muito Lenta, Tranqüila e Longa: Respiração do Não-Egoísmo. Esta respiração é
executada pelo nariz, para inalar e exalar, muito quietamente, a ponto de uma folha de
papel de seda na frente do nariz não se mover. A duração da exalação deve ser de duas a
três vezes mais longa que a inalação. O efeito desta respiração é acalmar todas as
atividades físicas, mentais e espirituais, de modo a entrarmos em meditação profunda e
desenvolver a visão interior, atingindo o máximo grau de adaptação ao ambiente. Esta
respiração também produz o efeito de minimizar a ilusão egocêntrica.
2. Lenta Normal, Tranqüila: Respiração da Harmonia. Esta respiração também é
executada através do nariz, mas levemente mais forte que descrita acima (No. 1). É a
respiração tranqüila usual de um momento de quietude. De novo, a duração da exalação
deve ser duas ou três vezes maior que a inalação. O efeito desta respiração é manter
relações pacíficas e harmoniosas com o ambiente em movimento ativo, mantendo a si
mesmo em posição central, o que aumenta nossa percepção do ambiente.
3. Lenta e Tranqüila, Mais Mais Forte: Respiração da Confiança. Esta respiração é
inalada pelo nariz e exalada pela boca, ligeiramente aberta. A exalação é de três a cinco
vezes mais longa que a inalação. Esta respiração é mais forte que as duas maneiras
imediatamente acima. Seu efeito é acelerar a harmonia ativa: entre todas as funções
físicas, mentais e espirituais, desenvolvendo a confiança interior, preparando para
qualquer movimento ativo que possa ser necessário, a qualquer tempo, para se adaptar a
condições ambientais em rápida mudança.
4. Longa, Profunda e Forte: Respiração da Ação. Esta respiração é feita através da
boca ligeiramente aberta, tanto para inalar quanto para exalar. A duração da exalação
deve ser de três a cinco vezes a da inalação. O efeito desta respiração é ativar todos os
poderes físicos, mentais e espirituais, sem perder a observação objetiva. Esta respiração
pode também ser usada para se libertar da estagnação física e mental, produzindo o
relaxamento.

5. Longa, Profunda, Forte e Intensa, com Emissão de Som: Respiração da


Espiritualidade. Esta respiração é feita pela boca, para inalar e exalar. A exalação deve
ser de três a cinco vezes mais longa que a inalação. Ao inalar, o som agudo “HI” ocorre
naturalmente, por causada intensa inalação feita entre os dentes entre- abertos, com a
língua levemente tensionada. Durante a exalação, um som longo e natural de "FU" é
feito continuamente. O efeito desta respiração é ativamente energizar o metabolismo
físico e mental, e espiritualizar toda a personalidade. O som "HI" tem o significado de
"espírito", "fogo" e "Sol", numa pronúncia pré-histórica universal, intuitivamente usada
em todo o mundo da antigüidade. O som "FU" tem o significado de "vento",
"diferenciação" e "expansão", na pronúncia antiga. Naquele tempo, HI e FU também
tinham os significados respectivos de "um" e "dois".

CINCO MÉTODOS ESPECIAIS DE RESPIRAR


Como práticas respiratórias especiais para o aperfeiçoamento físico, mental e
espiritual, os seguintes cinco métodos podem ser usados, cada um para seu propósito
especial:

1. Respirar com o Centro do Abdômen (Tan-Den, ou Hara): Respiração da


Fisicalização. Esta respiração é feita profunda e lentamente como o movimento natural
do abdômen. No momento de uma inalação lenta e profunda, as profundezas da região
abdominal ficam cheias de energia e o baixo abdômen naturalmente se expande para
frente. No momento da exalação, lenta e mais longa, a mesma região contrai-se.
Entre o inalar e o exalar, o fôlego deve ser retido por vários segundos. A exalação deve
ser de duas a três vezes mais longa que a inalação. A eficácia desta respiração e gerar
energia física, estabilidade mental e autoconfiança espiritual. Resulta no alicerçamento
firme de si mesmo neste mundo e a capacidade de não ser influenciado por um ambiente
mutável. Produz um aumento na temperatura do corpo, Esta respiração também acelera
as funções digestivas e circulatórias ativas em todo o organismo, resultando no
desenvolvimento de saúde e longevidade totais.

2. Respiração com o Centro do Estômago: Respiração do Poder. Esta respiração é feita


com o movimento natural da região do estômago. No momento da inalação, a região do
estômago (Chu/ Kan) naturalmente se expande para fora, e no momento da exalação,
contrai-se. Entre a inalação e a exalação, o fôlego deve ser retido por vários segundos. A
exalação é levemente maior que a inalação.
O efeito desta respiração é o desenvolvimento da persistência, paciência e tolerância e,
quando o fôlego é retido por um tempo maior entre a inspiração e a expiração, produz a
intensificação da energização interna de todo o corpo, preenchendo-o com o que
podemos chamar de poder espiritual – energia eletromagnética. Com a prática, esta
respiração resulta no aprimoramento de várias habilidades físicas e mentais.

3. Respiração com a Região do Coração, ou Região Superior do Tórax. Respiração do


Amar. Nesta respiração, a inalação e a exalação são lentas e longas, concentrando-se na
região do coração, ou região central superior do tórax. A duração da inalação é quase
igual à exalação, e o fôlego não é retido entre uma e outra - ambos se interligam natural
e suavemente, em movimentos lentos e longos.
O efeito desta respiração é harmonizar o batimento cardíaco e gerar uma circulação
suave do sangue e fluidos do corpo. Mentalmente, gera um sentimento de harmonia e
amor com todos os aspectos do ambiente bem como as pessoas próximas. Também
desenvolve sensibilidade, simpatia, compreensão e compaixão.

4. Respiração coar a Região da Garganta e Raiz da Língua: Respiração da Inteligência.


Esta respiração é executada na região da garganta e raiz da língua, com inalação mais
forte e exalação mais fraca. No momento da inalação, o fôlego é concentrado e retido na
região da garganta c raiz da língua por vários segundos, e então é liberado.
O efeito desta respiração é desenvolver sentidos apurados, para a concentração física e
mental rumo a um certo objetivo. Desenvolve também a observação clara e intuição
penetrante num problema que se considere. A concentração espiritual é acelerada e a
compreensão intelectual é estimulada.

5. Respiração com a Região Central do Cérebro: Respiração da Espiritualização. Esta


respiração é feita na região mediana do cérebro, o centro da cabeça. A inalação é feita
lenta mas intensa, como respirando em direção ao zênite da cabeça, com a sensação de
impulsionar o corpo para cima. Esta inalação deve ser feita suave e continuamente, tão
longa quanto possível, e em seu ponto extremo, o fôlego é súbita mas suavemente
liberado. A exalação deve ser feita para baixo, rumo à boca.
O efeito desta respiração é espiritualizar nossa consciência relativa, rumo a um âmbito
mais universal, possibilitando ainda a liberação da percepção para outras dimensões,
incluindo a compreensão de eventos que estejam ocorrendo à distância. Todo o
metabolismo físico rapidamente é retardado à medida em que esta respiração é
continuadamente exercitada e a temperatura do corpo cai, como se aproximando da
morte. As cinco maneiras de respiração para o desenvolvimento geral de nossa condição
física, mental e espiritual e as cinco maneiras de respirar para finalidades específicas do
desenvolvimento físico, mental e espiritual podem ser usadas livremente na vida
cotidiana: enquanto sentados, trabalhando, agindo, em reuniões ou no trabalho com
outras pessoas. Há muitas outras variações da respiração para manter a saúde geral e o
bem-estar, bem como para desenvolver capacidades físicas, mentais e espirituais
especiais, mas estes dez tipos de respiração apresentados acima são os métodos
fundamentais para todos os outros modos de respirar. Para executar esses modos de
respirar eficazmente, porém, é essencial conservar uma dieta moderada.*

6. Vida Cotidiana
Para desenvolver a felicidade física, mental e espiritual, é importante ordenarmos
harmoniosamente nossa vida diária das seguintes maneiras:

1. Levantar Antes da Aurora: A atividade anual começa no primeiro dia do primeiro


mês, e a atividade do dia começa com o nascer do Sol. Deixar a cama antes do nascer do
Sol e preparar-nos para ir ao encontro do Sol com um exercício simples de Do-In é
essencial para nossa orientação física, mental e espiritual para a atividade do dia..
Quando o nascer do Sol estiver próximo, a atmosfera à nossa volta começa a ser
carregada mais ativamente, estimulando nossas condições físicas e mentais. Na
antigüidade, em países do Extremo Oriente, como China e Japão, as decisões do
governo sobre assuntos públicos eram feitas antes da aurora. Por causa desta antiga
prática, o centro do governo era chamado de "Corte da Manhã" (Cho-Tei). Á atmosfera
da madrugada é benéfica para nossa visão clara dos planos futuros.

2. Limpar-nos e Nosso Ambiente, Logo Depois de Levantar: Devemos lavar o rosto e o


corpo, preferivelmente com água fria, e escovar os dentes com sal marinho ou outro
dentifrício natural, tornando nossas condições físicas e mentais agudamente alertas para
as atividades que se seguirão num dia de trabalho. Ao mesmo tempo, devemos limpar
onde estivermos, a começar por nosso próprio quarto, dirigindo-nos para a periferia da
casa, inclusive quintal e jardim.

*"Quociente respiratório (QR): razão entre o volume de C02 produzido e oxigênio (02)
consumido:
Volume de C02 expirado
Volume de 02 inspirado = Quociente Respiratório

Na oxidação dos carboidratos tem lugar a seguinte reação:


Co H12 + 602 - 6C02 + 6H2 O + energia
Então:
6 porções de C02 = 1,0 (OR de carboidratos)
6 porções de 02

Analogamente, o QR para uma gordura é 0,71; para uma proteína, é 0,80. Para uma
pessoa com uma dieta mista média, é de 0,85. Para uma pessoa que jejuou por 12 horas,
QR é 0,82 "(De / Anatomy and Physiology), vol. 1, de Steen e Montagu, Harper &
quantidade, composto de muita proteína e gordura, torna-se necessário uma respiração
mais rápida e intensa, o que tira a mente de seu estado de quietude. Assim sendo,
aqueles que praticam a meditação e outros exercícios espirituais devem evitar o
consumo de muito alimento animal.

3. Praticar Do-In ou Outros Exercícios Físicos, Mentais e Espirituais: Qualquer


exercício matinal que fizermos deverá objetivar a ativação de um fluxo harmonioso de
energia, inclusive a circulação do sangue e outros fluidos do corpo, bem como da
corrente eletromagnética por todo o corpo. Tais exercícios devem incluir os respiratórios
e o uso da voz devidamente empostada, ou canto, para obter uma inter-relação ativa
entre nós e nosso ambiente.

4. Dedicar Oração a Pessoas e Fenômenos: Depois de inspirarmos nosso bem-estar


pela limpeza e exercício, dedicamos nossa oração a ancestrais, pessoas, seres vivos, e
todos os fenômenos na ordem de universo infinito - o Espírito Universal, Deus. Esta
oração estende a eles toda a gratidão de nossos corações, pedindo sua orientação e
encorajamento para nosso desempenho cotidiano.

5. Expressar Gratidão e Respeito pelo que Comemos: No momento do desjejum,


almoço e jantar enfim, ao consumirmos refeições, devemos considerar que nosso
alimento vem da natureza, criando-nos como seres em harmonia com todo o ambiente
natural e permitindo-nos desenvolver nossas qualidades físicas, mentais e espirituais em
direção a nosso bem-estar e felicidade. Quando todos os indivíduos e famílias
expressam gratidão e respeito por cada refeição, pela natureza e por aqueles que
produziram e prepararam a comida, é o começo da paz na sociedade. Esta reflexão
implica em:
a. Refletir se merecemos essa refeição.
b. Pensar na imensa elaboração da ordem natural e dos que produziram e prepararam a
refeição.
c. Considerar que a refeição se transforma em nós mesmos, criando nosso destino para
o dia seguinte.
d. Pensar nas pessoas nesta terra que não podem dispor desta refeição.
e. Pensar nos antepassados e nos que descenderam deles pela sucessão do alimento.
f. Pensar em nossos descendentes, que continuarão a comer como fazemos,
propagando nosso espírito na terra.

Durante a refeição:
a. Mastigar cada bocado pelo menos 50 vezes.
b. Ao mastigar, descansar os talheres na mesa.
c. Manter postura correta durante toda a refeição.
d. A conversação à mesa deve ser alegre, mas pacífica.
e. O serviço de mesa deve ser gracioso e ordenado.
f. Não deixar restos no prato.

g. Sempre manter os pratos, talheres, panelas, etc. assim como a cozinha e sala de
refeições limpos e em ordem.

6. Começar o Trabalho do Dia com Alegria e Entusiasmo: Enfrentar qualquer


atividade de maneira positiva, criativa e energética. Relaxar, para manter o trabalho
rápido e preciso. Não calcular a paga, ou compensação; desfrutar do trabalho como um
meio de atingir satisfação física, mental e espiritual, com a compensação natural se
seguindo a tal desfrute.
Estender nosso auxílio aos colegas de trabalho num espírito de fraternidade,
considerando-os como irmãos e compartilhando com eles suas felicidades e tristezas.
Manter o ambiente de trabalho pacífico, feliz, tal como nossos lares. O lugar de trabalho
é uma extensão externa de nosso lares e dos nossos colegas.
7. Assumir Responsabilidade por Qualquer Condição Social: Somos todos membros da
sociedade humana. Quando há confusão e caos na ordem social, é nossa
responsabilidade. Quando-há-miséria e sofrimento em algum lugar de nossa
comunidade e em nossa sociedade humana, é nossa responsabilidade. Quando há guerra
e fome em algum lugar do mundo, é nossa responsabilidade. Todas as pessoas estão
relacionadas organicamente e todos influenciamos uns aos outros em nossas condições
de vida:

a. Não se queixar dos outros, mas considerar nossa própria incapacidade de melhorar
as situações.
b. Não acusar ninguém, mas considerar os próprios erros.
c. Não criticar, mas considerar a própria inadequação.
d. Não ser dependente, mas considerar o quanto podemos ser independentes.
e. Não ignorar os outros, mas considerar nossa própria ignorância.

8. Dedicar nossa Apreciação pelo Dia: Depois de completar o trabalho cotidiano, antes
ou depois da refeição da noite, dedicar nossa apreciação à natureza e ao universo, bem
como á sociedade e aos amigos que cooperaram conosco em nossa atividade cotidiana.
Avaliemos o que fizemos durante o dia:

a. Fizemos erros ou enganos?


b. Desagradamos a outrem?
c. Trabalhamos com ineficiência?
d. Negligenciamos algum problema?
e. Tivemos prazer no que fizemos?

Esta auto-avaliação nos orienta para um melhor desempenho no dia que vem,
ajudando-nos a evitar a repetição das mesmas falhas nos diversos aspectos de nossas
atividades.

9. Estudar Nosso Modo de Vida: Depois da vida ativa do dia, passar algum tempo em
quietude para desenvolver nossa compreensão estética, teórica e espiritual do modo de
viver. Lendo, escrevendo, executando uma atividade artística, ou pensando e meditando,
devemos continuamente refinar nossa personalidade e aprofundar nossa compreensão da
arte, literatura, ciência, filosofia, religião e diversas outras artes.
Nossa vida deve ser bem equilibrada com atividade física yang e atividade mental yin.
Precisamos desenvolver-nos física e mentalmente. Um samurai precisava refinar sua
personalidade pelo aprendizado da poesia, artes, música, e literatura, mesmo a
cerimônia do chá; e uma dama, ocupada principalmente com a sua casa, também
precisava saber bem algumas artes marciais, para enfrentar qualquer emergência.

10. Completar o Dia com Auto-Reflexão: Antes de entrar no descanso da noite,


encerrar a atividade do dia refletindo sobre nossa conduta ao longo do dia:

a. Reflexão Biológica: Alimentei-me apropriadamente?


b. Reflexão Espiritual: Pensei bem e com gratidão nos antepassados?
c. Reflexão Social: Dirigi bons sentimentos a todos que encontrei?
d. Reflexão Natural: A natureza e o universo: eles me encantam em sua beleza, graça e
magnificência?
e. Reflexão Compreensiva: Posso reconhecer que esta vida é extraordinária,
estendendo gratidão infinita a todas as criaturas, até ao universo infinito?

Conjuntamente com estas reflexões, purificamo-nos pela lavagem do corpo. Mudamos


de roupa e penetramos no repouso completo de um bom sono, com um exercício
simples de Do-In, caso necessário.
CAPÍTULO 2
Constituição Física e Espiritual do Homem
1. Estágios da Transformação Espiritual
A relação entre os fenômenos espirituais e entidades físicas é simplesmente uma
questão de grau: se são fenômenos yin expandidos, invisíveis, que incluem várias
manifestações de vibração, ondas, raios, e outras forças invisíveis; ou se são fenômenos
yang contraídos, visíveis, incluindo o movimento corporal e percepção sensorial, bem
como toda experiência material.
O termo "espírito", tal como usado em nossa conversação diária, geralmente tem três
acepções:

a. O Espírito Fisicalizado
Exprimimos "espírito" em termos tais como "espírito humano"; "espírito da nação";
"espírito de família"; "espírito do homem, ou da mulher"; o "espírito da Cristandade, ou
do Budismo", e assim por diante. "Espírito" neste sentido exprime tradição, herança,
ideais, disciplina, e ou , conceitos similares que manifestamos em nossa vida física
dentro da sociedade.

b. O Espírito Vibracional

Também usamos o termo "espírito" quando falamos sobre um morto ou sobre eventos
passados que não mais são físicos no mundo atual. Costumamos dizer "o espírito de seu
falecido pai"; "o espírito do soldado desconhecido"; "o espírito de um grande
personagem falecido", etc; "o espírito dos amantes que morreram". Neste sentido,
reverenciamos ou sacralizamos, e dedicamos nosso consolo ou orações por eles.
Queremos nos referir a uma alma, ou manifestação astral, ou ondas e vibrações que
podem ser percebidas e interpretadas como a imagem da personalidade que está em
nossa memória.

c. O Espírito Universal

Também exprimimos "espírito" no sentido universal e permanente, tal como Deus,


eternidade, universalidade, imortalidade, e o absoluto, contendo a natureza da
onipresença, onipotência, e onisciência. É usado para exprimir a justiça absoluta, amor
incondicional, sabedoria abrangente, princípios universais. Esta acepção de "espírito"
não se refere a qualquer fenômeno no mundo relativo; indica algo além de todo conceito
relativo, como vida e morte, tempo e espaço.
Estas três categorias exprimindo os diferentes significados de "espírito", de fato,
constituem uma só continuidade, manifestando-se diretamente em cada etapa do
movimento espiralado do universo. Os espíritos fisicalizados são parte finita do espírito
vibracional e os espíritos vibracionais são parte finita do Espírito Universal. A área
ilimitada do Espírito Universal pode ser reconhecida como Deus, o todo, a unidade,
Nirvana, Jeová, que é onipresente, onipotente e onisciente. Sem começo, sem fim. Não
se manifesta como qualquer fenômeno relativo e está além de qualquer relativismo
existencial. Eterno e universal, portanto não identificável - impossível nomear. É a
Vontade de todos os fenômenos que emergem dentro de si mesma. Origem das origens
de todas as aparências, o fim dos fins de todos os seres.
A etapa do espírito vibracional é um processo transitório, no tempo e no espaço, entre
o Espírito Universal infinito e as manifestações físicas finitas. Parte, desta área
transitória pode ser percebida como radiação, ondas e vibrações, bem' como todas as
manifestações de energia. Estas são mais condensadas que o Espírito Universal, infinito,
mas são muito mais expandidas que os seres fisicalizados. Este é o mundo das imagens,
sonhos e pensamentos, que é transferido para e realizado no mundo físico. Ao mesmo
tempo, quando o mundo físico é dissolvido, é transferido para este mundo de sonhos,
imagens e pensamentos. Este mundo de espírito vibracional é a constituição original dos
fenômenos fisicalizados. Nós, humanos, também nos fisicalizamos a partir deste mundo.
Quando o homem é fisicalizado na Terra como uma das espécies biológicas, o mundo
do sonho, imagem e pensamento precede a bioquímica de todas as energias, - tais como
radiação, ondas, vibrações e movimento das partículas pré-atômicas; - na constituição
humana, ao longo da qual o organismo celular é formado. Estas forças complexas no
mundo da energia podem ser sumariadas como a força da corrente eletromagnética que
está sempre se movendo entre pólos opostos: yin e yang, centrífugo e centrípeto,
positivo e negativo, alfa e omega, espaço e tempo, lento e rápido, alto e baixo, frente e
dorso, fora e dentro, em cima e embaixo, e todo, relativismo antagônico e
complementar.
Todos os fenômenos fisicalizados são efêmeros. Estão variando sem descanso -
mudança sem fim de yin para yang, expansão para contração, nascimento para morte,
ascensão para queda - este é o princípio universal governando o mundo físico. Neste
mundo de inconsistência, o homem aspira à consistência eterna do Espírito Universal,
que jaz profundamente em sua memória, porque ele saiu desse Espírito Universal para
este mundo físico, passando pelo estágio de espírito vibracional. Sua aspiração é
evidência de que ele já conheceu o Espírito Universal e que já foi o próprio Espírito
Universal.
Para retornar ao Espírito Universal - Deus, a Infinidade, ou a Vontade – a humanidade
deseja realizar a perfeita harmonia com seu meio ambiente, para atingir a unidade. Este
processo de se harmonizar com o ambiente é exercido como saúde física, beleza, paz
mental, e universalismo espiritual. É inevitável que todos busquem a saúde e a
felicidade, pois todos são manifestação da Vontade Universal para atingir a unidade com
o Infinito, a origem das origens. A Vontade Universal de ser um Infinito Uno é igual à
vontade individual de buscar e realizar a saúde e a felicidade pelo aperfeiçoamento
físico, mental e espiritual durante nosso tempo nesta Terra, enquanto seres humanos.

2. A Constituição Espirálica do Homem


Todos os fenômenos que aparecem e desaparecem neste infinito oceano do Espírito
Universal formam, sem exceção, constituições espiraladas. A constituição das
galáxias e dos átomos, os movimentos do vento e da água, o crescimento de plantas e
animais, todos seguem este padrão universal - a espiral.
O homem também aparece e desaparece neste padrão espiral, com sua constituição
física, mental e espiritual, também espiraladas. A formação da espiral para o
desenvolvimento da constituição humana bem como para nosso aperfeiçoamento físico,
mental e espiritual geralmente se dá num padrão múltiplo de movimento espiral, como
delineado abaixo:

a. Período Ambiental
Transformamo-nos da Infinidade Una no infinito oceano de unidade, através do estágio
de polarização - yin e yang, forças antagônicas e complementares - formando todos os
mundos relativos no padrão espiral estruturado num desenvolvimento logarítmico. O
mundo da vibração e da energia produz fenômenos pré-atômicos, inclusive as diversas
partículas, com o movimento espiral da energia. Os átomos são construídos em espirais
complexas e as moléculas são também formadas numa cadeia espiralada unindo vários
átomos, como no caso notável do DNA. O mundo na natureza, composto de solo, água e
ar é manifestado no movimento espiralado destas moléculas, como podemos observar
facilmente no movimento aparente das galáxias, correntes d'água, movimentos
atmosféricos e remoinhos. Toda vida biológica incluindo toda espécie animal e vegetal
se desenvolve num padrão espiral, como podemos observar no crescimento de raízes,
caules, trepadeiras, folhas e flores, bem como na formação de organismos celulares,
músculos, ossos, órgãos, glândulas, bem como funções digestivas, respiratórias,
circulatórias, excretórias e nervosas no corpo dos animais.

b. Período Pré-Concepção
A medida que o alimento é absorvido no aparelho digestivo, é distribuído por todo
nosso corpo na forma dos diversos constituintes do sangue, linfa e outros fluidos do
corpo, de fato já circulando em padrões espirais, que podemos notar se observarmos
nosso corpo por cima ou por baixo. Este alimento na forma de sangue e outros fluidos é
ainda transformado nas diversas células do corpo, bem como nas células reprodutivas,
que são nada mais que espirais coletoras compactadas formando órgãos, tecidos
músculo Nos órgãos reprodutivos, como testículos e ovários, as células reprodutivas - os
folículos - formam o esperma por uma espiral centrífuga, nos órgãos masculinos, e
óvulos por uma espiral centrípeta nos órgãos femininos. Quando o esperma e os óvulos
irradiam vibrações para o ambiente imediato na forma de campos espiralados, ao serem
mutuamente atraídos no útero da mulher, seu próprio movimento também segue a
trajetória espiral, intensificado por sua própria rotação.

c. Período Embrionário e Fetal


Do tempo da concepção ao tempo do nascimento o ovo fertilizado cresce segundo
quatro períodos principais. Cada período se desenvolve no seguinte, segundo um padrão
logarítmico de duração, pela razão de um para três:

1. Primeiro Período: sete dias, do tempo da fertilização ao tempo da implantação, que


ocorre nas profundezas do útero. Durante este período, o ovo fertilizado passa à divisão
celular em padrão logarítmico: 1 ; 2; 4; 8; 16:... e esta multiplicação celular ocorre
conforme uma espiral, junto com o movimento rotacional do ovo, bem como com os
movimentos de deslocamento axial

2. Segundo Período: 21 dias, do tempo da implantação ao tempo da formação geral dos


aparelhos. Durante este período, são formados: o sistema interior, que se desenvolverá
nos aparelhos digestivo e respiratório; o sistema periférico, que se desenvolverá no
sistema nervoso; e o sistema central que se desenvolverá nos aparelhos circulatório e
excretor. Os aparelhos internos, digestivo e respiratório crescem em padrões espirais
que se expandem centrifugamente, e o sistema nervoso periférico cresce espiralicamente
acionado pela força centrípeta, contrativa. Os sistemas centrais, circulatório e excretor,
são posteriormente formados por movimento espiral entre os dois sistemas principais.
Não só cada sistema é formado espiraladamente, mas também os três sistemas
principais - interno, periférico e central - são compostos como um todo em camadas
espiraladas durante este período conectando-se uns com os outros pelos extremos.

3. Terceiro Período: 63 dias, período da formação de órgãos, glândulas e outras


estruturas principais. Durante este período, os futuros órgãos, glândulas e principais
estruturas do corpo são formados através dos três; sistemas. Todas estas estruturas
crescem espiralicamente, pelas forças centrífuga ou centrípeta. A primeira resulta em
estruturas mais ocas e móveis como intestino grosso, intestino delgado, estômago,
vesícula biliar e bexiga e a segunda resulta em estruturas mais compactas como
pulmões, cora pâncreas, fígado e rins. Como são formados pelo movimento espiral da
energia, são construídos em diversas camadas.
4. Quarto Período: 189 dias, período de desenvolvimento geral, até o parto. Durante
este período, aparelhos, órgãos, glândulas, estruturas principais do corpo e todos os
instrumentos e funções auxiliares continuam a crescer e se completam por volta do fim
dos 280 dias do período embrionário. Durante todo este período o embrião alterna-se
entre o movimento ativo e o lento. Ademais, move-se em espiral, por uma combinação
de rotação e deslocamento axial. Por estes movimentos espirais ordenados, o embrião
atinge o equilíbrio entre cabeça e corpo, esquerda e direita, frente e dorso, interior e
exterior, bem como entre aparelhos, órgãos, glândulas e a circulação dos fluidos do
corpo. As tendências antagônicas, mas complementares, yin e yang são equilibradas,
preparando o todo para o nascimento. Por exemplo, a região da cabeça torna-se mais
compacta, ao passo que a região do corpo torna-se mais expandida. A frente do corpo
torna-se mais macia, ao passo que as costas tornam-se mais duras. As áreas de músculos
e tecidos reúnem mais proteína e gordura, ao passo que os ossos reúnem mais minerais.

d. Período da Infância
Este período estende-se do nascimento até o desenvolvimento da postura ereta na
criança. Durante este período repetimos as experiências da antiga evolução da espécie
animal que ocorreu em terra, após a formação dos continentes, até os tempos recentes
em que a raça humana começou a aparecer. Neste período, que repete aproximadamente
400 milhões de anos biológicos, desenvolvemos a percepção mecânica, sensorial, e
sentimental, de novo num padrão logarítmico. Durante as primeiras quatro semanas
após o nascimento, nossas funções são quase mecânicas; durante as seguintes 12
semanas, percepções sensoriais crescem junto com as funções mecânicas; e durante as
36 semanas seguintes aproximadamente, nossa consciência sensorial continua a crescer.
Durante este tempo, junto com as reações mecânicas e sensoriais precedentes,
alargamos as dimensões de nosso espaço circundante logaritmicamente, ao passo que
nossa postura procede para a ereta pelos estágios de anfíbio, réptil, mamífero e primata.
Os movimentos de nosso corpo em crescimento também refletem a espiral: quando
dobramos o corpo para a frente, contraímos a espiral de nosso corpo; quando o
estendemos, dissolvemos a espiral. Analogamente, quando contraímos nossos braços
formamos espirais, e quando estendemos, as dissolvemos. Na nossa respiração, a
inalação e a exalação formam movimentos espirais opostos do ar que passa pelas
cavidades nasais. Quando engolimos alimento e líquido, seu movimento de descida
forma uma espiral oposta ao movimento de descarga da urina e fezes.

e. Juventude
Na juventude, da postura ereta à puberdade, nosso movimento físico torna-se mais
ativo, seguindo um padrão espiral entre a expansão e a contração. Quando ficamos de
pé, durante o dia, tendemos a estender totalmente as espirais de nosso corpo, mantendo
o corpo mais ou menos reto; e enquanto dormimos, durante a noite, tendemos a
contrariar a espiral de nosso corpo, com a cabeça e pernas dobradas para dentro.
Quando nos movemos rapidamente, como na corrida, tendemos a formar nossa espiral
flexionada: quando descansamos, relaxamos nossa espiral. As emitirmos sons, o
inspirarmos, o ar circula para fora, formando uma espiral em contração. Nossa funções
sensoriais, como paladar, olfato, audição e visão também são cumpridas em movimento
espiral da cabeça, para identificar a intensidade, direção e distância dos impulsos
sensoriais.
Ao mesmo tempo, funções psicológicas, bem como o curso de vários pensamentos se
desenvolvem num padrão espiral. Seguindo-se ao primeiro período da infância, em que
em desenvolver a consciência intelectual durante este quinto período. Ela cresce e
funciona espiraladamente em direção às dimensões maiores do ambiente externo na
forma de imaginação, especulação, calculo, hipóteses, e outras funções que
conhecemos genericamente sob o nome de “entendimento”. Quando usamos o lado
direito do cérebro, que trata mais com conceitos mecânicos básicos, formamos
vibrações mentais em torno do cérebro direito em espiral: quando usamos o cérebro
esquerdo, que produz pensamento estético, formamos vibrações mentais em torno do
lado esquerdo do cérebro em outro padrão espiral.
Cada um de nossos diversos movimentos físicos, bem como nossas diversas atividades
psicológicas formam um padrão espiral especifico - expansão centrífuga ou contração
centrípeta, no sentido horário ou no sentido anti-horário - movimentos espirais de
energia e vibração.

f. Idade Adulta
O período da puberdade até aproximadamente os 50 anos, quando geralmente costuma
ocorrer a menopausa nas mulheres, pode ser chamado idade adulta. Durante este
período, o crescimento físico não continua, mas o crescimento psicológico e espiritual
deve continuar. Este desenvolvimento ocorre de novo numa espiral logarítmica,
sucedendo ao aperfeiçoamento psicológico que tenha ocorrido na etapa anterior. Nossa
consciência mecânica, sensorial, sentimental e intelectual continua a crescer e ademais,
os conceitos sociais devem continuar a se desenvolver em nossas experiências de
relações humanas. Esta consciência social produz uma outra consciência, mais
avançada, a ideológica e filosófica – o entendimento da sociedade, da vida, e do
universo como um todo; isto continua a se desenvolver, de novo numa espiral
logarítmica, ampliando nossas dimensões de tempo e espaço.
Nosso interesse em negócios pessoais se amplia para os da família e grupais e, mais
além, para a comunidade e a sociedade e, por fim, de todo o mundo. A compreensão
ideológica e filosófica começa com nossa experiência pessoal com outras pessoas e
nosso meio ambiente. Continua a crescer em nossa preocupação pelo destino de toda a
humanidade, que cresce ainda mais rumo à compreensão do universo, incluindo o
visível e o invisível, material e espiritual, físico e mental, finito e infinito - porque
estamos aqui, onde viemos, e para onde estamos indo?
Qual o propósito da vida? Que é amor, paz, justiça e liberdade? Este universo tem
alguma direção específica em seu movimento? Há uma ordem universal governando
todos os outros fenômenos que emergem neste universo? - e assim por diante.
Porque estes aspectos de nosso desenvolvimento mental crescem espiraladamente
numa direção yin expansiva, nossas atividades físicas, que produzem nosso contato
humano com outras pessoas e seres da natureza também tendem a se ampliar num
padrão yin expansivo. No começo deste período, nossos contatos ficam limitados a
nossa família e amigos; à medida que crescemos, nossos contatos crescem em número
de pessoas, negócios e eventos que experimentamos na sociedade e na natureza.
Ademais, refletimos mais sobre o passado e planejamos mais para o futuro. Como
tendência geral na formação da família, uma pessoa solteira torna-se um casal, e um
casal produz várias crianças, que respectivamente criarão mais crianças. A acumulação
material durante este período geralmente tende a um padrão expansionista análogo.
Como tendência geral, parece que a velocidade de acumulação material é mais lenta que
a velocidade dos contatos humanos, e o aumento nos contatos humanos é mais lento que
o desenvolvimento da consciência. Estas três fases de desenvolvimento formam as
órbitas interior, média e periférica de uma espiral logarítmica que representa todo o
desenvolvimento de nossa vida humana durante este período. Neste padrão de
crescimento, na eventualidade de que o padrão de acumulação material seja
irrazoavelmente alto, o desenvolvimento dos dois outros aspectos - contatos humanos e
consciência tende a se retardar.

g. Maturidade
O período aproximadamente dos 50 anos até a morte pode ser chamado de maturidade,
o cumprimento da vida humana. Neste período, nossa consciência cresce ainda mais e
rapidamente num padrão logarítmico, expandindo nossa consciência social e nossa
compreensão ideológica e filosófica. Isto se segue pelo desenvolvimento da percepção
espiritual e cosmológica, que nos leva a reconhecer nossa vida como mero processo
transitório na longa jornada que começou no oceano infinito do universo, e que termina
pelo retorno a este oceano. Isto nos leva ainda mais à compreensão de que esta longa
jornada da vida universal tem ciclos infinitos entre a infinidade Una e as incontáveis
manifestações finitas. Neste ciclo incessante da vida, todas as manifestações físicas são
a forma yang do ser espiritual não-físico vibracional, e todos os seres espirituais nada
mais são senão a forma yin expandida, cobrindo todas as dimensões deste universo e
mesmo além do universo.
Nesta etapa da vida, a verdadeira felicidade é percebida, com o desenvolvimento
cosmológico e espiritual. Nossa vida material, bem como nossas relações com outras
criaturas torna-se naturalmente ajustadas pela suprema percepção cosmológica e
espiritual da vida eterna. Lá pelo fim da vida, o desenvolvimento físico e material
geralmente tende a se desacelerar ou declinar, ao passo que os sociais e humanos
continuam a crescer constantemente, e o desenvolvimento da consciência se faz de
forma crescente.
h. Período Pós-Humano
Juntamente com a morte da vida humana nesta terra, o padrão yin de crescimento da
vida é ainda mais acelerado pela decomposição ativa da constituição humana. Algumas
partes tais como organismos celulares retornam a seu mundo original de elementos,
diferenciados e distribuídos no solo, água e ar; e outras partes da constituição humana
tais como vibrações, ondas e radiações, que estiveram manifestadas como energia física
e mental são também devolvidas e distribuídas a seus mundos originais. Ademais, o que
chamamos "consciência" continua com vibração maciça, continuando a existir na forma
de "almas", ou "espíritos", que são transferidos em diversos comprimentos de ondas e
podem influenciar a memória, imagens e pensamentos de nossos companheiros que
continuam em vida.
Estas existências vibracionais continuam a se dissolver e expandir em direção cada vez
maior e, eventualmente, retornam ao infinito, cobrindo todo o universo.
Estes oito estágios de desenvolvimento físico, mental e espiritual da constituição
humana, muito embora evoluam no padrão de uma espiral logarítmica como um todo,
são afetados pelos seguintes fatores:

1. Qualidades tradicionais e hereditárias recebidas de nossos ancestrais, biológica e


psicologicamente.
2. Influências ambientais, inclusive climáticas, diferenças geográficas, condições
atmosféricas e influências celestes.
3. O volume e a qualidade de alimento e bebida consumidos por toda a vida, dia a dia,
que determinam nossas qualidades e tendências físicas, mentais e espirituais.
4. O ambiente social, inclusive relações com outras pessoas, e a natureza da civilização
e cultura à nossa volta.

Sejam estas influências positivas ou negativas, porém, cada um de nós tem sempre o
poder de dirigi-las pela iniciativa tomada em nossa vida cotidiana. Logo para ter saúde e
felicidade, torna-se necessário regular nossa vida diária ordenadamente,
macrobioticamente, através da prática alimentar e de exercícios físicos, mentais e
espirituais, como o Do-In.

3. Constituição Humana do Ki-Energia Eletromagnética


Durante o período do desenvolvimento embrionário que procede com movimento
espirálico o embrião continuamente recebe a força celeste, descendente, pelo canal
espiritual da mãe, penetrando a gestante em espiral pelo, pólo magnético superior, o
centro da fontanela, na cabeça. O embrião também recebe, da Terra em rotação, forças
geradas numa direção expansiva, subindo pelo pólo magnético inferior, os órgãos
genitais da gestante. Ambas as forças carregam o embrião por baixo e por cima, gerando
forças vitais de energia eletromagnética. Chamamos este estado carregado do embrião,
"estar vivo".
Estas cargas de duas forças, junto com o movimento rotacional do embrião produzem
energia radiante em expansão a partir do interior do embrião para o espaço circunstante,
formando uma camada invisível de energia à sua volta. Esta camada é carregada
verticalmente em 12 seções devido à influência dos 12 principais meridianos de energia
correndo verticalmente ao longo da parede interior do útero.
Cada um destes 12 meridianos interiores ao útero corresponde respectivamente a cada
um dos meridianos superficiais da mãe, e estes ainda correspondem às cargas
atmosféricas da Terra, influenciadas pelas 12 constelações que giram muito longe no
espaço ao longo da eclíptica da Terra.
Estes meridianos superficiais e as constelações correspondentes são:
Meridiano: Constelação:
Pulmão - Áries
Intestino Grosso - Touro
Estômago - Gêmeos
Pâncreas (ou Baço-Pâncreas) - Câncer
Coração - Leão
Intestino Delgado - Virgem
Bexiga - Libra
Rim - Escorpião
Circulação-Sexo - Sagitário
Vesícula Biliar - Armário
Fígado - Peixes

Entre a camada de energia em torno do embrião e o centro do embrião é trocada uma


carga de energia na forma de correntes invisíveis que espiralam para dentro a partir da
camada rumo à parte interior do embrião, à medida que este rotaciona de 12 maneiras
diferentes. Quando estas correntes invisíveis atingem a parte central do embrião, cada
uma forma uma espiral. Algumas formam espirais que se movem para dentro devido a
seu baixo dinamismo, e outras formam espirais para fora, com alto dinamismo. Estas
espirais, para dentro e para fora, crescem continuamente durante o período embrionário,
desenvolvendo-se em diversos órgãos e funções importantes. As espirais para dentro
formam mais compactos, que têm movimento mais lento, e as espirais para fora criam
órgãos mais expandidos, de movimento mais rápido. Há um equilíbrio mútuo entre os
órgãos com estrutura compacta, yang e de movimento lento, yin, e aqueles de estrutura
expandida, yin, e movimento rápido, yang, formando pares:

Órgãos Compactos (yang) Órgãos Expandidos (yin) Movimento Lento (yin)


Movimento Rápido (yang)
Pulmões
Baço-Pâncreas
Coração Rins
Circulação-Sexo
Fígado
Intestino Grosso
Estômago
Intestino Delgado
Bexiga
Triplo Aquecedor
Vesícula Biliar

Fig. 9 - Formação embrionária de órgãos, Braços e Pernas


Pernas
Carga ambiental
Órgãos
Região de Entrada
Braços

Fig. 10 - Formação Embrionária dos Três Órgãos Fundamentais


Cérebro
Sistemas Circulatório e Excretor
Sistemas Digestivo e Respiratório,
B – Sistema Nervoso
Coração
Intestinos

Depois de formar estas espirais, que depois se desenvolvem como os principais órgãos
e funções, a energia eletromagnética começa a descarregar-se para cima e para baixo.
Para cima vai a energia que foi carregada nas partes mais periféricas de ambos os lados
do embrião, e para baixo vai a energia carregada na parte mais central do embrião. Estas
descargas de energia também formam espirais exteriores, superiores e inferiores, que
depois constituem braços e pernas. Correspondentemente, as correntes de energia que
fluem através dos braços e das pernas. Na forma de meridianos se desenvolvem assim:

Braços - Pernas
Meridianos - Meridianos
do Pulmão - do Baço-Pâncreas
do Intestino Grosso - do Fígado
da Circulação-Sexo - do Estômago
do Triplo Aquecedor - da Vesícula Biliar
do Coração - da Bexiga
do Intestino Delgado - dos Rins
Estes meridianos formam os dedos e artelhos nos seus terminais, constituindo, em
conjunto, espirais de sete órbitas logarítmicas:

1º. estágio: Cintura escapular e omoplata, a raiz do braço


2°. estágio: Antebraço
3°. estágio: Braço
4°. estágio: Dorso da mão, até os dedos
5º. estágio: Dorso das falanges dos dedos
6º. estágio: Dorso das falanginhas
7º. estágio: Dorso das falangetas

Fig. 11 - Formação Espirática do Braço

Como braços e pernas são estruturas formadas pelo fluxo de energia a partir das
espirais dos órgãos produzidos no corpo, os braços e as pernas, bem como os dedos e
artelhos têm relações complementares com os órgãos, ou parte interior do corpo. As
partes periféricas dos braços e pernas, inclusive dedos e artelhos, correspondem às
partes mais interiores dos órgãos correspondentes; e a raiz ou juntas de braços e pernas,
junto do tronco, correspondem às camadas externas dos órgãos correspondentes.
Correspondentemente, estímulos e impulsos dados à periferia de braços e pernas,
inclusive mãos e dedos, pés e artelhos, produzem reação imediata nas partes interiores
dos órgãos correspondentes; enquanto. estimulações das raízes e áreas dos braços e
pernas mais próximas do tronco produzem reações diretas nas camadas superficiais dos
órgãos.
Como o corpo embrionário recebe energia da camada de energia eletromagnética que o
circunda, os pontos de entrada estão na superfície periférica do embrião. Esta superfície,
à medida que a energia é descarregada em direção aos futuros braços e pernas,
gradualmente se transforma na parte dorsal do corpo. No corpo humano totalmente
desenvolvido, ao longo da espinha, nas costas, encontramos, assim, os principais pontos
de entrada da energia Ki, chamados, na medicina oriental, Yu-Ketsu, "Pontos Yu", ou
"Pontos de Entrada"*. O significado de Yu é "verter para dentro". Através destes pontos
de entrada, cargas atmosféricas entram na parte interior do corpo, carregando vários
órgãos, ativando suas funções. Cada um destes pontos relaciona-se, portanto, a um
órgão específico e sua função, e estes pontos tradicionalmente levam o nome do órgão
associado: Hai-Yu". Ponto de Entrada do Pulmão"; Kan- Yu, "Ponto de Entrada do
Fígado"; So-Cho-Yu, "Ponto de Entrada do Intestino Delgado"; e assim por diante.
Depois que os fluxos de energia que entram por estes pontos de entrada Yu carregam
os respectivos órgãos, então, como mencionado antes, saem pela superfície da frente do
corpo, reunindo-se em certos pontos, tradicionalmente chamados Bo-Ketsu, "Pontos de
Reunião”**, na medicina oriental. Assim, na reunião frontal do corpo há um Ponto de
Reunião para cada corrente de energia que carregou cada órgão. Em outras palavras,
estes Pontos de Reunião também representam determinados órgãos e suas funções.
Estes Pontos de Reunião estão em relação complementar com os Pontos de Entrada. Os
pares de pontos complementares são:

Fig. 12
Yu - Pontos de Entrada
Pulmão, B 13
Circulação-Sexo, B 14
Coração, B 15
Diafragma, B 17
Fígado, B 18
Vesícula Biliar, B 19 ,
Baço-Pâncreas, B 20
Estômago, B 21
Triplo Aquecedor, B 22
Rim, B 23
Intestino Grosso, B 25
Intestino Delgado, B 27
Bexiga, B 28

Bo – Pontos de Reunião
Circulação-Sexo, VC 17
Pulmão, P 1
Coração, VC 14
Fígado, F 14
Visicula Biliar, VB 24
Rim, VB 25
Baço-Pâncreas, F 13
Estômago, VC 12
Intestino Grosso, E 25
Triplo Aquecedor, CV 7
Intestino Delgado, VC 4
Bexiga, VC 3

*N. do R. - Estes pontos são mais comumente denominados "Pontos de Assentimento"


pelos autores ocidentais.
** N. do R. - Também chamados "Pontos de Alarma”:
Esta corrente, reunida nos pontos da frente do corpo, começa a se descarregar
por braços e pernas, formando um meridiano para cada corrente e terminando nas
pontas dos dedos e artelhos. Os pontos terminais destes meridianos são chamados
Sei-Ketsu, "Pontos Poço". Este nome indica que o fluxo energético borbota como
água de um poço subterrâneo. Cada Ponto Poço de cada meridiano localiza-se,
portanto, no extremo de cada dedo e artelho, à exceção do Ponto de Poço, do meridiano
do rim, na parte central frontal da sola do pé. Estes Sei - Pontos Poço, estão pois em
relação complementar com o Bo - Pontos de Reunião, no que concerne aos meridianos,
e também com o Yu - Pontos de Entrada, quanto ao fluxo total de energia.
Entre os Pontos de Reunião e os Pontos Poço, cada meridiano geralmente forma sete
partes logarítmicas. Concomitantemente, o fluxo de energia pelo meridiano se equilibra
na área da quarta seção, a partir de qualquer de seus extremos. Como o comprimento de
cada seção compondo os braços e pernas torna-se cada vez mais curto à medida que nos
deslocamos para a periferia, estes pontos de equilíbrio estão geralmente localizados em
torno do pulso no caso dos meridianos do braço, e em torno do tornozelo e calcanhar no
caso dos meridianos da perna. Estes pontos são tradicionalmente chamados Gen-Ketsu,
"Pontos Fonte", ou “Pontos de Equilíbrio". Estes são dos mais importantes, junto com
os três conjuntos anteriores, para equilibrar a carga de energia pelos meridianos, órgãos
e funções.
Os Pontos Poço e os Pontos de Equilíbrio de cada meridiano:
Fig. 13 - Pontos Guen - Fonte nas Mãos e Pés
Pulmão 9
Coração 7
Circulação-Sexo 7

Triplo Aquecedor 4
Intestino Delgado 4
Intestino Grosso 4

Fígado 3
Rim 3
Baço-Pâncreas

Estômago 42
Vesícula Biliar 40
Bexiga 64

Os meridianos que passam por nosso corpo são como os meridianos sobre a superfície
da Terra. As correntes eletromagnéticas sobre a superfície do planeta formam
cordilheiras, alinhadas principalmente na direção Norte-Sul. Algumas cordilheiras
orientadas Leste-Oeste ou Nordeste-Sudoeste originaram-se no passado, antes de
deslocamentos do eixo da Terra e alterações nos pólos

Fig. 14 - Pontos Poço (Sei) de Cada Meridiano


(C 9)
( P 11 )
(CS 9)

(IG 1)
(ID 1)
(TA 1)

(BP 1)

(F 1)
(E 45)
(B 67)
(VB 44)

(R 1)

magnéticos. Nas cordilheiras há fontes, cachoeiras e rios, bem como vulcões, vales;
florestas e planícies. Cada um destes lugares tem certas características, produzidas, pela
pressão atmosférica e condições da superfície, juntamente com forças e movimentos
subterrâneos. Analogamente, ao longo dos meridianos do corpo há vários pontos
caracterizados como fenômenos naturais nas cordilheiras. Alguns pontos dos meridianos
são de natureza mais aquosa - o fluxo de energia corre, alaga, precipita-se, borbulha.
Outros pontos são caracterizados mais pela natureza do fogo, do metal, da madeira, e do
sol, bem como outras. Estes pontos são nomeados tradicionalmente de acordo com sua
qualidade, muito embora na orientação moderna, uma série de números foi-lhes
atribuída para identificação. Estes pontos ocorrem principalmente ao longo dos
meridianos, especialmente em torno das juntas dos braços e pernas; entre estes pontos,
ocorrem outros pontos de equilíbrio. Assim, por todo o corpo ao longo dos 12
meridianos principais, existem mais de 360 pontos; na superfície de todo o corpo, mais
de 2.000 pontos.
As principais correntes de energia aparecem como meridianos passando por todo o
corpo, com diversos graus de dinamismo e intensidade de corrente entre os 12
meridianos principais. Dentre estes meridianos, seis fluxos de energia são mais ativos, e
seis menos ativos. As correntes, ou fluxos ditos ativos podem ser identificados como
yang, por originarem-se de órgãos mais ativos, com uma estrutura mais expansiva, yin.
As correntes, ou fluxos, menos dinâmicos, podem ser chamadas meridianos yin, vindo
dos órgãos mais compactos, yang. Os meridianos yang correm pela parte exterior de
braços e pernas, ao passo que os meridianos yin na parte mais interior. Seus diversos
graus de dinamismo yin e yang são:

Os Vários Graus de Dinamismo dos Meridianos


Pulmão - Grande Yin
Baço - Grande Yin
Rim - Pequeno Yin
Coração - Pequeno Yin
Circulação-Sexo - Yin menor
Fígado - Yin menor
Vesícula Biliar - Pequeno Yang
Triplo Aquecedor - Pequeno Yang
Intestino Grosso - Yang médio
Estômago - Yang médio
Bexiga - Grande Yang
Intestino Delgado - Grande Yang
Dentre estes 12 meridianos, o meridiano yang da Circulação/ Sexo, e o meridiano yin
do triplo aquecedor complementam um ao outro em suas funções. Estes meridianos não
têm órgãos específicos de e para os quais vai a energia; ao invés, são correntes
energéticas mais abrangentes. Por exemplo, no caso do meridiano da Circulação/ Sexo,
a energia gerada pelo movimento da região do coração é usada para administrar a
circulação do sangue e fluidos por todo o corpo. No caso do meridiano do Triplo
Aquecedor, as vibrações descarregadas do movimento metabólico da região superior do
coração, região média do estômago e inferior do abdômen estão constantemente
ajustando e controlando o metabolismo térmico em todo o corpo. Correspondentemente,
as condições dos outros dez meridianos influenciam estes dois, e as condições destes
dois influenciam todos os outros dez. Em outras palavras, tanto o meridiano da
Circulação/ Sexo quanto o Triplo Aquecedor são funções genéricas representando todos
os outros dez meridianos, que respectivamente representam as funções dos órgãos
principais.
Além dos supra mencionados 12 meridianos, o embrião forma dois outros meridianos
fundamentais. São tradicionalmente chamados Nin-Myaku, o "Vaso da Concepção", e
Toku-Myaku, o "Vaso de Governo". A energia do Vaso da Concepção flui para cima ao
longo da frente do corpo, começando do ponto entre o Ânus e a área genital e
terminando na boca. Durante o período embrionário, o Vaso da Concepção é a camada
mais interna do corpo, e o Vaso do Governo é a mais periférica.
Além do mais, estas duas funções estão conectadas como um só fluxo circulatório de
energia. Do extremo do Vaso da Concepção, na boca, a energia entra no aparelho
digestivo, movendo-se para a parte mais interna do corpo, o baixo abdômen, saindo pela
área do cóccix. Daí, flui ao longo da espinha, atingindo a cabeça e terminando na boca.
Da região da boca de novo entra no corpo ao longo do aparelho digestivo, e de novo
rumo ao baixo abdômen, saindo pela área entre o ânus e a região genital,
transformando-se de novo no fluxo de energia que se desloca para cima, ao longo do
Vaso da Concepção.

Fig. 15
Vaso da Concepção (VC)
Vaso do Governo ( VG )
Estes dois meridianos, os Vasos da Concepção e do Governo, que de fato são um só
fluxo de energia, correspondem a uma sobreposição da energia que flui ao, longo dos
meridianos da Circulação/Sexo e do Triplo Aquecedor. Estes quatro meridianos, por sua
vez, têm uma influência abrangente sobre toda nossa atividades física, mental e
espiritual, ao passo que os outros dez têm influências parciais.
As energias eletromagnéticas funcionando como os 12 meridianos, incluindo o da
Circulação/ Sexo e Triplo Aquecedor, não são correntes totalmente independentes
operando separadamente umas das outras. Estas correntes de todos os meridianos estão
interconectadas em ambos os extremos: nas partes periféricas do corpo - mãos e dedos,
pés e artelhos, especialmente nos Pontos Poço - e nos ponta, centrais das áreas superior,
média e inferior do meridiano Triplo Aquecedor.
Portanto, a energia flui de um meridiano para outro continuamente, recebendo
constantemente cargas de atmosfera através de vários pontos, e descarregando
constantemente por diversos outros, ao passo que a corrente fica circulando por todos os
meridianos. A tabela seguinte mostra a ordem de fluxo da corrente de um meridiano
para outro, alternando-se entre meridianos yin e yang:

Meridianos para baixo Yin


Pulmões
Baço-Pâncreas
Coração
Rim
Circulação/Sexo
Fígado

Meridianos para cima Yang


Intestino Grosso
Estômago
Intestino Delgado
Bexiga
Triplo Aquecedor
Vesícula Biliar

Correspondentemente, a estimulação de qualquer espécie, inclusive pressão, sobre


certos meridianos ou pontos deles, eventualmente influencia todos os meridianos, bem
como a atividade eletromagnética de vários pontos - nãos só naquele meridiano em
particular, mas também nos outros meridianos. Estas influências, criando respostas de
atividade e interatividade no fluxo energético entre os meridianos, podem ser entendidas
de um modo geral pelas experiências que foram formuladas na teoria tradicional dos
Cinco Estágios de Transformação.
Os Cinco Estágios de Transformação universalmente ocorrem em todos os fenômenos
deste mundo relativo, em qualquer domínio: química, física, biologia e astronomia, bem
como em fenômenos fisiológicos, psicológicos e sociais. Estas transformações são os
movimentos da expansão centrífuga yin para a contração centrípeta yang, e vice-versa,
sem cessar.
Na natureza, a matéria muda de seu estado sólido para um estado líquido aplicando
fatores centrífugos, como o uso de alta temperatura. Muda ainda para vapor, e continua,
para o plasma. Esta expansão yin contínua se transformaria na contração yang pela
aplicação de baixa, temperatura, do plasma para a solidificação. Este caminho yang de
contração de novo se transforma no curso yin de expansão, repetindo-se um processo
análogo.
Estes Cinco Estágios de Transformação foram explicados em termos simples,
compreensíveis para qualquer um, usando exemplos de objetos relativos comuns em
nosso ambiente:

Evaporação..........................Madeira
Plasma................................. Fogo
Solidificação........................Terra
Sólido...................................Metal
Líquido.................................Água

Este padrão universal de variação entre a expansão yin e a contração yang, num ciclo
sem fim, também explica a reencarnação que ocorre universalmente em todo fenômeno.
A energia eletromagnética fluindo ao longo dos meridianos por todo o corpo, entrando e
saindo de vários órgãos e exercendo diversas funções, também não se furta a esta lei
universal da mudança. As correntes de energia correndo ao longo dos dez meridianos
mais os dois genéricos, criam interações tais como na Fig. 16.

Fig. 16 - As Cinco Transformações nas Alterações Fenomênicas e Funções Correlatas


de Órgãos e Meridianos

Plasma Fogo
C/ID - CS/TA
Gás Madeira F/VB
Solidificação Terra BP/E
Líquido Água RB
Matéria Bruta Metal P/IG

Em outras palavras, o excesso de energia num meridiano transborda para o seguinte


numa progressão natural, e reduz a energia do meridiano que o precede. Por exemplo,
um excesso de energia aplicado ao meridiano do Fígado naturalmente passa para o
meridiano do Coração, resultando numa redução da energia do meridiano do Rim. Esta
relação pode ser chamada "relação complementar", ou "relação pai/ filho", como
chamada tradicionalmente pela medicina oriental.
Ademais, os meridianos listados em lados opostos da tabela são governados por
tendências opostas: alguns com energia de expansão, outros de contração.
Portanto, entre estes cinco grupos de meridianos há relações antagônicas, como na
Fig.17 .
Em outras palavras, um estímulo dado para gerar ,o funcionamento ativo do meridiano
do Fígado inibiria o funcionamento ativo do meridiano do Baço- Pâncreas, e um
estimulo dado para reduzir a atividade, por exemplo, do meridiano do Rim, aceleraria a
atividade do meridiano do Coração. Esta interação dos meridianos pode ser chamada
"relação antagônica", ou "reação de conflito", como era chamada tradicionalmente.

Fig. 17 – Tendência Conflitantes nas Funções de Órgãos e Meridianos


FOGO – C/ID – CS/TA
MADEIRA – F/VB
ÁGUA – R/B
TERRA – BP/E
METAL – P/IC

Fig. 18
Para baixo Meridiano do Pulmão
Água (P5)
Metal (P 8)
Terra (P 9)
Fogo (P 10)
Madeira (P 11)

Para Cima Meridiano do Intestino Grosso


Terra (IG 11)
Fogo (IG 5)
Madeira (IG 3)
Água (IG 1)
Estes Cinco Estágios de Transformação se originam em cada meridiano em sua
periferia. Dentre os pontos das pontas dos dedos ao cotovelo nos braços e das pontas
dos artelhos aos joelhos, nas pernas, há cinco pontos em cada meridiano que
representam respectivamente as naturezas de Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água.
Estes pontos são usados de diversas maneiras no tratamento energético, para aumentar
ou reduzir a energia, Por exemplo, aplicando-se um estímulo ao ponto da Água do
meridiano do Fígado, influencia não só o meridiano do Fígado, mas também o do Rim.
Analogamente, a estimulação do ponto do Fogo, do meridiano do Estômago influencia
não só a este meridiano, mas também o do Intestino Delgado. Estes pontos estão
listados na Fig. 18.

Para baixo Meridiano do Coração


Água (C 3)
Metal (C 4)
Terra (C 7)
Fogo (C 8)
Madeira (C 9)

Para cima Meridiano do Intestino Delgado


Terra (ID 8)
Fogo (ID 5)
Madeira (ID 3)
Água (ID 2)
Metal (ID 1)

Para baixo Meridiano da Circulação-Sexo


Água (CS 3)
Metal (CS 5)
Terra (CS 7)
Fogo (CS 8)
Madeira (CS 9)

Para cima Meridiano do Triplo Aquecedor


Terra (TA 10)
Fogo (TA 6)
Madeira (TA 3)
Água (TA 2
Metal (TA 1)

Para cima Meridiano do Estômago


Terra (E 36)
Fogo (E 41)
Madeira (E 43)
Água (E 44)
Metal ( E 45)

Para baixo Meridiano do Baço-Pâncreas


Água (BP 9)
Metal (BP 5)
Fogo (B 60)
Terra BP 3)
Fogo (BP 2)
Madeira (BP 1)

Para cima Meridiano da Bexiga


Terra (B 54)
Água (B 66)
Metal (B 67)

Para baixo Meridiano do Rim


Água (R 10)
Fogo (R 2)
Madeira (R 1)
Metal (R 7)
Terra (R 3)
Fogo (R 2)

Para cima Meridiano da Vesícula Biliar


Terra (VB 34)
Fogo (VB 38)
Madeira (VB 41)
Água (VB 43)
Metal (VB 44)

Paras baixo Meridiano do Fígado


Água (F 8)
Terra (F 3)
Fogo (F 2)
Madeira (F 1)
Metal (F 4)

4. Tratamentos
Os tratamentos que usam estes meridianos e os pontos ao longo deles visam
principalmente harmonizar as correntes de energia pelo corpo. Quando o fluxo de
energia ao longo de certos meridianos é inferior ao normal, aplica-se estímulo, para
fornecer energia suplementar, ou ativar o fluxo já existente. Quando alguns meridianos
têm energia em excesso, aplica-se estímulo para reduzir a energia, visando sempre
atingir uma relação harmoniosa entre os diversos meridianos.
As artes para suprir ou reduzir esta energia foram desenvolvidas, principalmente nos
países orientais, por mais de 5.000 anos. Dentre estas artes de harmonizar energia,
temos as seguintes:

a. Acupuntura
A arte da acupuntura usa principalmente agulhas, tradicionalmente feitas de ouro e
prata, e recentemente, de aço inoxidável. No tratamento, uma ou várias agulhas são
usadas no meridiano adequado e nos pontos apropriados, por vezes inserindo e tirando
imediatamente, e outras vezes inserindo e deixando por algum tempo. Pelo uso
diversificado das agulhas, fornece-se energia, ou reduz-se a energia em diversos graus.
Pode-se considerar essas agulhas como antenas que recebem e descarregam a energia Ki
entre a atmosfera e o corpo.

b. Moxabustão
O estímulo que recorre à vibração ativa do fogo pode também liberar o fluxo
estagnado da energia do longo dos meridianos ou certas áreas ao redor dos pontos.
Usualmente, a substância queimada é a moxa, tradicionalmente feita a partir de
artemísia, mas outras espécies de estimulação pelo fogo podem produzir efeitos
análogos: moxa de arroz, papel e cigarro podem ser usadas em circunstâncias diversas.

c. Shiatsu, ou Massagem dos Meridianos


Diferente da massagem ocidental, a massagem oriental tem usado os meridianos e os
principais pontos ao longo dos meridianos para harmonizar as correntes
eletromagnéticas pelo corpo. Como as mãos e os dedos, bem como os pés e artelhos
estão carregados de energia, a aplicação deles em meridianos estagnados ou pontos
endurecidos pode ativar uma circulação suave de energia, e a aplicação numa área em
que o fluxo de energia é inferior ao normal, pode ativar a corrente. O uso dos dedos de
uma determinada maneira pode reduzir o excesso de energia em certas áreas. Este
shiatsu, ou massagem dos meridianos tem sido praticado amplamente em países
orientais, mesmo por pessoas comuns, domesticamente.

d. Cura Pelas Mãos


Como as palmas, e todas as outras áreas das mãos, incluindo as pontas dos dedos
recebem e descarregam energia, uma certa maneira de usar as palmas e dedos,
aplicando-os suavemente sobre parte de um meridiano ou pontos numa área doente,
pode reduzir vários distúrbios. Em alguns casos, dois ou mais dedos podem ser usados
para reforçar a energia, ou ambas as palmas podem ser usadas. Em outros casos, os
dedos podem ser usados antagonicamente; por vezes, dois dedos, um para fornecer
energia, e o outro para reduzir.

e. Yoga, e outros exercícios físicos


Muitos exercícios que exigem flexionar ou distender o corpo, pescoço, cabeça, braços
e pernas de certas maneiras, produzem diversos efeitos no fluxo de energia ao longo dos
meridianos, liberando a estagnação em certas áreas. Estes exercícios, muito embora não
sejam bem compreendidos atualmente, foram originalmente destinados a harmonizar as
correntes de energia dos meridianos, o que resulta naturalmente no desenvolvimento
harmonioso de nossa condição física, mental e espiritual.
Todas as artes mencionadas acima originaram-se do Shin-Sen-Do ou "Caminho
do Homem Livre", arte da longevidade e rejuvenescimento, aperfeiçoamento físico,
mental e espiritual praticada há milhares de anos. Dentre as várias modalidades do Shin-
Sen-Do, o Do-In é o exercício mais simplificado, em comparação com outras
modalidades de cura: pode-se praticá-lo a sós, a qualquer momento. O Do-In não requer
conhecimento aprofundado e técnica peculiares à acupuntura. Não requer quaisquer
instrumentos, como no caso da acupuntura e moxabustão, por mais simples que sejam.
O Do-In não requer uma pessoa que aplique o tratamento, como na massagem shiatsu e
cura pelas mãos, bem como na acupuntura e moxabustão. O Do-In não requer qualquer
atividade vigorosa ou inusitada que possa ser requerida eventualmente no exercício do
yoga ou outro treino físico.
O Do-In, em seus vários exercícios, usa o fluxo das energias que percorrem o corpo,
com movimentos mais simples e normais, incluindo o uso dos meridianos e seus pontos,
mas também recorre às funções principais do corpo como respiração, cantar, pensar e
meditar.

5. Os Chacras e o Canal Espiritual


Durante o período embrionário, bem como na idade de crescimento, como toda
existência orgânica e inorgânica na superfície desta terra, incluindo terra, água e ar,
nossa constituição - tanto física quanto mental - é fundamentalmente orientada pelas
forças do Céu e Terra. A força do Céu vem do espaço exterior, infinito, e se dirige ao
centro da Terra, e a força da Terra irradia-se do centro do planeta rumo ao espaço
exterior. Uma é a força yang, de contração centrípeta, e a outra é a força yin de
expansão centrífuga. Sem estas forças nenhum fenômeno poderia ocorrer na Terra. Estas
forças se manifestam na superfície do planeta, mas também se manifestam na formação
e existência de todas as espécies sobre a terra.
A terra descarrega mais força yin de expansão centrífuga na região ao longo do
Equador, onde o movimento de rotação do planeta tem maior velocidade periférica,
devido à circunferência da Terra ser máxima ali. A Terra gira no sentido anti-horário,
olhando do Pólo Norte rumo ao centro do planeta. Assim, esta força yin forma uma
espiral horária ao ser descarregada. Inversamente, a força do Céu, descendo rumo às
regiões polares, forma uma espiral anti-horária ao convergir rumo ao centro da Terra. A
força yin, expansiva, forma uma espiral horária centrífuga, e a força yang, contrativa,
forma uma espiral anti-horária centrípeta.
Um força centrípeta, contrativa, yang, vinda do Céu, quando entra com mais
intensidade na região polar, produz uma atmosfera altamente carregada, que aparece
como a aurora boreal. Entra rumo ao centro da Terra, encontrando-se com o outro fluxo
contrativo do Céu, vindo do Pólo Sul, resultando numa órbita curva (Fig. 19). Ademais,
produzem outra camada de correntes energéticas que formam o manto. Analogamente,
produzem a crosta, e várias camadas de correntes eletromagnéticas circundando a Terra,
como o Cinturão Van Allen, de radiação.
Constituições análogas aparecem em tudo o que tem uma forma geral arredondada. Por
exemplo, no caso das frutas, a área do núcleo é onde geralmente as sementes são
produzidas, e a área do manto é a região da polpa da fruta. A crosta da Terra
corresponde à casca da fruta. A força do Céu entra na fruta pela haste, e outra força vem
de baixo, da Terra. Da mesma maneira, nossa constituição humana é resultado de duas
forças, cada uma vindo, respectivamente, do Céu e da Terra, num dinamismo em
espiral.
No caso do corpo humano, a força do Céu entra pela região da cabeça, formando o
crescimento do cabelo no sentido anti-horário, e produzindo a aura, análoga à aurora
boreal, no hemisfério norte da Terra. Depois de entrar pela cabeça, a força do Céu
carrega intensamente a região mais interior do cérebro – a área do mesencéfalo - de
onde as cargas são distribuídas a todas as outras partes

Fig. 19
Formação da Maçã e das Frutas em Geral

Formação da Terra
Aura da Terra (Aurora Boreal)
Crosta
Manto
Núcleo

do cérebro, enviando energia a milhões de células. Por causa destas cargas distribuídas a
todas as partes do cérebro, estas células, organizadas por região do encéfalo, operam
como instrumentos de comunicação e recebem as mais variadas vibrações bem como
impulsos magnéticos, produzindo imagens. A televisão, muito embora um mecanismo
muito primitivo, faz uma operação semelhante. Nosso cérebro é capaz de funcionar
como o principal órgão da consciência e centro de controle de muitas atividades físicas
e mentais, em resultado de ser constantemente carregado pela força do Céu.
Esta força desce continuamente, formando a úvula na região mais interior da cavidade
bucal, que é o pólo oposto do centro espiral da cabeça. Em torno da úvula, portanto,
forças eletromagnéticas carregam intensamente o líquido que se acumula na boca.
Como exemplo, a saliva pode dissolver diversas substâncias e decompor carboidratos,
por exemplo, por causa de sua natureza eletromagnética.
A energia é transmitida da úvula à raiz da língua e região da garganta, inclusive cordas
vocais. Por esta razão a língua é móvel, assim como as cordas vocais. As glândulas
tireóide e paratireóide que são energizadas por esta força, produzem hormônios, assim
como a glândula pituitária, no cérebro, sob a influência da irradiação a partir do centro
do encéfalo.
A força do Céu desce mais ainda, para a região do coração. As forças eletro magnéticas
ativam os músculos externos do coração, e a carga é daqui distribuída pelo sistema
circulatório, no sangue e na linfa, da mesma maneira que se irradia por todas as células
cerebrais, a partir do me sencéfalo. Por exemplo, devido à distribuição desta carga, o
plasma sangüíneo e algumas substâncias químicas são ionizados. Por causa desta
ionização, são capazes de alterar rapidamente sua natureza química, chegando até a
transmutação, que pode ocorrer no sangue. As cargas levadas pelo sistema circulatório
são ainda espalhadas pelos trilhões de células de todo o corpo. A força do Céu continua
a descer, carregando a região do estômago, de onde é distribuída a outros órgãos
circunstantes, como pâncreas e baço, fígado e vesícula, e rins. Concomitantemente,
estes órgãos produzem diversos líquidos, saturados de energia, como o ácido gástrico, o
suco pancreático, a bile do fígado e vesícula, e hormônios pancreáticos e duodenais.

Fig. 20 A Aura
Força do Céu para baixo
Força da Terra para cima

A força do Céu, prosseguindo seu fluxo descendente, carrega intensamente a parte


inferior do intestino delgado. Esta região é o centro do abdômen, chamada, em japonês,
Ki-Kai, ou "Oceano da Energia". Esta região também é chamada Tan-Den, "Campo
Central", ou ainda, Hara, o "Centro Abdominal". Por causa desta carga, distribuída pelo
intestino grosso e delgado em forma ondulatória, é que estes órgãos se movem se
expandindo e contraindo. A digestão intestinal, a decomposição e absorção do alimento
a nível molecular, bem como o movimento da comida pelas entranhas são possibilitadas
devido a estas forças distribuídas.
Esta energia continua descendo, carregando a parte inferior do corpo, incluindo a
região uro-genital. As funções da bexiga, de coletar e eliminar a urina, e as funções
genitais, produzindo e eliminando células reprodutivas, resultam da descarga destas
forças eletromagnéticas. A força do Céu, vindo pela cabeça, então cria outra "úvula": o
pênis no caso do homem, e o clitóris no caso da mulher, assim como simetricamente
produziu a úvula na cavidade bucal.
Por outro lado, a força da Terra sobe do chão para o Céu, passando pelo mesmo canal
por onde desce a força do Céu. A força da Terra entra pelo corpo por ambos os pés,
subindo rumo à área do Tan-Den. Também penetra pela região inferior do corpo,
incluindo a área genital, criando uma reentrância única - a glândula próstata no homem,
e o útero e ovários na mulher.
Continuando sua ascensão, a força da Terra vai intensificando, colidindo no abdômen
com a força do Céu, que desce. Isto acelera várias atividades intestinais, inclusive a
secreção de sucos intestinais e hormônios sexuais. No caso da mulher, o Tan-Den ou
"Oceano de Energia" coincide com o interior do útero, onde ocorre a implantação e
formação da placenta. A energia é intensificada nesta área, especialmente na mulher,
para possibilitar o desenvolvimento embrionário.

Fig. 21
Homem Força do Céu
Fontanela
Mesencéfalo
Garganta
Coração
Estômago
Hara
Sexo
Mulher Força da Terra

Mais acima, a força da Terra carrega a região mediana do corpo, incluindo órgãos
como estômago, pâncreas e baço, fígado e vesícula, bem como os rins. Por exemplo, o
fígado é influenciado mais pela força do Céu, ao passo que o pâncreas é leais
influenciado pela Terra; e a insulina secretada pelo pâncreas é mais carregada pela força
do Céu, ao passo que a anti-insulina tem sua secreção aumentada pela força da Terra.
Esta energia continua a subir e carrega a região do coração, coordenadamente com a
força do Céu. O movimento cardíaco é governado por estas duas forças - a contração,
pela Terra, e a expansão, pelo Céu. A força da Terra é também distribuída a todo o corpo
pelo sistema circulatório, como a do Céu, enviando a alimentação eletromagnética a
todos os músculos, tecidos e células.
Subindo mais, a força da Terra vibra as cordas vocais, reforçando a função
respiratória e acelerando a atividade da língua, bem como liberando cargas na cavidade
bucal. Por causa desta carga é que os sons agudos podem ser criados, e a inalação pode
ser efetuada, bem como o movimento mais rápido da língua.
Através do espaço entre a raiz da língua e a úvula, a força da Terra é transmitida rumo
ao cérebro, carregando seu centro, o mesencéfalo, de onde sua carga é redistribuída a
todas as partes do cérebro e todas as suas células. Enquanto que a distribuição da força
do Céu a partir do mesencéfalo tende a carregar mais as regiões interior e posterior do
cérebro, a distribuição da força da Terra tende a carregar mais a parte exterior e frontal.
A primeira carrega mais o lado direito, e a segunda, o lado esquerdo do cérebro. Estas
diferenças naturalmente resultam em diferentes efeitos psicológicos.
Estas duas forças, a de contração, do Céu, e a de expansão, da Terra, formam uma
corrente vibracional passando verticalmente por nosso corpo, entre o centro espiral da
cabeça e a parte. inferior do corpo. É este o "canal espiritual", ou "canal primário da
energia vital".
As partes do corpo onde as forças do Céu e Terra interferem e se acumulam, têm sido
tradicionalmente chamadas chacras, especialmente na antiga India. Estes lugares geram
cada um um fluxo de energia para o exterior e, simultaneamente recebem energia igual
da atmosfera ambiente, para carregar as funções internas. A localização dos chacras é
mostrada na Fig. 22.
As funções dos chacras são:

Fig. 22 - Os Sete Chacras e os Quatros Chacras das Mãos e Pés


A. Sétimo Chacra, ou Chacra Coronário: Governa o córtex cerebral e diversos níveis
de consciência, inclusive a administração unificada das atividades espirituais, mentais e
físicas.

B. Sexto Chacra, Aina: Controle da consciência e reações físicas. A maioria dos


estímulos nervosos é assimilada nesta região e distribuída às diversas partes do cérebro.

C. Quinto Chacra, da Garganta: Respiração e vocalização, bem como o movimento da


língua. A qualidade e o volume de saliva e funções bronquiais são também influenciados
por este chacra.

D. Quarto Chacra, ou Cardíaco: - Coração e circulação, carregando de energia o


sangue e,fluidos do corpo, inclusive a linfa. Indiretamente controla as funções
respiratórias e digestivas.

E. Terceiro Chacra, ou Plexo Solar: Controla as atividades do estômago, baço e


pâncreas, fígado e vesícula biliar, bem como os rins. A secreção de hormônios e líquido
digestivo nesta área também é afetada por este chacra.

F. Segundo Chacra, ou Sacro: Controla a digestão intestinal e a absorção no intestino


grosso e delgado, e a secreção de liquido digestivo nesta área. Seu controle também se
estende às funções reprodutivas, atividade ovariana, gravidez e secreção dos hormônios
das gônadas.

G. Primeiro Chacra, Muladhara: Controla as funções da bexiga e do reto, bem como a


função reprodutiva; também controla parte das funções nervosas e circulatórias.

Uma carga excessiva de qualquer destes chacras estimula as funções que lhes
correspondem, e um decréscimo na carga resulta na desaceleração dessas funções.
Dentre estes sete chacras, o sexto é o administrador central de várias funções
controladoras da consciência na região da cabeça, e o segundo chacra é o administrador
central para a região do tronco. O sexto chacra é a área do mesencéfalo, e o segundo
chacra a região chamada "Tan-Den". Entre estes dois chacras há um outro chacra
importante - o quarto chacra, na região do coração. Equilibra todos os outros chacras e
as funções físicas e mentais, por causa de controle sobre o sistema circulatório. Pode-se
dizer que o sexto chacra é o centro do sistema nervoso, o quarto chacra o centro do
sistema circulatório, e o segundo chacra, o centro do aparelho digestivo.
O estímulo aplicado a estes chacras também produz diferentes condições mentais e
espirituais. Pode-se estimular estes chacras pelo exercício individual, como o Do-In,
recorrendo. à várias posturas, respiração e vocalização de mantras.
As qualidades produzidas pelos vários chacras são:

Sétimo Chacra, ou Coronário: Expansão da consciência rumo ao desenvolvimento da


compreensão universal, diminuindo o pensamento egocêntrico.

Sexto Chacra, ou Aina: O controle da consciência inclusive a purificação de


multiplicidade dos pensamentos em formas mais concentradas de pensamento, com a
gradual diminuição da percepção sensorial.

Quinto Chacra, da Garganta: Desenvolve a capacidade de expressão lógica e


intelectual, bem como artística.

Quarto Chacra, Cardíaco: Gera sentimentos, emoções, como amor e simpatia por
outrem. Pode-se desenvolver uma percepção mais sensível em relação ao mundo
exterior.

Terceiro Chacra, Plexo Solar: Gera diversos poderes físicos e mentais, incluindo uma
capacidade extraordinária para controlar o movimento físico, e o desempenho de
poderes inusitados, que requerem o equilíbrio entre todos os movimentos físicos.

Segundo Chacra, Sacro: Gera estabilidade física, bem como autoconfiança mental.
Resistência inabalável, física e mental, também pode ser desenvolvida.

Primeiro Chacra, Muladhara: Gera harmonia física e mental com a Terra, inclusive
suas condições atmosféricas. Também reforça a vitalidade sexual, bem como a
capacidade de adaptação ao meio.

Além destes sete chacras, há quatro chacras adicionais, um em cada mão e pé. O centro
do chacra da mão é o centro de cada palma: Rô-Kyú, Circulação/ Sexo no.8; e o centro
do chacra do pé é a parte central da sola do pé, Soku-Shin, o "Coração do Pé". Os
chacras das mãos são extensões do quarto chacras e os dos pés são extensões do
segundo chacra.

Chacra da Mão Direita: Controla a descarga de energia rumo à periferia. Estas cargas
foram geradas internamente por vários chacras, especialmente o segundo, terceiro e
quarto.

Chacra da Mão Esquerda: Controla a recepção ativa do fluxo invisível de energia da


atmosfera circunstante. Este influxo de energia alimenta vários chacras internos,
especialmente o segundo, o terceiro e o quarto.

Chacra do Pé Direito: Controla a descarga de energia rumo à Terra: energia recebida de


diversos chacras do tronco, especialmente do sétimo, sexto e quinto.

Chacra do Pé Esquerdo: Controla a recepção de energia da Terra e geração de energia


para vários chacras do tronco, especialmente o primeiro, segundo, quinto, sexto e
sétimo.
O estímulo dado nos; dedos e palmas bem como nos artelhos e plantas dos pés
influenciam direta ou indiretamente várias atividades dos chacras, que por sua vez,
controlam diversas funções dos órgãos e glândulas. Também usando mãos e pés de
diversas maneiras, inclusive colocando as palmas uma contra a outra, e várias
combinações dos dedos, dá diferentes efeitos às nossas condições físicas, mentais e
espirituais. O uso de várias formas e combinações de pés e artelhos também dá efeitos
semelhantes.
Estes estímulos são dados por diversos tratamentos, como a acupuntura, moxabustão,
massagem shiatsu, yoga e outros exercícios físicos. No caso do Do-In, damos um
estímulo na forma de automassagem e pressão aplicados em várias partes destas áreas,
com nossos dedos.

6. A Estrutura Antagônica – Complementar do Homem


Todos os fenômenos relativos que se originam no universo são estruturados entre duas
forças antagonísticas e complementares: yin, centrífuga, de expansão e yang, centrípeta,
de contração. No caso dos seres humanos, estas duas forças aparecem como as forças da
Terra e do Céu. Analogamente, tanto nossa constituição humana quanto a das plantas e
animais está estruturada de maneira antagonística, complementar, entre vários sistemas,
órgãos, glândulas, e todos os outros componentes e suas funções.
Estas estruturas antagonistas e complementares entre as várias partes do corpo podem
ser observadas em todos os níveis, mesmo nas funções mais infinitesimais. Tais relações
complementares podem ser observadas, por exemplo, entre glóbulos vermelhos do
sangue e glóbulos brancos, insulina e anti-insulina, nervos simpáticos e parassimpáticos,
hormônios masculinos e femininos, compostos minerais ionizados positiva e
negativamente, alcalinidade e acidez, vitamina C e vitaminas D, K, E, B-12, etc.
Entretanto, as relações abrangentes que precisamos entender para a conduta prática de
nossa vida cotidiana, inclusive exercícios físicos, mentais e espirituais, podem ser
categorizados mais genericamente em alguns grupos de relações complementares: (1)
frente e atrás; (2) áreas superior e inferior; esquerda e direita; (4) periferia e centro; (5)
órgão e meridiano; (6) parte e o todo.

a. Relação Entre Frente e Dorso


A parte frontal do nosso corpo é mais branda, ao passo que a posterior é mais firme.
No período embrionário, a frente era a parte interior do embrião, mais yang; e a
traseira era a parte periférica, mais yin. Ao alimentar-se, o embrião distribui mais
proteína e gordura yin para dentro, e mais minerais yang para a periferia. Como
resultado, o aparelho digestivo, na frente, desenvolve uma estrutura mais yin, longa e
oca, ao passo que o aparelho nervoso, nas costas, é estruturado sólida e compactamente,
inclusive as vértebras.
No início do estágio embrionário, o aparelho digestivo é formado por uma espiral yin
em expansão, e o sistema nervoso é formado por uma espiral yang, contrativa. De
acordo com esta diferença, conforme a espécie animal evolui de estruturas mais simples
rumo a outras, mais complexas, o aparelho digestivo fica mais comprido, enquanto que
o sistema nervoso tende a ficar comparativamente mais curto. O sistema nervoso nas
costas recebe vibrações de energia eletromagnética, estímulos do meio ambiente,
levados para cima, rumo ao cérebro, ao passo que os aparelhos digestivo e respiratório,
na frente, recebemos elementos físicos do ambiente, tais como sólidos, líquidos e
gasosos, por meio do comer, beber e respirar. Estes dois sistemas têm relação
complementar e antagônica. Cada órgão frontal está relacionado com uma parte da
medula espinhal, e os estímulos aplicados às vértebras, respectivamente influenciam os
orgãos e glândulas frontais correspondentes. entram pelo corpo através dos Pontos de
Entrada ao longo do meridiano da Bexiga, que passa paralelamente à medula espinhal.
Depois de estas energias formarem e ativarem os diversos órgãos, são reunidas na
superfície frontal do corpo, nos Pontos de Reunião. Estímulos dados tanto nos Pontos de
Entrada quanto nos Pontos de Reunião influenciam os pontos complementares
respectivos, bem como seus órgãos correlatos.
Da mesma maneira, manchas e sinais aparecendo nas costas indicam que uma
condição anormal está ou esteve presente na parte frontal do corpo, incluindo os órgãos
internos. O sistema das costas, o nervoso, é resistente e adaptável a temperaturas
inferiores, ao passo que os sistemas frontais, os aparelhos digestivo e respiratório, são
mais ativos sob temperaturas atmosféricas mais altas.

b. A Relação Entre as Áreas Superior e Inferior


O corpo humano tem duas esferas: a região da cabeça e a do corpo. Estas duas esferas
são antagonistas e complementares. A região da cabeça é estruturada numa forma yang
mais compacta, e a região do corpo, tem estrutura mais expandida, yin. Se estas duas
áreas fossem estruturadas exatamente na mesma forma e tamanho, o que quer que
estivesse presente numa região deveria estar repetida na outra, como num espelho.
Devido à diferença entre as duas regiões, porém, o que quer que esteja presente na
região superior, a cabeça, existe na região inferior, o corpo, em forma expandida; o que
quer que esteja presente na região do corpo existe na região da cabeça numa forma
compacta. Por exemplo, os intestinos grosso e delgado são a forma expandida do
cérebro, que por sua vez, é forma contraída dos intestinos. Correspondentemente, ambos
os órgãos, os intestinos e o cérebro, assimilam o ambiente, mas em qualidade diversa: o
ambiente físico, no caso dos intestinos, e o ambiente não-físico, energético, para o
cérebro.
De acordo com esta acepção da relação complementar e antagônica entre as duas
esferas, cabeça e corpo, é fácil correlacionar as várias partes do corpo com as várias
partes da cabeça e rosto, a partir dos pontos de conexão entre estas duas regiões - a área
da cavidade da boca e cordas vocais na frente, e a área da medula oblongata atrás. A
parte inferior da face corresponde à parte superior do tronco. Por exemplo:as maçãs do
rosto, correspondem aos pulmões; a ponta do nariz ao coração; as narinas aos
brônquios.
Analogamente, a área mediana da face corresponde à parte mediana do tronco. Por
exemplo, o septo nasal corresponde ao estômago e pâncreas; a área à volta dos olhos aos
rins; entre as sobrancelhas, a "raiz" do nariz, ao fígado e vesícula biliar; têmporas ao
sistema linfático e baço.
Ambas as orelhas correspondem aos dois rins; as orelhas estão centralmente
localizadas na cabeça, e os rins estão localizados na região mediana do tronco. Os rins
representam globalmente a constituição de nossas funções orgânicas. Analogamente, as
orelhas representam toda a constituição de nosso estado psico-físico.
A parte superior da cabeça geralmente corresponde à parte inferior do corpo. Por
exemplo, a testa corresponde à área intestinal; a linha do cabelo, à bexiga; e ambos os
lados da parte superior da testa, à função reprodutora.
A boca corresponde aos órgãos digestivos, o que pode ser pois que a boca é a entrada
para este sistema. No que se refere a área à volta da boca, corresponde à área à volta do
ânus - a saída do aparelho digestivo - e órgãos genitais. Portanto, o lábio superior
mostra a condição do estômago, ao passo que o inferior mostra a condição dos
intestinos; e na área à volta da boca, as condições da próstata, ovários e útero.
Relações antagônicas e complementares análogas existem entre os 32 dentes e as 34
seções das vértebras. Este tipo de relação também existe entre a parte superior do
tronco, a cintura escapular, e a parte inferior, a cintura pélvica.
Inchaço, cor inusitada, endurecimento, enrijecimento, tumores, sardas, pintas, manchas
escuras e vermelhas que aparecem em certas áreas indicam condições

Fig. 23 - Equilíbrio Alternado das Naturezas Yin para baixo e Yang para cima
As áreas sombreadas indicam a natureza yin e as áreas brancas, a natureza yang, em
áreas alternadas do corpo. anormais nas partes correspondentes do corpo, inclusive
desordens nas funções dos órgãos. Por outro lado, estímulos dados pela palma das mãos
ou dedos a estas áreas, direta e indiretamente produzem reações nas áreas internas
correspondentes do corpo. Exercícios como os de Do-In aplicados a qualquer região da
cabeça e tronco acarretam resultados benéficos, não só para aquela região, mas também
para as partes correspondentes do corpo e suas funções correlatas.

c. A Relação Entre Esquerda e Direita


O lado esquerdo do corpo é antagônico e complementar em relação ao direito, como se
depreende facilmente pela movimentação do corpo. Usamos os braços e as pernas
alternadamente enquanto andamos. Em nossa estrutura corporal, o pulmão esquerdo tem
equilíbrio assimétrico com o pulmão direito. Um equilíbrio assimétrico análogo mantém
a coordenação entre o fígado para o processamento do sangue, e o baço, para o da linfa.
O mesmo acontece entre os dois rins, os dois ovários, os dois testículos, os aurículos
esquerdo e direito do coração, e os cólons ascendente e descendente. E entre os ombros,
braços, mãos, quadris, pernas e pés, esquerdos e direitos.
Na região da cabeça e rosto, o hemisfério direito do cérebro relaciona-se com a
atividade mental mais básica e mecânica, ao passo que o hemisfério esquerdo relaciona-
se com o pensamento estético e complexo. O cérebro esquerdo relaciona-se ao
movimento físico do lado direito do corpo e o cérebro direito, ao movimento do lado
esquerdo. Na visão, todos usam o olho direito ou o esquerdo para focalizar a atenção
sobre um objeto, e o outro para ter noção de dimensão. Nada audição, todos usam um
ou outro ouvido para distinguir a natureza de um som, ao passo que o outro é usado para
determinar a distância. Quando respiramos pelo nariz, usamos a narina esquerda ou a
direita principalmente, para a inalação, e a outra, mais para a exalação. No paladar,
usamos principalmente um dos lados da língua, e ao mastigar, um dos lados da arcada
dentária
No rosto, em geral, o lado esquerdo representa a herança da constituição física e
mental do pai, ao passo que o direito representa a da mãe. Ninguém tem um equilíbrio
perfeitamente simétrico entre seu lado esquerdo e direito. Na capacidade de pensar, ver,
cheirar, ouvir, respirar, falar, e todas as ou atividades e expressões que aparecem em
nossa face, o equilíbrio assimétrico é sempre mantido.
Se o lado esquerdo é mais ativo que o direito, indica que a herança biológica do pai por
suas células reprodutoras é mais influente que a da mãe.
Estas relações antagônicas e complementares também existem nas mãos, dedos, pés e
artelhos. Por exemplo, as correntes de energia que entram e deixam os dedos e artelhos
são precisamente opostas nos polegares esquerdo e direito, indicadores esquerdo e
direito, e todos os outros pares de dedos e artelhos. Devido a tais relações
complementares, quando juntamos as mãos em atitude de oração, ou meditação, o
equilíbrio físico e mental entre os lados esquerdo e direito do cérebro e do corpo é
intensificado.
Os diversos exercícios espirituais, como a oração, a meditação e auto-reflexão
procuram realizar a harmonia entre as constituições e funções complementares e
antagônicas de esquerda e direita, para se atingir a unidade. A prática da acupuntura,
moxabustão, e vários exercícios físicos também objetivam atingir um equilíbrio entre
esquerda e direita. Os exercícios de Do-In propiciam estes equilíbrios em suas várias
posturas e movimentos, ajudando a trazer a unificação e harmonia.

d. Relação Entre Periferia e Centro


Todos fenômenos relativos que aparecem neste universo têm relação antagônica e
complementar entre a periferia e centro. Sem a superfície, não há interior, e sem interior,
não há exterior. A condição da superfície reflete a condição do interior, e a condição
interior causa ou é causada pela condição externa. Quanto à nossa estrutura humana, as
relações entre as condições externas e as internas geralmente podem ser vistas das
seguintes maneiras:

1. Corda Pele. Tanto na medicina oriental quanto na ocidental, a observação da cor da


pele é um dos meios importantes de diagnosticar a condição dos órgãos internos e suas
funções.

Cor da Pele: Condição Interna


Amarela: Disfunções do fígado e vesícula biliar, como no caso de icterícia.
Vermelha: Disfunções cardíacas e circulatórias, como na expansão capilar nas faces,
ou pressão sangüínea anormal.
Pálida: Disfunções pulmonares e respiratórias, como na tuberculose pulmonar.
Também costuma indicar desordens no baço e sistema linfático.
Escura: Desordens nas funções renais e urinárias, como nas infecções renais e cálculos.
Roxa: Disfunções respiratórias e circulatórias, como na asfixia(?) e alguns casos de
pressão baixa.
Azul-cinza: Disfunções de fígado e pâncreas, como no endurecimento do fígado.
Verde claro - Desordens do organismo celular, como e, estágios progressivos do
câncer.
Translúcida - Desordens avançadas nos aparelhos respiratório e circulatório, como em
tuberculose avançada, leucemia e lepra.
Branco leitoso - Desordens do sistema linfático, e acumulação de muco em várias
partes do corpo, como nos primeiros estágios de várias doenças degenerativas.

2. Marcas e Manchas na Pele. - Vários sinais que aparecem na superfície do corpo


resultam de uma condição anormal que ocorreu no passado, ou que está em progresso.
Estas marcas são uma forma de descarga dos órgãos internos, glândulas, tecidos e
músculos, e são manifestação das energias que estão operando no interior do corpo.
Costumam aparecer ao longo dos músculos, meridianos, e na localização dos órgãos.
Alguns exemplos:

Sinais - Condição
Sardas - Descarga de açúcar em excesso, inclusive açúcares de frutas. Desordens do
fígado, rins, e suas funções.
Pintas - Descarga de proteína em excesso, especialmente causada por alimento animal,
carne bovina, de aves, e ovos. Desordens do aparelho digestivo.
Verrugas - Descarga de proteína e gordura em excesso, especialmente carne, ovos,
aves, e açúcar. Desordens do intestino e pâncreas.
Pele seca - Falta de metabolismo devida a camadas de gordura sob a pele, causadas por
consumo excessivo de gordura e óleo, incluindo carne bovina, aves, açúcar e frutas.
Manchas vermelhas - Descarga de excesso de minerais, especialmente causada por
alimento animal e sal. Desordens do fígado e vesícula, e suas funções.
Manchas pretas – As “pintas”; aparecem ao longo dos meridianos. Descarga de
carbono em excesso e outros minerais, após doença infecciosa. Indicação de desordens
em órgãos particulares e suas funções, de acordo com o meridiano.
Manchas brancas - Descarga de gordura em excesso, principalmente pelo consumo de
laticínios. Distúrbios do baço e do sistema linfático, bem como dos órgãos respiratórios.

3. Cabelo do Corpo e da Cabeça. O pêlo é uma forma de eliminação do interior do


corpo, através das funções circulatórias e endócrinas. A condição do cabelo na cabeça
ou no corpo indica as condições internas dos órgãos, glândulas e suas funções. Alguns
exemplos:

Condição Capilar - Condição Interna


Calvície periférica na cabeça - Ingestão excessiva de líquido, inclusive frutas, sucos,
refrigerantes, leite e álcool, bem como açúcar. Desordens na digestão intestinal e
sistemas renal e excretor.

Calvície no centro da cabeça - Ingestão excessiva de alimento animal, incluindo


carnes, aves e ovos; também de álcool. Desordens no funcionamento intestinal, fígado,
rins e sistema excretor.

Cabelo grisalho - Ingestão excessiva de minerais, ou falta de proteína em comparação


com os carboidratos, como no caso de ingestão excessiva de sal. Desordens no sistema
excretório e nos rins, e no fígado e sistema nervoso.

Cabelo partido na extremidade - Excessivo volume de comida; excessivo volume de


frutas, sucos, refrigerantes e temperos. Desordens na digestão intestinal e funções
reprodutivas.
Barba e bigode em mulheres - Volume excessivo de comida, especialmente proteína,
gordura animal e laticínios. Desordens nos órgãos sexuais e suas funções, bem como no
sistema endócrino.

Falta de barba e bigode nos homens - Ingestão excessiva de açúcar, frutas, gordura
animal e laticínios. Desordens nos órgãos sexuais e suas funções, e no sistema
endócrino.
Sobrancelhas curtas e finas - Excesso de comida animal: carne, aves e ovos. Desordens
nas funções respiratórias, digestivas e reprodutivas.

Peso corporal excessivo - Ingestão excessiva de proteína e gordura animal; excesso de


consumo de alimento, em geral. Desordens gerais no aparelho digestivo.

4. Mãos e Dedos, Pês e Artelhos. As mãos e dedos são manifestações periféricas dos
órgãos internos e suas funções, bem como das energias que passam por estes órgãos.
Cada dedo apresenta meridianos relacionados às funções de certos órgãos. Qualquer
excesso é descarregado pelas mãos e, dedos para a atmosfera, a partir da parte interna
do corpo, rumo à periferia, pela circulação do sangue e fluidos do corpo, bem como pelo
fluxo de Ki ao longo dos meridianos. Concomitantemente, as condições das mãos,
dedos e unhas mostram as condições internas, passadas e presentes. A seguir, alguns
exemplos.

Condição Periférica - Condição Interna

Avermelhamento das pontas dos dedos - Descarga ativa de excesso de energia, causado
pela ingestão de açúcar, frutas, sucos, refrigerantes, temperos e outros alimentos
semelhantes. Desordens nas funções nervosas, respiratórias e reprodutoras.

Rachaduras das unhas e pontas dos dedos - Descarga excessiva de líquido, açúcar,
frutas, sucos e refrigerantes. Desordens nos órgãos e funções reprodutoras.

Depressões irregulares na superfície das unhas - Desequilíbrio alimentar,


especialmente o causado por vermes. Desordens do aparelho digestivo.

Sulcos nas unhas - Ingestão excessiva de sal e minerais, ou falta de proteínas e


gordura. Desordens no fígado e vesícula, ou rins e sistema excretor.

Dedos recurvados - Fluxo desarmonioso de energia, particularmente nos meridianos


daquele dedo. Desordens nos órgãos relacionados e suas funções.
Rigidez nos dedos - Fluxo estagnado de energia através dos meridianos do dedo
enrijecido, causado principalmente pela ingestão excessiva de sal e proteína animal.
Desordens do órgão correspondente e sua função.

Mãos e pés úmidos - Ingestão excessiva de líquido, inclusive frutas e sucos. Desordens
nos aparelhos digestivo, circulatório e excretor.

Mãos quentes - Consumo excessivo de comida e bebida inclusive alimento de origem


animal. Desordens circulatórias e digestivas.
Mãos e pés frios - Excesso de açúcar, frutas e bebidas geladas. Desordens digestivas e
excretórias, bem como do sistema nervoso.

Inchaço generalizado de mãos e pés - Ingestão excessiva de líquido e gordura,


especialmente causado por frutas, sucos, laticínios. Desordens no aparelho circulatório e
reprodutor.

Os exemplos dados acima são apenas algumas das condições facilmente observáveis
aparecendo na periferia do corpo em conexão com desordens nos órgãos e funções
internos. Estas áreas periféricas podem ser utilizadas com o propósito de diagnóstico e,
simultaneamente, para o tratamento. A aceleração ou redução da energia na periferia
pode influenciar imediatamente o fluxo de energia nos órgãos correspondentes e outras
partes internas do corpo. O estímulo dado a estas áreas periféricas, como pelo uso de
pressão e temperatura, podem mudar as condições internas. Tal como muitos outros
tratamentos médicos e exercícios físicos, o Do-In usa ativamente estas áreas periféricas
para melhorar as condições internas.

e. A Relação Entre Órgãos e Meridiano


Os meridianos, como mencionado anteriormente (pág. 63) - os 14 meridianos
principais, incluindo os dos Vasos da Concepção e do Governo, mais alguns meridianos
auxiliares - são correntes de energia que afloram à superfície do corpo, correlacionadas
a certos órgãos e funções internos. Podem-se considerar estes meridianos como um
fluxo de energia estendido do fluxo do compacto interno de energia, que é o próprio
órgão e sua ação. Portanto, as condições que surgem nestes meridianos superficiais
refletem as condições dos órgãos e funções correspondentes. Estas manifestações nos
meridianos são de grande variedade, indicando diferentes condições das funções
internas. A seguir, alguns exemplos das relações entre os meridianos e as condições
internas:
a. Quando um certo órgão e sua função tornam-se cada vez mais ativos devido ao
excesso de energia, o meridiano correspondente, ao longo dos braços ou pernas produz
vibrações mais ativas, é os pontos localizados nos dedos ou artelhos ao longo daquele
meridiano produzem uma descarga mais ativa de energia.

b. Quando o metabolismo de um órgão está retardando, o meridiano correspondente


diminui o fluxo,de energia e produz menos vibração.

c. Se há alguma estagnação que aparece como endurecimento, rigidez ou inchaço em


alguma parte de um meridiano, indica que um órgão ou função correspondente estão
afetados.

d. Se há dor, inflamação ou músculo endurecido em algum ponto ao longo de um


meridiano, isto significa que uma área do órgão ou função correspondente está afetado.

e. Se se forma um calo num dedo ou artelho, ou na planta do pé, um órgão


correspondente está descarregando muco acumulado, gordura, e energia em excesso.

f. Se uma cor inusitada da pele aparece ao longo de um meridiano, um órgão


correspondente está sofrendo de uma condição degenerativa.
Estas relações entre os meridianos e os órgãos bem como suas funções revelam que
qualquer estímulo dado a uma parte de um meridiano produz imediata reação num
órgão e função que lhe correspondam. Como todas as outras formas de tratamento e
exercício, o Do-In usa ativamente as relações entre os meridianos e os órgãos e funções
internos: aplicando pressão a certos pontos, dissolvendo a estagnação ao longo de um
meridiano, aplicando as palmas das mãos para dar calor e vibrações, ou massagear para
acelerar a corrente de energia que flui no meridiano.

f. A Relação Entre a Parte e o Todo


Toda existência no universo reflete todas as condições do universo inteiro em sua
constituição, estrutura, forma, natureza e funções. O ser humano é uma miniatura do
universo. Dentro do homem, todos os fatores compondo o universo inteiro estão
manifestados na prática - espaço e tempo, radiações e ondas, vibrações e correntes,
fenômenos eletromagnéticos, bem como o movimento das partículas pré-atômicas,
elementos e moléculas, substâncias inorgânicas e orgânicas, plasma e gás líquido e
sólido; material e espiritual; físico e mental. Os microorganismos são um reflexo vivo
do macro-universo. Uma parte representa o todo. O todo se manifesta em cada parte.
Analogamente, uma parte do corpo reflete toda a constituição dele, física e mental, e o
corpo inteiro aparece numa parte do corpo. Há numerosos exemplos em todo o nosso
organismo: órgãos, glândulas, tecidos e células. A seguir, alguns exemplos que servirão
para o nosso desenvolvimento físico, mental e espiritual, pela prática diária dos
exercícios:

Fig. 24 – Íris Direita


Cérebro
Cerebelo
Pescoço e Medula
Ombros
Região Superior das Costas
Região Média Inferior das Costas
Região Posterior da Cintura
Região do Sexo (próstata, ovários)
Bexiga
Intestino Delgado
Intestino Grosso
Rins, Estômago, Pâncreas, Duodeno
Pulmões
Região do Rosto e Pescoço

As áreas internas do branco do olho representam as áreas ou órgãos mais compactos da


correspondente região do corpo, enquanto as áreas periféricas representam as áreas ou
órgãos mais expandidos.

I. CONDIÇÃO DO GLOBO OCULAR


Na ciência da iridologia, a condição da íris é examinada com o propósito de
diagnosticar as condições internas; mas o globo ocular como um todo também indica as
condições físicas e mentais de um modo geral. Como mostrado no diagrama, cada seção
do globo ocular representa uma parte diferente do corpo e de suas funções. Alguns dos
principais exemplos de diagnóstico:
1. Cor do Globo Ocular. Nos adultos, o globo é normalmente branco, ao passo que nas
crianças, e levemente azulado. Se uma parte do globo, ou todo ele muda de cor, indicará
desordens em certos órgãos e funções.

2. Globo Injetado de Sangue, mostrando expansão dos capilares, indica fluxo


excessivo de energia, e excessiva circulação de sangue na região correspondente do
corpo. Também indica instabilidade emocional e nervosismo, bem como fadiga física e
mental geral.

3. Pontos Marrom Escuro aparecendo numa certa região do globo ocular representam
endurecimento de muco estagnado e gordura acumulada, inclusive formação de
cálculos. Também representam a formação de cistos, se aparecerem na região
correspondente aos seios ou ovários.

4. Manchas brancas e Amarelas aparecendo no globo, costumam indicar forte


acumulação de gordura, progredindo para a formação de cistos, tumores e
eventualmente câncer, naquela região em particular.

5. Acumulação de Muco Amarelo e Branco na parte inferior do globo ocular forte


acumulação de gordura e muco na parte inferior do corpo, assim como em torno da
glândula próstata, ou em torno dos ovários e do útero. Isto indica que há um fluxo
vaginal, no caso de mulheres, e deterioração da capacidade sexual no caso dos homens.

6. Pontos Vermelhos aparecendo em certas regiões estão provavelmente na


extremidade de capilares, indicando estagnação do sangue, ou formação de coágulos de
sangue no sistema circulatório e órgãos numa área indicada pela região do globo ocular.

7. Excesso de Líquido acumulado em torno do globo ocular geralmente, indica


desordens do sistema circulatório e aparelho excretor, juntamente com ditatação do
coração, expansão dos intestinos, e micção freqüente.

2. CONDIÇOES DA ORELHA
A orelha representa toda a constituição física e mental, por seu tamanho, espessura,
ângulo, posição e estrutura. Algumas das indicações principais:

1. Tamanho: Orelhas maiores indicam uma constituição mais forte, desenvolvida


durante o período embrionário, ao passo que as orelhas menores indicam uma
constituição mais fraca. Orelhas especialmente bem conformadas, com longos lobos
representam constituição física e mental equilibradas. Por outro lado, uma orelha com a
porção superior mais desenvolvida, e sem lobo grande, indica que a alimentação durante
o período embrionário foi mais com alimento animal, resultando numa constituição
física e mental desequilibrada.
A região "A" é alimentada e desenvolvida com mais proteína; a região “B” é
alimentada e desenvolvida com mais carboidratos, e a região "C" é alimentada e
desenvolvida mais por minerais equilibrados (Fig. 25).

Fig. 25
A. Indica a Região inferior do Corpo
B. Indica a Região Média do Corpo
C. Indica a Região Superior do Corpo
Aresta Periférica: Aparelhos Circulatório e Excretor
Aresta Média: Sistema Nervoso
Aresta Interna: Aparelhos Digestivo e Respiratório

2. Espessura: Orelhas espessas indicam uma condição digestiva mais saudável, bem
como estrutura óssea mais forte, ao passo que orelhas delgadas indicam uma
constituição mais fraca, o que pode levar a muito nervosismo.

3. Angulo: O ângulo entre a orelha e a cabeça deve ser inferior a 300 no caso de uma
orelha normal, mostrando um equilíbrio harmonioso entre o físico e o mental. No caso
de o ângulo da orelha ser superior a 30°, a constituição física tende a ser desequilibrada,
assim como a mental.

Fig. 26 - Ângulo das Orelhas – 30º

4. Posição: Uma orelha normal é posicionada de modo que a porção superior da orelha
começa na cabeça ao nível dos olhos, e o extremo inferior do lobo no nível boca.
Entretanto, em nossos dias, muitas orelhas começam sua porção superior sensivelmente
acima do nível dos olhos e a parte inferior termina bem acima da linha da boca. A
primeira condição indica uma constituição física e mental superior à segunda.

Fig. 27 - Posição e Formato das Orelhas


Tendência Tradicional:
Lobos das Orelhas
Longos e Espessos
Tamanho Grande
Posição Mais Baixa

Tendência Moderna:
Perda dos Lobos
Tamanho Menor
Posição Mais Alta

5. Estrutura: A orelha é estruturada em três camadas verticais que respectivamente


refletem as condições do interior para a periferia. Na Fig. 25, a aresta interior mostra os
aparelhos digestivo e respiratório; a aresta mediana, o sistema nervoso; e a aresta
periférica, o aparelho circulatório e excretor. A porção inferior destas três camadas
corresponde à parte superior do corpo - por exemplo, a área do lobo corresponde à
cabeça e rosto; e a porção superior da orelha corresponde à parte inferior do corpo - por
exemplo, a área encerrada pela linha tracejada na Fig. 25 corresponde aos órgãos
reprodutivos e genitais. Ao longo destas três camadas, aproximadamente 200 pontos são
encontrados, cada um correspondendo a uma parte destes sistemas, inclusive órgãos e
glândulas, juntas e músculos.
Correspondentemente, pressão, massagem e outro estímulo dado a esta camadas e
pontos imediatamente influenciam as áreas correlacionadas no corpo.

3. CONDIÇÃO DAS PALMAS


A palma da mão é outra parte do corpo que representa toda a constituição condição da
pessoa (física, mental e espiritual). É bem sabido na medicina oriental, bem como na
medicina antiga e medieval do ocidente, que a palma, incluindo os dedos, representa as
tendências físicas e mentais da pessoa. A partir deste conhecimento, desenvolveu-se a
quirologia, ou leitura das mãos, desde tempos imemoriais. A quirologia pode revelar
tendências pessoais e o destino, pois cada parte da palma se relaciona com uma parte da
constituição física. A seguir, alguns exemplos:

Há três linhas principais na palma da mão que representam os três aparelhos


fundamentais de nosso corpo:

Linha A, que vai da reentrância entre o polegar e o indicador e contorna a base do


polegar até o pulso. Esta linha representa os aparelhos digestivo e respiratório. A parte
superior desta linha mostra a parte inferior dos aparelhos digestivo e respiratório,

Fig. 28 - Principais Linhas da Mão e a parte inferior mostra a parte superior deles.
Numa saúde normal, esta linha deve ser nítida, profunda, e a mais longa das linhas da
palma. A razão pela qual é chamada "Linha da Vida" pela quirologia é que a vitalidade
física e a longevidade dependem grandemente da condição das funções digestiva e
respiratória. Se esta linha termina antes de chegar ao pulso, ou se for fina e pouco
profunda, mostra uma capacidade inferior dos aparelhos digestivo e respiratório.
Linha B, começando na borda interior da mão, perto do início da ponta da Linha A,
cruzando a palma em direção à borda exterior a mão Esta linha representa o sistema
nervoso, bem como a capacidade de raciocínio. Pode ser mais curta que a Linha A, mas
deve ser nítida e profunda, na saúde normal. Na quirologia, é a "Linha da Cabeça".
Mostra tendência à determinação, se e curta e muito marcada, mas pode denotar uma
tendência à obstinação e rigidez. Por outro lado mostra uma compreensão ampla, se a
linha for longa e fluir para baixo, muito embora também mostre tendência à indecisão.
Linha C: Da borda exterior da mão sob o dedo mínimo em direção à borda interior na
base do indicador. Representa o aparelho circulatório e excretor, e é desejável que seja
nítida e bem marcada. Esta linha pode ser mais curta que a Linha da vida, mas igual ou
pouco mais longa que a Linha B, a Linha da Cabeça. Se esta linha for fraca e mostrar
irregularidades, significa que as funções excretórias e circulatórias não estão
funcionando eficazmente, num dado período da vida. Se esta linha for longa, atingindo
quase a base do indicador, a vitalidade física e aspiração emocional podem estar acima
da média. Devido à natureza das funções circulatórias e excretórias em sua influência
sobre o comportamento emocional, esta linha é chamada "Linha do Coração", na
quirologia.
Linha D: começa entre o indicador e médio, curvando-se para a base do anular. É a
"Linha do Amor", indicando afeto profundo por outras pessoas ou coisas. Ao mesmo
tempo, indica possíveis complicações e dificuldades nas relações amorosas, bem como
nas relações humanas. Não aparece necessariamente em todas as mãos.
Linha E: saindo do centro da base da palma e subindo verticalmente para o dedo
médio, é a "Linha do Destino", na quirologia. Não aparece em todas as mãos. Se a mãe
trabalhou intensamente durante a gravidez, ou se a pessoa sempre trabalhou duro,
especialmente em atividades sociais e físicas, esta linha costuma aparecer. Como esta
linha é criada por atividade física e social, é considerada como indicação de possível
sucesso futuro.
Linha F.• começa perto do centro da base da palma, subindo para a área entre o dedo
mínimo e o anular, é a "Linha da Saúde", e aparece só em algumas pessoas. Como a
linha E, a Linha do Destino, ela é criada por boa atividade física, quer pela mãe, durante
o tempo do desenvolvimento embrionário, ou pela própria pessoa, durante o período de
crescimento. Se esta linha aparece, sua constituição física tem boa resistência às
dificuldades ambientais.
Outras Linhas: Há muitas outras linhas menores passando aqui e ali por toda palma da
mão. Quanto mais linhas menores aparecerem, mais alterações na vida física, emocional
e social tendem a ter lugar, e indicam que uma grande variedade de alimentos foi
consumida. Geralmente, é mais desejável que as linhas da palma sejam mais simples e
claras, mostrando que as condições do crescimento da pessoa, bem como seu ambiente
foram simples e ordenados. Também mostram que seu consumo de alimentos foi mais
simples, mas mais bem equilibrado que a média. Todas, dentre as linhas menores, têm
suas respectivas correspondências a nossas condições físicas, mentais e espirituais mas,
em geral, as linhas que se dirigem para os dedos verticalmente são indicações mais
desejáveis que as linhas horizontais.
Por causa da natureza das linhas da mão, como explicada acima, as palmas podem ser
usadas para diagnóstico e tratamento, pela aplicação de pressão, massagem, e outros
estímulos. Um estímulo aplicado em uma certa área ou ponto da palma imediatamente
influencia o sistema, órgão ou área do corpo correspondente.

4. CONDIÇÃO DOS PÉS


Em nossa postura diária usual, incluindo a maioria dos movimentos normais do corpo,
a relação entre os pés e o corpo é complementar. Por exemplo, na postura de pé,
enquanto todo o corpo está vertical, o pé tem posição horizontal; e na postura deitada, o
corpo repousa na horizontal, ao passo que os pés são mantidos quase na vertical.
Correspondentemente, é conhecido há muitos milênios que os pés representam todo o
resto do corpo. A partir desta compreensão, uma fisioterapia moderna, chamada
reflexologia foi desenvolvida. Não só cada um dos artelhos representa as funções de
diferentes órgãos, através dos meridianos que conectam os artelhos com os órgãos
internos, mas também cada área do pé, especialmente na planta, indica cada parte do
corpo.
As relações de correspondência entre os pés e as partes do corpo estão indicadas
de um modo geral na Fig. 29.
A área do tendão de Aquiles, o peito do pé e a área à volta dos tornozelos também têm
relações de correspondência com várias funções do corpo.
Também aqui, a pressão e o estímulo aplicados a uma certa área pela aplicação de uma
agulha, moxabustão, pressão com os dedos- ou massagem podem

Fig. 29 - Áreas Reflexas dos Pés


Olho
Sinus
Orelha
Pulmões
Ombros
Fígado
Vesícula Biliar
Plexo Solar
Supra-Renais
Cólon Transverso
Cólon Ascendente
Apêndice

Pineal
Pituitária
Garganta
Brônquios
Tireóide
Timo
Estômago
Pâncreas
Rins
Bexiga
Intestino Delgado
Joelho e Quadril
Nervo Ciático

Olho
Sinus
Orelha
Pulmões
Plexo Solar,
Ombro
Coração
Baço
Supra-Renais
Cólon Transverso
Cólon Descendente
Cólon Sigmóide
Reto influenciar um órgão correspondente, glândula ou área do corpo. Quando estes
estímulos são aplicados adequadamente, com o tipo apropriado de vibração e grau de
intensidade, servem efetivamente para o alívio das condições desordenadas que existem
em regiões interiores do corpo.
Estas correspondências pé-órgão também sugerem que é mais aconselhável para a
ativação do metabolismo físico e mental andar, ou exercitar-se descalço na grama ou na
terra, de tempos em tempos, quando as circunstâncias assim o permitem. Também é
aconselhável manter artelhos e pés limpos, lavando-os com água quente ou fria uma ou
duas vezes ao dia, servindo para a manutenção geral da saúde.
De acordo com a constituição física e espiritual do homem, que é composta, como
explicado acima de modo genérico, com relações antagônicas e complementares entre
as várias partes do corpo, bem como entre fenômenos mentais e físicos, qualquer
estímulo dado a qualquer parte do corpo, independentemente da natureza de tal estímulo
- material ou espiritual, física ou vibracional - pode alterar as condições e funções de
vários fenômenos mentais e físicos. Os exercícios do Do-In, como todos os outros
exercícios físicos, mentais e espirituais, usam ativamente tais estímulos. Mas no caso do
Do-In, tal estímulo é dado de maneiras mais pacíficas e naturais, na forma de auto-
regulação. 0 Do-In objetiva não somente a cura e o aperfeiçoamento nas condições
desarmoniosas, mas também o desenvolvimento global de nossas condições físicas,
mentais e espirituais, numa vida cotidiana harmoniosa.
Segunda Parte
Exercícios de Do-In

Introdução aos Exercícios de Do-In


Há muitos exercícios e tratamentos para melhorar nossas condições físicas, mentais e
espirituais, incluindo a medicina oriental e a ocidental, psico- e fisioterapias,
tratamentos psiquiátricos e físicos, e o uso de medicamentos químicos e ervas
medicinais, bem como ramos técnicos da medicina oriental, assim como acupuntura,
moxabustão, aplicação das mãos, e muitos outros. Entretanto, o Do-In tem
características especiais que o distingue:

l. O Do-In tem sido desenvolvido desde uma época desconhecida, através de respostas
intuitivas que surgem sem elaboração especial ou teoria, como as reações naturais de
toda pessoa para a auto-adaptação.
2. O Do-In é totalmente constituído de auto-exercício, diferentemente de muitos
tratamentos médicos, artes marciais, e outras terapias que requerem a participação de
outras pessoas.
3. Os exercícios de Do-In não requerem o uso de quaisquer instrumentos, ao contrário
da acumpuura, moxabustão e muitas outras fisioterapias. Requerem apenas nossas
próprias funções físicas e mentais, aplicadas apropriadamente por auto-regulação.
4. Os exercícios de Do-In visam nosso aperfeiçoamento físico e bem-estar, mas
também visam muito além da dimensão física, pelo desenvolvimento de nossas
capacidades mentais e espirituais para o cumprimento da verdadeira natureza humana
como um todo, em todas as dimensões.
5. Os exercícios de Do-In podem ser praticados por qualquer um, em qualquer lugar,
usando apenas um curto período de tempo; portanto, podem tornar-se facilmente parte
de nossa vida cotidiana, não exigindo qualquer esforço ou sobrecarga de nossas
atividades.
6. No Do-ln não se considera os seres humanos como existências físicas e materiais,
mas sim como manifestações de movimento espiritual e vibracional, que surge da
dimensão infinita de vibração e energia no oceano do universo infinito.
7. Os exercícios de Do-In são executados numa relação harmoniosa como ambiente
natural, usando o tempo, lugar e postura mais vantajosas, bem como fenômenos
naturais, como os movimentos do Sol e do Vento.

Há várias séries de exercícios de Do-In, que serão aqui introduzidos na seguinte


ordem:
1. Exercícios Especiais: Estes exercícios não são apresentados como uma série de
movimentos, mas são apresentados independentemente como exercícios básicos/ físicos,
mentais e espirituais. Qualquer um deles pode ser praticado a qualquer momento para
propósitos específicos.

2. Exercícios Espirituais: Esta série é especialmente destinada ao desenvolvimento


mental e espiritual na forma de exercícios diários. Praticada, esta série pode
efetivamente promover aperfeiçoamento mental e espiritual em harmonia com a
natureza e o universo, resultando naturalmente no bem-estar físico.

3. Exercícios Diários: Estes Exercícios Diários encorajam o funcionamento suave e


ordenado de nossa vida cotidiana, bem como a harmonização de nossa condição global.
Incluem: Exercícios Matutinos; Exercícios Vespertinos; Exercícios dos Meridianos; e
Exercícios Adicionais.
A série de Exercícios Matutinos visa gerar vitalidade física, mental e espiritual,
ativamente, mas em pacífica harmonia com as condições ambientais. Os Exercícios
Vespertinos servem para acarretar um estado de paz física e mental ao encerrar-se do
dia. A série de Exercícios dos Meridianos visa gerar um fluxo harmonioso de energia
pelos meridianos, para aliviar qualquer fadiga causada quer por estagnação quer por
falta de fluxo de energia pelo corpo após atividades excepcionais. Os Exercícios
Adicionais incluem exercício para induzir um sono saudável e pacífico, pelo
relaxamento completo nuas postura reclinada, e o método de manter as cavidades nasais
limpas, para manter uma respiração suave.

4. Exercícios Gerais: Esta série de exercícios visa ativar o fluxo de energia em cada
área do corpo juntamente com a recuperação das funções harmoniosas de vários órgãos,
glândulas e aparelhos. Estes exercícios cobrem todo o corpo, usando várias aplicações
de pressão, massagem, fricção e outros estímulos que podem ser feitos facilmente.
CAPÍTULO 1
Exercícios Especiais (EE)
Introdução
Exercícios Especiais aqui apresentados são alguns exercícios representativos, cada da
um dos quais com um propósito especial. Estes Exercícios Especiais podem ser
praticados em qualquer momento e em qualquer lugar, não como uma série, mas como
exercícios independentes. Todos estes, porém, requerem as condições biológicas e
psicológicas apropriadas como base respiratória, realizada pela prática do modo
macrobiótico de vida.
Estes Exercícios Especiais são principalmente orientados para nosso desenvolvimento
mental e espiritual, mas naturalmente incluem o aperfeiçoamento físico. Alguns deles
são praticados no zen-budismo e outros tipos de meditação. Alguns deles foram usados
no yoga, outros pelo shintoísmo pré-histórico e outras práticas religiosas. Muitos deles
são aqui recuperados e modificados com uma forma simples e prática, com o acréscimo
de uma nova compreensão.
Usando os exercícios apresentados aqui, uma variedade quase ilimitada de exercícios
pode ser desenvolvida, para atingir o mesmo objetivo - isto é, o desenvolvimento
ilimitado da personalidade toda. As personalidades espirituais desenvolvidas conhecidas
ao longo da história, praticavam alguns destes exercícios, pelo que conseguiam iniciar-
se no domínio de sua liberdade física e mental.
Dei um nome a cada um destes exercícios de acordo com seu significado tradicional e
seu propósito, e refinei e modifiquei especialmente alguns deles para introduzir o
objetivo geral de vários exercícios. Através de qualquer um deles você pode começar a
entrar no domínio maior do mundo mental e espiritual.
Os exercícios apresentados são os seguintes:

EEl - Ten-Dai: Alicerce do Céu: Neste exercício, estudamos várias posturas sentadas
que são essenciais para a prática de exercícios físicos, mentais e espirituais. No começo
e no fim de cada exercício de Do-In, devemos retornar a uma destas posturas. As
posturas sentadas são todas centradas no abdômen inferior - o Segunda Chacra, o centro
físico - para nos estabilizarmos firmemente sobre a terra.

EE2 - Ai- Wá: Amor e Harmonia: Este exercício é centrado no Quarto Chacra, o
coração e centro emocional, para desenvolver nossa devoção junto com o amor e a
harmonia. Este exercício gera relações harmoniosas com todas as pessoas à nossa volta
e com as condições ambientais.
EE3 - Shô Ten: Ascensão ao Céu: Este exercício é centrado no Sexto Chacra, a área
central do cérebro, para expandir nossa consciência além do mundo relativo, libertando-
nos além do tempo e espaço, numa esfera ilimitada. Também é experiência do processo
gradual rumo à nossa morte físicas e nascimento de uma percepção sem limites.

EE4 - Rei- Nó: Desenvolvimento da Força Espiritual: Exercício para desenvolver


nossos poderes extraordinários - físicos, mentais e espirituais. Centrado no Terceiro
Chacra, a região do estômago, para manter toda a energia dentro de nosso corpo,
produzindo capacidades físicas e mentais incomuns quando liberada. Pela prática deste
exercício, muitas pessoas serão capazes à desenvolver poderes quase miraculosos.

EE5 - Wá Jun: Desenvolvimento da Suavidade: Para produzir harmonia entre nossas


funções físicas, mentais e espirituais. Através deste exercício, uma personalidade
pacífica e bem balanceada pode ser desenvolvida. Este exercício é muito útil para
relações humanas harmoniosas.

EE6 - Nai Kan: Reflexão Interior: Sempre que encontrarmos dificuldades, este
exercício pode ser praticado para recuperarmos nossa verdadeira identidade e
reconquistar a confiança pessoal dentro do universo. A descoberta de nossos próprios
defeitos e erros, bem como a solução para nossos problemas pode ser atingida por esta
prática.

EE7 - Gai Kan: Reflexão Exterior: Complementar do acima. Seu propósito é liberar
nossa consciência ego-centrada, rumo à dimensão infinita, desenvolvendo o altruísmo.
É essencial perceber em todos os aspectos de nossa vida, que a vida é eterna e universal.

EE8 Chin Pai: Veneração espiritual: Exercício que resulta automaticamente do estado
de não-egoísmo: ação da pessoa humilde que entrega o seu ego ao ambiente, bem como
à natureza e ao universo. A prática diária deste exercido desenvolve o espírito de
gratidão infinita para com tudo, através do que a felicidade é experimentada dia-a-dia.

EE9 Ten Bu: Dança Celestial: Permite-nos recordar da vida infinita da qual toda
criação se desenvolveu. O desempenho freqüente desta dança estabelece nossa fé
inabalável na forma de unidade com o universo infinito.

EE 1O - Rei Shi: Visão Espiritual: Este exercício encoraja nosso potencial de ver o
mundo vibracional: a aura, a mente, os pensamentos, as ondas e vários fenômenos sutis
que ocorrem à nossa volta. Inclui o desenvolvimento da capacidade de ver as energias e
radiações que nos nutrem e que descarregamos, bem como as formas de energia
conhecidas como fantasmas, almas, e espíritos, aparecendo e desaparecendo à nossa
volta.
EE 11 - Rei Do: Movimento Espiritual: Permite-nos experimentar o movimento natural
que emerge no momento de completo não-egoísmo, ao nos tonarmos sujeitos às forças
ambientais, especialmente as poderosas influências do Céu e da Terra. Estes
"movimentos espirituais" são a expressão última da pessoa individualizada, utilizando
as diversas forças do ambiente sem a participação de nossa consciência. A prática diária
deste exercício pode desenvolver nossa capacidade de nos submetermos a tais forças
naturais, por vezes resultando na produção de fenômenos "milagrosos".

EE 12- Chi Kô: Caminhar no solo: Divide-se em:(A) Caminhar Ordinário,e (B)
Caminhar Acelerado, que também representam vários outros métodos de caminhar. Pelo
exercício destes modos de caminhar, ficamos capacitados a desenvolver o movimento
físico mais natural, eficiente, e que não causa cansaço. Este exercício também permite-
nos entender nossa relação física com o ambiente, especialmente o atmosférico.

EE 13- Go Ma. Dissipando as Ilusões: Quando sofremos ilusões intensas na forma de


confusão, memória desagradáveis, e várias outras perturbações mentais, este exercício
ajuda grandemente a clarificar estas circunstâncias. Este exercício também nos ajuda a
acordar de qualquer obsessão, reunindo todas as nossas condições físicas, mentais e
espirituais numa só força.

EE 14- Koto Dama: O Espírito das Palavras: As palavras representam todas as


vibrações ambientais, juntamente com as nossas condições físicas e mentais. A prática
da pronúncia adequada de certos sons pode alterar nosso estado físico, mental e
espiritual.São dados vários exemplos para a prática diária para reforçar o físico, a mente
e o espírito, e seus poderes. O uso do Espírito das Palavras pode desenvolver nossas
experiências de palavras vibracionais ilimitadas, através do que nos capacitamos a irigir
nosso destino numa determinada orientação.
Escolha qualquer uma das posturas sentadas a seguir, para estabilizar seu estado físico,
mental e espiritual rumo ao centro da Terra, usando a força do Céu, que passa
diretamente por nosso corpo, na vertical.
a. Sei-za: Postura correta de sentar
Sente-se no chão numa postura ereta vertical, músculos relaxados, inclusive ombros e
cotovelos. Mantenha a distância de um punho entre os joelhos (Figs. 30 e 31).

b. Chu-zá: Postura correta de sentar numa cadeira


Encoste bem no fundo da cadeira, numa postura ereta natural, os joelhos dobrados a
90º. Deve haver a distância de um punho entre os joelhos, como na posição Sei-za (Figs.
32 e 33).

c. Ren-gue-zá: Postura da flor de lótus


Sente-se no chão, pernas cruzadas com cada pé sobre a coxa oposta. Mantenha a
espinha reta naturalmente, colocando uma almofada de 10 cm de altura sob as nádegas.
(Fig. 34).
d. Han-ren-gue-zá: Postura da meia flor de lótus
Sente-se no chão, pernas cruzadas, um pé na coxa oposta, e o outro pé sobre o chão
(Fig. 35). Para manter uma postura naturalmente ereta, pode-se colocar sob as nádegas
uma almofada de 10cm de altura.

e. Ko-zá: Postura sentada circular


Sente-se em posição naturalmente ereta, pernas abertas a mais de 90º, solas dos pés
pressionadas uma contra a outra (Fig. 36). Para manter a espinha naturalmente ereta,
pode-se sentar sobre uma almofada.
Depois de escolher uma das posturas acima, pouse a mão esquerda sobre a direita,
palmas para cima, polegares tocando um ao outro, de modo que as espirais nas pontas
dos polegares se encontrem. Mantenha os olhos semicerrados ou levemente fechados.
Relaxe os olhos, olhando à frente, para o chão, aproximadamente três ou quatro metros
à frente, sem focalizar nenhum objeto em particular.
Comece uma longa e lenta respiração pelo nariz. Inspire profundamente,
concentrando-se para baixo, na região do abdômen inferior, a região do Tan Den. Segure
o ar por vários segundos, deixando o abdômen expandido para frente. Exale com um
longo e lento movimento. Repita esta respiração por três a cinco minutos.

Fig. 37 Alicerce do Céu: Instalação


Baixo Ventre, Tem-den, segundo Chacra
Durante este período, concentre-se na imagem de que você está se estabilizando
firmemente sobre a terra, como se fosse totalmente inamovível independente de
qualquer circunstância.
O propósito deste exercício é desenvolver a unidade de nossas constituições físicas,
mental e espiritual, como parte do ambiente natural, e estabelecer confiança interior,
invencível e inabalável na fé universal. Também harmoniza ativamente todo o
metabolismo no corpo.
EE2 Ai-Wá: Amor e Harmonia
O propósito deste exercício é desenvolver nossa sensação de amor e harmonia em
direção a uma determinada pessoa ou muitas, ou para uma certa idéia ou pensamento.
Também dissolve nossos conflitos e obstáculos emocionais que podem existir em nossa
relação com alguma outra pessoa, ou em relação a alguma idéia pouco familiar.
Mesmo que não haja pessoa em particular a quem queiramos dedicar nosso amor, e
nenhuma idéia em particular com a qual desejamos realizar nossa harmonia, se
praticarmos este exercício freqüentemente, dedicado a todas as pessoas e seres,
poderemos atingir um espírito de amor e harmonia universais.
Este exercício pode ser praticado só ou com outra pessoa. Especialmente para duas
pessoas que querem atingir o amor e a harmonia mútuos, a prática deste exercício,
executada olhando suavemente nos olhos um do outro, pode elevar a inspiração de amor
e harmonia para atingir a sensação de unidade.
Este exercício gera um fluxo ativo de energia através de nosso canal espiritual, e
ilumina especialmente a região do coração, acelerando a circulação do sangue. Produz
vibrações ativas que se irradiam espiraladamente a partir da área central do tórax - o
chacra das emoções - o que resulta em rápida elevação do sentimento de amor e
harmonia.
Coloquemo-nos naturalmente eretos, sentados numa cadeira, ou no chão, de modo que
nosso canal espiritual possa transportar suave e diretamente as forças de Céu e Terra.
Mantemos os olhos semicerrados, olhando para o infinito, sem focalizar o olhar em
qualquer ponto.
Abrimos bem os braços, como se estivéssemos prontos para aceitar e abraçar todas as
coisas. Ambas as mãos se abrem naturalmente para a frente, sem tensionamento (v. Fig.
38 e 39).

Começamos a respirar com o tórax, especialmente concentrados na região do coração,


com uma longa e suave inalação, levemente mais longa que a exalação. A inspiração e a
expiração devem ser feitas através da boca, ligeiramente aberta. No tempo da inalação,
movemos levemente o tórax para a frente, como se nosso corpo estivesse começando a
deslizar e sair voando para o espaço. Ao exalarmos, com suavidade, nosso corpo
naturalmente retorna à posição ereta original.

Fig. 40 – Meditação do Amor: Inalação


Coração, Quarto Chacra (Chacra das Emoções).
Enquanto estivermos repetindo esta respiração e movimentação do corpo, devemos ter
na mente uma imagem bem clara da pessoa ou pessoas a quem nosso amor deve ser
dedicado, ou do pensamento ou idéia com que desejamos realizar a harmonização.
Durante este exercício, repetimos silenciosamente as palavras "amor" e "harmonia",
mentalmente.
Continuamos este exercício por Coração, três a cinco minutos, e então retornamos à
posição normal de meditação, diminuindo gradualmente a imagem e as palavras.

EE3 Shô-Ten: Ascensão ao Céu


Este exercício enfatiza o chacra interior ao cérebro - a região do mesencéfalo, onde a
maioria dos estímulos se reúne de todas as regiões periféricas do corpo, e de onde eles
são distribuídos a diversas partes do cérebro. A região do mesencéfalo também é o
centro gerador da consciência. Oposto a EE 1, que reforça a área do Tan Den, o centro
abdominal ou centro físico, este exercício inspira o centro mental, Ten Dai.
Correspondentemente, o EE 1, o Alicerce do Céu, pode ser chamado um exercício yang,
ou meditação yang, ao passo que este exercício, a Ascensão ao Céu, pode ser chamado
um exercício yin, ou meditação yin.
A prática deste exercício produz a desaceleração gradual de todo metabolismo físico,
incluindo um batimento cardíaco mais lento, rebaixamento da temperatura do corpo, e
perda gradual da percepção sensorial. Junto com o declínio do metabolismo físico, a
função mental torna-se mais intensa em direção a um estado puro, superando vários
pensamentos ilusórios, e nossa consciência como um todo tende a experimentar a
separação dos vínculos físicos. O assim chamado "desdobramento consciente" ou a
clarividência de eventos distantes podem ser experimentados. Neste sentido, este
exercício pode ser chamado de "Meditação da Morte", ao passo que o EE1, pode ser
chamado "Meditação da Vida".
No meio de um ambiente tranqüilo, sentamo-nos na postura natural correta (EED 1,
Fig. 41
Fig. 42
Abrimos ambos os braços em relaxamento completo e mantemos os olhos
semicerrados, olhando pelo menos a 45° para cima, e se possível, na direção do centro
de nossa testa - o local do "terceiro olho". Todos os músculos faciais devem estar
relaxados.
Respiramos pela boca, com uma inalação longa e intensa, e uma exalação curta e
relaxada, que ocorre como reação natural à liberação da inalação longa. A inalação deve
ser feita concentrando-se na direção do mesencéfalo, como se o alento estivesse
passando para o Céu, através do centro do cérebro. Quanto mais longamente
inspirarmos, mais profundo o efeito se torna, e quanto mais alta for a inspiração, mais
profundo o resultado.

Fig. 43 - Meditação da Espiritualização Para baixo (Meditação Yin) Inalação.


Para o Céu
Mesencéfalo (6º. Chacra)
Língua
Úvala.

Repetimos esta respiração de três a cinco minutos. Durante este período, vamos
experimentando nosso metabolismo decaindo, nossa temperatura do corpo caindo, e as
mãos e boca secando. Juntamente com estas alterações, experimentamos nossos sentidos
relativos gradualmente dimi nuindo, e nossa consciência começando a se expandir.
Depois deste exercício se estender um pouco, retornamos à respiração normal, e os
olhos voltam à condição normal. Caso sintamos um frio insuportável, devemos praticar
por alguns minutos a Respiração da Fisicalização (página 48), para vitalizar nossa
energia física..

EE 4 Rei-Nô: Desenvolvimento da Força Espiritual


Este exercício visa desenvolver nossa capacidade potencial para um poder físico,
mental e espiritual extraordinário. Este exercício centra-se no terceiro chacra, na região
do estômago, que está localizado centralmente entre os cinco chacras da área do tronco.
A concentração de nossa consciência na região deste chacra acarreta a unificação
intensiva das diversas funções físicas que, por sua vez, unidade de nossas funções
mentais e espirituais em outros aspectos, incluindo nossas atividades cerebrais e
nervosas.
A prática contínua deste exercício produz assim a unificação intensiva de nossas
capacidades físicas, mentais e espirituais.
No exercício, a região do terceiro chacra é totalmente energizada, e todas as atividades
dos diversos órgãos da região mediana do corpo, assim como o estômago, pâncreas,
baço, fígado, vesícula biliar, rins e as ações nervosas orto-simpáticas são intensa e
harmoniosamente unidas. Esta unificação ativa das várias funções da região mediana do
corpo podem liberar energia e carregar todas as outras regiões, inclusive cérebro e
sistema nervoso, pulmões e aparelho respiratório, intestinos e aparelho digestivo, bem
como braços e mãos, pernas e pés. Assim, a consciência que funciona livremente torna-
se capaz de governar livremente nossas atividades físicas, resultando no
desenvolvimento de extraordinários poderes físicos, mentais e espirituais.
É preferível fazer este exercício ao ar livre, na natureza, onde as forças do Céu e da
Terra estão carregando ativamente nosso corpo, ao invés de dentro de casa.

Assumimos a Postura Natural Correta ou Postura em Pé (FED 1, página 139), com


ambos os braços levemente estendidos paras a frente. Mantemos ambas as mãos
fortemente fechadas, com o polegar sobre o indicador e os outros três dedos sobre eles,
paras manter a energia circulando em nosso corpo sem ser descarregada para a
atmosfera pelos dedos. (v. Figs. 44 e 45).

Fig. 44
Fig. 45
Com nossos olhos fechados ou semicerrados, olhamos para o infinito, sem focalizar.
Respiramos pelo nariz muito levemente, com a inalação mais longa que a exalação, Ao
inalarmos, usamos uma imagem intensa de estarmos respirando todas energias do
universo. Depois de uma lenta e profunda inalação, dirigida à região do terceiro chacra,
a área do estômago, seguramos o fôlego naquela região, com a imagem mental de que
estamos gerando energia fortemente na parte central do corpo. Depois de segurar o
fôlego o máximo possível, gradualmente o soltamos pelo nariz o mais lentamente
possível, com a metalização de estarmos devolvendo nossa energia para o universo.
Durante este exercício, não devemos prestar atenção a outras partes do corpo,
deixando-as totalmente relaxadas: cabeça e pescoço, tórax e abdômen, braços e
mãos, pernas e pés. Se. estivermos de pé, nosso corpo naturalmente se inclina um
pouco para a frente, como se o corpo inteiro tendesse a flutuar.
Devemos praticar este exercício de quinze a trinta minutos. Devemos praticá-lo
todos os dias, o mais freqüentemente possível - pelo menos uma vez por dia. Se o
fizermos durante o dia, devemos ficar de frente para o Sol; e se for à noite, com o
rosto para o Norte, para obter o máximo efeito.

EE 5 Wá-Jun: Desenvolvimento da Suavidade .


Usando o fluxo vibracional que circula verticalmente em torno da esfera periférica do
corpo, este exercício destina-se a atingir uma estabilidade pacífica em nossas condições
físicas e mentais. O Vaso da Concepção flui na periferia frontal do corpo, e gera, por sua
energia, as funções da Circulação-Sexo e do Triplo Aquecedor. Também coordena
internamente as funções respiratórias e digestivas, juntamente

Fig. 46
Fig. 47
com a circulação do sangue e outros fluidos do corpo. O Vaso de Governo passa ao
longo da coluna espinal e vértebras, paralelo ao Meridiano da Bexiga, na região
posterior do corpo. Estas energias, fluindo em ambas as regiões, frontal e posterior,
coordenam-se para manter funções harmoniosas entre corpo e mente, ações digestivas e
nervosas, bem como entre vários órgãos e glândulas.
Para obter relações pacíficas e harmoniosas entre nossas funções físicas, mentais e
espirituais em todo o corpo, três principais funções devem estar em harmonia: (1) comer
e beber; (2) respirar, e (3) pensar. A maneira de comer e beber deve ser praticada
diariamente segundo os princípios macrobióticos. Neste exercício, portanto, o controle
da respiração e do pensar são os principais fatores a serem enfatizados. Se praticarmos
este exercício regular e freqüentemente, desenvolvemos uma personalidade pacífica
com uma expressão gentil e límpida.
Assumimos a Postura Natural Correta, sentados, para a meditação, como nas Figs. 46 e
47, com ambas as mãos perto do corpo sobre as coxas, a mão esquerda sobre a direita
no caso de pessoas destras, e ao contrário, no caso das canhotas. No começo, mantemos
respiração natural e calma - a Respiração da Harmonia (v. pág. 47), com os olhos
semicerrados, sem focalizar nada em particular. Acalmamos nossos diversos
pensamentos gradualmente, para nos aproximarmos tanto quanto possível do não-
pensar.
Então começamos a respirar profunda e lentamente. Durante a inalação, mentalizamos
claramente que a energia da Terra entra pelo extremo inferior da espinha, subindo ao
longo das vértebras, e circula em torno da superfície da cabeça do pescoço para a testa,
passando pelo nariz e terminando por alcançar a boca. Durante a exalação, nossa
imagem mental guia a força do Céu descendo da boca para a garganta e o peito, do
estômago ao abdômen, terminando na região entre o ânus e órgãos genitais. Em outras
palavras, pela orientação de nossas imagens mentais, uma circulação suave de energia
do Céu e da Terra envolve nosso corpo ao longo dos Vasos de Governo e da Concepção,
sistema nervoso e aparelhos respiratório-digestivo.
Repetimos esta respiração profunda e lentamente, em movimento suave, circular e
rítmico, de cinco a dez minutos. Então retornamos à meditação, mantendo o silêncio e a
paz em nossas mentes, por mais dois ou três minutos.

EE 6 Nai-Kan: Reflexão Interior


Este exercício pode ser usado em qualquer local silencioso, sempre que quisermos
refletir dentro de nós mesmos, recuperando a consciência clara de que somos
fisicamente efêmeros, mas espiritualmente eternos. O principal propósito deste
exercicio é carregar harmoniosamente o nosso corpo com as forças do Céu e da Terra,
percebendo a união entre nossa existência física e mental e nosso ambiente,
especialmente se visto como o universo infinito. Neste exercício, o uso de qualquer
força compulsória deve ser evitado; devemos antes atingir o relaxamento completo, na
postura estável. O pensamento deve fluir naturalmente, como uma leve brisa; a
respiração deve ser calma, como um rio vagaroso. Qualquer que tenha sido o motivo
que nos levou a fazer este exercício de meditação, é importante não nos apegarmos a
esse motivo, mas devemos tentar nos tornarmos existência pura, parte do universo.
Com o rosto para o Sul, tomamos a posição sentada tal como ilustrada na Fig. 48, a
cabeça levemente inclinada, sem tensão no pescoço e ombros, para receber da infinita
distância do Céu setentrional a força celestial que penetra e carrega nosso corpo pelo
sétimo chacra, e que vai encontrar a força da Terra no canal espiritual. Os dedos estão
entrelaçados e os polegares se tocam pelas pontas. Os cotovelos, pulsos e todas as
juntas dos dedos devem estar relaxadas para facilitar um fluxo harmonioso de energia.
Começamos a respirar natural e pacificamente, de maneira bem demorada. A exalação
deve ser de três a cinco vezes mais longa que a inalação. Mas, não, se deve ter
consciência da respiração, não se deve prestar atenção nela. Olhos semicerrados,
focalizando levemente para baixo, sem fixar a atenção em nada em particular, a uma
distância de três a quatro metros. A boca deve estar fechada naturalmente, num estado
de calma total.
Com esta postura e respiração, começamos a diminuir os nossos diversos pensamentos
e ilusões. Se temos sofrido com imagens mentais perturbadoras e confusas, tentemos
mudá-las gradualmente em imagens mais pacíficas, muito mais fáceis de atenuar.
Quando nossa consciência atingir um estado de silêncio pacifico e profunda
tranqüilidade, desenvolvemos a idéia de que nada somos senão um só com o universo
infinito, sem fronteira nem limite entre nós e o universo. Só há um
Fig. 48 ser infinito e universal, sem manifestação pessoal ou individual: ver sem olhos;
ouvir sem ouvidos; sentir sem a pele; imaginar sem cérebro.
Mantemo-nos neste estado de não-ego por cinco a dez minutos. Durante este período,
devemos ser imóveis e inabaláveis a qualquer força externa: fogo, terremoto ou até uma
catástrofe ao nosso lado.
Depois deste exercício, abrimos gradualmente os olhos, erguemos a cabeça, e voltamos
à respiração normal. A partir deste momento, poderemos conduzir nossas atividades
físicas, mentais e espirituais como se tivéssemos nascido de novo recomeçando a vida.

EE 7 Gai-Kan: Reflexão Exterior


A constituição humana é composta do ambiente interno - o corpo e seus componentes -
e do ambiente externo: a natureza e o universo. A humanidade vive e trabalha em
equilíbrio harmonioso entre estes dois ambientes. Entretanto, o ambiente interno veio do
externo na forma de comida e bebida - minerais inorgânicos e orgânicos, vegetais,
animais e água. Também veio do ar - o ambiente gasoso - através de nossa respiração; e
do mundo das vibrações, radiações, ondas e raios através de nosso sistema nervoso,
junto com sua fase de energia eletromagnética.
Portanto, nossa origem humana é o universo infinito, e nosso futuro é o universo
infinito. Nosso atual estado humano nada mais é que um reflexo do ambiente externo
infinito e sem limites, que em última análise, se expande além de todos os mundos
relativos, espaço e tempo.
A meditação da Reflexão Exterior objetiva descobrir nossa origem e fonte, nosso
presente e futuro, na máxima dimensão possível em relação ao mundo exterior, e atingir
nossa completa adaptação ao ilimitado mundo exterior, na qualidade de parte
infinitesimal dele. Nesta meditação, o ego efêmero deve ser dissolvido na imaginação
ou mentalização do espaço infinito, pela experiência de um estado não-egóico.
mantendo o canal espiritual reto, com o relaxamento natural de todas as outras partes do
corpo (Fig. 49). Assumimos esta postura com o Sol às nossas costas. Com o
deslocamento do Sol pelo céu, dependendo da hora do dia, a direção para onde nos
voltarmos mudará. À noite, voltamo-nos para o Sul, se vivermos no Hemisfério Norte, e
para o Norte, se vivermos no Hemisfério Sul.
Pousamos as mãos sobre as coxas, voltadas para cima, tocando as pontas dos polegares
com as pontas dos indicadores e médios, tal como ilustrados. Os ombros, cotovelos e
pulsos, bem como todas as juntas dos dedos devem estar relaxados. Mantemos nosso
rosto levemente erguido, olhos semicerrados, olhando para o infinito, ou com os olhos
fechados, imaginando um
Fig. 49 horizonte indefinidamente distante. Respiramos lenta e naturalmente, pela
boca, levemente aberta, a inalação mais longa que a exalação. A inalação deve ser feita
concentrando-se no mesencéfalo, como se o ar fosse reunido nas profundezas de nossa
mente. A exalação deve ser feita como se o alento reunido fosse liberado das
profundezas da mente em direção ao espaço exterior ilimitado.
Ao fazermos esta respiração, gradualmente extinguimos nossos pensamentos, entrando
num estado de não-pensar. Ao atingirmos este estado, desenvolvemos a imagem de
estarmos completamente livres, na forma de espírito, ou sem forma, como parte do
espaço. Devemos pensar e reconhecer que somos nada, senão um espaço vazio que se
expande em todas as direções rumo à distância infinita.
Se durante esta meditação qualquer pensamento nos perturbar, devemos repetir
mentalmente: "Sou o Infinito" - como água da fonte brotando do fundo do coração.
Continuamos esta meditação de dez a quinze minutos, e voltamos à respiração normal
e a cabeça à posição normal. Nesta postura de meditação, reafirmamos nossa condição
infinita, muito além de toda percepção relativa, ou pensamento, para nos prepararmos
para entrar nas atividades diárias com a mente mais pura.

EE 8 Chin-Pai: Veneração Espiritual


Para se ter harmonia com o ambiente, inclusive nossa relação com outras pessoas, e
com os fenômenos vibracionais e espirituais, é absolutamente essencial ser totalmente
adaptável a quaisquer condições externas variáveis. Especialmente em nossas relações
com os que nos são superiores, e com os fenômenos naturais e espirituais a que estamos
subordinados, devemos ser modestos e humildes, abandonando toda e qualquer ilusão
egocêntrica. A submissão incondicional é outra expressão da completa liberdade, porque
a liberdade só pode ser atingida por uma capacidade infinita de adaptação. Quando nos
submetemos às presenças dos espíritos superiores, e a qualquer força superior, inclusive
o universo infinito, Deus, dedicamos a eles nosso respeito.
Antes de dedicarmos nosso respeito a qualquer criatura, devemos nos purificar,
eliminando vibrações ilusórias que emanam de nós sob a forma de energias físicas
perturbadoras, bem como vibrações mentais. Portanto, no caminho do respeito, devemos
sempre manter uma prática dietética equilibrada de acordo com princípios
macrobióticos, e devemos praticar o seguinte exercício, de Veneração Espiritual.
A Veneração Espiritual pode ser praticada toda manhã e tarde pelas almas dos
antepassados, estendendo nossa apreciação a eles, por terem possibilitado nossa
existência atual. Podemos também usar esta Veneração Espiritual para agradecer a
qualquer força superior e ao universo, bem como à força infinita, a que devemos nossa
existência.
Assumimos a Postura Natural Correta sentada (como no EED 1, página 139), com o
rosto na direção em que queremos expressar nossa gratidão. Respiramos lenta e
naturalmente pelo nariz, e acalmamos nossos pensamentos rumo a um estado pacífico e
suave. Para atingir este estado, podemos fechar levemente os olhos.

Fig. 50
Fig. 51
Fig. 52
Fig. 53
Fig. 54
Fig. 55

Quando nossa mente atinge um estado pacífico, elevamos ambos os braços à altura do
coração, com as mãos postas em atitude de oração (Fig. 50). Pacificamos ainda mais
nossa mente, mantendo esta posição por alguns minutos.
Com as palmas ainda unidas, lentamente estendemos os braços para a frente, e
deslizamos um pouco a mão direita para baixo (Fig. 51). Imediatamente após, abrimos
ambos os braços, formando um ângulo de cerca de sessenta a noventa graus (Fig. 52), e
batemos as palmas num gesto curto e forte (Fig. 53), produzindo um estalido agudo e
forte que penetra a atmosfera vizinha e ajuda a afastar.vibrações ilusórias à nossa volta.
Repetimos o gesto mais uma vez. Nas duas vezes, o estalido deve ser forte e claro.
Recolha lentamente os braços, voltando à atitude de oração. Então recoloque as mãos
nas coxas na Postura Natural Correta, sentada. Deslizando as palmas ao lado das coxas,
colocamo-las à nossa frente, no chão, formando um triângulo com polegares e
indicadores (Fig. 54).
Inclinamo-nos para a frente, baixando a cabeça para o chão, o nariz para o centro do
triângulo, mas sem tocar o chão - cerca de uma polegada acima do chão (Fig. 55). Esta
inclinação deve ser feita com uma suave inalação. Ao nos inclinarmos, os olhos podem
estar naturalmente fechados. Conserve-se inclinado durante duas respirações suaves e
naturais. Então, com uma exalação, lentamente elevamos o corpo, deslizando as mãos,
subindo pelos lados das coxas e retornando à postura de meditação, continuando nossa
veneração espiritual e estado mental de não-egoísmo por um pouco, antes de finalmente
retornarmos à Postura Natural Correta sentada.
Por todo o exercício, conservamos em nossa mente o mais completo respeito por
aquilo a que dedicamos nossos pensamentos. Especialmente enquanto nos inclinamos,
devemos abandonar totalmente nosso ego, mantendo um estado absoluto de não-
egoísmo.

EE 9 Ten-Bú: Dança Celestial


Fig. 56
Fig. 57
Para nos libertarmos das diversas confusões da vida diária e confirmar nossa natureza
espiritual, a Dança Celestial pode ser executada a qualquer hora. Viemos do universo
infinito, realizando-nos neste mundo infinitesimal e efêmero pelo processo de criação. A
criação teve lugar pela operação harmoniosa de forças antagônicas e complementares,
yin e yang. A partir da manifestação efêmera, relativa, onde fomos realizados,
dissolvemos nosso aspecto físico, retornando ao universo infinito. Portanto, nosso ego
verdadeiro nada mais é que o próprio universo infinito, e nossa vontade verdadeira nada
mais é que a vontade do universo infinito.
A Dança Celestial é uma série de formas que representam o processo da criação,
juntamente com uma declaração nossa de completude. Serve para recordar a nossa
condição verdadeira com o universo infinito, que é onipresente, onisciente, onipotente, e
serve para o restabelecimento de nossa fé em nossa vida eterna e universal. Ao Fig. 57
repetirmos esta Dança Celestial, nos capacitamos a desenvolver a invencível confiança
da Unidade que é imortal.
Durante esta Dança Celestial, fazemos a seguinte declaração em pronúncia clara, a
cada passo:
"Eu sou, eu sou.
Eu sou a Unidade.
Eu sou o Todo.
Sou Céu e Terra.
Produzo Yin e Yang.
E eu os combino numa mesma unidade.
E assim, a tudo crio,
E assim, tudo desfaço.
E recrio de novo,
E desfaço de novo.
Sou eterno.
Sou universal.
E sou o Nada."

Fig. 58
Fig. 59
Fig. 60
1º. Passo: De pé, mãos juntas à altura do baixo ventre - Tan Den, o centro do corpo -
como na postura de meditação, com a mão esquerda levemente pousada sobre a direita,
palmas para cima, e ambos os polegares tocando-se de leve (Fig. 56). Olhos abertos,
olhando para o infinito. Respire com o baixo ventre, para desenvolver uma firme
autoconfiança. Durante esta postura, nossos ombros, cotovelos, bem como todas as
outras partes do corpo, devem estar relaxadas. Dizemos as palavras: "Eu sou, eu sou."

2º. Passo: Na mesma posição, levantamos as mãos em postura de oração, mantendo as


mãos levemente pressionadas, ao nível do coração (Fig. 57). Pronunciamos, com
inabalável confiança: "Eu sou a Unidade."

3º. Passo: Lentamente erga ambas as mãos à frente do rosto, e para cima, para o Céu.
Então, gradualmente abra os braços, descrevendo o maior círculo possível (Fig. 58),
dizendo claramente: "Eu sou o Todo."

4º. Passo: Lentamente baixamos os braços abertos, assumindo a forma ilustrada na Fig.
59, com a mão direita erguida a partir do cotovelo, palma para a frente, e a mão
esquerda estendida para a frente, a partir da cintura, com a palma para cima. Durante
este movimento, digamos: "Sou Céu e Terra."

5°. Passo: Mantendo a posição do 4°. Passo, forme círculos juntando o polegar e
indicador de cada mão (Fig. 60), dizendo: "Produzo Yin e Yang."

6°. Passo: Lentamente, junte as mãos, justapondo os círculos formados no 5º. Passo,
círculo esquerdo em cima, os outros três dedos tocando-se levemente (Fig. 61), dizendo:
"E eu os combino numa mesma unidade."

7°. Passo: Gradualmente abrimos os braços, e, palmas para cima, erguemos ambas as
mãos num movimento ondulatório duas ou três vezes (Fig. 62), dizendo: "E assim, a
tudo crio."

8°. Passo: Voltamos as palmas para baixo, de novo óndulando-as duas ou três vezes,
lentamente (Fig. 63), dizendo: "E assim, tudo desfaço."

9°. Passo: Voltamos as palmas para cima, de novo, ondulando-as lentamente duas ou
três vezes (Fig. 64), dizendo: "E recrio de novo."

10°. Passo: Repita o 8º. Passo, voltando as palmas para baixo, ondulando-as
lentamente duas ou três vezes (Fig. 65), dizendo: "E desfaço de novo."

11°. Passo: Lentamente trazemos nossa mão para o centro, erguendo-as ao nível dos
ombros, palmas para a frente, então as estendemos devagar para a frente, como na Fig.
66. E enquanto estendemos os braços, dizemos: "Sou eterno". A partir desta posição,
lentamente abrimos nossas mãos para ambos os lados, formando o maior círculo
possível na horizontal (Fig. 67). Durante este movimento, dizemos: "Sou universal."

12°. Passo: Então, voltando devagar à forma original, como no 1º. Passo, na postura de
meditação de pé (Fig. 68), dizemos: "Eu sou o Nada".
Fig. 68
Repetimos todo este processo com cada frase duas vezes, e assim terminamos a Dança
Celestial.

EE 10 Rei-Chf: Visão Espiritual


Usamos nossos olhos para distinguir objetos que normalmente estão no estado sólido e
líquido, e por vezes, massas de gás. Não estamos acostumados a ver vibrações, ondas, e
raios, à exceção do estreito espectro de ondas que aparecem como luz e cor aos nossos
olhos. Porém, durante a primeira infância, com a

Fig. 61
Fig. 62
Fig. 63
Fig.64
Fig. 65
Fig. 66
Fig. 67 constituição condensada da região central do cérebro que tende a atrair
estímulos mais variados, podemos ver alguns fenômenos vibracionais. Ao crescermos,
com o gradual afrouxamento do centro do cérebro, tal capacidade vai diminuindo.
A Visão Espiritual permite-nos ver fenômenos vibracionais, inclusive a aura e as
radiações de energia que se formam em torno do corpo humano e de outros seres vivos.
Incluem-se aqui também o movimento vibracional dos pensamentos produzidos em
torno de nossas cabeças, por vezes na forma de ondas, por vezes na forma de névoa, de
acordo com a natureza do pensamento. Ainda temos as vibrações e ondas que
recebemos de seres vivos distantes, e que se acumulam á nossa volta na forma de ondas
cintilantes ou numa série de vibrações maciças. Os chamados fantasmas, almas,
espíritos, bem como radiações pessoais e diversas ilusões, estão aqui incluídos.
Para desenvolver a capacidade de ver além de nossos olhos e sentir além nossa de
percepção, nossa condição física e mental deve estar relaxada; mas ao mesmo tempo,
nosso sistema nervoso - especialmente a parte central do cérebro, e as funções nervosas
parassimpáticas - deve estar ativo. Tal estado pode ser desenvolvido pela prática
dietética, junto com exercícios físico-mentais. Ao mesmo tempo, porém, podemos ir
treinando nosso modo de enxergar, acostumando-nos a usar os olhos sem focalizar nos
objetos, mas olhando para as vibrações e o espaço que os envolvem.
Sentamo-nos na Postura Natural Correta sentada (Fig. 69), com as costas eretas, e
todas as outras partes do corpo relaxadas. Respiramos pacificamente pelo nariz.
Fig. 69
Fig. 70
Fig. 71

Quando atingirmos um estado de tranqüilidade, erguemos uma mão, mantendo-a ao


nível dos olhos, com o indicador esticado para cima. Então olhamos intensamente para a
ponta deste dedo (Fig. 70).
Continuamos a focalizar a ponta do dedo, e repentinamente deslocamos o dedo para do
campo visual, por um rápido movimento do braço (Fig. 71); mas continuamos a olhar
para o mesmo ponto onde o dedo estava, que agora está vazio. Nesse instante
poderemos sentir uma leve tonteira e desfocamento da visão. Continuamos a ver o
mesmo ponto no espaço, por mais de um minuto.
Retornamos o braço à mesma posição. Depois de focalizar a ponta do dedo de novo
por mais dez segundos, de novo o tiramos de vista, mas continuamos a ver aquele
mesmo ponto que agora está vazio. Repetimos isto cinco vezes, fazendo este exercício
todos os dias.
Depois de treinarmos nossa visão com este exercício por um bom período, de uma ou
duas semanas, começamos a fitar os objetos móveis, como gente andando, animais
correndo, e os ramos das árvores, pelo mesmo método. Poderemos começar a ver as
vibrações que rodeiam tais corpos móveis, inclusive suas auras, radiações, e outros
movimentos da energia.
A partir deste estado, adiantamos mais nossa capacidade, para ver todos os objetos,
olhando para eles sem focalizar, tentando observar o conjunto, incluindo todo o
ambiente. À medida que treinamos esta maneira de ver, começaremos a ver
fenômenos como núcleos materiais sólidos com periferias vibracionais. Isto nos
revelará que a matéria não é sólida, mas uma massa de vibrações energéticas, não tendo
fronteiras que a separe do seu espaço ambiental e do universo.

EE 11 Rei-Dô: Movimento Espiritual


Todos os movimentos de nosso corpo e atividades mentais, se originam naturalmente,
sem intenção especial, representam o fluxo progressivo natural das energias que
constantemente chegam a nós a partir do ambiente exterior e constantemente emanam
de nós para o ambiente exterior. Sob circunstâncias normais, causam nossos
movimentos físicos e mentais, mas quando são intensificadas, produzem uma atividade
física e mental extraordinária.
O Rei-Dô, o Movimento Espiritual, é um movimento inusitado, produzido sem a
participação da consciência, pela carga intensificada das energias intercambiadas entre
nosso corpo e o ambiente. Há muitas maneiras de induzir o Movimento Espiritual, e por
vezes produzem movimentos inesperados assim como teletransporte, saltar a grandes
alturas, levitação, correr em alta velocidade, e outros. Estes movimentos só surgem
quando nossa atenção mental e física não está sob controle consciente - em outras
palavras, quando a mente está vazia - quando podemos orientar o grau e direção das
energias que recebemos e geramos entre nosso corpo e o ambiente.
A seguir, temos apenas uma introdução, mas podemos nos desenvolver a partir deste
estágio até conseguir diversos movimentos espirituais.
Fig. 72
Fig. 73
Fig. 74
Sentamo-nos na Postura Natural Correta sentada, ou de pé, como na Fig. 72. Deixamos
todas as partes do nosso corpo relaxadas. Não deve haver nenhuma rigidez, exceto na
espinha, que deve estar ereta, para receber ativamente as forças do Céu e da Terra.
Mantemos os olhos abertos ou fechados, conforme sentirmos que acalme mais nosso
pensamento, que deve ser imobilizado ao máximo. Durante este período, a respiração
deve ser pelo nariz, da maneira mais natural e relaxada.
Gradualmente, assumimos uma posição de oração, erguendo ambas as mãos, postas
uma contra a outra com alguma pressão. Os cotovelos devem estar ligeiramente para a
frente, e as mãos retas, para cima, apontando para o Céu (Figs. 73 e 74).
A partir de um estado de mente vazia, começamos a imaginar que as força do Céu e da
Terra, que estão entrando, respectivamente, pela cabeça e pela parte inferior do corpo,
colidem harmoniosamente na região do coração, correndo rapidamente pelos braços, em
direção às mãos, e irradiando-se dos dedos em direção do Céu. Junto com esta imagem,
começamos a fazer um movimento rítmico com as mãos, para cima e para baixo,
verticalmente. No começo, este movimento deve ser pequeno, e deve intensificar
rapidamente sua velocidade e vibração. Com o aumento do movimento, apagamos
nossas imagens de fluxo de energia, entrando no estado de mente vazia, deixando
nossas mãos se mover aumentando naturalmente sua velocidade.

Quando este movimento atingir sua velocidade máxima possível, todo o nosso corpo
pode começar a se erguer ou saltar. A partir deste ponto, ocorre o movimento
inconsciente do corpo todo - subindo e descendo repetidamente, tornando-se cada vez
mais intenso. A esta altura, alguém olhando para nós com a Visão Espiritual (EE 10)
veria que todo nosso corpo está irradiando uma intensa luz branca em todas asa
direções.
Quando quisermos interromper este movimento extraordinário, separamos nossas
mãos uma da outra. O Movimento Espiritual serve não só para a compreensão de que
um movimento bastante natural pode se tornar extraordinário, se não o controlamos com
nossa consciência, mas também que todos os nossos aparelhos, órgãos, e trilhões de
células de nosso corpo estão carregados por intensa correntes energéticas passando
rapidamente por nosso corpo por este movimento, automaticamente dissolvendo toda
estagnação. Portanto, o Movimento Espiritual de qualquer espécie rejuvenesce nossas
condições físicas, mentais e espirituais. O exercício repetido do Movimento Espiritual, é
desejável para regenerar nossas capacidades humanas.

EE 12 Chi-Kô: Caminhar no solo


Ao caminharmos, usualmente nos baseamos em nossa experiência intuitiva do
equilíbrio - esquerda e direita, para a frente e para trás. Mas, na maioria dos casos, não
utilizamos totalmente as energias que vêm do Céu e da Terra, bem como do ambiente
circunstante, para tornar nosso caminhar suave e mais eficaz. Os desequilíbrios físicos,
junto com desordens internas e doenças, fazem com que a maior parte de nosso
caminhar seja desarmonioso em relação ao meio ambiente. Os hábitos individuais,
físicos e mentais também caracterizam a maneira que cada um tem de caminhar.
O corpo humano não cresce a partir do chão; estende-se verticalmente em ambas as
direções a partir da região da cavidade bucal e medula oblongata – para cima, formando
a cabeça, e para baixo, formando o tronco e os membros. Em outras palavras, o centro
do corpo está flutuando no espaço, e a periferia inferior (pernas e pés) ligam-se
levemente ao solo. Ao caminhar, portanto, devemos manter o tronco, especialmente sua
região inferior, inclusive cintura, coxas, pernas e pés, o mais leve possível. Em suma,
não devemos caminhar com pernas e pés, mas com a mente.
Para nos familiarizarmos com a real maneira de caminhar, os seguintes exercícios
podem ser praticados diariamente, mesmo por um curto período, assim como dez
minutos, em nossas caminhadas diárias.

A: Caminhar Ordinário
Mantemos a postura reta, recebendo as forças do Céu e da Terra em sua potência
máxima, carregando nosso corpo, e descarregando pelos braços e pernas.
Mantemos o olhar para a frente, o mais longe possível, olhando para o infinito (Fgs. 75
e 76).
Respiramos pelo nariz, muito naturalmente, com a exalação três a cinco vezes mais
longa que a inalação. Esta exalação mais longa é um dos fatores importantes ao andar e
correr, em qualquer circunstância. De fato, uma exalação mais longa, em comparação
com a inalação, é mais eficaz para produzir o movimento suave do corpo, ao se
caminhar com uma mente pacífica.
Conservamos como centro do corpo, a região do Terceiro Chacra, no estômago,
sempre o empurrando para a frente, como se caminhando a partir daquele ponto. Ambos
os braços, se não estivermos carregando nada, devem ser mantidos leves, e mover-se
naturalmente para a frente e para trás. Não devemos dar atenção às pernas e pés, mas
devem ser deixados se movimentar o mais livremente possível.
Descobriremos que este modo de caminhar nos permitirá o dobro da velocidade,
mantendo ao mesmo tempo a mente pacífica e um peso menor. Também ficamos
capacitados a responder instantaneamente quando precisarmos mudar de direção, parar,
ou mudar a postura física, para enfrentar um no ambiente.
Fig. 75
Fig. 76
Fig. 77
Fig. 78

B: Caminhar Rápido
Quando quisermos andar mais depressa, ou quase correndo, para longas distâncias,
mantemos a postura descrita em "A", para utilizar eficazmente as forças do Céu e da
Terra, e do ambiente.
A respiração deve ser feita pelo nariz, com a boca ligeiramente aberta, com a exalação
de quatro a sete vezes mais longa que a inalação. Nossa respiração deve ser
principalmente exalação, ao passo que a inalação e meramente uma reação ao fim da
exalação.
Consideramos o centro do corpo mais elevado: no Quarto Chacra - a região do coração
- com todas as partes inferiores do corpo completamente relaxadas, deixando que
respondam livremente.
Ao caminharmos, os ombros movem-se levemente para a frente e para trás; os braços e
mãos oscilam normalmente, respondendo ao movimento dos ombros. Ao andarmos,
primeiro apoiamos mais o peso do corpo de um lado, esquerdo ou direito, e usamos
aquele pé para sustentar mais o corpo, usando o pé do outro lado para fazer uma curva
ou ir adiante. Depois de uns 50 a 100 passos, deslocamos o peso do corpo
principalmente para o outro lado, usando o oposto para mudar de direção ou ir avante.
Alternamos este modo de usar as pernas a cada 50 ou 100 passos. Se quisermos ir mais
devagar, alteramos a cada 150 ou 200 passos; e se quisermos andar mais depressa, á
cada' 30 ou 50 passos (Figs. 77 e 78).
O ponto importante neste exercício é que, muito embora durante o período de
aprendizado, precisamos manter a atenção na postura e movimentação apropriada,
eventualmente atingiremos um estado inconsciente, e manteremos uma mente vazia,
mesmo andando depressa.

EE 13 Gô-Ma: Dissipando as Ilusões


Em nossa vida diária, produzimos diversas ilusões, na forma de nuvens mentais
espirituais de estagnação. Carregamo-las conosco, à nossa volta, como uma massa
nebulosa de vibrações pesadas. Podem se manifestar como apego, preconceito, ciúme,
egoísmo, cobiça ou ira, bem como inexplicáveis sensações de frustração, medo e
insegurança. Vários exercícios de Do-ln servem para purificar estas nuvens de ilusões,
mas quando elas estão nos influenciando pesadamente - em outras palavras, quando
estamos perturbados - podemos precisar romper através destas maciças ilusões que nos
rodeiam. O método seguinte é um dentre vários que podemos usar com este fim.
Não é necessário fazê-lo todos os dias. Deve ser feito só quando sentirmos
necessidade. Também deve ser acompanhado de profunda reflexão sobre o nosso modo
de comer e pensar. Assim sendo, antes e depois deste exercício, podemos fazer outros
exercícios de Do-In, para pacificar e reforçar nossas condições físicas, mentais e
espirituais.
Fig. 79
Fig. 80
Fig. 81
Fig. 82
Fig. 83
Fig. 84
Fig. 85
Fig. 86

1ª. Etapa: Sentamo-nos na Postura Natural Correta (EED 1, pág. 139). Durante o dia,
sentamo-nos com o Sol às costas, e à noite, com a frente para o sul, com o céu
setentrional às costas. (No Hemisfério Sul, o céu meridional às costas, frente para o
norte.) Meditamos, olhos fechados, respiramos suavemente pelo nariz. para entrar num
estado de tranqüilidade.

2ª. Etapa: Abrimos os olhos, olhando para a frente. Mantendo as mãos à frente do
peito, formamos o Selo da Espada; estendemos os dedos indicador e médio da mão
direita, fazendo a espada, e tocamos as pontas dos outros dois dedos com a ponta do
polegar. Colocamos os dedos estendidos da mão direita através da palma esquerda,
exceto pelo indicador esquerdo, que se estende naturalmente (Fig. 79) (Uma pessoa
canhota deve inverter a posição das mãos). Respiramos com o Segundo Chacra - a
região abdominal inferior - para estabilizar nossa confiança.

3ª. Etapa: Lentamente tiramos a espada da bainha, apontando a mão direita acima da
cabeça, enquanto a esquerda naturalmente aponta para o lado (Fig. 80).

4ª. Etapa: Erguemos a mão direita bem acima da cabeça, pronta para cortar, e a perna
direita se move para cima e para a frente, ao erguermos o joelho (Fig. 81).

5ª. Etapa: Com voz forte, emitindo o som "TOH", cortamos rapidamente de cima, à
direita, para baixo, à esquerda (Fig. 82).

6ª. Etapa: Ergue-se a mão com a espada (direita) para cima do ombro oposto (Fig. 83)
(esquerdo) e cortamos diagonalmente para baixo, para o outro lado (Fig. 84).

Ordem do Romper
Fig. 87 as Ilusões no Gô-Ma

7ª. Etapa: Repetem-se as etapas 5 e 6 mais duas vezes, cortando da direita para a
esquerda, da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, e esquerda para a
direita.
8ª. Etapa: Mantemos a mão direita apontando diretamente para cima e, emitindo o som
"TOH" - longo, agudo e alto - a partir do Tan-Den, cortamos direto e verticalmente para
baixo.

9ª. Etapa: Voltamos à postura de meditação, acalmando gradativamente a respiração,


até atingir um estado mental pacífico.

EE14 Koto-Dama: O Espírito das Palavras


Em nossa conversação diária, usamos várias palavras e pronúncias para nos,
exprimirmos. Os sons destas palavras são vibrações que são formadas na boca, nariz e
garganta, em coordenação com a vibração da úvula, as paredes dessas cavidades, dentes,
movimentos dos músculos da garganta e cordas vocais, bem, como movimentos
respiratórios. As forças que criam estas vibrações, porém, originalmente descem do Céu
através da fontanela, e sobem da Terra pela região, inferior do corpo.
Correspondentemente, quando nossas condições físicas e mentais são harmoniosas com
o ambiente, pela prática diária de dieta, atividade e pensamento apropriados, o som de
nossas palavras poderá representar as poderosas forças do Céu e da Terra, e nossas
expressões verbais, poderão transmitir a visão real da natureza e do universo. As
palavras ou sons verbais pronunciados num estado tão saudável, harmonioso com o
ambiente, representam o Espírito Universal, e dão uma poderosa influência sobre nós
mesmos e sobre todos os seres que nos circundam.

Fig. 88 - Formação das Palavras


Para baixo Carga Descendente do Céu
Formação de Imagens
Vibração; Formação
Palavras
Formação e Controle da Vibração
Região Central do Cérebro,; Sexto Chacra
Uvula
Garganta, Cordas Vocais, Tireóide, Paratireóide; Quinto Chacra.
Para cima Carga Ascendente da Terra

As palavras e sons verbais pronunciados em tal estado são chamados Koto Dama, o
Espírito das Palavras. Cada som verbal que é pronunciado quando estamos numa
condição saudável transporta seu significado e força, bem como seu efeito especial
sobre nossas condições físicas, mentais e espirituais. Dentre esses sons, alguns são
pronunciados com a boca aberta - sons yin - e outros são pronunciados com a boca
fechada - sons yang. Há muitas variedades intermediárias. Quando nossas condições
físicas e mentais tornam-se mais pacificamente adaptáveis à natureza através de uma
alimentação à base de vegetais, estes sons se tornam mais claros na pronúncia; ao passo
que se nossas condições se tornam desarmônicas com o ambiente, pelo uso freqüente
de outras variedades de alimentos, incluindo as de origem animal, nossos sons tornam-
se rústicos.
Os sons básicos que eram pronunciados na antigüidade no Extremo Oriente podem ser
sumariados pelos seguintes 50 sons:*

A – KA – SA – TA – NA – HA – MA – IA – RA - UA
E – KE – SE – TE – NE - HE – ME - E - RE - E
I – KI – SHI – CHI – NI – HI – MI - I - RI - I
O – KO - SO - TO - NO – HO – MO – IO – RO - O
U – KU – SU – TSU – NU – FU – UM – IU – RU - U

1. A linha dos sons em "A" inclui os sons que representam diversos estados das forças
invisíveis.
2. A linha em "I" corresponde aos sons, forças e vibrações fenomênicos.
3. Os sons em "U", diversos estados de harmonia e equilíbrio.
4. Os sons em “Ê” diversos estados de criação artística.
5. Os sons em “Ô” os diversos estados da forma física - o fim do movimento.

Fig. 89 Koto-Dama - As Espirais do Som


mni
euo

m
o

* À esquerda estão os padrões espirálicos do corpo humano e os sons correspondentes


às principais regiões corporais; à direita, as áreas do corpo correspondentes aos sons A-
U-M, conforme descrito no exercício abaixo.
Estes 50 sons vibram cada um uma região do corpo, gerando sua atividade; por
exemplo, "I" para o estômago e região média do tronco; "Ô" para os rins e costas (altura
da cintura); "HÁ" para os pulmões e função respiratória. Portanto, o uso adequado de
sons escolhidos pode fisicalizar e espiritualizar nossa atividade cotidiana. Alguns
exemplos do que se pode usar nos exercícios de Do-In:

1. "SU" Prolongado. Para harmonização pacífica entre nós e as pessoas e outras formas
de existência por todo o mundo. Em nossa respiração, ao exalar, pronunciamos "SU",
vocal ou mentalmente. A respiração torna-se um intercâmbio para nos harmonizarmos
com a atmosfera ambiente.

2. "AUM" Prolongado. O som "A", pronunciado coma boca aberta, representa o


universo infinito, e fisicamente, vibra a parte inferior do corpo. O som "U" representa a
harmonia, como vimos no caso do "SU", e fisicamente vibra a região superior do corpo,
e região inferior da cabeça. O som "M", que é pronunciado com a boca fechada,
representa o mundo infinitesimal e vibra fisicamente a área mais compacta do cérebro.
Portanto, se pronunciarmos "AUM", exprimimos o universo inteiro, vibrando nosso
corpo e canal espiritual da parte mais inferior à mais superior, resultando na carga ativa
de vibrações e correntes de energia em nossas funções físicas, mentais e espirituais.
Estes sons, portanto, têm sido usados há séculos no Oriente para gerar nossa atividade
de vida bem como estabelecer nossa existência como parte do universo.

3. Séries de sons: HI-FU-MI-10-1-MU-NA-IA-KO-TO-MO-CHI-RO. Estes sons eram


universalmente usados por povos pré-históricos como os mais básicos e inspiradores
para gerar atividade física, mental e espiritual sob forma unificada. A série destes sons
também descreve a criação do universo. Cada som tem um significado:

H1: A Unidade; o Um; o Espírito Universal, o fogo.


FU: A Dualidade; a diferenciação, ou polarização, e o começo da vibração e o vento.
MI: O Ternário; a fisicalização e materialização do ego.
IO: O Quaternário; a direção e a esfera. Também representa este mundo, bem como a
geração.
I: O Quinário, e os fenômenos vitais. A mais ativa intenção ou vontade relativa; o
centro.
UM: O Senário. Os fenômenos de nascimento e maternidade. Também representa o
Vazio.
NA: O Setenário. Existência relativa identificável, o que tem nome. Também tem o
significado de qualidade vegetal, o reino vegetal. O caminho de retorno ao infinito.
IÁ: O Octonário. Todas as direções e fenômenos da radiação. Também representa o
infinito.
KO: A Enédea, o ser infinitesimal, as crianças, as coisas pequenas. Também tem o
significado do "aqui e agora".
TO: A Década; o cumprimento e a construção; o edifício, o portão. Também tem o
significado de abrir uma porta para o infinito.
MO: A centena; a expansão, o círculo completado. Também significa harmonia e
desenvolvimento ulterior; a mãe.
TCHI: Milhar. A variedade dos fenômenos vivos e seu fator comum: sangue, ou
energia. Também significa o pai.
RO: Dez mil. Harmonia em ampla escala; o movimento constante de espirais e
círculos. A posião central.

A pronúncia repetida destes sons em série era praticada na vida cotidiana, de tempos
pré-históricos, para a contagem de números, bem como para nos relembrar o processo
de criação dos fenômenos da vida dentro do universo. Se repetirmos estes sons de
maneira enérgica e incisiva, como exercício físico, mental e espiritual, isto nos
encorajará a levar uma vida longa e ativa, com mente pacífica.

4. Série de sons: A-MA-TE-RA-SU-O-O-MI-KA-ML No Extremo Oriente pré-


histórico, especialmente no Japão ancestral, a série destes sons era tida como poderosa
influência para elevação física, mental e espiritual. No shíntoísmo tradicional era
chamada Togoro No Kajiri, ou as "Palavras Divinas das Dez Sílabas". Como um todo,
esta pronúncia também representa o "Grande Espírito Gracioso Que Brilha no Céu", ou
Deus. Cada sílaba tem o seu significado, e sua seqüência combinada também representa
o universo infinito e fenômenos infinitesimais, e a harmonia entre eles. Por exemplo, o
primeiro som, "A", representa o som do infinito; o último, "MI", representa o eu, e o
som central, "SU", a harmonia.
Quando estes sons são repetidos na forma de meditação e oração, na Postura Natural
Correta, as vibrações energizam todo o corpo, e a vitalidade mental-espiritual se eleva,
formando à nossa volta um escudo de radiações na aura, podendo resultar no exercício
de faculdades extraordinárias.

5. Série de sons: NAM-MIÔ-HÔ-REN-GUE-KIÔ. Esta série de sons foi usada por


uma seita budista como canto e oração. Significa: "Lei Misteriosa Infinita do Sutra Flor
de Lotus", ou "Ordem Miraculosa do Universo Infinito", ensinamento que foi
considerado o máximo e o essencial do budismo.
A repetição destas palavras energiza nosso dinamismo físico e mental, produzindo uma
adaptabilidade positiva quanto ao ambiente, resultando em contribuições benéficas para
nossa vida. Acompanham este canto poderosas vibrações no espaço circunjacente,
emitindo influências igualmente positivas ao nosso ambiente.
As citadas aplicações do Espírito das Palavras no canto e na oração diárias são apenas
alguns poucos exemplos. Quando entendermos o poder influente de cada som,
poderemos produzir livremente certas combinações sonoras na forma de palavras e
expressões de desenvolvimento físico, mental e espiritual. De fato, no começo de nossas
vidas humanas, começamos a usar a voz infantil para pronunciar intuitivamente nossas
vibrações interiores; são produzidas física e mentalmente; são a interpretação humana
das energias ambientes e vibrações que se originam no universo infinito.
CAPÍTULO 2
Exercícios Espirituais Diários (EED)
Introdução
Quando quisermos desenvolver nossa constituição física, mental e espiritual como uma
unidade harmoniosa com todas as pessoas próximas e meio ambiente, é altamente
recomendável que pratiquemos os Exercícios Espirituais diariamente, sozinhos ou com
nossa família e amigos.
Quanto à hora da prática, é aconselhável fazê-la ao nascer do sol, ou de manhã. Porém,
estes exercícios podem ser praticados a qualquer hora, em quaisquer circunstâncias em
lugar e condições adequados. Quanto ao local, pode ser dentro ou fora de casa, se bem
que seja mais adequado sobre a terra, em ambiente natural, especialmente no alto de um
morro.
A vestimenta deve ser a mais simples possível, sendo preferível o tecido de fibra
natural, em contato direto com a pele. Os ornamentos metálicos ou plásticos devem ser
evitados, para propiciar a circulação harmoniosa das vibrações físicas, mentais e
espirituais que podem conseguir nossa adaptação ao ambiente.
Estes exercícios, se praticados com regularidade, podem servir ao desenvolvimento
global da personalidade, força física, autoconfiança e lucidez espiritual. Alguns são
praticados desde tempos imemoriais, e outros foram recuperados e desenvolvidos por
mim, de acordo com a compreensão da natureza humana tornada física na Terra, neste
universo. Estes exercícios foram especialmente refinados e compostos como uma série
de exercícios de Do-In para qualquer um praticar facilmente, de manhã cedo ou ao
nascer do sol. Cada exercício deve ser executado como o suave correr da água num
riacho, e nossa execução de toda a série não deve ter interrupção entre um e outro
exercício, como a água da fonte borbulhando debaixo dos arbustos nas montanhas,
formando uma correnteza que desce continuamente, acumulando água e tornando-se um
rio, por fim chegando ao oceano.

A série de práticas inclui os seguintes doze exercícios:


1. Sei-Za: Postura Natural Correta e Respiração Natural
2. Mei-So-Ko-Kiú: Meditação e Respiração
3. Chin-Kon: Oração da Unidade
4. Haku-Shu: Purificação pela Batida de Palmas
5. A-Um: Espiritualização pela Vibração Sonora
6. Ten-Ko: Batida do Tambor Celestial
7. Ten-Ro: Beber do Orvalho Celestial
8. Kan-Ro: Saborear o Néctar em meditação
9. Ten-Gaku: Audição da Música Celestial
10. Ko-Miô: Visão da Luz Interior
11. Ua-On: Vocalização da Harmonização
12. Hei-Ua: Pacificação do Mundo

O EED 1, Postura Natural Correta e Respiração Natural é a base da prática de todos os


exercícios espirituais, pelo que nos preparamos para ficar num estado pacífico.
O EED 2 serve para gerar ativamente as vibrações físicas, mentais e espirituais num
estado harmonioso, alterando gradualmente a nossa respiração.
O EED 3, a Oração da Unidade, é o exercício-padrão para a maioria das orações,
usando uma imagem intensa. Permite-nos especialmente ficarmos absorvidos na
imagem da unidade.
O EED 4, a Purificação pela Batida de Palmas,é uma prática tradicional do shintoísmo,
para qualquer fenômeno espiritual, bem como para o Espírito Universal, afastando
qualquer vibração ilusória estagnada.
O EED 5, a Espiritualização pela Vibração Sonora, tem sido praticada amplamente na
índia, originada pela filosofia Vedanta, que data da mais remota antigüidade.
O EED 6, a Batida do Tambor Celestial e o EED 7, Beber do Orvalho Celestial, são
práticas tradicionais de rejuvenescimento e longevidade, de tempos imemoriais, do
Shin-Sen-Do (v. pá g. 43 ), a maneira de vida a se desenvolver no homem livre com a
força natural e a espiritual.
O EED 8, Saborear o Néctar em Meditação, o EED 9, a Audição da Música Celestial,
bem como o EED 10, a Visão da Luz Interior, são todos meios para entender o universo
através de experiências sensoriais e emocionais, também originalmente do Shin-Sem-
Do.
O EED 11, a Vocalização da Harmonização, é a arte de usar o poder do som e
pronúncia espirituais, e foi simplificada a um som universal comum a todos os povos
como um símbolo do universo. O som usado aqui em particular, e na prática seguinte
(EED 12) simboliza o centro do universo, bem como a harmonia entre todos os
fenômenos.
O EED 12, a Pacificação do Mundo, é a arte de universalizar uma imagem particular
por todo o mundo, enviando certas vibrações em todas as direções.
Esta série de Exercícios Espirituais Diários é uma combinação harmoniosa voltada
para o desenvolvimento do bem-estar pessoal e desenvolvimento do mundo, pela paz
universal, pelo uso ativo das forças do Céu e da Terra que são origem de todas as
manifestações relativas deste nosso mundo, incluindo a nós mesmos. Quando essas
forças estão fluindo por nosso corpo verticalmente entre o centro espiralado da cabeça e
a área genital do corpo, elas são rejuvenescidas de diferentes maneiras, através de cada
um destes exercícios. Esta série de exercícios como um todo, desenvolve nossa unidade
com o universo infinito, pelo desenvolvimento de nossa consciência ilimitada.

EED 1 Sei-Za: Postura Natural Correta e Respiração Natural

De frente para o sol nascente, mantenha a postura natural, de pé ou sentado numa


cadeira, ou no chão, como ilustrado (Figs. 90 a 95).
Relaxe completamente todas as partes do corpo, inclusive todos os músculos do rosto,
pescoço, peito, abdômen e costas, bem como todas as articulações dos ombros,
cotovelos, pulsos, e outras, mas mantenha a espinha reta.
Respire natural e pacificamente pelo nariz, com a exalação de três a cinco vezes mais
longa que a inalação.
Conserve a boca levemente fechada, e os olhos no infinito, para o sol nascente. Se
nuvens, árvores, casas, paredes e janelas bloqueiam a vista do sol, mantemos o olhar
para o infinito, além deles.

Fig. 90
Fig. 91
Fig. 92
Fig. 93
Fig. 94
Fig. 95
EED 2 Mei -So-Ko-Kiú: Meditação e Respiração
Mantenha a postura do EED 1.
Suavemente, mova ambos os braços e junte as mãos, palmas para cima, a mão
esquerda levemente pousada sobre a direita (o contrário no caso de pessoa canhota).
Una de leve o lado interno das pontas de ambos os polegares, de modo a unir as espirais
das pontas destes dedos. Coloque naturalmente as mãos no colo, perto do tronco (Fig.
96).
Comece a Respiração do Não-Egoísmo, passando à Respiração da Harmonia, depois
inalmente atingindo a respiração da Espiritualização (pag. 49), continuamente, por dez
vezes.
Gradualmente volte à respiração normal, a Respiração da Harmonia, mantida de
maneira relaxada.
Fig. 96

EED 3 Chin-Kon: Oração da Unidade


Mantenha a postura do EED 2, olhos no infinito, respiração natural. Lentamente
dissolva a posição das mãos, que estavam no colo, e una levemente as palmas, sem
pressioná-las. Gradualmente erga-as de modo que fiquem ao nível do coração
- postura de oração (Fig. 97). Mantenha esta postura por dois minutos, com a imagem
mental intensa de nosso ser sendo um só com a natureza e o universo - a imagem da
unidade.
Olhe à distância, mas sem focalizar qualquer objeto em particular. Receba todo som
livremente, mas sem escutar nenhum em particular. Aceite incondicionalmente tudo o
que sentir, mas sem dar atenção a qualquer sensação em particular. Que a consciência
seja absorvida completamente no oceano ilimitado da tranqüilidade sem fim.
Fig. 97

EED 4 Haku-Shu: Purificação pela Batida de Palmas


Continuando a manter a consciência no ilimitado oceano de tranqüilidade da unidade,
atingida no EED 3, e a partir da mesma postura (Fig. 98) estenda lentamente os braços,
mantendo as palmas juntas, mantendo-os com uma curvatura natural, sem tensão.
Deslize devagar a mão direita, diagonalmente (Fig. 99) num ângulo entre 15 a 30º com
a mão esquerda. No instante seguinte, abra bem os braços, a 45º (Fig. 100), e
rapidamente feche-os com uma batida seca das mãos (Fig.101). O som deve ser natural,
mas claro e penetrante, ressoando na atmosfera circunstante. Repita as palmas apenas
duas vezes, representando o Céu e a Terra, masculino e feminino, ou yan e yang, as
diferenciações primárias do universo infinito e único.
O propósito disto é varrer rapidamente qualquer vibração estagnada no pensamento à
volta de nossa cabeça, em movimento desequilibrado em torno de nosso corpo, e em
movimento desarmonioso com o ambiente.
Depois de duas palmadas na intenção de purificação, faça a mão direita, em ângulo
com a esquerda, encontrar a esquerda (Fig. 99), e lentamente devolva os dois braços
estendidos à posição de oração (Fig. 98). Um pouco depois, lentamente recoloque as
mãos no colo, na posição de meditação, como indicado no EED 2.
Fig. 98
Fig. 99
Fig. 100
Fig. 101
EED 5 A-Um: Espiritualização pela Vibração Sonora
Na posição de meditação do EED 2, feche levemente os olhos, começando com a a
cinco vezes mais longa que a inalação, mentalizando que somos um com o universo
infinito (Fig. 102).
Inale então profundamente pela boca levemente aberta, e exale lentamente, de cinco a
sete vezes mais devagar que a inalação. Durante a longa exalação, pronuncie o som "A"
com a boca bem aberta, no primeiro período da exalação; mudando para o som U com a
boca entreaberta, no segundo período, e mudando para o som M com a boca quase
fechada, entre dentes. Estes sons continuados, A-U-M devem ser pronunciados o mais
natural e longamente possível, um som fluindo para o outro com a máxima continuidade
possível.
Durante o começo da exalação - "A" - vibre profundamente as regiões média e inferior
do corpo; na parte média da exalação - "U" - vibre bem dentro da região superior do
corpo, bem como na região inferior da cabeça, inclusive a garganta. Na parte final da
exalação - "M" - vibre toda a cabeça, até o interior do cérebro.
O propósito deste exercício é limpar nosso canal espiritual de qualquer bloqueio ou
estagnação, deixando passar facilmente as forças do Céu e da Terra, deixando-as
carregar livremente toda a organização celular do corpo. Também energiza todas as
funções: digestivas, respiratórias, nervosas, circulatórias, e excretórias.
Depois de exercitar repetidamente esta Respiração da Espiritualização pela vibração
sonora A-U-M, cerca de dez vezes, retorne à respiração normal, natural.

EED 6 Ten-Ko: Batida do Tambor Celestial


Continue na postura de meditação (EED 2), mantendo os olhos fechados como no
EED 5, ou naturalmente abertos, olhando ao longe (Fig. 103).
Comece a Respiração da Fisicalização (pág. 48), e repita-a profundamente cinco vezes.
Então comece o que é chamado tradicionalmente de a "Batida do Tambor Celestial":
isto é, entrechocar os maxilares, pelo movimento rítmico de abrir e fechar a boca.
Fig. 102
Ocorrem sons naturais fortes, como o entrechocar dos dentes - ka; ka; ka. Movendo
energicamente o maxilar inferior, continue a tamborilar os dentes na seguinte ordem:
Primeiro, a parte frontal: dez vezes.
Segundo, o lado esquerdo: dez vezes.
Terceiro, o lado direito: dez vezes.
Quarto, todos os dentes: dez vezes.
Este exercício tem como efeito energizar ativamente a carga eletromagnética com a
aceleração do fluxo sangüíneo, em toda a região do cérebro. Também induz um
metabolismo ativo de todos os aparelhos, órgãos e glândulas, pois que cada dente
representa uma parte da constituição física; além de representar cada vértebra da
espinha, em relação ao sistema nervoso.
Fig. 103

EED 7 Ten-Ro: Beber do Orvalho Celestial


Fig. 104
Continue na postura de meditação e retome a respiração normal. Olhos entreabertos ou
natural abertos, para o infinito.
Usando a língua, recolha o líquido na boca e a saliva na região do palato. Depois de
encher bem a boca, engula como se ouvisse o ruído do beber, sentindo sua descida pelo
esôfago, rumo ao estômago. Enquanto bebemos, se inclinamos a cabeça levemente para
baixo e então erguemos um pouco para cima, o exercício ficará mais completo (fig.104).
Repita três vezes, cada vez colhendo uma boca cheia de saliva usando a língua.
O efeito deste exercício é ativar a função digestiva, normalizando as funções destes
órgãos, bem como o estímulo de várias glândulas hormonais em todo o corpo.

EED 8 Kan-Ro: Saborear o Néctar em Meditação


Depois do exercício de beber o orvalho celestial (EED 7), saborear o néctar em
meditação é o que se segue naturalmente.
Seu propósito é experimentar a doçura do ar que se respira, carregado pela força do
Céu que entra pelo centro espiral da cabeça, carregando a região do cérebro e descendo
até a úvula, no interior da boca (v. Figs. 105 e 106).

Fig. 105 – Localização da Úvula


Úvula
Amígdalas
Língua

Fig. 106 – Respirando o Néctar em Meditação


Região Central do Cérebro
Úvula
Língua

Conservando a postura de meditação, leve a língua para trás tocando a parte interior do
maxilar superior - a região do palato (Fig. 107). Comece uma longa inalação, pela boca
entreaberta, e com uma exalação natural. Repita esta respiração de dez a quinze vezes.
Durante a longa inalação, regularmente executada, experimentamos um sabor
adocicado na base da língua, de ambos os lados, que gradualmente se propaga, cobrindo
a boca e toda a língua. Em seu grau mais intenso, experimentamos um sabor tão doce
quanto o mel, ou até mais forte.
Juntamente com o saborear a doçura da respiração, meditamos que a graça da natureza
e do universo infinito é muito mais doce na natureza espiritual, do que podemos
imaginar.
A percepção do sabor doce dependerá delicadamente da técnica de controlar o
tensionamento e posicionamento da língua, bem como a intensidade da inalação. Os que
não conseguirem perceber esse sabor no começo, poderão senti-lo ao repetir o exercício.
Fig. 107
EED 9 Ten-GaKu:. Audição da Música Celestial
Conservando a Postura Natural Correta como no exercício prévio, dissolva as mãos da
postura de meditação no colo, e erga-as para as orelhas.
Introduza profundamente um polegar em cada orelha, de modo a bloquear qualquer
som externo. Os quatro dedos de cada mão devem segurar levemente a testa, que deve
inclinar-se um pouco para a frente (v. Fig. 108).
Fig. 108
Juntamente com a Respiração da Harmonia (pág. 47), repetida o mais lenta e
suavemente possível, escute os sons musicais que se originam nas regiões interna e
frontal do cérebro, bem como no ouvido interno. Os sons musicais variam desde o som
de tambores, música das ondas na praia, flautas agudas, harpas pelas nuvens - tudo
compondo a orquestra celestial.
Ouvindo estes sons, refletimos que a natureza e o universo nada são senão vibrações
musicais de natureza ordenada, compondo uma grande orquestra sem começo e sem
fim, infinitamente complexa. Todos os fenômenos que aparecem e desaparecem neste
universo são um pouco como notas musicais e especificando certos sons que brotam na
grande orquestra do universo infinito.

EED 10 Ko-Miô: Visão da Luz Interior


A partir da Postura Natural Correta (EED 1), e praticando a Respiração Natural da
Harmonia (pág. 47), lentamente erga o braço direito (esquerdo, para os canhotos), e
coloque o indicador sobre a área do. terceiro olho, ou no centro da testa, com o polegar
na borda exterior de um olho fechado, e o dedo médio no extremo exterior do outro
olho. Comece a apertar o polegar e dedo médio, levemente para dentro (Fig. 109).
Com o aumento da pressão, começamos a ver uma luz brilhante. A luz pode brilhar em
todas as direções a partir do centro, ou circular para fora, em espiral. O brilho pode
formar um anel, com as cores variando belamente. Deixe sua consciência se absorver na
luz, refletindo que a criação do universo começou com a luz, e a luz da criação
continua, sem fim. Ao olharmos um pouco para cima, olhando para longe, sob as
pálpebras fechadas, o brilho intensifica-se.
Depois desta experiência por alguns minutos, desfaça lentamente a pressão aplicada
pelos dedos, e afaste os dedos dos olhos e da testa. Continue com os olhos fechados, e
continue a meditar sobre a luz remanescente, até que ela se apague totalmente.
Fisicamente, este exercício estimula intensamente o centro do cérebro, unificando a
ação nervosa; espiritualmente, permite-nos experimentar o mundo das radiações, forças
básicas de todos os fenômenos.
Fig. 109

EED 11 Ua-On: Vocalização da Harmonização


A partir da Postura Natural Correta, mãos em forma de meditação (EED 2), comece a
respirar profundamente pela boca entreaberta, com olhos fechados ou semicerrados,
olhando à distância, sem focalizar. A duração da exalação deve ser de quatro a sete
vezes a inalação (Fig. 110).
Durante a exalação, pronuncie SU ("s-s-s-u-u-u"), o som da paz e harmonia (EE 14,
pacificamente. Deixe o som ressoar por todas as regiões interiores do peito, garganta e
rosto.
Fig. 110
Ao inalar, mentalize intensamente que estamos inalando todo o universo
profundamente em nós, e que ele está sendo distribuído para os bilhões de células em
todos os cantos do corpo. Ao exalar, mentalize intensamente que estamos distribuindo o
universo interior ao infinito exterior, para o espaço sem limites do universo.
Repita esta respiração com o som da paz e harmonia ("SU") de quatro a oito vezes,
para se harmonizar com o ambiente, pessoas, e negócios que nos rodeiam.

EED 12 Hei-Ua: Pacificação do Mundo


A partir do exercício anterior, mantenha o estado mental pacífico (Fig. 111) e a postura
da meditação. Lentamente eleve as mãos até o nível do coração, na posição de oração
(Fig. 112), e então eleve-as ao nível da boca (Fig. 113). Gradualmente estenda ambos os
braços com ambas as palmas naturalmente abertas para a frente, sentado ou de pé, para
enviar ondas de vibração pacífica e harmoniosa pelas palmas, especialmente do centro
das palmas (Fig. 114).
Fig. 111
Fig. 112
Fig. 113
Fig. 114
Fig. 115
Fig. 116
Fig. 117
Fig. 118
Junto com a emissão prolongada de "SU", mentalize intensamente estar enviando paz a
todos os seres e ao mundo, gradualmente abrindo os braços horizontalmente, até
estarem alinhados com os ombros (Fig. 115).
Com um novo "SU", mova gradualmente ambos os braços para a posição central
original, continuando a mentalização intensa, irradiando ondas de paz em todas as
direções (Fig. 116).
Repita este exercício várias vezes, lentamente.
Ao terminar esta prática pela pacificação do mundo, lentamente devolva os braços
estendidos à posição de oração (Fig. 117), e então coloque braços e mãos de volta na
postura de meditação (Fig. 118), e volte à respiração normal e natural.
CAPÍTULO 3
Exercícios Diários
1. So-Shô-Shu-Ho: Exercícios Matutinos
Introdução
A manhã é o começo de uma vida nova. A qualidade da vida que experimentamos
durante o dia (física, mental e espiritual) depende amplamente da nossa condição pela
manhã, especialmente quando saímos da cama para iniciar nossas atividades. É
essencial refrescar completamente nossas condições físicas e mentais liberando toda
estagnação que possa ter-se originado durante o sono e durante o dia anterior.
Durante o dia, tendemos a formar certas posturas e desenvolver alguns hábitos físicos e
mentais mais do que outros, devido à nossa absorção em certas ocupações e atividades.
Analogamente, durante a noite, enquanto estamos dormindo, tendemos a desenvolver
certas condições físicas devidas ao nosso modo de dormir, condição da cama, e
circunstâncias ambientais do quarto, atmosfera e temperatura. Nosso estado é também
influenciado pelo que consumimos no dia anterior como bebida e comida, bem como
por nossas experiências físicas e mentais.
Para recomeçar a vida de novo a cada manhã, para enfrentar quaisquer circunstâncias
que possam aparecer durante as horas do dia que começa, é necessário ajustarmos nossa
condição física de modo que todas as nossas energias e seu fluxo pelo corpo tenham
dinamismo suficiente para executarmos nossas atividades e sejam harmoniosas para
enfrentar quaisquer ambientes.
Assim sendo, é aconselhável que toda manhã façamos exercícios para nosso
condicionamento físico. A série seguinte de exercícios pode ser feita pela manhã, assim
que acordamos e saímos da cama. As janelas devem ser abertas para permitir a livre
circulação do ar.
Estes exercícios devem ser feitos no chão ou num colchão duro, de maneira
completamente relaxada.
Os exercícios não estão necessariamente limitados à manhã; podem também ser feitos
antes do almoço. No entanto, devemos evitá-los após as refeições.
A série consiste de dez etapas progressivas, trazendo todas as condições físicas e
mentais - inclusive o fluxo do Ki pelos meridianos e circulação do sangue e fluidos do
corpo - a um estado uniformemente energético. Também libera a tensão das juntas e
músculos.
1ª. etapa: Massagem dos pés e artelhos
2ª. etapa: Extensão e flexão dos tornozelos
3ª. etapa: Extensão e flexão dos joelhos
4ª. etapa: Movimento vertical das articulações das pernas
5ª. etapa: Movimento horizontal das articulações das pernas
6ª. etapa: Extensão das coxas
7ª. etapa: Massagem de pressão no abdômen
8ª. etapa: Extensão e flexão da cintura
A. Para a frente e para trás
B. Esquerda para a direita
C. Direita para esquerda
9ª. etapa: Extensão dos braços
10ª. etapa: Extensão do pescoço

Todas as etapas deste exercício devem ser feitas continuamente, como uma queda
d'água.
1ª. etapa: Massagem dos Pés e Artelhos (mais de 100 vezes)
Objetivo: A circulação do sangue nos pés e pernas é ativada, prevenindo enrijecimento
das pernas, pés e artelhos. Estômago, intestinos, fígado, baço, bexiga e rins são
energizados pelas correntes geradas ao longo dos meridianos que passam pelos pés e
artelhos.
Deitamo-nos de costas, em completo relaxamento, braços separados cerca de um
metro, palmas para cima. Seguramos os polegares de leve, com os dedos fechados. Os
joelhos são dobrados e mantidos a um metro de distância. Erga um pouco os pés e
esfregue-os fortemente, como na Fig. 119 - solas dos pés, calcanhares e artelhos -
usando o primeiro e segundo artelhos para fazer a massagem. Massageamos
rapidamente assim mais de cem vezes, até que ambos os pés estejam bem quentes.
Então estendemos as pernas. Com o primeiro artelho, tente cobrir o segundo do mesmo
pé e empurre, tentando estalar os artelhos. Podemos fazer com ambos os pés
Fig. 119 ao mesmo tempo. Repita de dez a vinte vezes. Erguendo o segundo artelho,
faz-se o mesmo com o terceiro.
Depois destes exercícios, relaxe completamente pernas e pés e o corpo todo,
descansando um pouco antes de passar à 2ª. etapa.

2ª. etapa: Extensão e Flexão dos Tornozelos (três vezes cada)


Objetivo: Manter os tornozelos flexíveis, amaciando as juntas e os músculos. Também
previne enfraquecimento das pernas e dos pés pela extensão dos músculos posteriores
de toda a perna, junto com a aceleração do fluxo de energia ao longo dos meridianos da
bexiga e do estômago.
Fig. 120
Fig. 121
Continuamos deitados em completo relaxamento.
Colocamos o pé esquerdo sobre o direito e, estendendo a perna esquerda, esfregamos
com força o pé direito quatro a cinco vezes; então troque o pé: o direito esfrega o
esquerdo.
Depois erguemos as pernas a alguns centímetros do chão, como ilustrado, e as
estendemos; então flexionamos os tornozelos, repetindo de cinco a dez vezes (Figs. 120
e 121).
Então relaxe e descanse um pouco.

3ª. etapa: Extensão e Flexão dos joelhos (três vezes cada)


Objetivo: Ativar a digestão intestinal, estendendo os músculos laterais das pernas, e
acelerar as funções do fígado e vesícula, além dos pulmões, através de seus respectivos
meridianos.
Continuamos deitados, com os braços a meio metro do corpo. Dobramos o joelho
direito a 90°. Cruzamos a perna esquerda de forma que o tornozelo esquerdo descanse
sobre o joelho direito (Fig. 122). Com a boca aberta, exalamos, enquanto a perna
esquerda empurra a direita para o lado esquerdo até o chão (Fig. 123).
Repetir três vezes; depois, o mesmo com a outra perna, sempre exalando longamente
pela boca.
Estique as pernas e relaxe.
Fig. 122
Fig. 123
4ª. etapa: etapa: Movimento Vertical das Articulações das Pernas (três vezes cada)
Continuamos deitados.
Com o pé reto, levantamos o joelho direito até acima do estômago, agarrando-o de leve
com as mãos (Fig. 124). Exalando fortemente através da boca aberta, puxe a perna para
cima, com as mãos, de modo que quase toque o peito. Neste momento, estendemos o
corpo e a perna esquerda ao máximo (Fig. 125).
Repita três vezes, mude as pernas e repita três vezes.
Relaxe completamente.

5ª. etapa: Movimento Horizontal das Articulações das Pernas (três vezes cada)
Objetivo Acelerar a digestão intestinal, liberando a estagnação no abdômen, pela
movimentação dos músculos das nádegas e abdominais, bem como laterais do corpo.
Também energiza, pelos meridianos, as funções digestivas e respiratórias.

Continuamos deitados de costas.


Coloque a mão direita no chão, a meio metro do corpo, palma para baixo. Erga a perna
direita. Com a mão esquerda, segure o joelho direito pelo lado de fora (Fig. 126).
Enquanto exala pela boca aberta, use a mão esquerda para empurrar o joelho

Fig. 124
Fig. 125
Fig. 126
Fig. 127
direito para o chão (Fig. 127). Repita três vezes. Depois repita, três vezes, para a outra
perna.
Estenda as pernas e relaxe.
6ª. etapa: Extensão das Coxas (três vezes cada)
Objetivo: Prevenir artrite e endurecimento das artérias, mantendo flexibilidade
muscular e circulação do sangue, pela extensão dos músculos das coxas, laterais do
corpo e tórax. Também ativa a digestão, respiração e excreção, por meio dos meridianos
relacionados.
Fig. 128
Continuamos de costas, relaxados. Dobramos a perna esquerda para trás, e estendemos
o braço direito para cima. A mão esquerda está meio metro para o lado, palma para cima
(Fig. 128).
Nesta posição, a perna direita tende a se elevar um pouco do chão. Exale e empurre o
joelho direito. para baixo, tocando-o no chão o máximo possível; o braço direito
estende-se para cima ao máximo. Ao mesmo tempo, estendemos o braço e a perna
esquerdos para baixo ao máximo. Então, relaxamos.
Repetir três vezes. Mude de lado e repita. Estenda as pernas, voltando à posição
original. Relaxe.

7ª. etapa: Massagem Abdominal (três vezes a dezesseis vezes)


Objetivo: Relaxar os músculos abdominais e acelerar a atividade de todos os órgãos
desta região. Também serve para melhorar as funções digestivas e excretórias. Para
longevidade é essencial manter a flexibilidade abdominal.
Continuamos deitados de costas, joelhos dobrados, músculos abdominais relaxados.
Com a mão esquerda, segura-se o pulso direito. Usando os quatro dedos da mão direita,
lenta mas profundamente, pressione cada parte do abdômen, na seguinte ordem:
A. Lado direito do abdômen, de baixo para cima, ao longo do cólon ascendente.
B. Parte superior, da direita para a esquerda, ao longo do cólon transverso (Fig. 129).
C. Lado esquerdo do abdômen, de cima para baixo, ao longo do cólon descendente
(Fig. 130).
D. Região inferior, esquerda para a direita.
E. Região central, de cima para baixo: (1) transversalmente, na altura do umbigo; (2)
5cm à direita do umbigo; (3) 5cm à esquerda (Fig. 131).

Cada pressão deve ser feita conjuntamente com uma exalação, e ao terminar a pressão,
a mão deve ser solta súbita e rapidamente.
Repita toda a série acima, três vezes.
Então, pressione a mão direita sobre a esquerda, na região abdominal. Lenta e
profundamente massageie à volta do umbigo, em movimentos circulares no sentido
horário com toda a palma direita. Repetindo cerca de 16 vezes (Fig. 132).
Relaxe.
Fig. 129
Fig. 130
Fig. 131
Fig. 132

Fig. 133 – Região Abdominal


Pontos Importantes
VC 12
VC 10
VC 25
VC 7
VC 27
VC 6
VC 4

Órgãos Internos
Vesícula Biliar
Estômago
Baço
Pâncreas
Bexiga
Fígado

Linhas de Pressão nos Exercícios de Do-In

Diagnóstico Regional por Pressão,


Área do Coração
Área do Baço & Pâncreas
Área do Pulmão
Área do Fígado
Área do Rim
Pâncreas

Nas ilustrações acima, mostram-se os órgãos importantes, meridianos, pontos e áreas


de diagnóstico influenciados pela massagem abdominal.
8ª. etapa: Extensão e Flexão da Cintura
Objetivo: Os seguintes três movimentos destinam-se a corrigir deslocamentos da
espinha e dar flexibilidade a todos os músculos das costas e cintura, prevenindo
enrijecimento das costas e diversos problemas da cintura. Também melhoram as funções
respiratórias, digestivas, excretórias e nervosas, e ainda proporcionam uma mente clara,
acelerando o fluxo de energia pelos músculos e meridianos correlatos.

A. Para a Frente e para Trás (três vezes): Mantenha a parte superior do corpo vertical,
pernas esticadas para a frente, pés para cima (Fig. 134). Entrelace os dedos na nuca, e
enquanto exala pela boca, inclina-se o corpo até que ambos os cotovelos toquem o chão
(Fig. 135). - Se os cotovelos não conseguem chegar até o chão, com o tempo e a prática,
chegarão. - Volte o corpo à vertical.
Repetir três vezes.
Fig. 134
Fig. 135
B. Esquerda para a Direita (alternadamente, três vezes): A mesma posição da etapa A.
Exale pela boca e ao mesmo tempo incline o corpo para a esquerda, baixando o cotovelo
direito até o chão, tocando o lado direito do joelho direito (Fig. 136). Retorne à posição
original.
Depois, do outro lado (Fig. 137).
Repetir três vezes, alternando esquerda e direita.
Fig. 136
Fig. 137
C. Direita parca a Esquerda (alternadamente, três vezes): Na mesma postura da etapa
anterior, torcemos e inclinamos o corpo da mesma maneira - desta vez, o cotovelo
direito tocando o joelho esquerdo (Fig. 138). Erga o corpo novamente, torça e incline
para o outro lado, cotovelo esquerdo tocando o joelho direito (Fig. 139).
Repetir três vezes. Ao inclinarmos o corpo, exalamos pela boca; ao endireitar o corpo,
inalamos.
Fig. 136
Fig. 137

9ª. etapa: Extensão dos Braços (centro, três vezes; direita, três vezes; esquerda, três
vezes)
Objetivo: Flexibilidade dos músculos dos braços, ombros e costas, liberando a
estagnação dos ombros, costas e cotovelos. Também estimula as funções respiratórias,
digestivas e circulatórias, energizando seus meridianos.
Sentados, como no exercício anterior, pernas estendidas e pés na vertical.
Fig. 140
Fig. 141
Fig. 142
Fig. 143
Mãos à frente do corpo, palmas juntas, cotovelos a 90° (Fig. 140). Exalando pela boca,
dobramos o corpo para a frente, estendendo os braços ao máximo para a frente. As mãos
devem alcançar os pés. É preciso esforçar-se por conservar as pernas retas, junto ao
chão (Fig. 141).
Ao inalar, voltamos o corpo à vertical. Repetimos 3 vezes. Então, com a palma direita
para cima, a seguramos por baixo, com a mão esquerda (Fig. 142). Exalando pela boca,
dobramos o corpo para a frente, e estendemos os braços para o pé direito. Então a mão
esquerda dobra a palma direita, de modo que se volte para o lado direito (Fig. 143).
Ao inalar, devolvemos o corpo à vertical. Repetimos o mesmo movimento três vezes.
Mudando as mãos, dobramos o corpo de novo 3 vezes - desta vez, a mão esquerda é
torcida pela direita.

10ª. etapa: Extensão do Pescoço (direita, 3 vezes, esquerda, 3 vezes)

Objetivo: Para ativar as funções das glândulas tireóide e. paratireóide, e as funções


respiratórias. Também dá flexibilidade ao pescoço, acelerando o fluxo de energia e
circulação do sangue na região dos ombros, pescoço e cabeça.
Postura Natural Correta(EED 1). Aplicamos a palma esquerda ao maxilar inferior, a
palma direita ao lado superior esquerdo da cabeça. Exalando pela boca, a palma direita
puxa a cabeça para baixo, ao passo que a esquerda empurra o maxilar para cima e
esquerda (Fig. 144).
Fig. 144
Fig. 145
Volte a cabeça à posição normal. Repetir três vezes.
Mude as mãos, e empurre na direção oposta, inclinando a cabeça para a esquerda (Fig.
145). Repetir três vezes.
Conclusão dos Exercícios Matinais: Depois de praticar a série acima podemos passar
Depois desta série, é também aconselhável ficar na posição de pé e respirar
profundamente várias vezes, antes de começar nossa atividade diária.

2. Kin-Sei-Shu-Hô: Exercícios Vespertinos


Introdução
Nossa vida diária tende a criar certas tendências em nossas condições físicas, mentais e
espirituais, devido ao modo de vida padronizado de nossa sociedade civilizada moderna
- que não está necessariamente equilibrado com a ordem natural. É importante para
todos recuperar uma relação harmoniosa com o ambiente natural ao fim das atividades
diárias. Para manter um tal equilíbrio devemos manter um estilo de vida macrobiótico, e
um ajuste físico e mental ao fim do dia, útil para a saúde física, paz mental. e lucidez
espiritual.
Os exercícios apresentados abaixo servem para recobrar nosso equilíbrio mental e
físico, para consolidar nosso bem-estar. É desejável praticar esta série toda noite, antes
de dormir. Pode também ser feita antes do jantar. Porém, devem ser evitados após as
refeições.
Esta série é praticada pelo rejuvenescimento e longevidade desde a mais remota
antigüidade, como exercício diário habitual. São simples e práticos o bastante para que
qualquer um possa praticá-los. De início, alguns podem encontrar algumas dificuldades,
mas continuando a praticar, passam a executá-los bem. Devem ser feitos
sucessivamente, cada exercício apenas como parte de um todo.
Os Exercícios Matutinos ativam todas as nossas energias, mas estes visam harmonizá-
las num estado pacífico, um relaxamento equilibrado. Assim nossa mente, bem como
nosso corpo devem estar relaxados quando fazemos estes exercícios.
Podem ser feitos no chão ou num colchão duro, em 20 etapas, como segue:

1ª. Etapa
Comece de pé (Fig. 146), frente para o sul ou sudeste no hemisfério norte; norte ou
nordeste, no hemisfério sul. Manter a coluna reta, mas todo o corpo deve estar relaxado
- ombros, cotovelos e articulações. O peso do corpo deve estar concentrado no baixo
ventre - segundo chacra, o centro físico - respiração natural e tenta.
2ª. Etapa
Erguer os braços acima da cabeça, ao máximo, inclinando o corpo para trás e
estendendo a frente do corpo - peito, abdômen, coxas e pernas (Fig. 147). Os olhos
olham diretamente para cima. Manter esta posição por um. pouco, de 10 a 15 segundos.

Fig. 146
Fig. 147
Fig. 148

3ª. Etapa
Com uma longa exalação, inclinamo-nos para a frente, mãos tocando o chão (Fig.
148). Deve-se procurar manter pernas e joelhos retos. Manter esta posição de 10 a 15
segundos, e repetir a 2ª. etapa, estendendo o corpo, seguida pela 3ª. etapa.
Repetir três vezes.

4ª. Etapa
Sentar no chão, pernas estendidas retas para a frente, pés para cima.

Abrir a perna direita a 45°, o joelho dobrado a 90°, mantendo a mão esquerda
levemente para o lado esquerdo, no chão. Com a mão direita disposta no lado direito do
joelho direito, empurre o joelho direito até tocar o chão, com uma longa exalação. (Fig.
149). Repetir 3 vezes.
Mude a perna, faça o mesmo com a perna esquerda.
Fig. 149
Fig. 150
Fig. 151

5ª. Etapa
Abra as pernas e junte as solas dos pés, segurando os artelhos com ambas as mãos,
polegares cruzados em cima. Incline a cabeça, de modo a tocar os pés, com uma longa
exalação (Fig. 150). A testa deve tocar os polegares. Se conseguirmos fazer este
exercício perfeitamente, os joelhos e as pernas não se erguem do chão; se não
pudermos, devemos tentar a melhor aproximação possível.
Repetir 3 vezes.

6ª. Etapa
Sentados, estendemos as pernas para a frente, depois estendemos os braços e
agarramos os artelhos com os dedos. Inclinamos a cabeça para a frente, para tocar os
joelhos, se possível (Fig. 151). Devemos tentar manter as pernas junto ao solo. Pode ser
difícil, para algumas pessoas.

7ª. Etapa
Mesma posição que a 6ª. etapa. Mão direita aplicada à nuca e mão esquerda ao lado do
joelho esquerdo. Inclinamo-nos, tocando o cotovelo direito no chão, ao lado de

Fig. 152
Fig. 153
fora do joelho direito. Neste momento, a cabeça e porção superior do corpo ficam
levemente para a esquerda (Fig. 152). Este exercício é feito com uma longa exalação.
Faça da mesma maneira com a mão esquerda (Fig. 153).
Repetir estes movimentos alternadamente, 3 vezes.

Fig. 154
8ª. Etapa
Sentamo-nos como na 6.a etapa. Inclinamo-nos, segurando os tornozelos pelos lados,
com as duas mãos e tocando os joelhos com a testa (Fig. 154). Volta-se à posição
sentada. Devemos tentar manter as pernas junto ao chão durante este exercício.
Repetir 3 vezes.

9ª. Etapa
A partir da postura prévia, 7.a etapa, a parte superior do corpo cai gradualmente para
trás, e ficamos deitados no chão. Elevamos as pernas aos poucos acima da cabeça, até os
pés tocarem o chão (Fig. 155). As mãos ficam estendidas, palmas contra o solo, para
manter o equilíbrio. Mantemos esta postura durante dez a quinze segundos. Voltamos à
posição original, relaxando reclinados.
Fig. 155

10ª. Etapa
Sentamo-nos na Postura Natural Correta, mãos entrelaçadas na nuca. Com uma longa
exalação, inclinamos o tronco para a direita, e um pouco para a frente (Fig. 156). Neste
momento, o rosto fica virado um pouco para a esquerda, distendendo o lado oposto do
tronco. Voltamos à vertical, e inclinamo-nos para o outro lado.
Repetir alternadamente para a esquerda e para a direita, 3 vezes.
Fig. 156
Fig. 157
Fig. 158
Fig. 159

11ª. Etapa
Continuamos sentados na Postura Natural Correta, joelhos juntos. Ao fazermos uma
longa exalação, inclinamos o corpo ao máximo para a frente. No movimento perfeito, a
cabeça toca o chão, à frente dos joelhos (Fig. 157). Volta-se à vertical e distende-se todo
o tronco para trás, olhando para o céu (Fig. 158).
Repetir 3 vezes.

12ª. Etapa
Sentamo-nos na Postura Natural Correta e dobramos o joelho direito, agarrando-o com
ambas as mãos. Inclinamos a cabeça, tocando a sobrancelha direita ao topo do joelho
(Fig. 159). Repetir 3 vezes, então trocar de perna. Este exercício parece muito simples,
mas alguns não conseguem fazê-lo perfeitamente.

Fig. 160
Fig. 161
Fig. 162

13ª. Etapa
Sentados na Postura Natural Correta, joelhos juntos, aplicamos a mão esquerda ao lado
direito do joelho direito, e aplicamos a mão direita ao lado esquerdo da nádega
esquerda, pelas costas (Fig. 160). Mantendo o rosto diretamente para a frente, viramos a
parte superior do tronco para a direita ao máximo, com uma longa exalação. Repetir 3
vezes, e então faz-se o exercício do outro lado.

14ª. Etapa
Continuamos sentados na Postura Natural Correta, joelhos juntos; dobramos o braço
direito para trás e para baixo, sobre o ombro direito, e agarramos a mão esquerda, que
sobe pelas costas (Fig. 161).
Mudamos os braços, invertendo o exercício. Repetimos 3 vezes. Algumas pessoas
poderão não conseguir, nas primeiras tentativas.

15ª. Etapa
A partir da Postura Natural Correta sentada, joelhos juntos, dobramos o corpo para trás
até os ombros tocarem o chão. Com uma longa exalação, estendemos as mãos, palmas
juntas (Fig. 162). Enquanto executamos este exercício, os joelhos devem estar tocando o
chão. Os que não conseguirem fazer este exercício, podem praticar dobrando apenas
uma perna.

16ª.. Etapa
Sentamo-nos com ambas as pernas esticadas para a frente, pés apontando na vertical.
Exalando lentamente pela boca, gradualmente erguemos os pés, e deixamos cair o corpo
para trás, devagar, braços esticados na direção dos pés (Fig. 163). A cabeça está erguida,
olhos olhando para os pés. Neste exercício, precisamos conservar nosso centro de
gravidade na região das nádegas. Mantemos esta posição de 10 a 10 segundos.
Fig. 163
Fig. 164
Fig. 165

17ª. Etapa
Deitados de costas, pernas estendidas e pés para cima (Fig. 164). A partir desta
posição, lentamente erguemos o tronco, usando os músculos abdominais, dobrando o
tronco para a frente ao máximo. Com uma longa expiração pela boca, estendemos
ambos os braços até agarrar os artelhos comas mãos (Fig. 165). Repetir de 3 a 5 vezes.
Durante este exercício, não devemos dobrar os joelhos, ou erguê-los do chão.
Depois de terminar este exercício, relaxamos completamente, reclinados.

18ª. Etapa
Deitados sobre o estômago, aplicamos as palmas aos lados da cintura, joelhos
dobrados e pernas para cima. Com uma longa expiração, elevamos o tórax ao máximo
(Fig. 166), e depois baixamo-lo ao chão, relaxando e inspirando.
Repetir 3 vezes, mantendo as pernas sempre na vertical.
Fig. 166
Fig. 167
Fig. 168

19ª. Etapa
Primeiro, ajoelhamos com os artelhos dobrados e apoiados no chão. Estendemos os
braços para a frente ao máximo, deslizando as palmas ao longo do chão (Fig. 167).
Mantendo mãos e artelhos na mesma posição, movemos nosso corpo para a frente,
erguendo os joelhos do chão. O corpo se eleva, apoiado pelas mãos, como numa flexão.
Lentamente dobramos nossos braços, com uma expiração gradual, mantendo esta
posição tanto quanto pudermos (Fig. 168).
Quando não agüentarmos mais, colocamos os joelhos no chão e recuamos a parte
superior do corpo. Estendemos de novo os braços, para repetir o exercício, 3 vezes.
Ao terminarmos, relaxamos completamente, deitados com a barriga no chão, por
alguns momentos, com uma respiração natural.

Fig. 169
Fig. 170

20ª. Etapa
A partir da posição anterior, joelhos tocando o chão, estendemos os artelhos de modo
que a parte superior do pé fique também junto ao chão. Estendemos os braços,
inspirando, distendendo o tórax. Ao expirarmos, inclinamos a cabeça para trás ao
máximo, distendendo a garganta (Fig. 169). Baixamos a cabeça, e inalamos. Repetir 3
vezes.
Expirando, voltamos a cabeça para a direita, 3 vezes (Fig. 170). Repetir para a
esquerda, 3 vezes.
Depois de terminar, deitamo-nos de costas, num relaxamento completo, fechando os
olhos até a respiração voltar naturalmente à normal (Fig. 171).
Muito embora especifiquemos o número de vezes de executar cada Exercício
Vespertino, com a prática, não é preciso manter um número fixo. Da 1ª. à 15ª. etapas,
cada movimento eventualmente poderá ser repetido apenas uma vez.
Depois de um tal exercício, poderemos dormir facilmente. Mas se for necessário cair
imediatamente em sono profundo, podemos acrescentar o exercício para um sono
profundo e pacífico, apresentado à pág. 176.

3. Kei-Raku-Shó-Sei: Exercícios dos. Meridianos


Introdução
Dentre os exercícios de Do-In, para o nosso aperfeiçoamento físico, mental e
espiritual, há exercícios para os meridianos que podemos usar cotidianamente para
manter a saúde e bem-estar. A maioria destes exercícios se relacionam, direta ou
indiretamente, à energização dos fluxos de energia pelos meridianos, não sendo
necessário enfatizar especialmente exercícios apenas para os meridianos. Mas podemos
usar certos exercícios especialmente para exercitar os meridianos: para ativar e
descongestionar o fluxo de energia que pode ser causado por alimentação imprópria,
postura imprópria, e várias atividades diárias antinaturais.
Há 12 meridianos principais, como já foi descrito, que podem ser divididos em 6 pares,
em energias yin e yang, passivas e ativas:

1. Meridianos do Pulmão e Intestino Grosso


2. Baço-Pâncreas e Estômago
3. Coração e Intestino Delgado
4. Rim e Bexiga
5. Circulação-Sexo e Triplo Aquecedor
6. Fígado e Vesícula
Estes seis exercícios diferem dos movimentos usuais. Durante estes exercícios para os
meridianos, devemos manter posturas extremas pela duração de duas respirações lentas,
que servem para distender os meridianos, bem como aceleração do fluxo energético,
resultando no descongestionamento e reordenação da energia ao longo dos meridianos e
músculos.

Exercícios para os Meridianos do Pulmão e Intestino Grosso


Ficamos de pé com os pés afastados a uma distância pouco maior que a largura dos
ombros. As mãos ficam nas costas, palmas para fora, polegares entrelaçados.
Nesta posição, erguemos os braços e simultaneamente erguemos a cabeça, olhando
para cima (Fig. 172). Depois inclinamo-nos para a frente ao máximo, conservando os
polegares entrelaçados (Fig. 173). Aqui, notamos que os, meridianos do Pulmão e
Intestino Grosso, que correm pelos braços e mãos, estão bem distendidos, e os músculos
que cobrem os pulmões e os associados ao intestino grosso também são distendidos. No
ponto extremo, conservamos a postura pelo tempo de duas respirações lentas, relaxadas,
que resulta num fluxo ativo de energia ao longo desses meridianos, bem como na
ativação da circulação do sangue ao longo dos músculos a eles associados.
Se trocamos o polegar que fica em cima, repetindo o exercício, podemos notar de que
lado os meridianos - esquerdos ou direitos - estão em má condição, pelas dores ou
tensões excessivas que sentirmos.
Fig. 172
Fig. 173

b. Exercício para os Meridianos do Baço-Pâncreas e Estômago


Sentamo-nos na Postura Natural Correta e entrelaçamos os dedos. Levantamos as mãos
lentamente até por sobre a cabeça, como na Fig. 174. Gradualmente inclinamos o corpo
para trás, para o chão, até os ombros tocarem o chão. Assim distendemos fortemente os
meridianos do Baço-Pâncreas e do Estômago, que passam verticalmente pela frente do
corpo, estimulando igualmente a região dos órgãos, baço, pâncreas e estômago.
Conservando a postura, respiramos profundamente duas vezes, acelerando a passagem
suave de energia e sangue ao longo de meridianos e músculos.
Trocando a posição das mãos, para que o outro polegar fique por cima, poderemos
observar qual o lado do corpo que aparenta mais. anormalidade.
Fig. 174

c. Exercício para os Meridianos do Coração e Intestino Delgado


Fig. 175
Sentamo-nos com as pernas bem abertas, joelhos dobrados perto do chão, e solas dos
pés juntas. Seguramos as mãos em torno dos artelhos, aproximando os pés do corpo ao
máximo. Lentamente, inclinamo-nos para a frente, tentando tocar os polegares com a
cabeça (Fig. 175). Nesta postura, todas as juntas relaxadas, respiramos profundamente
duas vezes. Durante esta respiração, notamos a energia e o sangue correndo rapidamente
para o coração e intestino delgado.
Se um dos joelhos estiver mais alto, sentiremos tensão naquele lado, que é onde
aparecem mais sintomas de desordem.
d. Exercício para os Meridianos dos Rins e Bexiga

Sentamo-nos no chão, estendendo as pernas, que tocam o chão, pés para cima.
Estendemos os braços para agarrar os artelhos.
Lentamente dobramos o tronco para a frente, fazendo a cabeça tocar os joelhos (Fig.
176).
Mantendo esta posição dobrada, respiramos profunda e lentamente por duas vezes.
Neste momento, pelos meridianos dos Rins e Bexiga, a energia começa a fluir mais
ativamente. Se um dos joelhos tende a subir, ou sentindo-se mais tensão na musculatura
posterior de uma das pernas, aquele lado da função renal está mais perturbado que o
outro.
Fig. 176

e. Exercício para o Meridiano da Circulação-Sexo e do Triplo Aquecedor


Sentamo-nos na posição da flor de lotus (EE 1), (pág. 108). Então cruzamos os braços
e seguramos cada joelho com a mão oposta, pressionando os joelhos para baixo (Fig.
177).
Lentamente nos inclinamos para a frente, o máximo que pudermos (Fig. 178).
Conservamo-nos nesta posição, respiramos duas vezes lentamente, conservando todos
os músculos relaxados. Neste momento, a energia passa ativamente pelos meridianos da
Circulação-Sexo e do Triplo Aquecedor, estimulando verticalmente a região central do
corpo e as costas, pela coluna. Se pusermos outro braço por cima, mudando sua posição,
poderemos sentir mais tensão de um lado do corpo, o que indica que aquele lado tem
mais estagnação.
Fig. 177
Fig. 178

f. Exercício para os Meridianos do Fígado e Vesícula


Sentamo-nos com ambas as pernas estendidas para a frente, abertas tanto quanto
pudermos. Os joelhos devem ficar junto ao solo (Fig. 179). Com os dedos estendendo-
se para a frente, estique os braços em direção a um pé, inclinando-se para a frente ao
máximo (Fig. 180). Respiramos lentamente duas vezes nesta posição, durante as quais
poderemos sentir o estímulo às regiões do fígado e vesícula. Depois, erguemos o corpo,
e nos inclinamos para o outro pé.
Ao alternarmos esquerda e direita, notamos ser mais difícil atingir um dos pés. Haverá
mais desordem e estagnação daquele lado.
Fig. 179
Fig. 180

4. Exercícios Adicionais
Introdução
Dentre os exercícios de Do-In, há muitos para fins especiais. Todos estes destinam-se a
ajustar o fluxo de energia dentro de nossos corpos, para estabelecer relações ativas ou
tranqüila harmonia com o ambiente.
Os dois exercícios que se seguem são especialmente úteis para a vida diária, e o
primeiro, a Respiração da Energia, deve acarretar relações ativas com o ambiente -
física, mental e espiritualmente, absorvendo a energia atmosférica pela inalação. O
segundo exercício é para induzir um sono pacífico e profundo, relaxando todos os
músculos e meridianos, liberando-nos de diversas formas de tensão, para realizar
relações tranqüilas com o ambiente.
a. Fúku-Ki-Hô: Exercício da Respiração da Energia
Este exercício deve ser feito ao acordar, ou antes do almoço. Não deve ser feito de
estômago cheio, nem à tarde, depois do meio-dia.

1ª. etapa: Sente-se em qualquer Postura Natural Correta como no exercício EE 1 (pág.
108), com as mãos em atitude de meditação, e mantendo a maior calma mental possível.

2ª. etapa: Fechamos um pouco os olhos, endireitamos a coluna, e pacificamos nossas


ilusões num silêncio pacífico (Fig. 181).

3ª. etapa Quando nosso pensamento se pacifica, erguemos a mão direita (esquerda,
para os canhotos), pressionando de leve o polegar e indicador às narinas (Fig. 182).

4ª. etapa: Fechamos a narina direita por uma leve pressão do polegar e, gradualmente
exalamos pela narina esquerda (Fig. I83). Ao exalarmos, o abdômen gradualmente se
contrai, como se a parte superior do tronco se inclinasse ligeiramente para a frente.

5ª. etapa: Depois de exalarmos completamente, gradualmente começamos a inalar pela


narina esquerda. Durante cada inalação, levamos a respiração até o segundo chacra, ou
baixo ventre. Então, respiramos até a região do estômago, o
Fig. 181
Fig. 182
Fig. 183 terceiro chacra; elevamos ainda mais a respiração, concentrando-nos na
região do coração, o quarto chacra. Durante estas três respirações, mantemos as costas
retas, dirigidas para o Céu.

6ª. etapa: Depois desta inalação, seguramos o fôlego e fechamos ambas as narinas com
o polegar e indicador. Contraímos o ânus e fechamos a garganta, levantando a ponta da
língua até tocar o palato.

7ª. etapa: Ainda com o ânus fechado e a garganta fechada, pensamos na energia
descendo à parte inferior do corpo – a próstata no caso do homem, ou os ovários, no
caso da mulher – e então nos concentramos no baixo ventre, a região do segundo
chacra.

8ª. etapa: Fechamos a narina esquerda com o dedo, e gradualmente exalamos pela
narina direita (Fig. 184)

9ª. etapa: Depois de exalar completamente, começamos a inalar pela narina direita e
repetimos o exercício a partir da 5ª. etapa, do outro lado.

10ª. etapa: Repetimos o processo desta respiração de 3 a 5 vezes, e então voltamos à


posição sentada original (Fig. 185)
Fig. 184
Fig. 185

Fig. 186
Fig. 187
B. An-Min-Hô: Exercício para um Sono Pacífico e Profundo
Para induzir um sono pacífico e profundo precisamos liberar todas as tensões
produzidas por atividades físicas e ilusões mentais. É importante relaxar
completamente, soltando todos os músculos e juntas, e esquecer do que pensamos,
tornarmo-nos parte do ambiente. O exercício seguinte é muito útil para este propósito:

1ª. etapa: Deitamo-nos na cama em relaxamento completo (Fig. 186). Deitar com a
cabeça voltada para o Norte (para o Sul, no Hemisfério Sul) já constitui, por si só, uma
boa maneira para se dormir melhor.

2ª. etapa: Com ambas as mãos esfregamos do tórax ao baixo ventre (Fig. 187).,
Esfregamos de leve o peito, com força média na cintura, e forte no baixo ventre, quase
apertando. Repete-se este movimento 5 vezes.
Fig. 188
Fig. 189

3.a etapa: Dobramos os joelhos e pressionamos a região abdominal com as mãos, com
suavidade, mas em profundidade, ao longo do cólon ascendente, cólon transverso, e
cólon descendente. Continua-se, então, pressionando verticalmente para baixo através
da região do umbigo e dos lados direito e esquerdo (Fig. 188). Depois de repetir isto 3
vezes, esfregamos toda a região abdominal em movimento circular 16 vezes, com a
palma direita sobre o abdômen e a palma. esquerda, superposta (Fig. 189). Este
exercício é o mesmo descrito na 7.a etapa do Exercício Matutino (pág. 154).

4ª. etapa: Ficamos deitados em posição relaxada com os braços cruzados na nuca,
apoiando a cabeça. As pernas estão estendidas e os artelhos apontam para cima.
Mantendo a perna esquerda imóvel, empurramos a direita para baixo, deixando a bacia
inclinar-se naturalmente com este movimento. Devolve-se a perna à posição inicial.
Mantém-se então a perna direita imóvel e empurra-se a esquerda para baixo, de novo
inclinando naturalmente a bacia. Voltamos à posição inicial. Repete-se dez vezes com
cada perna, alternando direita e esquerda, a bacia inclinando-se para trás e para frente.

5ª etapa: Estendemos as pernas, em posição relaxada, os braços a 30 cm do corpo.


sobre o chão, palmas para cima. Viramos as mãos para fora, e projetamos o peito para
cima, erguendo as costas enquanto inalando. Ao mesmo tempo, os pés são mantidos
verticalmente para cima, tensionando a espinha (Fig. 190).
Exale e solte-se desta postura de súbito, voltando as palmas para baixo, relaxando os
pés (Fig. 191).
Repita de novo a postura tensa e relaxe de novo. Repita 5 vezes.
Fig. 190
Fig. 191

6ª. etapa: Relaxe todo o corpo - pescoço, ombros, cotovelos, pulsos, cintura, joelhos e
tornozelos - e durma.
CAPÍTULO 4
Exercícios Gerais

Introdução
Os Exercícios Gerais de Do-In destinam-se basicamente a aperfeiçoar, manter e
desenvolver nossa saúde física, beleza, lucidez mental e felicidade espiritual. Podem ser
praticados facilmente por qualquer um capaz de manter uma vida cotidiana normal, e
podem ser praticados sempre que desejarmos, sem requerer nenhum esforço especial.
Estes Exercícios Gerais têm sido introduzidos nos países ocidentais nos últimos dez
anos por mim e meus associados, no propósito de automanutenção e aperfeiçoamento de
nosso bem-estar geral dentro de uma vida diária ativa. É claro, os exercícios devem ser
acompanhados por uma alimentação apropriada, permitindo-nos desenvolver mais
eficazmente nossa felicidade total.
Os Exercícios Gerais, diversamente dos outros exercícios de Do-In, cobrem todas as
partes do corpo. São aplicados principalmente pelo uso de mãos e dedos, e neste
sentido, podem ser chamados "auto massagem", muito embora as técnicas que são
usadas sejam diferentes das empregadas na massagem usual. Podemos assim sumariar
seus efeitos:

1. Os Exercícios Gerais utilizam os meridianos para ativar o fluxo de Ki pelas várias


partes do corpo e seus órgãos.
2. Também tratam dos tecidos e músculos, descongestionando qualquer estagnação e
enrijecimento, produzindo um movimento harmonioso em todo o corpo.
3. Influenciam também os órgãos, direta ou indiretamente, de acordo com as relações
complementares entre as várias,partes do corpo relacionadas com os órgãos. Por
exemplo, tratando regiões da cabeça, estimulamos e ativamos os órgãos internos do
tronco. Tratando palmas e pés, ativamos também as funções dos órgãos internos.
4. Adicionalmente, estes exercícios tratam da energia vibracional que flui dentro e na
periferia de nosso corpo, da cabeça aos pés, dos dedos aos órgãos. Esta energia é
também controlada pelo uso de vários tipos 4e respiração, que naturalmente se coordena
com os exercícios.

Os Exercícios Gerais devem ser executados como um fluxo constante de ar ou água,


sem pausa, do começo ao fim. Muito embora qualquer parte dos exercícios possa ser
praticada independentemente para produzir resultados particulares em certas funções ou
órgãos, é desejável fazer toda a série de exercícios de uma só vez, para o nosso
desenvolvimento físico, mental e espiritual como um todo. Durante os exercícios,
devemos conservar a postura e a respiração natural, e devemos conservar a mente
pacífica, eliminando quaisquer ilusões. Os movimentos de cabeça, tronco, braços,
pernas, dedos e artelhos devem ser os mais naturais possíveis. Não precisamos usar
qualquer roupa especial, mas uma roupa leve e simples, de modo a termos conforto
durante os exercícios.

A. Preparação: pacificação de nossa condição física e mental


B. Face, cabeça, pescoço e ombros.
Estes exercícios serão apresentados na seqüência:
1. Faces
2. Olhos
3. Nariz
4. Boca e maxilar
5. Orelhas
6. Cabeça
7. Pescoço
8. Ombros

C. Braços e mãos
D. Frente, costas e lados do tronco
E. Cintura, pernas, pés e artelhos
F. Compleição

Seguindo-se aos Exercícios Gerais, apresentamos duas séries especiais: Exercícios


Adicionais Para a Beleza Facial; e Algumas Práticas Diárias de Saúde.

1. Preparação: Pacificação de Nossa Condição Física e Mental costas, durante o dia, ou


face ao sul, se for noite. Assumimos a posição de meditação, mão esquerda sobre a
direita (Fig. 102). A coluna está; reta, para que haja um fluxo contínuo e suave das
forças do Céu e da Terra, através de nosso canal espiritual.
Fechamos os olhos naturalmente e respiramos suavemente pelo nariz, silenciando
nossos pensamentos.
Fig. 192

2.a etapa: Quando nos sentirmos mais relaxados, a mente pacificada, lentamente
erguemos as mãos ao nível da garganta, palmas juntas, em atitude de oração. Tocamos
suavemente os polegares na garganta. Os cotovelos devem estar um pouco erguidos,
mas relaxados e sem tensão (Fig. 193).
3ª. etapa: Mantendo esta posição, começamos a respirar com longas inalações e
exalações repetidas várias vezes. Começamos a pronunciar o som "SU" com cada
exalação, de 5 a 7 vezes mais longa que a inalação. A exalação deve passar pelo espaço
entre nossas palmas. Repetimos esta longa exalação com o som "SU" cerca de 5 vezes.
Isto gerará energia em nossas mãos e dedos, que usaremos nos Exercícios Gerais a
seguir. Depois de as palmas e dedos estarem carregados, afastamos lentamente as mãos,
e passamos à etapa seguinte.
Fig. 193

2. Face, Cabeça, Pescoço e Ombros


Estes exercícios ativam a circulação do sangue pelo corpo, além de reforçar as funções
respiratórias, bem como regula a pulsação cardíaca. Também elevam a temperatura do
corpo.

a. Faces
1ª. etapa: Aplicamos as palmas às faces e respiramos profundamente pelo menos 3
vezes (Fig. 194).
2ª. etapa: Esfregamos o rosto para cima e para baixo com as palmas, até as faces
ficarem quentes (Fig. 195).
Fig. 194
Fig. 195

Fig. 196 - Principais Pontos da Face


VG 20
B7
VG 24
TA 20
B1
VB1
ID 19
E3
TA 17
IG 20
VG 26
E5

Fig. 197 – Áreas da Face


Correspondentes a Áreas do Corpo
Lado Esquerdo
Fígado
Pâncreas
Corpo Todo e Fígado
Corpo Todo
Estômago
Brônquios
Coração
Estômago
Intestino

Lado Direito
Bexiga
Intestino Grosso
Intestino Delgado
Baço
Rins
Intestino
Pulmões
Órgãos
Reprodutores

b. Olhos
Estes exercícios melhoram a visão e eliminam várias desordens dos olhos, inclusive
miopia, hipermetropia, deslocamento da retina, glaucoma, astigmatismo e outros.
Também servem para controlar o batimento cardíaco e a pressão sangüínea, e melhorar
a circulação e estado mental geral.

1ª. etapa: Aplicamos as palmas sobre os olhos (Fig. 198), conservando-as assim por
várias respirações, aquecendo a região em torno dos olhos. Isto suaviza nossa
circulação.

2ª. etapa: Usando o indicador, o médio e o anular, pressionamos a arcada superior das
órbitas, deslocando os dedos do interior para a periferia, e então o osso sob as órbitas.
Repita cerca de 3 vezes.
3ª. etapa: Com os mesmos três dedos acima, pressionamos sobre o globo ocular, entre
o globo e a órbita, o mais profundamente possível, dando um leve estímulo vibratório
(Fig. 199). Solte a mão subitamente. Repetimos o processo, na parte inferior do globo,
dando uma vibração e soltando de repente (Fig. 200).
Fig. 198
Fig. 199
Fig. 200

4ª. etapa: Usando as pontas dos mesmos três dedos, olhos fechados, pressionamos
lenta e suavemente a frente dos globos oculares, e de novo, soltamos subitamente (Fig.
201). Repita 10 vezes. Este exercício controla o batimento cardíaco e corrige a condição
dos olhos e da visão.

5ª. etapa: De novo aplicamos as palmas sobre os olhos, como na 1ª. etapa, e enquanto
as mãos ficam aí, lentamente movemos os olhos, olhando para cima e para baixo, o
máximo em cada direção. Repita dez vezes. Olhe ao máximo para a direita e para a
esquerda, 10 vezes. Depois, um movimento circular com os olhos, no sentido horário e
anti-horário, 10 vezes cada.
Fig. 201
Fig. 202

6ª. etapa: Apanhamos as pálpebras superiores com os polegares e indicadores, e


vibramos as pálpebras de cinqüenta a cem vezes (Fig. 202). Começamos a ouvir o som
de água, à medida em que o excesso de líquidos é eliminado na forma de lágrimas. Este
exercício ajuda a corrigir os defeitos da visão, e diversas desordens dos olhos.

7ª. etapa: Com o indicador e o polegar, pinçamos o septo nasal e cantos dos olhos (Fig.
203). É o ponto "Sei-Mei", ou "Clara Luz". Pressionamos profundamente por 10
segundos e soltamos subitamente, afastando os dedos do rosto (Fig. 204). Repetimos de
3 a 5 vezes. Este exercício clarifica a visão e é especialmente útil para olhos cansados.
Fig. 203
Fig. 204
c. Nariz
Estes exercícios beneficiam o funcionamento geral de estômago, pâncreas e pulmões,
bem como dão clareza de idéias. Também estimulam o desenvolvimento da atividade
intelectual.

Fig. 205
1ª. etapa: Com o polegar e indicador, esfregamos vigorosamente os lados do nariz,
para cima e para baixo até esquentar (Fig. 205). Este exercício torna a respiração mais
suave, ativando também o estômago e a digestão, bem como a função pancreática.

2ª. etapa: Com o polegar, indicador e médio, a partir do septo nasal, apertamos
fortemente os lados do nariz, até a ponta e então soltamos os dedos subitamente. Dá
clareza de pensamento, melhora o estado do coração e da circulação.

Fig. 206
3ª. etapa: Com um dos polegares pressionamos o lado do nariz, fechando uma narina, e
respiramos longa e lentamente, de 5 a 10 vezes. Repetimos do outro lado. Este exercício
promove uma melhor função respiratória, bem como a desobstrução e abertura das
cavidades nasais e brônquios.

d. Boca e Maxilar
Fig. 207
Estes exercícios reforçam as atividades digestivas, especialmente a circulação em
torno da boca e a secreção de saliva. Também melhoram a força física e suavizam as
funções excretórias.

1ª. etapa: Com os quatro dedos de ambas as mãos, pressionamos profundamente ao


redor da boca, e ao longo do maxilar inferior do queixo às orelhas. Ao pressionar,
usamos movimentos circulares dos dedos (Figs. 206 e 207). Repita de 5 a 10 vezes.
Onde doer, aperte mais. Este exercício melhora a circulação do maxilar e gengivas, em
torno dos dentes, liberando a estagnação nesta área.

Fig. 208
2ª. etapa: Usando um dedo, empurramos debaixo do malar, à distância de um dedo a
partir dos lados do nariz, com um movimento circular (Fig.208). Isto liberta a tensão
causada pela acumulação de muco na cavidade nasal.

Fig. 209
3ª. etapa: Usando os polegares, pressionamos profundamente sob o maxilar, da orelha
até o queixo (Fig. 209). Repetir de 3 a 5 vezes. Este exercício ativa diversas glândulas
relacionadas aos ouvidos, saliva e linfa, de modo que funcionem corretamente. Em
resultado deste movimento, a secreção de saliva torna-se mais ativa.

e. Orelhas
Estes exercícios melhoram a nossa audição, harmonizam todas as funções circulatórias
e a coordenação entre diversos sistemas de todo o corpo. Também favorecem o
equilíbrio mental bem como dos rins e funções excretórias.
.
1 etapa: Com o polegar ou indicador pressionamos a depressão sob a orelha, entre o
maxilar inferior e o pescoço. Pressionar profundamente várias vezes, soltando o dedo
rapidamente. Se sentirmos dor, isto indica que se acumularam muco e gordura no
ouvido, causando crescente dificuldade de audição.

Fig. 210
2.a etapa: Com o indicador, médio e anular, pressionamos em volta da orelha várias
vezes, para liberar qualquer estagnação em torno dela (Fig. 210). Também ajuda a
clarear as idéias e melhora nosso equilíbrio.
Fig. 211
Fig. 212
Fig. 213
3ª. etapa: Massageamos as orelhas usando o polegar e indicador (e o médio, se se
quiser). Primeiro, esfregamos a aresta periférica da orelha, para ativar a circulação de
sangue e linfa pelo corpo (Fig. 211). Depois, a aresta média, com o polegar por detrás
da orelha e os outros dedos na frente, estimulando o sistema nervoso (Fig. 212). Por
fim, as arestas e saliências internas, ajudando as funções digestivas (Fig. 213). Durante
todos estes processos, podemos apertar o lobo da orelha, bem como outras áreas ao
longo das arestas, para' liberar qualquer estagnação. Isto ajuda indiretamente a liberar a
estagnação em outras partes do corpo.

Fig. 214
4ª. etapa: Com os dedos e palmas esfregamos vigorosamente toda a orelha, para cima e
para baixo, até esquentar. Ajuda a ativar e harmonizar o metabolismo e a mente.

5ª. etapa: Usando as palmas, batemos as orelhas, com um brusco movimento para a
frente e para trás (Fig., 214). Repetir de 10 a 20 vezes. Energiza fortemente os rins e
excreção, bem como a circulação.

Fig. 215.
6ª. etapa: Inserimos os dedos médios profundamente nas orelhas, e vibramos
suavemente, como se se vibrasse os tímpanos (Fig. 215). Remover bruscamente os
dedos, fazendo um movimento espiral no ar. Repetir de 3 a 5 vezes. Melhora a audição e
ajuda a reforçar a atividade mesencéfalo.
Fig. 216
7ª. etapa: Cobrimos a orelha direita com a mão esquerda e, com o indicador, médio e
anular da direita, martelamos as costas da mão esquerda, enviando vibrações ao ouvido
interno. Martelamos dez pares de vezes. Invertemos as mãos e repetimos o
procedimento sobre a orelha esquerda (Fig. 216). Este exercício ajuda a melhorar nossa
capacidade auditiva e ainda fortalece a atividade do mesencéfalo e das funções renais e
escretórias.

f. Cabeça
Estes exercícios liberam a estagnação física e nebulosidade mental, acelerando a
circulação de sangue e linfa, bem como o fluxo de energia pelos meridianos. Ajudam
também a vencer a fadiga física e mental.
Fig. 217
1ª. etapa: Usando todos os dedos, pressionamos e massageamos fortemente com
movimento circulares, começando pela testa, descendo às sobrancelhas e têmpora.
Passamos aos lados da cabeça atrás das têmporas e acima das orelhas (Fig. 217), e
continuamos a descer pela nuca. Da nuca, vamos para o topo da cabeça, pressionando
fortemente de volta até a testa (Fig. 218). Começando pela testa, deslocamos as mãos
um pouco para os lados do centro (Fig. 219) e pressionamos o topo da cabeça, de volta
até a nuca. Recomeçando pela testa, movemos as mãos ainda mais para os lados, e
pressionamos de novo (Fig. 220) sobre o topo da cabeça, até a nuca. Repete-se todo este
procedimento duas ou três vezes. Esta pressão e massagem ajuda a liberar a estagnação
nos sistemas circulatórios nervoso, bem como acelera um fluxo de energia nos
meridianos relacionados.

2ª. etapa: Com os dedos fechados sem muita força, martelamos de leve toda cabeça:
topo, lados e nuca (Fig. 221). Estimula todas as atividades físicas e mentais a
coordenação entre os vários sistemas orgânicos.

3ª. etapa: Com uma palma cobrindo a testa e a outra cobrindo a nuca, respiramos
profundamente. Então, com as palmas cobrindo os lados superiores da cabeça (Fig.
222), respiramos profundamente mais 3 vezes. A seguir cobrimos os lados centrais da
cabeça com as palmas (Fig. 223), e respiramos fundo mais 3 vezes.
Fig. 221
Fig. 222
Fig. 223

Fig. 224 - Meridianos da Cabeça e Pescoço


Lado direito
VB
B
TA
VG

Lado esquerdo
VG
B
VB

Fig. 225 - Meridianos da Face e Pescoço


Lado direito
VB
TA
B
B
VG
D
E
G
ID
TA
G
E

Fig. 226 – Meridianos e Pontos na Nuca e no Pescoço.


Lado Direito
VG 20
VG
B
VB
VB
TA
VB
ID
ID
B
VG

Lado esquerdo
IA 20
VG 16
VB 12
VB 20
B 10
VB 21

g. Pescoço
Estes exercícios visam reunir atividades físicas e mentais num estado harmonioso e, ao
mesmo tempo, gerar nossas energias físicas e mentais como um todo, inclusive a função
estomacal, pâncreas, fígado, rins e regulação da pressão sangüínea.

Fig. 227
1ª. etapa Com os polegares, pressionamos os dois pontos na base da nuca de ambos os
lados, segurando a cabeça com os outros dedos (Fig. 227). Inclinamos a cabeça para
trás, para pressionar na base do crânio. Soltamos os polegares rapidamente, repetindo o
processo de 3 a 5 vezes. Então usamos nosso polegar mais forte para pressionar
profundamente o ponto central na base do crânio, enquanto a outra mão segura a testa,
inclinando a cabeça levemente para cima e para trás. Ao pressionarmos, aplicamos uma
leve vibração, e soltamos bruscamente o polegar. Repete-se de 3 a 5 vezes. Estes
exercícios melhoram as funções da região mediana do tronco, assim como o
metabolismo dos rins, pâncreas, baço e fígado.

2ª. etapa: Na nuca, usamos os dedos para pressionar ao longo dos lados das vértebras
cervicais, até os ombros, fazendo um movimento circular vibratório sempre que se
encontrar alguma rigidez. Repetimos este processo pelos lados do pescoço debaixo das
orelhas. A seguir, na frente do pescoço, de ambos os lados das cordas vocais,
pressionamos até a cintura escapular. Com uma palma cobrindo a garganta e cordas
vocais, pressionamos e massageamos em torno desta região. Estes exercícios servem
para descongestionar os músculos e meridianos aí localizados controlando a pressão
sangüínea e harmonizando vários sistemas.

3ª. etapa: Entrelaçando os dedos na nuca, apertamos o pescoço com a base das palmas,
soltando subitamente, repetindo umas 5 vezes (Fig. 228). Este exercício libera qualquer
estagnação nessa área, melhorando a circulação sangüínea.

4ª. etapa: Inclinamos a cabeça para a esquerda e martelamos o lado direito do pescoço
com o punho direito (Fig. 229). Então, martelamos o lado; esquerdo do pescoço com o
punho esquerdo (Fig. 230). Inclinamos a cabeça; para a frente, martelamos a nuca (Fig.
231). A seguir, descongestionamos e ativamos a circulação de sangue e energia
inclinando totalmente a cabeça para a frente e para trás várias vezes'' (Figs. 232 e 233),
e de um lado para o, outro (Fig. 234). Por fim, giramos o pescoço no sentido horário (5
vezes) d depois no anti-horário (Fig. 235). Este exercício ajuda a liberar qualquer
estagnação e acelera a circulação ativa e as funções nervosas, e produz clareza mental.
Fig. 228
Fig. 229
Fig. 230
Fig. 231
Fig. 232
Fig. 233
Fig. 234
Fig. 235
5ª. etapa: Aplicamos as palmas em ambos os lados do pescoço, e respiramos
profundamente 3 vezes. Então aplicamos as palmas na frente e atrás do pescoço e de
novo respiramos 3 vezes.

h. Ombros
Estes exercícios melhoram nossas funções circulatórias e digestivas liberando a
estagnação física e mental, regulando o metabolismo respiratório e digestivo. Também
ajudam a combater a fadiga, dissolvendo a tensão geral na região dos ombros.

1ª.. etapa: Erguemos os ombros, contraindo a musculatura ao máximo (Fig. 236).


Então rapidamente soltamos, relaxando estes músculos tanto quanto pudermos. Repetir
5 vezes. Depois, inclinando os ombros, contraímos o ombro mais alto e relaxamos o
mais baixo. Repetir de 3 a 5 vezes, alternando os ombros. Ajudam a liberar a tensão na
região dos ombros, tornando a digestão, especialmente intestinal, suave e ativa.
Fig. 236

2ª. etapa: Usando quatro dedos de uma mão, comprimimos e massageamos o ombro
oposto, inclinando a cabeça para o outro lado (Fig. 237). Repetir no outro ombro.
Sempre que sentirmos rigidez, devemos massagear com movimento circular. Este
exercício libera a tensão e estagnação, e acelera a atividade circulatória e digestiva.
Fig. 237
Fig. 238
Fig. 239

3ª. etapa: Como punho de uma das mãos, martelamos o ombro oposto de 10 a 20 vezes
(Fig. 238). Repetir no outro ombro. Sempre que se sentir dor, devemos martelar mais
longamente e com mais força. Martelar também o topo da espinha, até a nuca, de 10 a
20 vezes, usando o seu punho mais forte. Estes exercícios ativam o metabolismo em
todo o corpo.

4ª. etapa: Aplique as palmas sobre ombros opostos (Fig. 239) e respire 3 vezes, lenta e
profundamente, para harmonizar a circulação e a respiração. (Se desejado, as palmas
podem ser aplicadas aos ombros de um mesmo lado, de cada vez).

3. Braços e Mãos
Estes exercícios liberam a estagnação na corrente sangüínea, tecidos, músculos e
juntas, bem como no fluxo de energia ao longo dos meridianos correlacionados,
resultando na ativação harmoniosa das várias funções dos pulmões, do coração e da
circulação, intestinos e digestão, e coordenação entre todos os principais órgãos pelos
meridianos da Circulação-Sexo e do Triplo Aquecedor. Estes exercícios também
energizam as funções dos vários chacras, especialmente o segundo, abdominal e físico;
o terceiro, do estômago e da energia; e o quarto, do coração e das emoções.

1ª. etapa: Com os braços naturalmente ao lado do corpo, giramos e torcemos, esticando
o máximo que pudermos, com as mãos e os dedos abertos (Fig. 240). Repetir várias
vezes, torcendo para a frente e para trás. Erguemos os braços ao nível dos ombros e
repetimos o movimento de torcer, esticando o máximo, várias vezes (Fig. 241).
Erguendo os braços ainda mais (Fig. 242), a 45º, torcemos os braços de novo. Por fim,
erguemos os braços bem acima da cabeça (Fig. 243) e os torcemos várias vezes.
Fig. 240
Fig. 241
Fig. 242
Fig. 243

Fig. 244
Fig. 245
Fig. 246

2ª. etapa: Agarrando a junta do ombro (Fig. 244), massageamos bem essa área, para
aliviar qualquer tensão muscular. Vamos massageando braço abaixo (Fig. 245) rumo ao
cotovelo, pressionando todas as saliências do cotovelo, aliviando as tensões ali. Vamos
descendo em direção ao pulso, liberando a tensão em todas as áreas (Fig. 246).

3ª. etapa: Pressionamos do ombro ao pulso ao longo de cada meridiano do braço, a


saber: Pulmão, Circulação-Sexo, Triplo Aquecedor, Coração e Intestino Delgado (Figs.
247 e 248). Podemos usar quatro dedos, ou o polegar, se for mais prático.

Fig. 247 - Meridianos e Pontos na Face Externa do Braço.


Lado Direito
VG 14
ID 11
ID
IA
ID 5
TA 5
ID 4

Fig. 248 – Meridiano e Pontos do Ombro e da Face Interior do Braço


Lado Direito
P
CS
P5
CS 3
CS 6
P9

Lado Esquerdo
C1
C3
C
C2
C 38

4ª. etapa: Ao atingirmos o pulso, massageamos bem todas as saliências da área do pulso
(Fig. 249). Então pressionamos ao longo dos ossos nas costas da mão (Fig. 250).
Passamos aos dedos, usando o polegar e indicador para massagear cada dedo até a
ponta, dos lados, e depois por cima e por baixo Fig. 251. Esta massagem deve passar de
um dedo para outro, lenta e cuidadosamente. Especialmente importante é pressionar e
massagear fortemente a ponta de cada dedo, usando o polegar e indicador, para torcê-lo
para um lado e para o outro (Fig. 252).
5.a etapa: Puxamos e estalamos cada dedo. Usando o polegar, empurramos no espaço
entre os dedos, ou podemos entrelaçar os dedos e empurrá-los uns contra os outros (Fig.
253).

Fig. 249
Fig. 250
Fig. 251
Fig. 252
Fig. 253

6ª. etapa: Pressionamos fortemente as palmas (Fig. 254), primeiro ao longo das linhas
principais da mão: Linha da Vida, Linha da Cabeça, e Linha do Coração (v. Parte 1,
(pág. 96) para descrição detalhada das linhas da mão). Depois pressionamos fortemente
as áreas da palma, em sentido vertical. Durante este processo, pressionamos
profundamente, com movimento circular. Dois pontos devem ser pressionados mais
fortemente: o centro da palma, o ponto Rô-Kiu, Circulação-Sexo n°. 8 (Fig. 255), e o
ponto na junção entre o polegar e indicador, G(3-Koku Intestino Grosso n° 4 (Fig. 256).
Fig. 254
Fig. 255
Fig. 256

Depois de completar o processo acima, repetimos os mesmos exercícios no outro


braço, etapas de 2 até 6.

Fig. 257
7ª. etapa: Sacudimos as m relaxadas, rapidamente (Fig. 257). Libere qualquer tensão
nas juntas dos ombros, cotovelos e pulsos, bem como cada junta dos dedos, sacudindo
fortemente braços e mãos.

Fig. 258 - Funções Orgânicas Correspondentes aos Meridianos das Mãos


Pulmões (P)
Intestino Grosso (IG)
Circulação-Sexo (CS)
Triplo Aquecedor (TA)
Coração (C) e Intestino Delgado (ID)

Fig. 259 – Sistemas Correspondentes às Linhas das Mãos


Sistema Nervoso
Aparelhos Circulatórios e Excretor
Aparelhos Digestivos e Respiratório

Fig. 260 - Meridianos das Mãos


IG 4
IG 1
TA 1
ID 1
IG
TA
ID
C9
CS 9
P 11
CS 8
C
CS
P

4. Frente, Costas e Lados do Tronco


Estes exercícios fazem ativar o funcionamento dos principais órgãos e glândulas da
região do tronco. Ativam também a circulação do sangue e outros fluidos do corpo,
gerando um fluxo de energia através de todos os meridianos relacionados a estes órgãos
e glândulas. As funções respiratórias, digestivas, circulatórias, e excretórias, bem como
as atividades nervosas, são harmoniosamente energizadas.

Fig. 261
Fig. 262
Fig. 263
Fig. 264
Fig. 265
Fig. 266

1.a etapa: Aplicamos as palmas à parte superior do tórax e respiramos profundamente 2


a 3 vezes (Fig. 261). Então aplicamos as palmas à parte inferior do tórax, e também
respiramos profundamente 2 a 3 vezes (Fig. 262). A seguir, aplicarmos as palmas à
região do estômago, e ao meio do abdômen (Fig. 263), em cada caso respirando 2 a 3
vezes.
Nos lados do tronco aplicamos primeiro as mãos na parte superior do tórax (Fig. 264),
e depois à região mediana, à altura do estômago, e depois cintura (Fig. 265), cada vez
respirando 2 a 3 vezes.
Nas costas, aplicamos as à região do rins (Fig. 266), e de novo respiramos
profundamente 2 a 3 vezes.
As aplicações das palmas servem para harmonizar o metabolismo das funções entre
órgãos e glândulas.

Fig. 267
Fig. 268
2ª. etapa: Começamos um leve martelamento em toda a região do tórax (Fig. 267),
inclusive as laterais da caixa toráxica. Reforça a respiração, acelera a circulação do
sangue e fluxo de energia.
Usando o mesmo tipo de martelamento, continuamos até o estômago, região do
intestino grosso e delgado, e bexiga. Também devemos martelar os lados da cintura e
região pélvica.
Nas costas, batemos até o mais alto que pudermos. Podemos ajoelhar-nos e inclinar o
corpo para a frente (Fig. 268). Martelamos para baixo, inclusive as vértebras lombares e
daí para baixo, os músculos das costas ao longo das vértebras, os meridianos da bexiga
que passam verticalmente pelas costas, bem como os músculos das nádegas.
Fig. 269 - Áreas da Cintura e Nádegas Correlacionadas com Áreas da Cabeça e
Cérebro
Região Meridiana da Cabeça e do Cérebro
Medula
Região Lateral da Cabeça e do Cérebro (Direito)
Região Meridiana da Cabeça e do Cérebro
Região Frontal da Cabeça e do Cérebro
Região Lateral da Cabeça e do Cérebro (Esquerda)

3ª. etapa: Usando quatro dedos de ambas as mãos, pressionamos os pontos e os


meridianos da frente do corpo, como se segue:
1. Todos abaixo das clavículas, de ambos os lados, 2 ou 3 vezes.
2. Ao longo do esterno, pressionando em linha vertical, de 2 a 3 vezes (Fig. 270).
3. A partir do topo do esterno, verticalmente para baixo até a região pélvica, seguindo o
meridiano dos Rins (Fig. 271).
4. Descendo pelo esterno ao longo do meridiano do Estômago (Fig. 272), até a região
pélvica.
5. Usando quatro dedos ou o polegar, pressione para baixo, a partir da concavidade
perto da parte interior da junta do ombro, ao longo do meridiano do Baço-Pâncreas, até
a região pélvica.
6. Pelas laterais do corpo, pressione da frente das axilas, descendo, pelo meridiano da
Vesícula Biliar, até as laterais dos quadris, na articulação das coxas. É mais prático usar
o polegar que os dedos.
7. Usando os quatro dedos de ambas as mãos, pressione para dentro e para cima sob a
caixa toráxica (Fig. 273). Pressione por toda a extensão das costelas flutuantes, lenta e
profundamente.
Dois pontos devem ser pressionados com mais força: Ki-Mon, meridiano do Fígado,
n° 14, na frente da caixa toráxica; e Shô-Mon, meridiano do Fígado n° 13, na ponta da
11ª. costela.
Fig. 270
Fig. 271
Fig. 272
Fig. 273

Fig. 274 - Região Toráxica Frontal

Pontos Importantes
VC 17
Pl
VC 14
F 14
VB. 24
F 13
VC 12

Linhas Para Massagem e Pressão nos Exercícios de Do-In

Fig. 275 - Meridianos Frontais do Tronco


VC
E
ID
R
VB
IG
VB
BP
F
E
R
VC
VB
E
BP
F
R
VC

Fig. 276 – Meridianos e Pontos Laterais do Tronco


Lado Esquerdo
C
VR
BP
VB
VR

Lado Direito
P
BP
F
BP

4ª. etapa: Usando as palmas, pressionamos e esfregamos para baixo toda a frente do
corpo, cobrindo os meridianos do topo da clavícula até a parte interior da pélvis (Fig.
277).
Fig. 277

5ª. etapa: Nas costas, pressione a área reentrante sob a caixa toráxica, arqueando
levemente as costas para trás, para facilitar a massagem (Fig. 278). Solte
repentinamente. Repita pelo menos 5 vezes. (Uma posição alternativa das mãos em
relação à ilustrada é cruzar as mãos nas costas, o polegar da mão direita no lado direito
da espinha, e os dedos da mão direita do lado esquerdo da espinha; o polegar da mão
esquerda no lado esquerdo da espinha; os dedos da mão esquerda no lado direito da
espinha. Pressione usando os polegares e todos os dedos).
Aplique então as mãos à região dos rins e supra-renais, esticando as costas para trás,
para deixar aquela área mais relaxada, e respire profundamente 3 vezes (Fig. 279).
Fig. 278
Fig. 279
Fig. 280
Fig. 280 -- Meridianos e Pontos Posteriores do Tronco
Lado Direito
VB
B
VG
B
VB
P
TA
ID
VB
B
VG
B

Lado Esquerdo
P
TA
ID
VB

6ª. etapa: Usando os quatro dedos de ambas as mãos, pressione profundamente a


região abdominal (Fig. 281), dobrando-se para a frente; solte de repente e endireite-se.
Enquanto pressiona, exala-se, e quando se solta, inala. Depois, massageie a região
abdominal: primeiro o centro (Fig. 282), e então, cada lado (Figs. 283 e 284). Então,
com a mão esquerda sobre a direita, massageie todo o abdômen com movimento
circular (Fig. 285) pelo menos 5 vezes, em sentido horário. Finalmente, aplique ambas
as mãos na região abdominal e respire profundamente, concentrando-se no baixo ventre
(Fig. 286). Durante a inalação, o abdômen deve expandir-se, e durante a exalação deve
contrair-se. Repita pelo menos 5 vezes. Esta massagem abdominal é bem análoga à
mostrada no Exercício Matutino, 7ª. etapa (pág. 154).

Fig. 281
Fig. 282
Fig. 283
Fig. 284
Fig. 285
Fig. 286
Fig. 287
Fig. 288

7ª. etapa: Torça o corpo para a esquerda e para a direita ao máximo, girando os braços,
e conservando a cabeça para a frente (Figs. 287 e 288). Este exercício ativa e harmoniza
o fluxo de energia ao longo de todos os meridianos.

5. Cintura, Pernas, Pés e Artelhos

Estes exercícios ativam todas as funções orgânicas, especialmente as funções:


digestivas, excretórias e reprodutivas. Dentre os órgãos, baço, pâncreas e estômago,
fígado e vesícula, rins e bexiga são especialmente afetados através de seus meridianos.
Entretanto, os pés refletem sinteticamente todo o corpo, inclusive o funcionamento do
cérebro, e todas as funções do corpo são ativadas por estes exercícios.
1ª. etapa: Ajoelhamo-nos, mãos ao lado do corpo. Aplicamos ambas as palmas à região
pélvica (Fig. 289) e respiramos lentamente 3 vezes. A seguir, pressionamos e
esfregamos as mãos, descendo pelas pernas até os joelhos de 4 a 5 vezes (Fig. 290).
Repita esta pressão para baixo pelos lados internos das pernas, e então pelos lados
externos (Fig. 291), da cintura para os joelhos, 4 ou 5 vezes cada. Nas costas,
pressionamos para baixo sobre as nádegas até os joelhos (Fig. 292). Estes movimentos
de fricção servem para suavizar a circulação da energia e aliviar a tensão muscular.
Fig. 289
Fig. 290
Fig. 291
Fig. 292

2ª. etapa: Com os punhos fechados sem muita força, martelamos a parte frontal das
pernas, subindo e descendo por elas mais de 5 vezes (Fig. 293). Martele depois os lados
das pernas, trabalhando para cima e para baixo, de cada lado. Martele a parte de trás
(você poderá se inclinar). Este martelamento alivia enrijecimentos e tensões, gerando
um fluxo de energia nos meridianos correlatos, tais como os do Baço-Pâncreas, Fígado,
Rins, Estômago, Vesícula Biliar e Bexiga.

3ª. etapa: Sente-se com as pernas cruzadas, erga uma perna, dobrando o joelho e
pousando um pé no chão. Aperte a coxa que esta levantada, movendo-a para cima e para
baixo, com ambas as mãos - polegares para o lado de dentro, os outros dedos para fora.
Este movimento não só alivia a tensão muscular, mas também gera um fluxo de energia
ao longo dos meridianos Baço-Pâncreas, Rins e Vesícula Biliar.
Então, usando a base das palmas de ambas as mãos, aperte firmemente a coxa,
movendo para cima e para baixo. (Este é o mesmo movimento ilustrado na perna, na
etapa 5, Fig. (296).

4.a etapa: Aplique as palmas sobre o joelho por alguns instantes, aquecendo aquela
área. Então, usando os quatro dedos, comprima todas as saliências e músculos tensos na
área do joelho (Fig. 294). Comprima e solte diversas vezes, aliviando a circulação
estagnada em torno ao joelho.

5ª. etapa: Usando a base das palmas, esfregue do joelho até o tendão de Aquiles (Fig.
295), repetindo 5 vezes. A seguir, aperte e solte, de novo usando a base das palmas (Fig.
296), repetindo mais de 3 vezes, movendo-se para cima e para baixo, pela perna. Isto
poderá ser doloroso para algumas pessoas. Estes exercícios ativam as funções intestinais
e da bexiga.
Fig. 293
Fig. 294
Fig. 295
Fig. 296

Fig. 297 - Principais Pontos e Áreas Interiores da Perna Correspondentes a Regiões do


Corpo.
Lado Direito)
Região do Baço e Pâncreas
Região do Fígado
Região do Intestino e Bexiga
Região dos Órgãos do Sexo e Reprodução
R3
R6
Região da Cintura

Lado Esquerdo
BP 10
F8
F7
BP 6
Região dos Rins

Fig. 298
Fig. 299
Fig. 300
Fig. 301

A seguir, pressione o meridiano do Estômago (Fig. 298), do joelho até o topo do pé,
usando quatro dedos, e o polegar do outro lado da perna, dando apoio. No meridiano do
Estômago, o ponto San-Ri, meridiano do Estômago, n°. 36, deve ser pressionado com
mais força, e com movimento circular. Pressione o meridiano da Vesícula Biliar, do lado
da perna, da mesma maneira (Fig. 299).
Do lado de dentro da perna, usando ambos os polegares, imediatamente atrás do osso
da perna, com os outros quatro dedos apoiando do outro lado da perna, pressione
profundamente o meridiano do baço, do joelho até o tornozelo. O ponto San-In-Kô, do
meridiano do Baço, no. 6 deve ser apertado fortemente, com movimento circular (Fig.
300).
Na barriga da perna, de novo usando os polegares, pressione profundamente ao longo
do meridiano da Bexiga (Fig. 301), ativando o fluxo de energia daquele meridiano.
Fig. 302 - Meridianos e Pontos Principais na Perna
Meridiano do Estômago (E)
E 36
E 42

Meridiano do Baço-Pâncreas (BP)


BP 10
BP 9
BP 6
BP 1

Meridiano dos Rins (R) 1.


R 10
BP 6
R6
R2
R1

Meridiano do Fígado (F)


F8
BP 6
F3
F1

Meridiano da Bexiga
B 54
B 67
B 67

Meridiano da Vesícula Biliar


VB 31
VB 34
VB 37
VB 41

6ª. etapa: Massageie o tendão de Aquiles (Fig. 303), até a porção inferior do tornozelo.
Este exercício melhora as funções sexual e reprodutora como um todo. (Uma posição
alternativa da mão é cruzar ambas as mãos atrás do tornozelo, polegar da mão esquerda
do lado esquerdo do tornozelo, e dedos da mão esquerda do lado direito e o polegar da
mão direita no lado direito do tornozelo, e os dedos da mão direita no lado esquerdo).
Fig. 303
Fig. 304
7ª. etapa: Colocando as mãos sob o pé, use os polegares para esfregar para baixo ao
longo da parte superior do pé, até as pontas dos artelhos (Fig. 304). Como cada área do
pé correlaciona-se com cada região e órgãos do corpo, ao estimular e aliviar tensões
locais, ativamos e melhoramos o funcionamento das regiões correspondentes do corpo.

Fig. 305 - Linhas para Massagem e Pressão dos Pés


Glândula Pituitária e Centro Hormonal
Centro dos Rins (KD 1) e Vitalidade
Coração e Estômago; Centro da Região Média
Centro do Pé; Centro Abdominal

Fig. 306 – Áreas e Pontos do Pé Correspondentes aos Órgãos do Corpo


Lado Direito
Estômago
Bexiga
Uretra
Pulmão
Rins
Ombros
Abdômen superior
Cintura
Baixo Ventre
Reto

Lado Esquerdo
Fígado
Coração
Baço
Ombro
Nariz
Garganta
Tórax
Abdômen
Útero

Fig. 307
8ª. etapa: Sentamo-nos com as pernas cruzadas, a sola de um pé voltada para cima.
Usando os polegares, pressionamos a planta do pé (Fig. 307) nas seguintes áreas:
primeiro, o lado interior, do lado do grande artelho, movendo-se para cima e para baixo,
ao longo do pé; depois, começando em cada artelho, pressionamos a sola verticalmente,
2 ou 3 vezes em cada área. A seguir, pressionamos a sola verticalmente, 2 ou 3 vezes em
cada área. A seguir, pressionamos a sola latitudinalmente, em 3 linhas: perto do
calcanhar, através do meio, e abaixo das juntas metatarso-falângicas. (Fig. 305 e 306), 2
ou 3 vezes. Finalmente, pressionamos lateralmente na parte carnuda na base de cada
artelho, 2 ou 3 vezes.
Durante esta massagem, se encontrar pontos enrijecidos, pressione mais firmemente
várias vezes com movimentos circulares, para aliviar a estagnação.
Fig. 308
Fig. 309
Fig. 310
Fig. 311
.
9ª. etapa: Pegue o grande artelho. Gire-o várias vezes, e usando o polegar e indicador,
pressione os lados do artelho e a sua região central carnuda (Fig. 308). Trate da mesma
forma os outros artelhos, um por um. A ponta de cada artelho também deve receber um
estímulo especial, com uma firme pressão.
Usando os dedos, pressione entre os artelhos (Fig. 309).

10ª. etapa: Puxe e dobre cada artelho, tentando estalá-los, um por um. Então segure
todos os artelhos e mova-os para a frente e para trás, várias vezes (Figs. 310 e 311).
Cada artelho tem um meridiano passando ao longo dele - Baço-Pâncreas, Fígado,
Estômago, Vesícula Biliar e Bexiga - e o estímulo dado a cada um energiza e promove o
melhor funcionamento do órgão a ele relacionado.
Então, gire os tornozelos com um movimento circular, várias vezes em cada direção.

Fig. 312 - Meridianos na Planta Pé


R1
R2

Fig. 313 – Meridianos na Parte Superior do Pé


Lado Direito
F
F
E (Ramificação)
VB
B

Lado Esquerdo
BP
R
11ª. etapa: Repita as etapas 3 até 10 na outra perna e pé.

12ª. etapa: Sente-se comas solas dos pés juntas, segurando os pés com as mãos e
respirando profundamente 3 vezes (Figs. 314 e 315). Este exercício harmoniza o fluxo
de energia por todas as partes dos artelhos, pés e pernas.

6. Completamento
Por toda a série de Exercícios Gerais, cada parte do corpo foi estimulada em sua
circulação dos fluidos e energias, e a resposta nervosa de cada área foi igualmente
ativada. No Completamento, todas essas funções orgânicas - músculos, órgãos, sistema
nervoso, energia - são harmonizadas como um todo, prontas para enfrentar qualquer
atividade do dia.

1ª. etapa: De pé, postura natural, saltitar (Fig. 316). Ombros, cotovelos, pulsos, e todas
as articulações devem estar completamente relaxadas. Saltite 10
Fig. 314
Fig. 315
Fig. 316
Fig. 317 vezes ou mais. Erga uma perna e saltite num pé só (Fig. 317), 10 vezes ou
mais; então, no outro pé.

2ª. etapa: De pé, os pés afastados da distância de um ombro, torcemo-nos de um lado


para o outro, balançando os braços (como no exercício para o tronco, etapa 7, pág. 205).
Ombros, cotovelos, pulsos e todas as outras partes do .corpo devem estar
completamente relaxadas.

3ª. etapa: Mantendo a mesma postura de pé, inclinamo-nos, tentando tocar o chão com
ambas as mãos. Então ficamos de pé, abrindo bem os braços. Os ombros e pescoço
devem ficar bem relaxados. Repetir duas vezes.

4ª. etapa: De pé, erguemos os braços para o céu, inclinando o corpo para trás, e
inalando profundamente (Fig. 318). Então nos inclinamos para a frente e exalamos,
balançando os braços para baixo (Fig. 319). Repetimos este exercício pelo menos 3
vezes, desacelerando gradativamente.
Fig. 318
Fig. 319

7. Exercícios Adicionais para a Beleza Facial


Muito embora os Exercícios Gerais para o rosto, cabeça, pescoço e ombros sirvam
bem para manter e desenvolver a beleza, tanto quanto a saúde, os seguintes exercícios
podem ser usados especialmente para o aperfeiçoamento da beleza. Estes exercícios
ajudam a equilibrar o rosto, regularizando-lhe os traços e tornando um rosto flácido
mais liso e jovem.

1ª. etapa: Incline a cabeça para trás, e use a base das palmas para martelar para cima,
na testa. Alterne as mãos, ou use as duas ao mesmo tempo. Repita de 10 a 12 vezes. Este
exercício serve para retesar a testa, músculos da pele, eliminando rugas e ativando a
circulação do sangue.
2ª. etapa: Usando os dedos, esfregue saliva ao longo das sobrancelhas e em torno dos
olhos, por cima e por baixo. Repita 10 vezes. Este exercício faz as sobrancelhas
crescerem bonitas e gradualmente vai eliminando rugas em torno dos olhos. Também
ajuda a melhorar a vista.
3ª. etapa: Segurando os malares com a base das palmas, empurre para cima enquanto
abre a boca. Repita 10 vezes. Este exercício torna os músculos do rosto mais firmes e
compactos.

4ª. etapa: Com os polegares atrás do pescoço, e os dedos segurando a cabeça, incline a
cabeça para trás. Deixe o maxilar inferior pender, abrindo a boca ao máximo.
Simultaneamente, deixe a cabeça pender para a frente, e feche a boca. Repita. de 3 a 5
vezes. Este exercício ajuda a consolidar as vértebras cervicais, reforçando as laterais do
crânio, ressaltando a forma da cabeça. Também é bom para a circulação.

5ª. etapa: Coloque os polegares profundamente na depressão sob as orelhas, incline a


cabeça para trás, e deixe o maxilar pender, ficando a boca bem aberta. Então, feche a
boca, levando o maxilar para cima. Repita 5 vezes. Este exercício reforça a cavidade
bucal, bem como narinas flácidas, e normaliza a coordenação dos maxilares, em seu
movimento para a esquerda e para a direita.

6ª. etapa: Com os dedos médios, empurre fortemente para cima os ossos da região
mediana do nariz, apertando para dentro e para cima. A cabeça naturalmente se inclina
para trás, e a boca pode ficar relaxada e ligeiramente aberta. Então solte e deixe a
cabeça cair em sua posição normal. Este exercício torna a ação nervosa mais alerta e
clara na região da cabeça, inclusive os olhos. Também torna a secreção da pituitária
mais ativa, a respiração mais suave, e ajuda a descarregar muco acumulado nas
cavidades respiratórias.

7ª. etapa: Inserindo um dedo em cada canto da boca, estique a boca, aberta, e solte.
Repita 10 vezes. Ao soltar, ajuda se contrairmos voluntariamente os músculos da boca.
Este exercício remove quaisquer rugas em torno da boca e auxilia a circulação do
sangue nos lábios.

8ª. etapa: Segure e vibre a ponta do nariz de 10 a 20 vezes. Este exercício ativa a
circulação do nariz, eventualmente estagnada, e corrige o formato do nariz.

9ª. etapa: Estique e puxe as orelhas: (1) para cima; (2) horizontalmente, e (3) para
baixo, 5 vezes em cada direção. Este exercício acelera a circulação do sangue, ativando
as funções renais e secreção dos hormônios supra-renais, melhorando a forma e ângulo
das orelhas, se estão flácidas e desequilibradas.

10ª. etapa: Esfregue e massageie as faces de 20 a 30 vezes. Este exercício torna a


circulação de sangue e energia em toda a face harmoniosamente ativa, eliminando
rugas nas faces.
8. Algumas Práticas Diárias de Saúde
Além dos exercícios diários de Do-In para o desenvolvimento físico e espiritual, e para
manter a beleza, as seguintes práticas são também recomendadas para o
desenvolvimento da saúde e prevenção de diversas desordens orgânicas.
1) Dores de Cabeça, Inclusive Enxaqueca
Além dos exercícios para a cabeça dados nos Exercícios Gerais, a massagem dos dedos
e artelhos ajuda a aliviar dores de cabeça. Se a dor de cabeça ocorre na parte frontal da
cabeça, massageie fortemente especialmente os segundo e terceiro artelhos. No caso de
uma dor de cabeça localizada na têmpora ou na nuca, massageie bem os quarto e quinto
artelhos. Massageie os polegares para uma dor de cabeça dentro do crânio. Estas
práticas podem ser suplementadas por uma forte massagem dos dedos médio e anular,
bem .como nos polegares e mínimos. Estes exercícios devem ser repetidos de 2 a 3
vezes por dia.
Também ajuda esfregar gengibre ralado, cebola ou cebolinha na área afetada.

2) Calvície
Para calvície nas regiões periféricas da cabeça, testa e têmporas, é aconselhável fazer
os exercícios de massagem da cabeça dados nos Exercícios Gerais. Ademais, aplique
saliva ou água salgada, esfregando fortemente a área calva.
Para calvície nas regiões centrais e superior da cabeça, além dos exercícios para a
cabeça, dados nos Exercícios Gerais, aplique diariamente o suco de gengibre ralado,
nabo japonês, rabanete, cebola ou cebolinha.

3) Rosto Vermelho e Inchado


Toda manhã e toda noite, lave o rosto com água salgada fria. Faça à noite uma
aplicação de trigo sarraceno: misture farinha de trigo sarraceno com água morna,
formando uma massa e aplique à noite, cobrindo todo o rosto, e removendo de manhã.

4) Olhos
Toda manhã e toda noite, antes de dormir, ao lavar rosto e mãos, é aconselhável o
seguinte tratamento dos olhos:

a. Esfregar fortemente em torno dos olhos fechados sal marinho, aplicado com três
dedos úmidos, de ambas as mãos.
b. Lave o sal, com o rosto em imersão em água fria, piscando repetidamente os olhos.
c. Esfregue em torno dos olhos com saliva aplicada aos dedos. Deixe a saliva por
vários minutos, deixando secar. Depois de alguns minutos os olhos podem ser limpos
com uma toalha.

Estas práticas previnem qualquer problema com os olhos, visão curta, catarata,
glaucoma, descolamento da retina, e outras desordens. Este exercício também ajuda a
melhorar as condições oculares resultantes destas desordens, especialmente quando
praticado com os exercícios para os olhos descritos anteriormente nos Exercícios
Gerais, e suplementado com o uso de gotas para os olhos, de óleo puro de gergelim,
aplicadas uma ou várias vezes ao dia. Em alguns casos de desordens dos olhos,
aplicações de gengibre (fomentação), máscara de trigo sarraceno, ou máscara de
clorofila vegetal, podem ser também necessárias.*

5) Orelhas
Além dos exercícios para as orelhas, descritos nos Exercícios Gerais, é recomendável
manter as orelhas limpas, removendo qualquer acumulação de cera. Use banchá salgado
morno, puro ou com uma pequena quantidade de suco de limão fresco, umedecendo um
pedaço de algodão ou pano, inserindo-se na orelha, e deixando lá cerca de duas horas.
Então remova o algodão e use outro algodão ou pedaço de pano para remover qualquer
líquido remanescente da orelha. Repita de 2 a 3 vezes por dia, em casos de excessiva
acumulação de cera.
A aplicação de uma compressa de gengibre à área da orelha também ajuda
grandemente a remover o excesso de cera. Isto pode ser feito uma ou duas vezes por dia,
por vários dias.

6) Nariz
Para a congestão do nariz, que causa dificuldade de respiração, podemos praticar os
exercícios para o nariz anteriormente descritos nos Exercícios Gerais. Ademais, banchá
salgado morno ou água salgada morna podem ser aspirados pelo nariz e descarregados
pela boca, sem engolir; pode-se fazer isto várias vezes por dia. Também é útil para
reduzir e eliminar a acumulação de muco na cavidade nasal e testa.
No caso de sangrar o nariz, aplique bastante sal marinho ou pó de berinjela torrada e
moída (dentie) num algodão ou pano úmido, e insira profundamente nas narinas,
deixando lá de 5 a 10 minutos.

7) Dentes, Boca e Maxilares


Toda manhã e toda noite, os dentes podem ser escovados com sal marinho ou dentie,
tradicionalmente usados no Oriente para reforçar dentes e gengivas.
Para inflamação das gengivas e boca, gargareje com banchá frio salgado várias vezes
ao dia.

8) Congestão
Evite alimentos que formam muco, tais como laticínios, farináceos, comidas oleosas e
gordurosas, açúcar, mel e outros adoçantes. Além dessa dieta, pratique regularmente os
exercícios de Do-In da série dos Exercícios Diários, especialmente aqueles para as
regiões toráxicas e abdominais. Massageie fortemente cada mão e dedo várias vezes ao
dia.

9) Constipação e Diarréia
Pratique os exercícios abdominais regularmente, constantes nos Exercícios Diários, de
acordo com os princípios macrobióticos.

10) Cãibras das Pernas e Pés


Elimine a ingestão excessiva de qualquer líquido, frutas, vegetais crus, açúcar, mel e
outros adoçantes. Quando aparece uma cãibra, aplique uma das mãos sobre os artelhos e
a palma da outra mão onde está a cãibra.

11) Pele Seca


Todo dia massageie a área seca, aplicando suco de gengibre ralado, rabanete, cebolinha
ou cebola. Elimine todos os produtos gordurosos e oleosos da dieta. Também ajuda
massagear fortemente os dedos e artelhos, especialmente aqueles relacionados aos
meridianos que passam pela área ressecada.

12) Sardas
Evite definitivamente o excesso de açúcar, mel, chocolate, frutas e outros adoçantes.
Faça uma forte massagem diária onde aparecem as sardas. Todos os dias aplique e
esfregue fortemente suco de gengibre ralado ou vinagre de arroz ou suco de limão.

13) Verrugas e Pintas


Evite comer em excesso, especialmente comidas oleosas e fortes concentrados de
proteínas. Massageie fortemente as áreas onde estão as verrugas ou pintas. Também é
útil aplicar regularmente suco de rabanete ralado ou suco de limão. As verrugas e pintas
também podem ser queimadas por moxabustão (v. pág. 74).

14) Cortes e Cicatrização


Para parar o sangue, aplique dentie, sal marinho ou misso, sobre um pano ou lenço de
papel e fixe no lugar com uma bandagem.
15) Queimaduras
Imediatamente coloque bastante salmoura na queimadura, e deixe em imersão até a
ardência desaparecer. Aplique depois um óleo vegetal, como o de milho ou de gergelim,
com um lenço de papel ou pano. Pode-se fixar com uma bandagem e manter lá por
várias horas. Se necessário, a aplicação de óleo pode ser trocada a intervalos de algumas
horas.

16) Fadiga
Para a fadiga universalmente experimentada como resultado de doença ou
desequilíbrios físicos ou mentais, além da prática do Do-In, recomendam-se os
exercícios:

a. Alimentação equilibrada em termos de qualidade e quantidade, segundo os


princípios macrobióticos.
b. Usar roupas de fibra natural, ao invés de sintética. Pelo menos a roupa de baixo, em
contato direito com a pele, deve ser de fibra natural.
c. Esfregue e massageie todo o corpo com uma toalha molhada e torcida, até a pele
ficar vermelha. Acelera a circulação do sangue e dos outros fluidos corporais e gera
resposta nervosa e fluxo energético ao longo de todos os meridianos. Pode se fazer toda
manhã, e/ ou toda noite.
d. Imergir os pés em água morna (se no inverno) ou fria (no verão) e limpar . todo o
pé, dedo por dedo, ativando o fluxo de energia por todos os meridianos. Pode-se fazer
toda manhã, ou toda noite.
e. Antes de dormir, pratique alguns exercícios de Do-In, especialmente o An-Min-Hô
(Sono Pacífico e Profundo), págs. 176/179.
f. Dormir com a cabeça para o Norte, para harmonizar as condições físicas, mentais e
espirituais, com a ordem do movimento celeste, rotação da Terra e ciclos estelares.

Todos estes exercícios e práticas para nossa vida diária ajudam a manter e aperfeiçoar
nosso estado físico, mental e espiritual.
Entretanto, o alicerce de nosso aperfeiçoamento é nosso alimento. Todos estes
exercícios, portanto, devem ser acompanhados por uma alimentação apropriada,
segundo princípios macrobióticos.
Conseguindo-se isto em nossa vida diária, nosso desenvolvimento físico, mental e
espiritual será ilimitado, e cresceremos de nossas limitações físicas para uma
consciência eterna e universal, tomando consciência de que nossa vida não tem começo
nem fim, e nossa felicidade é continuar a realizar incessantemente o nosso sonho
infinito, que nunca perece.
Apêndice
Principais Pontos Para Diagnóstico e Tratamento Usados Neste Livro
Página: 48 - Meridiano e Número do Ponto: VC 12 – Descrição: Ponto de Reunião do
Estômago. Centro da região do Aquecedor Médio e terceiro chacra. Desordens gerais do
estômago, gastrites, náuseas, enjôo matinal, espasmos estomacais, úlcera gástrica,
hiperacidez, estômago caído, diabetes, dispepsia, dor abdominal, retroversão do útero.
Página: 65 – Meridiano e Número do Ponto: B 13 – Descrição: Ponto de Entrada do
Pulmão. Todas as desordens pulmonares, asma, rigidez do ombro, bronquite,
tuberculose pulmonar.
Página: 65 – Meridiano e Número do Ponto: B 18 - Ponto de Entrada do Fígado.
Desordens do fígado, icterícia, cálculos da vesícula, desordens da vista, ciática (dor na
cintura), cistite, paralisia facial, hepatite, epilepsia, pólio, vertigem, insônia hemiplegia.
Também para desordens musculares em geral.
Página: 65 – Meridiano e Número do Ponto: P 27 - Ponto de Entrada do Intestino
Delgado. Pequenas perturbações gerais dos intestinos, enterite aguda e crônica,
lumbago, reumatismo nas juntas, desordens menstruais, problemas ginecológicos,
ciática (dor na cintura), cistite, hemorragia intestinal.
Página 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 13 - Ponto de Entrada do Pulmão. Todas
as desordens pulmonares, asma, rigidez dos ombros, bronquite, tuberculose pulmonar.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 14 - Ponto de Entrada do Circulação-
Sexo. Dor cardíaca, ansiedade, perturbações mentais, taquicardia, pleurite, dor de dentes
superiores.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 15 - Ponto de Entrada do Coração.
Males cardíacos, dores cardíacas, reumatismo, pleurite, tuberculose pulmonar,
hemiplegia, dores de cabeça intensas, perturbações mentais, esquizofrenia, hipertensão,
apoplexia, neurastenia, sudorese noturna, angina pectoris.
Página 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 17 - Ponto de Entrada do diafragma.
Perda do apetite, gastralgia, esofagostenose, gastrite, pleurite, atonia estomacal, histeria,
sudorese noturna, taquicardia.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 18 - Ponto de Entrada do Fígado.
Distúrbios do fígado, icterícia, gosto amargo na boca, hepatite, cálculos biliares,
lumbago, hemiplegia, pólio, vertigem, epilepsia, doenças dos olhos, dores na cintura,
paralisia facial, hemiplegia, insônia, tonturas.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 19 - Ponto de Entrada da Vesícula
Biliar. Cálculos biliares, colecistites, icterícia, hepatite, colangite, úlcera duodenal.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 20 - Ponto de Entrada do Baço-
Pâncreas. Todos os males estomacais, perda da memória, congestão dos sinus, cálculos
biliares, tracoma, diabetes, icterícia.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 21 - Ponto de Entrada do Estômago.
Todas as desordens estomacais, gastrites, hiperacidez, enterite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 22 - Ponto de Entrada do Triplo
Aquecedor. Febre renal, indigestão, dores na cintura, impotência, enurese noturna,
lumbago, febre pulmonar, nefrite, diabetes, cálculos biliares.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 23 - Ponto de Entrada dos Rins.
Desordens renais, desordens dos órgãos genitais, desordens da bexiga, fraqueza dos
nervos, pólio, impotência, lumbago, dismenorréia, ciática, hemiplegia, hipertensão,
dispepsia, diarréia, vômitos.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 25 - Ponto de Entrada do Intestino
Grosso. Desordens intestinais em geral, enterite, lumbago, ciática, constipação, diarréia,
colite, tenesmus, dermatites.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 27 - Ponto de Entrada do Intestino
Delgado. Reumatismo das juntas, hemorragia intestinal, desordens menstruais,
desordens dos órgãos femininos, enterite, lumbago, hematuria, problemas
ginecológicos, ciática , cistite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: B 28 - Ponto de Entrada da Bexiga.
Desordens gerais da bexiga, desordens das funções urinárias, cistites, lumbago, enurese
noturna, ciática.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: IG 1 - Ponto de Reunião dos Pulmões, e
ponto inicial do meridiano dos Pulmões. Doenças pulmonares, bronquite, dores no
peito, asma, tosse, amigdalite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 17 - Ponto de Reunião do Circulação-
Sexo. Ponto central da região do Aquecedor Superior e quarto chacra, do coração. Dores
cardíacas e no peito, dores nos seios, falta de produção de leite, depressão, nervosismo,
pleurite, vômito, doença cardíaca.

Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 14 - Ponto de Reunião do Coração.


Doenças cardíacas, espasmos estomacais, gastrite, asma, icterícia, reumatismo,
incapacidade de levantar os braços, espamos do diafragma, úlcera gástrica.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: F 14 - Ponto de Reunião do Fígado.
Desordens hepáticas em geral, cálculos biliares, bronquite, excesso de ácido gástrico,
pleurite, tosse rebelde, diarréia, hepatite. Ponto de diagnóstico para o fígado.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VB 24 - Ponto de Reunião da Vesícula
Biliar. Cálculos, icterícia, pleurite, úlcera gástrica, dor no peito, hipocondria.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VB 25 - Ponto de Reunião dos Rins.
Doenças renais, dor na cintura, pleurite, espasmo estomacal, desordens genitais, cistites,
cálculos renais, nevralgia intercostal, lumbago.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: F 13 - Ponto de Reunião do Baço-
Pâncreas. Doenças do baço e do fígado, em geral. Ponto especial para retenção de água
no abdômen, estômago caldo, artrite toráxica.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 12 - Ponto de Reunião do Estômago.
Centro da região do Aquecedor Médio e terceiro chacra. Desordens estomacais em
geral, gastrite, náuseas, espasmos, estomacais, úlcera gástrica, hiperacidez, estômago
caído, diabetes, dispepsia, dor abdominal, retroversão do útero.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: E 25 - Ponto de Reunião do Intestino
Grosso. Desordens estomacais, desordens do intestino grosso, disenteria, gastrite,
enterite, dismenorréia, controle da dor, diarréia, nefrite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 7 - Ponto de Reunião do Triplo
Aquecedor. Desordens intestinais, diarréia, dor intestinal aguda, infecção renal,
impotência, nefrite.
Página 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 4 - Ponto de Reunião do Intestino
Delgado. Fadiga física geral, desordens intestinais, prolongamento da vida, emissão
noturna, impotência, doenças femininas em geral, artrite.
Página: 66 – Meridiano e Número do Ponto: VC 3 - Ponto de Reunião da Bexiga.
Desordens da bexiga, desordens reprodutivas, problemas ginecológicos, desordens
menstruais, dor de cabeça, nefrite, enurese, dismenorréia, uretrite e doenças genitais,
cistite, leucorréia, impotência.
Página: 78 – Meridiano e Número do Ponto: VC 6 - "Oceano da Energia"; ponto
representando o segundo chacra, o centro físico. Fraqueza física geral, fraqueza nervosa,
desordens reprodutivas, incapacidade de conceber, desordens de rins e bexiga,
apendicite crônica, diarréia. Tradicionalmente conhecido como o "Oceano da Energia
Vital' nos homens, e "Salva Para Armazenar a Energia do Sangue", nas mulheres.
Página: 82 – Meridiano e Número do Ponto: CS 8 - Centro da palma. Ponto para
diagnóstico e tratamento da fadiga, em geral. Reumatismo assim como dor no pulso e
dedos enrijecidos; dor cardíaca, icterícia, hemorragia nasal, síncope.
Página: 156 – Meridiano e Número do Ponto: VC 12 - Ponto de Reunião do Estômago.
Centro da região do Médio Aquecedor, e terceiro chacra. Desordens do estômago em
geral, gastrite, enjôos matinais, náuseas, espasmos estomacais, úlcera gástrica,
hiperacidez, estômago caído, diabetes, dispepsia, dor abdominal, retroversão do útero.
Página: 156 – Meridiano e Número do Ponto: VC 10 - Desordens gerais da região do
Aquecedor Inferior. Gastrite, enterite, desordens dos rins e bexiga, vômitos, desordens
genitais, lumbago.
Página: 156 – Meridiano e Número do Ponto: E 25 - Ponto de Reunião do Intestino
Grosso. Desordens gerais do intestino grosso, febre tifóide, disenteria, gastrite, controle
da dor na área do intestino grosso, diarréia, nefrite, enterite.
Página: 156 – Meridiano e Número do Ponto: VC 7 - Desordens intestinais, diarréia,
dor intestinal aguda, infecção renal, impotência, nefrite.
Página: 156 – Meridiano e Número do Ponto: VC 6 - "Oceano da Energia"; ponto
representando o segundo chacra, o centro físico. Fraqueza física geral, fraqueza nervosa,
desordens dos órgãos genitais, incapacidade de conceber, desordens dos rins e da
bexiga, apendicite crônica, diarréia. Tradicionalmente conhecido como "Oceano da
Energia Vital", nos homens, e "Salva Para Armazenar a Energia do Sangue", nas
mulheres.
Página: 156 Meridiano e Número do Ponto: VC 4 - Ponto de Reunião do Intestino
Delgado. Fadiga física geral, desordens intestinais, prolongamento da vida, emissão
noturna, impotência, doenças femininas em geral, artrite.

Página: 156 – Meridiano e Número do Ponto: E 27 - Ponto de diagnóstico para o


fígado e o intestino, especialmente constipação. Desordens do intestino grosso,
desordens no útero, incapacidade de conceber, dificuldades menstruais, desordens
renais, desordens respiratórias, desordens das pernas, hérnia.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: VB 20 - Dor de cabeça, nervosismo,
hipertensão, reumatismo, congestão nasal, hérnia, insônia, hemorróidas, constipação,
hemiplegia.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: B 7 - Ponto eficaz para enxaqueca,
cefaléia em geral, constipação, anosmia, dor no pescoço.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: VE 24 - Cefaléia em geral, hipertensão,
insônia.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: TA 20 - Ponto de diagnóstico de fadiga
mental. Surdez, todos os males dos olhos, dor de dente, dor no ouvido.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: B I - Ponto inicial do meridiano da
Bexiga. Ponto de diagnóstico para astigmatismo. Visão enevoada, congestão ocular,
cefaléia, queratite renitente, desordens dos rins e da bexiga.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: VB 1 - Ponto inicial do meridiano da
Vesícula Biliar. Ponto de diagnóstico para doenças dos olhos. Conjuntivite, atrofia do
nervo ótico, queratite.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: ID 19 - Surdez, tinitus, conjutivite,
zumbido nos ouvidos, muco nos sinus e ouvido interno, afagia, cefaléia.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: IG 20 - Ponto final do meridiano do
Intestino Grosso. Dor de dentes, paralisia facial, hemorragia nasal, dor no trigêmeo,
acumulação de muco nos sinus e cavidades nasais, anosmia.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: E 3 - Ponto de diagnóstico para
desordens nasais. Paralisia do nervo facial, empiema, dor de dentes, gengivites,
queratite, dor nos lábios.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: TA 17 - Neuralgia, paralisia das
extremidades, ombro e pescoço, surdez, zumbido nos ouvidos, paralisia facial, tinitus,
soluços, dor de dentes, otite média.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: VG 26 - Primeiros socorros para choque.
Paralisia facial, epilepsia, icterícia, síncope, trismus.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: E 5 - Paralisia facial, dor no maxilar
inferior, dor no pescoço, gengivite, trismus.
Página: 184 – Meridiano e Número do Ponto: VC 24 - Ponto final do Vaso da
Concepção. Dor de dente, paralisia facial, epilepsia e loucura, hemiplegia.
Página: 191 – Meridiano e Número do Ponto: VG 20 - Cefaléia, nervosismo,
hipertensão, reumatismo, congestão nasal, hérnia, insônia, hemorróidas, constipação,
hemiplegia.

Página: 191 – Meridiano e Número do Ponto: TA 20 - Ponto de diagnóstico para


esgotamento mental. Surdez, todos os problemas dos olhos, dor de cabeça, dor de
ouvido.
Página: 181 – Meridiano e Número do Ponto: VG 16 - Gripe, dor de cabeça,
nervosismo, hipertensão, hemorragia cerebral, tontura, hemiplegia, muco nos sinus e
cavidades nasais.
Página: 191 – Meridiano e Número do Ponto: VB 12 - Enxaqueca, tinitus, dificuldades
auditivas, dor de cabeça, congestão cerebral, torcicolo, paralisia facial, tontura,
mastoidite.
Página: 191 – Meridiano e Número do Ponto: VB 20 - Cefaléia, enxaqueca, gripe,
hipertensão, tinitus, doenças dos olhos, nervosismo, hiperemia cerebral, muco nos sinus
e cavidades nasais, rinite, empiema.
Página 191 – Meridiano e Número do Ponto: B 10 - Cefaléia, cabeça pesada, insônia,
hipertensão, hemorragia cerebral, nervosismo, espasmos dos músculos do pescoço e
ombros, histeria, doenças dos olhos e da garganta, congestão nasal.
Página: 191 – Meridiano e Número do Ponto: VB 21 - Cefaléia, hiperemia cerebral,
dor e rigidez do pescoço e ombros, neuralgia das extremidades superiores.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: IG 15 - Todas as doenças da pele, dor no
braço, rigidez do ombro, reumatismo, dor de dentes, hemiplegia, cefaléia, hipertensão.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: IG 11 - Todas as doenças da pele,
hipertensão, hemiplegia, febre intestinal, cefaléia, dor de dentes, males dos olhos
acompanhados por expansão dos capilares e febre.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: IG 4 - Ponto de Fonte do meridiano do
Intestino Grosso. Ponto de diagnóstico para as condições do intestino grosso. Desordens
faciais, cefaléia, hemorragia nasal, anemia, controle da dor, epilepsia, hemiplegia.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: TA 4 - Ponto de Fonte do Triplo
Aquecedor. Posição anormal do útero, amigdalite, surdez, artrite do pulso, vômitos,
náuseas devidas à gravidez, leucorréia.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: VG 14 - Febre intermitente, amigdalite,
cefaléia, espasmos dos músculos do pescoço, gripe, tuberculose, malária, vômitos.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: ID 11 - Dores no peito, rigidez do
pescoço e ombros, pleurite, dor nos seios, incapacidade de produzir leite, desordens na
secreção de bile no fígado e vesícula, incapacidade de erguer os braços.

Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: ID 8 - "Pequeno Oceano de Energia".


Artrite nos cotovelos, neuralgia do ombro e pescoço, neuralgia radial e paralisia.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: A 5 - Artrite dos braços, reumatismo,
dificuldades de audição, gripe, cefaléia, dor e paralisia nos pulsos e dedos e parotite.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: ID 4 - Ponto de Fonte do meridiano do
Intestino Delgado. Artrite do pulso, cefaléia, neuralgia radial, icterícia.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: C 1 - Começo do meridiano do Coração.
dor cardíaca, dor no peito, hipocondria.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: C 3 - Zumbido no ouvido, congestão dos
sinus, males cardíacos, artrite no cotovelo, esquizofrenia, dor cardíaca, tinitus,
empiema, rinite.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: C 7 - Diversos distúrbios cardíacos,
esquizofrenia, nervosismo, insônia, constipação, artrite do pulso, epilepsia, amnésia,
angina.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: P 5 - Tuberculose pulmonar, asma, tosse,
amigdalite, dor na garganta, males dos olhos, hemiplegia, quadriplegia, paralisia facial,
dispnéia, doença cardíaca.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: CS 3 - Bronquite, tosse freqüente, dor
cardíaca, artrite do cotovelo, neuralgia braquial.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: CS 6 - Artrite dos braços, palpitações,
gastrite, neuralgia braquial, controle da dor, reumatismo.
Página: 196 – Meridiano e Número do Ponto: P 9 - Artrite dos pulsos, reumatismo,
insônia, dispnéia.
Página; 196 – Meridiano e Número do Ponto: CS 8 - Ponto de diagnóstico para
esgotamento em geral. Depressão física e mental, síncope, mau hálito, dor cardíaca, dor
reumática no pulso, icterícia, hemorragia nasal.
Página: 198 – Meridiano e Número do Ponto: CS 8 - Centro da palma. Ponto de
diagnóstico e tratamento de esgotamento em geral. Reumatismos como dor nos pulsos e
dedos enrijecidos, dor cardíaca, icterícia, hemorragia nasal, síncope.
Página: 198 – Meridiano e Número do Ponto: IG 4 - Ponto de Fonte do meridiano do
Intestino Grosso. Fonte de diagnóstico da condição do Intestino Grosso. Desordens
faciais, cefaléia, hemorragia nasal, anemia, controle da dor, epilepsia, hemiplegia.
Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: IG 1 - Ponto inicial do meridiano do
Intestino Grosso. Febre intestinal, vômito, diarréia, amigdalite, dor de dentes, resfriados.
Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: IG 4 - Ponto de Fonte do meridiano do
Intestino Grosso. Ponto de diagnóstico para o estado do intestino grosso. Desordens
faciais, hemorragia nasal, anemia, controle da dor, epilepsia, hemiplegia.

Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: TA 1 - Ponto inicial do meridiano do


Triplo Aquecedor. Zumbidos nos ouvidos, vômitos, laringite, cuidados de emergência,
angina pectoris, cefaléia, queratite.
Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: ID 1 - Cuidados de emergência, cefaléia,
dor de garganta, constrição cardíaca, estomatite, faringite, neuralgia radial.
Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: C 11 - Ponto inicial do meridiano do
Coração. Cuidados de emergência, excitação nervosa, laringite, febre, síncope,
neuralgia radial, angina pectoris.
Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: CS 9 - Ponto final do meridiano da
Circulação-Sexo. Hiperemia cerebral, choque, desordens mentais, cuidados de
emergência, febre, dores nos dedos.
Página: 199 – Meridiano e Número do Ponto: P 11 - Ponto final do meridiano dos
Pulmões. Amigdalite, febre da garganta, tuberculose da garganta, cuidados de
emergência, faringite, psicose, apoplexia, cardiopatias.
Página: 199 – Meridianos e Número do Ponto: CS 8 - Centro da palma. Ponto para
diagnóstico e tratamento de fadiga em geral. Reumatismo no pulso e dedos enrijecidos,
dor cardíaca, icterícia, hemorragia nasal, síncope.
Página: 202 – Meridiano e Número do Ponto: F 14 - Ponto de Reunião do Fígado.
Ponto de diagnóstico para o fígado. Desordens do fígado em geral, cálculos biliares,
bronquite, excesso de ácido gástrico, pleurisia, tosse freqüente, diarréia, hepatite.
Página: 202 – Meridiano e Número do Ponto: F 13 - Ponto de Reunião do Baço-
Pâncreas. Doenças do baço e fígado, em geral. Ponto especial para retenção de líquido
no abdômen, estômago caído, artrite do peito.
Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: VC 17 - Ponto central da região do
Aquecedor Superior e quarto chacra. Dor cardíaca e no peito, falta de produção de leite,
depressão, nervosismo, dor no seio, pleurite, asma, vômito, doença cardíaca.
Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: P 1 - Ponto de Reunião dos Pulmões, e
ponto inicial do meridiano dos Pulmões. Doenças pulmonares, bronquite, dores no
peito, asma, tosse, amigdalite, dispnéia.
Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: VC 14 - Ponto de Reunião do Coração.
Doença cardíaca, espasmo estomacal, gastrite, asma, icterícia, reumatismo,
incapacidade de erguer os braços, espasmo do diafragma, úlcera gástrica.

Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: F 14 - Ponto de Reunião do Fígado.


Ponto de diagnóstico para o fígado. Desordens do fígado em geral, cálculo biliar,
bronquite, excesso de ácido gástrico, pleurite, tosse freqüente, diarréia, hepatite.
Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: VB 24 - Ponto de Reunião da Vesícula
Biliar. Cálculos, icterícia, pleurite, úlcera gástrica, dor no peito, hipocondria.
Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: F 13 - Ponto de Reunião do Baço-
Pâncreas. Doenças do baço e fígado em geral. Ponto especial para retenção de líquido
no abdômen, estômago, caído, artrite no peito.
Página: 203 – Meridiano e Número do Ponto: VC 12 - Ponto de Reunião do Estômago.
Centro da região do Médio Aquecedor e terceiro chacra. Desordens estomacais em
geral, gastrite, náuseas, espasmos estomacais, úlcera gástrica, hiperacidez, estômago
caído, diabetes, dispepsia, dor abdominal, retroversão do útero.
Página: 208 – Meridiano e Número do Ponto: E 36 - Ponto de moxabustão para saúde
geral e longevidade. Doenças digestivas em geral, hemiplegia, aborto, problemas de
parto, desordens estomacais, desordens do nariz, artrite, todas as doenças crônicas.
Página: 208 – Meridiano e Número do Ponto: BP 8 - Todas as desordens do aparelho
reprodutor e órgãos genitais. Desordens renais e da bexiga, limpeza do sangue,
irregularidade menstrual, amenorréia, descarga vaginal, cistite, controle da dor.
Tradicionalmente é proibido usar, em acupuntura e moxabustão, este ponto em mulheres
grávidas .
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: E 36 - Bem conhecido como ponto
para moxabustão para saúde em geral e longevidade. Desordens digestivas em geral,
hemiplegia, aborto, problemas de parto, desordens estomacais, desordens do nariz, todas
as doenças crônicas.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: E 42 - Gastrite, dor de dentes, paralisia
facial, psicose. Ponto de equilíbrio do meridiano do Estômago.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: BP 10 - Limpeza do sangue,
irregularidade menstrual, artrite do joelho, dismenorréia, incontinência urinária, eczema,
endometrite.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: BP 9 - Artrite do joelho, paralisia das
extremidades inferiores, escuria, asma, lumbago, dispepsia.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: BP 6 - Todas as desordens do aparelho
reprodutor e órgãos genitais. Desordens de rins e bexiga, limpeza do sangue,
irregularidade menstrual, amenorréia, descarga vaginal, cistite, controle da dor.
Tradicionalmente é proibido usar este ponto, em acupuntura e moxabustão, em mulheres
grávidas.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: B 6 - Desordens mentais, faringite,
amigdalite, dismenorréia, nefrite, otite.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: R 2 - Hipertensão, faringite, emissão
noturna, tétano, sudorese noturna, doenças genitais femininas.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: F 1 - Ponto inicial do meridiano do
Fígado. Socorro de urgência para dor cardíaca, epilepsia e convulsões; dor de cabeça,
hordeolum, síncope, dor genital.
Número: 209 – Meridiano e Número do Ponto: F 3 - Ponto de Equilíbrio do meridiano
do Fígado. Desordens do fígado, dor nos pés, gastrite, espasmo muscular, dor de cabeça,
dor nos polegares, cólica, enurese.
Número: 209 – Meridiano e Numero do Ponto: F 8 - Artrite do joelho, reumatismo,
gonorréia, urina freqüente, emissão noturna, hemiplegia, uretrite, cistite, peritonite.

Próximo lançamento:
Dieta para um Pequeno Planeta
de Frances Moore Lappé
Você sabia que 7 kg de pastagem para gado correspondem a um bife de 500 g, na nossa
mesa? E que quase 50% de tudo o que o nosso solo produz é desviado para alimentar o
gado, que, ao ser transformado em alimento, e dos mais caros, pode apenas nutrir uma
reduzidíssima fatia da população?
Através deste livro você ficará sabendo como atua uma multinacional e também como
trabalham as grandes corporações, como manipulam desde a produção até o mercado
consumidor e como nos transformamos em simples elo de uma cadeia que visa apenas o
lucro de alguns. Ficará sabendo também como nossos hábitos alimentares são
moldados, não segundo a nossa vontade, mas de acordo com a vontade do fabricante e a
sua necessidade de vender determinado produto.
Frances Moore Lappé aponta no entanto saídas e mostra-nos ainda como elaborar
centenas de receitas maravilhosas.
Temos certeza de que Dieta para um Pequeno Planeta tem um papel a cumprir e vai
fazer com que você se posicione em direção a um futuro melhor.

Leia ainda da Editora Ground

Sugar Blues: William Dufry


Alimentação Natural para Bebês: Marilene Tombini
O Sal Assassino: Marietta Whitlesey
Alimentação Infantil Vegetariana: Eliane Lobato
O Livro da Soja: Jane Cadwell
A Gravidez, o Parto e Cuidados com o Bebê: Alice Feinberg
Tofu: Jane Cadwell
Controle Natural da Natalidade: Margaret Nafziger
O que Você Precisa Saber sobre Nutrição: Alcides Bontempo
Por um Nascimento Consciente Haroldo e Flávia de Faria Castro
As mais Deliciosas, Requintadas, Equilibradas Receitas da Culinária Natural
Brasileira: Marcio Bontempo
Cosmética Natural: Sally Chitwood
Aurículo-Acupuntura: Eu Won Lee
Sobremesas Naturais: Alcides Bontempo
Permacultura-I: Bill Mollison & David Holmgreen
Liberdade Através da Alimentação: Yona Teeguarden
O Livro de Bolso da Medicina Natural: Márcio Bontempo
Maravilhas Curativas ao Alcance de suas Mãos: Marco Ribeiro
O Livro do Shiatsu: Sohaku Bastos

Cadernos de Vida Natural

O Alho: Marco Natali


O arroz Integral: Yoshio Hatano
Alimentos Naturais Milagrosos: Robert Dudley
Saladas Naturais: Arnold Shaker
As ervas que curam: Robert Weil
Ginseng: Nathan S Bennet
A horta em seu Apartamento: Magno Dadonas
Própolis: Bernard Masson
Confrei: Benjamin paten
O Guaraná: Anthony Henman
Yogurte: Bernard Green
Vitaminas: George Buchner
Frutas Tropicais: Eric Randall
O Mel: Bernard Masson
Brotos: Akira Nakayama

Vida e Saúde
Controle Seu Colesterol Comendo Bem
Cepan
Controle Seus Diabetes Comendo Bem
Cepan
Do-In – Digitopressura
Marco Natali
Programa Pritikin de Dieta e Exercícios
Nathan Pritikin
Os Segredos da Cozinha Sem Sal
Walter Buckley

Coleção Saúde total


A Saúde Total através da Soja e do Amendoim
Cepan
A Saúde Total através da Alimentação Macrobiótica
Márcio Bomtempo
A Saúde Total Através do Limão e da Laranja
Cepan
A Saúde Total Através dos Sucos Naturais
Marco Natali
A Saúde Total Através da Alimentação Natural
Cepan
A Saúde Total Através dos Frutos Oleaginosos
Cepan
A Saúde Total Através das Frutas
Marco Natali
A Saúde Total Através da Alimentação Vegetariana
Jane Gould
A Saúde Total Através das Plantas Medicinais e Aromáticas
Prelo
A Saúde Total Através dos Legumes
Prelo
A Saúde Total Através da Cozinha Sem Carne
Prelo
A Saúde Total Através do Jejum
Prelo

Uni Yoga
80 Exercícios Respiratórios de Svásthya Yoga
Anna Maria Marinho de Castro
Yoga para Excepcionais
Sonia Sumar
Guia do Instrutor de Yoga
Prof. De Rose

Vous aimerez peut-être aussi