Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior
Objetivos da Aula
1 Funções Trigonométricas
Dado um número real θ, considere o ângulo orientado, em sentido anti-horário a partir do semi-eixo
positivo dos x, cuja medida em radianos é θ e P (x, y) a interseção do lado terminal deste ângulo com o
círculo unitário x2 + y 2 = 1.
1
Cálculo I Aula n
o 04
Denição 2 (Função Cosseno). A função cosseno é uma função f de R em R que associa cada θ ∈ R ao
número real x = cos θ, isto é,
f: R → R
θ 7→ x = cos θ.
De forma semelhante à função seno, o domínio da função cosseno é R e o conjunto imagem é o
intervalo [−1, 1]. Como esta função também foi denida a partir do círculo unitário, é possível notar que
existe um padrão de repetição. Desse modo, essa função é periódica e de período igual a 2π . O gráco de
f (x) = sen x, denominado de cossenóide, pode ser visualizado a seguir.
As funções tangente, cotangente, secante e cossecante, apresentadas a seguir, serão denidas em termos
de seno e cosseno.
Denição 3 (Função Tangente). Para todo número real x, tal que cos x 6= 0, denimos a função tangente
(denotada por tg x) pela regra:
sen x
f (x) = tg x = .
cos x
O domínio da função tangente é o conjunto de todos os números reais x, para os quais cos x 6= 0.
Portanto, para todo x na forma π2 + kπ , com k ∈ Z, a função tangente não é denida. Pode-se vericar
que a função tangente é periódica, mas de período igual a π . Seu gráco pode ser visto na gura abaixo:
Denição 4 (Inversa da função cosseno). A função inversa do cosseno é a função chamada arco-cosseno,
denotada por arccos ou cos−1 , denida por:
y = arccos(x) ⇔ x = cos(y)
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 2
Cálculo I Aula n
o 04
e 0 ≤ y ≤ π.
Denição 5 (Inversa da função seno). A função inversa do seno é a função chamada arco-seno, denotada
por arcsen ou sen−1 , denida por:
y = arcsen(x) ⇔ x = sen(y)
π π
e− ≤y≤ .
2 2
Denição 6 (Inversa da função tangente). A função inversa do tangente é a função chamada arco-
tangente, denotada por arctg ou tg−1 , denida por:
y = arctg(x) ⇔ x = tg(y)
π π
e− <y< .
2 2
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 3
Cálculo I Aula n
o 04
Consideremos um número real a > 0 e a 6= 1. Denimos a função exponencial como sendo a função
f : R → R dada por
f (x) = ax .
O conjunto imagem da função exponencial é R+ e seu gráco é dado por:
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 4
Cálculo I Aula n
o 04
(P1) ax+y = ax · ay ;
ax
(P2) ax−y = ;
ay
(P3) ax·y = (ax )y ;
1
(P4) a−x = ;
ax
m √
(P5) a n = n am
(P6) Se x < y então ax < ay , para a > 1 e ax > ay , para 0 < a < 1
Observando as propriedades, podemos destacar que a propriedade (P1) nos leva a entender que a função
exponencial "transforma somas em produtos", de fato:
e a propriedade (P6) nos garante que a função exponencial é crescente para a > 1 e decrescente para
0 < a < 1, fato esse que pode ser observado nos grácos.
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 5
Cálculo I Aula n
o 04
Um Caso particular
Note que pela propriedade (P6), a função exponencial é sempre crescente ou sempre decrescente, de-
pendendo do valor da base a. Logo, ela é injetora, pois para cada x < y , ou seja, x 6= y , temos, para
qualquer valor de a, que ax 6= ay . E se restringirmos o contradomínio ao conjunto R∗+ , obtemos a função
f : R → R∗+ denida por f (x) = ax , que é bijetora. Desse modo, f possui inversa que é a denominada
função logarítmica, denida da seguinte forma:
f : R∗+ → R
x 7→ y = loga x
onde
y = loga x ⇔ x = ay
Como se trata de uma função inversa, a função logarítmica possui propriedades que "desfazem" o que
a função exponencial faz, por exemplo, ao passo que a função exponencial "transforma uma soma em
produto", a função logarítmica transforma um produto em soma (o logaritmo do produto é a soma dos
logaritmos). Veja a tabela a seguir:
O gráco da função logarítmica pode ser obtido pela propriedade gráca da função inversa. Dessa forma,
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 6
Cálculo I Aula n
o 04
Observação 2. Quando a base do logaritmo é o número e, costuma-se denotar por ln x. Então, f (x) =
ln x = loge x.
Observação 3. Uma forma de denir a função logarítmica de x na base e é através do cálculo de uma
1
área da região localizada abaixo da função g(t) = entre as retas t = 1 e t = x, como mostrado na gura
t
abaixo:
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 7
Cálculo I Aula n
o 04
3 Funções Hiperbólicas
Nessa seção apresentaremos as funções hiperbólicas, que são funções obtidas por combinação das funções
ex e e−x . Elas são:
ex − e−x
• Função Seno Hiperbólico é a função f : R → R dada por f (x) = senh (x) = . O seu
2
gráco é
ex + e−x
• Função Cosseno Hiperbólico é a função g : R → R∗+ , dada por g(x) = cosh(x) = , e seu
2
gráco é:
A partir dessas duas funções podemos denir as outras que seguem abaixo:
senh x
• Função Tangente Hiperbólica é a função f : R → (−1, 1) dada por f (x) = tgh (x) = =
cosh x
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 8
Cálculo I Aula n
o 04
ex − e−x
, o seu gráco é o seguinte:
ex + e−x
1
• Função Secante Hiperbólica é a função g(x) = e cujo gráco é:
cosh(x)
1
• Função Cossecante Hiperbólica é a função f (x) = e cujo gráco é:
senh(x)
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 9
Cálculo I Aula n
o 04
1 cosh(x)
• Função Cotangente Hiperbólica é a função g(x) = = e cujo gráco é:
tgh(x) senh x
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 10
Cálculo I Aula n
o 04
eln 3 + e− ln 3 1 10
cosh ln 3 e ln 3 + e− ln 3 3+
(f) cotgh (ln 3) = = ln 3 2 − ln 3 = ln 3 = 3 = 3 =5
senh ln 3 e −e e −e − ln 3 1 8 4
3−
2 3 3
1 2 2 2 4
(g) cossech (ln 2) = = ln 2 = = =
senh x e −e − ln 2 1 3 3
2−
2 2
A utilização das funções hiperbólicas na ciência e na engenharia ocorre sempre que uma entidade com
a luz, a velocidade, a eletricidade ou a radioatividade, é gradualmente absorvida ou extinta, sendo esse
decaimento representado por esse tipo de função. Uma outra aplicação é o uso do cosseno hiperbólico para
descrever a forma de um o dependurado entre duas hastes, como por exemplo o o elétrico entre dois postes.
Em geral, esse o assume a forma de uma catenária, que é uma curva cuja equação é y = c + a cosh xa .
Também podemos utilizar as funções hiperbólicas na descrição das ondas do mar. A velocidade de uma onda
aquática com comprimento L se movimentando por uma massa de água com profundidade d é modelada
pela função: s
gL 2πd
v= tgh
2π L
onde g é a aceleração da gravidade.
A seguir, exibiremos algumas identidades envolvendo as funções hiperbólicas:
Proposição 1. Sejam x, ∈ R. Então:
(i) senh (−x) = − senh x
(ii) cosh(−x) = cosh x
(iii) cosh2 x − senh2 x = 1
(iv) 1 − tgh2 x = sech2 x
(v) senh(x + y) = senh x cosh y + senh y cosh x
(vi) cosh(x + y) = cosh x cosh y + senh x senh y
Demonstração: Provaremos os itens (iii) e (iv) e os outros cam como exercício.
(iii) Note que
2 x 2
ex + e−x e − e−x
2 2
cosh x − senh x = −
2 2
−x −2x e − 2ex e−x + e−2x
2x x
2x
e + 2e e + e
= −
4 4
e2x e−2x
+ 2 +
e2x
− e−2x
+ 2 −
=
4
4
= =1
4
(iv) Observe que
senh2 x
1 − tgh2 x = 1 −
cosh x
cosh2 x − senh2 x
=
cosh2 x
1
=
cosh2 x
= sech2 x
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 11
Cálculo I Aula n
o 04
Resumo
Aprofundando o conteúdo
Leia mais sobre o conteúdo desta aula nas seções 1.2, 1.5 e 1.6 e no Apêndice G do livro texto.
Sugestão de exercícios
Resolva os exercícios das seções 1.2, 1.5 e 1.6 os do Apêndice G do livro texto.
Prof. Marcos Diniz | Prof. André Almeida| Prof. Edilson Neri Júnior 12