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Como editar mais rápido e melhor?

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É possível editar mais rápido sem perder a qualidade

Com certeza, a edição é um dos maiores gargalos em uma produtora de


filmes. E não importa se ela produz vídeos de casamentos ou de qualquer
outro tipo. Editar, entre outras coisas, significa selecionar apenas o melhor
material. No nosso caso, também significa dar sentido ao que foi
gravado e, de fato, contar uma história a partir de várias imagens que, em um
primeiro momento, podem parecer um pouco desconexas.
Conforme vamos fazendo mais e mais casamentos, o desafio de conseguir
criar algo único e original para os nossos casais aumenta. E, como nosso
trabalho é produzir algo que represente a essência deles de verdade e seja
diferente de tudo o que já viram por aí, a edição é uma parte crítica no
processo de criação.
Sabemos que uma das maneiras de criar algo surpreendente para os noivos é,
simplesmente, conhecer muito bem o casal. Saber seus desejos, o que gostam
e o que não gostam e o que o casamento representa para eles, entre outras
coisas. Todas essas informações se transformarão em inputs para
aflorar a nossa criatividade e enxergar, nos acontecimentos que filmamos,
marcas da personalidade deles.
Porém, muitas vezes, apesar termos estas informações valiosas, travamos na
frente do computador e não conseguimos progredir. Em especial,
por precisarmos organizar e criar narrativas dentro da nossa cabeça a partir
de uma montanha de dados, para só depois podermos criar um filme de
casamento.
Por isso, este post é para você que tem problemas na hora de editar e
gostaria de fazer isso mais rápido. Para quem quer focar no que realmente
importa -a criatividade, e gerar filmes cada vez melhores. Vamos mostrar
algumas técnicas que descobrimos e aprendemos ao longo da nossa
carreira e que nos ajudam muito a focar na parte criativa.
O que vamos compartilhar hoje é um passo-a-passo para você tirar as tarefas
que te atrapalham do caminho e ter mais clareza na hora de montar seus
filmes.

Passo 1 – Organizar o Material


Uma edição mais rápida começa com a melhor organização possível do
material captado durante as gravações. É importante colocar tudo de uma
forma que você entenda e consiga passar adiante para outros editores, caso
necessário. Isso é essencial para que você não perca tempo procurando
pelo material daquele cartão que desapareceu e você não sabe se
descarregou ou não.
O nosso workflow pós-evento começa na etiquetagem dos cartões de
memória, separados por câmera, equipamento ou cinegrafista. Cartões de
câmera são nomeados com o próprio nome da câmera, inicial do cinegrafista
e número do cartão. E esses nomes são os mesmos que usamos nas pastas
para download dos arquivos.
Os cartões da a7s2 da Nínive são, por exemplo: a7s2N_01, a7sN_02 e assim
por diante. Já os cartões de áudio usam apenas o nome do gravador: Roland
01, Zoom 01, etc. Quando temos algum freelancer na equipe, separamos os
cartões dele também em uma ordem sequencial de gravação, mas colocamos
os arquivos em uma pasta com o nome do cinegrafista. Por exemplo:
Luiz/5D2_01.
Como organizamos a pasta com o material de um casamento

Ao final do evento, descarregamos os cartões utilizando um programa da


Red Giant chamado Offload ($100). O Offload garante que, ao baixarmos os
cartões e fazer a logagem do material, nenhum arquivo terá se corrompido
durante a transferência.
Ele consegue fazer esta conferência porque possui um protocolo de checagem
que compara o material presente no HD ou SSD do nosso notebook e o que
está presente no cartão que acabamos de copiar. Além disso, você também
pode conectar ao Offload um HD extra para fazer o backup ao mesmo
tempo que descarrega os cartões.

Interface do Offload, que faz a conferência dos arquivos ao mesmo tempo em que descarrega os cartões
Apesar de controverso, desde os últimos eventos, nós renomeamos os
arquivos após logo após baixar os cartões, utilizando uma estrutura de nome:
DATADOCASAMENTO_INICIAIS DO CASAL_NOME DO CARTÃO_NOME
ORIGINAL
Fazendo isso, nós garantimos que não vão existir dois arquivos com
nomes idênticos. Isso é muito útil nas câmeras mirrorless da Sony que tem
um sistema horrível de nomenclatura de arquivos que zera a contagem
numérica dos takes conforme você troca de cartão. Usando nossa nova
nomenclatura, o casamento da Maya e do André que aconteceu no dia 13 de
Maio de 2017 fica assim:
20170513_MA_a7sF_01_C0001.mp4
O processo de renomear os arquivos é feito no Adobe Bridge (grátis para
quem assina o Adobe Creative Cloud), utilizando a ferramenta Batch Rename,
e é um processo bem simples e rápido. Além disso, marcando a
opção Preserve current filename in XMP Metadata, você consegue voltar
aos nomes originais se preciso.

Como renomear grupos de arquivos no Adobe Bridge

A importância da decupagem
Ao longo de 7 anos trabalhando com vídeos de casamento, já ouvimos
diversas vezes que decupar o material é uma perda de tempo, e que
recorrer à sua memória do que aconteceu no dia do casamento é muito mais
prático e rápido. Nós aqui da Brigadeiro Filmes não concordamos de maneira
alguma com isso. Para nós, a decupagem é algo essencial no processo de
criar um filme incrível e, por este motivo, encontramos uma forma de fazer
esta seleção sem perder muito tempo. Os passos 2, 3, 4 e 5 fazem parte deste
processo.

Passo 2 – Preparar o projeto


O primeiro passo de uma decupagem eficiente é separar o material pelos
acontecimentos do casamento. Após importar as pastas de cada cartão para
dentro do Adobe Premiere CC (que é o software de edição que a gente usa),
nós criamos uma timeline para cada acontecimento e para cada
cinegrafista presente no evento. Temos, assim, uma timeline para o
making-of da noiva, uma para o making-of do noivo, uma para os takes da
decoração, uma para a cerimônia, e duas ou mais para a festa, dependendo de
quantos cinegrafistas estavam no casamento.
Após criar as timelines, nós, simplesmente, arrastamos o material
correspondente para cada sequência, e depois começamos os cortes.
Mais para frente, vou contar como fazemos isso de uma maneira muito rápida
e eficiente. Mas, antes, vou mostrar como nós fazemos a sincronia do material
da cerimônia.

Passo 3 – Sincronizar a
cerimônia
Timelines (sequências) separadas por momento do casamento e cinegrafista

Para a cerimônia, nós colocamos cada uma das câmeras que usamos em
uma track (trilha) diferente da timeline, e o mesmo fazemos com todas as
fontes de áudio que captamos.
Normalmente, usamos até 5 câmeras em uma cerimônia: uma com cada
cinegrafista, duas câmeras fixas e uma GoPro. Este número grande de câmeras
fixas nos deixa à vontade para criar o que quisermos durante a cerimônia,
mantendo um backup caso algo de errado aconteça com nossa câmera ou,
simplesmente, caso aquele take ninja tenha ficado tremido e horrível.

Depois de organizar as tracks, usamos o Plural Eyes 4 ($300)


para sincronizar todo o material da cerimônia. Juntamos todas as tracks
de câmera em uma só usando o comando Nest (Aninhar no Premiere em PT-
BR), e ativamos o multicam para conseguirmos enxergar o que tem de bom
em cada câmera de forma simultânea.

Como sincronizar os arquivos da cerimônia usando o Plural Eyes no Premiere

Passo 4 – Assistir o material


Agora, que o material, está prontinho, vamos ao coração do que se chama de
decupagem. O maior segredo é prestar atenção nas pessoas e
movimentos da cena. Muitas vezes, gravamos em excesso: duas, três horas
somente de festa, para gerar 10 minutos no filme entregue aos casais.
É no momento da decupagem que o seu olhar atento vai cortar todos aqueles
takes em que as pessoas não estavam dançando com vontade e manter só
aqueles curtos momentos em que a galera realmente estava se divertindo.
Afinal, quando você for editar a festa, é esse tipo de take que você vai
querer usar para criar um vídeo realmente legal. Aquele em que todo
mundo iria querer ter estado naquela festa e que os noivos vão ficar muito
orgulhosos de mostrar para os amigos, como prova de que eles são “Party
Hard”.
O mesmo acontece para os making-ofs. Haverá cenas de movimento e cenas
de histórias. Aqui, preste atenção no áudio do que é dito e já separe essas
cenas pois, muitas vezes, ele poderá ser utilizado para montar as micro
histórias presentes no filme de casamento.
Já as cenas de movimento virão para preencher os momentos onde não
existem falas, ou mesmo para sobrepor estas falas dando mais sentido a elas.
Aquela cena em slow da mãe colocando o brinco na filha combina super bem
com o áudio da noiva dizendo que aquele brinco era da sua bisavó. E podemos
ir muito além disso, é claro.
5 – Categorizar o material
selecionado
Todo fotógrafo nesse planeta utiliza algum sistema de cores ou estrelas para
organizar suas fotos por ordem, como: das “melhores fotos” para as “piores
fotos”, “making-of, cerimônia, festa”, entre outros. Nós, videomakers,
também devemos nos organizar para editar mais rápido e perder menos
tempo procurando aquele take muito legal que assistimos durante a
decupagem.
As ferramentas Markers/Marcadores e Labels/Etiquetas vão te ajudar
muito nessa missão. Utilizamos os marcadores para destacar um trecho
inteiro de determinada sequência e, assim, encontrar esse material com
maior facilidade. Na timeline de cerimônia, por exemplo, utilizamos um
marcador chamado “Votos Noiva” para marcar o trecho da timeline que
contém os votos da noiva. Na timeline da festa podemos usar um marcador
para unificar todos os takes de “mesa-a-mesa” ou os takes da valsa do casal.

Nosso sistema de categorização de conteúdo baseado em temas

Já os labels (etiquetas) usamos para mudar a cor de um determinado take


e destacá-lo do restante do material, servindo como as estrelas do
Lightroom. Um take muito bom da noiva pode ser da cor rosa, quando um
muito bom do noivo pode ser azul. Uma cena incrível de glide pode ser laranja
(cor que usamos para os melhores takes). Você deve criar sua legenda para
usar os labels da melhor forma.
Fazer esse procedimento transforma o ato de assistir o material em um
processo de categorizar os takes da melhor maneira possível, poupando o
tempo de ter que achar isso no meio do material depois. Outra vantagem
deste sistema é que ele torna extremamente fácil passar o material para
outro editor que venha a continuar o trabalho de edição depois.
Outra dica legal é usar os marcadores para o áudio também. O Premiere
permite usar marcadores tanto na timeline quanto nos takes, então você pode
marcar os pontos de virada da música e, quando for editar, já saber até que
ponto precisa preencher antes de mudar de assunto no seu filme.

6 – Usar atalhos
Para utilizar o seu software de edição ao máximo, conhecer os atalhos é algo
essencial para para editar mais rápido e não perder tempo e foco
durante a decupagem, que é um dos processos mais demorados do nosso
trabalho.
Uma das descobertas mais incríveis que tive foi a de alguns comandos do
Adobe Premiere CC, são eles: Ripple Trim Previous Edit To Playhead, Ripple
Trim Next Edit To Playhead, Add Edit e o Ripple Delete. Outra grande
descoberta foi saber que todas as cores dos labels poderiam ser transferidas
para teclas de atalho.
Para acessar o painel de atalhos do Premiere basta ir em Edit -> Keyboard
Shortcuts ou usar o atalho Ctrl+Alt+K (PC) ou Cmd+Opt+K (MAC). No painel
que abrir, você pode mudar todos os atalhos se quiser e colocá-los nas
teclas mais convenientes para você.

Como configurar os atalhos do Premiere para conseguir editar mais rápido

Sobre as ferramentas que descobri: O Ripple Trim Previous Edit To


Playheadserve para apagar tudo o que está para trás da playhead (aquela
linha azul que desliza pela timeline) dentro do clipe que você está assistindo.
O Ripple Trim Next Edit To Playhead serve para apagar tudo o que está à
frente da playhead dentro do clipe que você está assistindo. O Add Edit serve
para criar um corte exatamente no local onde está a playhead e o Ripple
Delete não só apaga o take selecionado, mas puxa todo o conteúdo que está a
frente para “colar” no take anterior ao apagado.
Utilizando estes comandos, você consegue colocar todo o material de festa,
por exemplo, em uma timeline e ir cortando rapidamente as cenas, sem
precisar clicar em take por take. (Nós, aqui, clicávamos em cada take,
definíamos o In e o Out point, e daí descíamos o take para a timeline. Esse
processo é muito mais demorado do que este que usamos hoje).
Para os atalhos, colocamos Ripple Trim Previous na letra Q, o Ripple Trim
Next na letra W, o Add Edit na letra E e o Ripple Delete na letra R. Assim
temos o QWER do teclado com quase todos os atalhos necessários para
realizar os cortes. Eu ainda coloco a letra D como Select Clip, para nem
precisar clicar no take que quero cortar.
Os Labels coloco nas teclas F1 a F9. Por exemplo, Mango é F4, Iris é F1…
enfim, basta selecionar o take e mudar a cor dele com um toque do teclado.
Já os marcadores, você consegue adicionar já como padrão usando a
tecla M(e apertando M duas vezes seguidas, ele abre o painel para nomear o
marcador, se quiser).
Seguindo aquela dica do áudio, você pode dar play na sua timeline e ir
pressionando M conforme a música vai tocando, para marcar as batidas.
Basta selecionar o arquivo de áudio que quer marcar e ir teclando M seguindo
o ritmo.

7 – Montar o vídeo com base


em microhistórias
Uma vez que você tem timelines já divididas por momento e assunto,
subdivisões de tema e nota/qualidade de cada take que você escolheu
durante a decupagem, chegou a hora de montar.

A melhor dica aqui é utilizar o conceito das microhistórias, que


são pequenos núcleos narrativos que começam e terminam em si, porém
fazem parte de um todo muito maior. Fica mais simples entendermos isso
se pensarmos nos exemplos que temos em um casamento.
O dia do evento tem pequenas histórias que acontecem no making-of da
noiva como, por exemplo, o presente que o noivo deu para ela, que era um
ursinho de pelúcia igual ao que ele deu quando a pediu em namoro. E também
tem a história do brinco que a avó deu a ela quando completou 15 anos.
No mesmo dia do casamento, também acontecem histórias durante a
festa, como o depoimento do pai da noiva que está ganhando um novo filho.
E também temos a história dos padrinhos que fizeram um “mannequin
challenge” no meio da festa.
Se ampliarmos para os dias pré e pós casamento, essas microhistórias
podem ser a fabricação das lembrancinhas pelos noivos, a escolha do vestido,
a viagem para local do casamento, a lua de mel, entre outras diversas coisas.
Na hora da edição, fica muito mais fácil editarmos estas microhistórias
primeiro, juntando todo o material relacionado a elas e tentando fazer com
que elas tenham sentido em si mesmas, antes de ir para a outra microhistória.
Naquele exemplo básico do brinco, se tivermos cenas deste brinco em
diversos momentos do casamento, podemos juntar todos eles com o áudio da
noiva explicando sobre o brinco no making-of, e fazer tudo ter sentido apenas
com estas cenas.
Três microhistórias: a história da família contada nas fotos, os noivos e seus padrinhos preparando as lembrancinhas e a
mãe preparando a pizza para o jantar pré-casamento.

Depois, nós iremos traçar relações entre as microhistórias e, seguindo


algum tipo de narrativa e os conceitos de storytelling, unir esses trechos
para que o todo faça sentido. Aqui vale, é claro, mudar coisas de lugar. Por
exemplo, a história do brinco pode começar com a noiva colocando o brinco.
Depois, podemos ir para a cerimônia no filme, e logo mais, voltar com um
depoimento sobre a bisavô contando do valor das relíquias de família. Você
pode e deve instigar o espectador do seu filme criando suspense e
deixando as microhistórias para terem seu desfecho mais para a adiante na
narrativa, onde tudo será explicado.
Muitas histórias também podem ser formadas apenas pelo áudio ou por
imagens que simbolizem outras. Em um de nossos filmes, usamos como
introdução a noiva dizendo que adorava determinada banda e, na sequência,
colocamos uma música dessa banda como trilha sonora, ao mesmo tempo em
que, nas imagens, seguimos com a história do casamento.
Um outro exemplo simples disso pode ser usar a cena de um porta-retrato
com a foto dos pais para introduzir a fala deles durante a cerimônia.

8 – Editar vai além de tudo isso


A edição é um processo muito mais complexo do que a gente imagina, e
existem diversas formas de se editar um filme de casamento. Elas vão
desde criar roteiros prévios para guiar a nossa edição, fazer mapas
mentais para criar conexões visuais entre as microhistórias do
casamento, enviar questionários em profundidade para o casal buscando
entender mais sobre sua personalidade e ter insights sobre temas íntimos e
pessoais, ou, simplesmente, seguir modelos do que deu certo no passado.
Saber mais sobre modelos narrativos, teorias sobre storytelling e métodos de
organização de ideias nos ajuda muito a clarear a nossa visão no meio do
turbilhão de imagens que captamos em um evento.
Porém, um dos ensinamentos mais importantes é sempre termos em mente
que, na edição, tudo o que nos atrapalha deve ser jogado fora, sem dó. E
isso vale não só para os takes ruins mas, também, para os processos
ineficientes e que nos fazem desperdiçar tempo e energia criativa.
A melhoria nas nossas técnicas visando mais produtividade é algo
essencial na hora de editar bem, pois quando se ganha tempo para pensar
na parte criativa, os nossos vídeos só tem a ganhar e nossos noivos também.

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