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ENGENHARIA

Data: Dezembro/90 Distribuição: II Substitui: Gr.: 01 Nr.: 04/90

AOS SENHORES CONCESSIONÁRIOS,

POSTOS DE SERVIÇO AUTORIZADOS,
FROTISTAS E INTERESSADOS. Circulação: O

Medição de blocos de motores da série 300 (séries 314/352/364/366)

Considerando que alguns blocos de motores da série 300, devolvidos em garantia e sob alegação de divergênci-
as dimensionais, são por nós considerados, após o devido controle, como estando em condições satisfatórias de
utilização, cabe-nos alertá-los quanto aos seguintes aspectos, que deverão ser observados quando da medição
dos mesmos:

MEDIÇÃO DO DIÂMETRO DOS CILINDROS E DAS BUCHAS DA ÁRVORE DE COMANDO DAS VÁLVULAS
O controle dimensional desses itens deverá ser realizado sempre como no processo de usinagem, isto é, estando
o bloco do motor completamente desmontado. Somente nesta condição poderão ser considerados os valores de
tolerância indicados em nossa literatura técnica específica.

Devido à elasticidade do bloco, a montagem de qualquer componente, como por exemplo: capa dos mancais prin-
cipais e/ou intercambiador de calor e/ou carcaça da embreagem, etc., alterará significativamente as medidas
obtidas.

MEDIÇÃO DO DIÂMETRO DOS MANCAIS PRINCIPAIS

A tolerância prescrita para o diâmetro dos mancais principais, constante de nossa literatura técnica, somente de-
verá ser considerada quando o dimensionamento/verificação for realizado imediatamente após a usinagem dos
mesmos, isto é, antes que as respectivas capas tenham sido removidas pela 1a. vez.

Em controles posteriores, ou seja, efetuados após a remoção e nova instalação das capas dos mancais, dever-se-
á considerar, como admissível, uma variação dimensional de até 0,046 mm.

Há que se observar ainda que, quanto mais próximo da linha divisória

(entre capa e mancal) forem tomadas as medidas, tanto maior será o
desvio possível. Assim, para o correto dimensionamento, as medidas
deverão ser tomadas perpendicularmente à linha divisória (medida A) e
a 20 mm da linha divisória (medidas B e C).

Preferencialmente, a medida A deverá ser considerada como básica. As

medidas B e C deverão ser entendidas como medidas adicionais, que vi-
sam permitir a detecção de uma eventual inversão/montagem incorre-
ta das capas dos mancais, não devendo ser consideradas como
determinantes para a condenação/rejeição do bloco do motor. Na prá-
tica, o bloco somente deverá ser condenado/rejeitado caso a árvore de
manivelas, após a instalação, não puder ser girada livremente.

MERCEDES-BENZ DO BRASIL S.A.

Serviço

J.H.Rennebeck G.F.Ferber
(original assinado em poder do XENS/XITP)

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