Vous êtes sur la page 1sur 13
IcMcG i (i [eex/aoza - ineua rémmuclieeat FAN |ALUNO N°: NOME; 1* QUESTAO (28 escores) Texto I A REGRECAO DA REDASSAO o1 Semana passada, recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso, Pedia 0s 10 15 20 25 30 35 40 45 50 encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever. — Mas, minha senhora — desculpei-me —, eu nao sou professor. — Eu sei. Por isso mesmo. Os professores nao tém conseguido muito. — Aculpa nao é deies, A falha é do ensino. — Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem. — Obrigado — agradeci —, mas nao acredite muito nisso. N&o coloco as virgulas e nunca ‘sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor. — Nao faz mal — insistiu —, 0 senhor vem e traz um revisor. — Nao dé, minha senhora — tornei a me desculpar —, eu ndo tenho © menor jeito com criangas. — E quem falou em criancas? Meu filho tem 17 anos. Comentei 0 fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Vocé n&o deve se assustar, o estudante brasileiro n&o sabe escrever". No dia seguinte, ouvi de outro educador “0 estudante brasileiro nao sabe escrever.”. Depois li no jornal as deciaracées de um diretor da faculdade: “O estudante brasileiro escreve multo mal.". Impressionado, sai 4 procura de outros educadores. Todos me disseram: acredite, o estudante brasileiro ndo sabe escrever. Passei a observar e note! que j4 nao se escreve mais como antigamente. Ninguém mais faz didrio, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes. Nao tenho visto nem aquelas inscricées, geralmente acompanhadas de um coracdo, feitas em casca de arvore. Bem, & verdade que nao tenho visto nem arvore. — Quer dizer — disse’a um amigo enquanto iamos pola rua — que o estudante brasileiro nao sabe escrever? Isto é dtimo para mim. Pelo menos diminul a concorréncia e me garante emprego por mais dez anos. — Engano seu — disse ele. — A continuar assim, dentro de cinco anos vocé teré que mudar de profissao. — Por qué? — espantel-me. — Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver. — E vocé sabe por que essa geracdo nao sabe escrever? — Sei ld — dei com os ombros —, vai ver que é porque nao pega direito no lapis. — Nao, senhor. N&o sabe escrever porque estd perdendo 0 habito da leiture. E quando o perder completamente, vacé vai escrever para quem? Tal _um dado novo que eu nao havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Entao vou trabalhar num agougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracand, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mao, correndo pelas ruas para oferecer 3s pessoas, assim como quem oferece hoje bilhete de loteria: — Por favor, amigo, leia — disse, puxando um cidadao pelo paleto. — Nao, obrigado. Nao estou interessado. Nos tltimos cinco anos, a Unica coisa que leio & a bula de remédio, — E a senhorita? Nao quer ler?,— perguntei, acompanhando os passos de uma universitéria. — A senhorita vai gostar. & um texto muito curioso. — O senhor s6 tem escrito? Entao ndo quero. Por que o senhor no grava o texto? Fica mais facil ouvi-lo no meu gravador. —E 0 senhor, nao estd interessado nuns textos? — E sobre 0 qué? Ensina como ganhar dinheiro? — Eo senhor, val? Leva trés e paga um. — Deixa eu vero tamanho — pediu ele Assustou-se com 0 tamanho do texto: — O qué? Tudo isso? 0 senhor esta pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Nao dé para resumir tudo em cinco linhas? NOVAES, Carlos Eduardo. In: A cadeira do dentista e outras crénicas. 3a Paulo; Atica, 1999, Para gostar de ter, vol, 15, Texto adaptado. A / STE / CMCG 2014 icMcG i ery mepro [18 CHAMADA| TURMA: _ MULTIPLA ESCOLHA ESCOLHA A UNICA RESPOSTA CERTA, ASSINALANDO-A COM UM RESPOSTAS QUE SE ENCONTRA APOS O ITEM 22. | SO SERAO CONSIDERADAS AS OPCOES ASSINALADAS NA TABELA DE RESPOSTAS. i "NOS PARENTESES A ESQUERDA, DEPOIS, TRANSCREVA A MARCACAO DA RESPOSTA CERTA PARA A TABELA DE 01, Assinale a opc3o INCORRETA em relacdo ao texto I. Q narrador estudante brasileiro nao sabe escrever. confirmam que o estudante brasileiro no sabe escrever. escrever. (E) imagina.para que serviria o jornal no futuro. A partir di correndo pelas ruas © oferecendo-os as pessoas, 02. De acordo com 0 texto I, o principal motivo de o estudante brasileiro ndo saber escrever é a - (A) ineficiéncia do ensino, que se mostra ultrapassado e pouto atrativo. (8) incompeténcia dos professores em sala de aula. (C) falta de leitura, cada vez mais comum entre pessoas de diversas areas. ((D) poura idade que tem 20 ingressar na escola. (E) falta de coordenaco motora, j4 que o estudante ndo sabe pegar no lapis direito, 03. Podemos afirmar que o autor, ao escrever 0 titulo do texto I, (A) nao tomou culdado e acabou cometendo desvio de grafia, esquecendo-se de corrigi-lo, que pretendia com o texto. 95 registros padrées de escrita. forma adequada. escrita. ‘ou informat da linguagem. (A) °O senhor estd pensando que sou vagabundo?" (linha 51). (C) “Nos tiltimos cinco anos, a Unica coisa que leio é a bula de remédio.” (linhas 40-41). (D) “— Sei (linha 30). 5 (E) "E quando o perder completamente, vocé vai escrever para quem?" (linhas 31-32). (A) €abordado por uma mae a qual the pede ajuda para qué ensine seu filho de 17 anos a escrever. (8) comenta o fato de ter sido abordade por seu professor. Este ihe confirma que o (C) impressionado, depois de ouvir outro educador, sai a procura de outros educadores estes (D) conversando com um amigo, descobre o principal motivo de os estudantes ndo saberem |, Imaginou-se com uns textes nas m&os (8) cometeu desvio de grafla conscientemente para produzir um efelto de sentido diferente daquele ((C) escreveu com desvio de grafia porque no sabia escrever as palavras do titulo de acorda com (.D) quis retacionar o contedido do texto ao titulo, de forma a ironizar o assunto abordado €, assim, produzir um efeito de sentido mais significative do que se tivesse escrito de (E) no tinha em mente o que ia escrever, por isso ndo se preocupou muito com a forma de 04. Das alternativas abaixo, retiradas do texto I, assinale aquela que apresenta uma variedade coloquial (B) ‘Todos me disseram: acredite, o estudante brasileiro ndo sabe escrever.” (linhas 17-18) — dei com os ombros —, vai ver que ¢ porque nao pega direito no lapis.” SSAA / STE / CMCG 2014 lemce Leia o texto abaixo para responder ao item 05. Texto II Disponivel em: . Acessc em: 25 jan, 2013.| 05. De acordo com a charge, (A) o titulo ndo estd adequado para a tematica retratada na charge. (B) @ desenho em nada ajuda a entender o que esté acontecendo. O titulo, a frase escrita na lousa as falas dos personagens jé so suficientes pare entender a situacdo. (©) © humor decorre principalmente da resposta do aluno associade ao que esté escrito na lousa e a situacdo estrutural da sala de aula. ((D) a frase escrita na lousa, de acordo com as novas regras ortogréficas brasileiras, est “errada”, portanto o aluno acertou a resposta. (E) 2 maioria das escolas piblices fornece adequadas condigées de trabalho aos profissionais da ‘educacdo. 06. (Insper-2013) Se, na frase “Quando a encontrar, dé.0 seguinte recado 2 ela: seu marido acreditou que se Prendesse o animal, este nio desejaria mais ficar com a familia”, os verbos destacados fossem substituidos, respectivamente por “ver”, “crer’, “deter” e “querer”, mantendo o tempo verbal, teriamos: (A) Quando a ver, dé 0 seguinte recado a ela: seu marido cru que se detesse o animal, este nao quereria mais ficar com a familia. (B) Quando a ver, dé o seguinte recado a ela: seu marido creu que se detivesse o animal, este, nao quereria mais ficar com a familia. (©) Quando a vir, dé o seguinte recado a ela: seu marido creu que se detivesse o animal, este nao quereria mais ficar com a familia. (D) Quando a ver, dé o seguinte recado a ela: seu marido creou que se detesse o animal, este nao queria mais ficar com a familia. (E) Quando a vir, dé 0 sequinte recado a ela: seu marido créu que se detivesse o animal, este ndo queria mais ficar com a familia. SSAA / STE / CMCG 2014

Vous aimerez peut-être aussi