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MyStartUp

Agile, Lean e Design Thinking integrados


dando dinâmica a um modelo de negócios

Paulo Caroli e Suzyanne Oliveira


Esse livro está à venda em http://leanpub.com/mystartup

Essa versão foi publicada em 2018-03-22

Esse é um livro Leanpub. A Leanpub dá poderes aos autores e


editores a partir do processo de Publicação Lean. Publicação Lean
é a ação de publicar um ebook em desenvolvimento com
ferramentas leves e muitas iterações para conseguir feedbacks dos
leitores, pivotar até que você tenha o livro ideal e então conseguir
tração.

© 2018 Paulo Caroli e Suzyanne Oliveira


Conteúdo

Disclaimer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i

Agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ii

Negócios falham! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Por que e como inovar? . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Por que startups falham? . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Business Model Canvas (BMC) . . . . . . . . . . . . . . . 3

Lean . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Design Thinking (DT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8


Onde a estratégia atende a execução… . . . . . . . . . . 9

Job To Be Done (JTBD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Job To Be Done (JTBD) e Design Thinking (DT) são meios


para um mesmo fim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

Scrum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
E se usar só Scrum? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

Construir não é um passo simples.. . . . . . . . . . . . . . 14

Na minha vivência como empreendedora… . . . . . . . . 15


CONTEÚDO

Vamos logo para a pergunta . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

Juntando tudo isso: MyStartUp . . . . . . . . . . . . . . . 20

MyStartup no Trello . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Sobre a Editora Caroli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30


WIP (Writing In Progress) . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Disclaimer
Imagine. Escrever sobre StartUp, mas não lançar nada até ter certeza
do conteúdo do livro.
Pois bem, então vamos tratar esse E-Book como um produto mínimo
viável (MVP de Minimum Viable Product, conceito chave do Lean
StartUp). Se já tem algo minimamente viável para passar a ideia, o
conceito, então vamos liberar.
Por isso neste E-Book você vai encontrar erros de ortografia, ima-
gens em versões iniciais, e texto por escrever.
Mas como um bom MVP, estamos muito interessados no seu
feedback.
Abraços,
Suzy e Caroli
Favor enviar feedback para: editora@caroli.org
Agradecimentos
Muito obrigada aos meus professores, e colegas empreendedores
que fazem parte das minhas conquistas, em especial a elaboração
deste conteúdo.
Processo criado durante o mestrado em gestão e inovação de
produtos MPI-UFRN
Confira mais em: www.mystartupbr.com
Negócios falham!

Mas se o brasileiro é reconhecidamente empreende-


dor e criativo, por que tantos negócios falham ?

Startups de software, em geral, são responsáveis por desenvolver


produtos com potencial para impactar o mercado de forma signifi-
cativa. Porém, oito de dez startups falham com três anos de sua cri-
ação Feinleib (2011), sendo a falha ocasionada principalmente pela
inexperiência da equipe em desenvolvimento de novos produtos.

Se já existem tantas metodologias orientadas à garan-


tia da qualidade de software, o que falta aos produtos
brasileiros para competir globalmente?

Talvez a questão não seja somente técnica. Ainda assim, é possível


minimizar as incertezas?

Por que e como inovar?

Uma solução é inovadora quando ela é desejável, factível e viável ao


mesmo tempo. Todo empreendedor precisa identificar o mais cedo
possível e de forma mais clara, qual tipo de inovação ele pretende
desenvolver. Isso contribui certamente para aumentar as chances de
sucesso do produto.
Criar uma startup não é tarefa simples, ainda mais se o empreen-
dedor não tem conhecimento de negócio. O mercado está agitado:
todos tem um novo negócio.
Negócios falham! 2

Provavelmente, você já conversou com vários empre-


endedores sobre como montar uma startup e juntar
sempre essas pessoas para combinar práticas não é
fácil.

Por que startups falham?

A maioria das startups falham em demorar a descobrir o mercado


que estão inseridas, localizar seus primeiros clientes, validar suas
hipóteses, e assim crescer seu negócio. Existem diversos modelos
e processos que buscam ajudar o empreendedor em sua jornada
. Alguns dos modelos existentes recomendam o uso do Design
Thinking durante o processo de descoberta da criação de softwares
inovadores.
Ainda assim, o empreendedor se sente perdido. O problema é que
não existe uma ferramenta (ou processo) efetiva(o) para auxiliar
pessoas e empreendedores a concretizar suas ideias, viabilizar seus
projetos e acelerar o crescimento de seus negócios.

Mas você sabe qual o problema? Começar nunca foi a


parte mais difícil, o difícil mesmo é manter o negócio
no ar e lucrativo.
Business Model Canvas
(BMC)

Business Model Canvas é uma ferramenta que qual-


quer um pode usar para visualizar seus negócios

Em ambientes competitivos e dinâmicos, é essencial a utilização de


ferramentas que possibilitem o desenvolvimento de novas formas
de criação, entrega e captura de valor. O aperfeiçoamento de
Modelos de Negócios inovadores se apresenta como uma fonte de
vantagem competitiva.
Imagine um relatório, com muitas páginas, descrevendo o seu plano
de negócio. Agora imagine um brainstorming, uma seção de poucas
horas, com a equipe de trabalho, preenchendo um canvas, todos
juntos, de forma ágil e inovadora. Essa é a proposta do Business
Model Canvas, uma forma mais enxuta de elaborar e apresentar o
plano de negócio.
O Business Model Canvas foi criado por Alexander Osterwalder,
e atualmente é usada tanto por grandes corporações como por
pequenas startups ao redor do mundo.

O canvas ajuda a enfrentar todas as perguntas e


respostas que precisamos e queremos perguntar de
qualquer maneira.

O BMC consiste em um quadro dividido em nove blocos, que


representam questões-chave para a elaboração do plano de negócio.
O objetivo é preencher essas áreas, respondendo brevemente as
Business Model Canvas (BMC) 4

perguntas, de forma simples e objetiva, de forma a visualizar em


uma única tela detalhes importantes do negócio, como:

• Que valor será entregue para cada segmento de clientes?


• Quais são os problemas dos clientes e como podemos ajudar
a resolver?
• Para quem está sendo criado valor e quem são os clientes mais
importantes?
• Quais canais são interessantes para alcançar os clientes?
• Que tipos de relacionamentos precisamos estabelecer com os
clientes?
• Que recursos-chaves e atividades-chave a proposta de valor
exige?
• Por qual valor os clientes estão dispostos a pagar e os melho-
res parceiros?

Essas informações visíveis ajudam a elaborar o negócio, encontrar


possíveis gaps e a tomar decisões.

Apesar das metodologias que incentivam o teste de


hipóteses, o desenho de um canvas acaba por gerar, na
maioria das vezes, opções demais para testar e tempo
de menos para validá-las.

Por causa sua flexibilidade, o canvas deve ser revisado e atualizado


constantemente, para um melhor entendimento do rumo que o
negócio está tomando.
O Business Model Canvas tem ainda mais valor quando adotado
em conjunto com Design Thinking , Agile e Lean Startup, assuntos
abordados aqui no livro.
Lean
Blank (2013) criou um modelo que une o modelo de desenvolvi-
mento do cliente com o modelo de desenvolvimento do produto,
a fim de oferecer o melhor suporte para startups descobrirem os
clientes e desenvolverem o produto.
O modelo de Blank foi uma das bases para que Ries (2011) criasse
o Lean Startup, que atualmente é uma das abordagens mais aceitas
para Startups em TI, devido as suas práticas encaixarem bem em
um ambiente de extrema incerteza.

“O Lean Startup é um conjunto de práticas para ajudar


empreendedores a aumentar suas chances de construir
uma startup de sucesso” (RIES, 2011).

Os princípios do Lean Startup são:

• otimize o todo,
• elimine custos,
• construa com qualidade,
• aprenda constantemente,
• entregue rápido, envolva o usuário todo o tempo e
• siga melhorando.

Baseado nesses princípios, Ries (2011) construiu o modelo Construir-


Medir-Aprender. Ciclo este conhecido como validated learning
loop, que começa no estágio de Construir com um conjunto de ideias
ou hipóteses que são usadas para se criar artefatos, e a partir deles
testar uma hipótese previamente selecionada.
Lean 6

As respostas coletadas desse experimento do ciclo Construir-Medir-


Aprender são medidas de modo a analisar se as hipóteses foram
confirmadas ou refutadas. Com essas informações, a startup tem a
capacidade de decidir as próximas ações, ou seja, se vai pivotar ou
continuar a desenvolver o produto. Durante este ciclo, a startup tem
a oportunidade de desenvolver o Business Model Canvas.

E se usar só o Lean ?

O ciclo Lean começa com uma ideia, portanto, não serve para
aqueles que não sabem ainda o que fazer. O Lean apresenta práticas
criativas para criar produtos inovadores, mas não possui um método
de gerenciamento da equipe de desenvolvimento.

E se se usar o Lean com Design Thinking ?

Para entender as estratégias do Design Thinking é preciso compre-


ender termos fundamentais presentes em sua estrutura, que são os
espaços dos problemas e o da solução.
Tudo começa de uma ideia, mas quando falamos de um negócio de
alto risco no qual vamos investir tempo e dinheiro para executá-lo
não podemos passar para o próximo passo de desenvolvimento de
qualquer forma. De fato, o que precisamos é validar bem o problema
no qual vamos construir uma solução.

Ter o Lean como base central de todo o processo é


dizer que vamos fazer uma jornada de ideação, cons-
trução, medição e decisões em ciclos de aprendizados.

O objetivo de integrar um outro giro para estruturar melhor essa


ideia, na verdade conjunto de hipóteses, entrando assim no pro-
Lean 7

cesso do design thinking que ajuda a compreender, definir, idear,


prototipar e validar.
Design Thinking (DT)
O Design Thinking (DT) é um processo criativo que usa mecanismos
para identificar problemas e gerar soluções inovadoras. Imersão é
a fase em que a equipe precisa decidir por um ponto de partida,
ou seja, precisa restringir qual desafio irá atacar. Depois se inserir
no contexto do desafio a fim de entender como as pessoas vivem,
o que falam, o que pensam, o que gostam, de modo a identificar
necessidades e consequentemente perceber os problemas. Como
resultado dessa fase são gerados: problema, hipóteses e persona.
No espaço de solução, inicia-se a fase de geração de ideias que é bas-
tante crítica. Os protótipos são testados com usuários e adaptados
de acordo com as opiniões dos usuários. Essa etapa é importante
para aprofundar na ideação, quebrar essa ideia em partes e validar
com potenciais usuários-clientes.

A ideia que nasce e já é construída sem validação


pode ser um dos maiores riscos do início de um
negócio.

É nesse momento que começa descobertas(discovery) e ampliação


de possibilidades, entendimento do mercado e conhecimento das
jornadas das personas, que são as pessoas envolvidas nessa ideia e
as utilizaram a solução final.

Juntos, Lean e Design Thinking nos ajudam a enten-


der onde estamos hoje, onde queremos ser amanhã
e perseguir o sucesso através da exploração, expe-
rimentação, aprendizagem validada e criar soluções
que oferecem resultados desejados.
Design Thinking (DT) 9

Onde a estratégia atende a execução…

Lean dá um quadro para testar nossas crenças e estratégias de


refinação através do aprendizado. Esta abordagem de aprender-
por-fazer funcionar somente se cada parte de o sistema é altamente
adaptável. Daí a simbiose com Scrum, apresentado no próximo
capítulo.
Job To Be Done (JTBD)
Novos produtos são lançados o tempo todo. Mas, mesmo com todo
o investimento em marketing, 90% desses lançamentos fracassam.
Esse alto índice de falha está diretamente relacionado a forma
convencional de trabalhar, de tentar entender o que realmente
os clientes querem. Essa forma convencional está ultrapassada e,
consequentemente, debilita todo o processo de inovação.

Isso porque nós tendemos a pensar em soluções ou


características de produtos/serviços já existentes, ou
seja, nos baseamos no que já conhecemos.

O Job To Be Done (JTBD) é um termo criado pelo Clayton Christen-


sen, autor e professor da Harvard Business School ecofundador da
Innosign, empresa de consultoria sustentável por meio da inovação.
A ferramenta apareceu como uma possibilidade de expansão da
compreensão a respeito do que se quer vender e, principalmente,
do que os consumidores estão adquirindo e parte do princípio de
que não adianta perguntar às pessoas o que elas querem, já que elas
responderão de acordo com o que o mercado já oferece. É utilizada
para que o empreendedor aumente sua percepção do valor de um
produto ou serviço.

Definir o Job to be done como primeiro passo para


a inovação evita a maior armadilha do processo de
planejamento.

A forma como definimos um Job to be done tem um grande impacto


sobre a nossa capacidade de realizá-lo com sucesso, quando mal
Job To Be Done (JTBD) 11

definido é a forma mais rápida para um trabalho mal executado,


retrabalho, gaps e conflitos. Pular direto para a solução antes de
saber exatamente o que precisamos resolver e as métricas que
usamos para definir se a solução foi bem-sucedida ou não.
Job To Be Done (JTBD) e
Design Thinking (DT) são
meios para um mesmo fim
Tanto JTBD quanto DT estão sendo adotados em vários segmentos.
Você precisa entender em profundidade o seu cliente. Precisa enten-
der quais as alternativas ele utiliza para realizar suas tarefas. Isso é
essencial para que a sua startup encontre o Problem/Solution Fit –
o encaixe produto/mercado.
Ambos, JTBD e DT, devem fazer parte do processo de inovação.
JTBD e DT sugerem a observação dos consumidores e a realização
de entrevistas qualitativas. Por mais que isoladamente cada abor-
dagem seja efetiva, a combinação de JTBD e DT torna o conjunto
de problemas mais claro, melhorando criação de valor através do
processo de inovação.
Scrum
As metodologias ágeis são consideradas como o processo mais
viável para startups de base tecnológica, devido sua natureza fle-
xível. O objetivo das metodologias ágeis é gerenciar uma equipe de
desenvolvimento de software por um conjunto de regras simples e
funções flexíveis a fim de estar apto ao inesperado.
Dentre várias, a mais popular e adotada é a Scrum, que é um
conjunto de práticas com o objetivo de otimizar o desenvolvimento
de software introduzindo ideias de flexibilidade e produtividade.
O foco é aprender como agir em um ambiente em que as variáveis
técnicas, tais como: requisitos, recursos e tecnologia estão em
constante mudança. Como resultado, é desenvolvido um software
com os requisitos que o cliente realmente quer.

E se usar só Scrum?

Atualmente, as práticas de Scrum são bastantes utilizadas por


startups de TI, porém possuem limitações.

No Scrum o time não tem a liberdade de inovar, pois


deve seguir os requisitos apresentados pelo cliente,
o que diverge extremamente com o objetivo de uma
startup.

Além disso, possui pouca ênfase em equipes interdisciplinares, o


foco maior é na equipe de desenvolvimento e não possui sistema de
métricas para medir o resultado do produto.
Depois que um o conjunto de hipóteses em cima de uma ideia inicial
são validadas, o próximo passo que é construir a proposta de valor.
Construir não é um passo
simples..
No processo do MyStartup, a ideia foi trazer só algumas fases do
Scrum, e aqui é importante elencar algumas importantes, primeiro
a escolha e depois o por que enxugamos as fases.
A escolha do Scrum se deu devido a sua visibilidade e adoção em
várias empresas de desenvolvimento de software, que usam para
também gerir, planejar e medir o que está sendo construído.
E por que enxugamos? Como falamos anteriormente o contexto
aqui é de Startups, e principalmente empreendedores iniciantes
e que nem sempre vieram de uma formação em TI. A proposta
foi colocar as principais fases, ajudar no planejamento do que foi
validado no DT, organizar o backlog do que será construído pelos
desenvolvedores que são às US (user stories) , trabalhar na qualidade
com testes funcionais e por fim gerar um versão usável do MVP.
Na minha vivência como
empreendedora…
Dentro de uma startup de base tecnológica, tipo de empreendimento
em especial de risco, incertezas, recursos limitados e a necessidade
de ser ágil, torna crítico o uso de ferramentas que auxiliem o rápido
aprendizado, a qualidade do produto e o foco no cliente.

Um dos maiores desafios em montar uma startup foi


entender que a validação era um processo importante
e que andava junto com o desenvolvimento do pro-
duto.

Construir é sempre o primeiro passo buscado pelos iniciantes


em empreender em startups de tecnologia, principalmente quem
vem do mundo de desenvolvimento de software. A ideia inicial é
partir para listar requisitos técnicos e depois passar por semanas
de desenvolvimento e interações. E foi nessa ideia que me apoiei
por muito tempo na minha startup, até que chegou o momento em
que tudo aquilo que foi construído não tinha sentido para os nossos
potenciais usuários.

E como não fazia sentido? Não conseguia compre-


ender por que as pessoas não queriam minha ferra-
menta, ou queriam?

Antes de montar uma startup as minhas primeiras experiências


foram de gerente de projetos em TI. Aqui aparece o porquê de só ter
me apoiado em uma metodologia de desenvolvimento de software.
Foi a única que sempre usei em outros projetos e sempre tinha dado
certo.
Na minha vivência como empreendedora… 16

Pensei que essa era a chave de ouro para construir


bem um software, conhecendo todos os processos.
Entretanto, se apoiar em um única metodologia e
processo não vai te ajudar a construir um produto de
sucesso.

Acho que vale falar um pouco mais do que é esse “sempre tinha dado
certo”. Quem já estudou alguma metodologia de desenvolvimento
de software sabe o que vou dizer aqui. Esses processos ajudam a
garantir que o time que vai construir entenda o que deve ser feito.
Esse é o grande valor e é exatamente por isso que ajuda a garantir,
que no final algo venha a dar certo.
Vamos logo para a pergunta

construir um produto de sucesso garante que terei


uma startup de sucesso?

Um produto de sucesso é aquele que entende um JBTD, ou seja,


é algo em software ou qualquer outro meio que quando chegar na
mão de um usuário final vai ajudá-lo a cumprir uma tarefa ou desejo
antes não alcançado.
Construir com sucesso não é apenas garantir uma entrega e sua
qualidade. Antes dessa fase é fundamental entender e encontrar
o que realmente as pessoas precisam.

Uma Startup não é um produto de software. Ao tentar


usar várias metodologias e se apoiar em uma por
um grande intervalo de tempo fiquei presa em ciclos
longos.

Quando percebi que o Scrum não daria todos os resultados espera-


dos para ter um produto de sucesso, a primeira coisa que pensei era
que precisava de uma outra metodologia, algo mais moderno. Foi
assim que conheci o Lean que é um conjunto de princípios de como
construir uma startup enxuta. A metodologia trouxe um grande
valor, que é medir o aprendizado sempre depois de um incremento
obtido por meio do que foi desenvolvido.

Não posso negar que a chegada do Lean mudou


completamente a forma como estávamos analisando
as entregas das semanas, pois sempre olhávamos para
o que deu certo e o que não deu certo.
Vamos logo para a pergunta 18

Durante muito tempo a sensação foi de que não sabia para onde
a startup caminhava, até perceber que ela presa no mesmo lugar,
estávamos viciados em só desenvolver software. E minha medida foi
relacionada aos meu usuários, não existe retenção na ferramenta.

Desenvolvia com rapidez e somente poucos resulta-


dos efetivos e assertivos surgiam.

Em uma startup, saber onde estar é condição fundamental para


definir os próximos passos. Caso contrário, algo está muito errado
e preciso ser feito para mudar a situação.

A necessidade de saber onde estou, ter um diagnós-


tico…

O problema é que nem sempre sabemos onde estamos, de tanto


tentarmos fazer o que já sabemos, diagnosticar rapidamente para
evitar perder investimento feito.

Aprender rápido é crítico em negócios de alto risco.

Depois da descoberta do Lean, fui à procura de uma metodologia


que ajudasse a validar o problema e a solução proposta, diretamente
com os usuários. Assim, chegou o Design Thinking ajudando nas
descobertas e validação das hipóteses que antes eram construídas
sem essa fase.

Novamente fiquei presa, agora no processo de Design


Thinking.
Vamos logo para a pergunta 19

Isso durou meses e fiquei receosa de voltar a desenvolver algum


código novamente. A ficha caiu e percebi que eu estava presa
novamente em um ciclo.

Entendi então que precisava unir as três coisas em


um único caminho, onde pudesse passar por todas as
etapas e compreender melhor a entrada e saída delas.

Até onde vai meu conhecimento, não existe atualmente um único


processo que une as metodologias mais usadas em startups de
tecnologia, sendo elas relacionadas com as áreas de um Business
Model Canvas.
O universo de startup é cercado por vários tipos de perfis de
empreendedores. Mesmo empreendedores com formação em TI,
tem contato somente com metodologias de desenvolvimento de
software.

Percebi que eu e outras startups não sabiam por onde


começar a executar e validar o modelo de negócios e
casar isso com metodologias que conhecia e usava.?
Juntando tudo isso:
MyStartUp
MyStartup foi então idealizada segundo os princípios da metodo-
logia ágil, tendo como foco o cliente, de acordo com práticas do
Design Thinking. Além disso, MyStartup é voltada ao aprendizado
contínuo, como orienta a metodología Lean.

MyStartUp, um processo integrado

O resultado é um processo integrado que disciplina e apoia as


principais atividades desempenhadas em startups, propondo-se a
melhorar indicadores de produtividade da equipe e maximização
da utilização de recursos.

Integrou-se os modelos já utilizados reduzindo a


curva de aprendizado.

Atualmente existem diferentes abordagens, métodos e técnicas


orientadas a modelos de negócios. Cada uma se propõe a enfatizar
determinados aspectos do negócio. O primeiro passo do empreen-
dedor geralmente se dá por meio de um modelo de negócios, pois
precisam alinhar e estruturar minimamente sua ideia inovadora em
um canvas, a fim de construir sua startup.
Juntando tudo isso: MyStartUp 21

O canvas é uma excelente ferramenta para um primeiro contato


com um modelo de negócio, mas não é suficiente para guiar o
empreendedor na criação e gestão da startup em torno do negócio.

Um dos principais desafios que o empreendedor en-


frenta é executar o modelo construído e validar as
premissas ali colocadas. Muitos escolhem metodolo-
gias de sucesso, pois precisam garantir que vão cons-
truir algo rápido, presumivelmente da forma certa e
assim produzir um produto de sucesso de mercado.

Se partirmos do princípio de que todos conhecem alguma meto-


dologia, podemos dizer que é um passo muito bom para iniciar a
execução de algo. Mas, e se for o contrário? Se uma pessoa que
não tem formação em software, vindo de outra área, com grande
conhecimento sobre negócio, como será a escolha de metodologias
e processos? Como captar a experiência do usuário? Como validar
hipóteses de valor de negócio? Tomando por base algumas áreas que
o BMC (Business Model Canvas) apresenta, temos o lado do cliente,
balanço financeiro, validação e construção do produto.

E como podemos apoiar e facilitar a vida das pessoas


que desconhecem esse caminho da construção de
produtos de software e validação enxuta?

O empreendedor encontra dificuldades para escolher dentre uma


variedade de metodologias e processos para cada área dessas cita-
das. Por exemplo, ao escolher o caminho ágil, que é o mais usado no
universo de startups, é possível relacionar vários modelos, como XP,
Scrum, Kanban e outros. Olhando para o lado do cliente, também
é possível encontrar muitas metodologias e técnicas, como Design
Thinking, UX design, Design Sprint (google), Inception Enxuta e
outros. Por último, para definir com clareza a proposta de valor,
Juntando tudo isso: MyStartUp 22

como saber se estamos entregando valor rápido e certo para os


clientes? Lean, Proposition Value Design, qual mais ?

Pois é, são muitas opções para quem precisa de agili-


dade para desenvolver e entregar valor.

As abordagens Lean Startup e Scrum são normalmente utilizadas


por equipes de software para desenvolver produtos, porém não
são suficientes(lá na frente falo mais sobre…) para a criação de
produtos inovadores.
A ideia que fundamentou a concepção de MyStartup foi unir
metodologias existentes e já consolidadas dentro do mercado de
desenvolvimento de software em um único processo, a fim de dar
dinâmica a um Modelo de Negócios.

O MyStartup se propõe a ser uma ferramenta para


ajudar o empreendedor iniciante em seus primeiros
passos, oferecendo uma estrutura inicial de apoio
com sistemática que força a realização dos compro-
missos assumidos em um Canvas.
Juntando tudo isso: MyStartUp 23

compromissos assumidos em um Canvas

A fim de realizar esse objetivo, foi necessário entender qual cami-


nho normalmente usado por empreendedores, e quais metodologias
os ajudam efetivamente ao construir um produto de tecnologia.
Durante esta trajetória, descobrimos que as grandes apostas de
startups estavam nas metodologias Scrum por ser já consolidada no
mercado, Design Thinking e seus ciclos para validar hipóteses do
negócio e Lean por ter um discurso que as startups abraçam mais
facilmente, de ciclos enxutos com aprendizados. Individualmente,
cada uma dessas ferramentas já tem reconhecido valor. Contudo,
não está claro como as três podem ser usadas em conjunto, a fim
de maximizar os resultados e minimizar os riscos, no contexto
específico de startup e do seu esforço para executar o modelo de
negócios.

Então, o próximo passo era juntar tudo isso, como


gosto de falar “integrá-los.

A união das principais metodologias utilizadas por startups de


Juntando tudo isso: MyStartUp 24

tecnologia, integradas, permitindo um diagnóstico para que o em-


preendedor possa saber em que fase está e ter a clareza do deve ser
feito em cada etapa.

MyStartUp, em três etapas

E cada ciclo de jornada passado, aumentar as certezas


e assim diminuir riscos.

Tendo conhecimento aprofundado das metodologias fundamentais


em mãos, que costumamos chamar de “core da coisa”, sobrepomos
estas metodologias ao BMC.

MyStartUp, sobrepondo o BMC


Juntando tudo isso: MyStartUp 25

Isso deu clareza de que existia um caminho que


cruzava as informações de negócio do canvas com
as fases das metodologias. Assim, surgiu o processo
MyStartup.

O MyStartup nasceu para auxiliar pessoas a concretizar suas ideias,


realizar seus projetos e acelerar seus negócios. Oferecendo um
modelo de inovação baseado em Design Thinking, Lean Startup
e Scrum para pessoas que almejam formar startups. Ajudar na
execução de modelos de negócios e avaliar os prospectos da startup
é o objetivo fundamental, cujo detalhamento deu origem a formas
de organizar diversas práticas de gestão e de desenvolvimento.

MyStartUp, um ciclo contínuo

O valor do processo MyStartup também reside em ajudar o time a


desenvolver competências de negócio, fazendo com o que as pessoas
envolvidas na startup façam uma jornada de desenvolvimento de
produto juntas.

Entender também onde estamos e para onde vamos,


ou seja, o diagnóstico do estado atual é crucial para
entender se estamos presos em algum ciclo.

MyStartup propõe um processo que ajuda o empreendedor a testar


as hipóteses do seu modelo de negócio, de acordo com um mo-
delo conceitual dinâmico. Através do processo, o empreendedor
Juntando tudo isso: MyStartUp 26

conseguirá entender seus segmentos de clientes, desenvolver uma


proposição de valor coerente, mapear e analisar a competição, criar
um modelo de negócios, que seja, ao mesmo tempo, atrativo para os
clientes, factível de ser executado e economicamente viável, e assim
elaborar o Plano de Ação para realizar o projeto.

elabore um plano de ação

O processo força a melhor validação das hipóteses, partindo para


um subprocesso que é a jornada de Design Thinking. Só depois
orienta partir para construção se realmente tiver a proposta de valor.
Caso contrário, pivotar e começar um novo ciclo de validação com
outra ideia de negócio.
O Lean é o centro de todo o processo, para que no início e no final
dos subprocessos SCRUM e DT, possamos sempre validar ideias,
construir valor para o cliente e ao final medir os aprendizados.
Juntando tudo isso: MyStartUp 27

MyStartUp, lean, DT, Scrum e BMC


MyStartup no Trello

MyStartup no Trello

Seguem abaixo alguns feedbacks recebido.

feedback
MyStartup no Trello 29

feedback

feedback
Sobre a Editora Caroli
Para leitores e autores que buscam e compartilham conhecimento
de forma ágil, a Editora Caroli é uma editora-butique – todos os
livros são escritos, lidos, editados e/ou revisados por Paulo Caroli,
que auxilia na produção, divulgação e distribuição de livros e e-
books. Diferentemente das editoras tradicionais, a Editora Caroli dá
acesso ao conhecimento na sua essência, disponibilizando o texto
das novas obras via e-books gratuitos, além de apoiar eventos e
entidades de ensino, presenteando-os com livros impressos.
Em www.caroli.org você encontra este e outros conteúdos de quali-
dade. Aproveite, pois os livros e e-books em WIP estão disponíveis
gratuitamente.

WIP (Writing In Progress)

A Editora Caroli apresenta uma nova proposta de trabalho, apro-


ximando autores dos seus leitores desde o início da geração do
conteúdo. Por que esperar o autor terminar de escrever para ver
se o conteúdo é bom? No mundo atual, isso não faz mais sentido.
Por isso, a Editora Caroli promove o compartilhamento (gratuito
sempre que possível) do WIP por meio dos formatos e-book (pdf,
mobi e epub). Dessa forma, leitores têm acesso rápido a novas ideias
e podem fazer parte da evolução da obra. Para os autores, é uma
forma efetiva de feedback e motivação para a geração de conteúdo.

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