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Curso Gratuito
Educação Ambiental
Carga horária: 60hs
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Conteúdo
Introdução
Educação Ambiental e Cidadania
Educação Ambiental e Cultura
Educação Ambiental Formal
Conteúdo Programático
Técnicas em Educação Ambiental
Três Técnicas de Educação Ambiental
Carta aos Professores
Como Organizar um Passeio à Floresta
Educação Ambiental Não-Formal
Duas Ideias Para Projetos
Educação Ambiental na Empresa
Educação Ambiental Informal
Textos Auxiliares
Agenda 21
Tratado de Educação Ambiental Para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global
Cuidando do Planeta Terra
Meio Ambiente na Constituição Federal
Modelos de Projetos
Bibliografia/Links Recomendados
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Introdução
CURSO PRÁTICO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
I. INTRODUÇÃO:
A Mudança Começa em Nós
Todos nós desejamos viver num mundo melhor, mais pacífico,
fraterno e ecológico. O problema é que as pessoas sempre
esperam que esse mundo melhor comece no outro. É comum
ouvirmos pessoas falando que têm boa vontade para ajudar, mas
como ninguém as convida para nada, nem se organizam, então
não podem contribuir como gostariam para um mutirão de
limpeza da rua, por exemplo, ou para plantio de árvores. Pessoas
assim acabam achando mais fácil reclamar que ninguém faz
nada, ou que a culpa é do “Sistema”, dos governantes ou
empresas, mas não se perguntam se estão fazendo a parte que
lhes cabe.
Por outro lado, é importante não ficar esperando a perfeição
individual - pois isso é inatingível. O fato de adquirirmos
consciência ambiental, não nos faz perfeitos. O importante é que
tenhamos o compromisso de ser melhor todo dia, procurando
sempre nos superarmos. Também não podemos cometer o erro
de subordinar a luta em defesa da natureza às mudanças nas
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estruturas injustas de nossa sociedade, pois devem ser lutas
interligadas e simultâneas, já que de nada adianta alcançarmos
toda a riqueza do mundo, ou toda a justiça social que sonhamos,
se o planeta tornar-se incapaz de sustentar a vida humana com
qualidade.
Durante anos tenho sido requisitado para palestras em escolas,
empresas e comunidades para falar sobre educação ambiental,
entre outros temas. Este livro é uma forma de democratizar este
conhecimento. Procurei reunir aqui um pouco das experiências
que acumulei em vários anos de militância com movimento
popular, sindical e ecológico e na administração pública
municipal, desde 1984, quando participei da fundação das
Organizações Não-Governamentais (ONGs) UNIVERDE, em São
Gonçalo (RJ), e em seguida com a fundação do Defensores da
Terra, Rio de Janeiro (RJ) em 1988, além da experiência
acumulada na elaboração e coordenação executiva de inúmeros
projetos de educação ambiental seja nas prefeituras de Niterói e
São Gonçalo, seja como consultor na Comissão de Meio
Ambiente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
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– devido ao atual estágio de desenvolvimento existente nas
relações sociais de nossa espécie.
Certos caçadores e desmatadores, por exemplo, possuem muito
mais conhecimentos sobre ecologia, natureza e a vida silvestre
que muitos ecologistas, mas usam esses conhecimentos para
destruir e matar. Na década de 70, governos internacionais
preocupados com a rápida destruição dos recursos naturais e a
poluição do planeta, defenderam a tese do crescimento zero, ou
seja, congelar os níveis de progresso à época. Ora, por diversas
vezes durante nossa história econômica, o Brasil teve cres-
cimento abaixo de zero, portanto negativo, e nem por isso viu
diminuído seus problemas ambientais, muito pelo contrário. De-
vido a crise econômica, as empresas investiram menos em con-
trole de poluição.
A destruição da natureza não resulta da forma como nossa espé-
cie se relaciona com o planeta, mas da maneira como se
relaciona consigo mesma. Ao desmatar, queimar, poluir, utilizar
ou desperdiçar recursos naturais ou energéticos, cada ser
humano está reproduzindo o que aprendeu ao longo da história e
cultura de seu povo. Portanto, a ação destruidora não é um ato
isolado de um ou outro indivíduo, mas reflete as relações
culturais, sociais e tecnológicas de sua sociedade. Então, é
impossível pretender que seres humanos explorados, injustiçados
e desprovidos de seus direitos de cidadãos consigam compre-
ender que não devam explorar outros seres vivos, como animais
e plantas, considerados inferiores pelos humanos. A atual relação
de nossa espécie com a natureza é apenas um reflexo do atual
estágio de desenvolvimento das relações humanas entre nós
próprios. Vivemos sendo explorados, achamos natural explorar
os outros.
Não há educação ambiental sem participação política. Logo, não
é de estranhar que os governos até hoje não tenham conseguido
estabelecer diretrizes e investir realmente em educação
ambiental, pois é impossível estimular a participação mas não
garantir os instrumentos, direitos e acesso à participação e
interferência nos centros de decisão.
Não é à toa que os Conselhos de meio ambiente, nas diversas
esferas do governo, onde se prevê a participação direta da
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sociedade civil, funcionam ainda tão precariamente, isso quando
conseguem funcionar. O ensino sobre o meio ambiente deve
contribuir principalmente para o exercício da cidadania,
estimulando a ação transformadora, além de buscar aprofundar
os conhecimentos sobre as questões ambientais de melhores
tecnologias, estimular mudança de comportamentos e a cons-
trução de novos valores éticos menos antropocêntricos. A
educação ambiental é fundamentalmente uma pedagogia de
ação. Não basta se tornar mais consciente dos problemas
ambientais sem se tornar também mais ativo, crítico participativo.
Em outras palavras, o comportamento dos cidadãos em relação
ao seu meio ambiente, é indissociável do exercício da cidadania.
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desses espaços coletivos - que são considerados como terra de
ninguém ou como pertencentes aos governos dos quais não
gostam - também não se mobilizam em sua defesa. Assim, não
há nenhuma sensação de perda diante de uma floresta que deixa
de existir ou de um lago ou manguezal aterrado, pois a população
residente, em sua maior parte, por não ter identidade cultural com
o lugar em que vive, também não se sente parte dele. Esse
fenômeno acontece, hoje, principalmente nas periferias das
grandes cidades brasileiras, onde se concentram milhares de
trabalhadores que usam as cidades apenas para dormir
constituindo-se em mão-de-obra pendular casa-trabalho/trabalho-
casa das grandes cidades. Existe uma grande população, mas
não um grande povo.
Essa alienação tem sido muito conveniente para as classes no
poder, que aprenderam ainda a dominar com muita competência
os meios de comunicação, principalmente a televisão, para
substituir rapidamente os valores culturais tradicionais por outros
mais convenientes a seus interesses, ao mesmo tempo em que
desestimulam e depreciam os valores nativos, afinal, ninguém
gosta de ser chamado de caipira, como sinônimo de atraso.
Um educador ambiental precisa ter clara compreensão dessa
realidade, procurando, primeiro, associar-se às lutas populares
pelo resgate cultural e, segundo, desenvolvendo técnicas, como a
memória viva (veja página 00), para iniciar uma formação de
identidade cultural dos educandos com o lugar em que vivem.
Nesse ponto retorna a questão fundamental da linguagem. É
preciso partir da percepção dos educandos sobre o que são as
questões ambientais, e não da dos educadores, para que os
alunos assumam como suas as melhorias ambientais e a defesa
de seu patrimônio ambiental, e não uma imposição dos governos
ou da escola. Nesse sentido, o professor não deve pretender ser
um condutor de novos conhecimentos, pois não se trata apenas
de estimular o aluno a dominar maior número de informações,
mas assumir o papel de estimulador, motivador, instrumento,
apoio, levando os alunos a elaborarem seu próprio conhecimento
sobre o que seja meio ambiente e o que ele - aluno -, pode fazer
para evitar as agressões.
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A educação ambiental, à medida que se assume como educação
mais política do que técnica, assume também o processo de
formadora da identidade política e cultural de um povo. Nesse
sentido, alinha-se a todas as lutas e movimentos da sociedade
pela cidadania.
Por isso é fundamental que o educador ambiental fale uma
linguagem que seja percebida por todos, evitando reforçar uma
visão romântica de meio ambiente ou a idéia que ecologia é um
assunto secundário, preocupação de elites e de segmentos da
população que já resolveram seus problemas básicos de
sobrevivência.
É fato que, por mais carente que seja, a população possui
consciência ecológica, só que essa percepção é bastante
romântica associando-se mais à proteção das plantas e dos
animais e menos à qualidade de vida da espécie humana, como
se não fizéssemos parte da natureza. Para a maioria, lutar pelo
fim das valas de esgotos a céu aberto, más condições de
trabalho nas fábricas não tem nada a ver com meio ambiente.
Nada mais falso, pois ecologia em países pobres é combater o
esgoto a céu aberto, o lixo não recolhido, a água contaminada,
etc. Para a população, especialmente a mais carente, as
questões ecológicas devem ser associadas à qualidade de vida.
Por exemplo, as diversas poluições, o lixo tóxico, os agrotóxicos
são temas ligados à saúde; os desmatamentos e os
reflorestamentos ligados à saúde e também à segurança civil, e
por extensão, à moradia; as teses da descentralização
econômica, de pólos industriais, de empresas poluidoras são
ligadas a emprego e a salário; erosão, destruição de recursos
naturais, ocupação de leitos de rios e de encostas, também
associados à moradia; as ciclovias, os transportes de massa em
vez de coletivos, o gás natural em vez de diesel, associados ao
transporte mais confortável e barato, e assim por diante.
1. Princípios Básicos
O educador ambiental deve procurar colocar os alunos em
situações que sejam formadoras, como por exemplo, diante de
uma agressão ambiental ou de um bom exemplo de preservação
ou conservação ambiental, apresentando os meios de
compreensão do meio ambiente. Em termos ambientais isso não
constitui dificuldades, uma vez que o meio ambiente está em toda
a nossa volta. Dissociada dessa realidade, a educação ambiental
não teria razão de ser. Entretanto, mais importante que dominar
informações sobre um rio ou ecossistema da região é usar o meio
ambiente local como motivador, para que o aluno seja levado a
compreender conceitos como, por exemplo:
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Visão cultural: O meio ambiente não é constituído
apenas pelo mundo natural, onde vivem as plantas e os
animais, mas também pelo mundo construído pelo ser
humano, suas cidades, as zonas rurais e urbanas. Estes dois
mundos relacionam-se e influenciam-se reciprocamente.
Somos resultado dessas duas evoluções, a natural e a
cultural.
Visão político-econômica: O poder não está distribuído
de maneira igual por toda a humanidade, sendo diferente,
portanto, a distribuição das responsabilidades de cada um
pela destruição do planeta e pela construção de um mundo
melhor. Cada cidadão pode e deve fazer a sua parte, mas os
empresários, políticos, administradores públicos, etc., têm
uma responsabilidade muito maior. Atrás de cada agressão à
natureza estão interesses sócio-econômicos e culturais de
nossa espécie, que usa o planeta como se fosse uma fonte
inesgotável de recursos. As relações entre a espécie humana
e a natureza estão em desequilíbrio por que refletem a
injustiça e desarmonia das relações entre os indivíduos de
nossa própria espécie.
Visão ética: A mudança para uma relação mais
harmônica e menos predatória e poluidora com o planeta e
as outras espécies depende de todos, mas especialmente
começa em cada um de nós, individualmente, através de dois
movimentos distintos: um para dentro de nós mesmos e de
nossa família, com adoção de novos hábitos,
comportamentos, atitudes e valores; e outro para a
sociedade em torno de nós, buscando a união com outros
cidadãos para influir em políticas públicas e empresariais que
levem em conta o planeta, a qualidade de vida, a justiça
social.
Logo, por mais que o ensino para o meio ambiente mude de lugar
para lugar, em função das diferentes realidades, alguns princípios
estão presentes praticamente em todas as situações, tais como:
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Defender a natureza, a flora e a floresta, o meio ambiente, a
ecologia. Preservar os ecossistemas e os habitats, combater a
depredação dos recursos naturais, a poluição de mananciais e do
lençol freático. São palavras e conceitos que se tornaram comuns
hoje em dia, mas afinal, do que se trata? É preciso definir o que
se está falando, tomando o cuidado de não cair num tecnicismo
que distancie o aluno da ação transformadora que ele precisa
empreender como cidadão de seu tempo.
Mostre a importância
Por mais sério que seja, ninguém consegue ter a sensação de
importância por uma coisa abstrata, fora de sua realidade. Antes
de se importar com a sobrevivência das outras espécies, o aluno
precisa estar consciente de sua própria importância, sua
capacidade de interferir no meio ambiente e de agir como
cidadão. Afinal, como respeitar espécies consideradas inferiores
se o aluno percebe que não há respeito entre os indivíduos de
sua própria espécie?
Estimule a reflexão
A cada ação deve corresponder uma reflexão, pois não é
possível pretender transformar o mundo ou criar uma relação
mais harmônica com a natureza ou os outros indivíduos de nossa
própria espécie baseando-se apenas noacademicismo, onde se
acumula um volume imenso de conhecimentos e informações
sem que isso reverta em melhoria das condições de vida; ou
no tarefismo, onde se procura transformar o mundo pela ação
direta, como se nosso esforço fosse o suficiente para contagiar a
todos. O equilíbrio entre as duas forças deve ser o objetivo de
uma boa educação para o meio ambiente.
Estimule a participação
Uma vez que o aluno já domina um mínimo de conhecimentos
sobre palavras e conceitos e está consciente sobre a importância
de seu papel como agente transformador o próximo passo é a
participação. É no enfrentamento dos problemas de seu cotidiano
que o aluno se formará como cidadão. Além disso, o jovem não
precisa chegar à maioridade ou ter um diploma técnico para só
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então defender seus direitos a um meio ambiente preservado,
pois cada omissão equivale à destruição de mais e mais recursos
naturais, de mais e mais poluição. A mudança deve começar já,
inicialmente através de novas atitudes e comportamentos, mas
logo a seguir procurando engajar-se nas ações da sociedade em
defesa do meio ambiente e da qualidade de vida. Para estimular
os alunos, uma boa técnica é estabelecer parceiras com os
grupos ecológicos comunitários do lugar, convidando-os para se
integrarem ao trabalho na escola.
Conteúdo Programático
Conteúdo Programático
Língua Portuguesa
Nada é mais estimulante que escrever sobre um tema que está
em evidência, palpitante. Recortes de jornais e revistas, ou o
último programa de televisão sobre ecologia têm o efeito de
estimular a criatividade e a motivação para a escrita. Peça aos
alunos que comentem a matéria jornalística e apontem soluções
concretas para os problemas, escrevam uma carta à autoridade,
uma convocatória para a comunidade, etc. Muito importante é
trabalhar com eles os termos e conceitos que não ficaram claros,
solicitando que consultem dicionários e enciclopédias. Os
passeios ecológicos são ótimos para estimular a escrita, através
da elaboração de relatórios.
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Matemática
As questões ambientais fazem parte do dia a dia dos alunos. O
professor pode propiciar situações de aprendizagem, estimulando
os alunos a pensar sobre quantidades, percentagens, etc.
envolvendo temas ambientais ligados à sua realidade.
Geografia
Professores e alunos podem trocar informações entre si, e
nenhum local propicia melhores estímulos que o rio ou floresta
mais próximos, ou mesmo a praça, usando a técnica do estudo
do meio (página 00), estimulando as formações de mutirões
pedagógicos com as outras disciplinas. A visão crítica dos alunos
contribuirá para transformá-los em agentes de mudança de sua
própria realidade.
Ciências
Acostumados a lidar com as questões da Biologia, Química e Fí-
sica, os professores da área não deveriam encontrar dificuldades
para o ensino do meio ambiente caso tivessem a preocupação
de, primeiro, auxiliar os colegas de outras disciplinas a
"ecologizar" suas aulas e, segundo, adotassem um ensino de
ciências mais próximo da realidade e do interesse dos alunos,
que ultrapasse os conceitos biológicos para incorporar o social,
econômico e político.
História
Estimule os alunos a consultar enciclopédias, ler reflexivamente
os jornais em sala de aula, investigar as relações do passado
com o meio ambiente e projetar essas relações para o futuro.
Trazer para a sala de aula pessoas antigas da comunidade que
possam falar aos alunos sobre como era a vida na comunidade.
Educação Artística
A sucata é um excelente material para ampliar conceitos sobre
reciclagem, sociedade de consumo, desperdício, além de
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estimular a criatividade. Com os materiais que normalmente são
jogados fora pode-se fazer desde brinquedos até máscaras para
dramatizações. Busque a integração com as outras disciplinas.
a) Corrida Ecológica
Saneamento – 3 Lixo – 4
Reflorestamento - 2 Desmatamento – 3
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Você fará perguntas aparentemente despretensiosas, evitando
induzi-los para alguma resposta. Lembre-se que os próprios
participantes constroem o jogo. Você é apenas um facilitador.
Este é o momento mais importante da atividade porque você
provoca o debate. A idéia é mexer com a percepção e valores
dos participantes trocando os números anteriormente
estabelecidos quantas vezes forem necessárias. Isso ocorrerá de
acordo com as novas opiniões dos participantes.
Você precisará apagar e colocar distintos números, todas as
vezes que existirem sugestões e palpites. Se criar confusão,
ótimo, pois neste caso, vale mais confundir do que você,
arbitrariamente, definir os valores a partir de sua percepção.
b) Quebra-cabeça Ecológico
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Com uma tesoura, faça cortes livres produzindo assim um
quebra-cabeça. É claro que neste momento você não vai pedir
para as crianças manusearem a tesoura, pois é perigoso.
É importante atentar para o fato de que as crianças sentem um
maior prazer quando conseguem transpor um obstáculo mais
difícil. Por isso, é interessante quebra-cabeça mais complicados
com fotografias mais agradáveis. E quebra-cabeça mais simples,
com fotografias que revelem a destruição da natureza e do ser
humano.
Quando a criança monta com rapidez um quebra-cabeça simples
– algo que, para ela, não é tão interessante – depara com uma
imagem degradante e, provavelmente, a memoriza de forma
negativa. O mesmo acontece ao contrário, com um quebra-
cabeça que estimula sua montagem e que, ao final, reflete uma
imagem harmoniosa.
c) Jogo do Slide
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interpretam melhor os distintos registros. Pode-se utilizar esta
atividade como um instrumento de realização de um curso,
oficina, conferência, etc.
Importante também é fazer uma análise comparativa entre o
micro e o macro ao registrar uma imagem num tamanho pequeno
e logo em seguida, vê-la gigantesca na parede, servindo de
objeto de análise de outras pessoas. Pode-se entender, neste
caso, que as ações exercidas pelo ser humano, mesmo
aparentemente pequenas, possuem um poder muito grande,
poder que, em sua essência, pode traduzir um processo
construtivo, mas também, destrutivo.
Penso que esta atividade funciona melhor quando a imagem é
feita no início de um Curso e a exibição só ocorre no final. Sem,
contudo, que o participante saiba que sua minúscula imagem se
transformará num slide a ser exibido. É sempre uma boa
surpresa.
d) Presente da Natureza
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participante nº 3 continua o jogo escolhendo um presente
embrulhado da mesa ou o presente do participante nº 2 ou ainda,
do participante nº 3.
E assim sucessivamente, até que a brincadeira vai tomando
forma e todos são contemplados.
Os objetivos são estimular a cooperação e o diálogo, favorecer a
sintonia entre os participantes e entender a natureza como um
bem que deve ser utilizado por todos, mas com consciência,
sabedoria e solidariedade.
e) Feira Verde
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Algumas datas que podem ser aproveitadas para implementar a
FEIRA VERDE:
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Para enriquecimento da Feira Verde, você pode implementar o
ECO-RÁDIO. Um pouco de articulação e boa vontade dos
membros da comunidade, são suficientes para fazer funcionar no
dia do evento, uma Rádio Ecológica. É um rádio comum
emprestado por alguém, com fios (doados) interligando algumas
caixas de alto-falantes tocando músicas com temas ambientais e
informações relevantes para a área de meio ambiente,
curiosidades, etc.
Pode-se montar uma equipe de locutores voluntários participando
sob a forma de escala, assim como definir quem será o editor,
redator dos textos, colecionador dos temas e assuntos.
a. Estudo do meio
Leva o aluno a estudar os diversos componentes da natureza e
da sociedade, tornando-o mais consciente da realidade em que
se insere. Consiste numa técnica de colocar o aluno em contato
progressivo com todos os elementos do ambiente em que vive e
atua (escola, comunidade, meio físico etc.), através de passeios
ecológicos.
Objetivos:
O aluno deverá ser capaz de entrar em contato com a realidade,
através de seus múltiplos aspectos, de modo objetivo e or-
denado. Conhecer o meio a fim de senti-lo, usá-lo e aproveitá-lo;
reconhecer os aspectos negativos da sociedade, sem
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desenvolver rancores, porém de forma coerente, visando a
superação dos males de forma construtiva.
Planejamento:
Deve ser realizado pelo professor com a participação dos alunos.
É aconselhável um reconhecimento prévio do local a ser
estudado. Com as informações e observações obtidas, os
professores devem analisar as situações e escolher algumas
para discuti-las com os alunos em função de cada disciplina. Para
a coleta de dados tanto vale o relatório, quanto fotografias,
entrevistas, consultas de arquivos etc. Os alunos devem atuar
agrupados em equipes, cientes e preparados para as tarefas a
serem cumpridas.
Execução:
Fazer a coleta de dados, elaborar o trabalho e tirar conclusões.
Cada grupo redigirá um relatório referente à tarefa e se informará
dos relatórios dos outros grupos, a fim de se obter uma visão
global do meio estudado.
Apresentação:
Reunião para grupos exporem e discutirem seus relatórios,
podendo-se usar diversas técnicas de apresentação: maquetes,
slides, fotos, dramatização, painéis, jogral etc.
b. Estudo de caso
Leva o aluno a averiguar com aprofundamento uma situação
particular que constitua principal ameaça ao meio a que pertence
a comunidade e refletir sobre ela, a fim de contribuir para a
solução. Por exemplo: indústria poluidora, fonte fixa de poluição,
depredação ou destruição ambiental etc.
Objetivos
Conhecer melhor o meio através de contato com a realidade;
descobrir aspectos particulares de um caso relevante na co-
munidade através de pesquisa e reflexão; servir de veículo de
integração entre várias disciplinas, séries, escola, comunidade e
meio.
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Metodologia:
Reconhecimento do meio a ser trabalhado para seleção de caso;
averiguação do campo e anotações; contatos necessários
(entidades, pessoas pertinentes ao assunto); planejamento global
da aplicação técnica; elaboração de instrumentos para coleta de
dados; execução do planejamento; análise dos dados coletados;
apresentação dos resultados finais.
Planejamento:
Direcionamento de conteúdo; qual a questão fundamental do
caso? O que será mais enfocado no estudo? Quais os problemas
relacionados e ocasionados por ele? Como isto está afetando o
meio? Quem são os principais prejudicados e beneficiados?
Como se processa e se processou o problema e por quê? Quais
as alterações ocorridas e que poderão ocorrer?
c. Memória viva
Resgate de imagens conservadas na memória, através do relato
de pessoa idosa ou experiente, da comunidade, aos alunos.
Possibilita voltar a sentir sensações de alegria e tristeza de fatos
vividos. É conhecer, recriar, reconstruir e retratar fatos ocorridos
no passado e, com visão crítica e de análise, associar as
mudanças do meio no decorrer do tempo.
Objetivo:
Proporcionar ao aluno a possibilidade de, em contato com o
antigo meio, utilizar o raciocínio abstrato e associar as mudanças
do meio no decorrer do tempo.
Procedimentos:
As pessoas escolhidas para a entrevista com os alunos devem
ter raízes antigas no bairro e apresentar tendência a conversar,
ouvir, dialogar. Ao entrevistado solicita-se; falar onde nasceu e
como foi a infância; descrever a casa, escola, quintal, pomar, o
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trajeto da casa a escola, os professores e colegas, o sistema de
ensino; o bairro como foi criado, o que era o local antes (sítio,
fazenda, chácara etc.), como era a disposição das casas na rua,
no bairro, os recursos que o bairro apresentava quanto às áreas
de uso coletivo como jardins, praças, bosques, parques, áreas
verdes; os rios, riachos, os córregos que passam pelo bairro, se
tinham águas límpidas, peixes; as pessoas os utilizavam para
recreação e abastecimento etc. - e hoje, como está?; os hábitos
alimentares; as festas religiosas e atividades culturais; as
políticas e os políticos como eram e se haviam alguém que se
interessava ou atuava em benefício do meio ambiente; qual a
atividade econômica principal, quais os produtos agrícolas que
existiam e quais perduram até hoje; a atividade industrial
instalada no bairro e quais os benefícios e prejuízos que acar-
retaram no bairro, como barulho, fumaça, poluição etc.; a
atividade comercial instalada no bairro e quais os benefícios e
prejuízos decorrentes com a provável expansão do comércio; os
sistemas e meios de transporte; o sistema de comunicação e
como as pessoas faziam para informar-se. Ressalta-se que não
há necessidade de ter pressa ou qualquer outra linearidade na
prosa.
Apresentação:
É interessante que a realização da Memória Viva seja feita em
conjunto com os estudos de caso e de meio.
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Então, a primeira coisa a fazer diante de uma agressão à na-
tureza é NÃO FICAR CALADO! A Constituição nos garante que
um meio ambiente preservado é direito de TODOS! Precisamos
nos organizar para garantir nossos direitos a um meio ambiente
limpo, para nós e para os que virão depois de nós!
Mas como enfrentar problemas tão graves, se somos tão
poucos? Pensando assim, muita gente que poderia ajudar, acaba
ficando de fora. Se nenhum de nós nunca começar, nunca tomar
uma atitude pessoal e firme diante da poluição ao nosso meio
ambiente, seremos sempre poucos. Mas você pode ajudar a mu-
dar isso a partir de sua sala de aula, com seus alunos.
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é ainda pior: "Sábado não é meu dia de trabalho, por tanto não vou me
prejudicar"; ou então: "não tenho tempo".
Como se a conquista dos nossos direitos precisasse de pessoas
desocupadas. Pessoas desocupadas normalmente não se
interessam por coisa alguma, por isso são desocupadas. Tempo
a gente arranja, administrando nossa vida.
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vai descobrir que suas aulas se tornarão muito interessante e
seus alunos bastante motivados.
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A discussão com os alunos dos lugares a serem visitados bem
como outros preparativos já serão motivo suficiente para sensibili-
zar os alunos sobre temas do currículo. Basta ficar atento para as
oportunidades que irão surgindo. É importante preparar os alunos
antes para o que você pretende que observem durante o passeio,
em função do roteiro e objetivos. A floresta a ser visitada deve ser
a mais próxima possível da comunidade. Não ajuda muito fazer
viagens que só complicam e encarecem o passeio, para
conhecer outras realidades distantes dos alunos.
Solicite Autorização
É necessário estar devidamente autorizado tanto em nível dos
pais dos alunos, quanto da direção da escola. Caso o passeio
seja numa área de proteção ambiental, não esqueça de também
pedir autorização ao órgão responsável pela guarda da área, bem
como informar-se dos horários e até solicitar um técnico que
conheça bem aquela área para orientar o passeio.
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esparadrapo, pomada anestésica, band-aid, algodão, atadura,
amônia - para picadas de insetos, protetor contra queimaduras do
sol, repelente, anti-alérgicos, analgésicos, álcool, tesoura, pinça,
faca ou canivete etc.); fósforos etc.
Planeje Antes
Programe bem o horário: tempo de viagem, hora para
concentração, saída, paradas para lanche, retorno etc. Lembre-
se que na mata escurece mais cedo. Planeje paradas
estratégicas, em função das características locais, para aulas ao
ar livre sobre temas curriculares. Por isso é aconselhável uma
visita prévia do professor. Procure fazer um mapeamento das
trilhas e sempre vá acompanhado por alguém que conheça o
local, de preferência algum grupo ecológico que atue na área,
para já ir fazendo a integração escola-comunidade. O transporte
pode ficar ao encargo de cada aluno se o local do passeio for
perto, não sendo necessário ônibus ou algum esquema especial.
Combine um ponto onde todos possam chegar de ônibus. Daí em
diante é andar à pé. Pode ser uma boa oportunidade para ensinar
seus alunos a se portarem civilizadamente nas vias públicas.
Prepare os Alunos
Em função de cada uma das disciplinas, o que você pretende que
seus alunos observem? Comece uns 15 dias antes a preparar o
passeio com os alunos, falando sobre temas do currículo para
explicar o que pode vir a ser observado durante a estada na
floresta. É como utilizar o meio ambiente como laboratório vivo
para as observações da natureza. É muito importante orientar
seus alunos sobre a maneira correta de portar-se na floresta. Ela
é a casa das árvores e dos animais. A gente não costuma jogar
lixo na casa dos outros quando vai visitá-los. A única coisa que
podemos deixar numa floresta são pegadas. As únicas coisas
que podemos tirar são fotografias (exceção aos materiais mortos
para o museu ou trabalhos de arte a serem coletados com
critério).
Relaxe e Aproveite
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Essa visita proporciona um clima de ensino e aprendizagem moti-
vador. Preste atenção nos seus alunos, no brilho dos olhos, no
interesse por tudo em volta. Você está vendo os homens e
mulheres que estarão, amanhã, cuidando dos destinos do
planeta. Deles talvez dependa a sobrevivência da própria floresta
que visitam. Não se preocupe só em ensinar. Procure aprender
também com seus alunos. Ver o mundo pelos olhos das crianças
e dos jovens. Um exercício que pode ser revigorante.
a. CAPA
Título: Dê um título ao projeto que já deixe claro o principal ob-
jetivo. Pode ser um título pequeno, uma ou duas palavras, com
um subtítulo que identifique o objetivo a ser alcançado.
b. DESCRIÇÃO DO PROJETO
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Importância do projeto quanto ao tratamento do problema ou assunto em
questão:
O leitor deve sentir que o problema pode ser tratado com su-
cesso, num razoável período de tempo, com os recursos disponí-
veis e que o projeto fará uma diferença mensurável no sentido de
resolver ou melhorar o problema.
Objetivos
Situe os objetivos do projeto.
Método/Plano de Ação:
Defina os métodos que serão usados durante o projeto. Faça
também um cronograma indicando, antecipadamente, as datas
para as ações do projeto. A metodologia deve descrever como os
objetivos serão alcançados. Verifique se ficou clara a conexão
entre os objetivos do seu projeto e os métodos propostos, evite
redundâncias.
c. CONTINUIDADE DO PROJETO
Como os fundos são limitados, muitos doadores não estão inte-
ressados em financiar projetos que representem esforços isola-
dos de conservação. Ao contrário, eles buscam projetos bem vin-
culados, com estratégias a longo prazo. E importante, portanto,
demonstrar que haverá uma continuidade do projeto e que existe
um compromisso verdadeiro entre a sua instituição a outros en-
volvidos na implementação de recomendações, planos, estraté-
gias, materiais, etc., resultantes do projeto. Indique se você
pretende participar da continuidade do projeto, ou quem será o
novo encarregado (indivíduo ou instituição).
d. RECURSOS HUMANOS
Defina, de maneira breve, os antecedentes de cada indivíduo e
que papel cada um deles desempenha nas diferentes fases do
projeto. O curriculum vitae de cada indivíduo deve ser anexado
ao projeto.
33
e. ORÇAMENTO
Certifique-se de que tenha feito uma lista com a quantia total
necessária para o projeto. Forneça uma lista detalhada das
despesas por categorias (ex.: recursos humanos, viagens,
materiais de consumo, equipamentos, etc.).
f. REFERÊNCIAS
Forneça nomes, endereços e telefones de 3 pessoas compe-
tentes para rever sua proposta e suas qualificações para ser o
responsável pelo projeto.
g. APÊNDICES
- Curriculum vitae e lista de publicações do pessoal que parti-
cipará do projeto.
- Relatório anual ou relatório de atividades e declaração de renda
da instituição.
- Mapa da área do projeto.
34
- Carta de endosso de instituições locais, agências go-
vernamentais, apoio de autoridades internacionais bem conheci-
das, etc.
- Descrição mais detalhada dos métodos.
Gincana da Reciclagem
É preciso esclarecer que lixo não existe. O que se chama de lixo
é só matéria prima fora do lugar. O objetivo da gincana da
reciclagem e projetos de coleta seletiva do lixo não é motivar os
alunos a lidarem com materiais recicláveis. Este é o alvo
secundário. O objetivo principal é, através do envolvimento dos
alunos nos projetos, estimular a reflexão crítica sobre a
sociedade de consumo, baseada da superexploração ilimitada de
recursos naturais limitados, no desperdício, no descartável, no
supérfluo. Por isso é fundamental que a gincana da reciclagem
seja o tema interdisciplinar de mutirões pedagógicos que
envolvam todas as disciplinas. Cada professor, dentro das
especificidades de sua disciplina, deve explorar ao máximo, em
sala de aula, o tema da gincana, estimulando os alunos a re-
fletirem criticamente sobre a questão do lixo diante do meio
ambiente e da sociedade consumista e desperdiçadora em que
vivemos.
Consiga um canto qualquer da escola, se possível fora do acesso
dos alunos, para a estocagem dos materiais. A gincana pode
durar um mês e envolver todas as turmas da escola ou só as
turmas de um dos turnos. Ganha a gincana a turma que
conseguir o maior peso de papel velho ou alumínio, por exemplo.
Os materiais devem ser acondicionados em sacos grandes, com
o número da turma bem visível. Ao final do período, percorra os
ferros-velhos ou locais de compra de materiais e veja o melhor
preço. Combine com o comprador um dia certo para a pesagem
(deve ser feita na frente dos alunos), transporte e pagamento dos
materiais. A metade do que for apurada com a venda total dos
materiais fica para a turma vencedora. A outra metade fica para a
escola adquirir uma vasilha de lixo extra para colocar em cada
sala de aula para os materiais recicláveis, galões adequados para
35
a seleção de materiais e impressão de circulares e manuais
sobre como fazer a coleta seletiva de lixo, para distribuição entre
os pais dos alunos e outras escolas.
Podem ainda ser desenvolvidos concursos paralelos de redação
e cartazes com o tema lixo e meio ambiente, bem como palestras
que estimulem a formação de grupos ecológicos na escola.
O lixo é, seguramente, ao lado da falta de rede de esgoto, o
maior problema do meio ambiente nas cidades. Estimular a
seleção e a reciclagem é contribuir para novas posturas dos
cidadãos com suas cidades e o meio ambiente.
+++
39
Educação Ambiental Informal
EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFORMAL
Textos Auxiliares
Tudo está relacionado entre si
43
para que possam formar os desejos para o dia de amanhã. Mas nós
somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E
por serem ocultos, temos de escolher o nosso próprio caminho. Se
consentirmos, é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez
possamos viver os nossos últimos dias conforme desejamos. Depois que
o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da
sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu
povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos
como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te
vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a
como nós a protegíamos. Nunca esqueças como era a terra quando dela
tomaste posse. E com toda a tua força, o teu poder, e todo o teu coração
conserva-a para teus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma
coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por
ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.
Agenda 21
Agenda 21
44
doença e o analfabetismo de todo o mundo; e que estão
causando a contínua deterioração dos ecossistemas de que de-
pendemos para a vida na Terra.
Podemos mudar de rumo. Podemos melhorar os padrões de vida
daqueles que sofrem necessidades. Podemos administrar e
proteger melhor os ecossistemas e tornar realidade um futuro
mais próspero para todos nós. "Nenhuma nação pode alcançar
esse objetivo sozinha", afirma Maurice Strong, Secretário Geral
da Conferência, no preâmbulo da Agenda 21. "Mas juntos
podemos, através de uma parceria global para o desenvolvimento
sustentável".
Destacamos da Agenda 21 o compromisso das nações com a
educação ambiental:
45
o Reduzir os índices de analfabetismo adulto para no
mínimo a metade de seus níveis de 1990, com atenção
particular para as mulheres.
o Sancionar as recomendações da Conferência Mundial
de Educação para Todos (Atendendo às Necessidades
Básicas de Aprendizado), realizada na Tailândia em março
de 1990.
o Fornecer educação ambiental e de desenvolvimento
desde a idade da escola primária até a idade adulta.
o Integrar os conceitos de meio ambiente e desenvolvi-
mento, incluindo demografia, em todos os programas
educacionais, com ênfase particular na discussão de
problemas ambientais em um contexto local.
o Criar uma comissão nacional, representativa de todos
os interesses ambientais e de desenvolvimento, para dar
consultoria sobre educação.
o Envolver as crianças em estudos locais e regionais
sobre saúde ambiental, incluindo água potável segura,
saneamento, alimentos e ecossistemas.
o Promover cursos universitários interdisciplinares em
campos que têm impacto sobre o meio ambiente.
o Promover programas de educação de adultos
baseados em problemas locais relacionados ao meio
ambiente e ao desenvolvimento.
46
O aperfeiçoamento é um dos instrumentos mais eficazes para
promover e facilitar a transição para um mundo mais sustentável.
Deve ter como foco específico o emprego, com o objetivo de
suprir falhas em conhecimentos e habilidades, de modo a ajudar
o indivíduo a se envolver em um trabalho ligado ao meio
ambiente e ao desenvolvimento.
O treinamento científico exige a transferência de nova tecnologia,
ambientalmente saudável, e de khow-how. Técnicos ambientais
devem ser recrutados localmente e treinados para servir às
necessidades das comunidades. Os governos, a indústria, os
sindicatos e os consumidores devem promover a compreensão
do interrelacionamento entre o meio ambiente saudável e as boas
práticas empresariais.
O custo anual estimado dos programas da Agenda 21 para edu-
cação, promoção da conscientização ambiental e aperfeiçoa-
mento fica entre 14,2 bilhões de dólares e 16,3 bilhões de dólares
no período 1993-2000. Desse total, de 5,6 bilhões a 6,6 bilhões
de dólares têm que provir de fontes internacionais em termos de
subvenção ou concessão.
47
papel central da educação na formação de valores e na ação so-
cial. Nos comprometemos com o processo educativo
transformador através de envolvimento pessoal, de nossas
comunidades e nações para criar sociedades sustentáveis e
eqüitativas. Assim, tentamos trazer novas esperanças e vida para
nosso pequeno, tumultuado mas ainda assim belo planeta.
I. Introdução
49
9. A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar,
refletir e utilizar a história indígena e culturas locais, assim como
promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica. Isto
implica em uma revisão da história dos povos nativos para
modificar os enfoques etnocêntricos, além de estimular a
educação bilíngüe.
10. A educação ambiental deve estimular e potencializar o poder
das diversas população, promover oportunidades para as
mudanças democráticas de base que estimulem os setores
populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem
retomar a condução de seus próprios destinos.
11. A educação ambiental valoriza as diferentes formas de co-
nhecimento. Este é diversificado, acumulado e produzido
socialmente, não devendo ser patenteado ou monopolizado.
12. A educação ambiental deve ser planejada para estimular as
pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.
13. A educação ambiental deve promover a cooperação e o
diálogo entre indivíduos e instituições, com a finalidade de criar
novos modos de vida, baseados em atender às necessidades
básicas de todos, sem distinções étnicas, físicas, de gênero,
idade, religião, classe ou mentais.
50
III. Plano de Ação
51
8. Fazer circular informações sobre o saber e a memória popula-
res; e sobre iniciativas e tecnologias apropriadas ao uso dos
recursos naturais.
9. Promover a co-responsabilidade dos gêneros feminino e
masculino sobre a produção, reprodução e manutenção da vida.
10. Estimular e apoiar a criação e o fortalecimento de asso-
ciações de produtores e de consumidores e redes de comer-
cialização que sejam ecologicamente responsáveis.
11. Sensibilizar as populações para que constituam Conselhos
Populares de Ações Ecológicas e Gestão do Ambiente visando
investigar, informar, debater e decidir sobre problemas e políticas
ambientais.
12. Criar condições educativas, jurídicas, organizacionais e
políticas para exigir dos governos que destinem parte significativa
de seu orçamento à educação e meio ambiente.
13. Promover relações de parceria e cooperação entre as ONGs
e movimentos sociais e as agências da ONU (UNESCO, PNUNA,
FAO, entre outras), a nível nacional, regional e internacional, a
fim de estabelecer em conjunto as prioridades de ação para
educação, meio ambiente e desenvolvimento.
14. Promover a criação e o fortalecimento de redes nacionais,
regionais e mundiais para realização de ações conjuntas entre
organizações do Norte, Sul, Leste e Oeste com perspectiva
planetária (exemplos: dívida externa, direitos humanos, paz,
aquecimento global, população, produtos contaminados).
15. Garantir que os meios de comunicação se transformem em
instrumentos educacionais para a preservação e conservação de
recursos naturais, apresentando a pluralidade de versões com
fidedignidade e contextualizando as informações. Estimular
transmissões de programas gerados por comunidades locais.
16. Promover a compreensão das causas dos hábitos con-
sumidores e agir para a transformação dos sistemas que os sus-
tentam, assim como para a transformação de nossas próprias
práticas.
52
17. Buscar alternativas de produção autogestionária apropriadas
econômica e ecologicamente, que contribuam para uma melhoria
da qualidade de vida.
18. Atuar para erradicar o racismo, o sexismo e outros precon-
ceitos; e contribuir para um processo e reconhecimento da
diversidade cultural, dos direitos territoriais e da autodeter-
minação dos povos.
19. Mobilizar instituições formais e não-formais de educação
superior para o apoio ao ensino, pesquisa e extensão em
educação ambiental e a criação, em cada universidade, de centro
interdisciplinares para o meio ambiente.
20. Fortalecer as organizações e movimentos sociais como espa-
ços privilegiados para o exercício da cidadania e melhoria da
qualidade de vida e do ambiente.
21. Assegurar que os grupos de ecologistas popularizem suas
atividades e que as comunidades incorporem em seu cotidiano a
questão ecológica.
53
2. Estimular e criar organizações, grupos de ONGs e Movimentos
Sociais para implantar, implementar, acompanhar e avaliar os
elementos deste Tratado.
3. Produzir materiais de divulgação deste Tratado e de seus
desdobramentos em ações educativas, sob a forma de textos,
cartilhas, cursos, pesquisas, eventos culturais, programas na
mídia, feiras de criatividade popular, correio eletrônico, e outros.
4. Estabelecer um grupo de coordenação internacional para dar
continuidade às propostas deste Tratado.
5. Estimular, criar e desenvolver redes de educadores ambien-
tais.
6. Garantir a realização, nos próximos três anos, do 10. Encontro
Planetário de Educação Ambiental para Sociedades Sus-
tentáveis.
54
3. Profissionais de educação interessados em implantar e imple-
mentar programas voltados a questão ambiental tanto nas redes
formais de ensino, como em outros espaços educacionais.
4. Responsáveis pelos meios de comunicação capazes de aceitar
o desafio de um trabalho transparente e comunicação de massas.
5. Cientistas e instituições científicas com postura ética e
sensíveis ao trabalho conjunto com as organizações dos
movimentos sociais.
6. Grupos religiosos interessados em atuar junto às organizações
dos movimentos sociais.
7. Governos locais e nacionais capazes de atuar em sin-
tonia/parceria com as propostas deste Tratado.
VI. Recursos
55
3. Propor políticas econômicas que estimulem empresas a desen-
volverem e aplicarem tecnologias apropriadas e a criarem
programas de educação ambiental parte de treinamentos de pes-
soal e para a comunidade em geral.
4. Incentivar as agências financiadoras a alocarem recursos
significativos a projetos dedicados à educação ambiental; além
de garantir sua presença em outros projetos a serem aprovados,
sempre que possível.
5. Contribuir para a formação de um sistema bancário planetário
das ONGs e movimentos sociais, cooperativo e descentralizado,
que se proponha a destinar uma parte de seus recursos para
programas de educação e seja ao mesmo tempo um exercício
educativo de utilização de recursos financeiros.
57
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético
do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e mani-
pulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços ter-
ritoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos,
sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de
lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos
atributos que justifiquem sua proteção.
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de significativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de téc-
nicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente;
58
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos
Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos
ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua
localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser
instaladas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 3.o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm
direito à educação ambiental, incumbindo:
60
II - a garantia de democratização das informações ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica
sobre a problemática ambiental e social;
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente,
entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável do exercício da cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País,
em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de
uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos
princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia,
justiça social, responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a
tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos
e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Seção I
Disposições Gerais
61
§ 1.o Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação
Ambiental serão respeitados os princípios e objetivos fixados por
esta Lei.
§ 2.o A capacitação de recursos humanos voltar-se-á para:
I - a incorporação da dimensão ambiental na formação,
especialização e atualização dos educadores de todos os níveis e
modalidades de ensino;
II - a incorporação da dimensão ambiental na formação,
especialização e atualização dos profissionais de todas as áreas;
III - a preparação de profissionais orientados para as atividades
de gestão ambiental;
IV - a formação, especialização e atualização de profissionais na
área de meio ambiente;
V - o atendimento da demanda dos diversos segmentos da
sociedade no que diz respeito à problemática ambiental.
Seção II
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
62
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos.
Seção III
Da Educação Ambiental Não-Formal
63
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as
ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da
coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e
participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
64
Art. 16. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na esfera
de sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirão
diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental,
respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de
Educação Ambiental.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
65
Modelos de Projetos
MODELOS DE PROJETOS
Este projeto foi implantado pelo autor na Rede Escolar Pedro II, na
Cidade do Rio de Janeiro, com o patrocínio do UNIBANCO ECOLOGIA.
Envolveu cerca de 1.000 professores e 10 mil alunos.
1. TÍTULO:
LIXO - O EXEMPLO COMEÇA NA ESCOLA
2. OBJETIVOS:
Implantar a coleta seletiva de lixo nos prédios da rede escolar do
Pedro II, compreendendo nove unidades.
3. LOCALIZAÇÃO:
Cidade do Rio de Janeiro
4. DURAÇÃO:
6 meses
5. PARCERIAS:
Rede escolar do Pedro II e WM Reciclagem
66
1. Implantar sistema de coleta seletiva de lixo nas nove unidades
da rede escolar do Pedro II.
2. Estimular a coleta seletiva na casa dos alunos e, por extensão,
na comunidade, procurando envolver empresas privadas e gover-
nos.
3. Potencializar o trabalho já realizado, complementando e re-
forçando as ações de sensibilização, através de programas de
divulgação e educação ambiental sobre reciclagem.
IV. DESENVOLVIMENTO
O projeto Lixo - O exemplo começa na escola consiste na implan-
tação do sistema de coleta seletiva de lixo nos nove prédios das
unidades escolares da rede Pedro II, localizada na cidade do Rio
de Janeiro. Em cada unidade, próximo à cantina, serão instalados
recipientes coloridos para coleta de papel, plástico, metal, vidro,
que além de coletar o lixo, funcionarão como sinalizadores do
projeto e instrumentos de sensibilização e educação ambiental.
Em cada sala de aula haverá duas vasilhas, uma para materiais
recicláveis e outra para o restante. Os responsáveis pelo sistema
de coleta em cada escola recolherá diariamente os materiais
recicláveis, limpando-os e separando-os, acondicionando em
sacos e guardando-os na própria unidade, no local combinado,
para posterior recolhimento pela empresa compradora de
materiais recicláveis (WM), nas datas combinadas. A WM
fornecerá as vasilhas para as salas de aula, e trocará os resíduos
por algo de interesse dos alunos, a combinar com cada unidade
escolar. A sensibilização dos alunos para o projeto será feita
pelos professores das próprias unidades escolares, prevendo-se
a exibição de vídeos sobre reciclagem e palestras, com afixação
de cartazes sobre a coleta seletiva em cada sala de aula e
distribuição de uma cartilha colorida, que ensina o que separar,
como fazer, qual a importância. O Projeto prevê uma etapa de
consolidação, com a realização de Seminário ao final de seis
meses, com os pais, alunos, professores para divulgação dos
resultados, apresentação de vídeo do projeto e distribuição de
prêmios as unidades escolares, turmas e funcionários que mais
se destacarem.
67
V. PRODUTOS DO PROJETO
- Cartilha formato 21x28, ilustrada colorida,
- Cartaz duplo ofício, colorido
- Release e dossiê para imprensa.
VII. CUSTOS
Os recursos solicitados ao PATROCINADOR visam atender aos
seguintes itens:
1. Pessoal: Por se tratar de um trabalho que exige conscienti-
zação, a fase de implantação deste projeto, até que se torne
autosustentável, precisa da contratação de dois trabalhadores
braçais para auxiliar na coleta dos materiais nas noves unidades,
limpeza, acondicionamento, transporte e treinamento do pessoal
que assumirá a tarefa após o fim do projeto.
68
2. Despesa Direta: Este item prevê a aquisição, pelo PATROCINA-
DOR, de 100 sacos resistentes para armazenamento do material
selecionado e aquisição e instalação dos nove recipientes para
coleta seletiva junto às cantinas.
3. Material Didático e de Divulgação: Este item prevê a cartilha de
educação ambiental para distribuição aos alunos e cartaz de di-
vulgação.
4. Documentação: Este item prevê a produção de um vídeo sobre o
projeto com o objetivo de motivar para a participação no projeto e
estimular sua multiplicação, além de fotos para relatórios e
imprensa.
1. TÍTULO:
CAMPANHA ADOTE UMA ÁRVORE
2. OBJETIVO:
69
Contribuir para a estabilidade de área de encosta sujeita a risco
junto à comunidade carente, com o reflorestamento de mudas de
árvores nativas de mata atlântica, exóticas e frutíferas.
3. LOCALIZAÇÃO GEO-GRÁFICA
Morro do Vital Brasil, no município de Niterói, no Estado do Rio
de Janeiro.
4. DURAÇÃO:
6 meses
5. PARCERIAS:
Prefeitura Municipal de Niterói, Associação dos Engenheiros
Florestais - RJ; FAMERJ: UERJ; Instituto Vital Brasil.
II. OBJETIVOS
1. Estabilizar encosta sujeita a deslizamento, junto à comunidade
carente, com o plantio de árvores nativas de mata atlântica, exó-
ticas e frutíferas, com mão de obra remunerada da própria
comunidade e participação voluntária de crianças da
comunidade.
2. Divulgar a importância da preservação ambiental como estra-
tégia para garantir a qualidade de vida na comunidade, evitando-
se jogar lixo nas encostas e construir de forma irregular.
3. Estimular a participação da comunidade para a proteção das
mudas plantadas através da estratégia de "adoção" das mudas,
passeios educativos nos locais de plantio e mutirões comunitários
voluntários de plantio.
4. Divulgar modelo de reflorestamento comunitário para outras
comunidades em condições semelhantes, estimulando a
multiplicação do projeto.
III. DESENVOLVIMENTO
70
O Projeto da Campanha Adote Uma Árvore possui duas ações
complementares, a saber:
1) Produção das mudas, plantio e manutenção das mudas;
2) Educação Ambiental. A equipe florestal trabalha integrada com
a da Educação Ambiental.
Na fase preparatória, enquanto uma equipe cuida da escolha e
preparação das áreas de plantio e viveiro e da produção de
mudas, a outra cuida da reciclagem e reuniões com os
professores e trabalho de educação ambiental com os alunos nas
escolas circunvizinhas. O objetivo é engajar a comunidade no
trabalho voluntário de plantar e manter as mudas plantadas.
A equipe florestal, em conjunto com as lideranças comunitárias,
escolherão as áreas prioritárias, para a limpeza de terreno e
plantio, combinando data para o mutirão comunitário. Também
será escolhido e preparado o local para o viveiro das mudas. Nas
escolhas das áreas serão realizadas análises do solo 9ph,
Fertilidade, necessidade de calagem e/ou adubação) e cálculo da
área disponível.
71
O preparo do terreno será feito em parceria Prefeitura-Comuni-
dade local, em regime de mutirão, com os seguintes objetivos: 1)
limpeza e roçada; 2) Drenagem do terreno; 3) Abertura de covas;
4) Marcação, dimensionamento e abertura das cores; 5) Calagem
e adubação; 6) Plantio; 7) Manutenção das mudas.
A fase de manutenção exigirá vigilância assídua da própria co-
munidade, daí a estratégia do projeto com a "adoção", para
impedir ações predatórias, combate ou alarme contra fogo,
replantio das mudas que não vingaram, manutenção dos aceiros,
combate às pragas, principalmente às formigas saúva, quem-
quem e o senador. nesta fase a equipe de educação ambiental
usará a estratégia de adoção das mudas por um "padrinho", que
pode ser criança ou adulto da própria comunidade.
Através de palestras com vídeos de sensibilização nas escolas
circunvizinhas e na associação de moradores local, os
interessados em adotar mudas preencherão um termo de
compromisso e, após o plantio, receberão um diploma de Amigo
da Natureza. São estratégias pedagógicas para criar
compromisso e vínculos entre a muda e o novo "padrinho". Todo
mês será feito caminhada ecológica da escola até as mudas para
acompanhar seu crescimento. Em sala de aula os professores
serão estimulados a empregarem a Campanha como tema de
aula no próprio currículo, e estimularão os alunos a manterem um
caderno em separado para acompanhar o crescimento de sua
muda em função das estações do ano, ocorrência de pragas e
animais, flores, frutos, etc.
72
3. Contribuição para a melhoria da qualidade de vida no local,
com atuação de pássaros, melhoria no microclima, melhoria na
paisagem.
4. Com a contenção da erosão, as partes baixas da cidade dei-
xarão de ter seu sistema de água pluviais entupidos em função
de sedimentos que descem do morro por ocasião das chuvas.
5. Maior conscientização ambiental e participação popular na
melhoria das condições de vida do lugar, contribuindo para a
formação do cidadão crítico e participativo.
V. CUSTOS:
Os recursos solicitados ao PATROCINADOR visam atender aos
seguintes itens.
1. Pessoal
Será necessário a contratação de três trabalhadores comunitários
da própria localidade que trabalharão em tempo integral no pro-
jeto, seja como mudeiros, seja auxiliando na integração do
projeto com a comunidade e na manutenção das mudas
plantadas.
2. Despesa Direta
Além dos gastos com implantação do viveiro, será necessária a
aquisição um número de mudas para o plantio inicial, até que o
viveiro fique pronto.
3. Material Didático e de Divulgação
Este item inclui a cartilha de educação ambiental, o cartaz para
divulgação, o tempo de compromisso em papel xerox, o diploma
de "Amigo da Natureza" e de papel reciclado e silk-screen, o
dossiê para imprensa e a aquisição de placas de sinalização do
projeto.
4. Documentação
Será necessário recursos para a produção de um vídeo sobre o
projeto, garantindo não só a motivação dos participantes como a
multiplicação para outras comunidades, além da produção de
fotos para relatórios e imprensa.
73
(foto)
I. TÍTULO:
AMIGO DA NATUREZA
II. DEFINIÇÃO
Conjunto de projetos interligados destinados ao público escolar
de 5ª a 8ª séries de 1º Grau, nas áreas periféricas e de expansão
da empresa patrocinadora, bem como ao público consumidor,
frequentador da empresa. Visa contribuir com nova imagem da
empresa junto ao público consumidor ou usuários, bem como
desenvolver ou aprimorar a consciência ambiental através de
ações práticas.
O papel reaproveitado pelo projeto será separado em "claro" e
"não-claro". O papel claro será trabalhador pelos alunos, transfor-
mando-se em cartões comemorativos da empresa, com frases e
desenhos alusivos ao tema "Amigo da Natureza". Estas frases e
desenhos serão objeto de concurso escolar.
75
aos melhores trabalhos interescolares, será feita em solenidade
especial, com a presença dos diretores da empresa, que também
adotarão árvores.
Os quatro melhores trabalhos de desenho, bem como as quatro
melhores frases, serão impressas em cartões comemorativos
feitos a partir de papel claro reciclado, e distribuído pela empresa
por ocasião do dia Mundial do Meio Ambiente, Natal, ou outra
data comemorativa a seu critério.
76
acontecer acidentes, etc., com espaço para o padrinho escrever
nome e características da muda, copiando da cinta. A entrega
das mudas será feita na solenidade de entrega dos prêmios da
Gincana do Papel e dos Concursos.
III. JUSTIFICATIVA
O Programa de Educação Ambiental AMIGO DA NATUREZA visa
transmitir não só conhecimentos, mas sobretudo práticas. A
adoção da árvore como motivador principal do Programa é
especialmente oportuna. O papel produzido a partir da celulose
extraída dos vegetais, constitui-se em cerca de 40 por cento do
lixo urbano. Todo esse material tem sido desperdiçado, quando
poderia ser reaproveitado facilmente e com enormes benefícios
tanto para a natureza quanto para a economia. Na reciclagem de
papel não é necessário plantar, cortar, fazer cavacos e cozinhar
quimicamente as árvores. Logo, a fabricação de papel novo a
partir do velho é muito mais barata e menos poluente. Para fazer
uma tonelada de papel novo são gastos 100 mil litros de água e
cinco mil quilowatts por hora de energia elétrica. Na reciclagem
esses números caem para 2.000 mil litros de água e 2.500
quilowatts por hora de energia. Os lucros ambientais são enor-
mes. O processo de reciclagem de papel causa 74 por cento
menos poluição do ar e 35 por cento menos poluição da água,
além de gerar cinco vezes mais empregos. E, muito importante
para o Programa,cada tonelada reaproveitada de papel, evita o corte
de 40 novas árvores.
77
As árvores, por sua vez, desempenham um papel muito especial
na manutenção da vida sobre o planeta. Elas são as maiores
entre todas as plantas e as que têm vida mais longa. Estão na
base da cadeia alimentar, contribuem para a manutenção do
clima, suas copas diminuem a velocidade dos ventos, as raízes
retêem o solo impedindo a erosão e ainda auxiliam na captação
de água pelos lençóis subterrâneos, diminuem os ruídos, produ-
zem sombra, alimentos, dão abrigos aos animais, entre muitas
outras utilidades. Devido a esse conjunto de importância, s
árvores são objeto da preocupação de toda a população, que
começa agora a despertar, com cada vez mais intensidade, para
a necessidade da preservação da natureza e das árvores em
particular.
IV. OBJETIVOS
a) Geral
Estimular novos hábitos, atitudes e comportamentos que
conduzam a um relacionamento mais harmônico entre nossa
espécie, as outras espécies, o meio ambiente e o planeta como
um todo, através de ações práticas baseadas na reciclagem e
reaproveitamento de materiais, poupando recursos naturais, e na
arborização urbana.
b) Específicos
Estimular o reaproveitamento de papel e, por extensão, a coleta
seletiva de lixo; estimular a criatividade e a reflexão sobre os pro-
blemas ambientais urbanos; promover a arborização urbana e,
por extensão, a proteção ao verde público; transferir
conhecimentos sobre a reciclagem de papel claro e sua
transformação em cartões comemorativos; associar a imagem da
empresa patrocinadora com a de "Amigo da Natureza".
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VI. DESENVOLVIMENTO
O Programa de Educação Ambiental AMIGO DA NATUREZA di-
vide-se em três fases principais: preparação, divulgação e im-
plantação.
FASE 1 - PREPARAÇÃO
1. Reuniões nas escolas, empresa e comunidade para expor o
Programa e coletar sugestões, aperfeiçoar conteúdo, criar
expectativa para a implantação;
2. Preparação do material didático e de divulgação, constando
basicamente de:
- audiovisual
- cartilha para aluno
- livro do professor
- panfleto para funcionários da empresa patrocinadora
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5. Palestra para funcionários da empresa patrocinadora sobre o
Programa e sua importância, o papel social da empresa, o papel
de cada funcionário:
6. Convênios com empresas, entidades governamentais e não-
governamentais
FASE 2 - DIVULGAÇÃO
1. Reunião nas escolas com professores, corpo pedagógico e di-
reção para apresentação do projeto e do material didático e de
divulgação, estabelecimento de tarefas da escola, eleição de
responsável da escola junto ao Programa, estabelecimento de
cronograma de implantação, distribuição do material didático.
2. Palestra aos alunos com audiovisual, lançamento da Gincana
de reciclagem e dos concursos de frases e cartazes.
FASE 3 - IMPLANTAÇÃO
1. Supervisionar Gincana da reciclagem e acompanhar realização
dos concursos de frases e cartazes nas escolas, em conjunto
com cada responsável indicado pela Direção da Escola pra
coordenar os trabalhos na Escola, participando, inclusive do juri
que escolherá os melhores trabalhos;
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2. Distribuir termos de compromisso, providenciar mudas, entre-
gar mudas adotadas com certificado de adoção e manual de
instrução;
3. Acompanhar a venda do papel reaproveitado e a destinação
dos recursos conforme o Programa;
4. Supervisionar a reciclagem do papel claro e sua transformação
em cartão comemorativo, aproveitando as melhores frases e
desenhos dos concursos escolares para impressão nos cartões
comemorativos da empresa patrocinadora.
Bibliografia/Links Recomendados
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ambiental e extensao rural. Revista da EMATER. Rio
Grande do Sul. -Porto Alegre : EMATER/RS, Porto Alegre,
2001. v. 2, n.2. – p. 43-51.
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ecológica: narrativas e trajetórias da educação
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CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Em direção ao
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práticas. 2. ed. São Paulo: Gaia, 1993. 400 p.
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Ltda, v. 9, n. 86, p. 910, set.2000
GRÜN, Mauro. Ética e Educação Ambiental: a conexão
necessária. São Paulo: Papirus, 1996.
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visão transdisciplinar para ações compartilhadas /
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