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República de Moçambique

Escola Secundária de Liúpo

Trigonometria
Texto de apoio – Matemática_10a classe

Prof: Quisito J. Pahar

Email: quisitopahar@gmail.com
Contacto: +258847436888

“A matemática é a rainha das ciências” Carl Friedrich Gauss


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Introdução: Breve historial da Trigonometria

A palavra Trigonometria tem origem grega: TRI (três), GONO (ângulo) e METRIEN
(medida). Etimologicamente, significa medida de triângulos. Trata-se, assim, do estudo das
relações entre os lados e os ângulos de um triângulo.
Apesar dos egípcios e dos babilónios terem utilizado as relações existentes entre lados e
ângulos dos triângulos, para resolver problemas, foi a atracção pelo movimento dos astros que
impulsionou a evolução da Trigonometria. Daí que, historicamente a Trigonometria apareça
muito cedo associada à Astronomia.
No séc. III a.C., Arquimedes de Siracusa no seguimento
do trabalho que desenvolveu para calcular o perímetro de
um círculo dado o respectivo raio, calculou o
comprimento de grande número de cordas e estabeleceu
algumas fórmulas trigonométricas.
As medições e os resultados dos cálculos feitos pelos
astrónomos eram registados em tábuas. As tábuas
babilónicas revelam algumas semelhanças com as tábuas
trigonométricas.
Surgiu então, na segunda metade do século dois a.C., um
marco na história da trigonometria: Hiparco de Nicéia (180-125 a.C.). Influenciado pela
matemática da Babilónia, acreditava que a melhor base de contagem era a 60. Não se sabe
exactamente quando se tornou comum dividir a circunferência em 360 partes, mas isto parece
dever-se a Hiparco, assim como a atribuição do nome arco de 1 grau a cada parte em que a
circunferência ficou dividida. Ele dividiu cada arco de 1° em 60 partes obtendo o arco de 1
minuto. Hiparco baseava-se numa única função, na qual a cada arco de circunferência de raio
arbitrário, era associada a respectiva corda.
Hiparco construiu o que foi presumivelmente a primeira tabela trigonométrica com os valores
das cordas de ângulos de 0° a 180°.

Assim, Hiparco representou um grande avanço na Astronomia e por isso recebeu o título de
“Pai da Trigonometria”.
Outra tábua, também de cordas, mas mais completa foi
construída por Ptolomeu (séc. II). Esta já possuía
cordas para ângulos crescentes, desde 0º até 180º, em
intervalos de 1/2 graus. O raio usado era diferente do
de Hiparcus, sendo também fixo e muito grande. Note-
se que o facto de usar um raio muito grande diminui o
uso de fracções.
Foi Ptolomeu (séc. II) quem influenciou o
desenvolvimento da Trigonometria, durante muitos
séculos. A sua obra Almagesto contém uma tabela de
cordas correspondentes a diversos ângulos, por ordem
crescente e em função da metade do ângulo, que é
equivalente a uma tabela de senos, bem como uma
série de proposições da actual disciplina. No
Almagesto reuniu os conhecimentos existentes na
época sobre Astronomia e Trigonometria e a que os
árabes tiveram acesso. Estes introduziram os conhecimentos de Trigonometria para a Europa
através de Espanha.
A relação da Astronomia com a Trigonometria fez com que esta se desenvolvesse aplicada a
triângulos curvos de lados curvilíneos que se formam sobre a superfície esférica. Assim, a
Trigonometria Esférica desenvolveu-se anteriormente à Trigonometria Plana, o que se deveu
ao facto de a Trigonometria Esférica ser muito utilizada nos cálculos astronómicos e na
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navegação, sendo sistematizada por árabes e hindus até meados do séc. XIII. A contribuição
destes foi bastante grande, tendo calculado tabelas de senos para intervalos com variação
de 15’. A palavra sinus – seno – é a tradução, em latim, da grafia árabe do sânscrito jyã. O
seno correspondia a metade da corda do arco duplo e os árabes e os hindus usavam,
geralmente, círculos de raio unitário.
O recurso constante ao círculo trigonométrico e a aplicação da Trigonometria à resolução de
problemas algébricos é feita por Viète– séc. XVI – que estabeleceu também alguns resultados
importantes.
Contudo, foi Euler (séc. XVIII) que, ao usar invariavelmente o círculo de raio um, introduziu
o conceito de seno, de co-seno e de tangente como números, bem como as notações
actualmente utilizadas.
O primeiro vestígio do tratamento funcional da Trigonometria surgiu em 1635, quando
Roberval fez o primeiro esboço de uma curva do seno. Mas, a ligação da Trigonometria à
Análise só é feita por Fourier (séc. XIX), como consequência do estudo dos movimentos
periódicos por ele efectuado.
As funções trigonométricas como o seno, o coseno e a tangente, relacionam medidas de
ângulos, a medidas de segmentos de recta a eles associados.
Actualmente a trigonometria não se limita a estudar os triângulos. Encontramos aplicações
na mecânica, electricidade, acústica, música, astronomia, engenharia, medicina, enfim, em
muitos outros campos da actividade humana. Essas aplicações envolvem conceitos que
dificilmente lembram os triângulos que deram origem à trigonometria:

 Há métodos actuais de análise em medicina, onde são enviadas ondas ao coração, de


forma que efectuem interacções selectivas com os tecidos a observar
 Geodésia: estudo da forma e dimensão da Terra
 Método do momento eléctrico para cálculo de linhas de transporte de energia eléctrica:
permite calcular com grande sensibilidade a potência de transporte de linhas, as perdas
e a distância a que ela poderá ser transportada
 Estudo da intensidade luminosa: calcula-se a intensidade luminosa irradiada por uma
fonte luminosa para uma determinada direcção
 Instrumentos de medidas de ângulos: topografia, ciência náutica e cartografia
 Numa pesquisa realizada em 1997, com engenheiros que actuam em empresas de
grande porte da região da Serra Gaúcha, foi constatado que a trigonometria é o
conceito de matemática básica mais utilizado por eles no seu quotidiano
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Licção no 39
Tema: Teorema de Pitágoras

Num triângulo rectângulo, chamamos os lados que formam o ângulo reto de catetos. O lado
oposto ao ângulo recto (lado de maior medida) chama-se hipotenusa.

a: medida da hipotenusa
b: medida de um cateto
c: medida de outro cateto

Teorema de Pitágoras
Em todo triângulo rectângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao
quadrado da medida da hipotenusa.
= +
Exemplo:

Observe a relação entre os quadrados dos catetos e o


quadrado da hipotenusa:

Exercicios

Determine a medida x em cada triângulo:


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Licção no 40
Tema: Triângulos semelhantes

Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, possuem os três ângulos ordenadamente congruentes
e os lados homólogos proporcionais.

Exercícios
5

Licção no 41
Tema: Critérios de semelhança

Critérios de semelhança de triângulos


6

Exemplo:

Exercícios
7

Licção no 42
Tema: Razões trigonométricas de um ângulo agudo

No triângulo rectângulo, os lados recebem nomes específicos: catetos e hipotenusa. A


hipotenusa é o lado oposto ao ângulo recto, e os catetos são os lados opostos aos ângulos
agudos.

Sabendo identificar os catetos, podemos definir as razões trigonométricas: seno (sen), cosseno
(cos) e tangente (tg). Sendo o ângulo, podemos definir as seguintes relações:

Exemplo:

Exercícios
8

Licção no 43
Tema: Relações entre as razões trigonometria de ângulos agudo

Exercícios
9

Licção no 44
Tema: Razões trigonométricas de ângulos especiais

Os ângulos notáveis são: 30°, 45° e 60°. O conhecimento do seno, cosseno e tangente desses
ângulos constitui-se em uma importante ferramenta no estudo da trigonometria.

Exercícios
10

Licção no 45
Tema: Identidade fundamental da trigonometria

Exercícios
11

Licção no 46
Tema: Uso de tabelas trigonométricas de 0º a 90º

ângulo sen cos tan ângulo sen cos Tan


1o 0,017 1,000 0,017 46o 0,719 0,695 1,036
2o 0,035 0,999 0,035 47o 0,731 0,682 1,072
3o 0,052 0,999 0,052 48o 0,743 0,669 1,111
4o 0,070 0,998 0,070 49o 0,755 0,656 1,150
5o 0,087 0,996 0,087 50o 0,766 0,643 1,192
6o 0,105 0,995 0,105 51o 0,777 0,629 1,235
7o 0,122 0,993 0,123 52o 0,788 0,616 1,280
8o 0,139 0,990 0,141 53o 0,799 0,602 1,327
9o 0,156 0,988 0,158 54o 0,809 0,588 1,376
10o 0,174 0,985 0,176 55o 0,819 0,574 1,428
11o 0,191 0,982 0,194 56o 0,829 0,559 1,483
12o 0,208 0,978 0,213 57o 0,839 0,545 1,540
13o 0,225 0,974 0,231 58o 0,848 0,530 1,600
14o 0,242 0,970 0,249 59o 0,857 0,515 1,664
15o 0,259 0,966 0,268 60o 0,866 0,500 1,732
16o 0,276 0,961 0,287 61o 0,875 0,485 1,804
17o 0,292 0,956 0,306 62o 0,883 0,469 1,881
18o 0,309 0,951 0,325 63o 0,891 0,454 1,963
19o 0,326 0,946 0,344 64o 0,899 0,438 2,050
20o 0,342 0,940 0,364 65o 0,906 0,423 2,145
21o 0,358 0,934 0,384 66o 0,914 0,407 2,246
22o 0,375 0,927 0,404 67o 0,921 0,391 2,356
23o 0,391 0,921 0,424 68o 0,927 0,375 2,475
24o 0,407 0,914 0,445 69o 0,934 0,358 2,605
25o 0,423 0,906 0,466 70o 0,940 0,342 2,747
26o 0,438 0,899 0,488 71o 0,946 0,326 2,904
27o 0,454 0,891 0,510 72o 0,951 0,309 3,078
28o 0,469 0,883 0,532 73o 0,956 0,292 3,271
29o 0,485 0,875 0,554 74o 0,961 0,276 3,487
30o 0,500 0,866 0,577 75o 0,966 0,259 3,732
31o 0,515 0,857 0,601 76o 0,970 0,242 4,011
32o 0,530 0,848 0,625 77o 0,974 0,225 4,331
33o 0,545 0,839 0,649 78o 0,978 0,208 4,705
34o 0,559 0,829 0,675 79o 0,982 0,191 5,145
35o 0,574 0,819 0,700 80o 0,985 0,174 5,671
36o 0,588 0,809 0,727 81o 0,988 0,156 6,314
37o 0,602 0,799 0,754 82o 0,990 0,139 7,115
38o 0,616 0,788 0,781 83o 0,993 0,122 8,144
39o 0,629 0,777 0,810 84o 0,995 0,105 9,514
40o 0,643 0,766 0,839 85o 0,996 0,087 11,430
41o 0,656 0,755 0,869 86o 0,998 0,070 14,301
42o 0,669 0,743 0,900 87o 0,999 0,052 19,081
43o 0,682 0,731 0,933 88o 0,999 0,035 28,636
44o 0,695 0,719 0,966 89o 1,000 0,017 57,290
45o 0,707 0,707 1,000 90o 1,000 0,000 (infinito)
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Exercícios:
13

Licção no 47
Tema: Resolução de triângulos rectângulos
14

Licção no 48
Tema: Resolução de equações trigonométricas
15

Exercícios
16

Bibliografia recomendada

CUAMBE, Vasco, Matemática 10a classe (M10), 1a ed, Texto Editora,


Maputo – 2011

DANTE, Luiz Roberto, Matemática: contexto & aplicações (Livro do


professor), 2a ed. São Paulo, Editora Ática, 2013

LEZZI, Nelson et all, Matemática – Volume Único, Atual Editora

Quisito João Pahar


Licenciado em Ensino de Matemática e Física pela
Universidade Pedagógica – Delegação de Nampula - 2015.
Formação em Histórias Digitais – 2013. Participou em
workshops organizados pelo MCTESTP em parceria com a
Universidade Pedagógica sobre o programa “Criando os
Cientistas Moçambicanos do Amanhã”. Leccionou as
cadeiras de Bioestatística e Estatística Geral no IPET
(Instituto Politécnico de Empreendedorismo e Tecnologia) -
II semestre de 2015. Docente de Matemática na Escola
Secundária de Liúpo desde 2016.

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“Não há ramo da Matemática, por abstrato que seja, que não possa um dia vir a ser aplicado aos
fenômenos do mundo real.” Lobachevsky

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