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RELATÓRIO nº 1
Parâmetros de Quadripolos
Turma A / Bancada 4
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1 Objetivos
O experimento tem como objetivo entender o que é um quadripolo e com medidas
tiradas deste, comparar com valores obtidos por matrizes de impedância e admitância,
também verificar se seria possível a construção de matrizes híbridas e de transmissão
através de dados coletados. Para isto será necessário uma recapitulação de divisor de
corrente e tensão, ambos com a utilização de uma fonte alternada.
2 Introdução Teórica
Trabalhamos com circuitos de fonte de tensão alternada exigindo um tratamento
de cálculo e análise diferente da contínua. Em questão da alternada (regime permanente
senoidal) temos que utilizar o conceito de fasores, impedância e também utilizamos
admitância.
2.1 Fasores
O regime permanente senoidal tem pode ser obtido através de representações de
funções senoidais por fasores (tendo a mesma frequência ω). Como exemplo toma-se
uma equação:
2.2.1 Resistência
A corrente através de um resistor linear de resistência R invariante no tempo se
relacionam por: 𝑣(𝑡) = 𝑅𝑖(𝑡) (3)
𝐼̂ = 𝐼∠𝜃 (5)
3
𝑣(𝑡) = 𝑅𝐼𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜃) = 𝑉𝑐𝑜𝑠(𝜔𝑡 + 𝜃) (6)
𝑉̂ = 𝑉∠𝜃 (7)
2.2.2 Indutor
De forma análoga ao resistor iremos tratar o indutor. Assim a corrente de tensão
em um Indutor linear de indutância L, invariante no tempo, se relaciona por:
𝑑
𝑣(𝑡) = 𝐿 𝑑𝑡 𝑖(𝑡) (8)
A corrente será senoidal, assim como a tensão e ambas poderão também ser
representadas na forma fasorial:
𝐼̂ = 𝐼∠𝜃 (10)
𝑉̂ = 𝑗𝜔𝐿𝐼̂ (12)
2.2.3 Capacitor
Novamente, obtém-se de mesma forma para o capacitor a relação entre os
fasores que representam a tensão e a corrente em um capacitor linear de capacitância C,
invariante no tempo.
𝐼̂ = 𝑗𝜔𝐶𝑉̂ (15)
1
𝑉̂ = 𝑗𝜔𝐶 𝐼̂ (16)
4
2.2.4 Associações de impedância
Assim como em resistores lineares associados (serie ou paralelo) podem ser
substituídos por resistores equivalentes as associações de impedâncias também podem
ser substituídas por impedâncias equivalente
Fonte: Autor
2.3 Quadripolos
O conceito de bipolo pode ser estendido a dispositivos com mais terminais
condutores. Dessa forma, dispositivos com dois pares de terminais damos o nome de
quadripolo. A Figura (N) mostra um quadripolo, ou ainda, um dispositivo com dois
acessos elétricos. Os pares 1, 1’ e 2, 2’ constituem esses acessos.
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2.3.2 Parâmetros
Quando temos um circuito e podemos tomá-lo como quadripolo, estamos
interessados em relacionar a corrente e a tensão dos terminais de entrada com a corrente
e tensão dos terminais de saída. Para isso, podemos relacionar todos os parâmetros do
quadripolo por meio de equações que consideram as correntes de entrada e saída (I1 e
I2) e as tensões de entrada e saída (V1 e V2) como variáveis independentes. Assim, para
qualquer circuito, uma vez especificadas duas das variáveis, podem ser determinadas as
outras duas, exemplos de matrizes com essas relações serão utilizadas no capítulo 5.
3 Procedimentos Experimentais
3.1 Materiais
Foram utilizados os seguintes materiais para a realização do experimento:
3.2 Métodos
O experimento será dividido em três partes, sendo elas, divisor de tensão, divisor de
corrente e quadripolos. Para a coleta de dados da primeira parte do experimento (divisor
de tensão), um circuito como o da figura abaixo foi construído.
Figura 4- Circuito 1
Fonte: Procedimento recebido em aula
6
Para que este circuito fosse construído foram utilizados, uma protobord, um
gerador de sinais, dois resistores de 1k Ω e um indutor de 0,56mH. Para que os dados
fossem coletados o multimetro digital foi utilizado. Inicialmente confirmou-se se as
tensões de entrada estavam de acordo com o valor solicitado no procedimento (10V de
tensão e 600Hz de frequência), os valores de tensão e corrente dos três componentes
foram tomados com o multímetro, lembrando que para a coleta dos dados de tensão a
função do voltímetro foi utilizada colocando os terminais do multimetro em paralelo
com o componete desejado, já para a coleta de dados dos valores de amperagem a
função amperímetro foi utilizada colocando os terminais do multimetro em série com o
componente desejado. Os dados encontram-se no capítulo 4.1.1.
Após os dados coletados, a frequência do gerador de sinais foi alterada para 6kHz,
feito isto todos os dados de tensão e corrente dos componentes foram tomados do
mesmo modo que anteriormente.
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Figura 6 - Quadripolo
Fonte: Procedimento recebido em aula
4 Resultados
4.1 Primeira parte: Recapitulação do divisor de tensão
4.1.1 Frequência 600HZ
Os dados recolhidos no experimento encontram-se abaixo.
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Tabela 1 - Tensão entrada divisor de tensão 600Hz
𝑍1 = 1000 𝑍2 = 1000
𝑍𝑒𝑞 = 2,111145496∠89,87905°
𝑉𝑖 = 𝑍1 ∗ 𝐼𝑡 + 𝑍𝑒𝑞 ∗ 𝐼𝑡
6,3922∠0°
𝐼𝑡 =
1000,006796∠0,21097°
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Com a corrente total utilizou-se a Lei de Ohm para encontrar a tensão em Z1 :
𝑉𝑧𝑒𝑞 = 𝑍1 ∗ 𝐼𝑡
𝑉𝑧1 = 6,392156559∠0,12097°
Com a corrente total utilizou-se a Lei de Ohm para encontrar a tensão em Zeq :
𝑉𝑧𝑒𝑞 = 𝑍𝑒𝑞 ∗ 𝐼𝑡
Como a tensão Vzeq é a tensão equivalente que cai no resistor e indutor e como
ambos estão em paralelo, suas tensões são iguais, e sabendo que a soma das correntes
que entram é a soma das correntes que saem It = IR + IL
𝑉𝑧𝑒𝑞 = 𝑍3 ∗ 𝐼𝐿
𝑉𝑧𝑒𝑞 = 𝑍2 ∗ 𝐼𝑅
Sabe-se que quando temos um valor complexo para determinar a sua magnitude
deve-se pegar o valor de amplitude da forma polar, e sabendo que o erro percentual é
determinado pela fórmula abaixo.
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4.1.2 Frequência 6kHZ
Os dados recolhidos no experimento encontram-se abaixo.
𝑍𝑒𝑞 = 21,1068∠88,79°
Agora aplicando o divisor de tensão para encontrar o valor da tensão que cai na
impedância equivalente e no resistor de 1kΩ.
𝑉𝑖𝑛 ∗ 𝑍1
𝑉𝑍1 =
𝑍1 + 𝑍𝑒𝑞
(6,4205∠0°) ∗ (1000∠0°)
𝑉𝑍1 =
(1000∠0°) + (21,1068∠88,79°)
𝑉𝑖𝑛 ∗ 𝑍𝑒𝑞
𝑉𝑍𝑒𝑞 =
𝑍1 + 𝑍𝑒𝑞
(6,4205∠0°) ∗ (21,1068∠88,79°)
𝑉𝑍𝑒𝑞 =
(1000∠0°) + (21,1068∠88,79°)
𝑉𝑍𝑒𝑞 = 0,1354∠87,58° 𝑉
Vale resaltar que como o resistor e o indutor estão em paralelo a tensão será a
mesma.
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Com os valores de tensão teórico de cada componente é possível determinar os
valores de corrente através da Lei de Ohm.
𝑉 =𝐼∗𝑍
Sabe-se que quando temos um valor complexo para determinar a sua magnitude
deve-se pegar o valor de amplitude da forma polar, e sabendo que o erro percentual é
determinado pela fórmula abaixo.
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Figura 8 - Simplificação do circuito
Fonte: Autor
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𝑍1 = − = −982,483𝑖
2𝜋𝑓 ∗ (270 ∗ 10−9 )
6,398 −150
𝐷𝑒𝑡𝐼𝐴 | | = 2332,032622 − 1774,6469𝑖
0 340,91244 + 1,7438𝑖
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𝐷𝑒𝑡
= 𝐼𝐴 = 0,0064906∠85,11°
𝐷𝑒𝑡𝐼𝐴
𝐷𝑒𝑡
= 𝐼𝐵 = 0,0028558∠84,818°
𝐷𝑒𝑡𝐼𝐵
Entrada 280,3 Ω
Resistência
Saída 278,2 Ω
Entrada 0,290mH
Indutância
Saída 0,320mH
Fonte: Autor
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Tabela 13 - Entrada em aberto e alimentação na saída
Entrada 10,50 Ω
Resistência
Saída 10,50 Ω
Entrada 0,686mH
Indutância
Saída 0,675mH
Fonte: Autor
5 Discussões
As perguntas realizadas pelo relatório estão a seguir.
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2. Faça a comparação solicitada no item II.5 (Comparar os valores teóricos e
experimentais da segunda parte do relatório), discutindo possíveis diferenças
entre os valores calculados e os valores obtidos em laboratório.
𝑍11 𝑍12 𝑣1 𝑖
𝑍=[ ] 𝑣 = [𝑣 ] 𝑖 = [ 1]
𝑍21 𝑍22 2 𝑖2
𝑣 =𝑍∗𝑖
𝑣1 𝑣1 1,7324 1,433V
𝑖 𝑖2 5,039𝑥10−3 5,065𝑥10−3 343,798 282,922
𝑍2,45𝑉 = [𝑣1 𝑣2 ] = = [ ]
2 1,425 1,7324 282,794 342,033
𝑖1 𝑖2 [ 5,039𝑥10−3 5,065𝑥10−3 ]
𝑣1 𝑣1 3,5355 2,914
𝑖 𝑖2 10,24𝑥10−3 10,30𝑥10−3 345,264 282,913
𝑍5𝑉 = [𝑣1 𝑣2 ] = = [ ]
2 2,898 3,5355 283,008 342,256
𝑖1 𝑖2 [10,24𝑥10−3 10,30𝑥10−3 ]
𝑌11 𝑌12 𝑣1 𝑖
𝑌=[ ] 𝑣 = [𝑣 ] 𝑖 = [ 1]
𝑌21 𝑌22 2 𝑖2
𝑖 =𝑍∗𝑣
𝑖1 𝑖1
𝑣 𝑣2 0,09523 0,01269
𝑌2,45𝑉 = 1 =[ ]
𝑖2 𝑖2 0,01267 0,09523
[ 𝑣1 𝑣2 ]
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𝑖1 𝑖1
𝑣 𝑣2 0,09523 0,01257
𝑌5𝑉 == 1 = [ ]
𝑖2 𝑖2 0,01265 0,09523
[ 𝑣1 𝑣2 ]
𝑉1 = 𝐻11 ∗ 𝐼1 + 𝐻12 ∗ 𝑉2
𝐼2 = 𝐻21 ∗ 𝐼1 + 𝐻22 ∗ 𝑉2
𝑉1 1,73
𝐻11 = | = = 10,81Ω
𝐼1 𝑉 0,16
2=0
𝐼2 21,95 ∗ 10−3
𝐻21 = | = = 0,137
𝐼1 𝑉 0,16
2=0
𝑉1 1,73
𝐻12 = | = = 1,22
𝑉2 𝐼 1,4
1 =0
𝐼2 21,95 ∗ 10−3
𝐻22 = | = = 3,618 ∗ 10−3 𝑆
𝑉2 𝐼 1,4
1 =0
Vamos encontrar agora 𝑍21 para isto utiliza-se o circuito como a figura abaixo:
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Figura 9 - Circuito para Z21
Fonte: Autor
Sabendo que:
𝑍11 = 280,0164∠0,2304°
𝑉1 1,732411∠0°
𝐼1 = = = 6,1782∠ − 0,2304°
𝑍11 280,0164∠0,2304°
𝐼1 = 𝐼2 = 6,1782𝑥10−3 ∠ − 0,2304°
𝑉 𝑉1 − 𝑍3 𝐼1
((𝐼1 − ( 𝑍𝑍1 )) ∗ 𝑍2 ) + (𝐼1 ∗ 𝑍3 ) ((𝐼1 − ( )) ∗ 𝑍2 ) + (𝐼1 ∗ 𝑍3 )
1 𝑍1
𝑍21 = =
𝑖1 𝑖1
1,7912∠ − 0,3789°
𝑍21 = = 283,7251∠ − 0,1484°
6,1782∠ − 0,2304°
Vamos encontrar agora 𝑍12 para isto utiliza-se o circuito como a figura abaixo:
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Figura 10 - Circuito para Z12
Fonte: Autor
Sabendo que:
𝑣1 𝑉𝑍1 + 𝑉𝑍3
𝑍12 = =
𝑖2 𝑖2
(𝑉2 − 𝑍3 𝐼2 )
𝑉𝑍1 = (𝐼1 − ) ∗ 𝑍1 =
𝑍2
𝑉𝑍1 = 0,3669∠22,8282°
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Tabela 17 - Comparação Matrizes
Observa-se que os erros na matriz de Y são exorbitantes, isso se deve pelo fato dos
valores de tensão e corrente no indutor serem de grandezas baixas, ou seja, o
equipamento utilizado não foi correto.
−0,0284 9,583
𝐺=[ ]
1,076 −84,917
𝑉1 1,7324
𝐴= | = = 1,21
𝑉2 𝐼 1,42
2 =0
−𝑉1 1,7324
𝐵= | = = 78,9248
𝐼2 𝐼 21,95 ∗ 10−3
2 =0
𝐼1 −0,16499
𝐶= | = = −0,11579
𝑉2 𝐼 1,424802
2=0
1,21 78,9248
𝑇=[ ]
−0,11579 −0,9838
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6 Conclusão
Como as medidas dos componentes não são exatamente os valores nominais de
fabricação existem erros maiores que 5%, e isto afetou diretamente nossos resultados,
pois os valores reais de cada componente (resistor, capacitor e indutor), não foram
conferidos. No primeiro e o segundo circuitos recapitulamos sobre conceitos de divisor
de tensão e divisor de corrente, que servem de base para quadripolo. Através do
tratamento de dados coletados, foi possível observar o comportamento de indutores e
capacitores em diferentes frequências (600 Hz e 6kHz). Pudemos verificar o quão
importante é a utilização de um fundo de escala correto no instrumento de medição, pois
em nossa utilização incorreta, obtivemos erros grandes, entre os dados experimentais e
os teóricos, maiores mesmo que o erro do próprio instrumento, que é de 5%.
7 Referênias bibliográficas
BURIAN, Y; LYRA, A. C. C. Circuitos Elétricos. Pearson Prentice Hall, São Paulo,
2006.
BOYLESTAD, R.L. Análise de Circuitos, 12ª Edição. Pearson, São Paulo, 2013.
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