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RELAÇÃO TERAPÊUTICA

O capítulo 6 (p. 101-110) de Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais,


organizado por Bernard Rangé e escrito por Sonia Meyer e Joana Singer
Vermes, denominado “Relações Terapêuticas”, nos trás a noção concreta da
importância da relação terapêutica no processo terapêutico, o comportamento
esperado pelo terapeuta para alcançar um comportamento desejável do paciente,
focalizando o que se espera de ambas as partes para que o processo terapêutico
possa ser bem sucedido, alcançando assim efetividade no tratamento.

O trabalho terapêutico tem como função básica promover mudanças no


comportamento que possam diminuir o sofrimento psíquico e aumentar as
contingências reforçadoras, isso se dá através de uma relação interpessoal baseada
em procedimentos específicos por alguém capacitado para tal função, sabendo
utilizar-se tanto de técnicas específicas à profissão quanto de habilidades sociais,
como por exemplo, a empatia, para construir um relacionamento, em si, terapêutico.
Inclusive, a empatia é de extrema importância, pois através dela é que se estabelece
e se mantém a qualidade da relação terapêutica, que sem dúvidas a mais importante
ferramenta para o processo terapêutico avançar.

O papel do terapeuta nesse processo será então acolher uma demanda


trazida pelo paciente, seja qual for, com características imprescindíveis ao terapeuta,
como: uma escuta não-punitiva, suspendendo suas próprias opiniões, pondo-se no
lugar do outro, confiando naquilo que está propondo, mostrando-se sempre atento e
interessado em saber mais sobre o paciente e aceitando o que o paciente quer
trazer e da forma como ele quer trazer, sem intervenções muito diretas, isso tudo
faz-se importante porque abre ao terapeuta a oportunidade de conhecer as reações
de seu paciente frente aos mais diversos estímulos e traz-lhe a oportunidade de
intervir em certos pontos a fim de auxiliar o seu paciente a melhores e mais efetivas
respostas aos comportamentos que lhe incomodam. Negligenciar a essas questões
é um grande passo para que o processo terapêutico seja fracassado e que o
paciente interrompa-o, contanto, essa relação se bem estabelecida no início, irá
contribuir para efetividade no tratamento, pois é no início do tratamento que o
paciente cria a imagem do terapeuta para si, seja ela positiva ou negativa. Faz-se
necessário então, que nós futuros psicólogos, possamos nos preocupar mais com
esse planejamento do processo terapêutico, sempre respeitando a subjetividade de
cada paciente.

Alcançar as características de cada paciente e extrair dele o que se necessita


não é tarefa fácil, pois os comportamentos são variáveis, visto que cada pessoa
vivencia de forma diferente os fenômenos, sejam eles parecidos ou até mesmo
iguais ao nosso olhar, por isso, apesar de termos certos “padrões” de
comportamentos a serem seguidos para uma boa relação terapêutica, tais como:
solicitação de informações, fornecimento de informações, empatia e calor humano,
sinalizações, aprovação, orientação interpretação, confrontação e silêncio após as
falas do paciente, faz-se importante que sejamos flexíveis e não presos às regras
que nos são impostas, desde que não deixemos nossa ética profissional de lado, até
porque nosso padrão de ação com o paciente não vai gerar efeitos em todos da
mesma forma, alguns terão mais dificuldades e deveremos procurar e propor
estratégias diferentes aquelas usuais para extrairmos determinadas informações do
paciente, de acordo com o problema colocado em questão, a idade, as
características de personalidade, os níveis socioeconômico e educacional, e
principalmente aos seus transtornos psiquiátricos. Confrontar as “verdades” de
determinados pacientes sem um mínimo de cuidado pode trazer a falsa impressão
de que não estamos “do lado” dessa pessoa.

O processo terapêutico não precisa estar o tempo inteiro baseado em uma


única abordagem específica como se ela fosse a verdade, estudos comprovam que
apesar de algumas abordagens se sobressaírem a outras em determinadas
demandas, como por exemplo, a terapia comportamental e cognitiva em relação a
outras abordagens ser mais efetiva em casos de pânico e ansiedade, as variáveis
específicas (baseada nas técnicas de uma abordagem) e não-específicas (baseada
na relação interpessoal) podem contribuir tanto positiva quanto negativamente
dependendo do que está sendo tratado. Uma tática utilizada por terapeutas
competentes é não apenas utilizar-se de técnicas, mas de fazer seus pacientes
criarem um amplo repertório de habilidades comportamentais para lidarem com suas
mais diferentes questões, contribuindo não apenas para o aprender de uma didática,
mas para o viver com qualidade, sabendo enfrentar as diferentes maneiras em que
um problema pode se apresentar.
Em suma, o capítulo 6 de Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais,
denominado “Relações Terapêuticas” mostra-nos noções básicas de como iniciar e
conduzir um bom processo terapêutico, estabelecendo e mantendo uma relação
terapêutica de qualidade e nos direciona a caminhos mais práticos em nos
tornarmos terapeutas eficientes que conseguem auxiliar nossos pacientes a um
tratamento eficaz. Tudo isso alcançado através da experimentação da prática
psicológica e do relato tanto de pacientes como terapeutas, baseado em
pressupostos teóricos e várias pesquisas e estudos concernentes à terapia.

Wesley Marques, graduando em Psicologia na Universidade Estácio de Sá.

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