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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA


CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO GRANDE/MS

NELSON WILIANS & ADVOGADOS ASSOCIADOS, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n. 03.584.647/0001-04,
com sede na Avenida das Nações Unidas, 12.901, Torre Oeste, 17º Andar,
Centro Empresarial Nações Unidas - Brooklin - São Paulo/SP - CEP 04578-91,
filial Mato Grosso do Sul, inscrita no CNPJ/MF sob n. 03.584.647/0007-91, com
endereço na Rua Bahia, n. 470, Jardim dos Estados, CEP. 79.002-530, Campo
Grande/MS, por intermédio de seu advogado e bastante procurador
(instrumento de mandato anexo) vem, mui respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, a fim de propor a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS POR DESÍDIA NA


PRESTAÇÃO DE SERVIÇO C/C RESSARCIMENTO DE VALORES

Em face de ADEMIR DE SOUZA PEREIRA JUNIOR, brasileiro,


solteiro, contador, inscrito no CPF nº 755.145.242-72 e RG º 4081234 SSP/PA,
colocar o CRC dele, residente e domiciliado à Rua Diogo Moia, nº 43, Vila
Célia, em Belém/PA, pelos motivos de fato e de direito que, articuladamente,
passa a expor:

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DA COMPETÊNCIA DE FORO

A presente ação discute questões que mostram conexão com


"relação de parceria", prestação de serviços, firmada entre o escritório autor
(filial MS) e o réu; portanto, inicialmente, para justificar a escolha desse foro
para apreciá-la e dirimir a questão apresentada, o Autor invoca o dispositivo ...

DOS FATOS

O réu prestou serviços esporádicos em parceria com o escritório, ora


autor, nos anos de 2016 e 2017.

28.04.2016 – Química União

18.10.2016 – Atallah

08.05.2017 - Makro

Acrescentar Formatto Engenharia (AMCC), contrato com a filial GO;

Descrever cada caso.

DO ATO ILÍCITO

Dispõem os artigos 186 e 927 do Código Civil que:

“Art. 186- Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito de outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

“Art. 927- Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187)
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único- Haverá obrigação de reparar o dano


independentemente de culpa, nos casos especificados em
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lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.”

Desta feita, o autor do dano deve ser responsabilizado, não só pelo


dano causado por sua culpa, como também daquele que tenha decorrência de
seu simples fato; uma vez que no exercício de sua atividade, ele acarrete
prejuízo a outrem, fica obrigado a indenizá-lo.

No caso em apreço, o réu no exercício de sua atividade, devido a


sua negligência nos serviços prestados em favor do autor, lhe causou danos,
uma vez que seus clientes, contratantes dos serviços, deixaram de pagar pelos
mesmos, e, requisitaram a devolução dos valores pagos (conforme
declarações, anexos tais) sob a fundamentação de que foram mal executados
ou não entregues.

DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA

A repulsa ao enriquecimento indevido ou sem causa apoia-se no


princípio da equidade, que veda que o ganho de um se faça naturalmente sem
causa, em detrimento de outrem.

Seguindo a orientação, tanto nas legislações quanto na doutrina, o


Código Civil disciplina em três artigos, isto é, do artigo 884 ao 886. Sendo que
no artigo 884 e parágrafo único preceitua que:

“Art. 884- Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à


custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente
auferido, feita a atualização dos valores monetários.

Parágrafo único- Se o enriquecimento tiver por objeto


coisa determinada, quem recebeu é obrigado a restituí-la,

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e, se a coisa não mais substituir, a restituição se fará pelo
valor do bem na época que foi exigido.”

O caput do artigo supramencionado disciplina que a consequência


para quem, sem justa causa, enriqueça à custa de outrem, qual seja: restituir o
que auferiu indevidamente, com a atualização monetária.

Assim sendo, a própria aplicação do instituto do enriquecimento sem


causa prevê que a satisfação tardia sempre atraia a aplicação de correção
monetária, sob pena de esvaziar-se do objeto do instituto.

No artigo 885, dispõe que:

“Art. 885- A restituição é devida, não só quando não tenha


havido causa que justifique o enriquecimento, mas
também se esta deixou de existir.”

Desta forma, a conduta ora adotada pelo réu, configura um


enriquecimento sem causa, injusto, imoral e, invariavelmente, contrário ao
direito, ainda que somente sob o aspecto da equidade ou dos princípios gerais
do direito, tendo em vista que o mesmo recebeu deste escritório o pagamento
pelos serviços “mal” prestados, ficando o autor com o prejuízo de não haver
recebido a contraprestação de seus clientes.

Na situação sob enfoque, é curial que ocorra um desequilíbrio


patrimonial. Um patrimônio aumentou em detrimento de outro, sem base
jurídica.

Ademais, Sílvio de Salvo Venosa afirma que:

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“A função primordial do direito é justamente manter o


equilíbrio social, como fenômeno de adequação social.” 1

DOS DANOS MATERIAIS

O dano é o elemento mais importante da responsabilidade civil, pois


sua ocorrência constitui fator de desequilíbrio social, e, portanto, reclama
alguma reparação.

Reconhecida pela Constituição Federal, em seu artigo 5º, inciso X:

“Art. 5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

(...)

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e


a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.”

Nessa espécie de indenização, prima-se pela reparação dos danos


emergentes, ou seja, tudo aquilo que perdeu, bem como o que devido ao
incidente deixou de ganhar – lucro cessante. A fim de tratar da matéria, o
legislador editou o seguinte dispositivo civil:

1
Venosa, Silvio de Salvo. Revista Valor Econômico. 25/02/2002
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Art. 402- Salvo as disposições em contrário
expressamente previstos em lei, as perdas e danos
devidas ao credor abrangem, além do que efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.”

Neste diapasão, entende-se que o Autor deixou de auferir lucros ou


frutos, com a indevida prestação de serviços por parte do Réu, mas é evidente
que experimentou considerável dano emergente.

DOS MEIOS DE PROVA E REQUERIMENTOS

O Autor protesta pela produção de todas as provas admissíveis em


juízo, juntada de novos documentos, perícias de todo gênero (se necessário),
bem como pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, oitiva
testemunhal, laudos e perícias – se necessidade houver, para todos os efeitos
de direito.

RESUMO DOS PEDIDOS

Diante de todo o acima exposto, requer:

1. Seja determinada a citação do réu, no endereço retrocitado, para


que, querendo, apresente contestação no prazo legal, sob pena de revelia nos
moldes do artigo 344 do Código de Processo Civil, devendo acompanhar a
presente até final sentença;

2. Seja julgada totalmente procedente a presente ação com a


condenação do Réu pelo pagamento de indenização por danos materiais, onde
entendemos justo o quantum indenizatório no valor de R$ 00,00 (definir), caso
entendimento contrário seja arbitrada por Vossa Excelência, com base na
equidade como reparação e coercibilidade;

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Requer, finalmente, a produção de todos os meios de prova
admitidos em direito, especialmente documental.

VALOR DA CAUSA

Dá-se à presente causa, o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais),


para todos os efeitos de direito e alçada, equivalente ao valor da indenização
pretendida pelo Autor – desde a citação da Ré, pelo que se pede v.
respeitável.

Nestes termos,
pede deferimento.

Campo Grande - MS, 16 de março de 2018.

NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES


OAB/SP n.º 128.341.
OAB/MS n.º 13.043-A.

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