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ADVOCACIA

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª


VARA CÍVEL DA COMARCA DE _______________________

Processo n.

______________________, já qualificado, por


meio de seu advogado que a esta subscreve, vem perante Vossa
Excelência IMPUGNAR A CONTESTAÇÃO apresentada às
fls.______________________, nos seguintes termos:

I. DAS PRELIMINARES ARGUIDAS

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a) SOBRE A PRELIMINAR DE INÉPCIA

Algumas alegações preliminares deveriam ser


evitadas, principalmente são formuladas sem fundamentos jurídicos
(como é o caso).

Não há inépcia na inicial quando o autor


relatou nos fatos e comprovou que foi vítima de capitalização ilegal de
juros, tarifas, taxas e comissão de permanência cumulada com juros.

Do mesmo modo, comprovou que houve


descumprimento da clausula ____ do contrato.

Ademais, a instituição financeira ré alega que o


pedido é incerto e genérico e que não há enumeração das cláusulas
contratuais, das tarifas e taxas a serem restituídas.

Não há que se falar sobre tais alegações,


porquanto o autor fez as seguintes provas:

I. Contrato anexado na inicial, extratos


bancários e perícia particular que fundamenta os pedidos estampados
na peça inicial;

II. Extrato Bancário que comprova que autor


possuía aplicações nesse período mas que não houve o resgate
automático para saldar sua conta corrente (como ocorria desde 1984);

Conclui-se, por todos os documentos em anexo,


que genérico é a peça contestatória da Instituição Financeira.

Ademais, a matéria somente poderá ser elidida


por perícia judicial oportuna, já requerida.

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Dessa forma a preliminar de inépcia deve ser


afastada, porque sem fundamentação jurídica que a faça valer.

B) SOBRE A PRELIMINAR DE
IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO

Insiste o banco em ofertar preliminares que


somente demonstram ausência de domínio processual.

A impossibilidade jurídica do pedido somente se


registraria se o nosso ordenamento não autorizasse determinados
pedidos judiciais, ou se os pedidos fossem de tal forma contraditórios
que invalidassem a possibilidade de prestação da tutela jurisdicional.

Tratando-se de ação revisional de contrato c.c.


pedido de restituição do que foi ilegalmente cobrado, verifica-se que
ambos são permitidos de serem explorados via judicial.

Se aquele que teve seu direito violado sobre todos


esses pontos não puder utilizar-se do Poder Judiciário para obter a
tutela corretiva, então não haveria necessidade de um Poder Judiciário.
Todos esses pedidos são perfeitamente factíveis dentro do
ordenamento jurídico, não havendo, portanto, que se falar em
impossibilidade jurídica dos mesmos. E NÃO HÁ QUE SE FALAR EM
CONTRATO EXTINTO, COMO DE MÁ-FÉ QUER FAZER CRER O
BANCO. A CONTA CORRENTE EM REVISÃO ENCONTRA-SE EM
VIGOR, COM SALDO DEVEDOR QUE O AUTOR PRETENDE VER
RECONHECIDO COMO INDEVIDO PELA VIA JUDICIAL.

E ainda que assim não o fosse, os Tribunais já


pacificaram a possibilidade de revisão até mesmo de contratos
extintos, o que, todavia, não é o caso.

Nessa linha as preliminares devem ser igualmente


afastadas porque juridicamente não subsistentes, devendo o banco ser
inclusive condenado por litigância de má-fé, por adulterar a verdade do

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fato de que a conta-corrente em revisão encontra-se “em ser”, e não


extinta, como quer fazer acreditar.

NO MÉRITO

No mérito não é mais feliz o banco. Vejamos os


tópicos levantados pela Instituição Financeira ré e todos devidamente
impugnados:
a restituição do valor pleiteado na peça inicial.

a) Da função social do direito de contratar

Segundo a doutrina clássica, o contrato é


sempre justo, porque, se foi querido pelas partes, resultou da livre
apreciação dos respectivos interesses pelos próprios contratantes, o
que teoricamente presumir-se-á como o equilíbrio das prestações.
Sendo justo o contrato, segue-se que aos
contratantes deve ser reconhecida ampla liberdade de contratar, só
limitada por considerações de ordem pública e pelos bons costumes.
Assim enquanto forem observados esses limites, podem as partes
convencionar aquilo que lhes aprouver, o que, de resto, constitui um
aspecto da liberdade individual.

Contudo, o que se discute no caso dos autos


restou comprovado com os documentos já juntados. Logo,
desnecessário tecer mais comentários visto que a matéria não delimita
no contrato em anexo, não poderia ter sido debitado da conta do autor
– porquanto não contratada.

b) Do PACTA SUNT SERVANDA.

O contrato firmado na sua abertura, entre as


partes, é de adesão, não admitindo ao autor qualquer discussão sobre
suas cláusulas. Para tanto, não se fale em liberdade e espontaneidade

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na sua assinatura. E o CDC admite sua revisão justamente pela forma


de contratação abusiva e leonina.

Ao firmar o contrato, não se tratou de


indução do autor a erro, dolo, ou outro vício de contrato jurídico. FOI O
CASO DE O BANCO-RÉU PRATICAR VÍCIO DE ATO JURÍDICO, COM
DOLOSIDADE NA PRÁTICA ILEGAL DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS, COM
DOLOSIDADE EM LANÇAR DÉBITOS INDEVIDOS, NÃO CONTRATADOS E
ABUSIVOS, GERANDO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.

Tentou o banco uma inversão de papéis. E, no


caso, principalmente na taxa de juros praticados pelo banco, O
AUTOR QUER MESMO É FAZER VALER O CONTRATO, OU SEJA,
QUER QUE, POR AUSÊNCIA DE PACTUAÇÃO EXPRESSA DOS
JUROS MENSAIS PRATICADOS PELO BANCO, SEJA O MESMO
COMPELIDO A RECEBER APENAS OS JUROS LEGAIS, DEVENDO
RESTITUIR O QUE COBROU A MAIOR.

PACTA SUNT SERVANDA.

c) Da Boa-fé contratual

Novamente a Instituição Financeira ré insiste em


trazer aos autos fundamentos jurídicos que nada lhe beneficia, ao
contrário, apenas a prejudica.

A postura pautada na boa fé objetiva e citada nas


folhas 790 dos autos deveria ser utilizada pelo Banco réu quando o
este, após várias décadas praticando o resgate automático (facilmente
comprovado pelos extratos anexos) de forma imotivada, deixa de fazê-
lo causando inúmeros prejuízos ao autor.

Ainda, desnecessário mais provas pois a própria


Instituição Financeira reconheceu sua negligência e restituiu parte das
perdas sofridas pelo autor – mas não o fez integralmente.

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Pois bem, que se faz valer tal princípio,


conforme art. 422 do CC, que seja também apurada as
conseqüências de seu rompimento.

d) Da capitalização dos Juros, do Contrato de empréstimo e


da inaplicabilidade da lei da usura

No que a revisão de contrato de empréstimo,


pugna o autor pela aplicação das penas da má-fé processual ao banco
requerido.

Não há nos autos qualquer pedido de revisão de


contrato de empréstimo, logo desnecessário tecer mais comentários –
logo, requer seja a requerida condenada nas penas do art. 16 e 17 do
CPC.

No tocante a medida provisória nº 1963-


17/2000, o art. 5º informa que a partir de 31 de março de 2000,
a capitalização mensal de juros, desde que pactuada, é
permitida.

Todavia, mesmo que se considere legal a aplicação


da medida provisória em tela, o autor se enquadra exatamente dentro
dos seus mandamentos, uma vez que além de ser correntista desde
1984 (logo, bem antes de sua edição) também em seu contrato não há
qualquer previsão de capitalização.

Por fim, vale lembrar que a limitação de juros pela


lei da usura permanece em vigor pelo Decreto 22.626/33, sendo que a
capitalização de juros (anatocismo) é proibida conforme dispõe a
Súmula 121 do STF.

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e) Da onerosidade excessiva, da Comissão de permanência


e da repetição do indébito

Caso entenda Vossa Excelência não ser o caso de


se afastar a prática de juros livres de mercado ou juros remuneratórios
livres praticados na conta corrente do autor, pela taxa de juros legais,
por ausência de contratação expressa, também no caso,
sucessivamente requer-se a aplicação da Teoria da Onerosidade
Excessiva, de maneira a substituir-se a taxa de juros aplicada, pela
taxa SELIC.

Do mesmo modo, a comissão de permanência foi


descontada da conta corrente do autor por todo esse período e
exatamente como proíbe o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E O SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA – quando em inúmeras decisões vedam a
cobrança de referida comissão principalmente quando cumuladas
com juros.

Logo, faz jus o autor a repetição do indébito, tal


como demonstrado na perícia particular e os demais documentos
anexados à peça inicial.

f) Da prescrição

Conforme relatado na peça inicial, o


posicionamento mais atual do Egrégio TJ do Estado de São Paulo é no
sentido que a prescrição, em caso de revisão bancária, será de 20
anos.

Tal entendimento vem prevalecendo na maioria


dos julgados emanados pelas diversas Câmaras do Egrégio Tribunal de
Justiça do Estado de São Paulo. Vejamos caso idêntico ao dos autos,
julgado em 13/10/2008 pela 18ª Câmara de Direito Privado do TJSP, em
que a prescrição restou determinada no prazo de 20 anos:Ementa: *
SENTENÇA - JULGAMENTO "ULTRA PETITA" - Inadmissibilidade - Inteligência do
art. 460, do Estatuto Adjetivo Civil - Decisão prolatada nos termos do pedido -

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Preliminar rejeitada. . PRESCRIÇÃO - PRAZO - Alegação da prescrição da


pretensão - Descabimento - Prazo prescricional era de 20 anos, como
previsto no artigo 177 do Código Civil de 1916 - Decurso de menos da
metade deste prazo quando da entrada em vigor do novo Código Civil
- Novo prazo que deve ser contado a partir de 11 de janeiro de 2003 -
Entendimento do art. 2.028 do CC - Alegação rejeitada. . CONTRATO
BANCÁRIO - ABERTURA DE CRÉDITO EM CONTA CORRENTE - (TJSP, Apelação
7283380000, Órgão julgador: 18ª Câmara de Direito Privado,
Comarca: Presidente Venceslau, Relator(a): Carlos Lopes, Data do
julgamento: 13/10/2008).

g) Da impugnação à Planilha de Cálculos

A Instituição financeira ré, limita-se a informar que


os cálculos anexados à peça inicial estão equivocados. Todavia, até o
momento não juntou os cálculos que estariam corretos.

h) Da culpa exclusiva do autor e ausência do nexo de


causalidade

No que tange aos juros capitalizados ilegalmente,


porquanto não contratados, o dolo da requerida resta demonstrado por
meio dos extratos em anexo, perícia particular e contrato omisso. Logo,
realmente não há culpa da ré, mas dolo, vontade dirigida para a
finalidade especifica em debitar valores não contratados.

De outro lado, no que tange aos danos materiais


experimentados pelo autor, quando do não resgate automático que
deveria ser praticado pelo banco, no mínimo há culpa por negligência.
Referida culpa já fora até assumida pela ré, mas com restituição parcial
dos danos (v. extrato bancário, estorno e demais provas).

Os demais pedidos sucessivos decorrerão de


apreciação judicial.

Quanto à tutela antecipatória, e havendo


minimamente indícios de irregularidade na prática de lançamentos

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abusivos na conta do autor, já se justifica a sua concessão, eis que o


autor não pode, durante toda demora processual, permanecer
penalizado por prática de ato ilegal praticado pelo banco.

Ante todo o exposto, devem as


preliminares serem afastadas, bem como as argumentações de
mérito apresentadas pelo réu, ficando apenas pendente a
realização da prova pericial, para afastar os pontos
controversos de ausência de capitalização dos juros, débitos
ilegais e não contratados, além dos danos materiais.

Termos em que,
P. Deferimento.

Comarca, 00/06/2014
Advogado

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