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Canção do Apocalipse – Diante do Trono (Análise)

Posted by Filipe Machado | 1/abr/2016

Neste espaço, já tivemos a oportunidade de analisar uma música do grupo


Diante do Trono (clique aqui) e a classificamos como “não bíblica e inapropriada
ao culto público”.

Em verdade, o grupo Diante do Trono é bastante controvertido, pois embora


contenha músicas e performances que não se alinham com a Escritura (como a
Ana Paula andando igual a um “leão” no palco), também possui algumas músicas
com letras bíblicas, como é o caso de hoje. Vamos à análise.

Digno é o Cordeiro
Que foi morto
Santo, Santo Ele é
Um novo cântico
Ao que se assenta
Sobre o Trono do Céu

Esta música é um agremiado de várias passagens bíblicas, como Apocalipse


1.8; 5.12; 6.1; 11.17; 14.3 e possivelmente outros versículos. E é melhor que
seja assim mesmo as letras que buscam, de maneira direta, louvar ao Senhor.
Considero mais saudável a letra “direta” do que algumas paráfrases duvidosas
ou interpretações pessoais da Escritura.

A primeira estrofe está possivelmente em Apocalipse 5.12; 14.3, mas convém


salientar algo importante sobre a expressão “novo cântico”: vários salmos (40.3;
96.1; 144.9, por exemplo), falam de um “novo cântico”. A interpretação comum
não é de que o Senhor ensinaria “novas coisas” aos Seus filhos, e sim que com
o advento de Cristo, haveria uma mais clara e perfeita maneira de se louvar ao
Senhor.

Como exemplo, lembremos de que Cristo nos fala de “um novo mandamento”
(13.34), mas isso não significa que Ele tenha acrescendo mais dois aos dez já
existente. Assim, a expressão “novo cântico” remete à genuína maneira de se
louvar ao Senhor – muito embora, na presente música, essa parte esteja
confusa, pois não parece encaixar com o restante da estrofe, ao menos
tematicamente.

Santo, Santo, Santo


Deus Todo Poderoso
Que era, e é, e há de vir
Com a criação eu canto
Louvores ao Rei dos reis
És tudo para mim
E eu Te adorarei

Esta estrofe parece ser uma junção do conhecido “santo, santo, santo” ou
“santíssimo”, expresso várias vezes em Apocalipse e também em 1.4, v. 8 e
11.17, acerca do “que era e que há de vir”. Sobre a parte “com a criação eu
canto”, não encontrei um versículo direto para isso. Seja como for, uma estrofe
nitidamente bíblica, pois lemos no Salmo 148 que toda a criação louva ao
Senhor, isto é, engrandece o Seu nome.

Está vestido do arco-íris


Sons de trovão, luzes, relâmpagos
Louvores, honra e glória
Força e poder pra sempre
Ao único Rei eternamente

Com respeito a estar vestido do “arco-íris”, temos uma citação de Apocalipse 4.3
e sobre o “sons de trovão, luzes, relâmpagos”, temos várias referências no
referido livro. Todas estas expressões desejam conferir magnitude, poder e
autoridade do Senhor sobre todas as coisas, pois tal como o Senhor interrogou
Jó (Jó 38) e citou as maravilhas da natureza para contrapor à pequenez do
homem, também em Apocalipse ele se revela com várias coisas surpreendentes
da natureza, a fim de que todos reconhecem o Seu poder e Soberania.

Maravilhado, extasiado
Eu fico ao ouvir Teu nome

Sem comentários. Assim como vemos vários personagens bíblicos expressando


sua adoração a Deus, aqui também a letra conclama o ouvinte a agradecer ao
Senhor pela Sua magnitude.

Maravilhado, extasiado
Eu fico ao ouvir Teu nome
Jesus, Teu nome é força
É fôlego de vida
Misteriosa Água Viva

Em Jó 27.3 temos uma expressão sobre o fôlego da vida que é dado pelo
Senhor: “enquanto em mim houver alento, e o sopro de Deus nas minhas
narinas”, demonstrando o encontro em Gênesis, confirmando que de fato é o
Senhor quem concede vida a cada criatura na terra.

E sobre a “água viva”, talvez a relação seja com Apocalipse 22.1, traduzindo a
ideia de que do trono do Eterno procede aquilo que é mais básico e essencial à
vida: água. Este é o elemento do batismo, contido no vinho e em várias outras
referências bíblicas.

Encerro esta análise, observando que muito embora seja bíblica, possui várias
repetições e me parece ser uma daquelas músicas que duram longos minutos,
sem, necessariamente, a banda estar preocupada em tocar algo mais objetivo e
resumido. Creio que a música seja boa, mas pode melhorar bastante no quesito
arranjo e montagem das estrofes.

Concluo, assim, classificando como “bíblica e apropriada ao culto público”.

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