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10/10/2018 Leiria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Leiria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Leiria  é  uma  cidade  portuguesa,  capital  do  distrito  de  Leiria,  na  província  da Leiria
Beira Litoral, sede da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria, no Centro
de  Portugal,  com  cerca  de  63000  habitantes  no  seu  perímetro  urbano.  Os
habitantes desta cidade chamam­se leirienses ou coliponenses [2]

É  sede  de  um  município  com  565,09  km²  de  área[3]  e  126  897  habitantes
(2011)[4][5]  subdividido  em  18  freguesias[6],  o  que  faz  dele  o  segundo  concelho
mais populoso das Beiras, só superado por Coimbra. É limitado a norte/nordeste
pelo  concelho  de  Pombal,  a  leste  pelo  de  Ourém,  a  sul  pelos  municípios  de
Batalha  e  Porto  de  Mós,  a  sudoeste  pelo  de  Alcobaça,  a  oeste  pelo  concelho  da
Marinha Grande e a noroeste pelo Oceano Atlântico.

Leiria  é  o  principal  centro  urbano  da  unidade  estatística  Pinhal  Litoral  e  da


comunidade  urbana  de  Leiria,  assim  como  um  importante  centro  de  comércio,
serviços e indústria.

O município tem uma faixa costeira a ocidente, que a liga ao Oceano Atlântico. O
feriado  municipal  é  a  22  de  maio  e  celebra  a  criação  da  diocese  de  Leiria,  em
1545. [7] A sua elevação a cidade ocorreu no dia 13 de Junho do mesmo ano. [8]

A  cidade  é  banhada  pelos  rios  Lis  e  o  seu  afluente,  o  Lena,  sendo  o  castelo  de
Leiria o seu monumento mais notável. Vista da cidade de Leiria 

O  concelho  recebeu  o  primeiro  foral  de  D.  Afonso  Henriques,  o  primeiro  rei  de
Portugal, em 1142[9], sob o nome de Leirena.

Foi uma das cidades escolhidas para fazer parte do Euro 2004, e graças a isso o
seu estádio municipal sofreu uma grande remodelação, que ainda hoje está a ser
paga  pelo  município  e  o  endividou  profundamente  (pelo  menos  durante  duas
décadas). [10][11][12]

Com  uma  gastronomia  variada  e  com  tradições  reconhecidas,  o  concelho  é


historicamente  rico,  como  o  testemunham  o  castelo da cidade  e  o  Santuário  de
Nossa  Senhora  da  Encarnação.  Leiria  dispõe  ainda,  dentro  do  município,  das
Termas de Monte Real, de praias como a do Pedrógão, da Lagoa da Ervideira e da
mata municipal de Marrazes. Ficam relativamente perto as históricas cidades de
Ourém, Fátima, Pombal e Coimbra bem como a estância balnear da Figueira  da
Foz,  uma  das  principais  da  região.  Outros  centros  urbanos  como  o
Entroncamento, Tomar, Torres Novas e Rio Maior, já no Ribatejo, estão bastante
próximos.  Os  portos  da  Figueira  da  Foz  e  de  Peniche  distam  cerca  de  50  km  e
80 km, respectivamente.

Gentílico Leiriense /coliponense [1]
Índice Área 565,09 km²
População População 126 897 hab. (2011)
Densidade 224,6  hab./km²
Freguesias
populacional
História N.º de freguesias 18
Heráldica Presidente da Raúl Miguel de Castro
câmara municipal
Cultura
Fundação do 1142, 1195
Geografia e Localização município
(ou foral)
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Clima Região (NUTS II) Centro


Política Sub­região (NUTS Região de Leiria
Eleições autárquicas III)
Eleições legislativas Distrito Leiria
Província Beira Litoral
Economia
Orago Nossa Senhora da
Infra­estruturas Encarnação
Transportes Feriado municipal 22 de maio (Criação da
Ferroviários diocese e elevação a
Auto­estrada & Vias principais cidade)
Aeródromo Código postal 2400 Leiria
Militares Sítio oficial http://www.cm­leiria.pt
Saúde Municípios de Portugal 

Jornais de Leiria
Educação
Ensino Básico
Ensino Secundário
Ensino Profissional
Ensino Superior
Desporto
Património
Museus
Artesanato
Gastronomia
Entretenimento
Cinemas
Festas da cidade
Geminação
Personalidades de Leiria
Referências
Ligações externas

População
Número de habitantes [13]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
32 35 41 44 48 51 55 67 77 82 80 96 102 119 126
252 402 606 811 447 101 234 313 567 988 241 517 762 847 897

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário [14]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
19 20 16 20 23 26 27 25 26 21 20 19
0­14 Anos
512 826 864 389 757 195 719 380 100 897 558 317
10 10 12 14 15 13 17 17 17 14
15­24 Anos 9 496 9 755
932 289 447 246 110 695 909 206 480 558
20 22 20 22 26 31 34 33 44 52 65 70
25­64 Anos
939 740 572 451 280 040 455 850 085 082 195 986
= ou > 65 11 16 22
3 462 3 361 2 951 3 877 3 831 4 342 5 704 6 025 8 423
Anos 577 614 036
> Id. desconh 247 195 204 132 267

(Obs:  De  1900  a  1950  os  dados  referem­se  à  população  "de  facto",  ou  seja,  que  estava  presente  no  concelho  à  data  em  que  os  censos  se  realizaram.  Daí  que  se
registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

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Nos censos de 1900 e 1911 incluía a freguesia da Marinha Grande. Pela lei nº 644, de 20 de janeiro de 1917, foi restaurado o concelho de
Marinha Grande.

Freguesias
O concelho de Leiria está dividido em 18 freguesias:

Amor Marrazes e Barosa
Arrabal Milagres
Bajouca Monte Real e Carvide
Bidoeira de Cima Monte Redondo e Carreira
Caranguejeira Parceiros e Azoia
Coimbrão Regueira de Pontes
Colmeias e Memória Santa Catarina da Serra e Chainça
Leiria, Pousos, Barreira e Cortes Santa Eufémia e Boa Vista
Maceira Souto da Carpalhosa e Ortigosa
Freguesias do concelho de Leiria.

História
A  história  precoce  de  Leiria  é  obscura.  Mas  mesmo  assim,  a  bacia  hidrográfica  do  Lis  é  das  zonas  com  maior  densidade  de  achados
arqueológicos  do  país,  atribuíveis  ao  Paleolítico  Inferior.  De  momento  estão  inventariados  mais  de  70  sítios  arqueológicos  na  região,
entre os quais vários jazigos de sílex, inúmeros seixos talhados (em areeiros por arrastamento do rio, na Quinta do Cónego nas Cortes,
na Mata dos Marrazes, atrás do Bairro Sá Carneiro), gravuras rupestres (na praia do Pedrógão), uma pintura rupestre (no vale­canhão
do  Lapedo)  e  muitas  outras.  De  todos  os  achados  destaca­se  o  menino  do  Lapedo,  encontrado  no  vale  do  mesmo  nome  e  que  tem
suscitado  o  interesse  da  comunidade  científica  internacional.  Os  primeiros  habitantes  que  se  sabe  ao  certo,  foram  os  túrdulos
(Turdulorum Oppidani), um povo indígena Celtibero (relacionado com os Lusitanos); que estabeleceu uma povoação perto (a cerca de
7 km) de Leiria. Esta foi posteriormente ocupada pelos romanos, período em que floresceu sob o nome de Collippo . As pedras da antiga
cidade romana foram usadas na Idade Média para construir parte de Leiria, destacando­se o castelo onde ainda se podem ver pedras
com inscrições romanas.

O nome Leiria em si, deriva de leira (do galaico­português medieval laria : a partir do proto­
celta * ɸlār­yo­, semelhante ao lar em Irlandês antigo 'chão', em Bretão leur 'chão', em Galês
llawr ' andar ') que em Português significa área de lotes agrícolas.

Leiria  foi  habitada  pelos  suevos  em  414  dC  e  incorporada  por  Leovigildo  no  reino  dos
visigodos  em  585  dC.  Mais  tarde  os  mouros  ocuparam  esta  a  área,  até  à  tomada  por  D.
Afonso  Henriques  em  1135,  durante  a  chamada  Reconquista.  A  região  foi  alvo  de  ataques
mouros  até  1140.  Durante  esse  período  entre  Leiria  e  regiões  mais  a  Sul  como  Santarém  e
O Castelo de Leiria, com as suas Lisboa,  existiu  uma  faixa  territorial  conhecida  como  "terra  de  ninguém",  até  esta  ser
características galerias. repovoada  por  cristãos.  Em  1142  Afonso  Henriques  atribuiu  o  primeiro  foral  (carta  de
direitos feudais) para estimular a colonização da região  [15].  A  maioria  da  população  vivia
dentro das muralhas protectoras da cidade inicialmente, mas já no século XII parte da população vivia na sua parte exterior. A mais
antiga igreja de Leiria, a Igreja de São Pedro, construída em estilo românico no século XII, servia a freguesia exterior às muralhas.

De facto a região de Leiria é ideal para a fixação do Homem: com as várias vias de comunicação existentes, que atribuíam àquele local a
fronteira entre o Norte e o Sul da fachada ocidental da península e entre o litoral e o interior, e com as características favoráveis do rio Lis
que passa no local, seria inevitável a exploração e desenvolvimento agrícola e comercial no local, tornando­se na Idade Média no local de
controlo do tráfego económico da região.

Durante a Idade Média, a importância da vila aumentou, e foi sede de diversas cortes, reuniões políticas entre o rei e a nobreza (para
uma lista com as diversas cortes realizadas na cidade, ver Cortes de Leiria). As primeiras cortes realizadas em Leiria foram em 1254 [15],
durante o reinado de D. Afonso III. No início do século XIV (1324), D. Dinis mandou erguer a torre de menagem do castelo, como pode
ser visto numa inscrição na torre.

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Fotografia panorâmica com a torre de menagem do castelo de Leiria.

Esse rei construiu também uma residência real em Leiria (actualmente perdida), e viveu por longos períodos na cidade, que ele doou
como  feudo  à  sua  esposa,  a  rainha Santa Isabel.  O  rei  também  expandiu  a  plantação  do  famoso  Pinhal  de  Leiria,  próximo  da  costa
atlântica.  Mais  tarde,  a  madeira  deste  pinhal  seria  usada  para  construir  as  naus  que  serviram  aos  Descobrimentos  portugueses,  nos
séculos XV e XVI. Durante o século XV houve vários moinhos de cereais na cidade, que foram fonte de riqueza para a região. Em 1411, D.
João I  autorizou  a  instalação  de  um  moinho de papel  (atualmente  um  museu)  para  a  fabricação  deste  material.  Na  mesma  época  é
documentado  que  os  judeus  desenvolveram  nesse  concelho  uma  das  mais  notáveis  comunidades,  ao  ponto  de  empreenderem  uma
florescente actividade industrial. Abraão Zacuto, erudito judeu, publicou sua obra Almanach perpetuum em Leiria em 1496.

No  fim  do  século  XV,  o  rei  D.  João  I  construiu  um  palácio  real  dentro  das  muralhas  do
castelo. Este palácio, com elegantes galerias góticas que possibilitam vistas maravilhosas da
cidade e da meio envolvente, ficou totalmente em ruínas, mas foi parcialmente reconstruído
no  século  XX.  D.  João  I  foi  também  o  responsável  pela  reconstrução  da  Igreja  de  Nossa
Senhora da Pena, localizada dentro do perímetro do castelo, num estilo gótico tardio.

Por volta do fim do século XV, a cidade continuou a crescer, ocupando a área que se estende
desde a colina do castelo até ao rio Lis. O rei D. Manuel I deu à localidade um novo foral em
1510, e em 1545 foi elevada à categoria de cidade, tornando­se sede da diocese de Leiria. A Sé
Catedral  de  Leiria  foi  construída  na  segunda  metade  do  século  XVI,  numa  mistura  dos Palácio do rei D. João I no Castelo
estilos renascentista (gótico tardio) e maneirista (renascimento tardio). de Leiria.

Comparando com a Idade Média, a história subsequente de Leiria é de relativa decadência. A
cidade foi duramente atingida pelas Invasões Francesas, especialmente em 1808 (o massacre da Portela, pelas tropas Napoleónicas do
Gen. Margaron)[16], e o Grande Incêndio de 1811, causado pelos franceses que retiravam das Linhas de Torres. [17] No entanto, no século
XX,  a  sua  posição  estratégica  no  território  português  favoreceu  o  desenvolvimento  de  indústrias  diversas,  levando  a  um  grande
desenvolvimento da cidade e da sua região.

De facto, durante vários anos, Leiria foi das poucas capitais distritais que não era a cidade mais populosa do próprio distrito, sendo
suplantada pela cidade de Caldas da Rainha. Contudo, nos últimos anos a cidade tem­se desenvolvido de forma extraordinária, e é já
um dos 25 principais centros urbanos de maiores dimensões do país.

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Fotografia panorâmica da cidade de Leiria.

Heráldica
Armas – De ouro, um castelo de vermelho, aberto e iluminado de prata, acompanhado de dois pinheiros de verde, frutados de ouro e
sustidos  de  negro,  tudo  sainte  de  um  terrado  de  verde  realçado  de  negro.  Os  pinheiros  rematados  cada  um  por  um  corvo  de  negro,
voltados para o centro. A torre central acompanhada em chefe de duas estrelas de oito raios de vermelho. Em contra­chefe, três faixetas
ondadas de prata e azul. Coroa mural de cinco torres de prata. Listel branco com os dizeres “Cidade de Leiria” a negro. [18]

Bandeira – Gironada de branco e vermelho, cordões e borlas de prata e vermelho. Haste e lança de ouro. [18]

Selo branco – Circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes, tudo envolvido por dois círculos concêntricos
onde corre a legenda “Câmara Municipal de Leiria”. [18]

Cultura
Além de ser um local de interesse histórico, o Castelo de Leiria oferece um local para eventos culturais. Situado perto do castelo, a Igreja
de São Pedro é usada como um dos locais do Festival Anual de Música. Leiria é também a casa do m|i|mo, o Museu  da  Imagem  em
Movimento e do Museu do Moinho do Papel, primeira fábrica de papel em Portugal. O Teatro Miguel Franco no mercado de Sant'Ana e o
Teatro José Lúcio da Silva são espaços para o teatro, apresentações de música e dança, bem como de cinema. O Museu de Leiria, desde a
construção do edifício que o alberga, tornou­se um dos espaços culturais mais relevantes do concelho e tem recebido alguns prémios
nacionais e internacionais. [19]

A cidade é o berço de dois importantes poetas portugueses, Francisco Rodrigues Lobo (do período do Renascimento), cujo nome foi dado
à  praça  central  da  cidade,  e  Afonso  Lopes  Vieira  (ligado  à  corrente  da  chamada  Renascença  Portuguesa  e  um  dos  primeiros
representantes  do  Neogarretismo).  Hoje  a  Praça  Rodrigues  Lobo  é  lugar  de  uma  cultura  próspera  de  cafés,  bem  como  regularmente
utilizada para eventos culturais. Outros escritores que andaram por Leiria foram o rei D. Dinis (Dinis I de Portugal) e Eça de Queirós,
que escreveu em Leiria — era então administrador da cidade — a sua primeira novela realista, O Crime do Padre Amaro, publicada em
1875. Existe ainda hoje em Leiria a casa onde Eça viveu, à Travessa da Tipografia.

A  cidade  tem  várias  entidades  culturais  que  fazem  apresentações  de  projetos  culturais  e  artísticos,  com  destaque  para  a  Biblioteca
Municipal Afonso Lopes Vieira, a Livraria Arquivo (https://www.arquivolivraria.pt/), o Ateneu, os grupos de teatro Leirena e O Nariz, a
Associação Asteriscos (http://asteriscos.org/), a FADE IN (https://fadeinaacultural.com/), a Metamorfose, a ECO, os Corvos do Lis e
alguns  outros,  oferecendo  o  mais  movimentado  calendário  de  eventos.  O  Festival  A  Porta  (http://www.festivalaporta.pt)  tem,
igualmente, dado a conhecer centenas de artistas e agentes culturais de Leiria.

Vários  edifícios  de  interesse,  restaurados  ou  projetados  pelo  arquiteto  Ernesto  Korrodi  no  início  do  século  XX,  deram  um  aspecto
interessante a Leiria e fazem parte da cultura visual da cidade dos quais se destaca o Castelo de Leiria.

Nos últimos anos, Leiria viu o seu desenvolvimento orientar­se para as margens do rio Liz que abraça a cidade. Este desenvolvimento
criou vários parques novos, espaços públicos, parques infantis e uma série de pontes temáticas. Além disso, um longo passeio foi criado,
que é popular entre os caminhantes e corredores.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leiria 5/15
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Existem vários festivais de Verão realizados na região. O mais conhecido de todos é o Festival Gótico ENTREMURALHAS, organizado
pela FADE IN ­ Associação de Acção Cultural. A cidade abriga um mercado de antiguidades mensais.

Geografia e Localização
Leiria, cujas coordenadas geográficas são 39° 46' Norte 08° 53' Oeste, está situada entre as
duas principais cidades portuguesas, Lisboa e Porto, junto ao litoral do país. Dista cerca de
140 km de Lisboa, 179 km do Porto e 55 km de Coimbra. A cidade é o centro de uma área de
influência de cerca de 350 000 habitantes, que abrange outros aglomerados populacionais,
como as cidades de Marinha Grande, Pombal, Ourém, Fátima e Alcobaça.

Leiria está também próxima de praias como a Praia da Vieira, a praia do Pedrógão, São Pedro
de  Moel,  Paredes  da  Vitória  e  Nazaré  (Portugal).  Localizam­se  relativamente  próximos  da
cidade  vários  monumentos  de  interesse:  o  Mosteiro de Alcobaça, o Mosteiro  da  Batalha,  o
Castelo de Porto de Mós e o Castelo de Ourém. A vila histórica de Aljubarrota situa­se a cerca Leiria vista do seu castelo.
de 25 km de Leiria, e é também próxima a cidade de Fátima, conhecida pelo seu Santuário e
pelo seu valor religioso.

Leiria situa­se na veiga por onde corre o Rio Lis, na Beira Litoral. A cidade histórica estende­se entre a colina do castelo e o rio Lis.

Clima
A  cidade  de  Leiria  localiza­se  próxima  da  costa  ocidental,  na  região  centro  de  Portugal  Continental,  apresentando  um  clima
Mediterrânico (Csa) com influência oceânica.

Assim, apresenta invernos frescos e húmidos, contando em média com 40 dias de chuva (330mm) contra 50 dias secos e 5 horas de sol
por  dia.  As  temperaturas  médias  variam  entre  15°C  e  7  °C,  podendo  as  mínimas  baixar  aos  0  °C  em  dias  mais  frios,  favorecendo  o
aparecimento  de  gelo  ou  geada.  A  temperatura  mais  baixa  registada  em  Leiria  (desde  o  início  dos  registos  em  2008)  foi  de  ­5°C  na
manhã do dia 19 de Janeiro de 2017. [20]

As  primaveras  são  bastante  agradáveis,  sendo  o  mês  de  abril  bastante  chuvoso.  Esta  estação  conta  em  média  com  43  dias  de  chuva
(273mm) contra 47 dias secos e 7 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 20 °C e 11 °C.

Os verões trazem consigo temperaturas altas e sol, contando em média com 18 dias de chuva (77mm) contra 82 dias secos e 9 horas de
sol  por  dia.  As  temperaturas  médias  variam  entre  27  °C  e  15  °C,  podendo  as  máximas  alcançar  os  35  °C  nos  dias  mais  quentes.  A
temperatura mais alta registada em Leiria (desde o início dos registos em 2008) foi de 42°C, na tarde do dia 7 de Agosto de 2016. [21]

Já  os  outonos,  embora  sejam  amenos,  assolam  por  vezes  a  cidade  com  chuva  e  vento  e  contam  em  média  com  39  dias  de  chuva
(339 mm) contra 51 dias secos e 6 horas de sol por dia. As temperaturas médias variam entre 21 °C e 12 °C.

A queda de neve na cidade de Leiria ocorre com intervalos de décadas, sendo mais frequente nos arredores da cidade. A última vez que
nevou na zona urbana de Leiria foi a 29 de Janeiro de 2006, numa manhã fria e húmida de domingo entre as 10h e as 12h, em que a
temperatura caiu para os 2 °C [22]. Houve acumulação apenas nas zonas rurais[23]. Nos anos 80 há relatos de um manto de neve sobre a
cidade, em 1983 e/ou 87[23]. No dia 27 de Fevereiro de 2016 nevou em vários pontos do concelho[24].

Política

Eleições autárquicas

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% V % V % V % V
Data
PPD/PSD CDS­PP PS IND
1976 37,42 4 25,43 3 24,43 2
1979 39,86 4 30,65 3 17,70 2
1982 30,98 3 37,23 4 20,61 2
1985 30,90 3 45,00 5 10,59 1
1989 45,24 5 17,42 1 29,18 3
1993 39,11 4 17,90 2 33,33 3
1997 43,35 5 8,58 ­ 38,35 4
2001 52,00 5 9,72 1 20,91 2 9,88 1
2005 42,59 4 9,35 1 35,47 4
2009 37,61 5 7,68 1 44,86 5
2013 27,85 4 4,67 ­ 46,31 7
2017 26,96 3 5,03 ­ 54,46 8

Eleições legislativas

%
Data
CDS PSD PS PCP UDP AD APU/CDU FRS PRD PSN B.E. PAN PàF
1976 30,92 29,40 25,75 4,00 0,80
1979 18,51 1,40 64,95 7,16
AD AD
1980 FRS 0,82 68,75 6,14 18,44
APU
1983 24,21 35,36 29,07 0,44 5,75
1985 18,24 40,10 17,46 0,80 4,59 13,14
1987 8,40 65,90 15,29 0,37 3,28 2,51
1991 6,25 65,33 20,05 2,30 0,60 1,45
1995 14,20 47,02 32,57 0,39 2,50
1999 12,51 46,11 32,92 2,80 0,28 1,95
2002 12,22 54,26 25,26 CDU 2,07 2,47
2005 11,78 43,07 30,72 2,52 5,68
2009 15,17 35,82 28,73 2,83 9,46
2011 14,46 49,06 18,55 3,00 5,50 1,22
2015 PàF PàF 21,96 3,11 9,57 1,24 53,11

Economia
A região vive do comércio, da agropecuária e da indústria, destacando­se o fabrico de objectos de cerâmica, plásticos, moldes e cimentos.
A  construção  civil  tem  também  um  peso  importante,  assim  como  o  turismo.  O  principal  sector  económico  é  o  sector  terciário,  dos
serviços. Também tem grande influências as fábricas de vidro, na Marinha Grande.

Entre  1930  e  1980  as  empresas  de  plásticos  de  Leiria  e  Marinha  Grande  ocuparam  posição  cimeira  na  produção  de  brinquedos  em
Portugal, como a Bota Botilde, o Cubo Mágico e o Subbuteo[25].

Infra­estruturas

Transportes

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Leiria tem uma rodoviária de autocarros na qual recebe carreiras regulares interurbanas da Rodoviária do Tejo, Transdev e expressos da
Rede Nacional de Expressos para vários centros urbanos, incluindo autocarros de hora a hora para Lisboa e mais de 10 para o Porto.
Tem também os seus transportes urbanos, a Mobilis, assegurada pela Câmara Municipal, com conexões regulares a toda a cidade. Ainda
conta com uma empresa de táxis.

Ferroviários
Na Estação  Ferroviária  de  Leiria,  situada  a  cerca  de  3  km  a  noroeste  do  centro  da  cidade,  é  possível  aceder  aos  caminho­de­ferro  da
Linha do Oeste (Lisboa ­ Figueira da Foz ­ Coimbra).
Também  é  possível  aceder  à  principal  linha  ferroviária  do  país,  a  linha  do  norte,  na  Estação  Ferroviária  de  Albergaria  dos  Doze  no
concelho vizinho de Pombal a cerca de 24 km a nordeste da cidade ou até mesmo na estação de Pombal para comboios de longo curso, 29
km a norte.

Auto­estrada & Vias principais
Quatro autoestradas servem a cidade de Leiria :

A1 (Autoestrada do Norte : Lisboa ­ Porto),
A8 (Autoestrada do Oeste : Lisboa ­ Leiria),
A17 (Marinha Grande ­ Aveiro),
A19 (Leiria ­ Batalha. A A19 resulta do alargamento do IC2 na zona de Leiria)
O IC36 que liga a A1 à A8

Aeródromo
Leiria  dispõem  do  Aeródromo  José  Ferrinho  (também  conhecido  por  Aeródromo  do  Falcão  e  por  Aeródromo  de  Leiria)  situado  na
freguesia dos Marrazes na localidade de Gândara dos Olivais com uma pista de 600m x 9m asfaltada. [26][27] Situa­se a cerca de 5 km a
norte­noroeste do centro da cidade. 
Existe ainda um Aeródromo militar [28] na freguesia de Monte Real.

Militares
Em Leiria encontra­se o Regimento de Artilharia n.º 4 do Exército Português e, na freguesia de Monte Real, a Base nº 5 da Força Aérea
Portuguesa.

Saúde
Leiria possui várias unidades hospitalares e centros de saúde.

O Hospital de Santo André , que em 2011 agregou o Hospital de Pombal (passando a designar­se Centro Hospitalar de Leiria­Pombal) e
em 2013 juntou­se o Hospital de Alcobaça, assumindo a actual designação Centro Hospitalar de Leiria[29], é o maior hospital da região e
localiza­se a 1 km do centro da cidade; possui urgências ginecológicas­obstetrícias, pediátricas e gerais, bem como uma entrada para
doenças súbitas, todas a funcionar tanto de dia como de noite. Possui um imenso leque de especialidades médicas e está no ranking das
cinco melhores unidades cardíacas e vasculares, neurológicas e respiratórias[30].

A  mais  antiga  unidade  de  saúde  particular  existente  em  Leiria  é  o  Hospital  D.  Manuel  de  Aguiar,  propriedade  da  Santa  Casa  da
Misericórdia  de  Leiria,  que  presta  cuidados  de  saúde  na  cidade  desde  1544 [31].  O  Hospital  D.  Manuel  de  Aguiar,  situado  na  Rua  de
Tomar foi inaugurado em 1800.

Em Leiria situa­se também a unidade principal do Centro Hospitalar de São Francisco, hospital particular, do Grupo Sanfil.

Jornais de Leiria
Diário de Leiria ­ Diário ­ Grupo Diários
Região de Leiria ­ Semanal ­ Grupo Lena
Jornal de Leiria ­ Semanal ­ Grupo Movicortes
Presente ­ Leiria­Fátima. Substitui os extintos A Voz do Domingo e O Mensageiro[32][33]
Quinze ­ Mensal (publicado até Outubro de 2009) ­ Associação Fazer Avançar

Educação
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Ensino Básico
Para além das escolas básicas de 1º ciclo, o concelho de Leiria engloba as seguintes escolas básicas de 2º e 3º ciclos:

Escola Básica nº2 de Marrazes
Escola Básica 2,3 Dr. Correia Alexandre (Caranguejeira)
Escola Básica Integrada de Colmeias
Escola Básica 2,3 D. Dinis
Escola Básica 2,3 Dr. Correia Mateus
Escola Básica e Secundária Henrique Sommer (Maceira)
Escola Básica 2,3 Dr. José Saraiva
Escola Básica 2,3 Rainha Santa Isabel (Carreira)
Existem também instituições de ensino privadas:

Colégio Conciliar Maria Imaculada
Colégio Dr. Luís Pereira da Costa (Monte Redondo)
Colégio Nossa Senhora de Fátima

Ensino Secundário
Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo (antigo Liceu Nacional de Leiria)
Escola Secundária de Domingos Sequeira (antiga Escola Comercial e Industrial de Leiria)
Escola Secundária de Afonso Lopes Vieira (em Gândara dos Olivais, Marrazes)
Escola Básica e Secundária Henrique Sommer (em Maceira)

Ensino Profissional
O ensino profissional na cidade é assegurado pela Escola Profissional de Leiria.

Ensino Superior
A cidade é sede do Instituto Politécnico de Leiria, uma instituição politécnica de ensino superior que foi fundada em 1987. Em Leiria
localizam­se  três  das  cinco  escolas  deste  instituto  politécnico:  a  Escola  Superior  de  Educação  e  Ciências  Sociais  de  Leiria,  a  Escola
Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria e a Escola Superior de Saúde de Leiria. O instituto também tem escolas nas cidades de Caldas
da  Rainha  e  Peniche,  respetivamente  a  Escola  Superior  de  Artes  e  Design  de  Caldas  da  Rainha  e  a  Escola  Superior  de  Turismo  e
Tecnologia  do  Mar  de  Peniche.  A  única  instituição  de  ensino  superior  privada  atualmente  presente  na  cidade  de  Leiria  é  o  Instituto
Superior  de  Línguas  e  Administração  (ISLA),  depois  de  ter  sido  encerrado,  em  2005,  o  Pólo  de  Leiria  da  Universidade  Católica
Portuguesa[34], que havia sido criado em 1991[35].

Desporto
A  cidade  tem  a  sua  própria  equipa  de  futebol,  a  União  Desportiva  de  Leiria,  habitualmente
chamada  somente  de  União  de  Leiria.  Esta  equipa  jogou  atá  á  época  2011/2012  no  primeiro
escalão  do  futebol  português,  a  Liga  ZON  Sagres,  estando  atualmente,  por  dificuldades
financeiras,  nos  escalões  distritais.  O  clube  jogou  no  estádio  municipal,  o  Estádio  Dr.
Magalhães Pessoa, até à época 2010/2011 passando a jogar no Estádio Municipal da Marinha
Grande  na  época  seguinte,  a  partir  de  um  protocolo  celebrado  entre  o  clube  e  a  Câmara
Municipal da referida cidade. [36]

Este  foi  um  dos  estádios  onde  decorreu  o  Euro2004.  Para  receber  alguns  dos  jogos  desta Estádio Dr. Magalhães Pessoa.
competição, o estádio foi reformulado passando a ter uma capacidade para 25 mil espectadores.
Em  Leiria  jogaram­se  duas  partidas  do  Grupo  B,  o  Suíça­Croácia,  e  o  Croácia­França.
Curiosamente, os dois jogos terminaram empatados.

O  estádio  também  foi  palco  da  Taça  da  Europa  de  Atletismo  em  2008  e  do  seu  sucessor,  o  Campeonato  Europeu  de  Atletismo  por
Equipas SPAR, em 2009.

Na  cidade  existe  também  uma  equipa  de  hóquei  em  patins  ­  o  Hóquei  Clube  de  Leiria  ­  que  promove  também  as  modalidades  de
patinagem artística e de velocidade; um clube de karaté ­ o CSKL; e uma das equipas de atletismo com melhor e maior palmarés em
Portugal, a Juventude Vidigalense, de onde já saíram vários campeões nacionais. Este clube organiza o Meeting Cidade de Leiria.

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O Clube Bairro dos Anjos (BA) é também uma das principais equipas de atletismo e de natação da cidade, tendo nos seus quadros vários
campeões nacionais e distritais.

No Basquetebol o destaque vai para o Núcleo Sportinguista de Leiria (NSL), Campeão Nacional da 1ª Divisão em Seniores Masculinos na
época  de  1999/2000.  Em  2011/2012,  o  NSL  criou  uma  escola  de  minibasquete  e  desde  essa  época  que  vem  sendo  distinguido  pela
Federação Portuguesa de Basquetebol, consecutivamente, com o Certificado de Qualidade de Escola Portuguesa de Minibasquete, o que
aconteceu pela primeira vez na cidade de Leiria, sendo a maior escola de minibasquete do distrito. Em 2012/2013, foi constituída no
NSL a primeira Academia de Basquetebol do Sporting Clube de Portugal fora de Lisboa, sendo este clube de expressão mundial pioneiro
neste capítulo no panorama basquetebolistico português. Nas primeiras três épocas de Escola de Minibasquete, o NSL recebeu mais de
100 crianças entre os 6 e os 11 anos de idade.

Leiria também oferece parques onde é possível praticar desportos radicais como BMX, skate ou patins, nomeadamente o Parque Radical
de São Romão.

Património
Castelo de Leiria – Depois de conquistar Leiria aos mouros, D. Afonso Henriques mandou, em 1135,
construir um castelo nesta localidade. Foi amuralhado em 1195, a mando de D. Sancho I, e, em
1324, D. Dinis mandou construir a torre de menagem, e transformou a fortaleza em palácio. As
Invasões Francesas provocaram danos elevados, mas o Castelo de Leiria conseguiu preservar a sua
beleza. O castelo, tal como hoje se apresenta, é fruto de uma recriação recente. No século XIX,
estando a fortificação medieval em ruínas, o arquitecto de origem suíça Ernesto Korrodi elaborou, a
partir de 1898, um plano de reconstrução. Este plano baseava­se, não num levantamento
arqueológico, mas na visão romântica da arquitectura medieval do arquitecto, uma corrente
representada em França por Eugène Viollet­le­Duc. As obras duraram de 1915 a 1950, tendo a
intervenção dos Monumentos Nacionais. Do alto do castelo, avista­se o tecido urbano da cidade,
assim como a sua periferia rural.

Sé Catedral de Leiria – O início da sua construção data de 1559, em pleno
século XVI, sendo a sua edificação concluída apenas na segunda metade
do século XVII. Embora apresente a verticalidade das catedrais góticas, Torre dos sinos do
nela transparece o sentido de proporção das suas partes dado pelo Castelo de Leiria.
cálculo matemático, dentro de um espírito tipicamente renascentista e
classizante em que a ideia de projecto arquitectónico ganha uma
dimensão moderna. É desprovida de torre sineira. Um adro alto dos inícios do século XVII, corrido por
uma balaustrada de pedraria, envolve o edifício.
Santuário do Senhor Jesus dos Milagres ­ Construído entre 1732 e 1750 — coincidindo com a
constituição da Paróquia dos Milagres —, em honra a um milagre de Jesus que terá acontecido no lugar,
este santuário apresenta um estilo barroco, sendo o mármore o material mais utilizado, a que se alia uma
decoração com telas, painéis de azulejos e uma rica estatuária, com destaque para o relógio da igreja,
talvez a maior peça patrimonial do santuário[37]. Recebeu obras de restauração, sob a direção do
Interior da Sé de Leiria arquiteto suíço Ernst Korrodi, em finais do século XX. Em tempos foi um dos principais locais de romaria
do país, suplantado posteriormente pelo Santuário de Fátima. Persiste atualmente a celebração pública
(século XVI). da devoção ao Senhor Jesus dos Milagres, que ocorre anualmente em setembro. A sua procissão de
procissão de andores, atrai ainda a este Santuário centenas de pessoas, originárias de todos os pontos
do país. Existe atualmente no local um posto de acolhimento, para esclarecimentos e informações aos
visitantes, aberto diariamente, com condições especiais para visitas organizadas[38].

Capela de São Pedro – De origens românicas (finais do século XII), foi alvo de profundas
transformações, tendo chegado a ser utilizada como celeiro e teatro até 1880. Foi restaurada e foi
retomado o culto religioso em 1940. Subsistem ainda diversos elementos românicos como arcos,
colunas e capitéis.
Igreja e Convento de São Francisco – Remodelado ao longo dos séculos, apresenta pormenores
renascentistas e barrocos. No século XX, esteve prevista a sua demolição mas sobreviveu como
cadeia e, a partir de 1920, foi cedido à Companhia Leiriense de Moagens. Iniciada a recuperação em
1992, foram descobertas pinturas murais quatrocentistas.
Igreja da Misericórdia – a igreja foi construída na sequência da fundação da Misericórdia em Leiria
(1544). Entre 1627 e 1636, o então bispo D. Dinis de Melo e Castro mandou anexar um hospital, que
esteve em funcionamento até 1800. No século XVIII a igreja foi reconstruída; é esse templo
maneirista, de exterior sóbrio e com estrutura simples, de uma só nave coberta por teto de esteira,
que encontramos atualmente. A igreja foi reduzida ao uso profano em 2014, é propriedade da Santa
Casa da Misericórdia e está cedida à Câmara Municipal de Leiria, que a recuperou e transformou num
Centro de Diálogo Intercultural.[39]
Nossa Senhora da
Santuário de Nossa Senhora da Encarnação – Construído no século XVI, tem a sua base nas ruínas
do templo de São Gabriel. No século XVIII, foi acrescentada uma grande escadaria barroca, que Encarnação.
possibilita o acesso à capela, de alpendre arqueado, onde figura uma imagem quinhentista de São
Gabriel.
Convento de Santo Agostinho – Iniciada a sua construção no último quartel do século XVI, só viria a concluir­se no século XVIII.
Salientam­se o claustro do Convento e a fachada barroca ladeada por duas torres. No edifício do convento anexo são dignos de
referência alguns painéis de azulejos dos séculos XVII e XVIII.
Convento da Portela (Franciscanos) – é o conjunto religioso mais recente da cidade de Leiria e inclui uma igreja imponente; o
seminário encontra­se desativado. A construção iniciou­se em 1902 com projeto de Nicola Bigaglia.[40][41]
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Museus
Agromuseu Municipal D. Julinha ­ De caráter etnográfico, as coleções deste museu provêm maioritariamente do acervo existente
na antiga Casa Agrícola Pereira e Alves Matos ­ Carreira, iniciada no Século XIX, e ligada à produção vitivinícola, cerealífera e de
azeite[42]. Destacam­se as seguintes categorias: alfaias agrícolas, os transportes, a vitivinicultura, utensílios e equipamentos. A
exposição permanente integra, ainda, bens vivos, como os animais de capoeira, espécies hortícolas nas antigas hortas da casa, e
arborícolas, como um carvalho cerquinho centenário, e outras espécies[43]. Tem entre os seus objetivos representar a vida da lavoura
na Estremadura e, em especial, da região de Leiria. Além de visitas guiadas e exposições temporárias, oferece um serviço educativo
com oficinas anuais, orientadas, nomeadamente, para a sensibilização ambiental e valorização de tradições culturais (danças e
cantares tradicionais, contos e outras tradições orais)[43].
Casa­Museu ­ Centro Cultural João Soares ­ Edifício situado na freguesia de Cortes, doado pela família de Mário Soares à
Fundação Mário Soares e por esta completamente remodelado, sob a direção da arquiteta Daniela Ermano. Foi criada uma biblioteca
e existem espaços destinados a exposições temporárias das ofertas recebidas por Mário Soares durante a sua vida pública, como
Primeiro­Ministro e depois como Presidente da República. Simultaneamente, foi concebida uma exposição permanente, dotada de
meios audiovisuais, que apresenta uma visão sintética do século XX português. O espaço circundante da casa contempla um jardim
da autoria de Gonçalo Ribeiro Teles, onde está exposto um painel de azulejos intitulado O Cristo dos Pescadores, de Hein Semke,
um busto de João Lopes Soares, da autoria de Fernando Marques, e o Citroën CX em que Mário Soares percorreu o país em muitas
das campanhas eleitorais que se seguiram ao 25 de abril[44].
Casa dos Pintores ­ A Casa dos Pintores, assim designada devido à grande quantidade de artistas que retrataram a sua fachada, é
uma peça de arquitetura histórica relevante no conjunto edificado do centro histórico de Leiria, apresentando uma tipologia singular na
malha urbana medieval, na qual ressalta a varanda com uma balaustrada em madeira, com dois sobrados, num topo de um
quarteirão de reduzidas dimensões. A recuperação deste edifício municipal pretendeu atribuir­lhe uma função que se coadunasse, por
um lado, com a valência histórica do local, e por outro, que impulsionasse a dinâmica turística, ajudando à criação de uma rede de
núcleos museológicos e culturais, que dignificassem a qualidade cultural e turística da zona histórica da cidade. A equipa de
arqueologia municipal acompanhou o desenvolvimento do processo desde a sua génese, que manteve a sua traça original, tendo­se
promovido uma investigação histórica e arqueológica no quadro deste projeto piloto, que permite que os objetivos de gestão e
divulgação do património arqueológico concelhio se atinjam. O edifício acolhe atualmente os serviços técnicos de Arqueologia e
Património e o laboratório de Conservação e Restauro, potenciando o cumprimento da sua missão social, cultural e educativa e a
aproximação deste serviço aos munícipes. A Oficina de Arqueologia tem como missão garantir uma eficiente e sistemática gestão,
investigação, salvaguarda, divulgação, científica e pedagógica, bem como de valorização do património arqueológico do concelho de
Leiria[45].
Moinho de Papel ­ Antigo moinho do século XV dedicado à produção de papel, convertido em museu com projecto arquitectónico de
Siza Vieira. Foi inaugurado em 2009.
Museu da Imagem em Movimento – Este museu resultou de uma exposição comemorativa dos 100 Anos do Cinema em Portugal
(1995), tendo surgido face à necessidade reconhecida de encontrar um espaço onde os elementos ligados à arte cinematográfica
então reunidos pudessem ser devidamente expostos e divulgados. Contempla ainda a instalação de uma biblioteca especializada e
videoteca vocacionada para o cinema português.
Museu da Fábrica de Cimentos Maceira­Lis – Tendo sido inaugurado no ano de 1991, nele se preserva o património da respectiva
fábrica, cuja história se encontra ligada à evolução desta indústria em Portugal. Integra ainda, fora do perímetro fabril, a primeira
locomotiva a vapor da fábrica, a Central Turbo­Geradora, a primitiva casa da direcção e o moinho de vento.
Museu Escolar ­ Inaugurado em 1997, teve origem num projecto iniciado em 1993, por um grupo professores da Escola do 1º Ciclo
do Ensino Básico de Marrazes, freguesia onde está situado. Conserva livros, documentos da instrução primária, material didáctico e
mobiliário escolar, usado no país ao longo do século XX.
Museu de Leiria ­ Situado no Convento de Santo Agostinho, é herdeiro do projeto do Museu Regional de Obras de Arte, Arqueologia
e Numismática de Leiria, criado em 1917[46]. Destacam­se, além de uma importante coleção de arte etnográfica africana, peças de
mobiliário, cerâmica, vidro, numismática e pintura antiga e contemporânea[47].
Museu do Sporting Clube de Portugal ­ Um museu situado perto do Castelo de Leiria, mesmo em frente da Escola Secundária
Domingos Sequeira e até há pouco tempo ao lado do Café do Núcleo Sportinguista de Leiria. Situado numa espécie de cave contém
peças únicas, doadas por sócios, simpatizantes, dirigentes e atletas do Sporting e réplicas e taças e outros objectos do clube de
Alvalade.
Núcleo Museológico da Torre de Menagem do Castelo de Leiria ­ Neste espaço museológico podemos observar várias peças e
outros objectos que mostram a cidade como ela era na antiguidade, durante o seu tempo medieval.
Núcleo Museológico dos Bombeiros Municipais de Leiria ­ Neste espaço museológico podemos observar vários artigos
pertencentes aos Bombeiros Municipais de Leiria, a maior parte com vários anos de existência e que já apenas servem para estarem
expostas.

Artesanato
Louça de Bajouca – A localidade de Bajouca tem uma tradição de olaria muito antiga. Nesta localidade, a louça é muito clara. Assim,
os oleiros aproveitam esta característica para fazerem uma decoração com lambugem vermelha, essencialmente nos mealheiros,
com riscas avermelhadas e brancas. As peças produzidas são utilitárias e decorativas.
Rodilhas (Sogras) de Leiria – As "Rodilhas" ou "Sogras" são pequenas almofadas de forma circular, abertas no centro. Eram
utilizadas pelas mulheres, que sobre eles transportavam, à cabeça, os cântaros de água ou as cestas. Os materiais utilizados na
sua confecção são tiras de trapos, lãs e linhas de bordar, entrançadas e bordadas. Hoje em dia, este tipo de peça é também utilizado
como decoração.

Gastronomia
Pratos  Típicos  –  Morcela  de  Arroz;  Negritos;  Lentriscas;  Bacalhoada  com  migas;  Bacalhau  com  feijão  frade;  Ossinhos;  Fritada;
Cabrito; Feijoada; Leitão; Chanfana; Fritada dos peixinhos; Chanfana (Chainça); Bacalhau com Chícharos (Santa Catarina da Serra).

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leiria 11/15
10/10/2018 Leiria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Doces Regionais – Brisas do Lis; Lampreia de Ovos; Ovos Folhados; Bolinhos de Pinhão; Castanhas queimadas; Canudos de Leiria;
Doce de amêndoa; Filhós de abóbora.

Vinhos – Leiria faz parte da Região Demarcada do Vinho das Encostas de Aire.

Entretenimento

Cinemas
Existem diversos cinemas na cidade e no concelho:

Cinema City (Leiria)
Cineplace (Leiria)
Teatro José Lúcio da Silva (Leiria)
Teatro Miguel Franco (Leiria)
Cine­Teatro de Monte Real (Monte Real)

Festas da cidade
É de destacar a feira anual tradicional, com uma duração aproximada de 20 dias, realizada geralmente entre os dias 1 e 25 de maio[48],
que têm ampla tradição na região.
A feira terá tido origem a 30 de abril de 1295 com a "Carta de Feira Anual" concedida pelo rei D. Dinis. [49] Localmente é conhecida pelo
facto de ter sempre chuva (motivo que terá levado no passado o município a mudá­la de março para maio[49] mas sem resultados, dado
continuar a maldição da chuva na feira da cidade).

Geminação
 Maringá, Paraná, (Brasil).
 Ponta Grossa, Paraná, (Brasil).
 Saint­Maur­des­Fossés, Val­de­Marne, (França).

Quint­fonsegrives, Alto garone França

 Tokushima, Tokushima, (Japão).
 Setúbal, Distrito de Setúbal, (Portugal).
 Olivença, Estremadura/Portalegre, (Espanha/Portugal) ­ território português até ao princípio do século XIX e disputado por
Portugal.
 Rheine, Renânia do Norte­Vestfália, (Alemanha).
 Halton, Cheshire, (Inglaterra).
 São Filipe, Ilha do Fogo, (Cabo Verde).
 Tongling, Anhui, (China).
 Nampula, Nampula, (Moçambique).[50]

Personalidades de Leiria
Adelino Gomes, jornalista (1944­ )
Afonso Lopes Vieira, escritor (1878­1946)
Almerindo Marques, gestor (1939­ )
Américo Cortez Pinto, médico e poeta (1896­1979)
António Campos, cineasta (1922­1999)
António Cardoso e Cunha, engenheiro e político (1933­ )
António José Saraiva, historiador e professor universitário (1917­1993)
António Pedro Vasconcelos, cineasta (1939­ )
Armando Goes, cantor (1906­1967)
Artur de Paiva, militar e explorador colonial (1856­1900)
Artur Portela, jornalista e escritor (1901­1959)
Camilo Korrodi, arquiteto (1905­1985)
Carlos Ascenso André, professor universitário (1953­ )
David Fonseca, músico (1973­ )
Fernando Pinho de Almeida, professor e ensaísta (1908­1991)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Leiria 12/15
10/10/2018 Leiria – Wikipédia, a enciclopédia livre

Fernando Santos Martins, engenheiro e político (1930­2006)
Francisco de Oliveira Dias, médico e político (1930­ )
Francisco Rodrigues Lobo, poeta (1579­1621)
Joaquim Carreira das Neves, sacerdote e teólogo (1934­2017)
Joaquim Ribeiro de Carvalho, jornalista e político republicano (1880­1942)
Joaquim Vieira, jornalista (1951­ )
João Belo, militar (1878­1928)
João Braula Reis, arquiteto (1927­1989)
João Lopes Soares, pedagogo e político (1878­1970)
José Athayde, cavaleiro tauromáquico (1934­)
José Belo Marques, músico (1898­1987)
José Daniel Rodrigues da Costa, poeta (1757­1832)
José de Sá Caetano, cineasta (1933­ )
José Ferreira de Lacerda, sacerdote e jornalista (1881­1971)
José Hermano Saraiva, advogado, professor e historiador (1919­ 2012)
José Joaquim de Paiva Cabral Couceiro, militar (1830­1916)
José Luís Tinoco, arquiteto e músico (1932­ )
José Lopes Vieira, magistrado e político (1880­1943)
José Charters Monteiro, arquiteto (1944­ )
José Mattoso, historiador e professor universitário (1933­ )
José Zúquete, cavaleiro tauromáquico (1941­2016)
Lino António, pintor (1898­1974)
Lino de Carvalho, político (1946­2004)
Luís Athayde, cavaleiro tauromáquico (1930­ )
Manuel Ferreira, escritor (1917­1992)
Maria Inácia Rezola, historiadora (1967­ )
Maria Pereira, cientista (1986­ )
Mécia Mouzinho de Albuquerque, escritora e benemérita (1870­1961)
Miguel Franco, ator, encenador e dramaturgo (1918­1988)
Olegário Benquerença, árbitro de futebol (1969­ )
Pedro Pires de Miranda, engenheiro e político (1933­2015)
Ricardo Pais, encenador (1945­ )
Roberto Manuel Charters d'Azevedo, engenheiro e radioamador (1915­2015)
Rodrigues Cordeiro, escritor (1819­1896)
Rui Patrício, futebolista (1988­ )
Saul António Gomes, historiador e professor universitário (1963­ )
Vítor Crespo, professor universitário e político (1938­2014)

Referências
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Ligações externas
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