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Rio de Janeiro
Fevereiro/ 2017
MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA PARA USO RESIDENCIAL COM BASE EM
FONTES DE ENERGIA EÓLICA E SOLAR FOTOVOLTAICA
Examinada por:
i
DIAS, André Luiz da Silva
Microgeração Distribuída para uso Residencial com Base em
Fontes de Energia Eólica e Solar Fotovoltaica/ André Luiz da Silva
Dias. - Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2017.
XI, 88 p.: il.; 29,7cm.
Orientador: Eduardo Linhares Qualharini
Projeto de Graduação - UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de
Engenharia Civil, 2017.
Referencias Bibliográficas: p. 86-88.
1. Apresentação do projeto. 2. Microgeração distribuída. 3.
Potenciais nacionais de energia eólica e solar 4. Os Sistemas e suas
particularidades na implantação. 5. Aspectos de custo e investimento.
6. Dimensionamento e instalação 7. Considerações Finais.
I. Qualharini, Eduardo Linhares II. Universidade Federal do
Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III.
Engenheiro Civil.
ii
Dedicatória
iii
Agradecimentos
Rendo Graças ao Pai Maior, Causa Primária de todas as coisas, por mais este
momento verdadeiramente Abençoado em minha vida, pois Esteve comigo a todo
instante, como Pai Misericordioso e Amoroso, Infinito em todas as coisas, mesmo
apesar de minhas más escolhas, do meu mal proceder, de minhas rendições às minhas
más tendências, de meus defeitos e limitações. Agradeço à minha querida Mãe e a
minha amada Esposa, por depositarem sobre a minha pessoa todo o apoio, incentivo,
dedicação e perseverança em auxiliar-me a me disciplinar e focar nas coisas que são
mais importantes, seja de forma branda ou enérgica, mas da forma que puderam,
ungidas com Amor todo especial, o qual jamais esquecerei. Repouso minha gratidão,
também, aos demais familiares e amigos, colegas e professores, que mesmo com um
gesto simbólico como uma gota de orvalho, em conjunto formaram a corrente que
moveu o moinho que proporcionou-me forças pra trilhar o caminho penoso, e
igualmente virtuoso, o qual percorri. E por fim, agradeço a Universidade Federal do Rio
de Janeiro, pois a partir do convívio e das experiências vividas entre suas paredes, pude
verdadeiramente amadurecer e melhorar significativamente como pessoa em todos os
aspectos.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requesitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Microgeração Distribuída para uso Residencial com Base em Fontes de Energia Eólica e
Solar Fotovoltaica
Fevereiro/ 2017
v
Summary of the Graduation Project presented to the Polytechnic School / UFRJ as part
of the requisites required to obtain the degree of Civil Engineer.
February 2017
This work will deal with the distributed microgeneration applied to the residential use
based on wind and solar photovoltaic energy sources, focused on low voltage,
presenting aspects from the access conditions to the implantation of the wind and solar
photovoltaic microgeneration systems, initially addressing the Regulations and
procedures established by the National Electric Energy Agency (ANEEL), starting from
this milestone to the information of the national wind and solar energy potential,
followed by the presentation of some particularities of microgeneration systems and
issues regarding costs and investments, as well as The presentation of the design and
installation of distributed microgeneration systems from the generation of wind energy
and solar photovoltaic.
vi
SUMÁRIO
vii
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ - 84 -
7.1 Críticas ......................................................................................................- 84 -
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
Figura 33 - Especificações técnicas do painel fotovoltaico [14] ............................... - 69 -
Figura 34 - Simulador solar - Instituto Ideal, América do Sol ..................................- 71 -
Figura 35 - Caracteriazação do Sistema Fotovoltaico .............................................. - 72 -
Figura 36 - Consumo médio detalhado ....................................................................- 73 -
Figura 37 - Dados de Irradiação .............................................................................. - 74 -
Figura 38 - Quatro passos para a instalação [15]...................................................... - 75 -
Figura 39 - Características do material empregado na instalação [15] ...................... - 75 -
Figura 40 - Visão Geral do Sistema [15] .................................................................- 75 -
Figura 41 - Ferramentas para instalação [15] ........................................................... - 76 -
Figura 42 - Materiais e Instrumentos - parte 1 [15] .................................................. - 77 -
Figura 43 - Materiais e instrumentos - parte 2 [15] .................................................. - 78 -
Figura 44 - Instalação em Telhas Romana, Francesa, Italiana, Portuguesa e Americana
[15] ......................................................................................................................... - 79 -
Figura 45 - Instalação em telha lisa [15] ..................................................................- 80 -
Figura 46 - Instalação em telhas de zinco e estanhadas [15] .....................................- 80 -
Figura 47 - Instalação do trilho [15] ........................................................................- 81 -
Figura 48 - Instalação do Módulos [15] ................................................................... - 82 -
Figura 49 - Instalação da abraçadeira de cabos e aterramento [15] ........................... - 83 -
x
1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO
1.1 Introdução
-1-
energia elétrica, onde é preciso pensar em alternativas que respondam à demanda de
expansão e diversidade na geração de energia elétrica no país. E neste aspecto tem-se a
microgeração distribuída.
1.2 Objetivo
1.3 Justificativa
-2-
distribuída. Em seguida no Capítulo 3 é apresentado o potencial energético nacional a
partir dos atlas de potencial brasileiro de energia solar e eólica. Já no Capítulo 4
apresenta-se os sistemas de microgeração de energia eólica e solar fotovoltaica norteado
a implantação dos sistemas de microgeração. No Capítulo 5 aborda-se alguns aspectos
referentes aos custos e investimentos na adoção da microgeração distribuída a partir das
fontes eólica e solar fotovoltaica. E por sua vez no Capítulo 6 aborda-se as questões de
dimensionamento e instalação dos sistemas de microgeração. Finalizando no Capítulo 7
com um breve levantamento de algumas considerações finais.
-3-
2. MICROGERAÇÃO DISTRIBUÍDA
-4-
d) Empreendimento com múltiplas unidades consumidoras que é caracterizado
pela utilização da energia elétrica de forma independente, no qual cada
fração com uso individualizado constitua uma unidade consumidora e as
instalações para atendimento das áreas de uso comum constituam uma
unidade consumidora distinta, de responsabilidade do condomínio, da
administração ou do proprietário do empreendimento, e desde que as
unidades consumidoras estejam localizadas em uma mesma propriedade ou
em propriedades contíguas, sendo vedada a utilização de vias públicas, de
passagem aérea ou subterrânea e de propriedades de terceiros não
integrantes do empreendimento;
e) Geração compartilhada, caracterizada pela reunião de consumidores, dentro
da mesma área de concessão ou permissão, por meio de consórcio ou
cooperativa, composta por pessoa física ou jurídica, que possua unidade
consumidora em local diferente das unidades consumidoras nas quais a
energia excedente será compensada;
f) Autoconsumo remoto, caracterizado por unidades consumidoras de
titularidade de uma mesma pessoa jurídica, incluídas matriz e filial, ou
pessoa física que possua unidade consumidora em local diferente das
unidades consumidoras, dentro da mesma área de concessão ou permissão,
nas quais a energia excedente será compensada.
Para que a central geradora seja definida como microgeração distribuída, são
necessárias o cumprimento das etapas de solicitação e de parecer de acesso.
A solicitação de acesso é realizada pelo consumidor, e entregue a distribuidora,
sob prioridade de atendimento, de acordo com a ordem cronológica de protocolo.
Na solicitação de acesso deve-se disponibilizar alguns documentos tais como, o
projeto das instalações de conexão, contendo, memorial descritivo, localização, arranjo
físico, diagramas e etc., além de outros documentos e informações que porventura
venham a ser solicitados pela distribuidora.
Na sequência, um parecer de acesso é disponibilizado pela distribuidora ao
consumidor, no qual são dispostas condições de acesso, estendendo-se a conexão e o
uso, assim como os requisitos técnicos que possibilitem a conexão das instalações do
-5-
consumidor e os prazos. Em alguns casos, o parecer de acesso deverá indicar também, a
definição do ponto de conexão, as particularidades do sistema de distribuição acessado,
a lista das obras de cunho da distribuidora, e as responsabilidades do consumidor, entre
outras.
A seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST, deixa claro que o procedimento de
acesso é simples, assim como as demais requisições de proteção indispensáveis para
garantir a segurança das pessoas e a qualidade da energia injetada na rede.
Importante salientar que é à distribuidora a responsável pela coleta das
informações das unidades geradoras junto aos microgeradores de energia distribuída,
bem como o envio dos dados à ANEEL para registro.
As distribuidoras deverão adequar seus sistemas comerciais e elaborar ou revisar
normas técnicas para tratar do acesso de microgeração distribuída, utilizando como
referência os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional – PRODIST, as normas técnicas brasileiras e, de forma complementar, as
normas internacionais, ficando dispensada a assinatura de contratos de uso e conexão na
qualidade de central geradora para os participantes do sistema de compensação de
energia elétrica, sendo suficiente a emissão pela distribuidora do Relacionamento
Operacional para a microgeração.
A potência instalada da microgeração distribuída fica limitada à potência
disponibilizada para a unidade consumidora onde a central geradora será conectada. E
no caso que o consumidor deseje instalar central geradora com potência superior ao
limite estabelecido, deve solicitar o aumento da potência disponibilizada, sendo
dispensado o aumento da carga instalada. Ainda neste contexto, é importante saber, que
é vedada a divisão de central geradora em unidades de menor porte para se enquadrar
nos limites de potência para microgeração, devendo a distribuidora identificar esses
casos, solicitar a readequação da instalação e, caso não atendido, negar a adesão ao
Sistema de Compensação de Energia Elétrica.
Para a determinação do limite da potência instalada da central geradora
localizada em empreendimento de múltiplas unidades consumidoras, deve-se considerar
a potência disponibilizada pela distribuidora para o atendimento do empreendimento. E
para a solicitação de fornecimento inicial de unidade consumidora que inclua
microgeração distribuída, a distribuidora deve observar os prazos estabelecidos na
Seção 3.7 do Módulo 3 do PRODIST para emitir a informação ou o parecer de acesso,
bem como os prazos de execução de obras previstos na Resolução Normativa n° 414, de
-6-
9 de setembro de 2010. Já nos os casos de empreendimento com múltiplas unidades
consumidoras e geração compartilhada, a solicitação de acesso deve ser acompanhada
da cópia de instrumento jurídico que comprove o compromisso de solidariedade entre
os integrantes.
Os custos de eventuais melhorias ou reforços no sistema de distribuição em
função exclusivamente da conexão de microgeração distribuída não devem fazer parte
do cálculo da participação financeira do consumidor, sendo integralmente arcados pela
distribuidora, exceto para o caso de geração compartilhada.
-7-
A distribuidora deve disponibilizar em sua página na internet os modelos de
Formulário de Solicitação de Acesso para microgeração distribuída, contendo a relação
das informações que o consumidor deve apresentar na solicitação de acesso.
O parecer de acesso é o documento formal obrigatório apresentado pela
distribuidora, sem ônus para o consumidor, em que são informadas as condições de
acesso, compreendendo a conexão e o uso, e os requisitos técnicos que permitam a
conexão das instalações do consumidor com os respectivos prazos, devendo indicar,
quando couber:
a) as características do ponto de entrega, acompanhadas das estimativas dos
respectivos custos, conclusões e justificativas;
b) as características do sistema de distribuição acessado, incluindo requisitos
técnicos, tensão nominal de conexão, e padrões de desempenho;
c) orçamento da obra, contendo a memória de cálculo dos custos orçados, do
encargo de responsabilidade da distribuidora e da participação financeira do
consumidor;
d) a relação das obras de responsabilidade da distribuidora, com
correspondente cronograma de implantação;
e) as informações gerais relacionadas ao local da ligação, como tipo de terreno,
faixa de passagem, características mecânicas das instalações, sistemas de
proteção, controle e telecomunicações disponíveis;
f) o Relacionamento Operacional para microgeração;
g) as responsabilidades do consumidor;
h) eventuais informações sobre equipamentos ou cargas susceptíveis de
provocar distúrbios ou danos no sistema de distribuição acessado ou nas
instalações de outros consumidores.
Para conexão de microgeração distribuída em unidade consumidora existente
sem necessidade de aumento da potência disponibilizada, o Parecer de Acesso poderá
ser simplificado, indicando apenas as responsabilidades do consumidor e encaminhando
o Relacionamento Operacional. Compete à distribuidora a realização de todos os
estudos para a integração de microgeração, sem ônus ao consumidor. O prazo para
elaboração do parecer de acesso deve observar o seguinte:
a) não existindo pendências impeditivas por parte do consumidor, a
distribuidora deve emitir o parecer de acesso e encaminhá-lo por escrito ao
consumidor, sendo permitido o envio por meio eletrônico, nos seguintes
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prazos, contados a partir da data de recebimento da solicitação de acesso:
até 15 (quinze) dias após o recebimento da solicitação de acesso, para
central geradora classificada como microgeração distribuída, quando não
houver necessidade de melhorias ou reforços no sistema de distribuição
acessado; até 30 (trinta) dias após o recebimento da solicitação de acesso,
para central geradora classificada como microgeração distribuída, quando
houver necessidade de execução de obras de melhoria ou reforço no sistema
de distribuição.
b) na hipótese de alguma informação de responsabilidade do consumidor estar
ausente ou em desacordo com as exigências da regulamentação, a
distribuidora deve notificar o consumidor, formalmente e de uma única vez,
sobre todas as pendências a serem solucionadas, devendo o consumidor
garantir o recebimento das informações pendentes pela distribuidora em até
15 (quinze) dias, contados a partir da data de recebimento da notificação
formal, sendo facultado prazo distinto acordado entre as partes;
c) na hipótese de a deficiência das informações referenciada ser pendência
impeditiva para a continuidade do processo, o prazo estabelecido deve ser
suspenso a partir da data de recebimento da notificação formal pelo
consumidor, devendo ser retomado a partir da data de recebimento das
informações pela distribuidora
O consumidor deve solicitar vistoria à distribuidora em até 120 (cento e vinte)
dias após a emissão do parecer de acesso. A inobservância do prazo estabelecido
implica a perda das condições de conexão estabelecidas no parecer de acesso, exceto se
um novo prazo for pactuado entre as partes.
O critério técnico operacional do consumidor com microgeração distribuída é o
ponto de conexão que nada mais é que o ponto de entrega da unidade consumidora,
conforme definido em regulamento específico e que para o caso de microgeradores, está
dispensada de realizar os estudos mais específicos, os quais, quando necessários, devem
ser realizados pela distribuidora sem ônus para o consumidor.
Levando em consideração os requisitos de projetos, deve-se observar que os
projetos das instalações de conexão devem seguir os critérios estabelecidos nas
Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica. A quantidade de fases e o nível
de tensão de conexão da central geradora serão definidos pela distribuidora em função
das características técnicas da rede e em conformidade com a regulamentação vigente.
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As indicações dos requisitos mínimos do ponto de conexão da microgeração distribuída
são:
a) Elemento de desconexão: Chave seccionadora visível e acessível que a
distribuidora usa para garantir a desconexão da central geradora durante
manutenção em seu sistema, exceto para microgeradores que se conectam à
rede através de inversores;
b) Elemento de interrupção: Elemento de interrupção automático acionado por
proteção para microgeradores distribuídos;
c) Proteção de sub e sobretensão/ sobrefrequência: Não é necessário relé de
proteção específico, mas um sistema eletroeletrônico que detecte tais
anomalias e que produza uma saída capaz de operar na lógica de atuação do
elemento de interrupção.
d) Relé de sincronismo: Não é necessário relé de sincronismo específico, mas
um sistema eletroeletrônico que realize o sincronismo com a frequência da
rede e que produza uma saída capaz de operar na lógica de atuação do
elemento de interrupção, de maneira que somente ocorra a conexão com a
rede após o sincronismo ter sido atingido.
e) Anti-ilhamento: No caso de operação em ilha do consumidor, a proteção de
anti-ilhamento deve garantir a desconexão física entre a rede de distribuição
e as instalações elétricas internas à unidade consumidora, incluindo a
parcela de carga e de geração, sendo vedada a conexão ao sistema da
distribuidora durante a interrupção do fornecimento.
f) Medição: O sistema de medição bidirecional deve, no mínimo, diferenciar a
energia elétrica ativa consumida da energia elétrica ativa injetada na rede.
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adotados para os indicadores de tensão em regime permanente, fator de potência,
distorção harmônica, desequilíbrio de tensão, flutuação de tensão e variação de
frequência são os estabelecidos na Seção 8.1 do Módulo 8 – Qualidade da Energia
Elétrica. A distribuidora pode propor proteções adicionais, desde que justificadas
tecnicamente, em função de características específicas do sistema de distribuição
acessado, sem custos para microgeração distribuída.
No que tange aos procedimentos de implementação e vistoria das instalações, é
disposto que a distribuidora deve realizar vistoria das instalações de conexão de
microgeração distribuída, no prazo de até 7 (sete) dias, contados da data de solicitação
formal, com vistas à conexão ou ampliação das instalações do consumidor. Caso sejam
detectadas pendências nas instalações da unidade consumidora com microgeração
distribuída que impeçam sua conexão à rede, a distribuidora deve encaminhar ao
interessado, por escrito, em até 5 (cinco) dias, sendo permitido o envio por meio
eletrônico, relatório contendo os respectivos motivos e uma lista exaustiva com todas as
providências corretivas necessárias. Após sanadas as pendências detectadas no relatório
de vistoria, o consumidor deve formalizar nova solicitação de vistoria à distribuidora.
Nos casos em que for necessária a execução de obras para o atendimento da unidade
consumidora com microgeração distribuída, o prazo de vistoria começa a ser contado a
partir do primeiro dia útil subsequente ao da conclusão da obra, conforme cronograma
informado pela distribuidora, ou do recebimento, pela distribuidora, da obra executada
pelo interessado. A distribuidora deve emitir a aprovação do ponto de conexão,
liberando-o para sua efetiva conexão, no prazo de até 7 (sete) dias a partir da data de
realização da vistoria na qual se constate a adequação das instalações de conexão da
microgeração distribuída.
E quanto aos requisitos para operação, manutenção e segurança da conexão, é
regulamentado que o consumidor deve instalar no ponto de conexão, junto ao padrão de
entrada, sinalização indicativa da existência na unidade consumidora de geração própria
através de placa de advertência. Para a elaboração do Relacionamento Operacional,
deve-se fazer referência ao Contrato de Adesão (ou número da unidade consumidora),
Contrato de Fornecimento ou Contrato de Compra de Energia Regulada para a unidade
consumidora associada à central geradora classificada como microgeração distribuída e
participante do sistema de compensação de energia elétrica da distribuidora local, nos
termos da regulamentação específica.
- 11 -
2.2 Sistema de Medição
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regulamentação específica para microgeração distribuída e observada as Condições
Gerais de Fornecimento, não se aplicando as regras de faturamento de centrais
geradoras estabelecidas em regulamentos específicos.
Em síntese, esse sistema permite que a energia excedente gerada pela unidade
consumidora com microgeração seja injetada na rede da distribuidora, armazenando
esse excedente até o momento em que a unidade consumidora necessite de energia
proveniente da distribuidora. Dessa forma, a energia elétrica gerada por essas unidades
consumidoras é cedida à distribuidora local, sendo posteriormente compensada com o
consumo de energia elétrica dessa mesma unidade consumidora (ou de outra unidade
consumidora de mesma titularidade). Na prática, se em um determinado ciclo de
faturamento a energia injetada na rede pelo microgerador for maior que a consumida, o
consumidor receberá um crédito em energia na forma de kWh, na próxima fatura. Caso
contrário, o consumidor pagará apenas a diferença entre a energia consumida e a gerada.
Cabe ressaltar que, dependendo da forma de incidência dos impostos em cada
Estado, o consumidor terá ainda que pagar os impostos incidentes sobre o total da
energia absorvida da rede, bem como para unidades consumidoras conectadas em baixa
tensão (grupo B), ainda que a energia injetada na rede seja superior ao consumo, será
devido o pagamento referente ao custo de disponibilidade, equivalente ao sistema
monofásico, bifásico ou trifásico. Em regra, o consumo de energia elétrica a ser faturado
corresponde à diferença entre a energia consumida e a injetada. E, havendo excedente
de energia injetada que não tenha sido compensada no ciclo de faturamento corrente, a
distribuidora utilizará essa diferença positiva para abater o consumo medido em outros
postos tarifários, outras unidades consumidoras de mesmo titular ou nos meses
subsequentes. Caso o consumidor tenha outras unidades consumidoras em sua
titularidade na mesma área de concessão, os montantes de energia ativa injetada que não
tenham sido compensados na própria unidade consumidora poderão compensar o
consumo dessas outras unidades, desde que tenham sido cadastradas previamente para
tal fim. Nessa circunstância, o consumidor deverá indicar a ordem de prioridade das
suas unidades consumidoras para participação no sistema de compensação, observada a
regra de que a unidade de instalação da geração deve ser a primeira a ter o consumo
compensado. Após a compensação em todos os postos tarifários e em todas as demais
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unidades consumidoras, os créditos de energia ativa porventura existentes serão
utilizados para abatimento da fatura dos meses subsequentes e expirarão 60 meses após
a data de faturamento, sendo revertidos em prol da modicidade tarifária e sem direito do
consumidor a quaisquer formas de compensação.
A ordem de compensação dos créditos se dá da seguinte forma:
a) A energia ativa gerada em determinado posto horário deve ser utilizada para
compensar a energia ativa consumida nesse mesmo posto;
b) Havendo excedente, os créditos de energia ativa devem ser utilizados para
compensar o consumo em outro posto horário, na mesma unidade
consumidora e no mesmo ciclo de faturamento;
c) Restando créditos, o excedente deve ser utilizado para abater o consumo de
energia ativa em outra unidade consumidora escolhida pelo consumidor, no
mesmo posto horário em que a energia foi gerada e no mesmo ciclo de
faturamento;
d) O eventual excedente após aplicação do item anterior deve ser utilizado para
abater o consumo da unidade consumidora escolhida pelo consumidor e
referenciada no item 3, no mesmo ciclo de faturamento, mas em outro posto
horário;
e) Caso ainda haja excedente, o processo descrito nos itens 3 e 4 deve ser
repetido para as demais unidades consumidoras cadastradas previamente
pelo consumidor, obedecida a ordem de prioridade escolhida por ele;
f) Após aplicação do item 5, até o esgotamento das unidades consumidoras
cadastradas, caso ainda existam créditos de energia ativa, o procedimento
descrito nos itens 1 a 5 deve ser repetido nessa ordem para os ciclos de
faturamento posteriores, obedecido o limite de 60 meses de validade dos
créditos.
Com mais abrangência no tema, tem-se sob a REN 482/2012, alterada pela REN
687/2015, que, podem aderir ao sistema de compensação de energia elétrica os
consumidores responsáveis por unidade consumidora com microgeração distribuída,
integrante de empreendimento de múltiplas unidades consumidoras, caracterizada como
geração compartilhada, caracterizada como autoconsumo remoto.
Para fins de compensação, a energia ativa injetada no sistema de distribuição
pela unidade consumidora será cedida a título de empréstimo gratuito para a
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distribuidora, passando a unidade consumidora a ter um crédito em quantidade de
energia ativa a ser consumida por um prazo de 60 (sessenta) meses.
A distribuidora não pode incluir os consumidores no sistema de compensação de
energia elétrica nos casos em que for detectado, no documento que comprova a posse ou
propriedade do imóvel onde se encontra instalada a microgeração ou minigeração
distribuída, que o consumidor tenha alugado ou arrendado terrenos, lotes e propriedades
em condições nas quais o valor do aluguel ou do arrendamento se dê em reais por
unidade de energia elétrica.
No faturamento de unidade consumidora integrante do sistema de compensação
de energia elétrica devem ser observados os seguintes procedimentos:
a) deve ser cobrado, no mínimo, o valor referente ao custo de disponibilidade
para o consumidor do grupo B;
b) para o caso de unidade consumidora com microgeração distribuída, exceto
para empreendimento de múltiplas unidades consumidoras, o faturamento
deve considerar a energia consumida, deduzidos a energia injetada e
eventual crédito de energia acumulado em ciclos de faturamentos anteriores,
por posto tarifário, quando for o caso, sobre os quais deverão incidir todas
as componentes da tarifa em R$/MWh;
c) para o caso de unidade consumidora com microgeração ou minigeração
distribuída a que se refere o empreendimento de múltiplas unidades
consumidoras, o faturamento deve considerar a energia consumida,
deduzidos o percentual de energia excedente alocado a essa unidade
consumidora e eventual crédito de energia acumulado em ciclos de
faturamentos anteriores, por posto tarifário, quando for o caso, sobre os
quais deverão incidir todas as componentes da tarifa em R$/MWh;
d) o excedente de energia é a diferença positiva entre a energia injetada e a
consumida, exceto para o caso de empreendimentos de múltiplas unidades
consumidoras, em que o excedente é igual à energia injetada;
e) quando o crédito de energia acumulado em ciclos de faturamentos anteriores
for utilizado para compensar o consumo, não se deve debitar do saldo atual
o montante de energia equivalente ao custo de disponibilidade, aplicado aos
consumidores do grupo B;
f) o excedente de energia que não tenha sido compensado na própria unidade
consumidora pode ser utilizado para compensar o consumo de outras
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unidades consumidoras, observando o enquadramento como
empreendimento com múltiplas unidades consumidoras, geração
compartilhada ou autoconsumo remoto;
g) para o caso de unidade consumidora em local diferente da geração, o
faturamento deve considerar a energia consumida, deduzidos o percentual
de energia excedente alocado a essa unidade consumidora e eventual crédito
de energia acumulado em ciclos de faturamentos anteriores, por posto
tarifário, quando for o caso, sobre os quais deverão incidir todas as
componentes da tarifa em R$/MWh;
h) o titular da unidade consumidora onde se encontra instalada a microgeração
ou minigeração distribuída deve definir o percentual da energia excedente
que será destinado a cada unidade consumidora participante do sistema de
compensação de energia elétrica, podendo solicitar a alteração junto à
distribuidora, desde que efetuada por escrito, com antecedência mínima de
60 (sessenta) dias de sua aplicação e, para o caso de empreendimento com
múltiplas unidades consumidoras ou geração compartilhada, acompanhada
da cópia de instrumento jurídico que comprove o compromisso de
solidariedade entre os integrantes;
i) para cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de
energia elétrica, encerrada a compensação de energia dentro do mesmo ciclo
de faturamento, os créditos remanescentes devem permanecer na unidade
consumidora a que foram destinados;
j) quando a unidade consumidora onde ocorreu a geração excedente for
faturada na modalidade convencional, os créditos gerados devem ser
considerados como geração em período fora de ponta no caso de se utilizá-
los em outra unidade consumidora;
k) em cada unidade consumidora participante do sistema de compensação de
energia elétrica, a compensação deve se dar Inicialmente no posto tarifário
em que ocorreu a geração e, posteriormente, nos demais postos tarifários,
devendo ser observada a relação dos valores das tarifas de energia;
l) os créditos de energia ativa expiram em 60 (sessenta) meses após a data do
faturamento e serão revertidos em prol da modicidade tarifária sem que o
consumidor faça jus a qualquer forma de compensação após esse prazo;
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m) eventuais créditos de energia ativa existentes no momento do encerramento
da relação contratual do consumidor devem ser contabilizados pela
distribuidora em nome do titular da respectiva unidade consumidora pelo
prazo máximo de 60 (sessenta) meses após a data do faturamento, exceto se
houver outra unidade consumidora sob a mesma titularidade e na mesma
área de concessão, sendo permitida, nesse caso, a transferência dos créditos
restantes;
n) adicionalmente às informações definidas na Resolução Normativa n° 414,
de 2010, a fatura dos consumidores que possuem microgeração ou
minigeração distribuída deve conter, a cada ciclo de faturamento:
i. informação da participação da unidade consumidora no sistema de
compensação de energia elétrica;
ii. o saldo anterior de créditos em kWh;
iii. a energia elétrica ativa consumida, por posto tarifário;
iv. a energia elétrica ativa injetada, por posto tarifário;
v. histórico da energia elétrica ativa consumida e da injetada nos últimos
12 ciclos de faturamento;
vi. o total de créditos utilizados no ciclo de faturamento, discriminados
por unidade consumidora;
vii. o total de créditos expirados no ciclo de faturamento;
viii. o saldo atualizado de créditos;
ix. a próxima parcela do saldo atualizado de créditos a expirar e o ciclo
de faturamento em que ocorrerá;
o) as informações elencadas acima podem ser fornecidas ao consumidor, a
critério da distribuidora, por meio de um demonstrativo específico anexo à
fatura, correio eletrônico ou disponibilizado pela internet em um espaço de
acesso restrito, devendo a fatura conter, nesses casos, no mínimo as
informações elencadas anteriormente;
As unidades consumidoras cadastradas no sistema de compensação de energia
elétrica que não possuem microgeração distribuída instalada, além da informação de sua
participação no sistema de compensação de energia, a fatura deve conter o total de
créditos utilizados na correspondente unidade consumidora por posto tarifário, se
houver.
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3. POTENCIAL NACIONAL DE ENERGIA EÓLICA E SOLAR
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Dentre esses aspectos, sobressaem os sistemas de alta pressão anticiclone
subtropical do Atlântico Sul e do Atlântico Norte e a faixa de baixas pressões da
Depressão Equatorial. A posição média da Depressão Equatorial estende-se de oeste a
leste ao longo da região Norte do Brasil e sobre o Oceano Atlântico adjacente. Ela
coincide com a localização e orientação da Bacia Amazônica, no centro da qual existe
uma faixa persistente de baixas pressões.
A Depressão Equatorial é geralmente uma zona de pequenos gradientes de
pressão e ventos fracos. Ao norte da Depressão Equatorial os ventos são persistentes de
leste a nordeste. Ao sul, os ventos são persistentes de leste a sudeste entre a Depressão
Equatorial e o Anticiclone Subtropical Atlântico, o qual tem uma posição média anual
próxima a 30°S, 25°W. Esse perfil geral de circulação atmosférica induz ventos de leste
ou nordeste sobre o território brasileiro ao norte da Bacia Amazônica e no litoral
nordeste. Os ventos próximos à superfície são geralmente fracos ao longo da Depressão
Equatorial, porém aumentam de intensidade ao norte e ao sul dessa faixa.
A área entre a Depressão Equatorial e a latitude de 10°S é dominada pelos
ventos alísios de leste a sudeste. Ao sul da latitude 10°S, até o extremo sul brasileiro,
prevalecem os efeitos ditados pela dinâmica entre o centro de alta pressão Anticiclone
Subtropical Atlântico, os deslocamentos de massas polares e a Depressão do Nordeste
da Argentina – centro de baixas pressões a leste dos Andes.
Esse perfil geral de circulação atmosférica encontra variações significativas na
mesoescala e na microescala, por diferenças em propriedades de superfícies, tais como
geometria e altitude de terreno, vegetação e distribuição de superfícies de terra e água.
Esses fatores atuantes nas escalas menores podem resultar em condições de vento locais
que se afastam significativamente do perfil geral da larga escala da circulação
atmosférica. Uma síntese dessas características em menores escalas sobre a distribuição
dos regimes de vento é apresentada a seguir, organizada em 7 regiões geográficas: (1)
Bacia Amazônica Ocidental e Central; (2) Bacia Amazônica Oriental; (3) Zona
Litorânea Norte-Nordeste; (4) Zona Litorânea Nordeste-Sudeste; (5) Elevações
Nordeste-Sudeste; (6) Planalto Central; (7) Planaltos do Sul.
A Bacia Amazônica Ocidental e Central estende-se aproximadamente entre as
latitudes 10° S e 5° N, e longitudes 70° W e 55° W. As velocidades médias anuais de
vento a 50m de altura através dessa região são inferiores a 3,5m/s. O escoamento
atmosférico predominante de leste (alísios) sobre essa região é bastante reduzido pelo
- 19 -
atrito de superfície associado à longa trajetória sobre florestas densas e pelos gradientes
fracos de pressão associados à zona difusa de baixas pressões centrada nessa região da
Bacia Amazônica. Apesar de não refletida nos ventos de superfície, existe uma faixa
estreita de ventos médios anuais de 8m/s a 10m/s na camada entre 1.000m e 2.000m
acima da superfície; essa faixa inicia-se no Atlântico, a leste da foz do Rio Amazonas, e
estende-se para oeste sobre a porção norte da Bacia Amazônica e gradualmente se
enfraquece à medida que o escoamento aproxima-se das cadeias montanhosas da parte
oeste do continente. Essa faixa de altas velocidades tem pouco significado para os
ventos de superfície na Bacia Amazônica, porém torna-se uma fonte de energia eólica
para as áreas mais elevadas que ocorrem no extremo norte da Bacia Amazônica: é ela
que muito provavelmente constitui o principal fator para a existência de uma área
isolada de altas velocidades médias anuais de vento na região da Serra Pacaraima, em
Roraima, ao longo da fronteira Brasil-Venezuela. Naquela área, esse escoamento de
altitude alcança os níveis da superfície dos terrenos mais elevados, grande parte dos
quais cobertos pela baixa rugosidade de savanas, onde em alguns locais também
ocorrem canalizações orográficas. Entretanto, excetuando-se essa área isolada e única
na região, os ventos nessa grande área da Bacia Amazônica são bastante fracos. As
noites são geralmente de calmarias, ocorrendo ventos descendentes de montanhas,
fracos e ocasionais, nas áreas a leste e a sul dessa grande região. Durante o dia, podem
ocorrer ventos localizados mais fortes causados pelo aquecimento desigual da
superfície, induzidos por pequenas diferenças em vegetação, disponibilidade hídrica do
solo ou cobertura de nuvens. No entanto, é pequena a magnitude das velocidades de
vento geradas por esse processo, devido à baixa amplitude das variações de temperatura
e à alta rugosidade/atrito de superfície.
A Bacia Amazônica Oriental abrange a área continental a partir da longitude 55°
W (Santarém, PA) até aproximadamente 100km da costa que se estende entre o Amapá
e o Maranhão. A Depressão Equatorial permanece geralmente próxima a essa região, a
qual é dominada por ventos alísios de leste a nordeste, em sua porção norte, e leste a
sudeste, em sua porção sul. O vento médio anual é geralmente inferior a 3,5m/s devido
à proximidade dos gradientes fracos de pressão associados à Depressão Equatorial e ao
elevado atrito de superfície causado pela rugosidade da vegetação densa. Existe um
generalizado, porém pequeno, aumento nas velocidades de vento de oeste para leste ao
longo dessa região. Isso acontece porque o escoamento predominante de leste percorre
trajetórias gradualmente menores sobre as áreas de vegetação densa e o gradiente de
- 20 -
pressão aumenta gradualmente para o leste, devido aos contrastes térmicos mais
acentuados entre continente e mar. As máximas velocidades médias anuais de vento
nessa região são encontradas nas porções nordeste e sudeste, onde existem elevações de
terreno que aceleram os ventos pelo efeito de compressão vertical do escoamento
atmosférico, e especialmente na porção nordeste, onde algumas elevações alcançam as
velocidades de vento de camadas mais altas da atmosfera atuantes nessa área.
A Zona Litorânea Norte-Nordeste é definida como a faixa costeira com cerca de
100km de largura, que se estende entre o extremo norte da costa do Amapá e o Cabo de
São Roque, no Rio Grande do Norte. Nessa região, os ventos são controlados
primariamente pelos alísios de leste e brisas terrestres e marinhas. Essa combinação das
brisas diurnas com os alísios de leste resulta em ventos médios anuais entre 5m/s e
7,5m/s na parte norte dessa região (litorais do Amapá e Pará) e entre 6m/s a 9m/s em
sua parte sul, que abrange os litorais do Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte.
As velocidades são maiores na parte sul devido a dois principais fatores: (1) os ventos
alísios geralmente tornam-se mais fortes à medida que se afastam da Depressão
Equatorial; (2) as brisas marinhas são significativamente acentuadas ao sul dessa região
em razão dos menores índices de vegetação e de umidade do solo, fazendo que a
superfície do solo atinja temperaturas mais elevadas durante as horas de sol e,
consequentemente, acentuando o contraste de temperaturas terra-mar e as brisas
marinhas resultantes. As maiores velocidades médias anuais de vento ao longo dessa
região estão ao norte do Cabo de São Roque, abrangendo os litorais do Rio Grande do
Norte e Ceará, onde a circulação de brisas marinhas é especialmente intensa e alinhada
com os ventos alísios de leste-sudeste. Adicionalmente, ocorrem áreas em que os ventos
são acentuados por bloqueios ao escoamento causados por montanhas na parte
continental. Entretanto, o vento médio anual decresce rapidamente à medida que se
desloca da costa para o interior, devido ao aumento de atrito e rugosidade de superfície
e ao enfraquecimento da contribuição das brisas marinhas.
A Zona Litorânea Nordeste-Sudeste é definida como a faixa de
aproximadamente 100km de largura que se estende entre o Cabo de São Roque (RN) até
aproximadamente o Estado do Rio de Janeiro. As velocidades médias anuais decrescem
de 8-9 m/s na porção norte (Rio Grande do Norte) até 3,5m/s a 6m/s sobre a maioria da
costa que se estende até o Sudeste. A exceção mais significativa desse comportamento
está na costa entre as latitudes 21° S e 23° S (sul do Espírito Santo e nordeste do Rio de
Janeiro), onde as velocidades são próximas de 7,5m/s. Isso é resultante do efeito de
- 21 -
bloqueio do escoamento leste-nordeste (causado pelo Anticiclone Subtropical Atlântico)
pelas montanhas imediatamente a oeste da costa. Nesse caso, é criada uma espécie de
aceleração por obstáculo, pois o ar acelera-se para o sul para aliviar o acúmulo de massa
causado pelo bloqueio das formações montanhosas. Ao sul dessa região, a costa do
Estado do Rio de Janeiro desvia-se para oeste, onde os ventos passam a ser
consideravelmente mais fracos devido ao abrigo das montanhas a norte e a nordeste.
Disso resultam velocidades relativamente menores na região que engloba a cidade do
Rio de Janeiro.
As Elevações Nordeste-Sudeste são definidas como as áreas de serras e chapadas
que se estendem ao longo da costa brasileira, desde o Rio Grande do Norte até o Rio de
Janeiro, a distâncias de até 1.000km da costa. Velocidades médias anuais de 6,5m/s até
8m/s devem ser encontradas nos cumes das maiores elevações da Chapada Diamantina e
da Serra do Espinhaço. Essas áreas de maiores velocidades ocorrem em forma
localizada, primariamente devido ao efeito de compressão vertical do escoamento
predominante em larga escala, que é leste nordeste, quando ultrapassa a barreira elevada
das serras.
Os ventos anuais mais intensos são geralmente encontrados nas maiores
elevações, onde o efeito de compressão é mais acentuado. No entanto, o escoamento
atmosférico é bastante complexo nessa região, existindo outras características locais
com influência adicional, resultantes de uma combinação de fatores relacionados à
topografia e ao terreno.
O Planalto Central está ao sul da Bacia Amazônica e estende-se desde a margem
esquerda da Bacia do Rio São Francisco até as fronteiras com Bolívia e Paraguai. Essa
região é dominada pelo escoamento leste-sudeste em torno do Anticiclone Subtropical
Atlântico. A velocidade média anual na região situa-se geralmente entre 4m/s e 6m/s. A
intensidade do escoamento de leste predominante em larga escala aumenta para o sul,
onde o gradiente de pressão é mais acentuado e a superfície tem menor rugosidade, pela
vegetação menos densa. Assim, as velocidades médias anuais de vento variam de 3m/s a
4m/s ao norte dessa região (no limite sul da Bacia Amazônica) para 5m/s a 6m/s sobre a
porção sul do extenso planalto. Destacam-se nessa área algumas regiões mais elevadas a
oeste, na fronteira com o Paraguai (no Mato Grosso do Sul), onde as velocidades
médias anuais aproximam-se de 7m/s, resultantes principalmente do efeito de
compressão vertical do escoamento ao transpor as elevações.
- 22 -
Na região mais ao sul do Brasil estão os Planaltos do Sul, que se estendem
aproximadamente de 24°S (São Paulo) até os limites ao sul do Rio Grande do Sul. O
escoamento atmosférico geral nessa área é controlado pela Depressão do Nordeste da
Argentina, uma área quase permanente de baixas pressões, geralmente estacionária ao
leste dos Andes sobre planícies secas e o Anticiclone Subtropical Atlântico. A posição
média da Depressão do Nordeste da Argentina é aproximadamente 29°S, 66°W, sendo
criada pelo bloqueio da circulação atmosférica geral pelos Andes e por intenso
aquecimento da superfície na região.
O gradiente de pressão entre a Depressão do Nordeste da Argentina e o
Anticiclone Subtropical Atlântico induz um escoamento persistente de nordeste ao
longo dessa área. Desse escoamento resultam velocidades médias anuais de 5,5m/s a
6,5m/s sobre grandes áreas da região. Entretanto, esse escoamento é significativamente
influenciado pelo relevo e pela rugosidade do terreno.
Os ventos mais intensos estão entre 7m/s e 8m/s e ocorrem nas maiores
elevações montanhosas do continente, bem como em planaltos de baixa rugosidade,
como os Campos de Palmas. Outra área com velocidades superiores a 7m/s encontra-se
ao longo do litoral sul, onde os ventos predominantes leste-nordeste são acentuados pela
persistente ação diurna das brisas marinhas.
A partir dos aspectos expostos, e por consequência dos resultados de simulações
realizadas, foram elaborados mapas temáticos por escalas de cores, representando os
regimes de vento e fluxos de potência eólica na altura de 50 metros, na resolução
horizontal de 1km x 1km, para todo o país. Os mapas revelam que existem extensas
áreas com potencial promissor para o aproveitamento eólio-elétrico em todas as regiões
do Brasil. Dessa forma, sugere-se a consulta direta aos mapas dos potenciais eólicos
deste ATLAS, para uma síntese e identificação detalhada das melhores áreas, como
premissa à idealização de um projeto de aerogeradores.
- 23 -
Potencial Eólico Sazonal
- 24 -
Figura 2 - Total Brasil Estimado - Potencial Eólico-Elétrico
Fonte: Atlas do Potencial Eólico Brasileiro [1]
- 25 -
3.2 Viabilidade e Potencialidade Solar
- 26 -
central da região Nordeste do Brasil, onde as influências da costa marítima, da Zona de
Convergência Inter-Tropical e dos sistemas Frontais do Sul são menores. Convém
ressaltar que as cartas de distribuição espacial de radiação solar diária, média mensal
representam apenas uma primeira aproximação do campo de energia solar disponível à
superfície. Para situações locais deve-se recorrer às médias numéricas das respectivas
estações solarimétricas.
- 27 -
conforme o que se segue na figura 5 com potências mínimas e máximas em média
anual.
- 28 -
completa de dados. Os mapas estão na resolução espacial de 10km x 10km. Ainda
sendo referência para idealizações de projeto no campo de geração de energia solar.
A média anual do total diário de irradiação solar global incidente no território
brasileiro, apesar das diferentes características climáticas observadas no Brasil, pode-se
observar que a média anual de irradiação global apresenta boa uniformidade, com
médias anuais relativamente altas em todo país. O valor máximo de irradiação global –
6,5kWh/m² - ocorre no norte do estado da Bahia, próximo à fronteira com o estado do
Piauí. Essa área apresenta um clima semi-árido com baixa precipitação ao longo do ano
(aproximadamente 300mm/ano) e a média anual de cobertura de nuvens mais baixa do
Brasil. A menor irradiação solar global – 4,25kWh/m² – ocorre no litoral norte de Santa
Catarina, caracterizado pela ocorrência de precipitação bem distribuída ao longo do ano.
Nas médias sazonais da irradiação global diária, Os meses do ano foram
classificados em 4 estações de modo que o período de dezembro a fevereiro refere-se ao
Verão, de março a maio ao Outono, de junho a agosto ao Inverno e de setembro a
novembro refere-se à Primavera. A região Norte recebe menor incidência de radiação
solar durante o Verão do que a região Sul, apesar de sua localização próxima à linha do
Equador. Durante os meses de Inverno, ocorre o inverso e a região amazônica recebe
maior irradiação solar global. Isso se deve às características climáticas da região
amazônica que apresenta fração de cobertura de nuvens e precipitação elevadas durante
o Verão devido à forte influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). A
variação da incidência de radiação solar entre o Inverno e Verão é menor na região
Norte do que nas regiões Sul e Sudeste. O decréscimo natural da incidência de radiação
solar no topo da atmosfera que ocorre no Inverno em decorrência de fatores
astronômicos associados ao sistema Sol-Terra é compensado na região amazônica por
uma menor nebulosidade associada ao deslocamento da ZCIT em direção ao hemisfério
norte. O deslocamento da ZCIT associado à incursão dos ventos Alísios provenientes do
Oceano Atlântico é responsável por altas taxas de precipitação (cerca de 1100mm) no
noroeste da região Amazônica, mesmo durante o período de estiagem entre julho e
setembro. Em razão disso, o oeste do estado do Amazonas apresenta as menores
irradiações solares da região Norte do Brasil durante todo o ano. A incursão dos ventos
Alísios também explica a menor irradiação solar no litoral e região costeira do Nordeste
Brasileiro. Os valores máximos de irradiação solar são observados a oeste da região
Nordestina, incluindo parcialmente o norte de Minas Gerais, o nordeste de Goiás e o sul
de Tocantins. Durante todo o ano, a influência da Alta Tropical, que está associada ao
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Anticiclone Tropical do Atlântico Sul, confere um regime estável de baixa nebulosidade
e alta incidência de irradiação solar para essa região semi-árida.
A irradiação solar global apresenta maior variação inter-sazonal na região Sul.
Também é na região Sul que são observados os menores valores de irradiação global no
Brasil, notadamente na costa norte do estado de Santa Catarina, litoral do Paraná e
litoral sul de São Paulo. As características de clima temperado dessa região e a
influência de sistemas frontais associados ao Anticiclone Polar Antártico contribuem
para o aumento da nebulosidade na região, principalmente durante os meses de Inverno.
Assim como a região Norte, a região Central do Brasil recebe maior incidência de
radiação solar durante as estações secas (Outono e Inverno), particularmente entre os
meses de julho e setembro, quando a precipitação é baixa e o número de dias com céu
claro é maior.
A média do total diário de irradiação solar na faixa espectral fotossinteticamente
ativa, denominada PAR, embora essa radiação não tenha uma aplicação direta na área
de energia, o conhecimento dessa radiação tem impliplicações na área de agronegócios
e, portanto, no setor de biocombustíveis, alem de ser importante para a determinação da
produtividade primária. Os maiores níveis de irradiação PAR ocorrem durante a
Primavera, sobre as regiões Nordeste e Centro-Oeste, e durante o Verão, na região Sul e
Nordeste.
As médias anual e sazonais da irradiação solar diária incidente sobre um plano
com inclinação igual a latitude do pixel em consideração, não levando em conta a
topografia local, essa configuração é a que possibilita a máxima captação da energia
solar incidente. A irradiação solar sobre o plano inclinado apresenta forte influência do
albedo de superfície. Os maiores níveis de irradiação no plano inclinado ocorrem na
faixa que vai do Nordeste ao Sudeste durante a Primavera e os menores valores em
todas as regiões do Brasil ocorrem durante os meses de Inverno.
As médias anuais e sazonais para a componente difusa do total diário da
irradiação solar, onde na média anual, pode-se observar que a região Norte do país é a
que apresenta maiores níveis de radiação difusa, principalmente sobre a foz do rio
Amazonas. Isso se deve a maior nebulosidade na região em decorrência da ZCIT.
Sazonalmente, os maiores níveis de radiação difusa ocorrem durante o Verão sobre toda
a região Amazônica e os menores índices ocorrem durante o Inverno sobre as regiões
Sudeste e Sul.
- 30 -
Com o objetivo de avaliar como o fluxo de radiação solar incidente na
superfície varia em torno dos valores médios anuais e sazonais apresentados nos mapas
anteriores, foram desenvolvidos dois estudos, um estudo da variabilidade média anual e
um estudo da variabilidade média para cada estação do ano. Na variabilidade anual,
pode-se interpretar a informação contida no mapa como a dispersão média apresentada
pelos valores do total diário em torno de sua média no período de 10,5 anos de dados,
considerados na elaboração, ou seja, uma variabilidade anual igual a 0,45 significa que
o total diário de irradiação solar global apresentou uma dispersão média de 45% em
torno do valor médio apresentado no mapa de radiação solar global horizontal.
Analisando o mapa de variabilidade anual, pode-se notar que toda a região amazônica e
a parte setentrional das regiões Nordeste e Centro-Oeste, incluindo o norte do estado de
São Paulo e o oeste de Minas Gerais, apresentam menor variabilidade ao longo do ano –
menor de 25%. Essas regiões apresentam diferentes características climáticas que
reduzem a variabilidade da irradiação solar incidente na superfície ao longo do ano
como por exemplo a baixa nebulosidade durante todo o ano na região semi-árida do
Nordeste e a elevada nebulosidade durante o Verão na região amazônica. Grande parte
da região Sul e o leste da região Sudeste apresentou uma variabilidade anual entre 30 e
35% causada principalmente pela penetração das massas de ar polares durante a estação
seca do ano (maio a outubro). Os maiores valores de variabilidade foram observados na
região costeira desde Santa Catarina até São Paulo.
Já quanto a variabilidade sazonal para as quatro estações do ano, verifica-se que
as variabilidades sazonais apresentam o mesmo padrão verificado para a variabilidade
anual. Toda a área centro-norte do país – a região amazônica, o cerrado, a região semi-
arida do Nordeste, oeste de Minas Gerais e noroeste de São Paulo – apresenta as
menores variabilidades sazonais. Por outro lado, a área costeira das regiões Sul e
Sudeste apresenta a maior variabilidade em todas as estações do ano. Vale mencionar
que a área central do Brasil e a região amazônica apresentam menor variabilidade
durante o Inverno (junho a agosto) e maior variabilidade durante o Verão. Esse
comportamento reflete a variação da nebulosidade ao longo do ano. Durante o Inverno
ocorrem poucas chuvas em toda essa região e o número de dias com céu claro é maior,
reduzindo a variabilidade da irradiação solar na região. A presença de maior
nebulosidade durante o Verão acarreta uma variabilidade maior da irradiação solar
durante esse período. Em síntese, o potencial anual médio de energia solar para o
período de 10 anos em que o estudo do Atlas se baseia, reflete na figura 6 apresentada,
- 31 -
onde a região Nordeste apresenta a maior disponibilidade energética, seguida pelas
regiões Centro-Oeste e Sudeste. As características climáticas da região Norte reduzem
seu potencial solar médio a valores próximos da região Sul.
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4. SISTEMAS E SUAS PARTICULARIDADES NA IMPLANTAÇÃO
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As principais tecnologias de aerogeradores de pequeno porte são com eixo
horizontal ou vertical. As de eixo horizontal geralmente possuem eficiência maior e são
mais comuns no mercado. Porém, sistemas eólicos com eixo vertical têm a vantagem de
serem menos barulhentos e de integrarem-se melhor com as edificações.
a) Rotor Horizontal
São o tipo mais comumente utilizado em edificações, apesar de não serem o
mais indicado para áreas urbanas, principalmente por conta de ser um tipo que produz
algum ruído. Este tipo de aerogerador consiste basicamente num rotor em eixo
horizontal que possui três ou mais pás, e suas características ilustradas na figura 7 são:
i. O mais eficiente quando sem muitas mudanças de direção do vento;
ii. Sem sistema de controle das pás ou eixo interno, e ainda pode ser mais
ruidoso do que os outros tipos;
iii. Inadequado para locais com ventos turbulentos.
b) Rotor Savonius
Aerogerador com o rotor em eixo vertical que possui duas pás onduladas, em
formato de "S", e suas características ilustradas na figura 8 são:
i. Começa a gerar energia com pouco vento;
ii. Suporta melhor ventos mais turbulentos;
iii. É muito silencioso - quase inaudível;
iv. Ideal para áreas urbanas;
v. Este tipo, contudo, possui uma potência baixa.
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Figura 8 - Rotor Savonius
Fonte: < http://savonius-balaton.hupont.hu/42/tangarie-alternative-power-usa>
c) Rotor Darrieus
Aerogerador com rotor em eixo vertical e pás arqueadas, e suas características
ilustradas na figura 9 são:
i. Disponível em níveis de potência maiores;
ii. Aplicável em áreas urbanas;
iii. Muitos modelos são ruidosos;
iv. Normalmente precisa de sistema de aceleração inicial;
v. Geralmente é mais caro que outros tipos.
d) Rotor H-Darrieus
Trata-se de um modelo mais atualizado com relação ao anterior e consiste num
aerogerador com rotor em eixo vertical e pás verticais posicionadas em paralelo, e suas
características ilustradas na figura 10 são:
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i. Mais eficiente que o tipo Darrieus;
ii. Modelos com motores sem núcleo não precisam de sistema de aceleração
inicial;
iii. Muito silencioso.
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tornou-se viável economicamente para consumidores residenciais de quase todo o
Brasil.
Esse tem-se tornado um investimento cada vez mais atrativo, porque, após
recuperar o investimento inicial, onde o consumidor poderá ter economias significativas
no longo prazo. Salientando que um sistema eólico gera energia por pelo menos 20
anos, e a conta de luz poderá ser reduzida para o valor mínimo (custo de
disponibilidade).
Além disso, o consumidor contribuirá para reduzir o impacto ambiental de sua
residência, empresa ou indústria. Ao consumir a energia que é gerada, o consumidor
elimina as perdas ocorridas na transmissão e distribuição. Quando não está consumindo,
a energia gerada e injetada passa pela rede da distribuidora. Outra vantagem é a
valorização do imóvel, pois essa é uma tecnologia bastante inovadora no Brasil.
Para participar do Sistema de Compensação de Energia o consumidor deve
escolher um microgerador eólico que atenda à necessidade energética da edificação na
medida certa, gerando no máximo a energia que é consumida ao longo de um ano ou
considerando o uso de créditos para compensação em outras unidades consumidoras que
estão em seu nome.
Inicialmente, o instalador verificará o quanto de eletricidade a residência,
escritório ou indústria consome em determinado período, para calcular qual deve ser a
capacidade do sistema eólico. No entanto, consumidores atendidos em baixa tensão
(grupo B) terão de pagar o custo de disponibilidade nos meses em que a geração for
igual ou maior que o consumo da rede. Depois, o instalador conhecerá o local onde será
instalado o gerador, para avaliar as condições físicas e definir como será o
microgerador. Isso inclui a medição de ventos e a escolha do posicionamento que
proporcione melhor eficiência. O desempenho de um gerador eólico de pequeno porte
deve levar em conta tanto a intensidade e a regularidade dos ventos quanto a
continuidade da direção.
Distância de obstáculos
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Obstáculos de mesma altura ou mais altos que o microgerador localizados a partir de um
raio de 150 metros terão pouca influência na geração de energia.
O profissional deverá verificar se existe uma corrente de ar livre, pelo menos na
direção principal do vento e uma saída de ar atrás do aerogerador. Caso não haja, ele
terá de analisar se é possível aumentar a torre, para que o obstáculo não atrapalhe, ou,
ainda, afastá-la do local.
Ao considerar instalar um microgerador sobre um telhado, é importante pedir
auxílio a um profissional qualificado para fazer um laudo estrutural e garantir que ele
fique firme e bem fixado à superfície. É importante levar em consideração quanto a
emissão de ruídos nesse caso, pois o próprio edifício poderá atuar como uma caixa de
ressonância.
Ruídos e Sombras
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Recomendações e Manutenção
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6º. Solicitar à distribuidora a conexão à rede por meio de envio do formulário
de solicitação de acesso para microgeração distribuída, preenchido e
acompanhado dos documentos exigidos anexados;
7º. Acompanhar junto à distribuidora a aprovação da conexão: o Parecer de
Acesso deve ser enviado para o consumidor em até 15 dias após a realização
do pedido. Quando houver necessidade de execução de obras de melhoria
ou reforço na rede de distribuição, o prazo é de 30 dias;
8º. Providenciar adequações, caso seja solicitado no Parecer de Acesso, no
prazo de 15 dias após a emissão do documento;
9º. Instalar e testar o microgerador;
10º. Solicitar a vistoria da distribuidora para que o ponto de conexão seja
aprovado (Esta solicitação deve ser realizada em até 120 dias após a
emissão do Parecer de Acesso e a distribuidora por sua vez, deve realizar a
vistoria em até 7 dias após a data de solicitação da vistoria);
11º. Acompanhar a vistoria da distribuidora (Caso sejam detectados problemas
na instalação, a distribuidora deve emitir um Relatório de Vistoria em até 5
dias após a vistoria e o consumidor deve realizar a adequação das
instalações, caso seja solicitado no relatório);
12º. Acompanhar a aprovação do ponto de conexão, a instalação do novo
medidor bidirecional e o início do sistema de compensação de energia (A
conexão deve ser realizada pela distribuidora em até 7 dias após a vistoria
quando não forem encontradas pendências).
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segundo a Resolução Normativa REN 482/2012 da ANEEL, que foi recentemente
alterada pela REN 687/2015.
São mais comumente instalados sobre o telhado de edificações, pois, além de
reduzir os riscos de sombreamento pela própria construção, ocupam uma área que não
seria utilizada para outro fim. Ao instalá-los sobre o telhado, tem-se ainda a vantagem
de poder utilizar a instalação elétrica da edificação como interface entre o gerador solar
e a rede elétrica pública.
Para participar do Sistema de Compensação de Energia, o consumidor deve
projetar seu microgerador fotovoltaico de modo que ele atenda à necessidade energética
da edificação, gerando no máximo a energia que se consome ao longo de um ano ou
considerando o uso de créditos para compensação em outras unidades consumidoras que
estarão em seu nome.
Inicialmente, o instalador irá verificar o quanto de eletricidade a casa consome
em determinado período, para calcular qual deve ser a capacidade de seu sistema
fotovoltaico. Salienta-se, no entanto, de que consumidores atendidos em baixa tensão
(grupo B) terão de pagar o custo de disponibilidade nos meses em que a geração for
igual ou maior que o consumo da rede. Por isso, com o intuito de otimizar os ganhos
com a instalação de um sistema de geração solar, recomenda-se aos consumidores do
grupo B que a geração para atendimento à própria unidade consumidora seja projetada
para gerar um pouco menos que o consumo médio no local, de forma que haja um
consumo mínimo da rede mensalmente. Depois, o instalador irá conhecer o local onde
você deseja instalar o gerador, para avaliar as condições físicas e, então, definir como
será o microgerador. Isso inclui especificar os equipamentos mais adequados (tipo,
modelo e quantidade de módulos fotovoltaicos e inversores), a forma como os módulos
fotovoltaicos devem ser ligados, qual o melhor posicionamento para garantir a melhor
eficiência, qual a melhor estrutura para fixação dos módulos e se serão necessárias obras
estruturais para, por exemplo, suportar o peso do sistema ou para proteger o telhado. E
também, como os sistemas fotovoltaicos são modulares, inicialmente pode-se investir
em um sistema com capacidade menor e, com o decorrer do tempo, expandi-lo até
atender a toda sua demanda energética.
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Tipos de módulos
Figura 12 - Célula
Fonte:< http://americadosol.org/tipos-de-modulos-fotovoltaicos/#toggle-id-1>
Figura 13 - Módulo
Fonte:< http://americadosol.org/tipos-de-modulos-fotovoltaicos/#toggle-id-1>
Figura 14 - Painel
Fonte:< http://americadosol.org/tipos-de-modulos-fotovoltaicos/#toggle-id-1>
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Dentre os diversos tipos de materiais que se utilizam para fabricar os painéis
fotovoltaicos, tem-se:
a) Silício Cristalino
A robustez e confiabilidade foram responsáveis pela consolidação desta
tecnologia no mercado fotovoltaico. Essas células podem ser de dois tipos: silício
monocristalino (m-Si) (figura 15) e silício policristalino (p-Si) (figura 16).
Além de ser a mais antiga tecnologia FV, as células de silício monocristalino
(m-Si) são também as mais eficientes em aplicações comerciais. Esta célula é produzida
puxando uma espécie de semente de cristal de forma extremamente lenta (da ordem de
cm/hora) e uniforme a partir de um banho de silício fundido de alta pureza (Si = 99,99%
a 99,9999%) em reatores sob atmosfera controlada. Isto produz um cilindro com duas
pontas finas que são cortadas fora e, então, o cristal é cortado em secções usando quatro
cortes em toda sua extensão – isto será transformado em quadrados com as quinas
arredondadas. Finalmente, o cristal é cortado em centenas de lâminas (wafers) por fios
ou serras diamantadas. Esse será o pré-produto usado na produção das células solares, o
qual envolve uma série de processos tais como lapidações e banhos químicos.
Como o próprio nome já diz, estas células são formadas por diversos cristais,
que são fundidos e posteriormente solidificados direcionalmente. É justamente por
causa das bordas das partículas de cristais que a eficiência das células de policristalino é
menor que as de monocristalino. Por outro lado, sua produção requer menos material e
energia, resultando em um custo final menor que as monocristalinas.
- 43 -
Figura 16 - Painel de Silício policristalino
http://americadosol.org/tipos-de-modulos-fotovoltaicos/#toggle-id-2
A célula solar de silício amorfo (figura 17) foi a primeira tecnologia de filmes
finos desenvolvida, começando a ser empregada em meados da década de 1970. Logo,
começou a ser aplicada em equipamentos de baixo consumo elétrico como calculadoras,
relógios e outros produtos com baixo consumo elétrico. As células a-Si são camadas
extremamente finas de silício, muitas vezes não tendo mais do que 0,5 micrometros de
espessura com uma estrutura amorfa, o que reduz os níveis de eficiência quando
comparado com as células cristalinas. Sua eficiência não passa de 6%, mas o custo por
metro quadrado é a metade do silício cristalino. Portanto, se área disponível não for um
problema, a tecnologia pode ter um melhor custo benefício. Para fabricá-las, o
semicondutor é depositado sobre um substrato (normalmente vidro, inox ou alguns
plásticos), em processos a plasma (estado gasoso). Então, camadas condutoras
transparentes são adicionadas para transmitir a corrente elétrica. Um laser é usado para
dividir a superfície em diversas células, processo usado para alcançar correntes e
voltagens mais adequadas. Em comparação com outras tecnologias, ela pode ser mais
- 44 -
vantajosa em países de clima quente como o Brasil, pois não apresenta redução na
potência com o aumento da temperatura de operação.
Também uma tecnologia de filme fino (figura 18), este material era usado
inicialmente para aplicação em calculadoras para, em seguida, ser comercializado em
módulos para grandes áreas externas, normalmente sobre placas de vidros. Enquanto as
células de silício são normalmente azuis ou quase pretas, as células CdTe são de um
tom marrom ou azul escuro. Os baixos custos de produção em grande escala, quando
comparado às células de silício, são um atrativo, assim como a maior eficiência na
conversão da energia solar em elétrica em relação ao silício amorfo (a-Si). Os
problemas relacionados a essa tecnologia são a disponibilidade deste composto químico
(bem inferior a do silício) e a toxidade do cádmio que, como o mercúrio, pode se
acumular na cadeia de alimentos.
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como as células de CdTe, também apresentam problemas ligados à toxidade dos
elementos e a pouca abundância.
e) Módulos coloridos
Os painéis solares com células de silício cristalino são normalmente azuis
porque esta é a cor com a qual a célula apresenta a melhor eficiência na conversão de
energia solar para elétrica. No entanto, existem fabricantes que produzem painéis
coloridos, como vermelhos ou verdes, com o objetivo de atrair clientes que desejam
criar projetos arquitetônicos que primam pela estética. Isto, contudo, eleva o valor dos
módulos, pois o custo por Wp é maior devido a menor eficiência em relação aos
tradicionais azuis.
Recomendações e Manutenção
- 46 -
deve ser observado. Atenção, principalmente ao desempenho e ao atendimento a
eventuais solicitações de substituições de equipamentos dentro da garantia.
É importante monitorar a produção de energia (via inversor) para verificar e
corrigir eventuais falhas de forma rápida. Atentar a potenciais sombreamentos causados
por fatores não previstos antes da instalação do sistema. Lembrando que antes de
instalar o microgerador é importante fazer um estudo de sombreamento para garantir a
eficiência do mesmo. De modo geral, não é preciso limpar os módulos fotovoltaicos, já
que, devido à inclinação, a própria chuva encarrega-se de fazer esse trabalho. Contudo,
se os módulos forem instalados com pouca inclinação ou estiverem perto de locais onde
há muita poeira ou particulados no ar, faça um acompanhamento para observar se há um
depósito muito grande de poeira, fuligem ou outro elemento sobre os módulos, já que
isso pode reduzir a eficiência do sistema.
- 47 -
7º. Acompanhar junto à distribuidora a aprovação da conexão: o Parecer de
Acesso deve ser enviado ao consumidor em até 15 dias após a realização do
pedido. Quando houver necessidade de execução de obras de melhoria ou
reforço na rede de distribuição, o prazo será de 30 dias.
8º. Providenciar adequações, caso seja solicitado no Parecer de Acesso, no
prazo de 15 dias após a emissão do documento;
9º. Instalar e testar o microgerador;
10º. Solicitar a vistoria da distribuidora para que o ponto de conexão seja
aprovado (Esta solicitação deve ser realizada em até 120 dias após a
emissão do Parecer de Acesso e a distribuidora por sua vez, deve realizar a
vistoria em até 7 dias após a data de solicitação da vistoria);
11º. Acompanhar a vistoria da distribuidora (Caso sejam detectados problemas
na instalação, a distribuidora deve emitir um Relatório de Vistoria em até 5
dias após a vistoria e o consumidor deve realizar a adequação das
instalações, caso seja solicitado no relatório);
12º. Acompanhar a aprovação do ponto de conexão, a instalação do novo
medidor bidirecional e o início do sistema de compensação de energia (A
conexão deve ser realizada pela distribuidora em até 7 dias após a vistoria
quando não forem encontradas pendências).
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Figura 19 - Medição a partir de medidor bidirecional
Fonte: ZILLES (2012)
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Figura 22 - Esquema de ligação sistema eólico
Fonte: FADIGAS (2012)
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bem como a realização e total custeio de todos os estudos para integração do sistema à
rede. E conforme mencionado no Capítulo II,
A REN 482/2012 atualizada em 2015 pela REN 687/2015 exige das
distribuidoras que incluam na conta de luz do consumidor com geração distribuída, os
seguintes dados:
a) informação da participação da unidade consumidora no sistema de
compensação de energia elétrica;
b) o saldo anterior de créditos em kWh;
c) a energia elétrica ativa consumida, por posto tarifário;
d) a energia elétrica ativa injetada, por posto tarifário;
e) histórico da energia elétrica ativa consumida e da injetada nos últimos 12
ciclos de faturamento;
f) o total de créditos utilizados no ciclo de faturamento, discriminados por
unidade consumidora;
g) o total de créditos expirados no ciclo de faturamento;
h) o saldo atualizado de créditos;
i) a próxima parcela do saldo atualizado de créditos a expirar e o ciclo de
faturamento em que ocorrerá.
j) Essas informações podem ser anexadas à fatura, enviadas por correio
eletrônico ou disponibilizadas na internet, em um espaço de acesso restrito
ao cliente.
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participantes. Os créditos gerados podem ser utilizados pelos cooperados/consorciados
em suas unidades consumidoras, em porcentagens previamente definidas por eles. E
mais, condomínios horizontais ou verticais também podem instalar microgeração e
repartir os créditos entre os condôminos. Nesse caso, aplicável tanto a condomínios
residenciais quanto comerciais, toda a energia gerada e injetada na rede pode ser rateada
entre os participantes, sem necessidade de utilizá-la para redução da fatura de energia do
próprio condomínio (consumo nas instalações internas – iluminação comunitária,
elevadores, etc.).
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5. ASPECTOS DE CUSTO E INVESTIMENTOS
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cobrado apenas sobre a diferença positiva entre a energia consumida e a energia injetada
pelos micro e minigeradores, pelo prazo de cinco anos.
Já quanto ao PIS/COFINS, com a publicação das Leis n° 10.637/02 e 10.833/03,
o Programa de Integração Social - PIS e a Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social - COFINS passaram a obedecer ao regime de tributação não
cumulativo, isto é, cada etapa da cadeia produtiva se apropria dos créditos decorrentes
das etapas anteriores. As alíquotas estabelecidas são: PIS = 1,65%, COFINS = 7,60%,
PIS + COFINS = 9,25%.
Após essa alteração, a ANEEL determinou às concessionárias de distribuição de
energia uma nova fórmula de cálculo para estas contribuições, tendo em vista que as
alíquotas efetivas passaram a variar mensalmente em função dos créditos adquiridos nas
etapas anteriores da cadeia. O custo do PIS e da COFINS passou, então, a ser calculado
mensalmente.
A forma de cálculo adotada pela ANEEL teve como objetivo repassar aos
consumidores exatamente o custo suportado pelas concessionárias em razão das
contribuições ao PIS e à COFINS.
Atualmente, para o cálculo do montante de impostos a pagar, algumas
distribuidoras aplicam a tarifa final com impostos (PIS/COFINS e ICMS) para todo o
consumo, deduzindo-se o montante equivalente ao valor do consumo total com a tarifa
sem impostos. Por fim, apesar de não ser competência desta Agência, a visão da
ANEEL é que a tributação deveria incidir apenas na diferença, se positiva, entre os
valores finais de consumo e energia excedente injetada (geração). Caso a diferença entre
a energia consumida e gerada seja inferior ao consumo mínimo, a base de cálculo dos
tributos (PIS/COFINS e ICMS) deveria ser apenas o valor do custo de disponibilidade.
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conforme VILLALVAS (2015), e adaptado para ambos sistemas de microgeração
distribuída de energia, onde se aplicam as mesmas condições de tarifação.
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período os créditos serão perdidos, sem remuneração pela energia produzida. Os
medidores usados no sistema de net metering são eletrônicos, Com a capacidade de
medir o fluxo de energia nos dois sentidos, ou seja, tanto a energia consumida como a
energia gerada. São os chamados medidores eletrônicos de quatro quadrantes.
O consumidor que desejar se tornar um microgerador de eletricidade pode
solicitar a concessionária a instalação de um medidor de quatro quadrantes. Para
conectar o seu sistema eólico/fotovoltaico a rede elétrica, o consumidor deve atender as
exigências da concessionária, adequando a instalação elétrica de sua residência segundo
as normas e acrescentando os sistemas de proteção que forem exigidos, além de
observar se os equipamentos utilizados (inversores, dispositivos de proteção e
aerogeradores/módulos fotovoltaicos) atendem as certificações nacionais e
internacionais vigentes.
O consumidor que possuir um sistema de geração eólico/fotovoltaica registrado
na concessionária de energia recebe todo mês uma conta de eletricidade em que
constam duas medidas: a energia consumida e a energia gerada. O consumidor paga
somente a diferença e verifica mensalmente a economia proporcionada pelo sistema
eólico/fotovoltaico conectado a rede elétrica. As figuras 23 e 24 ilustra os sistemas com
as duas formas de utilização dos medidores.
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Figura 24 - Sistema de tarifação net metering com dois medidores
Fonte: VILLALVAS (2015)
Tarifação feed in
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b) Tarifa de exportação: se a residência produzir mais do que consome, o
proprietário recebe um valor adicional por quilowatt-hora [kWh] exportado
para a rede elétrica.
c) Tarifa de consumo: a energia efetivamente consumida da rede elétrica, que é
a diferença entre o que foi retirado da rede e o que foi exportado, é tarifada
pelo preço normal da eletricidade, o mesmo preço que qualquer consumidor
pagaria se não tivesse um sistema de energia eólico/fotovoltaica.
A Figura 25 ilustra o sistema de tarifação feed in, com preços diferenciados para
a energia consumida, a energia gerada e a energia exportada.
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Todavia, as questões que ainda imperam, são as questões gerais do custo de implantação
dos sistemas, no que tange, aos custos de construção, utilização e manutenção, bem
como a previsão de retorno de investimento.
Com relação a este último, não será tratado neste trabalho a análise detalhada do
retorno de investimento com relação aos sistemas de microgeração, mas entende-se de
ante mão que mesmo apesar de o fluxo financeiro de um sistema de microgeração ser
muito particular sob o perfil do consumidor, pode-se ser possível basicamente realizar
uma previsão de retorno de investimento, tomando como premissa o perfil anual da
conta de eletricidade.
Já em relação ao custo geral de implantação, FADIGAS (2011), expõe que o
método do custo do ciclo de vida (MCCV) é comumente usado para avaliação
econômica de sistemas de produção de energia e baseado no principio do valor do
dinheiro no tempo. O MCCV resume despesas e receitas ocorridas em certo período em
um parâmetro simples (ou numero), de tal forma que uma escolha baseada na economia
possa ser feita.
Ao analisar fluxos de caixa futuros e necessário considerar o valor do dinheiro
no tempo. Uma quantidade de dinheiro pode aumentar em quantidade obtendo
rendimentos de um investimento realizado. O dinheiro pode também perder valor
durante um certo tempo, quando a inflação força os pregos para cima, fazendo com que
cada unidade monetária possua um menor poder de compra. A medida que a taxa de
inflação é igual ao retorno do investimento para uma soma fixa de dinheiro, o poder de
compra não é diminuído. Como é usualmente o caso, todavia, se esses dois valores não
são iguais então a soma de dinheiro pode aumentar em valor (se o retorno do
investimento é maior do que a inflação) ou decrescer em valor (se a taxa de inflação é
maior do que o retorno do investimento).
O concerto da analise do MCCV é usado nos princípios contábeis por
organizações para analisar oportunidades de investimento. Para avaliar o valor de um
investimento feito em um sistema eólico/fotovoltaico de geração de energia, o princípio
do MCCV pode ser aplicado aos custos e benefícios, ou melhor dizendo, ao seu Fluxo
de caixa esperado. Us custos incluem as despesas associadas com a compra, instalação e
operação do sistema eólico/fotovoltaico. Os benefícios econômicos de um sistema
eólico/fotovoltaico influem o uso ou a venda da eletricidade gerada, bem como taxas de
retorno relacionadas a alguma economia obtida, ou outros incentivos. Ambos, custos e
benefícios, podem também variar no tempo. Os princípios do MCCV podem levar em
- 59 -
conta fluxos de caixa variantes no tempo referidos a um ponto comum no tempo. Desse
modo, o sistema eólico/fotovoltaico pode ser comparado com outros sistemas de
produção de energia de uma forma internamente consistente.
A metodologia do MCCV leva em conta a inflação e os juros aplicados ao
dinheiro e usa o modelo baseado no "valor do dinheiro no tempo” para projetar o "valor
presente" de um investimento para qualquer tempo no futuro.
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f) Relação entre benefício e custo (B/C): B/C é definida como: B/ C = valor
presente de todos os benefícios / valor presente de todos os custos.
Geralmente sistemas com uma relação beneficio-custo maior do que 1 são
aceitáveis, e altos valores de B/C são desejados.
- 61 -
6. DIMENSIONAMENTO E INSTALAÇÃO
- 62 -
Tendo por hipótese, uma residência, possuindo um consumo médio anual de 430
kwh/mês, inicialmente pode-se observar através da consulta ao Atlas do Potencial
Eólico Brasileiro [1], a ordem de variação da velocidade do vento no ano, bem como
outras informações. Entretanto, com a implantação do aerogerador sendo abaixo dos
50m de altura, faz-se necessária a contratação de uma empresa especializada que pode
ser a própria instaladora, que a partir da coleta de dados de forma específica para a
localização da residência, definirá o aerogerador mais indicado para o perfil da
localização e de consumo, que neste caso hipotético poderia ser o modelo de
aerogerador Skystream Land [12] da empresa Energia Pura (figura 26) que pode gerar
algo em torno de 400 kwh/mês atendendo ao perfil de consumo da residência em
questão, levando-se em consideração o que se sugere ao fato de permitir uma margem
de consumo a ser realizado pela rede pública, a qual refletirá somente o custo de
disponibilidade.
- 63 -
maior a velocidade do Vento e, consequentemente, maior a produção de energia. No
entanto, o custo adicional de 1m de torre não é desprezível e uma analise da relação
custo-benefício deve ser realizada para verificar se é economicamente viável instalar a
turbina em uma altura maior. Turbinas de pequeno porte normalmente são instaladas em
a1turas bem superiores ao diâmetro de suas pás. Não é aconselhável instalar as turbinas
eólicas em alturas inferiores a 20m, pois a velocidade do vento é baixa e o vento
próximo ao solo é bastante turbulento. Ha três tipos de torres que são utilizadas nas
turbinas: Tubulares (figura 27), Treliçadas (figura 28) e Treliçadas e Tubulares estaiadas
(figura 29).
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Figura 29 - Torre Estaiada
Fonte: < https://evolucaoaalp.wordpress.com/category/evolucao-da-ciencia/>
As torres eólicas são usualmente feitas de aço, algumas reforçadas com concreto.
Quando o material usado é o aço, este é galvanizado e pintado para evitar corrosão.
Aqui nesta seção apresenta-se alguns aspectos de instalação de um aerogerador
baseando-se nas particularidades do manual do aerogerador [13] mencionado como
exemplo no tópico anterior, o qual orienta que, o local ideal para instalação da turbina
eólica muitas vezes pode sofrer adaptações. Restrições locais de construção, a altura das
construções vizinhas, o comprimento dos fios e a disponibilidade de espaço aberto
podem exigir que o aerogerador [12] seja instalado em um local que não o mais ideal.
Em geral, o aerogerador [12] produz mais energia se instalado em torres mais altas. No
entanto, as torres são caras, por isso, é importante balancear o desempenho (altura da
torre) e o custo de instalação a fim de atingir o menor custo de energia com o retorno de
investimento mais rápido.
As normas de construção e instalação podem variar significantemente de acordo
com o país, estado, cidade ou município. É importante certificar-se de que obter todas as
licenças de construção antes de começar a instalação, e de que esteja a par de todas as
normas de inspeção e instalação. Muitas regiões podem exigir que a instalação seja
realizada por um profissional habilitado de forma a atender normas de construção ou
receber qualificação para desconto como forma de incentivo. Além disso, não deixe de
entrar em contato com a concessionária de energia local. Muitas concessionárias exigem
um “contrato de interconexão” antes da instalação. Algumas delas podem até exigir a
instalação de um medidor de energia específico para o aerogerador.
Alguns pontos a serem levados em consideração quanto a instalação de um
aerogerador:
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a) Diâmetro dos condutores, que no caso do modelo em questão pode variar de
acordo com as figuras 30 e 31, apresentando os diâmetros até os disjuntores
e a partir dele;
- 66 -
c) Conexão ao quadro de energia que se conecta ao aerogerador, o qual pode
estar próximo ao medidor ou na base da torre e normalmente possui um
disjuntor que permita proteção e ausência de tensão na linha durante
manutenção ou consertos. Seu dimensionamento é realizado a partir das
normas vigentes;
d) E outros componentes de proteção e segurança, tais como, dispositivos de
proteção contra surtos e sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
- 67 -
dos módulos, que é a tensão de circuito aberto da fileira ou do string. Normalmente os
inversores para sistemas conectados a rede possuem tensões de entra da entre 200 V e
500, então são projetados para receber strings com vários módulos.
Para formar conjuntos de potencia maior, de acordo com as necessidades do
sistema ou de acordo com potência máxima do inversor empregado colocam-se strings
em paralelo. A Corrente fornecida pelo conjunto todo é a soma das correntes fornecidas
por cada string individualmente. A ligação em paralelo de módulos individuais
geralmente ocorre apenas nos sistemas isolados e não e empregada nos sistemas
conectados a rede, exceto quando os inversores tem um nível baixo de tensão de entrado
no lado de corrente contínua.
Para construir um conjunto fotovoltaico, em geral se dimensiona inicialmente o
numero de módulos que serão conectados em série em cada string, levando em conta a
tensão admissível na entrada CC do inversor, escolhendo-se o numero de painéis
máximo e mínimo que podem ser empregados em serie. Em seguida, de acordo com a
potência do inversor ou com a potência desejada no sistema, escolhe-se o numero de
strings que serão conectados em paralelo.
O número de módulos que podem ser ligados em série na entrada de um inversor
conectado a rede é determinado de acordo com a tensão máxima admissível na entrada
CC e com a faixa de tenso útil do inversor. Ao determinar o número de módulos
conectados em série, o projetista deve verificar as características do modulo no catálogo
do fabricante.
Os Valores da tensão de circuito aberto e da tensão de máxima potência do
módulo devem ser multiplicados pelo número de módulos em serie, e os valores
resultantes devem estar de acordo com as características do inversor empregado.
Recomenda-se que as tensões calculadas estejam 10% abaixo das tensões
especificadas para o inversor, especialmente a tensão máxima admissível, pois variações
de temperatura alteram a tensão de saída dos módulos. Na prática os valores de tensão
serão diferentes daqueles calculados, então uma margem de segurança é necessária no
dimensionamento.
Em síntese, inicialmente conforme mencionado, faz-se o dimensionamento do
número de módulos que a partir do conhecimento das características do modelo de
modulo que será utilizado, faz-se o dimensionamento do inversor. Para início dos
cálculos, deve-se determinar a quantidade de energia produzida pelo painel na
localidade em que será instalado, a partir da seguinte fórmula:
- 68 -
çã
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A partir disso para dar continuidade à composição dos dados para utilização da
fórmula, busca-se a informação da insolação diária a partir do Atlas Brasileiro de
Energia Solar [3] (o Sundata [16], também é uma fonte alternativa na busca deste dado),
que para este exemplo retorna o valor de 5,7 kWh/m². Assim, aplicando os dados
obtidos à formula, tem-se:
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fotovoltaico que atenda a real demanda energética, bastando somente preencher os
dados requeridos, o que o proporcionará dados suficientes somente para contratar uma
empresa especializada para instalar a tecnlogia.
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Para o exemplo de dados ilustrados na figura 34, o simulador solar gera os
seguintes resultados:
i. Caracterização do sistema fotovoltaico (figura 35), que nada mais é um
conjunto de informações internamente dimensionados pelo sistema, que
retornam os dados necessários para que o consumidor ou instalador possa
escolher ou projetar o sistema fotovoltaico a ser utilizado.
ii. Consumo médio detalhado (figura 36), que consiste em uma amostragem de
dados baseados num cruzamento do consumo anual inserido pelo
consumidor e o retorno do dimensionamento realizado e adequado para o
perfil apresentado, apresentando detalhadamente a previsão de consumo de
energia pela rede pública e a previsão de geração de energia a partir do
sistema fotovoltaico. Salienta-se que os dados referem-se ao consumo no
último ano, e dessa forma tem-se que levar em consideração uma folga na
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elaboração do projeto com o objetivo de suprir possíveis oscilações de
maior consumo.
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Figura 37 - Dados de Irradiação
Fonte:< http://americadosol.org/simulador/>
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Figura 38 - Quatro passos para a instalação [15]
E em sua linha de montagem apresenta a seguinte visão geral (figura 40) com
seus componentes, que podem variar em versão e quantidades dependendo dos
seguintes aspectos:
i. Tipo de telhado e tipo de telhas;
ii. Tipo do Módulo FV;
iii. Número de Módulos FV;
iv. Especificações do projeto.
- 75 -
O sistema de instalação em questão, utiliza ainda, um conjunto padrão de
ferramentas (figura 41) para auxiliar no processo de instalação, conforme o que segue:
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Figura 42 - Materiais e Instrumentos - parte 1 [15]
Observa-se que são apresentados cada componente com sua respectiva função,
bem como com seus respectivos materiais empregados no conjunto do componente, o
que possibilita uma fácil identificação dos materiais a serem aplicados o que
proporciona a otimização no processo de instalação, principalmente a partir do
conhecimento prévio do local de instalação com suas particularidades.
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Figura 43 - Materiais e instrumentos - parte 2 [15]
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A figura 44, apresenta instalação em telha do tipo Romana, Francesa,
Portuguesa, Americana e Italiana, que são de processos iguais.
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Figura 45 - Instalação em telha lisa [15]
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Figura 47 - Instalação do trilho [15]
Na figura 48, está ilustrada a instalação dos módulos, os quais podem variar de
acordo com o modelo, principalmente em seu tamanho.
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Figura 48 - Instalação do Módulos [15]
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Figura 49 - Instalação da abraçadeira de cabos e aterramento [15]
É evidenciado que para cada tipo de telhado, com seu tipo de superfície, o
processo de instalação é mais elaborado ou mais simplório, o que como pôde ser
observado, repercute em distintas formas de abordagem para a sua instalação e dessa
forma, reafirma-se a necessidade de sempre as instalações das tecnologias de
microgeração distribuída, devem ser realizadas por empresas especializadas nos
processos de instalação em todo os seus matizes.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7.1 Críticas
7.2 Sugestões
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É de suma importância, proporcionar o acesso à informação aos consumidores
residenciais de baixa tensão, em conjunto com os aspectos de favorecimento ambiental,
bem como as particularidades quanto as facilidades de financiamento, para que os
mesmos além de terem ciência das tecnologias, possam optar verdadeiramente aderir ao
sistema de microgeração, seja com o objetivo de colaborar com o meio ambiente ou tão
somente para proporcionar economia no consumo de energia, pois a partir do momento
que o indivíduo adota e implanta o sistema, são alcançados estes dois matizes.
Uma difusão séria, nas redes de comunicação, instituições de ensino, programas
empresarias e etc., forçosamente proporcionará uma satisfatória conscientização social e
consequentemente crescimento na adoção dos sistemas de microgeração, explorando
cada vez mais o potencial nacional energético no que diz respeito a geração de energia a
partir de fontes renováveis, permitindo benefícios econômicos às distribuidoras através
dos variados aspectos já mencionados neste trabalho, assim como estará colaborando
positivamente com o movimento sustentável.
Entretanto, não basta que haja somente a difusão da microgeração distribuída, há
a necessidade de que as fontes de informação deem o exemplo, implantando os sistemas
para que a sociedade veja as aplicações e testemunhem a vantagens, a partir da
transparência dos resultados alcançados através dos sistemas implantados nas
edificações públicas e privadas, bem como nas áreas públicas urbanas, tais como, praças
e parques.
É importante observar que uma iniciativa aparentemente pequena, pode
movimentar toda uma ação coletiva que estará proporcionando benefícios em vários
aspectos, sejam eles políticos, econômicos ou ambientais.
- 85 -
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS NORMATIVAS
- 86 -
______________________________________. Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, Módulo 3 – Acesso ao
Sistema de Distribuição, revisão 6 de 24 de Novembro de 2015.
INDICAÇÕES ELETRÔNICAS
[2] http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=publicacoes&task=livro&cid=2.
Atlas Solarimétrico do Brasil. Acesso em: 15 nov 2016.
[4] https://agenciavirtual.light.com.br/LASView/av/energiaalternativa/energiaAltern
ativaDescricao.do. Saiba como receber compensação na conta de energia através
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[7] http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2011/09/28/oferta-de-energia-
precisa-crescer-cerca-de-5-ao-ano-diz-secretario-de-desenvolvimento-energetico.
OFERTA de energia precisa aumentar em 5% ao ano. Acesso em : 08 de fev.
2017.
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[8] http://www.portal-energia.com/crescimento-mundial-recorde-das-energias-
renovaveis-2015/. CRESCIMENTO mundial recorde das energias renováveis em
2015. (07/04/2016). Acesso em : 08 de fev. 2017.
[14] https://www.neosolar.com.br/loja/painel-solar-fotovoltaico-yingli-yl250p-29b-
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[15] http://www.phb.com.br/produtos/solar/Estruturas/SolarEstruturas_br.aspx.
Manual de Instalação de Sistemas Fotovoltaicos em Telhados. Acesso em: 21
fev 2017.
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