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Curso de Iniciação à

Astrologia Tradicional

Parte 4
O Movimento dos Planetas no Zodíaco

O movimento dos planetas no


Zodíaco segue o sentido dos
signos.
Assim, os planetas deslocam-se
do signo de Carneiro para o de
Touro, depois para Gêmeos, etc.

Movimento dos Planetas nos Signos


O Movimento dos Planetas no Zodíaco (2)

No seu percurso
normal o planeta
vai aumentando o
número de graus
dentro de um
signo até sair dele,
transitando para o
signo seguinte.
Exemplo: Movimento da Lua
Mercúrio e Vênus, ao contrário
dos restantes planetas, nunca se
afastam muito do Sol. Isto
acontece porque (do ponto de
vista heliocêntrico) as suas órbitas
são interiores à da Terra.
Assim, para um observador
terrestre, Mercúrio, cuja órbita é
a mais próxima do Sol, nunca se
afasta mais de 28° (um signo de
distância) da posição zodiacal do
Sol.
Vênus, que possui uma órbita um
pouco mais ampla, nunca se
afasta mais de 48° (dois signos de
distância). Afastamento Máximo de Mercúrio e Vênus do Sol,
projetado no Zodíaco.
Este afastamento máximo é
denominado elongação.

O Movimento dos Planetas no


Zodíaco (3)
O Movimento dos Planetas no Zodíaco (4)
No seu percurso, Mercúrio e Vênus fazem duas conjunções ao Sol: uma
quando passam do lado oposto ao da Terra (designada conjunção
superior) e outra quando passam entre a Terra e o Sol (conjunção inferior).
Na conjunção superior, o planeta está "do outro lado" do Sol, movendo-se
portanto "acima" do Sol (daí o termo superior), enquanto na inferior passa
entre a Terra e o Sol, estando portanto "abaixo" deste.
Num mapa astrológico, a conjunção inferior distingue-se por corresponder
sempre ao movimento retrógrado do planeta.

Conjunções inferior e superior de Vênus


A Velocidade dos Planetas
A progressão dos planetas ao longo
dos signos dá-se a diferentes
velocidades.
O astro mais rápido, a Lua,
movimenta-se em média cerca de
13º por dia, avançando cerca de 1° a
cada duas horas e percorre um signo
completo em cerca de dois dias e
meio.
Saturno, o mais lento dos planetas
tradicionais, avança em média 2' por
dia e demora cerca de dois anos e
meio a atravessar um signo.
Estas diferentes velocidades estão
representadas no modelo das esferas Ordem Caldaica e a Velocidade dos Planetas
planetárias através da ordem
caldaica — Saturno, Júpiter, Marte,
Sol, Vénus, Mercúrio, Lua.
Tabela das Velocidades Médias dos Planetas
No entanto, ao longo do seu percurso a
velocidade aparente do planeta varia,
devido à proximidade ou afastamento do
planeta em relação à Terra.
Embora o Sol, Vênus e Mercúrio tenham
velocidades médias idênticas, Mercúrio
alcança uma velocidade máxima de pouco
Velocidade mais de 2°10' por dia. Vênus fica atrás
com um máximo de 1°16' e o Sol de 1°01’.
dos Planetas A velocidade diária aparente da Lua oscila
entre 11°41' e 15°23'; o Sol oscila entre
um mínimo de 57'10" e um máximo de
1°01'10". Para os restantes planetas os
máximos de andamento diário são
aproximadamente 47' para Marte, 14'
para Júpiter e 07' para Saturno
Caso o andamento diário do
planeta seja inferior à média
apresentada na tabela, diz-se que
o planeta está lento, acima da
Velocidade média diz-se que o planeta está
dos Planetas rápido.
(2) Considera-se que um planeta veloz
tem uma ação mais rápida e mais
efetiva, e que um planeta lento
tem uma atuação mais demorada.
A Retrogradação
Como já referimos, o movimento Assim, um planeta diz-se
aparente de um planeta faz-se retrógrado quando o seu
normalmente segundo a ordem movimento aparente na abóbada
dos signos zodiacais (Carneiro, celeste é contrário ao dos signos
Touro, Gêmeos, etc.). Este é zodiacais (Gêmeos, Touro, Carneiro,
denominado movimento direto. etc.).
No entanto, em determinados Esta inversão aparente do
momentos do seu percurso movimento ocorre quando a Terra
celeste, o planeta abranda a sua ultrapassa os planetas mais lentos
velocidade até, aparentemente, e exteriores à sua órbita. Um
parar, e em seguida inverte o fenômeno análogo ocorre quando
movimento passando a deslocar- um carro ultrapassa outro a
se no sentido contrário à ordem deslocar-se na mesma direção mas
dos signos. Este fenômeno é a uma velocidade menor.
denominado retrogradação e Os passageiros do carro mais
ocorre periodicamente durante o rápido têm a ilusão que o carro
ciclo zodiacal do planeta. mais lento está andando para trás.
A Retrogradação (2)

Exemplo: Retrogradação de Marte


• No caso dos planetas interiores à órbita
terrestre, Mercúrio e Vênus, a
retrogradação aparente ocorre quando
estes astros (movendo-se na sua órbita
em volta do Sol) se aproximam da Terra,
passando entre esta e o Sol (ver figura
abaixo).
A Retrogradação
• A retrogradação é um fenômeno
(3) aparente, causado pela mudança de
perspectiva do observador, à medida que
a própria Terra se movimenta ao redor do
Sol. Na realidade, um planeta nunca para
o seu movimento de translação ao redor
do Sol; é um fenômeno puramente
geocêntrico.
A Retrogradação (4)

Exemplo: Retrogradação de Vênus


A Retrogradação (5)

Numa tabela ou num horóscopo O Sol e a Lua nunca apresentam


um planeta retrógrado é indicado movimento retrógrado.
pelo um "R" traçado colocado No caso do Sol, é a Terra que órbita
junto do planeta: em seu redor, pelo que o
movimento aparente é contínuo.
A Lua tem a sua órbita diretamente
ao redor da Terra, o que
impossibilita qualquer fenômeno
de retrogradação aparente.
Efeitos de um planeta retrógrado

O movimento direto é aquele Assim, um planeta retrógrado


que o planeta assume é considerado debilitado pois
normalmente no seu curso e a sua expressão está
é considerado normal, pois
não interfere na expressão dificultada.
do planeta. As suas atuações são
O movimento retrógrado, descontínuas e dadas a
por fazer o planeta aparentar mudanças súbitas. Podem
"andar para trás" é significar retrocesso, demoras
considerado uma
interferência no seu e cancelamento de planos.
desempenho.
A mudança de direção não ocorre
bruscamente — o planeta desacelera
gradualmente, até chegar ao ponto de
parecer totalmente imóvel. Começa então a
mover-se lentamente na direção oposta,
acelerando até atingir a sua velocidade
normal.
Ao ponto de parada chamamos estação, e a
um planeta que aparente estar parado
chamamos estacionário.
As Estações Na passagem de direto a retrógrado e de
novo a direto, o planeta faz duas estações.
A primeira estação ocorre quando o
planeta, em movimento direto, diminui
progressivamente a sua velocidade até
estacionar, para depois assumir o
movimento retrógrado aparente.
A segunda estação ocorre quando, estando
em movimento retrógrado, o planeta
desacelera, estaciona e depois retoma o
movimento direto.
As Estações (2)
Em termos práticos, considera-se que um planeta na primeira estação
está mais debilitado do que um planeta na segunda estação, pois após
nesta última o planeta reassume o movimento direto (considerado
normal).

As Estações de Movimento dos Planetas


A posição celeste dos planetas nem
sempre coincide exatamente com a da
eclíptica. Com a excepção do Sol, que
"desenha" a eclíptica com o seu percurso
aparente, a Lua e os planetas podem
estar posicionados um pouco acima ou
abaixo desta.
A Latitude Isto acontece devido à existência de
desfasamentos entre a órbita da Terra e a
dos Planetas dos outros planetas.
Este desfasamento é expresso noutra
coordenada celeste, a latitude.
Quando um planeta está "acima" da
eclíptica, ou seja, na parte Norte, diz-se
ter latitude norte; quando se localiza
"abaixo", na parte Sul, diz-se ter latitude
sul.
A Latitude dos Planetas (2)

A Latitude dos Planetas


A latitude é também expressa em graus e
minutos de arco, e oscila entre os 0° e os
90°.
Em termos práticos, é representada por um
número de graus e minutos e a indicação N
se a latitude for norte e S, se for sul.
Por exemplo, 5°N23' indicaria um planeta
A Latitude com uma latitude norte de 5 graus e 23
minutos.
dos Planetas O Zodíaco é definido como uma faixa de 16°
(8° acima e 8° abaixo da eclíptica — a linha
(3) central), de forma a acomodar as variações
de latitude que os planetas apresentam ao
longo do tempo.
A latitude de cada planeta varia entre um
máximo e um mínimo de afastamento. Dos
planetas tradicionais, Vênus é o que
apresenta uma maior variação de latitude,
pois, o seu máximo chega quase aos 9°.
A Latitude dos Planetas (4)

Latitudes Máxima e Mínima dos Planetas


Ao contrário da longitude zodiacal, a latitude dos
planetas não vem representada diretamente no
horóscopo. É geralmente colocada em tabelas
anexas.
Na prática a latitude não é utilizada no corpo
principal do sistema interpretativo, apenas se
aplica pontualmente na interpretação, quando se
faz estudos mais específicos dos planetas (por
A Latitude exemplo, como auxiliar na descrição física).
Regra geral, considera-se que quanto mais
dos Planetas próximo um planeta está da eclíptica mais fortes
e estáveis são considerados os seus efeitos.
(5) Tradicionalmente, um planeta com latitude norte
é preferido a um com latitude sul, pois para um
observador no hemisfério norte tem maior
visibilidade (passa mais alto no céu e mantém-se
mais tempo acima do horizonte).
No entanto, como dissemos anteriormente, a
aplicação destas regras é muito secundária,
sendo ofuscada por elementos interpretativos de
maior importância.
O movimento dos planetas no Zodíaco é
de natureza cíclica, pois cada planeta
repete o seu movimento aparente ao
redor da Terra em períodos regulares de
tempo.
Os Ciclos dos Estes ciclos são importantes para
compreender a dinâmica do planeta,
Planetas assim como parte do seu simbolismo.
Os planetas têm dois ciclos ou períodos
principais: um ciclo zodiacal, também
denominado sideral, e o um ciclo
sinódico.
Ciclo Zodiacal ou Sideral

É o período de tempo
no qual um planeta
completa uma volta ao
redor da Terra, ou
seja, uma volta ao
Zodíaco.
A duração do ciclo
zodiacal depende da
velocidade do planeta.

Tabela dos Ciclos Zodiacais dos Planetas


Corresponde ao período de tempo que
leva um planeta a retomar o mesmo
ponto em relação ao Sol.
Em termos práticos, consiste no período
entre duas conjunções sucessivas de um
planeta ao Sol.
A diferença entre este ciclo e o anterior
reside no fato de contabilizar, para além
Ciclo da velocidade dos planetas, a velocidade
do Sol.
Sinódico No caso dos planetas mais rápidos que o
Sol, quando o planeta retorna ao mesmo
ponto do Zodíaco, o Sol já se movimentou
e é necessário que o planeta percorra
mais um tanto para o alcançar.
Quanto aos planetas mais lentos, é o
próprio Sol que os alcança.
Ciclo Sinódico (2)

Tabela dos Ciclos Sinódicos dos Planetas


O Auge dos Planetas
Este é um conceito tradicional, que surge no contexto do modelo das
esferas e não tem aplicação direta ao modelo astronômico
heliocêntrico.
E frequentemente mencionado por autores tradicionais, razão pela
qual decidimos inclui-lo, embora a sua importância na interpretação
astrológica seja extremamente reduzida.
Durante o seu percurso ao redor do Sol os planetas podem estar mais
próximos ou mais afastados da Terra.
A fase de maior afastamento é designada auge.
Quando um planeta se aproxima deste ponto, diz-se que
• "ascende para o seu auge" e considera-se que está favorecido;
• quando se afasta, diz-se que "descende do seu auge" e considera-se
desfavorecido.
Num mapa astrológico, podemos
determinar esta situação observando a
conjunção dos planetas com o Sol.
Os planetas superiores (Saturno, Júpiter e
Marte) atingem o seu auge perto da
conjunção ao Sol; diz-se que ascendem para
o auge quando o Sol se aproxima deles e
que descendem quando o Sol deles se
O Auge dos afasta.

Planetas (2) Os planetas inferiores (Vênus e Mercúrio)


estão no seu auge por alturas da conjunção
superior ao Sol (ou seja, em movimento
direto), encontrando-se mais afastados do
seu auge quando fazem a conjunção inferior
(em movimento retrógrado).
A Lua estará perto do seu auge quando a
sua velocidade é menor, e afastada quando
está mais rápida.
O Auge dos Planetas (3)

Podemos equiparar o
auge ao apogeu e o ponto
oposto ao perigeu.
Embora estes conceitos
sejam geralmente
aplicados à Lua, na
perspectiva geocêntrica
podem ser aplicados aos
restantes planetas.
O Zodíaco é uma estrutura celeste muito
antiga.
Terá sido definida pelas civilizações
mesopotâmicas há 7.000 anos.
O Zodíaco na A sua representação pode ser encontrada
em quase todas as civilizações clássicas.
Astronomia e As doze divisões foram provavelmente
originadas pelas estações do ano e pelo
na História movimento lunar, pois num ano o Sol e a
Lua encontram-se (Lua Nova) 12 vezes.
Este fato deu origem aos 12 meses do
calendário e, por consequência, a 12
divisões no caminho do Sol do Céu.
Numa fase inicial, estas divisões eram
marcadas por estrelas e os signos do
Zodíaco corresponderiam a conjuntos de
estrelas: as constelações zodiacais.
Este Zodíaco, baseado em constelações, é
denominado por Zodíaco Sideral.
Com o passar do tempo, os
O Zodíaco na astrólogos/astrônomos notaram que o início
das estações e os signos estavam
Astronomia e desfasados e que este desfasamento
aumentava com o tempo.
na História Descobriu-se, assim, o fenômeno da
precessão dos equinócios.
(2) Este movimento provoca uma deslocação
do ponto vernal (o ponto onde o Sol está
posicionado no Equinócio da Primavera) em
relação ao pano-de-fundo de estrelas.
Assim, o ponto vernal percorre todas as
constelações do Zodíaco num período de
25.920 anos (mudando de signo a cada
2.160 anos).
O Zodíaco na Astronomia e na História (3)

Este movimento dá-se na


ordem inversa das
constelações (ou seja, o
equinócio desloca-se da
constelação de Carneiro
para a de Peixes, depois
para Aquário, etc.) e
deve-se a uma oscilação
cíclica do eixo da Terra.
Zodíaco Sideral, Zodíaco Tropical e a Precessão
O Zodíaco na Astronomia e na História (4)

A Precessão dos Equinócios e o Eixo da Terra


O Zodíaco na Astronomia e na História (5)

Para evitar o desfasamento e


associar definitivamente o
Zodíaco com as estações, o
Este é o Zodíaco utilizado pela
Zodíaco sideral foi substituído
tradição ocidental.
pelo Zodíaco tropical, no qual os
signos são divisões das quatro
estações do ano.

Como na época de Ptolomeu


Desconhece-se quando esta
(início da era cristã) os dois
mudança ocorreu. O seu grande
zodíacos eram quase
divulgador foi, sem dúvida,
coincidentes, torna-se muito
Ptolomeu (c.100-c.178), mas o
difícil determinar qual dos dois
conceito pode ser bastante
era utilizado pelos astrólogos de
anterior a este autor.
então.
No entanto, quase todos os
autores ocidentais pós-
ptolemaicos utilizam o
Zodíaco tropical.
O Zodíaco na
Astronomia e A grande exceção é a
na História Astrologia Hindu, que evoluiu
(6) separadamente da tradição
ocidental a partir do período
grego e que ainda hoje utiliza
o Zodíaco sideral.
Desta forma, na tradição
astrológica ocidental, quando
falamos de signos não estamos a
referir constelações. Os nomes
coincidem porque o simbolismo
dos signos foi extraído, em grande
parte, das constelações.
Constelação
Quando alguém diz que nasceu no
versus signo "signo" do Capricórnio (referindo-
se, portanto, ao signo solar) ficará
talvez surpreso ao descobrir que,
do ponto de vista astronômico,
nessa época do ano o Sol está
afinal na "constelação" do
Sagitário.
O desfasamento atual entre os dois
zodíacos é de 24° e é denominado
Ayanamsa (termo Hindu).
Constelação Este fato não invalida a Astrologia,
versus signo como por vezes se afirma, apenas indica
o uso de um referencial diferente do da
(2) Astronomia. Estações e signos são o
referencial do Zodíaco tropical, e os
grupos de estrelas (constelações) o do
Zodíaco sideral.
Outro fenômeno associado à
precessão dos equinócios é a
sequência das eras astrológicas.
Como o ponto vernal demora
2.160 anos a percorrer uma
As eras constelação, diz-se que nesse
astrológicas período essa constelação rege e
determina os assuntos mundiais.
É este o caso da famosa era de
Aquário, para a qual caminhamos,
segundo uns, ou que já estamos a
viver, segundo outros.
Com base nas computações mais comuns,
o ponto vernal encontra-se neste
momento a cerca de 6° da constelação de
Peixes e caminha lentamente (1° a cada
72 anos) para a constelação de Aquário.
Estando correto este cálculo, deveremos
chegar à era de Aquário daqui a cerca de
As eras 432 anos.
astrológicas Como as fronteiras das constelações são
muito discutíveis, estes cálculos são
(2) deixados à imaginação e inventividade
dos diversos autores.
As eras são muito utilizadas pelas
correntes místicas/esotéricas modernas
para explicar a "evolução" da
Humanidade ao longo da História e
justificar aparentes "alterações" no
comportamento do ser humano.
Embora interessante, esta teoria não é
mencionada de forma significativa nas
fontes tradicionais, nem lhe é atribuída
pela Tradição (tanto quanto sabemos)
qualquer aplicação prática.
As eras Não há evidências da interpretação
astrológica da precessão dos equinócios
astrológicas anteriores a 1870. Trata-se, portanto,
(3) de um conceito relativamente recente.
Em contrapartida, o sistema tradicional
aplica frequentemente e de forma mais
pragmática outro tipo de ciclos,
sobretudo na área da Astrologia
Mundana.

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