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Este livro tem origem na tese que apresentei em concurso de Livre-Docência em Direito
do Estado, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em março de 2012. A
arguição da Comissão Julgadora, composta pelos Professores Enrique Ricardo
Lewandowsky (presidente), Virgílio Afonso da Silva, Maria Garcia, Clémerson Merlin
Clève e Fernando Papaterra Limongi, com alto nível e aprovação final, pode ser entendida
como expressão de reconhecimento institucional da pertinência da abordagem e suas
potencialidades analíticas. Meu ingresso na carreira docente da USP, após aprovação em
concurso público, em janeiro de 2013, por unanimidade das indicações da banca,
presidida novamente pelo Professor Lewandowsky e integrada pelos Professores
Alexandre de Moraes, Maristela Basso, Elza Cunha Boiteux e Claudio Bueno de Godoy,
reforça esse entendimento. Começo agradecendo a cada um desses eminentes professores.
O objeto que elegi como tema de pesquisa, as relações entre o direito e as políticas
públicas – apresentado pelo Professor Fábio Konder Comparato na disciplina Direito do
Desenvolvimento, no doutorado, em 1996 –, vêm se disseminando cada vez mais, por
meio dos programas de ação governamental, fórmulas de articulação de iniciativas de
governos, compostas de medidas políticas, econômicas e de gestão pública, organizadas
sobre uma base jurídica, que disciplina os impulsos inovadores do poder público e o
entrelaçamento destes com as estruturas e funções permanentes do Estado.
Agradeço aos vários amigos e colegas que dividiram preocupações e debates ao longo
desse percurso acadêmico; entre eles, Diogo Coutinho, de quem tomei emprestado a
noção de “tecnologia jurídica”, João Paulo Bachur, Ana Maria Nusdeo, Carlos Alberto
de Salles, Mario Schapiro, Frederico Normanha Ribeiro de Almeida, Gilberto Bercovici,
Alessandro Octaviani, Ronaldo Porto Macedo Jr., Ana Cristina Braga Martes, Ada
Pellegrini Grinover, José Reinaldo Lima Lopes, Floriano de Azevedo Marques Neto, Ingo
Sarlet, Daniel Sarmento, Fernando Herren Fernandes Aguillar, Claudio Braga, Maria
Garcia, Clarice Seixas Duarte, José Francisco Siqueira Neto, Oscar Vilhena Vieira, Luís
Fernando Massonetto, Luiz Gustavo Bambini de Assis, Carlos Guilherme Mota, Carlos
Frederico Ramos de Jesus, além dos amigos de Brasília, Roberto Freitas, Marcelo Varella
e tantos outros.
Agradeço também a Jeanne Liliane Marlene Michel, Maria do Patrocínio Tenório Nunes,
José Rubens Rebellato, André Lázaro, Carlos Eduardo Bielschowsky, Jorge Guimarães,
Paulo Wollinger, Paula Branco de Mello, Carolina Gabbas Stucchi, Nair Rubia
Nascimento Baptista, Mauro César Santiago Chaves, Simone Horta Andrade, Thiago
Leitão, Adriana Weska, Marcos Aurélio Brito, Valéria Grilanda, Rogério Guimarães,
Samuel Feliciano, Edson Cáceres, Murilo Camargo, Marta Abramo, Reynaldo Fernandes,
Heloísa Tomellin Coelho, Renata Dantas, Maria Neusa Lima Pereira, Cleunice Matos
Rehem, Celso Ribeiro de Araújo e Cléucio Santos Nunes. E ainda Helena Kerr do Amaral,
Glauco Arbix, Elizabeth Farina, Roberto Pffeifer, Fernando de Oliveira Marques,
Thompson Andrade, Cleveland Prates, Ricardo Cueva, Luiz Carlos Delorme Prado,
Gilvandro Coelho de Araújo, Karla Margarida Santos e Adriana Pereira de Mendonça.
Por fim, mas não menos importante, é o papel de minha família, que acompanha, de perto
ou a distância, esse percurso, “compondo uma demonstração de cumplicidade e de afeto
efetivamente marcantes”, conforme anotou o Prof. Clèmerson Merlin Clève. Agradeço a
minha irmandade, Pedro, Martha Maria, Bruno, Mônica e Renata e Maria Beatriz e
também a Sueli, Luciana, Paulo, Eduardo Suplicy, Cristiana Gaal, Vera Bohomoletz
Henriques e meus tios queridos Adilson Dallari e Ariadna Bohomoletz Gaal.
E ao Eugênio, com quem casei e recasei e assim confirmei parceiro de vida, e a nossos
filhos, Mário e Martha, que cresceram no meio das teses e dos trabalhos de sua mãe, e
hoje universitários podem compreender o significado vital dessa escolha.
O resultado de todo o meu trabalho certamente não seria o mesmo sem a inspiração
animadora e constante de meu pai, Dalmo de Abreu Dallari. A elaboração do livro e a
preparação para os concursos me deram oportunidade de ler e reler vários de seus
trabalhos e perceber quanto o meu caminho procurou se espelhar no seu. Ao refazer parte
de seu percurso intelectual, descobri algumas afinidades além daquelas mais óbvias,
como o vigor na defesa da justiça e paz, que o fizeram mais conhecido. O espírito público
verdadeiro e o equilíbrio na apresentação do problema da organização do Estado, sempre
em conjunto com os temas da liberdade e da igualdade, fazem de sua obra ainda hoje uma
introdução indispensável a quem queira compreender as relações entre política e direito.
Este livro não poderia ser dedicado a mais ninguém.