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Aula 00
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Prof. Túlio Lages
Aula 00
APRESENTAÇÃO
Ol‡!
Meu nome Ž Tœlio Lages e, com imensa satisfa•‹o, serei o analista de Direito
Constitucional do Passo EstratŽgico!
Para conhecer um pouco sobre mim, segue um resumo da minha experi•ncia
profissional, acad•mica e como concurseiro:
Nosso curso contar‡, ainda, com a (super!) colaboraç‹o do Murilo Soares, que
exerce o cargo de AJAJ no Tribunal Superior do Trabalho e analista de Direito
Processual do Trabalho do Passo EstratŽgico.
...
Ser‡ uma honra ajudar voc•s a alcan•ar a aprova•‹o no concurso para o cargo de
Analista ÐEspecialidade em Direito no MPU, que teve seu œltimo concurso
realizado pela banca Cespe.
Ent‹o, sem mais delongas, vamos ao relat—rio propriamente dito?!
INTRODUÇÃO
Este relat—rio aborda o(s) assunto(s) ÒPrinc’pios Fundamentais; Direitos e
Deveres.Ó
Com base na an‡lise estat’stica (t—pico a seguir), conclu’mos que o assunto possui
import‰ncia MŽdia.
Boa leitura!
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para identificarmos estatisticamente quais assuntos s‹o os mais cobrados pela banca,
classificamos todas as quest›es cobradas em provas de n’vel mŽdio, em concursos da
esfera federal.
Com base na an‡lise estat’stica das assertivas colhidas (por volta de 160), temos o
seguinte resultado para o(s) assunto(s) que ser‡(‹o) tratado(s) neste relat—rio:
% aproximado de cobran•a em
Assunto provas de AJAJ/OJ realizadas
pelo Cespe desde 2015
Princ’pios Fundamentais 2%
Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos 6%
Tabela 1
Com base na tabela acima, Ž poss’vel verificar que, no contexto das provas do Cespe
para o cargo de AJAJ/OJ, que o assunto:
De 2% a 5,9% MŽdia
De 6% a 9,9% Alta
10% ou mais Muito Alta
Tabela 2
GABARITO: CERTO.
ƒ exatamente isso. Os Poderes s‹o independentes e harm™nicos entre si, mas h‡
ado•‹o do sistema de freios e contrapesos (controles rec’procos), no qual, por
Por outro lado, o princ’pio da separa•‹o dos poderes Ž cl‡usula pŽtrea, conforme
consta no art. 60, ¤ 4¼, inciso III, da CF/1988:
Art. 60. (...)
¤ 4¼ N‹o ser‡ objeto de delibera•‹o a proposta de emenda tendente a
abolir:
(...)
III - a separa•‹o dos Poderes;
GABARITO: ERRADO.
O pluralismo pol’tico n‹o Ž restrito ˆ esfera pol’tica, tratando-se, em s’ntese, da
toler‰ncia ˆs ideias divergentes nos mais diversos campos: religioso, filos—fico,
social, etc. Assim, esse princ’pio pode ser estendido a sindicatos, associa•›es,
entidades de classe e organiza•›es em geral.
3.(Cespe/2016/TRT 8/AJAJ/Adaptada) Acerca do poder constituinte e dos
princ’pios fundamentais da CF, julgue a assertiva a seguir.
Nas rela•›es internacionais, o Brasil rege-se, entre outros princ’pios, pela soberania,
pela dignidade da pessoa humana e pelo pluralismo pol’tico.
GABARITO: ERRADA.
A soberania, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo pol’tico s‹o fundamentos
da Repœblica Federativa do Brasil, n‹o princ’pios que regem o Brasil nas rela•›es
internacionais, nos termos do art. 1¼, incisos I, III e IV, da CF/1988:
Art. 1¼ A Repœblica Federativa do Brasil, formada pela uni‹o indissolœvel
dos Estados e Munic’pios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democr‡tico de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
(...)
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
GABARITO: CERTA.
O repœdio ao racismo est‡ previsto como princ’pio que norteia a Repœblica
Federativa do Brasil em suas rela•›es internacionais, no art. 4¼, inciso VIII, da
CF/1988:
Art. 4¼ A Repœblica Federativa do Brasil rege-se nas suas rela•›es
internacionais pelos seguintes princ’pios:
(...)
VIII - repœdio ao terrorismo e ao racismo;
O restante da afirmativa n‹o est‡ inserido no objeto de an‡lise deste relat—rio, mas
est‡ correto.
8.(Cespe/2014/TJ CE/Analista Judici‡rio) Acerca de princ’pios fundamentais,
direitos e garantias fundamentais e aplicabilidade das normas constitucionais, julgue
a assertiva a seguir.
Os fundamentos da Repœblica Federativa do Brasil incluem, entre outros, a
dignidade da pessoa humana, o pluralismo pol’tico e a constru•‹o de uma sociedade
livre, justa e solid‡ria.
GABARITO: ERRADA.
A constru•‹o de uma sociedade livre, justa e solid‡ria Ž um objetivo da Repœblica
Federativa do Brasil, n‹o um fundamento:
GABARITO: ERRADA.
O STF entende que Ž Òinconsistente e fere o senso comum falar-se em viola•‹o do
direito ˆ privacidade quando interlocutor grava di‡logo com sequestradores,
estelionat‡rios ou qualquer tipo de chantagistaÓ (HC 75.338/RJ, Rel. Min. Nelson
Jobim, j. 11.03.98, DJ de 25.09.98), de modo que a grava•‹o telef™nica feita por
um dos interlocutores, ainda que sem autoriza•‹o judicial, Ž considerada prova l’cita
quando se tratar de leg’tima defesa, por exemplo.
10.(Cespe/2016/TRE PI/AJAJ/Adaptada) Julgue a assertiva a seguir.
A instaura•‹o de processo administrativo disciplinar contra servidor pœblico para
apura•‹o de irregularidade funcional garante ao servidor o direito de impetrar
habeas corpus para impedir o prosseguimento do processo administrativo.
GABARITO: ERRADA.
O habeas corpus Ž incab’vel contra instaura•‹o de PAD, pois, nesse caso, o direito
de locomo•‹o - bem da vida tutelado pelo habeas corpus - n‹o se encontra
amea•ado. Registramos que o habeas corpus est‡ previsto no art. 5¼, inciso LXVIII,
da CF/1988:
Art. 5¼ (...)
LXVIII - conceder-se-‡ habeas corpus sempre que alguŽm sofrer ou se
achar amea•ado de sofrer viol•ncia ou coa•‹o em sua liberdade de
locomo•‹o, por ilegalidade ou abuso de poder;
GABARITO: ERRADO.
Nos termos do art. 14 da CF, transcrito a seguir, s‹o formas de exerc’cio direto da
soberania popular o voto mediante plebiscito ou referendo e a iniciativa popular:
Art. 14. A soberania popular ser‡ exercida pelo sufr‡gio universal e pelo
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei,
mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
GABARITO: ERRADO.
Os estrangeiros n‹o s‹o equiparados aos brasileiros, no que se refere aos direitos e
garantias fundamentais elencados na Lei Maior, porquanto h‡ situa•›es em que h‡
distin•‹o entre eles, como no caso do art. 207 da CF/1988, que permite (faculdade)
que as universidades admitam professores, tŽcnicos e cientistas estrangeiros, na
forma da lei:
Art. 207 (...)
¤ 1¼ ƒ facultado ˆs universidades admitir professores, tŽcnicos e cientistas
estrangeiros, na forma da lei.
Por outro lado, os estrangeiros n‹o podem acessar determinados cargos, nos
termos do art. 12, ¤ 3¼, da CF/1988:
Art. 12 (...)
¤ 3¼ S‹o privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da Repœblica;
GABARITO: ERRADO.
Para ser equivalente ˆs emendas, o tratado sobre direitos humanos deve passar
pelo procedimento formal de aprova•‹o nas Casas do Congresso previsto no art. 5¼,
¤ 3¼, da CF/1988:
Art. 5¼ (...)
¤ 3¼ Os tratados e conven•›es internacionais sobre direitos humanos que
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por
tr•s quintos dos votos dos respectivos membros, ser‹o equivalentes ˆs
emendas constitucionais.
GABARITO: ERRADO.
ƒ entendimento pac’fico da doutrina e da jurisprud•ncia que a legitimidade para
impetra•‹o de habeas corpus Ž universal, ou seja, qualquer pessoa pode ajuizar a
a•‹o em comento, que est‡ prevista no art. 5¼, inciso LXVIII, da CF/1988:
Art. 5¼ (...)
LXVIII - conceder-se-‡ habeas corpus sempre que alguŽm sofrer ou se
achar amea•ado de sofrer viol•ncia ou coa•‹o em sua liberdade de
locomo•‹o, por ilegalidade ou abuso de poder;
3)! Para decorar os princ’pios que regem a RFB nas suas rela•›es internacionais,
apresentamos o seguinte mnem™nico: ÒAInDa N‹o ComPreIReCoSÓ (o ÒaÓ e o ÒmÓ
servem somente para melhor formar o mnem™nico):
¥! So Ð soberania;
¥! Ci Ð cidadania;
¥! Di Ð dignidade da pessoa humana;
¥! Va Ð valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa;
¥! Plu Ð pluralismo pol’tico.
1
STF Ð Ext 524.
9.! Direitos fundamentais b‡sicos (art. 5¼, caput): direito ˆ vida; direito ˆ
liberdade; direito ˆ igualdade; direito ˆ seguran•a; e direito ˆ propriedade.
Precedentes judiciais importantes:
9.1.! n‹o constitui crime a interrup•‹o da gravidez de feto anencŽfalo: a
gestante o direito de submeter-se a antecipa•‹o terap•utica de parto
nessa hip—tese de gravidez, previamente diagnosticada por profissional
habilitado, sem estar compelida a apresentar autoriza•‹o judicial ou
qualquer outra forma de permiss‹o do Estado7.
9.2.! Ž leg’tima e n‹o ofende o direito ˆ vida nem, tampouco, a dignidade da
pessoa humana a realiza•‹o de pesquisas com a utiliza•‹o de cŽlulas-
2
STF - HC 94.016
3
STF Ð RE 33.319/DF.
4
STF Ð HC
5
STJ Ð Sœmula 227.
6
STF Ð STJ, REsp 60.033/MG.
7
STF Ð ADPF 54/DF.
10.! Princ’pio da igualdade (art. 5¼, caput e inciso I): igualdade na lei e perante a
lei. Inexist•ncia de ofensa quando o pr—prio constituinte prev• casos de
tratamento desigual (ex: art. 7¼, XX, art. 12, ¤ 3¼, art. 40, art. 179).
Possibilidade de tratamento diferenciado em raz‹o de grupo social, de sexo,
de profiss‹o, de condi•‹o econ™mica, de idade etc., obedecido o princ’pio da
razoabilidade. Pol’ticas de a•‹o afirmativa. Precedentes judiciais
importantes:
10.1.! ÒO princ’pio da isonomia, que se reveste de auto-aplicabilidade, n‹o Ž
Ð enquanto postulado fundamental de nossa ordem pol’tico-jur’dica Ð
suscet’vel de regulamenta•‹o ou de complementa•‹o normativa. Esse
princ’pio Ð cuja observ‰ncia vincula, incondicionalmente, todas as
manifesta•›es do Poder Pœblico Ð deve ser considerado, em sua
prec’pua fun•‹o de obstar discrimina•›es e de extinguir privilŽgios
(RDA 55/114), sob duplo aspecto: (a) o da igualdade na lei; e (b) o da
igualdade perante a lei. A igualdade na lei Ð que opera numa fase de
generalidade puramente abstrata Ð constitui exig•ncia destinada ao
legislador que, no processo de sua forma•‹o, nela n‹o poder‡ incluir
fatores de discrimina•‹o, respons‡veis pela ruptura da ordem
ison™mica. A igualdade perante a lei, contudo, pressupondo lei j‡
elaborada, traduz imposi•‹o destinada aos demais poderes estatais,
que, na aplica•‹o da norma legal, n‹o poder‹o subordin‡-la a critŽrios
que ensejem tratamento seletivo ou discriminat—rioÓ10.
10.2.! A Lei Maria da Penha Ž constitucional e se coaduna com o princ’pio da
igualdade11.
10.3.! ÒO limite de idade para a inscri•‹o em concurso pœblico s— se legitima
em face do art. 7.¼, XXX, da Constitui•‹o, quando possa ser justificado
pela natureza das atribui•›es do cargo a ser preenchidoÓ12.
10.4.! A reserva de vagas em universidades pœblicas para negros e ’ndios Ž
constitucional, contribuindo para a efetiva•‹o da igualdade material e
mitigando desigualdades ocasionadas por situa•›es hist—ricas
particulares13.
10.5.! ƒ compat’vel com o princ’pio da igualdade programa concessivo de
bolsa de estudos em universidades privadas para alunos de renda
8
STF Ð ADI 3510/DF.
9
STF Ð HC 124.306.
10
STF Ð MI 58.
11
STF Ð ADC 19/DF.
12
STF Ð Sœmula 683.
13
STF Ð ADPF 186/DF, RE 597285/RS.
11.! Princ’pio da legalidade (art. 5¼, inciso II): aplica•‹o a particulares a ao Poder
Pœblico. Diferen•a entre lei e reserva legal. Reserva legal absoluta, relativa,
simples e qualificada.
12.! Veda•‹o ˆ tortura e ao tratamento desumano ou degradante (art. 5¼, inciso
III) Ð precedente importante:
12.1.! ÒS— Ž l’cito o uso de algemas em casos de resist•ncia e de fundado
receio de fuga ou de perigo ˆ integridade f’sica pr—pria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
14
STF Ð ADI 3330/DF.
15
STF Ð ADC 41.
16
STF - ADI 4.277 e ADPF 132.
17
STF Ð RE 227.114.
18
STF Ð RE 489.064 ED.
19
STF Ð RE 498.900-AgR.
20
STF Ð Sœmula Vinculante 6.
21
STF Ð Sœmula Vinculante 37.
22
STF Ð Sœmula Vinculante 11.
23
STF Ð RE 511.961.
24
Idem.
25
STF Ð ADI 4815.
26
STF Ð Inq 1957/PR.
27
STF Ð MS 24.405/DF.
28
STJ Ð Sœmula 37.
29
STF Ð ADI 4.451 Ð MC Ð REF.
30
STF Ð Rcl 18.566.
31
STF Ð RE 414.426.
32
STF Ð AI 705.630 AgR.
33
STF Ð HC 91.610.
34
STF Ð ADPF 187.
14.! Liberdade de cren•a religiosa e convic•‹o pol’tica e filos—fica (art. 5¼, incisos
VI a VIII). Observar que: a) o inciso VI trata de norma de efic‡cia contida;
b) h‡ possibilidade de perda ou suspens‹o de direitos pol’ticos daquele que
se recusa a cumprir obriga•‹o a todos imposta ou presta•‹o alternativa
estabelecida em lei (art. 15, inciso IV); c) os tr•s dispositivos se coadunam
com o fato do Brasil ser um Estado laico, consoante art. 19, inciso I.
15.! Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das
pessoas (art. 5¼, X). Precedentes importantes:
15.1.! N‹o Ž l’cita a coa•‹o de poss’vel pai para realizar o exame do DNA, sob
pena de ofensa a garantias constitucionais como a preserva•‹o da
dignidade humana, da intimidade, da intangibilidade do corpo humano, do
impŽrio da lei e da inexecu•‹o espec’fica e direta de obriga•‹o de fazer38.
15.2.! O sigilo banc‡rio Ž espŽcie do direito ˆ privacidade, inerente ˆ
personalidade das pessoas, sendo a sua inviolabilidade assegurada pelo
inciso X do art. 5¼ da CF39.
15.3.! O sigilo deve ceder diante do interesse pœblico, do interesse social e do
interesse da justi•a, sendo, portanto, perfeitamente poss’vel, desde que
observados os procedimentos estabelecidos em lei, e respeitado o
princ’pio da razoabilidade, a quebra e/ou transfer•ncia do sigilo
banc‡rio40.
15.4.! Como regra, o MinistŽrio Pœblico e o Tribunal de Contas da Uni‹o n‹o
disp›em de compet•ncia para determinar a quebra do sigilo banc‡rio41.
PorŽm, a inviolabilidade do sigilo banc‡rio pode ser afastada por
determina•‹o de tais —rg‹os, no caso de opera•›es que envolvam recursos
pœblicos42.
15.5.! O poder das comiss›es parlamentares de inquŽrito federais para
determinar a quebra de sigilo banc‡rio outorgado pela Lei Complementar
35
STF Ð HC 82.424.
36
STF Ð Rcl 18.566 Ð MC/SP.
37
STF Ð Re 898.450.
38
STF Ð HC 71.373/RS.
39
STF Ð 219.780/PE.
40
STF Ð RMS 23.002/RJ.
41
STF Ð MS 22.801/DF, RE 22.934/MT. STJ Ð HC 160.646/SP.
42
STF Ð MS 21.729/DF.
16.! Inviolabilidade domiciliar (art. 5¼, XI): observar os requisitos que permitem
a entrada no domicilio, inclusive sem o consentimento do morador. Atentar
43
STF Ð ACO 730/RJ.
44
STF Ð AO 1.390.
45
STJ Ð Sœmula 227.
46
STF Ð STJ, REsp 60.033/MG.
47
STF Ð Inq 2589 MS.
48
STF Ð RE 577785 RJ.
49
STF Ð ADPF 130.
50
STJ - RMS 18445 PE.
51
STJ Ð HC 308.493.
52
STF Ð Inq 923/DF.
53
STF Ð HC 55.447.
54
STF Ð HC 93.050.
55
STF Ð AP 370-3/DF.
56
STF Ð STF Ð RE 603.616/RO.
57
STF Ð Inq 2.424/RJ.
58
STF Ð HC 91.610.
59
STF Ð RHC 91.189.
60
STF Ð HC 70.814/SP.
61
STF Ð Eext 1.021.
62
STF Ð Inq 2.725 QO/SP.
63
STF Ð RE 418.416/SC.
64
STF Ð HC 78098/SC.
65
STF Ð Inq 2424.
66
STF Ð HC 96.909/MT.
67
STF Ð HC 83.515/RS.
68
STF Ð Inq 3.732.
69
STF Ð HC 91.867.
70
STF Ð AI 578.858 AgR.
71
STF Ð RE 601.314.
72
STF Ð Inq 2.424.
73
STF Ð Idem.
18.! Liberdade de atividade profissional (art. 5¼, XIII): observar que se trata de
norma de efic‡cia contida. Precedentes importantes:
18.1.! ÒO art. 5¼, XIII, da Constitui•‹o da Repœblica Ž norma de aplica•‹o
imediata e efic‡cia contida que pode ser restringida pela legisla•‹o
infraconstitucional. Inexistindo lei regulamentando o exerc’cio da
atividade profissional dos substitu’dos, Ž livre o seu exerc’cioÓ78.
18.2.! ÒNem todos os of’cios ou profiss›es podem ser condicionados ao
cumprimento de condi•›es legais para o seu exerc’cio. A regra Ž a
liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade Ž que pode
ser exigida inscri•‹o em conselho de fiscaliza•‹o profissional. A atividade
de mœsico prescinde de controle. Constitui, ademais, manifesta•‹o
art’stica protegida pela garantia da liberdade de express‹oÓ79.
18.3.! ÒO jornalismo Ž uma profiss‹o diferenciada por sua estreita vincula•‹o ao
pleno exerc’cio das liberdades de express‹o e de informa•‹o. O jornalismo
Ž a pr—pria manifesta•‹o e difus‹o do pensamento e da informa•‹o de
forma cont’nua, profissional e remunerada. Os jornalistas s‹o aquelas
pessoas que se dedicam profissionalmente ao exerc’cio pleno da liberdade
de express‹o. O jornalismo e a liberdade de express‹o, portanto, s‹o
atividades que est‹o imbricadas por sua pr—pria natureza e n‹o podem ser
74
STF Ð HC 80.949.
75
STF Ð RE 461.366.
76
STF Ð HC 75.338.
77
STF Ð HC 74.678.
78
STF Ð MI 6.113 AgR.
79
STF Ð RE 414.426.
80
STF Ð RE 511.961.
81
STF Ð RE 603.583.
82
STF Ð RE 207.946.
83
STF Ð RE 413.782.
84
STF Ð Sœmula 70.
85
STF Ð Sœmula 323.
86
STF Ð RE 413.782.
20.! Liberdade de locomo•‹o (art. 5¼, XV): notar a exig•ncia de Òtempo de pazÓ,
a possiblidade de restri•‹o por meio de lei e, ainda, que a liberdade abrange
tambŽm os bens, n‹o somente as pessoas.
21.! Liberdade de reuni‹o (art. 5¼, XVI): observar os requisitos para o exerc’cio
do direito, bem como a possibilidade de restri•‹o ou atŽ suspens‹o de tal
liberdade no caso de vig•ncia de estado de defesa (CF, art. 136, ¤ 1¼, I, ÒaÓ) ou
de s’tio (CF, art. 139, IV). Atentar para o fato de o mandado de seguran•a ser o
remŽdio constitucional cab’vel para a prote•‹o da liberdade de reuni‹o.
Precedentes importantes:
21.1.! ÒA•‹o direta julgada procedente para dar ao ¤ 2¼ do art. 33 da Lei
11.343/2006 "interpreta•‹o conforme ˆ Constitui•‹o" e dele excluir
qualquer significado que enseje a proibi•‹o de manifesta•›es e debates
pœblicos acerca da descriminaliza•‹o ou legaliza•‹o do uso de drogas ou
de qualquer subst‰ncia que leve o ser humano ao entorpecimento
epis—dico, ou ent‹o viciado, das suas faculdades psicof’sicasÓ87.
21.2.! ÒÕMarcha da MaconhaÕ. Manifesta•‹o leg’tima, por cidad‹os da repœblica,
de duas liberdades individuais revestidas de car‡ter fundamental: o direito
de reuni‹o (liberdade-meio) e o direito ˆ livre express‹o do pensamento
(liberdade-fim). (...) legitimidade, sob perspectiva estritamente
constitucional, de assembleias, reuni›es, marchas, passeatas ou encontros
coletivos realizados em espa•os pœblicos (ou privados) com o objetivo de
obter apoio para oferecimento de projetos de lei, de iniciativa popular, de
criticar modelos normativos em vigor, de exercer o direito de peti•‹o e de
promover atos de proselitismo em favor das posi•›es sustentadas pelos
manifestantes e participantes de reuni‹o. (...) Vincula•‹o de car‡ter
instrumental entre a liberdade de reuni‹o e a liberdade de manifesta•‹o
do pensamento. (...) Debate que n‹o se confunde com incita•‹o ˆ pr‡tica
de delito nem se identifica com apologia de fato criminoso. Discuss‹o que
deve ser realizada de forma racional, com respeito entre interlocutores e
sem possibilidade leg’tima de repress‹o estatal, ainda que as ideias
propostas possam ser consideradas, pela maioria, estranhas,
insuport‡veis, extravagantes, audaciosas ou inaceit‡veis. O sentido de
alteridade do direito ˆ livre express‹o e o respeito ˆs ideias que conflitem
com o pensamento e os valores dominantes no meio socialÓ88.
22.! Direito de associa•‹o (art. 5¼, XVII a XXI): atentar para a) as caracter’sticas
das associa•›es e diferen•as em rela•‹o ˆs reuni›es; b) a independ•ncia de
aquisi•‹o de personalidade jur’dica para a exist•ncia da associa•‹o; c) os
requisitos para a liberdade plena de associa•‹o: finalidade l’cita e veda•‹o ao
car‡ter paramilitar; d) a desnecessidade de autoriza•‹o do poder pœblico para a
cria•‹o das associa•›es e, na forma da lei, de cooperativas (veja que s— Ž prevista
lei nesse œltimo caso); d) a veda•‹o ˆ interfer•ncia estatal no funcionamento das
associa•›es e funda•›es; e) a possibilidade de dissolu•‹o compuls—ria das
associa•›es unicamente por meio de decis‹o judicial transitada em julgado; f) a
possibilidade de suspens‹o das atividades das associa•›es unicamente por meio
de decis‹o judicial (n‹o precisa que haja tr‰nsito em julgado); g) a
impossibilidade que alguŽm seja obrigado a se associar ou a permanecer
87
STF Ð ADI 4.274.
88
STF Ð ADPF 187.
23.! Direito de propriedade (art. 5¼, XXII e XXIII): observar a) que tal direito Ž
norma de efic‡cia contida; b) a necessidade de atendimento da fun•‹o social; e c)
o atendimento da fun•‹o social por parte da propriedade urbana (art. 182, ¤ 2¼) e
da rural (art. 186).
24.! Desapropria•‹o (art. 5¼, XXIV): observar a) as tr•s hip—teses de
desapropria•‹o (necessidade pœblica, utilidade pœblica ou interesse social); b) a
prŽvia e justa indeniza•‹o em dinheiro como regra geral de indeniza•‹o; e c) as
hip—teses de desapropria•‹o que n‹o se d‹o mediante prŽvia e justa indeniza•‹o
em dinheiro (para fins de reforma agr‡ria Ð art. 184 -, de im—vel urbano n‹o-
edificado que n‹o cumpriu sua fun•‹o social Ð art. 182, ¤ 4¼, III - e confiscat—ria
Ð art. 243).
89
STF Ð ADI 3.045.
90
STF Ð RE 573.232.
91
STF Ð Sœmula 629.
92
STF Ð RE 555.720 AgR.
31.! Direito ˆ informa•‹o (art. 5¼, XXXIII): observar que tal direito encontra
limites a) no caso de informa•›es cujo sigilo seja imprescind’vel ˆ seguran•a da
sociedade e do Estado; b) nas informa•›es pessoais protegidas pelo art. 5¼ inciso
X. Atentar para o fato de que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional
apto a tutelar tal direito (e n‹o o habeas data). Precedentes importantes:
31.1.! Òƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio
93
STF Ð ADI 2.591 ED.
94
STF Ð RE 575.803 AgR.
32.! Direito de peti•‹o (art. 5¼, XXXIV, ÒaÓ): atentar para a) as finalidades do
instrumento da peti•‹o; b) a legitima•‹o universal, a gratuidade e a natureza
n‹o-jurisdicional do direito; c) a diferen•a entre o direito de a•‹o e o direito de
peti•‹o; d) a diferen•a entre direito de peticionar e o de postular em ju’zo; e e) o
fato de que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional apto a tutelar tal
direito (e n‹o o habeas data). Precedentes importantes:
32.1.! Òƒ inconstitucional a exig•ncia de dep—sito ou arrolamento prŽvios de
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativoÓ99.
32.2.! ÒA natureza jur’dica da reclama•‹o n‹o Ž a de um recurso, de uma a•‹o e
nem de um incidente processual. Situa-se ela no ‰mbito do direito
95
STF Ð Sœmula Vinculante 14.
96
STF Ð Rcl 10.771 AgR.
97
STF Ð MS 28.178.
98
STF Ð SS 3.902 AgR-segundo.
99
STF Ð Sœmula Vinculante 21.
33.! Direito de certid‹o (art. 5¼, XXXIV, ÒbÓ): atentar para a) as finalidades do
direito; b) a gratuidade direito ˆ obten•‹o de certid›es; e c) o fato de que o
mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional apto a tutelar tal direito (e n‹o
o habeas data). Precedentes importantes:
33.1.! ÒO direito ˆ certid‹o traduz prerrogativa jur’dica, de extra•‹o
constitucional, destinada a viabilizar, em favor do indiv’duo ou de uma
determinada coletividade (como a dos segurados do sistema de
previd•ncia social), a defesa (individual ou coletiva) de direitos ou o
esclarecimento de situa•›es. A injusta recusa estatal em fornecer
certid›es, n‹o obstante presentes os pressupostos legitimadores dessa
pretens‹o, autorizar‡ a utiliza•‹o de instrumentos processuais adequados,
como o mandado de seguran•a ou a pr—pria a•‹o civil pœblica. O MinistŽrio
Pœblico tem legitimidade ativa para a defesa, em ju’zo, dos direitos e
interesses individuais homog•neos, quando impregnados de relevante
natureza social, como sucede com o direito de peti•‹o e o direito de
obten•‹o de certid‹o em reparti•›es pœblicasÓ103.
100
STF Ð ADI 2.212.
101
STF Ð AI 258.867 AgR.
102
STF Ð AR 1.354 AgR.
103
STF Ð RE 472.489 AgR.
104
STF Ð Sœmula Vinculante 28.
105
STF Ð Sœmula 667.
106
STF Ð RE 233.582/RJ.
107
STF Ð RE 549.238 AgR.
108
STF Ð RHC 79785 RJ.
109
STF Ð Ag.Rg. n¼ 152.676/PR.
110
STF Ð RHD 22/DF.
36.! Princ’pio do juiz natural (art. 5¼, XXXVII e LIII): atentar para a) o conceito
do princ’pio; b) o impedimento da cria•‹o de ju’zos de exce•‹o ou Òad hocÓ; c) o
alcance do princ’pio, tanto para quem julga, quanto para quem ser‡ julgado; d) o
respeito absoluto respeito ˆs regras objetivas de determina•‹o de compet•ncia
como decorr•ncia desse princ’pio. Precedentes importantes:
36.1.! O julgamento por —rg‹o(s) colegiado(s) integrado(s) por magistrado(s) de
primeiro grau, convocados segundo os requisitos legais, n‹o viola os
princ’pios do juiz natural, do duplo grau de jurisdi•‹o e da ampla
defesa116.
37.! Jœri popular (art. 5¼, XXXVIII): atentar para a) compet•ncia do tribunal do
jœri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida (al’nea ÒdÓ), que n‹o
alcan•a os detentores de foro especial por prerrogativa de fun•‹o previsto na CF;
b) conceito de plenitude de defesa (al’neas ÒaÓ a ÒcÓ); c) a possibilidade de
recurso em face de decis‹o do tribunal do jœri; d) a possibilidade de amplia•‹o da
111
STF Ð RE 631.240.
112
STF Ð Sœmula 654.
113
STF Ð RExtr, n¼ 184.099/DF.
114
STF Ð ADI 3.1058-DF.
115
STF Ð RE 204.769/RS.
116
STF Ð HC 112151/SP, HC 112151/SP e RE 597133/RS.
39.! Mandados de criminaliza•‹o (art. 5¼, XLI a XLIV): distinguir bem quais dos
crimes previstos s‹o inafian•‡veis, imprescrit’veis, sujeitos ˆ pena de reclus‹o,
117
STF Ð Sœmula Vinculante 45.
118
STF Ð ADI 4414/AL.
119
STF Ð Sœmula 603.
120
STF Ð HC 91952.
121
STF Ð AgReg. RE 626436 RR.
122
STF Ð HC 73721/RJ.
123
STF Ð HC 101542 SP.
124
STF Ð Sœmula 711.
125
STF Ð HC 98766 MG.
42.! Penas inaplic‡veis (art. 5¼, XLVII): atentar para a) a possibilidade de pena
de morte em caso de guerra declarada (art. 84, XIX); b) o fato de que a pena de
banimento n‹o se confundir com a expuls‹o de estrangeiro, que Ž admitida no
ordenamento jur’dico brasileiro; e c) as penas admitidas: i. Priva•‹o ou restri•‹o
de liberdade; ii. Perda de bens; iii. Multa; iV. Presta•‹o social alternativa; e v.
Suspens‹o ou interdi•‹o de direitos). Precedentes importantes:
126
STF Ð 82424 RS.
127
STF Ð HC 82.959/SP.
128
STF Ð Sœmula Vinculante 26.
43.! Execu•‹o penal individualizada (art. 5¼, XLVIII): atentar que os fatores a
serem considerados para distinguir os estabelecimentos s‹o i. a natureza do
delito, ii. a idade do apenado; e iii. o sexo do apenado.
44.! Garantia do respeito ˆ integridade f’sica e moral dos presos (art. 5¼, XLIX):
observar o objetivo da garantia Ð assegurar que certos direitos fundamentais
permane•am garantidos aos indiv’duos mesmo quando presos. Precedentes
importantes:
44.1.! ÒEm caso de inobserv‰ncia do seu dever espec’fico de prote•‹o previsto no
art. 5¼, inciso XLIX, da Constitui•‹o Federal, o Estado Ž respons‡vel pela
morte de detentoÓ132.
44.2.! Òƒ l’cito ao Judici‡rio impor ˆ administra•‹o pœblica obriga•‹o de fazer,
consistente na promo•‹o de medidas ou na execu•‹o de obras
emergenciais em estabelecimentos prisionais para dar efetividade ao
postulado da dignidade da pessoa humana e assegurar aos detentos o
respeito ˆ sua integridade f’sica e moral, nos termos do que preceitua o
artigo 5 .¼ (inciso XLIX) da Constitui•‹o Federal, n‹o sendo opon’vel ˆ
decis‹o o argumento da reserva do poss’vel nem o princ’pio da separa•‹o
dos PoderesÓ 133.
129
STF Ð RE 154.134/SP.
130
STF Ð STF Ð Sœmula 716.
131
STF Ð RE 641.320.
132
STF Ð RE 841.526/RS.
133
STF Ð RE 592.581/RS.
134
STF Ð Ext 615.
135
STF Ð Ext 524.
136
STF Ð Ext 1085.
137
STF Ð Ext 643.
138
STF Ð Ext 855.
47.! Princ’pio do devido processo legal Ð due processo of law (art. 5¼, LIV):
atentar para a) os aspectos formal e material do devido processo legal; b) o
princ’pio do devido processo legal ser a sede material do princ’pio da
proporcionalidade; c) os tr•s elementos do princ’pio da proporcionalidade
(adequa•‹o, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito); e d) o princ’pio
da proporcionalidade como par‰metro de aferi•‹o da constitucionalidade das leis,
com vistas ao impedimento de imposi•‹o de restri•›es abusivas, desnecess‡rias,
inadequadas e desproporcionais. Precedentes importantes:
47.1.! ÒO exame da garantia constitucional do due process of law permite nela
identificar alguns elementos essenciais ˆ sua pr—pria configura•‹o,
destacando-se, dentre eles, por sua inquestion‡vel import‰ncia, as
seguintes prerrogativas: (a) direito ao processo (garantia de acesso ao
Poder Judici‡rio); (b) direito ˆ cita•‹o e ao conhecimento prŽvio do teor
da acusa•‹o; (c) direito a um julgamento pœblico e cŽlere, sem dila•›es
indevidas; (d) direito ao contradit—rio e ˆ plenitude de defesa (direito ˆ
autodefesa e ˆ defesa tŽcnica); (e) direito de n‹o ser processado e julgado
com base em leis ex post facto; (f) direito ˆ igualdade entre as partes; (g)
direito de n‹o ser processado com fundamento em provas revestidas de
ilicitude; (h) direito ao benef’cio da gratuidade; (i) direito ˆ observ‰ncia
do princ’pio do juiz natural; (j) direito ao sil•ncio (privilŽgio contra a
autoincrimina•‹o); (l) direito ˆ prova; e (m) direito de presen•a e de
"participa•‹o ativa" nos atos de interrogat—rio judicial dos demais
litisconsortes penais passivos, quando existentesÓ139.
47.2.! Òo princ’pio da proporcionalidade visa a inibir e a neutralizar o abuso do
Poder Pœblico no exerc’cio das fun•›es que lhe s‹o inerentes,
notadamente no desempenho de atividade de car‡ter legislativo e
regulamentar. Dentro dessa perspectiva, o postulado em quest‹o,
enquanto categoria fundamental de limita•‹o dos excessos emanados do
Estado, atua como verdadeiro par‰metro de aferi•‹o da pr—pria
constitucionalidade material dos atos estataisÓ140.
48.! Garantias do contradit—rio e da ampla defesa (art. 5¼, LV): atentar para a)
conceito de contradit—rio; b) conceito de ampla defesa; c) o fato de tais garantias
serem corol‡rios do princ’pio do devido processo legal; Precedentes importantes:
48.1.! ÒNos processos perante o TCU asseguram-se o contradit—rio e a ampla
defesa quando da decis‹o puder resultar anula•‹o ou revoga•‹o de ato
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a aprecia•‹o da
legalidade do ato de concess‹o inicial de aposentadoria, reforma e
pens‹oÓ141.
48.2.! ÒA falta de defesa tŽcnica por advogado no processo administrativo
disciplinar n‹o ofende a Constitui•‹oÓ142.
48.3.! "ƒ direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, j‡ documentados em procedimento investigat—rio
139
STF Ð HC 94.016.
140
STF Ð MS 1320-9/DF.
141
STF Ð Sœmula Vinculante 3.
142
STF Ð Sœmula Vinculante 5.
49.! Veda•‹o ˆs provas il’citas (art. 5¼, LVI): atentar para a) o conceito de
provas ilegais, provas il’citas e provas ileg’timas; b) a compreens‹o da teoria dos
frutos da ‡rvore envenenada; e c) a inaplicabilidade das provas il’citas tanto em
processos judiciais, quanto em administrativos. Precedentes importantes (olhar
tambŽm os precedentes referentes ao art. 5¼, XII):
49.1.! Òƒ indubit‡vel que a prova il’cita, entre n—s, n‹o se reveste da necess‡ria
idoneidade jur’dica como meio de forma•‹o do convencimento do julgador,
raz‹o pela qual deve ser desprezada, ainda que em preju’zo da apura•‹o
da verdade, em prol do ideal maior de um processo justo, condizente com
o respeito devido a direitos e garantias fundamentais da pessoa humana,
valor que se sobreleva, em muito, ao que Ž representado pelo interesse
que tem a sociedade em uma eficaz repress‹o aos delitosÓ150.
49.2.! A simples presen•a de prova il’cita nos autos n‹o invalida,
necessariamente, todo o processo, se nele existirem outras provas, l’citas
e aut™nomas (obtidas sem necessidade dos elementos informativos
revelados pela prova il’cita)151.
49.3.! Òn‹o se aplica a Teoria da çrvore dos Frutos Envenenados quando a prova
considerada como il’cita Ž independente dos demais elementos de
143
STF Ð Sœmula Vinculante 14.
144
STF Ð Sœmula Vinculante 21.
145
STF Ð Sœmula Vinculante 28.
146
STF Ð Re 481.955 AgR.
147
STF Ð HC 82.354.
148
STF Ð RE 794.149 AgR.
149
STF Ð MS 28.417 AgR.
150
STF Ð A•‹o Penal 3073-DF.
151
STF Ð HC 76.231/RJ.
152
STJ Ð APR 20050810047450 DF.
153
STF Ð HC 70.277/MG.
154
STF Ð RE 583.937-GO.
155
STF Ð HC 80.949/RJ.
156
STF Ð RHC 135.683.
50.! Princ’pio da presun•‹o da inoc•ncia (art. 5¼, LVII): atentar para o princ’pio
do in dubio pro reo como decorr•ncia da presun•‹o da inoc•ncia. Precedentes
importantes:
50.1.! ÒA execu•‹o provis—ria de ac—rd‹o penal condenat—rio proferido em grau
de apela•‹o, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordin‡rio, n‹o
compromete o princ’pio constitucional da presun•‹o de inoc•nciaÓ158.
Assim, Ž poss’vel que o rŽu condenado em primeira e segunda inst‰ncias,
independentemente do tr‰nsito em julgado da decis‹o, j‡ pode ser
aprisionado para fins de execu•‹o provis—ria da pena159.
50.2.! No julgamento de matŽria criminal, havendo empate na vota•‹o, a decis‹o
beneficiar‡ o rŽu160.
50.3.! Òviola o princ’pio constitucional da presun•‹o de inoc•ncia, previsto no
art. 5¼, LXVII, da CF, a exclus‹o de candidato de concurso pœblico que
responde a inquŽrito ou a•‹o penal sem tr‰nsito em julgado da senten•a
condenat—riaÓ161.
50.4.! N‹o viola o princ’pio da presun•‹o da inoc•ncia a Lei da Ficha Limpa
considerar como ineleg’veis para determinados cargos eletivos os que
forem condenados por qualquer —rg‹o judicial colegiado, por crimes
previstos nessa Leis, mesmo que n‹o haja tr‰nsito em julgado da senten•a
condenat—ria162.
50.5.! O princ’pio da presun•‹o da inoc•ncia impede o lan•amento do nome do
rŽu no rol dos culpados antes do tr‰nsito em julgado da senten•a penal
condenat—ria163.
50.6.! O princ’pio da presun•‹o da inoc•ncia n‹o permite que Òprocessos penais
em curso, inquŽritos policiais em andamento ou atŽ mesmo condena•›es
criminais ainda sujeitas a recurso sejam considerados para caracterizar
maus antecedentes do rŽu, tampouco para justificar a exaspera•‹o da
pena ou denega•‹o de benef’cios que a pr—pria lei estabelece em favor
daqueles que sofrem uma condena•‹o criminalÓ164.
157
STF Ð HC 84.203.
158
STF Ð HC 126.292/SP.
159
STF Ð HC 126.292/SP.
160
STF Ð AP 470/MG.
161
STF Ð RE 559.135 AgR.
162
STF Ð ADC 29/DF.
163
STF Ð HC 69.696/SP.
164
STF Ð HC 97.665/RS apud PAULO, 2017, p. 186.
da lei (art. 129, I) e a possibilidade de a•‹o privada caso aquela n‹o seja
intentada no prazo legal (ou seja, quando h‡ inŽrcia do MinistŽrio Pœblico).
53.! Publicidade dos atos processuais (art. 5¼, LX): observar que a publicidade
dos atos processuais Ž a regra, s— podendo ser restringida por lei em raz‹o de
apenas duas exig•ncias: defesa da intimidade ou interesse social.
54.! Hip—teses constitucionais que possibilitam a pris‹o (art. 5¼, LXI e LXVI):
atentar a) para as hip—teses que dispensam ou n‹o ordem judicial; b) que
qualquer pessoa pode realizar pris‹o em flagrante delito; c) para a possibilidade
de pris‹o administrativa, sem necessidade de prŽvia autoriza•‹o judicial, durante
os estados de defesa e de s’tio (arts. 136, ¤ 1¼ e 139); d) para a impossibilidade
de pris‹o em flagrante do Presidentes da Repœblica (CF, art. 86, ¤ 3¼); e) que os
congressistas e deputados estaduais s— poder‹o ser presos no caso de flagrante
de crime inafian•‡vel (CF, art. 53, ¤ 2¼ c/c art. 27, ¤ 1¼).
55.! Demais direitos dos presos e de acusados (art. 5¼, LXII a LXV): atentar a)
que os dispositivos possuem o objetivo de evitar arbitrariedades e abusos por
parte da autoridade policial de de seus agentes; b) que o direito ˆ n‹o
autoincrimina•‹o (direito de permanecer em sil•ncio e de n‹o produzir provas
contra si mesmo) abrange qualquer pessoa, mesmo n‹o presa, que, na condi•‹o
de indiciada ou de acusado, presta depoimento perante —rg‹os de quaisquer dos
Poderes. Precedentes importantes:
55.1.! ÒS— Ž l’cito o uso de algemas em casos de resist•ncia e de fundado receio
de fuga ou de perigo ˆ integridade f’sica pr—pria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e
de nulidade da pris‹o ou do ato processual a que se refere, sem preju’zo
da responsabilidade civil do EstadoÓ165.
55.2.! Inclui-se no direito de permanecer em sil•ncio a prerrogativa processual
de o acusado negar, ainda que falsamente, perante a autoridade policial ou
judici‡ria, a pr‡tica da infra•‹o penal166.
55.3.! ÒQualquer pessoa que sofra investiga•›es penais, policiais ou
parlamentares, ostentando, ou n‹o, a condi•‹o formal de indiciado - ainda
que convocada como testemunha (RTJ 163/626 -RTJ 176/805-806) -,
possui, dentre as v‡rias prerrogativas que lhe s‹o constitucionalmente
asseguradas, o direito de permanecer em sil•ncio e de n‹o produzir provas
contra si pr—pria, consoante reconhece a jurisprud•ncia do Supremo
Tribunal Federal (RTJ 141/512, Rel. Min. CELSO DE MELLO).Esse direito,
na realidade, Ž plenamente opon’vel ao Estado, a qualquer de seus
Poderes e aos seus respectivos agentes e —rg‹osÓ167.
56.! Pris‹o civil por d’vida (art. 5¼, LXVII): atentar a) que apesar de a CF
autorizar a pris‹o civil por d’vida do deposit‡rio infiel, esta n‹o Ž mais aplic‡vel no
ordenamento jur’dico brasileiro em raz‹o da ratifica•‹o, pelo Brasil, do Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Pol’ticos e da Conven•‹o Americana sobre
Direito humanos Ð Pacto de San JosŽ da Costa Rica Ð observar que n‹o houve
165
STF Ð Sœmula Vinculante 11.
166
STF Ð HC 68929.
167
STJ Ð HC 303915 MS.
57.! Assit•ncia jur’dica integral e gratuita (art. 5¼, LXXIV): observar a) que tal
direito s— Ž conferido aos que comprovarem insufici•ncia de recursos; b) que cabe
ˆ Defensoria Pœblica a presta•‹o da assist•ncia jur’dica integral e gratuita (art.
134). Precedentes importantes:
57.1.! O Estado Ž obrigado ao custeio do exame de DNA em favor dos
hipossuficientes, viabilizando o efetivo exerc’cio do direito ˆ assist•ncia
judici‡ria gratuita169.
57.2.! ÒO benefici‡rio da justi•a gratuita, que sucumbe Ž condenado ao
pagamento de custas, que, entretanto, s— lhe ser‹o exigidas, se atŽ cinco
anos contados da decis‹o final, puder satisfaz•-las sem preju’zo do
sustento pr—prio ou da fam’liaÓ170.
57.3.! ÒAo contr‡rio do que ocorre relativamente ˆs pessoas naturais, n‹o basta
a pessoa jur’dica asseverar a insufici•ncia de recursos, devendo
comprovar, isto sim, o fato de se encontrar em situa•‹o inviabilizadora da
assun•‹o dos ™nus decorrentes do ingresso em ju’zoÓ171.
58.! Indeniza•‹o por erro judici‡rio e por manuten•‹o da pris‹o por tempo
superior ao fixado na senten•a (art. 5¼, LXXV): atentar a) que, como regra, a
responsabilidade civil do Estado ocorre no exerc’cio da Administra•‹o Pœblica (de
qualquer dos Poderes), ao contr‡rio das atividades legislativa e jurisdicional, em
que a regra Ž a inexist•ncia de responsabilidade civil do Estado; b) que o erro
judici‡rio aludido diz respeito unicamente ˆ esfera penal; e c) que a
responsabilidade do Estado por manuten•‹o da pris‹o por tempo superior ao
fixado na senten•a n‹o decorre de ato jurisdicional, mas sim de falha na atua•‹o
administrativa
59.! Gratuidade do Registro Civil de Nascimento e da Certid‹o de îbito (art. 5¼,
LXXVI): atentar a) que tal direito s— foi constitucionalmente conferido aos
hipossuficientes, na forma da lei; b) que a lei pode estender esse direito a outros
cidad‹os (n‹o somente pobres); e c) que tal direito s— abrange as certid›es de
nascimento e —bito (e n‹o de casamento, por exemplo). Precedentes importantes:
59.1.! ƒ v‡lida previs‹o legal que estabelece gratuidade do registro do
nascimento, do assento de —bito, bem como da primeira certid‹o
respectiva a todos os cidad‹os (e n‹o s— aos pobres)172.
168
STF Ð Sœmula Vinculante 25.
169
STF Ð ADI 3.394.
170
STF Ð RE 184.841-3 DF.
171
STF Ð Rcl 1.905 ED-AgR.
172
STF Ð ADC 5.
60.! Princ’pio da celeridade processual (art. 5¼, LXXVIII): observar que tal
princ’pio a) Ž aplic‡vel tanto aos processos judiciais, quanto aos administrativos;
b) busca evitar dila•›es indevidas e demoras excessivas na resolu•‹o de lit’gios
por parte do Estado.
RemŽdios Constitucionais
1.! RemŽdios constitucionais (art. 5¼, incisos LXVIII, LXIX, LXX, LXXI, LXXII,
LXXIII e LXXVII) - observar, para cada um deles:
a) sua finalidade e o bem jur’dico tutelado;
b) seus legitimados ativos e passivos;
c) sua natureza (se c’vel ou penal);
d) se Ž isento de custas;
e) se Ž poss’vel medida liminar;
f) se possui car‡ter preventivo e/ou repressivo;
g) a compet•ncia para seu julgamento;
h) se h‡ necessidade de advogado para impetra•‹o;
i) as situa•›es em que Ž incab’vel;
j) o papel do MinistŽrio Pœblico na a•‹o;
k) se h‡ prazo decadencial ou prescricional.
173
STF Ð AI 573623 QO/RJ.
174
STF Ð HC 69.172-2/RJ.
175
STF Ð HC 69.421/SP.
176
STF Ð HC 68.397-5/DF.
177
STF Ð HC 111.498/SP.
178
STF Ð HC 84.716/MG.
179
STF Ð HC 92.921/BA.
180
STF Ð HC 10.959/DF.
181
STF Ð HC 100.664/DF.
182
STF Ð HC 70.648/RJ.
183
STF Ð Sœmula 693.
184
STF Ð Sœmula 694.
3.! Mandados de seguran•a individual e coletivo (art. 5¼, incisos LXIX e LXX) Ð
atentar:
a) que o mandado de seguran•a possui car‡ter residual e Ž cab’vel tanto
contra atos vinculados (ÒilegalidadeÓ), quanto contra atos discricion‡rios
(Òabuso de poderÓ);
b) que o direito violado deve ser l’quido e certo;
c) que a decis‹o concess—ria de medida cautelar est‡ sujeita ao reexame
necess‡rio;
d) que o mandado de seguran•a Ž o remŽdio constitucional que protege o
direito de certid‹o;
e) que no mandado de seguran•a coletivo, a exig•ncia de um ano de
constitui•‹o e funcionamento (al’nea ÒbÓ do inciso LXX) Ž aplic‡vel apenas ˆs
associa•›es;
f) que no mandado de seguran•a coletivo, os legitimados ativos atuam como
substitutos processuais, que n‹o precisam de autoriza•‹o expressa dos
titulares do direito para agir;
g) para a Lei 12.016/2009, com •nfase nos seguintes dispositivos: arts 1¼; 2¼;
3¼, caput; 5¼; 7¼, ¤ 2¼; 14, ¤ 1¼; 20, caput; 21; e 22. N‹o se preocupe em
memorizar eventuais prazos estipulados na lei (exceto os prescricionais ou
decadenciais).
h) para os seguintes precedentes importantes:
3.1.! ÒControvŽrsia sobre matŽria de direito n‹o impede concess‹o de mandado
de seguran•aÓ187.
3.2.! Òƒ constitucional lei que fixa o prazo de decad•ncia para a impetra•‹o de
mandado de seguran•aÓ188.
3.3.! ÒA exist•ncia de recurso administrativo com efeito suspensivo n‹o impede
o uso do mandado de seguran•a contra omiss‹o da autoridadeÓ189.
3.4.! ÒN‹o cabe mandado de seguran•a contra decis‹o judicial com tr‰nsito em
julgadoÓ190.
3.5.! ÒN‹o cabe mandado de seguran•a contra lei em teseÓ191.
3.6.! ÒPraticado o ato por autoridade, no exerc’cio de compet•ncia delegada,
185
STF Ð Sœmula 695.
186
STF Ð Sœmula 692.
187
STF Ð Sœmula 625.
188
STF Ð Sœmula 632.
189
STF Ð Sœmula 429.
190
STF Ð Sœmula 268.
191
STF Ð Sœmula 266.
200
STF Ð MI-MC 4.060/DF.
201
Lei 13.300/2016, art. 12, par‡grafo œnico.
202
Lei 9.507/1997, art. 8¼.
203
STF Ð RE 673.707/MG.
204
STF Ð HD 90-AgR.
QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
A seguir, apresentamos um question‡rio por meio do qual Ž poss’vel realizar uma
revis‹o dos principais pontos da matŽria. Faremos isso para todos os t—picos do
edital, um pouquinho a cada relat—rio!
ƒ poss’vel utilizar o question‡rio de revis‹o de diversas maneiras. O leitor pode, por
exemplo:
1.! ler cada pergunta e realizar uma autoexplica•‹o mental da resposta;
2.! ler as perguntas e respostas em sequ•ncia, para realizar uma revis‹o mais r‡pida;
3.! eleger algumas perguntas para respond•-las de maneira discursiva.
205
STF Ð ARE 824781.
206
STF Ð AO 672-DF.
RemŽdios Constitucionais
Os Territ—rios n‹o s‹o entes federativos Ð inclusive perceba que n‹o est‹o
inclu’dos nem no caput do art. 1¡, nem no caput do art. 18 Ð mas t‹o
somente parte integrante da Uni‹o, consoante ¤ 2¡ do art. 18 da CF:
¤ 2¼ - Os Territ—rios Federais integram a Uni‹o, e sua cria•‹o,
transforma•‹o em Estado ou reintegra•‹o ao Estado de origem ser‹o
reguladas em lei complementar.
b)! Os entes federativos n‹o possuem soberania, mas sim autonomia. Quem
possui soberania Ž somente a Repœblica Federativa do Brasil!
A soberania Ž caracterizada pela supremacia do Estado sobre os indiv’duos
que formam sua popula•‹o e pela independ•ncia em rela•‹o aos demais
Estados (igualdade, no plano internacional, entre os Estados). J‡ a
207
Paulo, Vicente. 2017, p. 281.
efetiva realiza•‹o, em raz‹o da escassez dos recursos pœblicos. Por sua vez, o
m’nimo existencial Ž o conjunto de direitos fundamentais que conferem
condi•›es m’nimas de exist•ncia, sem os quais a dignidade da pessoa humana
restaria afrontada.
O STF entende que n‹o Ž poss’vel a opor a reserva do poss’vel frente ao
m’nimo existencial, sob pena de afronta ˆ dignidade da pessoa humana208.
7)! O que significa dizer que Òos poderes s‹o independentes e harm™nicos
entre siÓ?
O princ’pio da independ•ncia e harmonia entre os poderes preceitua que,
apesar de separados e independentes, os poderes devem cooperar entre si de
forma harm™nica. Assim, por exemplo, a independ•ncia dos Poderes n‹o
impede que o Poder Judici‡rio analise a legalidade e constitucionalidade dos
atos dos tr•s Poderes, e, em vislumbrando m‡cula no ato impugnado, afaste
sua aplica•‹o209.
ƒ importante lembrar que o Poder estatal Ž uno e indivis’vel. O art. 2¼ da CF
apenas consagra a divis‹o desse Poder Pol’tico nas tr•s fun•›es estatais
classicamente distingu’veis: a fun•‹o legislativa (ou Poder Legislativo, ou
Parlamento), a fun•‹o executiva (ou fun•‹o administrativa, ou Administra•‹o,
ou Poder Executivo) e a fun•‹o judici‡ria (ou Poder Judici‡rio).
Aprofundando um pouco esse ponto, a separa•‹o dos poderes Ž de tal
import‰ncia para o bom funcionamento do Estado que foi gravada como
cl‡usula pŽtrea na CF, art. 60, ¤4¼, inciso III:
¤ 4¼ N‹o ser‡ objeto de delibera•‹o a proposta de emenda tendente a
abolir:
(...)
III - a separa•‹o dos Poderes;
208
ARE 639.337 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 23 8 2011, 2» T, DJE de 15 9 2011.
209
STF, AI 640.272-AgR.
Administrar
Poder (governo + mera Legislar e Julgar (sem
Executivo fun•‹o jurisdi•‹o)
administrativa)
210
STF Ð ADPF 187.
...
Grande abra•o e bons estudos!
Tœlio Lages
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individuais.
26.(Cespe/2004/TRT 10/AJOJ) Acerca do direito constitucional, julgue o item a
seguir.
A garantia constitucional da inviolabilidade do domic’lio abrange apenas im—veis de
uso precipuamente residencial.
27.(Cespe/2004/TRT 10/AJOJ) Acerca do direito constitucional, julgue o item a
seguir.
Por for•a do texto constitucional, mandados judiciais que envolvam a pris‹o de
pessoas somente podem ser cumpridos durante o dia.
28.(Cespe/2013/STF/AJAJ) Com rela•‹o ao tratamento constitucional dos direitos
e garantias fundamentais, julgue o item subsequente.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), Ž direito do defensor, no interesse
do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, j‡ documentados em
procedimento investigat—rio realizado por —rg‹o com compet•ncia de pol’cia judici‡ria,
digam respeito ao exerc’cio do direito de defesa.
4. E 5. C 6.E
28.C
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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constitucional para concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; S‹o Paulo: MƒTODO,
2013.
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BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constitui•‹o e o Supremo. 5. ed. Bras’lia:
STF, Secretaria de Documenta•‹o, 2016.
CARVALHO FILHO, JosŽ dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. S‹o
Paulo: Atlas, 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte:
F—rum, 2016.
JUSTEN FILHO, Mar•al. Curso de direito administrativo. 10. ed. S‹o Paulo: Revista
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LIMA, Gustavo Augusto F. de. Ag•ncias reguladoras e o poder normativo. 1. ed. S‹o
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LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. S‹o Paulo: Saraiva,
2016.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. S‹o Paulo:
Malheiros, 2014.