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Título: Epistemologia

Autor: Gaston Bachelard

2ª edição

Epistemologia

De origem humilde, Gaston Bachelard nasceu na França, em Bar-sur-Aube no


dia 27 de junho de 1884 . Formou-se tarde, tornando-se professor de física em
sua cidade natal. De 1930 em diante, ensinou na Universidade de Dijon.
Publicara, dois anos antes, seu primeiro livro, Ensaio sobre o conhecimento
aproximado. A partir de 1940, Bachelard lecionou na Sorbonne, de onde só se
afastou em 1954. Ingressou na Academia das Ciências Morais e Políticas em
1955 e recebeu, em 1961, o Prêmio Nacional das Letras. Foi um filósofo e poeta
francês, com seus principais pensamentos voltados a filosofia da ciência, a
epistemologia, a filosofia da criação artística, a educação e a filosofia da
psicanálise. Faleceu em Paris, 16 de outubro de 1962.

Com base na crença empírica, o cientista do século XIX achava a evidência na


clareza de nossas intuições e, dessa forma, Ciência e Filosofia falavam a
mesma linguagem. No entanto, a partir dos estudos da Física contemporânea,
não seria mais o objeto a nos instruir diretamente, pois o nosso contato imediato
com o real só valeria como um dado confuso e provisório, que exige
classificação. Assim, apenas a reflexão permitiria uma perspectiva racional de
experiências.

Para que tal reflexão fosse eficiente, seria necessário distinguir o conhecimento
científico do conhecimento vulgar, e as ciências físicas e químicas rompiam
nitidamente com esse último. A partir de técnicas indireitas, que não existem na
natureza, o homem cria uma técnica que obedece ao rigor científico, e a partir
dela consegue-se dados e resultados.

Ao confrontar-se com um problema, deve-se criar uma problemática, na qual a


reflexão deve tentar compreender o que não se havia compreendido, de modo
que se reconhece suas falhas históricas. Na análise, a razão deve obedecer à
ciência, mais evoluída e em evolução, de modo que o espírito científico se funda
em trabalhar sobre o desconhecido, procurando no real o que contradiz
conhecimento anteriores.

O objeto imediato, aquele que a partir do conhecimento sensível determina uma


falsa direção e busca a satisfação íntima, não é evidência racional. Ao romper
com esse objeto e ter eliminado os pensamentos que nasçam da primeira
observação, o estímulo passa a ser mais importante que a reação, e desse
modo, a objetividade científica se torna possível e desmente o primeiro contato
com o objeto.

Tal objetividade se expõe a uma escala de precisão, em que quanto mais


rigorosa, mais atuante são as funções importantes da racionalização do objeto,
que é a junção entre o conhecimento objetivo e o conhecimento racional. Para
que essa precisão científica aumente, é necessário que o método caracterize o
rigor, de forma que o racionalismo seja uma filosofia que prossegue.

A partir da criação de uma problemática, o objeto passa a ser interessante, ou


seja, um objeto para o qual não se acabou a objetivação e que não remete
apenas a um passado de conhecimento embutido em um nome, dessa forma,
esse objeto passa a ser um objeto a conhecer e assim, suscetível de transformar
o método de conhecer. Assim se forma o conhecimento progressivo, no qual o
método antes de se tornar rigoroso, cria-se uma dúvida espeficiada pelo objeto a
conhecer.

Desse modo, métodos são sempre reorganizados e criam-se outros novos e


diferentes, o que é extremamente importante para o conhecimento, uma vez
que esse é baseado na constante esperança no fracasso do método atual, afinal
o fracasso é o fato e a ideia nova. Ou seja, para o cientista o método nunca deve
ser uma rotina.

Além de novos métodos, a especialização das disciplinas também é uma


realidade fundamental. Para que esta seja feita, o espírito deve se abrir para
todos os lados, ou seja, para um vasto mundo com uma cultura científica geral.
Ou seja, em ciência as visões especializadas são garantias de visões amplas.

No entanto, para englobar esse novos métodos e especializações, é necessário


estudar as condições de aplicação desses conceitos e incorporar as condições
de aplicação dessa formulação no próprio sentido do conceito. Para que isso
aconteceça, é preciso agrupar aproximações sucessivas bem ordenadas, em
aperfeiçoamento, para realizar as condições de aplicação que a realidade não
reunia, ou seja, uma técnica de realização, que vai além do natural.

O autor descreve, de modo objetivo e completo, o conhecimento contemporâneo


com base numa visão epistemológica. Gaston Bachelard foca na filosofia da
ciência e do conhecimento, a partir da interessante interpretação histórica de um
"mundo desconhecido". O escritor trata de conceitos importantes como os
diversos tipos de conhecimento, a diferença entre os tipos de objeto, o fato
científico, a objetividade científica, a problemática e o espírito científico. Desse
modo, por se tratar de um livro com conceitos específicos, a obra é
recomendada para estudiosos e/ou interessados da área da filosofia e afins.

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