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CONTABILIDADE PARA
NÃO CONTADORES
INSTRUTOR:
SUMÁRIO
1. Introdução 3
2. Relatórios Contábeis 5
3. Patrimônio 6
3.1 Balanço Patrimonial 6
4. Demonstração de Resultado do Exercício 13
5. Plano de Contas 21
6. Livros Contábeis 29
7. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 31
8. Demonstração o Valor Adicionado 32
9. Demonstração do Fluxo de Caixa 33
10. Introdução a Análise de Balanço 37
11. Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultado do Exercício 40
12. Exercício de Fixação 41
13. Bibliografia 43
1. INTRODUÇÃO
Contábeis,
encerrar escrituração
Balanço, sendode
quelivros Razão,
a ênfase Diário,é ou
principal fechar balancetes
a interpretação e apurar Resultado
dos Relatórios Contábeis e
conhecendo como funciona o Ciclo Contábil.
“Ensinar o processo contábil para aquele que não vai exercer a Contabilidade é a mesma coisa
que ensinar mecânica de um carro para quem quer apenas dirigir o carro e não quer ser
mecânico.”
Freqüentemente estamos tomando decisões mais ou menos importantes. Algumas requerem
um cuidado maior, uma análise mais profunda sobre os dados disponíveis, sobre os critérios
racionais, pois uma decisão importante, mal tomada, pode prejudicar toda sua vida.
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões, ela
coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e
sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira
para a tomada de decisões.
Várias empresas, principalmente as pequenas, têm falido ou enfrentam sérios problemas de
sobrevivência, os empresários que criticam a carga tributária, os juros, etc., fatores que sem
dúvida contribuem para debilitar a empresa, entretanto, descendo a fundo, verifica-se que a
má gerência é o grande fator de fracasso. Empresas sem respaldo e informações confiáveis,
utilizando uma contabilidade irreal, distorcida, em conseqüência de ter sido elaborada
exclusivamente para atender às exigências fiscais.
Objetivos da Contabilidade
Usuários da Contabilidade
Para os usuários internos da entidade, interessam informações expressas nos relatórios para
tomar decisões.
Os usuários externos procuram extrair informações para sua decisão sobre se vale à pena ou
não investir em uma empresa, no caso de compradores de ações; bancos e emprestadores de
dinheiro estão interessados em avaliar se a entidade oferece boas perspectivas de retorno para
seus empréstimos e financiamentos; o governo, em seus vários níveis, está interessado na
informação contábil como base de imposição fiscal e para estudos macroeconômicos; os
empregados da entidade procuram informações sobre a capacidade da entidade em pagar
maiores salários
agregações e benefícios;
contábeis macroeconomistas
para extrair e analistas
agregados financeiros financeiros
(vendas estão
por setor, interessados
liquidez nas
etc.), mas
ninguém estará tão o interessado quanto o tomador de decisão interno à entidade. Para ele, a
informação estruturada, fidedigna, tempestiva e completa pode ser a diferença entre o sucesso
e o fracasso.
A informação contábil precisa ser compreensiva, isto é, completa, e retratar todos os aspectos
contábeis de determinada operação ou conjunto de eventos ou operações.
A fim de ser útil, a informação precisa ser relevante para as necessidades de tomada de
decisões dos usuários. A informação possui a qualidade da relevância quando ela influencia as
decisões econômicas dos usuários ajudando-os a avaliar os eventos passados, presentes e
futuros ou confirmando ou corrigindo suas avaliações passadas.
Os usuários precisam ter condições de comparar as demonstrações contábeis de uma
entidade através dos anos a fim de identificar tendências em sua situação patrimonial e
financeira e em seu desempenho. Ter condições de comparar as demonstrações contábeis de
diferentes entidades a fim de avaliar sua situação patrimonial e financeira em termos
comparativos, seu desempenho e as mudanças na situação financeira.
Pode-se afirmar que relevância, principalmente, é afetada pela tempestividade, no sentido de
que muito pouco adianta ter informação relevante e fidedigna se ela “passou do ponto”, ou
melhor, da hora.
2. RELATÓRIOS CONTÁBEIS
Ao fim de cada exercício social (ano), a diretoria fará elaborar, com base na escrituração
contábil, as seguintes demonstrações financeiras (ou contábeis):
As Demonstrações Financeiras de cada exercício devem ser publicadas com a indicação dos
valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. Poderão ser publicadas
adotando-se como expressão monetária o “milhar” de real (cancelando os três últimos
dígitos).
3. PATRIMÔNIO
3.1.1 Ativo
São todos os bens e direitos de propriedade da empresa, avaliáveis em dinheiro, que
representam benefícios presentes ou futuros para a empresa.
Bens: Máquinas, terrenos, estoques, dinheiro (moeda), ferramentas, veículos, instalações etc.
Os bens podem ser divididos em tangíveis (quando tem corpo, matéria) e intangíveis –
incorpóreos (marca, ponto comercial etc.)
Direitos: Contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, depósitos em contas
bancárias, etc.
1. Bens e direitos;
2. De propriedade da empresa;
3. Mensurável monetariamente;
4. Benefícios presentes ou futuros.
Dinheiro é o ativo por excelência. Temporariamente, nos contentamos em ter ativos sob outra
forma, a fim de, no futuro, termos mais dinheiro, que é, em última análise, o que interessa aos
acionistas.
Passivo Exigível: Evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros:
contas a pagar, fornecedores de matéria-prima (a prazo), imposto a pagar, financiamentos,
empréstimos etc.
O Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer será exigida
a sua liquidação.
resultante da que
proprietários atividade operacional
investiram da entidade,
na empresa obviamente,
(remuneração pertence,
ao capital em última análise, aos
investido).
Do Lucro em determinado período pela atividade empresarial, normalmente, uma parte é
distribuída para os donos do capital (dividendos) e outra parte é reinvestida no negócio.
Origens e aplicações
O lado do Passivo, tanto Capital de Terceiros (Passivo Circulante e Não Circulante) como
Capital Próprio (Patrimônio Líquido), representa toda fonte de recursos, toda a srcem de
capital. Nenhum recurso entra na empresa se não for via Passivo ou Patrimônio Líquido.
O lado do Ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos srcinados no Passivo e
Patrimônio Líquido.
Dessa forma, fica simples entender por que o Ativo será sempre igual ao Passivo +
Patrimônio Líquido (PL), pois a empresa somente pode aplicar aquilo que tem srcem.
Conclui-se que: Ativo=Passivo+Patrimônio Líquido.
Dessa forma , obtém-se a Equação Contábil Básica, que algebricamente, definimos:
Conta
É o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos, obrigações e Patrimônio
Líquido) e aos elementos de Resultado (receitas e despesas). Todos os acontecimentos que
ocorrem na empresa, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos, são
registrados em livros próprios através das contas.
Para representar o dinheiro disponível na empresa e sua movimentação, usamos a conta com o
nome de Caixa e/ou Bancos, para representar os direitos a receber de clientes, usamos a conta
com o título Clientes ou Duplicatas a Receber, para representar a obrigação que a empresa
possui junto a fornecedor, usamos a conta com o título Fornecedores ou Duplicatas a Pagar.
No Passivo temos contas que se pagam rapidamente e contas que vão demorar muito tempo
para do
caso se pagar. Conseqüentemente,
Patrimônio o terceiro
Líquido, enquanto grupo
a empresa seráem
estiver de um
contas que não
processo serão pagas. É
de continuidade, nãoo
precisa pagar seus donos.
No Ativo, o que recebemos rapidamente está em primeiro lugar, depois, vem o que vamos
demorar em receber. Nesta seqüência, em terceiro lugar, vem o grupo dos itens que a empresa
não receberá, pois não estão a venda, mas destinados ao uso e à renda. Esses itens
permanecem muito tempo dentro da empresa.
Os itens do Ativo são agrupados de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em
dinheiro.
Ativo Circulante
O dinheiro (Caixa ou Bancos), que é o item mais líquido, é agrupado com outros itens que
serão transformados em dinheiro, consumidos ou vendidos a curto prazo, ou seja, dentro de
um ano: Contas a Receber, Investimentos Temporários, Estoques. Este grupo denomina-se
Ativo Circulante
Caixa e Equivalente de Caixa : Valores a disposição em caixa e bancos para uso de
imediato.
Contas a Receber: são valores ainda não recebidos decorrentes de vendas de
mercadorias ou prestação de serviços a prazo. São valores a receber de clientes,
também denominados duplicatas a receber.
Estoques: são mercadorias a serem revendidas. No caso de indústria, são os produtos
acabados, bem como matéria-prima e outros materiais secundários que compõem o
produto em fabricação.
Investimento Temporário: são aplicações realizadas normalmente no mercado
financeiro com excedente de caixa. São investimentos por um curto período, pois, tão
Prof. Paulo Henrique Felicioni – e-mail:gumz@gumz.com.br - Fone: (47) 3371-4747
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Contas a Receber: a parcela estimada pela empresa que não será recebida em
decorrência dos maus pagadores deve ser subtraída de Contas a Receber, com o título
Ajuste para Devedores Duvidosos.
Duplicatas Descontadas
São os ativos de menor liquidez, transformando-se em dinheiro mais lentamente que o Ativo
Circulante.
Neste item, são classificados os empréstimos ou adiantamentos concedidos às sociedades
coligadas ou controladas, a diretores, acionistas etc. Além dos Títulos a Receber no Longo
Prazo.
São aqueles ativos que dificilmente serão vendidos, pois sua característica básica é não se
destinarem à venda. São itens usados por vários anos e sua reposição, ao contrário do
Circulante, é lenta. Seus valores não variam constantemente.
Nestes grupos de contas encontram-se prédios, instalações, equipamentos, móveis,
utensílios....., pelo seu valor bruto. Como dedução do valor bruto encontra-se a Depreciação
Acumulada que é a perda da capacidade pelo desgaste ou pela deterioração tecnológica
daqueles ativos de produzirem eficientemente. São os grupos:
Há uma analogia com o Ativo em termos de liquidez decrescente, só que naquele caso (Ativo)
aparecerão as contas que se converterão mais rapidamente em dinheiro e, por outro lado, no
Passivo serão destacadas, prioritariamente, as contas que deverão ser pagas mais rapidamente.
Passivo Circulante
São as obrigações que normalmente são pagas dentro de um ano (Curto Prazo): Contas a
Pagar, Dívidas com Fornecedores de Mercadorias ou Matérias-primas, os Impostos a
Recolher, os Empréstimos Bancários com vencimento nos próximos 360 dias, as despesas
geradas, ainda não pagas, mas já reconhecidas pela empresa: Imposto de Renda, Férias, 13
Salário, Salários a Pagar, Encargos Sociais a Pagar etc.
São as dívidas da empresa que serão liquidadas com prazo superior a um ano: Financiamentos
bancários, Títulos a Pagar, parcelamentos de tributos etc.
O Patrimônio Líquido está assim dividido: capital social, reservas de capital, ajustes de
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados.
Capital Social – Compreende o Investimento Inicial dos sócios ou Acionistas, bem como os
aumentos posteriores, realizados mediante a alteração do instrumento constitutivo (Contrato
Social ou Estatuto), podendo ser aumentado por novas subscrições de ações ou através da
incorporação de reservas e lucros.
Reservas de Capital - São de modo geral, encontradas nas sociedades por ações, tais como:
- Ágio por Subscrição de Ações: Decorrente da emissão de ações oferecidas aos
subscritores a um preço superior ao seu valor nominal ou ao seu valor patrimonial, isto
quando se tratar de ações de valor nominal.
- Produto de Alienação de partes Beneficiárias: São títulos negociáveis, sem valor
nominal e estranhos ao Capital Social, que conferem aos seus titulares direito de
credito eventual contra a Companhia, consistente na participação dos lucros anuais.
- Bônus de Subscrição: São Títulos negociáveis emitidos pela Companhia dentro do
limite de aumento de Capitais, autorizado nos estatutos, que conferem aos seus
titulares o direito de subscrever ações do Capital Social, que será exercido mediante a
apresentação do titulo a Companhia e pagamento do preço de emissão de ações.
Ajustes de Avaliação
em obediência Patrimonial
ao regime - enquanto
de competência, não computadas
as contrapartidas no resultado
de aumentos do exercício
ou diminuições
de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a
valor justo, nos casos previstos em Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de
Valores Mobiliários.
constituição
total ou em que
ou parcialmente ocorrer
deverá a perda, isto
ser revertida é, na eeventualidade
em lucro distribuída aosdesócios.
não ser utilizada
- Reserva de Lucros: A Assembléia Geral, por propostas dos órgãos de administração
poderá deliberar reter parcela do lucro liquido do exercício previsto em orçamento de
capital por ela previamente aprovado. O orçamento poderá ter a duração de até cinco
anos, salvo casos de aplicação, por prazo maior, em projeto de investimentos.
- Reservas de Lucros a Realizar: A Assembléia Geral, por proposta dos órgãos de
administração poderá, no exercício em que os lucros a realizar ultrapassarem o total
das reservas legal estatuarias, para contingências e retenção de lucros, destinar o
excesso à constituição de Reservas de Lucros: esta reserva, como a retenção de lucros,
não poderá ser aprovada em prejuízo da distribuição dos dividendos obrigatórios.
Respectivos saldos de lucros acumulados precisam ser totalmente destinados por proposta da
administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembléia geral ordinária.
Observe-se que a obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às
sociedades por ações.
Essa conta continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o
resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios
anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas
de lucros.
Desta forma, para as sociedades por ações, o saldo respectivo deverá ser composto apenas
pelos eventuais prejuízos acumulados (saldo devedor), não absorvidos pelas demais reservas.
Imobilizado
São itens de natureza permanente que serão
utilizados para a manutenção da atividade
básica da empresa.
Intangível:
São valores que representam bens
incorpóreos.
10. Descontinuadas;
Lucro ou Prejuízo Líquido do Período.
a) Receita Líquida
Receita Bruta
(-) Deduções
Receita Líquida
A Receita Bruta é o total bruto vendido no período. Nela estão inclusos os impostos sobre
vendas (os quais pertencem ao governo) e dela não foram subtraídas as devoluções (vendas
canceladas) e os abatimentos (descontos) ocorridos no período.
Impostos e contribuições esobre vendassão aqueles gerados no momento da venda; variam
proporcionalmente à venda, ou seja, quanto maior for o total de vendas, maior será o imposto.
São os mais comuns:
Admita-se que uma empresa, indústria, tenha emitido uma nota fiscal de venda cujo preço do
produto seja de $ 10.000.000 mais 30% de IPI. O ICMS está incluso no preço do produto
(aparece no rodapé da Nota Fiscal):
+ IPI Total
Preço 3.000.000
13.000.000
ICMS incluso no preço 18% x ..................
$ 10.000.000 = 1.800.000
DRE
Receita Bruta $ 13.000.000
(-) Deduções IPI $ (3.000.000)
ICMS $ (1.800.000)
Receita Líquida $ 8.200.000
DRE
Receita Bruta $ 5.000.000
(-) Deduções
Devolução $ (500.000)
Abatimentos $ (250.000)
Receita Líquida $ 4.250.000
Portanto, deduções são ajustes (e não despesas) realizados sobre a Receita Bruta para se
apurar a Receita Líquida . O que interessa para a empresa é efetivamente a Receita Líquida,
queesforço
ou é o quepara
sobra ematermos
obter receita.de receita. Ajuste significa que não houve sacrifício financeiro
b) Lucro Bruto
Receita Bruta
(-) Deduções_______
Receita Líquida
(-) Custo das Vendas_
Lucro Bruto
A expressão custo das vendas é bastante genérica, devendo, por essa razão, ser especificada
por setor na economia:
É importante ressaltar que só aparece aqui o custo referente aos bens ou serviços vendidos.
Dessa forma, existe o chamado confronto, ou seja, a associação entre o bem vendido e o
quanto custou aquele bem.
Receita Bruta
(-) Deduções__________
Receita Líquida
(-) Custo das Vendas____
Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras
Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras é obtido através da diferença entre o
Lucro Bruto e as despesas operacionais.
Despesas operacionais
Despesas de vendas: Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao
consumidor (comercialização e distribuição). São despesas com o pessoal da área de venda,
comissões sobre vendas, propaganda e publicidade, marketing, estimativa de perdas com
duplicatas derivadas de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos) etc.
Despesas administrativas: São aquelas necessárias para administrar (dirigir) a empresa. De
maneira geral, são gastos nos escritórios que visam à direção ou à gestão da empresa. Pode-se
citar como exemplos: honorários administrativos, salários e encargos sociais do pessoal
administrativo, aluguéis de escritório, materiais de escritório, seguro de escritório,
depreciação de moveis e utensílios, assinaturas de jornais etc.
Receita Bruta
(-) Deduções__________
Receita Líquida
(-) Custo das Vendas____
Lucro Bruto
(-) Despesas
Resultado antesOperacionais
das Receitas e Despesas Financeiras
(-/+)Receitas e Despesas Financeiras
Resultado antes dos Tributos s/Lucros
Resultado antes dos Tributos sobre lucros é obtido através da diferença entre o Resultado
antes das Receitas e Despesas Financeiras e as Receitas e Despesas Financeiras.
Despesas financeiras: São as remunerações aos capitais de terceiros, tais como: juros pagos
ou incorridos, comissões bancárias, descontos concedidos, juros de mora pagos etc.
As despesas financeiras devem ser compensadas com asReceitas Financeiras, isto é, estas
receitas são deduzidas daquelas despesas, havendo indicação de cada uma delas.
As receitas de natureza financeira são as derivadas de aplicações financeiras (no mercado
financeiro), juros de mora recebidos, descontos obtidos etc.
300.000;
R$ admita que no fim do ano o dólar estivesse cotado a R$ 5,00, totalizando a dívida em
500.000.
Observa-se que o acréscimo nominal da dívida foi de R$ 200.000, embora, em termos reais, a
divida continue a mesma: US$ 100.000.
Este acréscimo nominal, em virtude da variação da moeda nacional, é contabilizada no
subgrupo Variação Monetária, com o título da Variação Cambial, de forma destacada, no
item Despesa Financeira.
Esta variação monetária é conhecida como “passiva” , pois decorre de uma dívida (passivo).
Se fosse o contrário, uma cifra a receber em dólar (ou qualquer moeda estrangeira), teríamos a
Variação Monetária Ativa. Nesse último caso, seria tratado como receita, aumentando o
resultado.
Receita Bruta
(-) Deduções__________
Receita Líquida
(-) Custo das Vendas____
Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras
(-/+)Receitas e Despesas Financeiras
Resultado antes dos Tributos s/Lucros
(-) Despesas com tributos sobre os Lucros
Resultado Líquido das Operações Continuadas
Calcula-se o valor de imposto de renda e Contribuição Social a pagar e deduz-se tal valor do
Resultado antes dos Tributos sobre lucros.
Ressalte-se quemas
Contabilidade, a base de lucro
aquele cálculo destesàsTributos
ajustado não da
disposições é exatamente o lucro apurado
legislação, podendo pela
ser calculado
pelo Lucro Real ou Lucro Presumido.
Receita Bruta
(-) Deduções__________
Receita Líquida
(-) Custo das Vendas____
Lucro Bruto
(-) Despesas Operacionais
Resultado antes das Receitas e Despesas Financeiras
(-/+)Receitas e Despesas Financeiras
Resultado
(-) antes
Despesas comdos Tributos
tributos s/Lucros
sobre os Lucros
Resultado Líquido das Operações Continuadas
(-/+) Vendas/Custos de Operações Descontinuadas
Resultado Líquido do Período
Resultado Líquido do Período é obtido através da diferença entre o Resultado Líquido das
Operações Continuadas e as Vendas e/ou Custos de Operações Descontinuadas
.
As vendas e custos não relacionadas diretamente com o objetivo do negócio da empresa são
classificadas como Vendas e/ou Custos de Operações Descontinuadas. Normalmente, trata-se
de ganhos ou perdas e são aleatórias.
São exemplos:
Ganhos ou Perdas de Capital: São os lucros ou prejuízos na venda de itens do ativo:
venda de um veículo (imobilizado), com lucro ou prejuízo; venda de máquinas e
equipamentos (imobilizado), com lucro ou prejuízo; venda com lucro ou prejuízo de
ações (investimentos) etc.
A sobra pertencente aos proprietários (ou à entidade). Após a apuração do Lucro Depois
do Imposto de Renda, faz-se as deduções das participações, previstas nos estatutos: de
debêntures, de empregados, de administradores e partes beneficiárias e das contribuições para
instituições ou fundos de assistência de empregados.
Após essas deduções, encontra-se o Lucro Líquido que é a sobra líquida a disposição dos
sócios ou acionistas.
Participação no Lucro
Como já vimos, o lucro Líquido é a sobra Líquida à disposição dos proprietários da empresa.
Os proprietários decidem a parcela do lucro que ficará retida na empresa e a parte que será
distribuída aos donos do capital (Dividendos). Essa distribuição aparece nas demonstrações
seguintes: Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações
do Patrimônio Líquido.
5. PLANO DE CONTAS
Um Plano de Contas deve registrar as contas que serão movimentadas pela contabilidade em
decorrência das operações da empresa ou, ainda, contas que, embora não movimentadas no
presente, poderão ser utilizadas no futuro.
Inicia-se com a unidade 1 para todas as contas do Ativo; com a unidade 2 para todas as
contas do Passivo; com a unidade 3 para todo as contas do Patrimônio Líquido; 4 para
todas as contas de Receita e Deduções das Receitas; e 5 para as contas Dedutivas no
Resultado (Custo, Despesas, Participações etc.).
Em seguida adiciona-se um segundo número que representa o grupo de contas do
Ativo, Passivo, e assim por diante.
O terceiro digito significa a conta do grupo.
5 - DESPESAS
5.1 – DESPESAS OPERACIONAIS
5.1.1 – Despesas com Vendas
5.1.1.001 - Comissões sobre Vendas
5.1.1.006 - Fretes e Carretos
5.1.1.007 - Material de Embalagem
ATI VO PASSI VO E PL
Direito Obrigações
Capital a Receber 900.000 Capital Subscrito 900.000
(dos proprietários) (uma promessa)
“Capital a Receber” pode ser chamado também Capital a Integralizar ou Capital a Realizar:
significa cumprir a promessa, integralizar (realizar) em bens ou dinheiro. Quando os
proprietários integralizam todo o capital, a conta Capital a Integralizar desaparece.
Constituição do capital
1ª Operação: Depósito inicial de $ 300.000 por sócio no Banco do Brasil S.A., em 02-12-X1
(a empresa é formada por três sócios).
Foi visto que o investimento Inicial realizado pelos sócios é denominado de Capital; que o
Capital é uma srcem de recursos derivada dos próprios sócios ou acionistas (Capital
Próprio); que toda srcem de recursos deve ser classificada no lado do Passivo e PL
(obrigações exigíveis e não exigíveis, respectivamente); que toda aplicação de recursos deve
ser classificada no lado do Ativo (Bens + Direitos).
Assim, há bons motivos para classificar Bancos Conta Movimento no Ativo: (1) é uma
aplicação de recursos; (2) é um direito que a empresa adquire de sacar o dinheiro no momento
em que assim desejar.
Por outro lado, nas Demonstrações Financeiras (Balanço Patrimonial), o Capital é uma conta
do PL e Bancos do Ativo Circulante. Então:
Nesta operação, ocorre um aumento do PL (que era zero) e um aumento do Ativo e, pelo
plano de contas apresentado, são utilizadas as contas 1.1.2 e 3.1.1.
Não Circulante
Imobilizado
Veículo 800.000
Total 900.000 Total 900.000
Observe-se que o veículo adquirido foi pago (a vista) e o dinheiro, obviamente, foi tirado de
bancos; por isso o seu novo saldo passou para $ 100.000 (900.000-800.000).
Por outro lado, veiculo é uma aplicação, é um bem, por isso classificado no Ativo.
É importante lembrar o conceito de Balanço que se srcina de balança de dois lados (deve-se
pensar, evidentemente, em balança de dois pratos). De fato, os totais são $ 900.000, tanto no
Ativo como no Passivo +PL.
Tem-se então, $ 900.000 de srcem e $ 900.000 de Aplicação: a Aplicação será sempre igual
à Origem, uma vez que a empresa não pode aplicar aquilo que não tem.
Observe-se ainda que o valor do Capital não se alterou com a compra de veículos, pois o
Capital representa o valor nominal aplicado pelos proprietários, ou seja, o valor da dívida (não
exigível) da empresa para os sócios.
Prof. Paulo Henrique Felicioni – e-mail:gumz@gumz.com.br - Fone: (47) 3371-4747
25
Débito 350.000
Crédito 350.000
b) Razonete
c) Débito e crédito
Tecnicamente, seria inadequado denominar lado esquerdo e lado direito da conta (ou
do razonete). O lado esquerdo chama-se débito e o lado direito de crédito.
Razonetes
______Contas de Ativo____ ___Contas de Passivo e PL__
Regras Gerais
Todo aumento de Ativo (lança-se no lado
esquerdo do razonete): debita-se.
Toda diminuição de Ativo (lança-se no
lado direito do razonete): credita-se.
Todo aumento de Passivo e PL (lança-se
no direito do razonete): credita-se
Toda diminuição de Passivo e PL (lança-se
mo lado esquerdo do razonete): debita-se.
A contabilização das contas de resultados, como será visto adiante, é decorrente da própria
contabilização das contas de balanço. Daí a necessidade de rápida recordação.
BALANÇO PATRIMONIAL
Contas de Ativo Contas de Passivo e PL
Qualquer conta de Ativo Qualquer conta de Passivo e PL
Débito Crédito Débito Crédito
Observeaque,
sabe-se regraconhecendo
das contas adoregra de contabilização
Passivo e do PL, que das contas do oAtivo,
é exatamente automaticamente
oposto. Para conhecer a
regra de contabilização das contas de Ativo basta lembrar que o Ativo é o lado esquerdo do
balanço; o débito é do lado esquerdo da conta (razonete); portanto, aumentando o Ativo, por
coerência registra-se o valor do acréscimo no lado esquerdo da conta; debita-se, e assim
sucessivamente.
É fácil compreender que toda receita aumenta o lucro: quanto maior a receita, maior o lucro;
que todo lucro não distribuído aumenta o Patrimônio Líquido; quando maior o lucro, maior o
reinvestimento pelos proprietários, maior o PL. Assim:
Ora foi visto no item anterior, nas regras de contabilização, que o Passivo e o PL deveriam ser
creditados pelos aumentos e debitados pelas diminuições. Se toda receita aumenta o PL, toda
receita será creditada. A regra primeira, portanto, é: toda receita ou ganho deve ser creditado.
Inversamente à receita, toda despesa reduz o lucro e, conseqüentemente, o Patrimônio
Líquido. Se, toda despesa diminui o PL, toda despesa deve ser debitada. A segunda regra,
portanto, é: toda Despesa, Custo, Perda... será debitada.
RESUM O GERAL
Natureza das contas Débito Crédito
Contas de ativo Aumento Diminuição
Contas de Passivo e PL Diminuição Aumento
Contas de Resultado Despesa Receita
6. LIVROS CONTÁBEIS
a) Razão
Razão é um livro exigido pela legislação brasileira. Em virtude de sua eficiência, é
indispensável em qualquer tipo de empresa: é o instrumento mais valioso para o desempenho
da Contabilidade. Por isso, do ponto de vista contábil, é um livro muito importante.
Consiste no agrupamento de valores em contas de mesma natureza e de forma racional. Em
outras palavras, o registro no Razão é realizado em contas individualizadas; tem-se assim um
controle
que, por conta. Por
evidentemente, exemplo,
afetam abre-se
o Caixa; uma contaou
debitando-se Caixa e registram-se
creditando-se nestatodas
conta,asaoperações
qualquer
momento apura-se o saldo.
Pela descrição anterior pode-se concluir que a Razão e o Razonete são a mesma coisa. Na
realidade, o Razonete deriva do Razão; o Razonete é uma forma simplificada, uma forma
didática do Razão.
a. Exemplo de Razão
Com base em um Razonete, observar o que é e como funciona uma ficha Razão. A Cia K.
Nova tem $ 1.000.000 em caixa e compra, a vista, em 20-02-XX, Equipamentos por $
800.000.
__________Caixa___________ Equipamentos_____
D C D C
SI 1.000.000 800.000 800.000
200.000
Saldo Saldo
Devedor (D) Devedor (D)
b) Diário
É um livro obrigatório (exigido por lei) em todas as empresas. Registra os fatos contábeis em
partidas dobradas na ordem rigorosamente cronológica do dia, mês e ano.
O livro Diário deve ser encadernado com folhas numeradas seguidamente, devendo os
registros ser feitos diariamente. Portanto, o Diário registra oficialmente todas as transações de
uma empresa.
O livro diário devem conter termos de abertura e de encerramento e ser submetidos à
autenticação do órgão competente do Registro do Comércio.
Suponha-se que em fevereiro de 20XX a empresa Bascos & Cia. faça asseguintes
operações:
20/02: compra de equipamento a vista da Calígula & Cia. Conforme
_______Caixa___________ ______Equipamentos_______
$$$$ 800.000 (20/02) (20/02) 800.000
900.000 (26/02)
____Bancos c/ Movimento___
(26/02) 900.000
indicaremos
acordo asmovimentações.
com as movimentações das contas, a seguir serão feitas as adições e/ou subtrações de
2014 2013
1 - RECEITAS 9.007.703 7.920.152
1.1. Vendas de mercadorias, produtos e serviços 9.016.759 7.922.884
1.2. Outras Receitas 5.399 7.349
1.3. Provisão com perda com crédito de clientes (14.455) (10.081)
2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (4.934.805) (4.292.444)
2.1. Custo dos produtos e serviços, energia, serviços de terceiros e outros (4.928.949) (4.263.837)
2.2. Outros (5.856) (28.607)
3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4.072.898 3.627.708
4 - DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO/EXAUSTÃO (250.477) (218.279)
5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 3.822.421 3.409.429
6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 785.503 599.974
6.1. Resultado de equivalência patrimonial - -
6.2. Receitas financeiras 785.503 599.974
7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 4.607.924 4.009.403
8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 4.607.924 4.009.403
8.1. Pessoal 1.743.761 1.456.866
8.1.1 Remuneração Direta 1.504.548 1.249.742
8.1.2 Benefícios 166.736 141.500
8.1.3 F.G.T.S 72.477 65.624
8.2. Impostos, Taxas e Contribuições 1.213.743 1.148.954
8.2.1 Federais 1.097.306 1.034.349
8.2.2 Estaduais 106.178 106.907
8.2.3 Municipais 10.259 7.698
8.3. Remuneração de Capitais de Terceiros 688.104 558.279
8.3.1 Juros 649.430 524.536
8.3.2 Alugueis 38.674 33.743
8.3.3 Outras - -
8.4. Remuneração de Capitais Próprios 962.316 845.304
8.4.1 Juros Sobre o Capital Próprio 228.331 183.937
8.4.2 Dividendos 292.829 277.952
8.4.3 Lucros Retidos 433.566 381.578
8.4.4 Lucros Retidos não controladores 7.590 1.837
As demonstração dos fluxos de caixa são as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo
de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três)
fluxos:
a) das operações;
b) dos financiamentos; e
c) dos investimentos;
A contabilidade se utiliza duas maneiras distintas para Apuração de Resultado. A estas duas
maneiras distintas de apurar resultado denominamos Regimes de Competência e Caixa.
São eles:
Regime de Competência
Regime de Caixa
O regime de caixa é uma forma simplificada de contabilidade, as regras básicas para este
regime são:
A DFC
com esclarece situações
a Demonstração controvertidas
de Resultado, na de
o porquê empresa, por ter
a empresa exemplo, através da comparação
lucro considerável e estar com
Caixa baixo, não conseguindo liquidar todos os seus compromissos. Ou, ainda, embora seja
menos comum, o porquê de a empresa este ano não ter dado lucro, embora o Caixa tenha pago
todas as contas.
Somente através do conhecimento do passado poder-se-á fazer uma boa projeção do Fluxo de
Caixa para o futuro (próxima semana, próximo mês, próximo trimestre etc.) A comparação do
Fluxo Projetado com o Real vem indicar as variações que, quase sempre, demonstram as
deficiências nas projeções.
Integralização do Capital pelos Sócios ou Acionistas. São os investimentos
realizados pelos proprietários. Se a integralização não for em dinheiro, mas em bens
permanentes, estoques, títulos etc., não afetará o Caixa.
Empréstimos Bancários e Financiamentos. São os recursos financeiros oriundos das
Instituições Financeiras. Normalmente, os Empréstimos Bancários são utilizados
como Capital de Giro (Circulante) e os Financiamentos para aquisição de Ativo Fixo.
Venda de Itens do Ativo Imobilizado. Embora não seja comum, a empresa pode
vender itens do Ativo Fixo. Neste caso, teremos uma entrada de recursos financeiros.
Vendas a Vista e Recebimento de Duplicatas a Receber. Normalmente, a principal
fonte de recursos do Caixa, sem dúvida, é aquela resultante de vendas.
Outras Entradas. Juros recebidos, dividendos recebidos de outras empresas,
indenizações de seguros recebidas etc.
Vejamos algumas transações que não afetam o caixa, isto é, não há encaixe e nem
desembolso:
Provisão
que para Devedores
não representa desembolsoDuvidosos. Estimativa
para a empresa, de prováveis perdas com clientes
no momento.
Reavaliação. Embora haja normalmente aumento do valor dos ativos e do Patrimônio
Líquido (PL), pela atualização dos valores não representa desembolso ou encaixe.
Acréscimos (ou Diminuições). De itens de investimentos pelo método de
equivalência patrimonial, poderá haver aumentos ou diminuições em itens de
investimentos sem significar que houve vendas ou novas aquisições.
Capital
(-) Pagamento de Empréstimos
(=) Caixa Após Pagamento de
Empréstimos
(+) Novos financiamentos
(+) Aumento de Capital
(+) Outras Entradas
(=) Caixa Após Novas Fontes
(-) Aquisição de Bens
(=) Caixa Líquido Final
2015 2014
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro líquido antes dos impostos (IR/CS)
674.187 726.798
Depreciações e amortizações
206.081 156.633
Equivalência patrimonial
(3.237) (2.539)
Provisões:
Participação no resultado - Colaboradores
86.246 86.634
Juros s/ capital próprio
113.810 98.227
Outros
8.705 32.785
Aumento/redução nas contas a receber
Aumento/redução nas contas a pagar (553.390)
158.677 (243.671)
427.947
Aumento/redução nos estoques
(401.932) (177.033)
Imposto de renda e contribuição social pagos
(274.461) (207.405)
Pgto da Participação nos resultados - Colaboradores
(95.485) (85.384)
Todas as Demonstrações Financeiras devem ser analisadas, mais ênfase é dada ao Balanço
Patrimonial (BP) a Demonstração do Resultado (DR), uma vez que através delas é
evidenciada de forma objetiva a situação financeira identificada nestas Demonstrações
Financeiras.
Uma das técnicas mais conhecidas na Análise de Balanços é a Análise Horizontal, seguida da
Análise Vertical.
a) Análise Horizontal
Assim, comparando os índices na base 100, o item analisado teve um crescimento de 19% de
2010 para 2011 e de 40% de 2011 para 202.
Assim, análise horizontal é quando comparamos valores ou índices de dois ou mais anos.
Nossos olhos fixam um sentido horizontal.
b) Análise Vertical
A análise vertical é realizada extraindo-se relacionamentos percentuais entre itens
pertencentes à mesma Demonstração Financeira.
A finalidade da análise vertical é dar uma idéia da representatividade de um determinado item
ou subgrupo de uma demonstração financeira relativamente a um determinado total ou
subtotal tomado como base.
A análise vertical é importante para todas as Demonstrações Financeiras, mas ganha realce
especial na Demonstração de Resultados, quando poderemos expressar os vários itens
componentes da DR com relação às vendas, brutas ou líquidas, e, dentro das despesas,
representar cada uma delas com relação ao total de despesas e outros relacionamentos
interessantes. Vejamos um exemplo prático:
Verificamos para esta situação que as despesas significam 80% das receitas e o lucro neste
caso de 20%.
Este quociente representa o valor de quanto dispomos, imediatamente, para saldar nossas
dívidas de curto prazo.
Esta é uma variante muito adequada para se avaliar conservadoramente a situação de liquidez
da empresa. Eliminando os estoques estamos eliminando uma fonte de incerteza.
O quociente apresenta uma posição bem realista e conservadora da liquidez da empresa em
determinado momento, sendo preferido pelos emprestadores de capitais.
Esse quociente serve para detectar a saúde financeira de longo prazo do empreendimento no
que se refere à liquidez.
Estes quocientes relacionam as varias fontes de fundos entre si, procurando retratar a posição
do capital próprio com relação ao capital de terceiros. São quocientes de muita importância,
pois indicam a relação de dependência da empresa com relação a Capital de Terceiros.
= _____________Passivo Circulante_________
Passivo Circulante + Passivo não Circulante
PassivoNãoCirculante 4.3621,03.36%
31 41,24% 3.264.350 27,70%
Financiamentoseempréstimos 3.868.335 27,12% 47,93% 2.615.049 22,19%
Instrumentosfinanceirosderivativos 16.248 0,11% 33,76% 12.147 0,10%
Obrigações tributárias 783 0,01% (91,31%) 9.011 0,08%
Provisõesparacontingências 339.968 2,38% 31,34% 258.849 2,20%
Impostosdiferidos 242.696 1,70% (14,24%) 282.989 2,40%
Outrospassivosnãocirculantes 142.601 1,00% 65,23% 86.305 0,73%
TOTALDOPASSIVO 8.15065,8.438%
1 22,01% 6.643.367 56,38%
Acionistasdacompanhia 6.4022,92.83%
80 19,24% 5.056.385 42,91%
Capital
social 3.533.973 24,78% 0,00% 3.533.973 29,99%
Reservasde
capital (55.888) (0,39%) (2,46%) (57.298) (0,49%)
Planodeopçõesdeações 2.474 0,02% 36,16% 1.817 0,02%
Ações em tesouraria (17.069) (0,12%) 102,77% (8.418) (0,07%)
Reservasdelucros 1.299.868 9,11% 91,53% 678.665 5,76%
Ajuste de avaliação patrimonial 493.106 3,46% (10,14%) 548.750 4,66%
Outrosresultadosabrangentes 642.362 4,50% 235,61% 191.402 1,62%
Dividendosadicionaispropostos 130.554 0,92% (22,05%) 167.494 1,42%
Acionistasnãocontroladores 01,8296%.680 52,85% 82.878 0,70%
TOTALDOPATRIMÔNIOLÍQUIDO 64.135,167.0%
60 19,78% 5.139.263 43,62%
TOTAL DO PASS IVO E P ATR IMÔNIO LÍQUIDO 14
10.260,01.054
%1 21,04% 11.782.630 100,00%
L ucrBorutocomvendas
Despesas 2(950.252)
.2746,58.25%
88 11(,83,15%
3%) 2.41854,8.429%7 (820.471) 26,90%
(8,88%)
Despesasadministrativas (436.759) (3,92%) 19,34% (365.964) (3,96%)
Honoráriosdosadministradores (22.194) (0,20%) 10,15% (20.148) (0,22%)
Outrasresultadosoperacionais (198.138) (1,78% ) 7,94% (183.562) (1,99%)
Lucro antes do resultado financeiro 11.105,389.2%45 5,84% 1.094.352 11,85%
Receitasfinanceiras 1.345.633 12,08% 71,31% 785.503 8,51%
Despesasfinanceiras (1.200.150) (10,77%) 84,09% (651.926) (7,06%)
Lucroantesdosimpostos 1.1310,37.07%
28 6,17% 1.227.929 13,30%
Impostoscorrentes (234.116) (2,10%) (13,80%) (271.583) (2,94%)
Impostos
diferidos 96.198 0,86% 1.511,36% 5.970 0,06%
Lucrolíquidodoexercício 1.1605,4.861%0 21,15% 962.316 10,42%
a)
ATIVO PASSIVO
BENS OBRIGAÇÕES
TOTAL TOTAL
b)
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
NÃO CIRCULANTE
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
TOTAL TOTAL
2) O Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO E PL
Caixa 10.000 Fornecedores a pagar 200.000
Duplicatas a Receber 40.000 Empréstimos a pagar 40.000
Estoques 50.000 Salários a pagar 60.000
Máquinas 100.000 Capital social 200.00
Terrenos 200.000
Títulos a receber 100.000
Total 500.000 Total 500.000
13. BIBLIOGRAFIA
Iudícibus, Sérgio de. Marion, José Carlos. Curso de Contabilidade para não Contadores. 7ª.
Edição. Editora Atlas. São Paulo: Atlas 2011.