Vous êtes sur la page 1sur 27

O que faremos com esses músicos?

Marcos Witt

PROCURA-SE MÚSICOS COMO CRISTO

Não devemos ter emoções instáveis e caráter descontrolado, “Amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (Mateus 19.19), como podemos amar outros se não controlamos nossos sentimentos,
pois devemos permitir que a Palavra de Deus penetre em nosso pensamento e em nossas
ações de maneira tal que questionemos nosso estilo de vida. Não podemos viver como
queremos, mas como a Palavra ordena.
Uma das peculiaridades que o Corpo de Cristo tem é que se alguém toca ou canta bem, não
importa seu mau caráter ou péssimo estilo de vida, porque no momento em que abre a boca
para cantar ou toma se instrumento para tocá-lo, tudo está bem. Como se nos esquecêssemos
que tipo de pessoa está ministrando, porque naqueles momentos nos sentimos bem.
A muitos músicos perdoamos-lhes tudo, somente porque nos “fazem bem”. Isto é péssimo!
Muitas vezes escutamos pessoas dizerem: “Compreenda-o, afinal de contas ele é músico, ou
“Bem, já sabe como são os músicos”. Parece que todo mundo já sabe que “os músicos são
assim”. Somos conhecidos como pessoas melancólicas, instáveis, rebeldes, teimosas,
obstinadas, emocionais, indisciplinadas, preguiçosas, orgulhosas, desorganizadas e tantas
outras coisas que nem preciso continuar a enumerá-las.
Muitas vezes escutamos, “Meu pai e minha mãe são assim, todos da minha família tem caráter
duro e determinante; sou assim também, e com essa frase muitos músicos isentam-se da
responsabilidade de enfrentar a si mesmos. Infelizmente, esse argumento não se sustenta à
luz da Palavra de Deus, porque a Bíblia diz claramente: em II Co 5:17, e nisto inclui os
músicos, que por muito tempo acreditaram ser exceção. Todos nós que encontramos Jesus
entramos no processo de “Santificação”. Devemos permitir que Deus renove nossos
pensamentos, nos transforme, nos separe e nos purifique de todas aquelas coisas que são
agradáveis a Ele.
Leia Rm 12: 1-2
Por muito tempo o povo na igreja tem perdoado os músicos em muitas coisas, simplesmente
porque cantam bonito ou tocam bem.
Enquanto não lhe for mudado este comportamento, do qual aproveita-se, não tem porque
encarar seu caráter descontrolado.
- “ah, como esse cântico foi bonito, como me abençoou ao cantá-lo”, ao ouvir isso o músico
sentirá que Deus o usou para tocar essa pessoa, e que se Deus o está usando dessa maneira
não há, portanto necessidade de mudar.
Quase sempre quando os músicos têm sua chance de brilhar retirada a sua reação é violenta,
já que o que ele mais deseja é precisamente o reconhecimento. Tem um hábito que acontece
muito quando estamos assistindo uma apresentação ou ministração que é a de procuramos
erros nos outros músicos ou cantores e quando eles são chamados em nosso lugar dizemos:
“como é possível te chamarem para tocar quando tocas tão mal?”
Quando lhe fora tirada a oportunidade de fazer “brilhar” seus grandes talentos diante de todos,
o músico questiona suas próprias atitudes, e pode ser uma oportunidade para corrigi-las. Ainda
assim enquanto continue gozando dos púlpitos e reconhecimento, não terá porque encarar
suas atitudes negativas. É necessário que os líderes desenvolvam uma relação com seus
músicos para que os ajudem a se parecer com Cristo. Em lugar de descartá-los como pessoas
problemáticas deveriam passar mais tempo com eles, porque podem ser uma grande força a
favor do mover de Deus em qualquer igreja.

Igual a cristo?

Qual a razão pela qual fazemos as coisas?


Mt 9:36, Mt 14:14, Mt 15:32, Mt 20:34, Mc 1:41. Deveríamos reconhecer, naqueles que se
dedicam ao ministério da música e louvor, uma responsabilidade por suas atitudes, dentre as
quais a compaixão e misericórdia pelo povo.
Somos vistos como pessoas que pensam em si mesmos.
Cada vez que tivermos um “ataque” de egocentrismo deveríamos recordar que Jesus viveu
para servir aos demais, e para dar sua vida em resgate de muitos (Mt 20:28)
SERVIR e DAR não são palavras que caracterizam muitos músicos hoje em dia. Deveríamos
ter amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio (Gl 5:22).
Parece que há tão poucos músicos que têm caráter de Cristo.

Procura-se vivo ou morto: músicos iguais a cristo


Um músico que vivia uma vida a seu próprio modo, acabou se divorciando, entrando numa vida
de libertinagem e devassidão total e absoluta, e acabou até experimentando o
homossexualismo, de onde adquiriu a AIDS. Será que sempre precisamos passar por muitas
situações difíceis para que possamos perceber o erro e refletir sobre ele? Devemos tomar
cuidado para não entendermos o erro tarde demais, como aconteceu com esse músicos da
história acima. Antes ele tivesse entendido e mudado seu modo de vida muito antes, enquanto
ainda tinha tempo de ser usado pelo Senhor de uma maneira mais plena do que temos sido
usados. Muitas dessas pessoas se deixam guiar pelo desejo cego de ser “alguém” na música e
no âmbito cristão. Esperamos achar muitos músicos restaurados, no caminho do Senhor e
sendo usado plenamente pelo Senhor.

ARTISTAS OU “HARTISTAS”?

Pessoas que se dedicam às artes como a música, o canto, a escultura, a literatura, etc., tem
sido conhecida como homens e mulheres apaixonados, impulsivos, egocêntricos e orgulhosos.
Seu mundo gira em torno de si mesmo e suas necessidades, pouco se importando com os
desejos e/ou necessidades dos demais. Essa parte não é direcionada a ninguém somente para
expor algumas formas equivocadas de pensar que temos tido, esperando que o Espírito do
Senhor nos faça conhecer o melhor caminho no qual possamos andar.

Exigências para servir

Uma das coisas que caracterizam os artistas tanto seculares com cristãos são as longas listas
de exigências que pedem aos que lhes convidam como garantia, ante de ir a tal ou qual lugar
para “apresentar-se”.
O problema não é os “anexos” em si, mas o espírito que está por trás destes. Transformamos o
privilégio de ministrar ao Corpo de Cristo em uma oportunidade para obter vantagens
pessoais... o Senhor no cobrará sobre tudo isso. Jesus contido na Bíblia andou por todos os
lugares fazendo o bem e curando a todos. A Ele não importava se lhe davam oferta ou não, e
quero assegurar que lhe deram, de outra maneira não haveria necessidade de um tesoureiro.
O que importava era chegar às pessoas, ministrar às suas necessidades, trazer cura aos
oprimidos. Tanto que dizemos que queremos nos parecer com Jesus, certo? Estaríamos
dispostos a dormir em cavernas, campos ou em qualquer lugar, assim como fez Jesus? Se no
momento em que são todas as suas comodidades abandonam a obra do Senhor, então só
estavam enganando a si mesmos e, pior ainda, a todos nós.
Se desejamos que nosso ministério refletisse a Cristo, deveríamos deixar de ser “artistas” e
converter-nos em ministros ou “salmistas”.

Salmistas
Temos que nos acostumar com a palavra salmista. Deixemos de lado a palavra artista,
precisamente por todas as más conotações que ela leva, e que começássemos a utilizar esta
nova palavra salmista (que possui muitos séculos de existência), como uma maneira de
identificar a esta nova classe de músicos que Deus está querendo levantar. Salmista , da a
entender que é uma pessoa que, além de executar bem sua arte, é consagrado a Deus e
separado para Ele. Também podemos entender que é alguém que sabe a respeito da
necessidade que há da unção do Espírito Santo em sua vida, assim como em sua música. É a
nossa maneira de viver que nos confere este título.
SALMOS: “cântico sagrado dos Hebreus e dos cristãos que contem louvores a Deus”.
Alguns “artistas” se acham “estrelas”. 1) Só saem a noite. Tem havido tanta escuridão, por
tanto tempo, no Corpo de Cristo, que muitas estrelas tem brilhado. Sentimos que estes dias
estão se acabando. 2) a luz do sol ofusca as estrelas. Quando sai o sol as estrelas param de
brilhar, simplesmente já não se notam. Outras razões por que as estrelas , dentro do Corpo de
Cristo deixam de brilhar é porque nasceu o “Sol da Justiça” e sua luz ofusca todas as demais.
Por isso é que há muitos que se opõem ao louvor e adoração, porque não estão acostumados
a ficar em segundo plano, estão acostumados a ver sua própria luz.
E você, é um “hartista” ou “salmista”?

O MINISTÉRIO DA MÚSICA NA BÍBLIA

Uma das razões pelas quais acontecem coisas negativas é a falta de um maior entendimento
sobre a música como ministério do Corpo de Cristo, um meio de serviço ao Senhor e a seu
povo. A pergunta “O que fazemos com estes músicos?”, tem uma das resposta que é:
ensinemos a eles um caminho melhor, mais apegado à Palavra de Deus, de como devem se
comportar, viver e se mover como ministro de música. Aqui começaremos a traçar algumas
idéias para esse processo de educação.
A Bíblia está cheia de música: o livro dos Salmos é o maior da Bíblia. Interessante não é? A
Bíblia menciona cerca de 800 vezes as palavras música, louvor, adoração e outras
relacionadas a elas. Interessante!
Personagens Musicais na Bíblia. Acredita-se que quem inventou a música seria Jubal, filho de
Lamec.
Os que estão na música e os que estão no pastoreio, necessitam ter uma relação mais
próxima, íntima e estreita. Os Hebreus foram tirados por Moisés do Egito para que pudessem
ter a oportunidade se “servir” a Deus, ou seja “adorá-Lo”, trabalhar para Ele, render-Lhe culto,
etc.

A estrutura musical Davídica

1- Davi empregou um grupo grande de Levitas para envolvê-los no ministério da música. (I Cr


23.5). Não era um grupinho qualquer de músicos, mas uma multidão de adoradores e músicos.
Se Deus deu talentos e habilidades a certas pessoas na área da música, deveríamos ter um
compromisso de ajudá-los a desenvolver-se mais nestas habilidades e talentos. A verdade é
que todos temos que nos envolver.
2- “não tocavam ou cantavam em momentos livres, mas “A ISSO SE DEDICAVAM” em tempo
integral: eram isentos de outros serviços, porque de dia e de noite estavam naquela obra” (I Cr
9.33). Devemos pensar de nos dedicarmos em tempo integral ao ministério de música. O
ministério de música sempre foi visto algo para aqueles que sabem um pouco de música e os
que têm algum tempo livre. Muitos líderes através da América Latina me dizem sobre a
necessidade de músicos consagrados e dedicados ao ministério.
3- Os integrantes do ministério devem ser pessoas separadas e “escolhidas”, em certo sentido
para a obra da música, levada muito a sério tanto pelos que “designavam” como pelos
“designados”. Não imagino que estiveram “separando” e “designando” pessoas só por algum
capricho ou desejo pessoal, mas porque levavam tão a sério o papel da música no
acampamento que até dedicavam pessoas exclusivamente para isso.
Não deveria estar qualquer pessoa tocando ou cantando em nossas reuniões, mas somente
pessoas que tenham sido “separadas” e “designadas” e “escolhidas” para esta obra. Muitos de
nós não temos visto a importância de meditar bem e consultar ao Senhor sobre as pessoas
que estamos colocando no ministério do louvor.
Não é razão suficiente o fato de que alguém toque bem, para colocá-lo no ministério da
música. É importante que desenvolva o caráter de Cristo em todos os aspectos de sua vida,
antes de exercer responsabilidades neste ministério. Não que dizer que se deva esperar que
seja perfeito, porque se fosse esse o caso não haveria ninguém no ministério: mas sim que
seja uma pessoa que mostre o fruto do Espírito em seu viver diário, comprometimento com o
Senhor, de tal maneira que permita ser mudado pela mão de Deus.

4- as vestimentas eram adequadas (I Cr 15.27). Nossa aparência é importante para nós, neste
ministério. Devemos lembrar que representamos o Grande Rei dos reis. Cada vez que temos o
privilégio de pegar nosso instrumento ou de abrir nossa boca para cantar, enaltecer e bendizer
ao Senhor, a ocasião privilegiada merece uma atenção especial em nossa aparência física.
Devemos nos sobressair por nossa aparência e apresentação impecáveis.
5- Davi encarregou a músicas a pessoas que sabiam o que estava fazendo. É necessário
preparar e instruir às pessoas que vão dirigira música e o canto para o senhor em nossas
congregações. Devem ser pessoas “entendidas” na música.
Devemos procurar nos preparar para impulsionar e apoiar os músicos de suas congregações.
Assim , que ensine-lhes o “DÓ, RÉ, MI” da música, JUNTO com a instrução de como utilizá-la
para exaltação Daquele que merece toda a glória, honra e o louvor.
6- 24 horas de adoração. I Cr 16.37nós deveríamos estar vivenciando, já que nosso louvor
deveria subir continuamente diante do Senhor, cada dia, hora e momento, me referindo à
atitude de nosso coração, nosso estilo de vida e nossa entrega total e dar glória a Deus em
todo momento e em tudo o que fazemos.
7- existia uma ordem a ser seguida no sentido de organização e administração, na estrutura
musical. A música que tocavam quem as tocava, e que posições deveriam tomar TUDO estava
perfeitamente calculado e preparado. Não deixavam as coisas ao acaso, mas tudo tinha ordem
e organização. Queira Deus, os músicos desta nova geração fossem pessoas ordeiras e
organizadas! Isso nos faz falta na igreja.
8- Davi designou certas pessoas como responsáveis por certas áreas, e esperou que todos os
levitas se submetessem a estes líderes que ele havia determinado. Davi não era um líder que
queria estar envolvido em todos os detalhes, mas entendia a importância da cadeia de
autoridade os homens que entenderam que não há autoridade sem submissão são aqueles
que com facilidade, tranqüilidade e confiança podem delegar autoridade a outros, e estar
seguros de que farão bem o trabalho a eles confiado. Devemos estar tranqüilos e confiantes na
autoridade que Deus nos deu, pois como Davi, nós devemos colocar debaixo dessa autoridade
assim como à de seus sacerdotes e profetas. Não devemos ter problemas com autoridade e
em aceitá-la, submetemo-nos a ela ou segui-la. A razão pela qual a rebeldia entra no coração
do homem é a falta de entendimento sobre a autoridade que Deus delegou às pessoas em
nossas vidas. Por outro lado, os que possuem autoridade, não devem abusar dela, como
tantos fazem, mas com temor e tremor, administrar a autoridade que Deus concedeu para o
benefício do Corpo de Cristo e seu Reino. Muitos se dedicavam à música na Bíblia, porém a
maioria não teve a felicidade de ter seus nomes escritos na Bíblia – executavam diariamente o
serviço que lhes cabia, sem nenhum problema, porque estava debaixo de autoridade.
Muitos músicos foram motivo de divisão em suas igrejas, levantando-se contra seus
pastores, em lugar de apoiá-los e orar por eles, animando-os na obra do Senhor
O primeiro rebelde de todos os tempos foi um músico. Se chamava “Lúcifer”. Espero que
não sigam este exemplo.
9- “Assim trouxeram a Arca de Deus e a puseram no meio da tenda que Davi havia
levantado para ela; e ofereceram holocaustos e sacrifícios pacíficos diante de Deus”. (I Cr 16.1)
U privilégio especial que Davi dera ao seu povo, uma prévia do que haveria de vir: o
sangue do Cordeiro seria derramado, o véu do templo se rasgaria e algum dia, todo o povo,
língua e nação teria aceso direto ao Pai, por meio do sangue de Jesus Cristo.
Tudo o que tocamos (com nossos instrumentos), todos os nossos cânticos devem ser ao
redor da presença do Senhor. É importante, lembrar que, quando tocamos, não importa onde
façamos, estamos tocando diante do trono do Senhor, para agradá-Lo, e para oferecer
sacrifício de louvor a Ele, e mais ninguém. Toda nossa atividade deve girar em torno da Sua
presença.

Elevar o conhecimento do Ministério da Música

Ter conhecimento a respeito do nosso papel no ministério da música em nossas


congregações. Temos de escutar o que Deus tem feito em outras partes do mundo, para saber
que o povo de Deus está procedendo de duas maneiras, como nunca havia feito antes 1)
louvar e adorar e 2) orar e interceder.
Devemos ter através do pastor ensinamentos sobre a importância da música do canto e
do louvor. A música não fica restrita somente aos que a executam, mas que deve ser
prioridade dos pastores em suas igrejas, ensinarem o povo e seus músicos o caminho que
deve tomar para chegar a ter uma estrutura musical mais bíblica.
Por isso pastor, seria bom que você fosse pessoalmente aos congressos para escutar o
que se prega ali, para que seja uma bênção e apoio à igreja. Este é o nosso desejo no Senhor.
Devemos passar mais tempo dedicando mais tempo à Palavra de Deus e aplicando-a
em sua vida diária. Deus está buscando adoradores (Jo 4:23), e nós músicos , como qualquer
outra pessoa disposta, podemos ter um papel importante nesta busca, se permitirmos que o
Senhor nos use. “DEIXE SER USADO!”

CARACTERÍSTICAS DE UM SALMISTA

Nenhum indivíduo nesta terra faz exatamente a mesma coisa que os demais. Deus, em
seu prazer pela diversidade, nos fez diferentes, embora existam características presentes a
todos. Existem alguns aspectos que parecem identificar muitos músicos. Infelizmente, na sua
maioria, são aspectos negativos. Este na hora, de Deus levantar uma nova geração de
músicos que tenham outras características além daquelas negativas pelas quais fomos
conhecidos. Não devemos ter comportamentos normais como paradigmas de comportamento.
“Se você esta sempre preocupado com o tipo de testemunho que vai dar às pessoas, é
porque você está mal. Se tiver que sempre se lembrar que é um cristão, e que não deve fazer
isto ou aquilo, então você não estabeleceu certas bases bíblicas em sua vida, e por isso se
‘preocupa’ por seu testemunho”.
O incômodo veio pelo fato de que sempre fomos ensinados sobre a necessidade de
“tomarmos cuidado com nosso testemunho”.
É certo que devemos estar saudavelmente preocupados para que o nome de Jesus não
sofra nenhuma repreensão por nossa causa, sendo a razão principal, pela qual muitos de nós
temos pregado sobre “cuidar de nosso testemunho”.
Seu testemunho deveria ser sua vida normal, no sentido de que esse “testemunho” é
simplesmente como você vive diariamente. Você não terá que se preocupar com o tipo de
testemunho que você dará, se sempre estiver vivendo em retidão perante o Senhor. Ao
estabelecer certas bases sólidas em sua vida, de acordo com a Palavra do Senhor, sua vida
‘normal’ será uma vida espiritual, e esse será ‘ testemunho’ às pessoas. Se você nuca entra
onde tem pornografia, por exemplo, não precisa ficar preocupado em olhar para os lados para
não ver nada. Se foi decidido em sua vida que ir a esses lugares é uma coisa totalmente fora
daquelas que faria, essa pessoa nunca terá que se preocupar em dar mau testemunho dessa
natureza.
Simplesmente devemos estabelecer em nossas vidas bases sólidas, de forma que
sejamos um ‘livro aberto’ e lido por todos, sem nos preocupar com o ‘tipo de testemunho que
estamos dando.
“Eis que aqui eu vi um filho de Isaías de Belém, que sabe tocar, e é valente e forte e
homem de guerra, sábio em palavras, de boa aparência, e Jeová está com ele (I Sm 16.18).
Que testemunhaço!!! Será que as pessoas têm falado de você ou de mim desta
maneira?

Sabe Tocar

Apresentar algo de qualidade ao Senhor. Durante muito tempo reinou esta mentalidade
medíocre, em muitas de nossas igrejas, no que se refere à música, baseado no pensamento de
que: como é “para a honra e glória do Senhor”, então podemos apresentar algo não tão bem
preparado ou executado, porque afinal de contas o que mais interessa ao Senhor, é o coração
da pessoa que está tocando ou cantando. É certo de que Deus olha para o coração, mas isso
não diminui a importância daquilo que trazemos ao Senhor, deve ser uma oferta excelente em
todos os sentidos, incluindo o de apresentação e execução impecáveis.
“Exatamente porque é para a honra e glória do Senhor devemos faze-lo com toda a
excelência”.
“Irmãos, eu não sei cantar, mas como este cântico é para o Senhor, eu cantarei para sua
honra e glória” ou “Não escutem minha voz, só escute a letra desta música e permita que lhes
ministre”.
“Bem, se você deseja que a letra ministre, porque não digita, tire algumas cópias e
distribua a letra e a lemos, sem termos de ser incomodados com sua voz”.
“Entoai-lhe um novo cântico; faça-o bem, tangei com júbilo” (Sl 33).
O Senhor nos ordena que ao tocar ou cantar , temos de faze-lo bem. A palavra em
hebraico nesta passagem é Yatab = “fazer algo bem, fazer algo bonito, agradável e bem feito,
fazer algo de uma maneira completa e meticulosa. Nota-se que existe uma atitude muito
desleixada com respeito ao ensaio, preparação e organização da música.
O ensaio e a preparação só nos ajudam a estar prontos e preparados para o fluir do
Espírito. Muitas vezes o Espírito Santo é apagado, exatamente pela falta de preparação do
grupo de louvor mal tocado, mal executado, fomentando desta maneira a confusão e caos no
momento de ser interpretada. Tudo porque os músicos e os cantores não investiram o tempo
necessário para se preparar, porque afinal de contas era “para a honra e glória do Senhor”.
Deus não galardoa mediocridade. Se você quer ser usado por Deus, seja uma pessoa
responsável, diligente e fiel com o dom que Deus lhe deu.
Exatamente porque é para a honra e glória do Senhor, farei com todo o meu coração e
da melhor maneira possível.
Vemos muitos músicos cristãos observando músicos seculares para ver o que
aprendem. Deveria ser ao contrário. Isto você e eu podemos mudar, se pedirmos ao Senhor
que nos dê um espírito de perseverança, zelo e disciplina para nos dedicar a aprender a “tocar
bem”.

É Valente

Devemos ser valentes ( que tem valor, corajoso, intrépido,esforçado) e não devem ser
confundido com valentão (fanfarrão). Se dependesse de nós e de nossas próprias forças para
enfrentar os perigos, desejaríamos nunca ver o perigo e nos afastaríamos o máximo dele.
É indispensável reconhecer, assim com Davi seguramente fez, que a única força que
temos vem de uma fonte divina.
Estou convencido de que Davi não era um “caçador de leões”, ou um “caçador de
ursos”, mas que por ter passado tanto tempo com Deus, estava cheio do Espírito do Senhor, e
portanto, sabia que quando o perigo se aproximasse poderia enfrenta-lo no poder e na força
que o Senhor lhe dava. Não havia o que temer, porque tinha o Deus do universo ao seu lado.
Foi assim também contra Golias.
Davi conhecia suficientemente bem o seu Deus para saber eu o Senhor era quem ia
fazer todo o trabalho: “Jeová o entregara em minhas mãos...” (I Sm 17.46).
Exatamente ai é onde entra a verdadeira valentia: confiar no Senhor e conhecê-lo, de tal
maneira que mesmo que apareça um leão poderemos estar confiantes que Ele estará conosco
e nos dar a vitória. Da mesma maneira quando aparecer um urso ou até mesmo um Golias. A
verdadeira força, o verdadeiro poder vem daquele que deu tudo de Si por nos para que
pudéssemos dar tudo de nós a Ele.
“Tão somente sê forte e muito valente, para teres cuidado de fazer conforme a toda a
lei, que meu servo Moisés te ordenou; não te desvie nem para direita nem para a esquerda,
para que sejas próspero em todas as coisas que empreendas... olha o que te mando que te
esforces e sejas valente; não temas nem te espantes porque Jeová teu Deus estará contigo
por onde quer que vás” (Js 1.7-9).
Muitos músicos não são reconhecidos como valentes, pessoas dispostas a enfrentar
perigos a fim de realizar alguma coisa, mas muitas vezes o contrário. Infelizmente, na maioria
dos casos em que há alguma coisa a fazer, os músicos se destacam por sua ausência, e isto é
o que devemos mudar nos músicos desta nova geração.

É Vigoroso

Fala do entusiasmo, entrega, ousadia e dinamismo, entre outras cosas mais. No original
tem os seguintes significados: 1)força 2)poder 3)eficiência 4)riqueza 5)força com de um
exército. Porém o vigoroso, tem outros aspectos interessantes. Alguns músicos não tem força
suficiente para saltar da cama pela manhã, muito menos a força de um exército. “ENERGIA,
VITALIDADE”. Quem de Deus que nós músicos contemporâneos pudéssemos dizer que estas
são palavras que nos distinguem, que nos caracterizam, mas infelizmente não somos capazes.
Parece que reina em nossas vidas exatamente o contrário do que vemos aqui. Uma grande
quantidade de músicos não saem de suas camas até o meio dia, e o fazem com grande
esforço. Isso porque ó levantam pois não agüentam mais um minuto de fome. E alguns nem
sequer sabem o que é uma ducha ao levantar, ou com cabelos despenteados,apontando para
todos os lados ou sem escovar os dentes, não sabem o que é uma ducha, ou pente, sabonete,
escova de dentes e outras coisas modernas do século vinte.
Você dirá: “Porque exagera tanto, Witt?” Bom, em primeiro lugar porque não estou muito
longe da realidade. Por exemplo, quando se visita esta lojas de música, onde eles vendem
todos esses instrumentos que tanto gostamos, as pessoas se parecem homens das cavernas.
Não posso contar a quantidade de vezes que sai destas lojas envergonhado de ser músico,
simplesmente pelo aspecto que têm os músicos que estão lá dentro. Dá vergonha!
Muitos falam: “É músico!!! Mas falam uns com os outros como quem dissesse: “Vamos
desculpar a forma excêntrica dele ser, afinal de contas ele é um artista que se expressa dessa
maneira. Temos de compreende-lo”. “Ah, eles são músicos, por isso são assim”.
A razão pela qual exagero um pouco a questão é para que nós, músicos desta nova
geração, tenhamos consciência, e comecemos a mudar estas coisas em nossas próprias vidas.
Já chega a fama de pertencermos à “Família Flintstone”.
Eficiência. Há uma grande necessidade entre os músicos de ter eficiência naquilo que
fazem, e a melhor maneira de começar é colocando nossas vidas em ordem e ssendo
disciplinados em nossas atividades e hábitos. Normalmente a falta de eficiência existe no
mundo inteiro e parece ser maior entre os músicos.
“Um pouco para dormir, um pouco para toscanejar, um pouco para cruzar os braços em
repouso, assim sobrevirá tua pobreza como ladrão e a tua necessidade como um homem
armado.” (Pv 24.33-34)
Leia também Provérbios 6.6-11; 10.26; 13.4; 20.34; 26.13-16; 19.24; 21.25; 22.13,
Romanos 12.11 e Hebreus 6.11-12.
SEJA UM SALMISTA CHEIO DE VIGOR!!!

Homem de Guerra

Guerra Espiritual. Esta foi sem dúvida, um das ênfases que o Senhor trouxe ao Corpo
para estes tempos. Temo de aprender sobre estes princípios para podermos ter vitória.
Devemos incluir o ministério de música neste tema de guerra espiritual, pois a música é uma
arma poderosa nesta guerra. Deus pôs a música como um instrumento poderoso de ataque
contra o inimigo. Muitos músicos têm a idéia de que “só tocam” ou “só cantam”, mas já é hora
de todos nós, os que tocamos ou cantamos, reconhecermos que ao faze-lo estamos entrando
diretamente em guerra espiritual.
“Cada pancada castigadora, com a vara, que o Senhor lhe (lhe referindo-se ao inimigo)
der, será ao som de tamborins e harpas; e combaterá vibrando golpes contra eles”. (Is 30.32)
Cada vez que tomamos em nossas mãos nosso instrumento para tocá-lo na presença
do Senhor, algo acontece no reino das trevas: a vara da Justiça do Senhor vem sobre o
inimigo! Cada vez que tocamos os instrumentos, ou aplaudimos, ou levantamos nossa voz para
declarar a grandeza de nosso Senhor, inicia-se uma guerra! É um dos resultados de tocar e
cantar para o Senhor. Não que a música ou canto tem em si algum poder mágico, mas por que
ao tocar, cantar ou louvar ao Senhor o estamos “elevando” (ou seja, exaltando-o acima de
tudo). O Salmo 68.1 no ensina que o resultado direto de “elevar” a Deus é a fuga dos inimigo
da Sua presença. Eles não agüentam estar em qualquer lugar, onde o Senhor está sendo
exaltado, glorificado e louvado, então só lhes resta uma opção: fugir.
Por isso considero tão importante que o músico, ministro de louvor desta nova geração,
entenda o seu papel nestes tempos. Ele não está só tocando por tocar ou cantando por cantar,
causando destruições no reino das trevas. Está possibilitando que o Senhor acerte o inimigo
com sua vara de justiça. Que importante é para o músico reconhecer seu papel, e que pastores
e líderes entendam que é por isso que o ministério de música deve ser assumido por pessoas
às quais possa-se dizer “homens de guerra”, como disseram sobre o salmista Davi aqueles que
entenderam a importância do seu papel nesta guerra espiritual.
Me entristece saber que a participação dos músicos em vigílias de oração, jejum e
reuniões de intercessão é muito é baixa. Deveria ser totalmente ao contrário. Os músicos da
Bíblia eram sempre os primeiros a serem enviados quando saiam para a guerra.
O Senhor falou claramente comigo sobre a estreita relação que há entre a música e o
louvor e a oração e intercessão. Muitas igrejas inspiradas pela visão que Deus nos deu,
começaram a ter, mensalmente ou semanalmente, reuniões de louvor e intercessão.
A música e a guerra espiritual estão diretamente relacionadas e é impossível separa-las.
Músicos e cantores, é chegado o tempo de sermos homens e mulheres de guerra.
Exercitando-nos espiritualmente para nos tornarmos soldados capazes de lutar nesta guerra.
Devemos ser pessoas comprometidas com a Palavra, de forma que a conheçamos
completamente. Devemos ser homens e mulheres comprometidos com a oração, de tal modo
que quando nossos pastores nos convocarem para uma reunião de oração possamos ser os
primeiros da fila, prontos para lutar.quando fizer um chamado ao jejum, devemos ser os
primeiros da lista dos que jejuarão. Sejamos homens e mulheres de guerra. Deixemos de lados
aquelas atitudes fracas e passivas, e nos envolvamos mais nesta guerra. Saibamos que nossa
luta não é contra a carne ou sangue, mas contra principados e potestades e hostes do mal nas
regiões celestiais. Deixemos de lutar um contra o outro, e comecemos a usar nossas energias
e forças para lutar contra nosso verdadeiro inimigo, satanás.
Que tal se alguém inventasse um aparelho que medisse a entrada e saída de
demônios? Quantos demônios em fuga seriam registrados neste aparelho ao começarmos a
tocar nossa música? Do mesmo modo, quantos demônios estariam sendo registrados com a
chegada de nossa música? O meu desejo é que, ao tocar na presença do Senhor ou ao erguer
minha voz em louvor a Ele e ao cantar sua glória nesta terra, os demônios ouçam aquele som,
e se aterrorizem ao saber que estou elevando e exaltando o Rei dos reis e Senhor dos
senhores, e como resultado eles terão que fugir ante esse som. Como músicos, somos
guerreiros. Aceitemos o fato e comecemos a viver como “homens e mulheres de guerra”.

Prudente em suas palavras

Leia isto:
“Se algum não se ofende em palavra, este é varão perfeito, capaz também de refrear o corpo
inteiro[...] a língua é um pequeno membro, mas se gaba de grandes coisas. Vede com uma
fagulha põe em brasas tão grande floresta! E a língua é um fogo, um mundo de maldade. A
língua está situada entre nosso membros, e contamina o corpo inteiro, e inflama a roda da
criação, e ela mesma é inflamada pelo inferno[...] nenhum homem pode domar a língua, que é
um mal que não pode ser refreado, cheio de veneno mortal. Com ela abençoamos ao Deus e
Pai, e com ela amaldiçoamos os homens[...] De uma mesma boca procedem bênção e
maldição. Meus irmãos, ISTO NÃO DEVE SER ASSIM (Tg 3.2, 5-6, 8-10; ênfase minha).
Parece incrível, mas existem pessoas que, ao entrarem num lugar, sabemos no trarão
palavras de ânimo, bênção e encorajamento. Da mesma maneira, existem pessoas que, ao
notarmos sua chegada, a primeira coisa que queremos fazer é sai o mais rápido possível,
porque sabemos, sem dúvida, que terão algo negativo a dizer, alguma reclamação a
exteriorizar, ou alguma “observação” a fazer.elas adoram criticar, triturar e “destruir as
pessoas” com suas palavras. Quantos pastores e líderes espirituais foram prato cheio nas
mesas de muitos destes irmãos!
“Mas evita falatórios profanos e vãos, porque conduzirão mais e mais impiedade. E sua
palavra corroerá como gangrena...” (II Tm 2.16-17)
“Nenhuma palavra torpe saia da sua boca, e sim a que for boa para a necessária
edificação, a fim de transmitir graça aos que ouvem” (Ef 4.29)
Nossas palavras devem ser de “edificação”. Pense... foram de edificação? Trouxeram
benção ás pessoas que as ouviram? Se a resposta para essas perguntas for “não”, em relação
a qualquer conversa do dia de hoje, então é hora de mudar o modo de falar. Muitos de nós
músicos, temos um “espírito de análise”, para não dizer crítica.
Baseado nas tantas vezes que critiquei os outros, agora em meus concertos ou noites
de celebração, percebo que os que estão sentados no fundo, me criticando e comentando
principalmente o que eu e meus músicos fazemos. A verdade é que isto não me aborrece,
porque sei que estou colhendo o que semeei. Minha oração é para que estas pessoas que me
criticam ou a qualquer outro ministro de Deus cheguem à compreensão de que as palavras
imprudentemente faladas, algum dia também por elas serão colhidas. Assim, pois, falemos
prudentemente.
1. Tenhamos cuidado com as nossas brincadeiras, histórias e piadas contadas entre nós.
2. Cuidado com as comparações (aquelas que ridicularizam e possuem espírito de
zombaria) e os apelidos que damos aos nossos amigos e parentes. Lembremos que
amizade não se compra, principalmente a das pessoas que o Senhor, em sua graça,
colocou ao nosso redor para nos amar, cuidar e nos proteger. Edifiquemo-nos com
nossas palavras prudentes.
3. Cuidado com o conceito que você tem de si mesmo. Ninguém deve ter um conceito mais
alto do si do que o que deve ter, de acordo com o apóstolo Paulo em Romanos 12.3.
Cuidado com o extremos 1)orgulho 2)a baixa auto-estima.
Cuidado ao falar muito bem de você, porque o orgulho vem antes da queda, da mesma
maneira, cuidado ao falar demasiadamente mal de você mesmo, por que tu és criação de
Deus.

Bonito

Estou convencido de que cada pessoa que Deus criou é bonita sem exceções. A palavra “toar”
no hebraico significa, “uma pessoa de aspecto bonito em sua forma, figura e aparência”.
Acredito ter um significado espiritual, porque todos nós sabemos que existe uma beleza na
pessoa que vai além da beleza física exterior, qual é a beleza interior de alguém que tem paz,
amor, paciência e todo o fruto do Espírito. É esse tipo de pessoa de devemos aspirar ser.

Jeová está com ele

Podemos concluir que a razão pela qual Davi tinha todas essas outras características, é porque
Jeová estava com ele. É bonito também ver que Davi reconhecia que as coisas não dependiam
de suas próprias forças. Acredito firmemente que, como resultada da relação que desfrutavam,
o Senhor podia confiar em Davi e apóia-lo nas coisas que fazia.
“O que habita no esconderijo do Altíssimo, viverá à sombra do Onipotente” (Sl 91.1).
Depois de saber o quer era ter consigo a presença de Deus, se descuidou e permitiu que
outros valores o convencessem, e deste modo ele perdeu a presença do Senhor. Cuidado!
Permitamos que Ele nos dirija em tudo o que fizermos, de forma que todos percebam que
Jeová está conosco. Depois de ler todos os atributos que tinha o salmista Davi: não sei se
sente como eu: incapaz, inadequado pela tarefa. “Porque queres me usar, Senhor, se eu não
tenho as características que outros tem? Usa outro”. Não é por nossas próprias forças, nem
pelas nossas próprias habilidades, para que nenhum homem se glorie (efésios 2.9), mas que é
através do seu Espírito que podemos sair confiantes e fazer o trabalho que nos chamou a
realizar. Se você se identifica com qualquer uma dessas coisas é uma das pessoas que o
Senhor pode usar. Permita que o Espírito Santo derrame em sua vida a graça para ter todas
estas características que necessitamos ter, nós, os salmistas desta nova geração.

AS RESPONSABILIDADES DOS SALMISTAS

Veremos o que o Senhor esperava dos Levitas do Antigo Testamento e aprenderemos,


através disso, algumas de nossas responsabilidades nos dias de hoje.

Levitas

Os levitas não tinha que fazer outra coisa, além de encarregar-se de tudo relativo ao
serviço do Senhor, construção do Tabernáculo, e se responsabilizavam por cuidá-lo,
transportá-lo, limpá-lo e nele servir. Era um povo separado dos demais. Deus provia-os com
certas coisas que os outros não recebiam. Tudo isso tinha um propósito específico e especial:
separar os levitas dos demais, a fim de que se dedicassem exclusivamente à obra do Senhor.
Os “porteiros”, por exemplo, cuidavam das portas e entradas no templo. Também havia os
cantores e os que eram os que serviam no templo, os “netíneos”, pessoas dedicadas a
servirem os levitas, ou seja, servo dos servos. Cada serviço na casa do Senhor, seja
diretamente no templo ou indiretamente através do serviço aos que servem no templo, possui
um lugar importante no projeto de Deus. O mover do Espírito Santo nestes últimos dias tem
permitido a comparação, em varias ocasiões, dos músicos de hoje aos levitas do antigo
testamento. Nosso sacerdócio, o do Novo Testamento, possui muito mais responsabilidade do
que do Antigo Testamento. Hoje em dia, você e eu nos colocamos muito mais em jogo como
sacerdotes da Nova Aliança (Ap 1.6). Muito tem sido nos dado para que possamos ser estes
sacerdotes, e daquele que muito tem recebido muito será cobrado (Lc 12.48). Ele nos enviou o
Consolador, por que nosso sacerdócio possui uma responsabilidade muito maior que a dos
levitas no Antigo Testamento. Temos também uma responsabilidade adicional (mas mais
abençoada também) de buscar o Espírito Santo em nossas vidas, pois temos um sacerdócio
muito mais efetivo eu o deles. Sempre que usar a palavra levita para referir-se a um músico,
ministro ou servo de hoje, lembre-se que, embora existam semelhanças, nosso sacerdócio
requer muito mais de nós que dos “levitas”.
Leia Números 1.50 e 18.23

No Tabernáculo

Hoje em dia, para nós, sacerdotes da Nova Aliança, o Senhor afirma que Ele já não
habita em templos feitos por mãos de homens, mas que nossa própria vida vem a ser o seu
templo, habitação e morada de Deus (At 7.48; 17.24 e I Co 6.19).
Para nós o “tabernáculo” é qualquer lugar onde nós reconhecemos a presença do
Senhor. É importante que vivamos em um estado de reconhecimento constante da Sua
presença para que Ele nos encontre, fale conosco, trabalhe “em e através de nós” em todos os
momentos. Isto seria para nós a aplicação do estar “no” tabernáculo. Isto não significa que
sejamos seres “especiais” ou “estranhos”, espiritualmente falando.
Quando o Apóstolo Paulo escreve para uma igreja em Tessalônica, dizendo “orai sem
cessar” (I Ts 5.17), ele não lhes falava que passassem o dia inteiro sem fazer mais nada, mas
sim que vivessem em “atitude” constante de oração, sem negligenciar todas as outras coisas
que tinham para fazer, mas termos o coração e espírito dispostos à oração, constantemente e
em todo tempo. Não deixe seus trabalhos e afazeres de lado, não seja negligente com seu
esposo ou esposa, no trabalho ou mesmo na igreja.
“BUSQUEI ao Senhor e Ele me ouviu, e me libertou de todos os meus temores” (Sl
34.4). Sempre BUSQUEMOS ao Senhor em tudo o que fizermos e em tudo que falarmos.
VIVAMOS sempre “em sua presença”.

Em Todos os Utensílios

Somos encarregados de mantê-los em ótimas condições e prontos para ser usados a


qualquer momento. Ao utilizar qualquer dos utensílios, estes tinham de estar prontos, limpos e
bem cuidados. Ah, como é desagradável quando um instrumento não está pronto, mas todo
sujo, descuidado, e conservado de forma medíocre.
Uma das coisas que mais me desconcerta ao falar dos dons e ministérios, é a
negligência, ou desprezo pelos mesmos. Quantas vezes vimos ou ouvimos certas pessoas
dizerem: “Ai, TENHO dirigir o louvor novamente” ou, “TENHO que ir a reunião para tocar”, ou
“TENHO que isto... ou TENHO que aquilo...”, quando deveria existir uma mentalidade de
PRIVILEGIADO. O fato de Deus ter depositado estes dons e ministérios em vasos tão feios
como nós (II Co 4.7), é uma benção, um presente, um verdadeiro privilégio que nunca
deveríamos desperdiçar nem desprezar, por qualquer coisa no mundo. Como é isso de que
“TENHO” que fazer? Deveríamos ter atitude de “É UM PRIVILÉGIO” pode fazer isso ou aquilo!
Quando existe um salmista que entende que isso não é um DEVER, mas um PRIVILÉGIO,
então podemos nos dar conta de que este é um salmista que entendeu os “utensílios”
preciosos que o Senhor lhe entregou para cuidar com toda atenção. Quando prevalece a outra
mentalidade descrita, é porque o salmista ainda não entendeu quão valiosos são os utensílios
ou os instrumentos que o Senhor lhe deu. Todos os dons do Espírito são utensílios para nos
ajudar no serviço ao Senhor como sacerdotes. Todas as habilidades e capacidades que
existem no Corpo de Cristo são os meios que Deus deu a sua Igreja, de forma a podermos
servi-Lo melhor. Temos que manter nossos instrumentos e aparelhos sempre em boas
condições, e prontos para usar para Ele.
“Apartai-vos, apartai-vos, saí de lá, não toqueis coisa imunda; saí do mio dela; purificai-vos os
que levais OS UTENSÍLIOS de Jeová” (Is 52.11; ênfase minha).
Ao levar estes precioso utensílios que o Senhor nos encarregou, deveríamos viver nossa
vida consagrada e em santidade diante d’Ele. Não podemos sujar nossas mãos com as coisas
que contaminam os utensílios, porque ao dar de comer (figurativamente) ao Corpo de Cristo,
poderemos enche-lo de coisas que podem fazê-lo adoecer. E mais, creio que em muitos
lugares o Corpo de Cristo está doente, porque os sacerdotes não tem limpado as mãos antes
de tomar os utensílios para ministrar ao Corpo. As mãos estão manchada de pecado e de
muitas coisas imundas (filosofias, falsas doutrinas, mentalidades humanísticas). “LAAVE AS
MÃOS”.

Eles Levarão o Tabernáculo

Outra responsabilidade do levitas era a de levar o tabernáculo para todos os lados.


Todos tinham uma tarefa, uma responsabilidade e todos tinham que cumpri-la de forma que
funcionasse bem. Você e eu temos a tarefa surpreendente de levar a presença de Deus para
onde quer que formos. É nossa responsabilidade levarmos Sua presença para todo lugar. Mas
como tabernáculo do Espírito Santo essa tenda vai conosco por todos os lados; devemos ter
cuidado para que as pessoas sempre vejam em nós o precioso do senhor e doce testemunho
do Senhor em nossas vidas. Muitas vezes você e eu estamos tentando levar a presença de
Deus em “carros novos”, ou em outras palavras, métodos e modos de fazer as coisas na
perspectiva do mundo em vez de fazer como Ele nos mandou: sobre nossos ombros.
“A pregação de maior impacto que as pessoas podem ter sobre Cristo é observar nossa
maneira de viver”. O que dizemos com nossa boca DEVE ser respaldado pelo modo que
vivemos; se não for assim, não existirá nenhuma verdade em nossas palavras.

Eles Servirão Nele

Aprender a servir na presença do Senhor. É impressionante vê a quantidade de pessoas


que não entendem o que a palavra “ministério” significa “serviço, porque em vez de serem
servos no Reino de Deus vemos muitos que estão no “ministério” para ser “senhores” pensam
equivocadamente que por estar que por estar no ministério possuem certos direitos e
privilégios sobre o rebanho, em vês de ter o compromisso que teve Cristo de servir e dar sua
vida pelas ovelhas. Estão servindo a Ele e não aos homens (Ef 6.7). Quando servimos aos de
eu Corpo, é como se estivéssemos servindo à Ele (Mt 25.31-46). Quantas vezes escutamos as
pessoas que estão na obra do Senhor dizerem “MEU ministério”, “MINHA igreja”, “MEUS
membros”, “MEUS jovens”, “MEU grupo de louvor”, “MINHA posição”, “MEU isto ou MEU
aquilo?”. Parece que nos esquecemos quem realmente é o cabeça da Igreja. Parece que nos
apropriamos do Corpo de Cristo em vez de o servimos.
Os “pára-quedistas”, quero dizer, pessoas que caem de par-quedas em certas ocasiões
de um modo ilegítimo (normalmente à noite quando ninguém pode detê-lo) para apropriar-se,
beneficiar-se, tomar posse.
A nós só nos corresponde o incrível PRIVILÉGIO de poder servi em SEU Reino.

Acamparão Ao Redor Do Tabernáculo

Era importante aos levitas que morassem o mais perto possível do tabernáculo, para
que estivessem o mais próximo possível do seu trabalho. Eliminava-lhes qualquer possibilidade
de desculpa para “chegar tarde” ou então “me atrasei porque o tráfego estava muito intenso
nesta manhã, porque moro do outro lado do acampamento...”, mas morar próximo ao lugar de
Sua presença, os levitas eram capazes de se concentra totalmente em suas tarefas e
responsabilidades. Nada de desculpas! Sua vida e atividade giravam em torno da presença de
Deus.
Aí está a aplicação! Nossa vida e atividade devem girar em torno da presença do
Senhor. Devemos ter uma sensibilidade tamanha à sua presença, que quando Ele começar a
se mover poderemos nos mover junto com Ele. Que não haja distrações nem outras coisas a
fazer, só viver completamente conscientes da Sua presença e da atividade que ocorre dentro
do tabernáculo.
Quando no deserto a coluna de fogo à noite ou a nuvem durante do dia pousava sobre o
Lugar Santíssimo e começava a se mover, os levitas tinham a tarefa de avisar ao resto do
acampamento que Deus estava se movendo e esta na hora de empacotar malas e mover-se
junto com Ele. Eles tina de estar alertas, preparados para se mover com a presença de Deus,
da mesma maneira que você e eu devemos esta no dia de hoje: constantemente conscientes
do mover de Deus na terra, alertando aos outros, preparando o terreno nos corações de mais
homens e mulheres em que Deus deseja estabelecer morada.
Esta é mais uma de nossas responsabilidades: cuidar para que nossas vidas estejam
juntas à presença do Senhor.
Muitos pensam que seu chamado é ser médico, professor, advogado, etc. Mas à luz da
Palavra de Deus podemos nos dar conta que fomos criados para o louvor de Sua glória (Ef
1.14), e fomos criados para Ele (Cl 1.16, Is 43.7 e 21). Nós exercemos algumas das carreiras
ou profissões é porque necessitamos que estes trabalhos financiem nosso sacerdócio.
Necessitamos que as rendas que recebemos destes trabalhos nos dêem o sustento necessário
para continuar a ser sacerdotes da Nova Aliança do Senhor aqui na terra. Esses trabalhos
nunca deveriam chegar a ocupar o primeiro lugar em nossas vidas, mas “acampar” ao redor da
presença de Deus, em TODOS os aspectos, cem por cento entregues a SEU propósito e
desejo, SUA missão e vontade.
“Estará minha vida focada na presença de Deus?”

Levarão Sua Iniqüidade (Números 18.23)

Bem, voltando a nossa responsabilidade de levar a iniqüidade , temos sempre que


lembrar que quando nos aproximamos de Deus, normalmente é porque queremos “levar”
alguma coisa até Ele, como por exemplo: pecados, problemas, situações difíceis, angustias,
etc. uma de nossas tarefas é “levar” esta iniqüidade que se apresenta no tabernáculo, mesmo
sabendo que Cristo levou todos nossos pecados e todas as nossas enfermidades.
Estamos entregando nossas vidas para que, aqueles que não conhecem a Cristo e
também os que o conhecessem, possam ter alguém do Corpo de Cristo com quem falar sobre
seus problemas, angustias, pecados, etc. isto é parte da função do Corpo: ser representantes
de Jesus aqui na terra; ser o braço do Senhor que se estende em misericórdia pelos
desamparados, ser a boca do Senhor que fala palavras de verdade, sabedoria e justiça aqui
ma terra, ser os pés do Senhor, levando as boas novas do evangelho a todas as pessoas por
todas as partes.
Por muitos lados estaremos expostos à iniqüidade e imundície, assim como foram os
sacerdotes do Antigo Testamento quando o povo vinha ao tabernáculo para oferecer suas
oferendas de paz e arrependimento diante do Senhor. Era importante que estes sacerdotes se
comportassem de uma maneira digna ao seu ofício, e isto me leva a uma das aplicações desta
passagem para nossas vidas: existe um alto preço a ser pago através da ética e retidão com
que conduzimos as coisas relacionadas com a “iniqüidade” mostrada por muita gente.
Devemos ter o máximo de cuidado ao tratarmos da vida de uma pessoa. É impossível ser um
bom sacerdote e descuidar-se de zelar por pessoas que recorrem a nós para pedir ajuda ao
Senhor.
Em lugar de entregar essa iniqüidade ao Senhor e sepulta-la debaixo do sangue
poderoso de Jesus, levaram-na a outro irmão ou a vários outros irmãos, espalhando a
iniqüidade por todos os lados, em lugar de conte-la debaixo desse sangue derramado
exatamente para ocultar pecados. Quantas vezes temos falhado consciente ou inconsciente,
como sacerdotes ao não “levar a iniqüidade” deixada no tabernáculo.
Deixemos a iniqüidade sob o sangue do Cordeiro, onde existe perdão e purificação de
toda imundície. Que benção termos de “levar a iniqüidade” para sepulta-la no mar de sangue!
Estabeleçamos em nossa vida uma série de regras e limites que possam regular nosso
comportamento ministerial ou sacerdotal.
Muitas das vezes, depois de uma reunião, haverá pessoas que se aproximarão de nós
porque nos viram participar de uma maneira diferente e portanto desejarão nos dizer algo
sobre suas “iniqüidades”, pedindo oração, ajuda ou conselho. Neste momentos, precisaremos
ter bem estabelecida em nossa vida a ética, sobre como vamos tratar estes assuntos. É uma
palavra de conselho, talvez porque não gostariam ou não lhes convinha que fosse dada pelo
seu pastor. Nestes casos, uma das regras de ética que estabeleci em minha vida e em meu
ministério é a de nunca tomar um lugar que não me corresponde, dando conselhos a pessoas
que você desconhece a situação. Sempre envie esta pessoa ao seu pastor ou “líder espiritual”.
É importante estabelecer estas regras de ética. Em nossos ministérios e em nosso sacerdócio,
para que a “iniqüidade do tabernáculo” não seja espalhado por todas as partes, mas que fique
onde deve estar: debaixo do sangue de Jesus.
Falando em espelhar iniqüidade, me lembro das vezes em que estive em reuniões de oração,
onde todos expõem seus pedidos para que os demais orem a favor deles. Existem algumas
pessoas que utilizam esta ocasião para “desfrutar” com os demais irmãos da última “fofoca” do
momento. Ouvimos dizer : “ai, irmão orem por Maria, porque está passando por uma situação
muito difícil neste momento”. E como os demais já receberam as instruções de eu tem de pedir
“especificamente” pelas coisas, lhe responde: “seja mais específico, para que saibamos orar,
por que precisamos orar detalhadamente”. Então a primeira pessoa começa a contar a história
de Maria , enquanto todos os demais permanecem verdadeiramente escandalizados pelo que
estão ouvindo, a ponto de comentarem em sussurros um ao outro: “Como Maria se atreve a
fazer esta barbaridade?” e “bom, eu sabia que ela não era muito cristã, e aqui está a prova”.
Após terem todos os detalhes, ele começam a “orar”, muitas vezes como o fariseu que dizia:
“Senhor, que bom que não sou como Maria, mas te faço oferenda, e sirvo e faço corretamente
o que me pedes, tem misericórdia de Maria”.
Temos de estabelecer regras e fronteiras corretas.
Para resumir este item, diria o seguinte: trabalhar no sacerdócio do Senhor requer
muitas vezes “sujamos” as mãos com os problemas das vidas dos outros. Quando isto
acontecer, levemos essa “iniqüidade” e limpemos com o sangue do Senhor Jesus.

O MÚSICO E SEU DINHEIRO

Muitas amizades já foram perdias e as maiores brigas do mundo já aconteceram por


problemas relacionados ao dinheiro. É por isso que o Apostolo Paulo aconselhou Timóteo, um
jovem ministro do Reino que tinha muito a aprender, com estas palavras:
“Assim que, tendo sustento e com o que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que
querem ficar ricos caem em tentação e cilada, e muitas concupiscências insensatas e
perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a
raiz de todos os males; e alguns nesta cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se
atormentam com muitas dores.” (I Tm 6.8-10)

Quando consideramos o dinheiro nosso sustentador e não um simples instrumento, é ai


que começa o problema. No momento em que colocamos nosso olhos no dinheiro as coisas já
começaram anão andar bem para nós.

Não Possuirão Herança


“e não possuirão herança entre os filhos de Israel, porque aos levitas dei por herança os
dízimos dos filhos de Israel, que apresentarão a Jeová em oferta; razão pela qual lhes falei
(repete novamente); entre os filhos de Israel não possuirão herança.” (Nm 18.23-24)

Pare de procurar alguma herança, porque NÃO EXISTE nenhuma! É simples. No


momento em que nos empenhamos para ver o quanto podemos ou “devemos” ter na nossa
“parte”, caminhamos em terrenos bastante delicados, porque em vez de confiarmos que o
Senhor se encarregará de nós para suprir de tudo o que falar (Fl 4.19), começamos a nos
preocupar com as nossas necessidades e por isso entramos em muitos problemas, já que não
sabemos suprir como Ele sabe fazer. Por isso é melhor deixar que Ele o faça.
Um mordomo é um criado, uma pessoa que cuida dos bens de outros. É alguém que
normalmente não tem nada seu, porém tem tudo, porque desfruta de tudo que seu amo tem.
Se for um bom mordomo e ganhar a confiança de seu senhor não existirá nada que o amo
limite a esse servo fiel, mas se o mordomo for infiel, irresponsável e corrupto, usando os bens
de seu amo para seu próprio benefício, então será despedido no momento em que for
descoberto. Cuidado ministros “na manipulação” dos bens e propriedades do Senhor dos
senhores. Ele é nosso amo, e tudo o que temos (e que na verdade não é nosso), vem dEle e
pertence à Ele. Fomos encarregados com a tarefa de sermos bons administradores de seus
bens e heranças. Como mordomo (servo) não espere nada pra você. Enquanto isso coloquem
em seu espírito a certeza de que você não terá herança.
“Marcos, como então você explica este versículo, onde diz que o trabalhador é digno de
seu salário?”
Essa passagem está em Lucas 10. Jesus está para enviar setenta obreiros para pregar
o Reino de Deus. Está lhes dando instruções praticas de como e comportarão. Entre essas
instruções falou com eles sobre “salários”, que tanto alegam muitos ministros de música (e
entre outros ministérios também). Vejamos a passagem:
“Ide; eis que os envio como cordeiro no meio de lobos (como isso já nos advertiu como seriam
as coisas... Bom , continuemos). Não levei bolsa, nem alforje, nem sandálias; e a ninguém
saudeis pelo caminho. Em qualquer casa onde entreis, primeiramente digais: Paz seja nesta
casa. E se houver ali algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ele
zvoltará sobre vós. Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem;
porque digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.3-7).

A única coisa que devemos esperar das pessoas que ministremos é alimento e abrigo,
nada mais. Aqueles que usam esta passagem para exigir alguma oferta financeira estão
aplicando mal este versículo em seu próprio benefício e satisfação pessoal, e não estão sendo
mordomos fiéis, mas corruptos, possuem grande necessidade de refletir no verdadeiro
significado da palavra “servo”.
Em toda casa onde há servidão, um dos problemas que se enfrenta é com os servos
que se apropriam de coisas para seu uso pessoal (em outras palavras são roubadas). Quando
o problema é confrontado, em certas ocasiões ocorre arrependimento e restituição, e assim
pode-se continuar trabalhando com este servo. Mas se ele imaginar que seu senhor possui
mais do que ele precisa e se tomar alguma coisa ser justificado, então ele não durará nesta
casa. Normalmente, os sevos que possuem esta mentalidade nunca se arrependeram de seu
pecado porque sentem que tem algum “direito” de propriedade, sendo despedidos por
infidelidade e deslealdade. Mil vezes, não, não estou dizendo que é necessário viver na
pobreza e miséria, porque a Bíblia ensina que Deus nos quer prósperos e abençoados. Mas
esta prosperidade e bênção estão diretamente relacionada com nossas servidão fiel e
responsável e nosso crescimento espiritual. Em III João 2 está escrito: “Desejo que tu sejas
próspero em todas as coisas, assim como é próspera a tua alma.”
A benção e a prosperidade estão diretamente com nossa obediência. Somos nós que
fechamos a fonte de bênçãos ao tirar nossos olhos daquele que é nosso sustentador, ao
olharmos para outras coisas.
Aqui existe algo muito bonito e importante, quando o servo está sendo fiel no que lhe
compete (que é o seu serviço), não olhando qual “herança” pode ter, mas sendo responsável
em suas áreas de trabalho e cumprindo fielmente dia após dia o que tem que fazer (que é
servir), o Senhor, na abundância de Seu coração, ao ver sua fidelidade, decide abençoa-lo com
algo adicional, que não esperava.
Quando esperamos que nos dêem algum presente, não desfrutamos da mesma forma
que quando nos aparecem de surpresa. Ele olha para o nosso coração, nos vê fiéis,
responsáveis e entregues ao trabalho que nos incumbiu de fazer e de repente... PUM... O que
foi isso? Algo que caiu do céu para abençoar o servo fiel. É deste modo que Deus tem
abençoado muitos.

“Olhos Direcionados”
Para onde tenho olhado?
Se tivermos olhando para o Autor Consumador de nossa fé (Hb 12.1-2) podemos viver
confiantes, mas buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua justiça, e que todas estas
COISAS (comida, bebida e o que vestir) vos serão “acrescentadas”. Por muitos anos o mundo
tem nos ensinado que se não cuidarmos de nós mesmos, ninguém o fará. Mas o Reino de
Deus se move com outra série de regras, completamente diferentes das deste mundo.
“Porque o Reino de Deus NÃO É comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no
Espírito Santo” (Rm 14.17, ênfase minha).
Se o Senhor vê que eu e você “olhamos por nós mesmos”,estamos atando-lhe as mãos,
de forma que não tenha prazer em nos ajudar. De repente, Ele olha do céu e vê que estamos
ansiosos, cansados e conturbados por ver de onde tiraremos nossa próxima moeda, então
Deus fala: “Bom, parece que meu filho está fazendo um bom trabalho de olhar por si mesmo.
Melhor me dedicar a suprir este outro filho o que lhe falta, porque ele sim está descansando e
confiando em mim”. Nós mesmos impedimos a bênção de Deus sobre nossa vida.
- sugestão de leitura – La llave que lo abre todo (A chave que abo tudo), Jack Hayford –
“Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes.
Tornais-vos para Mim, e Eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos. Mas vós
dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e
dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados,
porque a Mim me roubais, vós, a nação toda.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na mina casa, e provai-
me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós bênção sem medida.”
Na realidade, Deus não tem um problema de liquidez. Ele não está precisando de nosso
dinheiro para cumprir com seu pagamentos mensais celestiais. Deus não precisa de nosso
dinheiro para poder continuar a construir as mansões celestiais que prometeu a todos nós, mas
Sua palavra Lhe basta para fazer qualquer coisa, como já nos tem comprovado desde a
criação do mundo. Então, porque Ele diz que O “roubamos”, se não precisa de dinheiro? Em
que Lhe roubamos? Na bênção e no prazer que Lhe damos ao podermos bendizer como Ele
quer, e como é o desejo de Seu coração! Nisso TODOS nós O roubamos.
Quando ele percebe que não temos confiança suficiente para “prova-Lo” e ver se Ele
derramará sobre nós toda sorte de bênçãos, então Ele não nos poderá abençoar como
desejaria, porque nós mesmos O limitamos ao não obedecer e agir de acordo com Suas leis.
“O que semeia escassamente, também colherá escassamente” (ICo 9.6). Daí, e dar-se-vos-á”
(Lc 6.38). Ele se rege pelas Suas próprias leis, e se você semeia pouco, pouco colherá. Se não
dá, Ele não lhe pode dar, e deste modo você estará Lhe “roubando” a alegria de poder
abençoar, o Seu prazer de poder cuidar e proteger você, de suprir todas as necessidades. Por
isso é que diz: “Vós, a nação TODA, me haveis roubado” (ênfase minha). Deus está
procurando pessoas que REALMENTE confiem n’Ele como Autor e Consumador de sua fé, é
exercer total confiança n’Ele como fonte de seu sustento.
1) Vivamos pela fé e não por nossos “acertos” (II Co 5.7). O mundo nos tem ensinado o
modelo de fazer contratos e negociações, e não digo que está todo ruim, porque
qualquer pessoa cuja palavra tenha validade não terá problema nenhum em assinar
uma folha de papel, dizendo que cumprirá a sua palavra. No entanto, quando
dependemos desses contratos, olhando-os como “garantia” de nosso sustento, as
coisas perdem o enfoque bíblico que devem ter. “É, pois, a fé a CERTEZA do que se
espera, a CONVICÇÃO do que não se vê.” (Hb 11.1) ênfase minha. Quando exercermos
fé verdadeira, podemos ter a CERTEZA de que é o Senhor (e não nossos “acertos”) que
cuidará de nós. Ao confiar n’Ele, teremos a profunda de que Ele nunca nos
desamparará ou nos deixará (veja Hb 13.5), estará SEMPRE inclinado a cuidar de nós e
a nos prover de tudo o que necessitamos.
2) Mantenha uma atitude correta em relação ao dinheiro (Tm 6.9). Aqueles que se queixam
dizendo: “não deu nem pros gastos”, possuem uma atitude incorreta, além de ter seus
olhos nos “acertos” e não no Autor e Consumador de nossa fé. Se foi para aquele lugar
com finalidade de ganhar dinheiro, o fez com atitude incorreta. É muito provável que se
“não deu nem pros gastos”, Deus está lhe dando uma grande oportunidade de aprender
para quem realmente deve olhar: para Ele ou para os “acertos” que acabam de falhar.
Ele lhe suprirá o que gastou para chegar ao lugar onde foi ministrar. Se não lhe deram
oferta, então acaba de ter uma maravilhosa oportunidade de semear no Reino de Deus,
“mas é injusto que tratem dessa maneira o ministério em que damos tudo pela causa de
Cristo, sacrificando até nossas famílias! Os que assim aproveitam dos ministérios são
ladrões do Reino. “Como não falar isso?”. “Eles terão que prestar contas a Deus por
suas ações incorretas, e nós igualmente teremos que prestar contas pelas NOSSAS
más atitudes. Tenhamos cuidado ao manter em nosso coração uma atitude correta a
esse respeito.
3) Se somos fieis no pouco, Ele nos dará muito mais. (Lc 16.10-12) Quase sempre no
início tudo é escasso (pode perguntar a qualquer um que esteja no ministério). Alguns
lutam até para saber onde irão comer no dia seguinte. A maioria das pessoas que
começa algum ministério, atendendo a algum chamado do Senhor, experimenta anos de
escassez. Por que? Porque o Senhor quer saber se pode confiar um pouco em nós,
antes de nos soltar mais. Deus se move pelas suas próprias leis e esta é uma delas.
Não PODE lhe dar mais até que aprenda a era fiel com o que já lhe deu. Quero lhe
animar a nunca tirar seu olhos da verdadeira fonte de nosso sustento: o Senhor Jesus
Cristo.

Um Bom Mordomo

Deus deu a cada um de nós algo que devemos cuidar; pode ser um talento, um dom
algum recurso natural ou espiritual, e exige que todos sejam bons mordomos destes tesouros
que o Senhor depositou em nossas vidas.
1) ADMINISTRE BEM. A maioria de nós, músicos, não tem fama de sermos muito
organizados, ao contrário, somos geralmente conhecidos como pessoas
desorganizadas. Sejamos bons administradores dos bens e recursos que o Senhor nos
deu. Um bom administrador é aquele que sabe pensar no amanhã e não no “exatamente
agora”. É uma pessoa que sabe guardar algo diante da possibilidade de um dia precisar
daquilo que tem à mão; é alguém que, não gasta tudo no mesmo instante.
2) VIVA DENTRO DA SUA “REALIDADE ECONÔMICA”. Cuidado com querer levar um
estilo de vida que não podemos sustentar. Infelizmente o mundo inteiro foi amaldiçoado
com a noção dos níveis sociais. Todo mundo aspira ter mais, para ser visto como
vencedor. Mentira! Não temos que impressionar ninguém, nem ficar de bem com
ninguém, para sermos “aceitos”, porque quando entendemos que Ele nos aceita não nos
preocupa mais a opinião alheia. Oh meu irmão, nisto existe uma liberdade que não osso
descrever; só será capaz de conhecer ao vivê-la pessoalmente. Graças sejam dadas ao
nosso Senhor Jesus, porque este reconhecimento é outra das muitas coisas que Ele nos
comprou na cruz do Calvário. Nunca mais você terá que impressionar ninguém com o
modelo de seu carro, nem com uma propriedade ou sua marca de roupa se Jesus vive e
reina nos seu coração. Não existe nível social mais alto do que você posa pertencer,
porque é filho ou filha do Rei dos reis. Isso lhe permite viver totalmente dentro de sua
realidade econômica.
3) CUIDADO COM A DÍVIDA! No México dizemos que “Me droguei”, para dizer “Me
endividei”. “DIGA NÃO às drogas”. A dívida é uma espada de dois gumes. Pode ser uma
bênção, mas para os que não sabem administrar corretamente pode ser a maior
maldição de sua vida. Se não souber administrar seus cartões de crédito, vou dar-lhe
um conselho, pegue uma tesoura e corte-os em mil e trezentos pedaços e nunca mais
olhe para eles.
4) NUNCA ASSUMA COMPROMISSO QUE NÃO POSSA CUMPRIR. “Que o vosso sim
seja sim, e vosso não seja não, para que não caiais em tentação” Tg 5.12. É melhor
dizer “não” se soubermos que não podemos cumprir. E se dissermos “sim”, cumpramos
ainda que doa! Muitas pessoas respondem um “sim” só pra se livrar dos convites. Isso
se chama mentira! O pai de todas as mentiras é tão somente Satanás. Não sei se a
você interessa ter o diabo como pai, mas pra mim, definitivamente NÃO.
5) O MORDOMO NÃO CONTA SOBRE SUAS NECESSIDADES A NINGUÉM MAIS,
ALÉM DE SEU AMO. Como é importante aprender a levar todas as nossas ansiedades
a Ele, porque Ele tem cuidado de nós (I Pe 5.7)! Quantos não cometemos o erro de
“expressar” nossas necessidades com outros, na esperança de que eles provavelmente
sejam o “meio” pelo qual Deus usará para supri-las. Tenha muito cuidado. O bom
mordomo só conta ao seu senhor quais são as necessidades da casa. Levemos todos
os nossos pedido diante do Senhor. “Acheguemo-nos, pois, confiantemente ao trono da
graça, para alcançarmos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião
oportuna” (Hb 4.16). Creio que existe aqui algo que devemos mencionar. Existe uma
grande diferença em “expressar” a todos as “necessidades”, e dize-las a uma pessoa
que desejou saber, com genuíno interesse, quais são. A diferença está em que a
pessoa, não nós, que abriu a porta para saber sobre nossas necessidades,
provavelmente foi movida pelo Senhor para nos abençoar. Mas os que sempre andam
por todos os lados “falando” para todo mundo de suas necessidades, sem que ninguém
lhes pergunte, parecem mendigos e não servos do Rei Altíssimo. Tenha cuidado.
6) CUIDADO COM OS NEGOCIOS FRAUDULENTOS. Todo mundo deve poder ver nossa
contabilidade sem que nos deixe preocupados, apreensivos. Deveria ser um livro aberto
e lido por todos, porque tivemos o cuidado de tomar boas decisões econômicas, que
não nos envergonham. Se você não pode fazer isto, ATENÇÃO! Algo anda ruim.
Termino este item citando-lhe Amós 8.4-7: “Ouvi isto, vós que tendes gana contra o
necessitado, e destruí os miseráveis da terra dizendo: Quando passará a lua nova, para
vendermos o grão? E o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e
aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras, para
comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sandálias, e
vendermos o refugo do trigo? Jurou o Senhor pela glória de Jacó: Eu não me
esquecerei de todas as suas obras para sempre!”

Lembre: para mim e para você não existe HERANÇA. Projetemos-nos à idéia, e depois de
entende-la, comecemos a viver desta maneira radical e maluca chamada “confiança total”.
O MÚSICO COMO SACERDOTE

Por muito tempo muitos de nós, músicos, tivemos a idéia de que “só” tocamos ou
cantamos. Ao estudar mais de perto o ministério da música percebemos que existem muito
mais responsabilidades do que alguns de nós gostaríamos de aceitar. Como em tudo, o Senhor
espera que levemos muito a sério os dons e habilidades que ele depositou em nós, com
absoluta seriedade. É muito sério nosso ministério neotestamentário, e como já disse antes,
ainda mais sério por tudo o que significa ser um sacerdote da Nova Aliança. A palavra
“sacerdote” tanto no hebraico kohen como no grego hierus e no latino sacerdos “denota alguém
que oferece sacrifícios”. Temos a responsabilidade de oferecer “sacrifícios de louvor”. Agora,
como sacerdotes do Novo Testamento, nossos sacrifícios são espirituais; e se oferecem do
altar do nosso coração com toda humildade, sinceridade e seriedade ao Senhor com gratidão,
submissão e humilhação diante d’Ele. Isto é algo que deve ser feito por todo cristão do Novo
Testamento, não somente pelos músicos. Mas agora, por meio do sangue precioso do Cordeiro
perfeito, você e eu podemos entrar e ter comunhão com Ele e estar com Ele. Que delícia! Que
benção! Infelizmente, poucos tiram proveito disso como o Senhor gostaria, mas espero que isto
mude.
A música é parte fundamental na expressão do povo do Senhor e no desenvolvimento
dos sacrifícios que fazemos nós, seus sacerdotes, a Ele.
A maneira correta para entrarmos na Sua presença é com ação de graças e com louvor
(Sl 100.4). Esta é a “regra” para estarmos diante d’Ele. Por isso nós músicos temos uma
responsabilidade muito grande quando oferecemos os “sacrifícios de louvor”, já que por meio
da música vimos muitas pessoas receberem grande bênção.
Da mesma maneira vimos ocasiões que, por causa de alguns músicos mal preparados e com
pouco entendimento de seu papel na presença de Deus, nos perdemos totalmente, acabando
tudo em total confusão e caos embora esse devesse ser um tempo íntimo e maravilhoso com o
Senhor. Encaremos nosso lugar no Corpo com muito mais seriedade e entrega. Muitas
pessoas que não levam a sério o ministério da música, simplesmente porque muitos de nós
não o levamos a sério. Quando as pessoas percebem que nós não levamos com seriedade,
entrega, disciplina e formalidade esse ministério, por que então eles teriam que faze-lo?
Permita que o Espírito santo fale com você através desta passagem.
“Mas o sacerdotes levíticos, os filhos de Zadoque, que cumpriram as prescrições do mau
santuário, quando os filhos de Israel se extraviaram de mim, eles se achegarão a mim, para
me servirem, e estarão diante de mim, para em oferecerem a gordura e o sangue, diz o Senhor
Deus. Eles entrarão nos meu santuário, e se chegarão à minha mesa, para em servirem, e
cumprirão as minhas prescrições”. (Ez 44.15-16)
Cristo pretendia ao dar sua vida na cruz do Calvário: restaurar a relação quebrada entre
Deus e o homem e restaura o pecador, dando-lhe perdão e vida eterna. A obra de Jesus pode
ser resumida nesta única palavra: Restauração. Ele nos restaurou a ponte de podermos viver
agora uma “vida em abundância” (Jo 10.10)
1) Os levitas eram descendentes de Zadoque, sacerdote que durante a rebelião se
manteve firme e fiel ao lado do rei e não abandonou sua posição no templo, mas
protegeu-o e continuou ao serviço no mesmo. Deus reconheceu a fidelidade de Zadoque
por recompensar seus filho com um bênção muito especial: o privilégio de ministrar
perto d”Ele. Deus recompensa os que permanecem fiéis no lugar em foram postos, e
que não estão seguindo aos outros rebeldes, cujo o único desejo é ter autoridade e
esplendor que não lhes corresponde. Quer ter o luar de privilégio e bênção, perto do
coração de Deus? Sê fiel. Deus recompensará sua fidelidade.
2) “Se chegarão para ministrar a mim, e diante de mim; estarão para oferecer gordura e
sangue[...] eles entrarão no meu santuário. Nossa tarefa como sacerdotes é nos
achegarmos e ministrarmos à Ele, Lhe oferecer os sacrifícios espirituais de louvor, de
acordo com a passagem e lemos em Hebreus 13.15. Todo o resto que fazemos em
nosso ministério é bom, talvez poderíamos dizer até necessário, mas nossa prioridade e
responsabilidade é de nos achegarmos a Ele para estar diante d’Ele. Temos nos
comprometido em tantas outras coisas que têm a ver com nosso sacerdócio, que
enchemos nosso dias e noites, nossas semanas e meses com muitas coisas que
provavelmente nos impedem de termos o tempo necessário e suficiente para poder
estar diante d’Ele como devemos. Uma das razões pelas quais Deus disse que Davi era
um homem que conhecia seu coração foi porque este ocupou a maior parte do seu
tempo com o Senhor. Davi desenvolveu uma relação assim com Deus pois ele soube
fazer o investimento que isto requeria: tempo. Será que Deus está nos fazendo um
chamado para deixarmos de lado muito de nosso “ativismo”, para dedicarmos mais
tempo a Ele? Pare um momento e pense em todas as atividades que “tem” que
desenvolver diariamente. Veja se pode eliminar ou encurtar algumas delas, de tal modo
que possa ter mais tempo para exercer sua primeira e mais importante tarefa: estar com
o Senhor. Ele nos formou e nos fez para comunhão conosco. Não pos a música em
nossas mãos para que tivéssemos glória alguma dela, mas para que Ele pudesse
receber glória, se deleitar com esses dons que Ele deu. Vamos dar-lhes o usao correto:
que Ele recebe honra, deleite e prazer daquilo que nos deu. Deixe algumas coisas de
lado, ou aproveite melhor o seu dia (levante-se mais cedo todas as manhãs, por
exemplo) para estar com o Senhor, mas não perca oportunidade para fazer isto. Este é
o desejo d’Ele. Quantas vezes temos a oportunidades de comer com o Presidente? Não
muitas. Agora, imagine que diariamente temos o privilégio de entrar na cãs do grande
Deus do universo! Alguns dizem: “Mas se Deus está em todos os lugares, como é isto, d
“estar” onde Deus está?” Bom, simples. É certo que Deus está em todos os lugares
porque é onipresente, mas nem todos os lugares o reconhecem e dão um lugar de
importância. Onde você estiver pode fazer um “santuário”, e estar com o Senhor apenas
lhe dando um lugar, reconhecer sua presença e permitir-lhe que atue. Assim entre no
Seu santuário!
3) “Se achegarão à minha mesa para me servirem”. Pensemos pro alguns momentos, que
servimos na mesa do Senhor como “garçons”, “camareiros”, “mordomos” ou nome que
estiver em seu país. Ele está sentado ante um grande jantar e nós temos a
responsabilidade de servir aos que estão na mesa. Como o Senhor nos qualificaria? Um
garçom tem a tarefa principal de assegurar-se de que os presentes à mesa estejam bem
servidos e que não lhes falte nada. Isto requer muita atenção, dedicação e sensibilidade.
Bom garçom, boa gorjeta. Garçom ruim, gorjeta ruim. Bom serviço, num restaurante,
muita gente. Serviço ruim num restaurante, pouca gente. Como o Senhor nos
qualificaria? Temos sido sensíveis ao que deseja, ou está nos pedindo mil vezes algo
antes de fazê-lo? Quero dizer que Deus também nos recompensa, e se você está vindo
à mesa para o servir e o faz bem, não terá que se preocupar se lhe dará ou não gorjetas
muito boas. As recompensas do Senhor são abundantes e generosas. Só está
procurando a quem dá-las, porque muitos de seus “servos” estão “servindo” outras
“mesas” e não a Sua.
4) “Guardarão os meus estatutos”. Não podemos desfrutar dos privilégios do Senhor sem
cumprir as responsabilidades, pois são para aqueles que tinham sido sacerdotes fiéis.
Não há nenhum privilégio sem responsabilidade. Músicos, nós somos sacerdotes iguais
a todos irmãos e irmãs no Senhor. Mas temos um lugar muito mais visível,
principalmente aqueles que se encontram na “assembléia dos santos”. É por isso que
devemos encarar muito seriamente nosso papel. Podemos ser instrumentos de a
bênção ao participar dos “sacrifícios de louvor”, ou de confusão e desordem, se não
tivermos sensibilidade adequada no momento da oferta dos sacrifícios. Por isso tenho a
convicção pessoal que colocar um músico novato ou recém convertido sobre o púlpito,
para ajudar na oferta dos sacrifícios de louvor ao Senhor, é um erro que só trará
problemas à liderança e confusão para aquele músico, porque nem teve a instrução ou
tempo necessário para aprender o que é ser um ministro de louvor consagrado ao
serviço do Senhor. Muitos voltaram ao mundo porque alguns de nós lhes demos as
responsabilidades e o púlpito muito antes do tempo. O músico precisa crescer e
conhecer a Palavra, da mesma forma que todos os outros membros do Corpo de Cristo,
antes de ser colocado em cargos de liderança (Tm 3.6).
É preferível ter uma música não tão bem executada por uma pessoa, com o coração
correto, do que ter uma música extraordinariamente tocada por alguém que não entende o que
é ministrar na presença do Senhor os sacrifícios de louvor. Se esse músico se converter, glória
a Deus! Mas não o coloque em lugar visível até que tenha tido a oportunidade de discípula-lo e
de passar muito tempo com ele, ensinando-lhe ser um sacerdote da Nova Aliança, fazendo-o
ver e entender que o dom e a capacidade que Deus lhe deu n
Ao servem para “entreter as pessoas, mas para ministrar diante do Senhor e para trazer
resultados poderosos no Espírito.
“Também vós mesmos, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual para serdes
SACERDÓCIO SANTO, a fim de oferecer SACRIFÍCIOS ESPIRITUAIS agradáveis a Deus por
intermédio de Jesus Cristo” (I Pe 2.5; ênfase minha)

O MÚSICO COMO PROFETA

SERIA UM ATREVIMENTO sugerir que um músico ou cantor possa ser um profeta ou


estar envolvido em atividade profética? À luz da Palavra, me atrevo a dizer que a música é
quase cem por cento profética em natureza. O ensinamento e exortação. Grande parte da
música que aparece na Bíblia tem uma forte relação com o sobrenatural, o espontâneo e o
profético. Existe uma dimensão profundamente espiritual que muito de nós ainda não
alcançamos na música. Para poder entrar nesta dimensão é importante que como músicos e
ministros de louvor, seja no canto, na ministração ou tocando algum instrumento, conheçamos
mais a respeito desta dimensão, e comecemos a desejar que essa profundidade exista em
nossa música em nosso ministério, mas devemos ter um desejo ardente de que, cada vê mais,
o Senhor se manifeste através dela. Alguns de nós cometemos um grave erro de permanecer
num estado de satisfação com o que pudemos fazer no passado, mas creio que Deus quer
continuar nos usando de uma maneira ainda mais poderosa, levando-nos a um novo nível na
alturas de seu Espírito. Um nível em que Ele realmente esteja no controle da nossa vida,
talento, e habilidades, de modo a poder usá-las para fazer obras poderosas no Espírito, que
jamais você e eu poderíamos realizar com nossas próprias forças. Ele criou a música: não com
a finalidade de “entretenimento” para as pessoas ficarem a vontade. A música tem um
propósito muito mais poderoso.
Profeta =
1) um porta voz da Palavra de Deus
2) um vidente que traz “admoestações e palavras de alento relativos ao porvir”
Um profeta é alguém que prediz o sucederá no futuro. “Pessoa que anuncia a palavra
divina ou o futuro por inspiração sobrenatural”.
Com base nestas definições, podemos ver que a música pode sim ser profética, porque
muita música deve falar da parte de Deus, a respeito do que Ele deseja dizer à sua Igreja com
respeito ao futuro, através de “admoestações e palavras de alento”. Ter “inspiração
sobrenatural”, muitos cânticos foram compostos por inspiração do Espírito Santo. Os melhores
cânticos e hinos escritos na história da Igreja cristã foram compostos em momentos de intensa
comunhão com o Senhor, à raiz de alguma situação vivida pelo compositor, toda melodia tem
atrás dela uma história de algo que o compositor viveu ou algo que o Senhor tratava em sua
vida no momento de escrever tal cântico.

Música e Profetas
1) Quando pensamos nos profetas relacionados com as músicas, lembramos de Asafe,
Hemâ e Jedutum. “Separaram para o ministério os filhos de Asafe, de Hemã e de
Jedutum para profetizarem com harpas, alaúdes e címbalos”. I Co 25.1 e depois no
versículo 2 esta escrito: “Asafe, o qual profetizava debaixo das ordens do rei”. No
versículo 3: “Jedutum, o qual profetizava com harpa, em ações de graças e louvores ao
Senhor”. Creio que para ser propriamente uma profecia de haver alguma mensagem
falada, clara e compreensível. Seja como for, é uma passagem que comprova que a
música e a profecia podem estar de mãos dadas. Um vidente é alguém que recebe
visões do Senhor para comunicá-las aos demais. É um ministério muito similar ao da
profecia, pois os dois são de natureza sobrenatural e servem para trazer mensagens
diretas do Senhor ao povo. A música era usada para proclamar as palavras e as visões
que Deus dava ao seu povo, portanto a música possui uma ligação direta com a
profecia.
2) Um dos descendentes de Asafe chamado Jaaziel era profeta, e acredita-se que também
músico já que desde o tempo de Asafe todos seus filhos foram separados para o
ministério da música.
3) A maioria dos teólogos e comentaristas acredita e aceita que desde os tempos de
Samuel existiu uma “ordem profética”, quer dizer, uma linhagem de profetas treinados
para este ministério. Houve uma chamada “escola de profetas”. O que se sabe, com
toda certeza, é o que mostrarei em seguida: numa ocasião Eliseu quis profetizar por
parte do Senhor, e pediu que lhe trouxessem um músico para prepará-lo. A passagem
está em II Rs 3.15-16: “Mas afora trazei-me um tangedor. E ENQUANTO O TANGEDOR
TOCAVA, a mão de Deus veio sobre Eliseu que disse:” (ênfase minha). Coisas
poderosas podem acontecer quando existe um “tangedor” (músico) que saiba tocar
debaixo da unção do Senhor. Creio firmemente que a música é um elemento que libera
a Palavra do Senhor e sensibiliza o coração do ouvinte para escutá-la. A música tocada
por uma pessoa sensível ao Espírito Santo e que entende o poder que nela há, pode ser
uma bênção incrível. Da mesma maneira, acredito que houve ocasiões em que
silenciamos a voz do Senhor por causa de nossa s e ignorância em relação à música
profética.
4) I Samuel 10.5 e diz: “E quando entrares lá na cidade encontrarás um grupo de profetas
que descem do alto, precedidos de saltérios, tambores e flautas e harpas, e eles estarão
profetizando”. Novamente a música, os profetas e profecia. Interessante!
5) “Inspiração Sobrenatural”. O Senhor quis que Moisés o pusesse na boca do povo para
que servisse de testemunho contra eles mesmos, na hora de sua apostasia. Em 31.19
diz o Senhor: “Escrevei para vós outros este cântico, e ensinai-o aos filhos de Israel;
ponde-o na sua boca, para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos de
Israel”. Quando deixou de fazer isto? Nunca! Até hoje Ele tem músicos fiéis que lhe
servem de profeta, para falar a Seu povo. Espero que depois de ler este capítulo, Ele
tenha mais pessoas por meio das quais possa trabalhar. Deus usa a música e o canto é
a de Sofonias 3.17, quando diz que Ele se “regozijará sobre ti com cânticos”.

Uma Música Poderosa

Davi ter tocado sua harpa na presença de Saul e que o espírito ruim que o atormentava
fugisse ante o som da música. Creio que foram vários fatores que levaram a isto:
1) o coração de Davi, músico contrito e humilhado na presença de Deus. Ele era alguém
que reconhecia que o sobrenatural não podia acontecer através das nossas próprias
forças, mas pela força do Todo-Poderoso.
2) Um conhecimento por parte daquele que toca sobre o poder que existe nos louvores ao
Senhor e
3) Uma música divinamente inspirada e cheia da presença de Deus, onde o espírito ruim,
ao escuta-la reconhecia uma autoridade superior à sua, de tal modo que não tinha outra
alternativa senão sair correndo.
Quem dera se cada vez que você e eu tocássemos isso acontecesse! Tenho um anseio
ardente de que minha música esteja tão cheia da presença do Espírito Santo, que ao cantar e
tocar louvores ao Senhor, os demônios saiam correndo, os doentes sejam curados, os cativos
libertos, como um obra sobrenatural do Espírito Santo ao estar-lhe reconhecendo por meio do
canto e da música. Que nossa música O exalte de tal forma que todos vejam a Ele e não a nós,
que cantamos ou tocamos. Que Ele seja exaltado, e deste modo atrairemos os homens para
Ele (Jô 12.32).
Eu creio na música para evangelização. O canto e a música são um gancho bastante
forte para atrair as pessoas e certos lugares, para então escutar a mensagem de salvação. A
música na Bíblia tem dois usos: louvor e adoração e guerra. Onde a música entra para
evangelizar? Na guerra. “Saquear o inferno para povoar o céu”.
Não acredito que Deus tenha criado a música para entretenimento. Esta é uma idéia que
quiseram nos vender. Deus não está interessado em entreter ninguém. O tempo é demasiado
curto, existe muito em perigo para que possa perder tempo entretendo seu povo. Sim, eu creio
que Deus deseja que seu povo deleite-se ao estar com Ele, desfrute dos momentos com Ele, e
que esses momentos sejam de grande gozo, alegria e celebração. A Bíblia fala amplamente
disto. Mas a celebração e o gozo são muito diferentes do entretenimento. Deleitar-se na
presença de Deus traz resultados favoráveis ao nosso ser (força, Ne 8.10; remédio, Pv 17.22;
rosto formoso, Pv 15.13 etc). Porém, o entretenimento é um passatempo, algo que não produz
efeito profundo ao nosso ser. A música poderosa que procuro tem que fazer com que
demônios fujam, cativos sejam libertos e que se estabeleça a Palavra eterna de Deus aqui na
terra.
A música do Reino também deveria ser famosa em “terra estranha”, por ser excelente e
poderosa. Eu me refiro aos ingredientes da boa música, técnica e musicalmente falando, além
do poderoso conteúdo espiritual, de tal modo que os do mundo percebam que nós temos algo
muito mais bonito e especial. Infelizmente, existe músicos que ao invés de passar o tempo
conhecendo a presença do Senhor e pedindo-lhe que encha sua música do Espírito, escutam e
estudam a música secular para tentar “estar a altura da música de hoje”. Deveria ser
completamente o contrário.
Leia Salmo 137
Nossa música deveria ser um testemunho às nações, como está escrito no Salmo 40.3
“E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão essas
coisas, temerão, e confiarão no Senhor”.
Uma música com unção profética, que transformasse as vidas, fosse ouvida nas nações,
exaltasse a Jesus Cristo, para que com isso todos os homens chegassem a Ele. Será que a
música que você e eu tocamos é assim?

Um Desafio

Em primeiro lugar você deve dar graças a Deus pelo privilégio que Ele deu de poder
usar esse talento para Ele. Em segundo lugar, está na hora de aceitar o desafio que o Espírito
Santo está lançando aos músicos dos nossos dias. Este desafio tem a ver com o
reconhecimento do verdadeiro poder que existe na música que reside em nós, usando-a para o
avanço do Reino Eterno de Jesus Cristo, e não como um passatempo comum e cotidiano.
Somos guerreiros e profetas musicais, seres poderosos no Espírito de Deus, cheios de
Sua Palavra, homens e mulheres de oração. É tempo de deixar de lado a mediocridade, tanto
espiritual como musical, deixemos de lado a mentalidade de que não era necessário nos
prepararmos mais, nem tocar melhor, porque afinal de contas era “para a honra e glória de
Deus”.
Adeus espírito de mediocridade! Saia, no nome poderoso de Jesus Cristo!
Aceite o desafio de ser alguém que colabora com o Espírito Santo, alguém que se move,
sensível à voz e direção do nosso Comandante. Aceite o desafio de ser um profeta e vidente
do Altíssimo Rei, falando as palavras que Ele põe em sua boca, e difundindo as visões que Ele
dá para edificação de Sua Igreja. Deixe de ser esse músico tímido, passivo e medíocre, que
não sabe o que o Espírito Santo está fazendo nestes dias. Levante-se no poder da força de
Deus! Cinja-se de suas forças! Erga o rosto! Tome esta arma poderosa que o Senhor lhe deu,
e que chamamos de música e saia a guerra para conquistar nações para Ele. Este é o desafio!
Se fosse a música em si que pudesse modificar e restaurar as pessoas, então não
teríamos nada do que falar. A música, em si, não faz nada, não tem poder. Por que será então
que uma pessoa vai a um lugar onde existe música tocada por algum grupinho de músicos,
talvez nem tão bem como fazem nas grandes casas de show, saem como se tivessem tido um
encontro que mudou para sempre o resto de sua vida? Qual é a diferença? Uma só: o Espírito
Santo na música. Se os músicos não tiverem o elemento poderoso que somente o Espírito
Santo pode trazer, nada vai acontecer. Busque para que em sua música esteja a presença do
Deus Todo-Poderoso! Seja um profeta musical!

O MÚSICO COMO SERVO

A TAREFA PRINCIPAL dos levitas era resumida em: serviço. Eram pessoas dedicadas
a servir ao Senhor, ao seu povo e aos sacerdotes. Muitas vezes suas tarefas não eram
invejáveis, mas duras, difíceis e até sujas. Eram pessoas que sujavam as mãos com as
responsabilidades que Deus havia lhes dado.
Se existe uma necessidade urgente de algo entre os músicos, é a de um espírito de
serviço. O músico típico é caracterizado por suas atitudes grosseiras e desagradáveis, e não
por sua atitude de serviço e de entrega aos demais. A maioria de nós está tão preocupada
consigo mesma e com suas “carreiras”, ou pior, “ministérios” que não tem tempos para pensar
nos demais. A maioria dos músicos está lutando por posições, púlpitos e visibilidade. É triste,
mas é verdade, e também ocorre entre os músicos “cristãos”. Esses músicos causam danos
irreparáveis ao Corpo de Cristo, simplesmente por não adotarem e viverem em espírito de
serviço: relações quebradas, vidas destroçadas, mal entendidos, confusões, brigas, e divisões
provocadas por uma falta de conhecimento do que é ser um verdadeiro servo.
A palavra “servo” não é um título que alguém confere a outro, é um estilo de vida diário,
aquele que é servo não tem necessidade de se vangloriar nem que fiquem proclamando suas
obras.
Causa-me muita tristeza ver alguns músicos lutando por cargos, posições e visibilidade.
Tenho notícias de muitos que fazem isso. Também é doloroso ao Corpo de Cristo. Não
acredito que as pessoas não percebem as rivalidades e espírito de competição que existe entre
nós. Isto tem trazido muita rejeição ao Corpo de Cristo. A posição é algo que muitas pessoas
brigam para ter.
Estamos interessados demais em posições, onde nos notem, e em que as pessoas percebam
as grandes habilidades com o que fomos dotados... Claro, tudo para honra e glória do Senhor.
Posição! Todos procuram melhorar a sua. Ser visto. Todos desejam ser vistos.
“Sabeis que os governadores das nações as dominam, e que os maiorais exercem autoridade
sobre eles. MAS ENTRE VÓS NÃO SERÁ ASSIM, pelo contrário, quem quiser tornar-se
grande entre vós será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso
servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir, e dar sua
vida em resgate de muitos” (Mt 20.25-28; ênfase minha).

Mas Entre Vós Não Será Assim


Senhor nos diz que a forma com que as coisas são feitas no mundo não se aplica ao
Reino de Deus. Bem, tudo DEVERIA ter mudado. Por que então nós continuamos agarrados a
querer fazer as coisas da mesma forma que fazem os grandes e os que governam as nações?
“É o padrão da indústria. Se fazem assim na indústria musical secular, também temos que
fazer”. Por exemplo, no mundo se diz que para poder ter sucesso na indústria musical é
necessário ter um “padrinho”, alguém reconhecido, que tenha muito bons contatos, que o
possa “lançar” no meio.
“Ao assentar-se à minha direita e à minha esquerda NÃO ME COMPETE DÁ-LO, senão
àqueles a quem está preparado por meu Pai” (v. 23; ênfase minha). Nem mesmo Jesus está
lançando pessoas e dando posições, isto é algo que somente o Pai prepara e Ele dará. Que o
dizer o seguinte: se existe alguém entre nós a quem Deus está usando, quase posso lhe
assegurar que ele está num lugar que o Pai lhe preparou. Se Deus escolhe alguém para usá-
lo, o mais provável é que essa pessoa tenha passado por um processo longo e tedioso no qual
o Pai o sujeitou antes de lhe dar a posição que tem agora. As posições não vêm porque
alguém as procura, derrubando portas por todos os lados para saber quem lhe dará uma
oportunidade, mas elas vêm porque o Pai preparou um lugar e entregou no tempo que Ele
acredita ser propício, depois de ver o coração e as intenções da pessoa, medir sua reação e
resposta ante as diversas provações. Nunca nos esqueçamos que não devemos procurar algo
que só o Pai pode nos dar. Permita me fazer uma observação: se você precisa de alguém
para o promover, ou se tem que andar se promovendo sozinho, o mais provável é que o
Espírito Santo deixou de fazê-lo. Muito cuidado!
De repente, quando menos pensar, estará em um lugar sendo bênção às pessoas
porque é algo que o Pai lhe preparou.
Existe no mundo a filosofia de “cuidar de você em primeiro lugar, pois se eu não me
cuidar, ninguém fará isso por mim”. O único problema com essa mentalidade é que Cristo disse
“Mas entre vós não será assim”.
Muitos não se preocupam em pisar nos outros para ver quantas posições podem obter
através da sua luta pelo poder. Mas Jesus nos ensinou “Mas entre vós não será assim”.
Os membros de muitas equipes de louvor brigam entre si para ganhar melhor posição dentro
dela. Alguns dizem: “se eu não tocar no domingo, não virei no culto”. Outros reclamam porque
os colocaram na escala do louvor da reunião do meio da semana onde poucos comparecem, e
assim nem todos poderão apreciar o grande dom que eles possuem. Nos “festivais” de musica
cristã todos brigam para ver quem toca primeiro. Neles é comum escutar: “Por que puseram
nosso grupo depois daquele outro grupo?”. Ou, “Porque lhes permitiram cantar três cânticos e
para nós só nos permitiram dois?”. As brigas nunca acabam entre os músicos do Reino.
Enquanto isso Jesus está tentando dizer a estes preciosos filhinhos: “Mas entre vós não será
assim”.

Este Sentir Que Ouve Em Cristo

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os
outros superiores a si mesmo. Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão
também cada qual que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também
em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser
igual a Deus, antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-
se obediente até a morte, e morte de cruz”.
Que tremendo! Que incrível! Que desafio! Que exemplo o Senhor nos deixa do que é
verdadeiro servo!
Vamos analisa-lo por partes.
1) “Nada façais por partidarismo ou por vanglória”. Parece que o escritor estava se
dirigindo aos músicos, porque a maioria toca sua música por vanglória. Exaltação ao
homem. Sobre o músico vem quase que por natureza este elemento de vanglória. É um
dos fatores que move e motiva a muitos. Agora, embora seja muito menor o nível de
vanglória entre os músicos cristãos, de alguma forma ele existe sim, porque se não
existisse não haveria tanta briga e disputa. A vanglória acontece e alimenta a guerra. O
vanglorioso não pensa em ninguém mais além dele mesmo, e assim abusará da
confiança dos outros, exigindo favores e exceções, e milhares de outras que vêm junto
com a vanglória. Não toque seu instrumento na reunião se estiver fazendo isto para se
vangloriar. Cada um deve revisar constantemente as motivações para ter certeza se
aquilo que está fazendo não está sendo feito por partidarismo ou por vanglória.
2) “considerando cada um dos outros superiores a si mesmo”. Olhar para os outros como
“superiores”, como melhores que nós mesmos. Especialmente no meio dos músicos não
existe este sentimento. Pelo contrário, existe uma rivalidade e competição entre nós e
muita discussão sobre quem é melhor ou pior. São poucos os músicos que, sem
pertencer ao mesmo grupo no qual tocam, se apóiam, se amam, se estimulam, se
consideram e se ajudam. A maioria está discutindo sobre quem tem o melhor violão, ou
quem tem a melhor equipe de som, ou tem uma bateria melhor ou qualquer outra coisa
sobre a qual disputam. Porque não podemos considerar a possibilidade de que alguém
é superior a nós? Por que insistimos em ser os melhores? Alguns amigos e eu
sentávamos na parte de trás do auditório onde podíamos ver muito bem tudo e analisar
aquilo que os músicos estavam fazendo de ruim. Percebo que estou colhendo o que
semeei. É uma lei: “Tudo o que o homem semear, isso também colherá”. Pois diversas
vezes vejo pessoas me olhando e me criticando pelo que estou fazendo. Todos somos
especiais, e cada um tem uma função diferente do outro. Isto nunca acontecerá a menos
que possamos “considerar ao outro como superior a nós mesmos”. Uma pergunta:
quando você tem que estar sentado, em uma reunião, enquanto outro toca o mesmo
instrumento que o seu, você consegue estar satisfeito? Ou passa “analisando” cada nota
tocada? Você é capaz de louvar e adorar o Senhor, tranqüilo, sem se preocupar quão
bem ou mal aquela pessoa está tocando? Se a resposta é não, precisa pedir que o
Senhor te ajude a mudar. Isso deve nos encher de alegria. Devemos apoiá-los com
nossas palavras de ânimo e não com olhares aflitos e descontentes. Devemos pensar
que eles são superiores. Deveria ser assim.
3) “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão cada qual o que é dos
outros”. É difícil pensar nos outros, porque estamos mais acostumados a pensar em nós
mesmos. Mas a tarefa de um “servo” é na realidade “olhar pelos outros”. Pensar menos
em nós e dedicarmos mais aos outros. “E se eu para pensar nos outros quem vai cuidar
dos meus interesses? A resposta é simples: Deus. O Criador de tudo o que existe
começará a olhar pelos seus interesses, porque Ele se dará conta de que como você já
não tem tempo para pensar em si, Ele tem que fazer isto por você. Comece a pensar
nos outros e veja a quem pode abençoar com o instrumento a que sonhou e lhe garanto
que quando começar a se preocupar com os outros, Deus se encarregará de olhar por
você. Deus não nos abençoa mais porque enxerga nosso coração possessivo e, até eu
aprendamos a pensar nos interesses dos outros, Ele continuará esperando para cuidar
dos nossos próprios interesses.
4) “Tende, pois, em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus”. Nossa maneira
de viver deve ser assim. Quanto mais nos achegarmos a Ele mais nos parecemos com
Ele, tendo assim as mesmas características. Se você deseja ser uma pessoa útil e
humilde e preciso que passe tempo com Aquele que nos deu o exemplo máximo de
humildade. Qual é o “sentir” que houve em Cristo? Humildade em tudo até o máximo: 1)
subsistiu em “forma de Deus”, mas 2) não julgou por usurpação o ser igual a Deus,
senão 3) se esvaziou de sua forma de Deus para 4) tomar forma de servo feito
semelhante aos homens, e estando nesta condição, 5) se humilhou ainda mais, sendo
obediente até a morte, e 6) morte na cruz. Em tudo Cristo se humilhou até o máximo.
Isso é verdadeira humildade. Um dia isso mudará. Será que isso pode começar com
você e comigo?

Limpando Banheiros

Acredito que um músico não deve começar um ministério até que tenha aprendido a
limpar banheiros e a fazer coisas semelhantes. Se um músico não souber tomar em suas mãos
uma vassoura, um esfregão ou artigos de limpeza, não deveria tomar em suas mãos um
microfone, um instrumento ou a direção de uma reunião. Sou radial neste ponto, mas vi que o
tratamento do Senhor nos leva a começar de baixo para aprender a ter mais compromisso e
responsabilidade (“o que é fiel no pouco”). Ajude a mover os bancos, varrer ou esfregar pisos e
os músicos se destacam... pela sua ausência. Se não pode ajudar a varrer, esfregar ou
qualquer outra tarefa que requeira na congregação, “você não tem um ministério”.
Francamente, creio que o fazer todas essas tarefas “sujas” é uma das provas para que você
possa ingressar à obra do ministério. Quando aparecer esses tipos de trabalho devemos
responder: “Com muito prazer, afinal de contas estamos para servir. Conte comigo”.
Uma certa vez me convidaram para ser ministro de música, mas no entanto, me
perguntava, “Porque estou limpando banheiros em vez de estar sentado no piano tocando para
Ti? Senhor, não é justo que tenham me dado um trabalho cuja responsabilidade seja de outra
pessoa no Reino. Todos temos nosso lugar no Corpo com Tu mesmo ensinaste, portanto por
que me colocaste num lugar assim tão deslocado da minha função, fazendo coisas que não
são de minha responsabilidade?”
Depois de alguns minutos reclamando com o Senhor, Ele falou comigo, clara e
docemente, mas com firmeza: “Marcos, se não estás disposto a limpar banheiros, não tenho
nada para ti em meu Reino”. Ensina-nos a limpar banheiro para Te servir melhor. Nós
necessitamos quebrantados desse espírito que governa muitos de nós: o orgulho. Ele está
esperando para saber se nós estamos dispostos a “limpar banheiros” (ou fazer trabalhos
semelhantes) antes que se comprometa a nos usar mais. Jesus nos mostra que Ele sabia ser
servo. No costume judeu o que lavava os pés dos convidados era o criado mais baixo da casa.
“Levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela.
Depois colocou água na bacia e passou a lavar os pés dos discípulos e a enxugar-lhes com a
toalha que estava cingido. Depois de ter-lhes lavados os pés, tomou as vestes e, voltando à
mesa, perguntou-lhes: Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem porque eu o sou.
Ora, se eu, sendo Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos
outros. Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também (Jo 13.4-
5;12-15).”
O que o servo faz não é o ato de lavar os pés, mas uma atitude no coração e na mente,
uma maneira de pensar e viver.

Jesus, Nosso Exemplo Máximo, Um Servo Até o Fim

Pare um pouco e pense agora em alguém que vive próximo a você. Pode ser seu
Pastor, alguns dos membros de sua igreja ou mesmo alguém que compartilhe a mesma fé em
Cristo Jesus, e assuma o compromisso de servir-Lhe. Deve ser alguém a quem veja com
freqüência para que seja um compromisso real e não fictício. Fale brevemente com ele do que
acaba de ler e diga-lhe, se o Espírito assim o dirige, que você reconheceu que necessita ser
um servo, e que faltam-lhe qualidades de servo. Comprometa-se a servir a essa pessoa e peça
que o ajude a saber como pode serví-lo melhor e em quais áreas. Isto é muito importante em
nossas vidas: ter alguém com quem estejamos comprometidos para nos ajudar a ser melhores
e verdadeiros não apenas no nome. Faça-o agora mesmo. Seja um servo.

Vous aimerez peut-être aussi