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páginas.
Como notaram, nossa comunicação está em transformação. As-
sim como o mundo. Nosso setor está evoluindo a passos largos e
a ABPEx, com muita dedicação e trabalho duro, está acompanhan-
do tudo isso.
Há 10 anos, não tínhamos idéia de onde iríamos parar, mas tínha-
mos certeza de onde queríamos chegar: uma ABPEx grande, com
credibilidade e que trabalhasse, incessantemente, para encontrar
soluções e facilitar a vida do profissional Ex.
Conseguimos empresas associadas (que acreditaram nos nossos
ideais), viabilizamos o Caderno de Explosões, iniciamos oprocesso
de certificação, que depois foi abraçado pela ABNT, enfim...foram
importantes e grandes conquistas ao longo desse tempo.
Agora, uma década (e 30 mil exemplares esgotados do Pequeno
Manual) depois, estamos comemorando e dividindo a nossa sa-
tisfação com vocês do lançamento desta IV edição da cartilha mais
requisitada e utilizada pelos profissionais Ex do momento.
Afim de melhorar sua performance, estreitamos sua parceria
com o Caderno de Explosões, agora formando parte da
revista Potencia, de circulação nacional.
Por ser uma edição anual, a desatualização deste Manual ao
longo do ano torna-se inevitável, já que as normas estão em
constante alteração, surgindo novos equipamentos e solu-
ções durante esse período. É o Caderno de Explosões que vai
dar o suporte necessário para driblar essa defasagem e ainda
colocar o leitor por dentro das últimas novidades que estão
acontecendo no universo Ex, comentadas e analisadas pe-
los maiores especialistas no assunto.
Essa é a nossa maneira de agradecer a todos que acreditam e
colaboram, direta ou indiretamente, com este grande projeto:
trabalhar focado em facilitar, esclarecer e qualificar, cada vez mais,
o profissional Ex.
Vida longa à ABPEx! Nelson M. Lopez
Presidente da ABPEx
3
4
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 7
OBJETO E OBJETIVOS .............................................................................................................................. 9
ESCOPO ...................................................................................................................................................... 10
1 INFORMAÇÕES BÁSICAS .............................................................................................................. 11
1.1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELATIVA A SEGURANÇA E A ÁREAS
CLASSIFICADAS ................................................................................................................................ 11
1.2 A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS “NORMAS Ex” E A RESPONSABILIDADE
4.7 EQUIPAMENTO
4.8 PROTEÇÃO PORIMERSOINVÓLUCRO EM AREIA Ex-q ......................................................................... 33
Ex-t .................................................................................... 32
4.9 EQUIPAMENTO ENCAPSULADO EM RESINA Ex-m ..................................................... 33
4.10 EQUIPAMENTOS ESPECIAIS Ex-s ...................................................................................... 33
5 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS Ex DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO
(até agosto/2010) ............................................................................................................................ 35
6 MÉTODOS DE INSTALAÇÃO ........................................................................................................ 39
6.1 EM ELETRODUTOS COM UNIDADES SELADORAS (AMERICANO)
(Extraído do catálogo Legrand ATX) ......................................................................................... 39
6.2 EM CABOS MULTIFILARES COM PRENSA CABOS (IEC) ............................................ 39
(Extraído do catálogo Legrand ATX) ......................................................................................... 39
6.3 A IMPORTÂNCIA DA SELAGEM (UNIDADES SELADORAS) E DOS
PRENSA-CABOS ............................................................................................................................... 41
5
7 FONTES DE IGNIÇÃO ..................................................................................................................... 45
8 ELETRICIDADE ESTÁTICA ............................................................................................................... 47
AS CAUSAS ......................................................................................................................................... 49
A GERAÇÃO DA ELETROSTÁTICA E SEUS EFEITOS .............................................................. 50
9 POEIRAS COMBUSTÍVEIS (EXPLOSIVAS) ................................................................................. 57
9.1 RELAÇÃO PARCIAL DE EXPLOSÕES POR PÓ ................................................................. 58
9.2 INDÚSTRIAS SUJEITAS AO RISCO DE EXPLOSÕES COM PÓ ................................... 59
9.3 PROCESSOS INDUSTRIAIS CAUSADORES DE EXPLOSÕES ...................................... 59
9.4 PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNS PRODUTOS COMUNS ............. 60
10 INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS ..................................................... 61
10.1 TIPOS DE INSPEÇÃO ............................................................................................................. 61
10.2 SISTEMAS Ex-d, Ex-e, Ex-n e Ex-i ..................................................................................... 63
11 O NOVO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ................................................................................ 69
12 CARACTERÍSTICAS FISICO/QUIMICAS DE GASES E VAPORES MAIS COMUNS
NA INDÚSTRIA .................................................................................................................................. 71
13 SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS A RISCOS DE EXPLOSÕES ................................. 73
13.1 POR GASES E VAPORES INFLAMÁVEIS .......................................................................... 73
13.2 POR POEIRAS E FIBRAS COMBUSTÍVEIS ....................................................................... 73
14 AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE EXPLOSÃO....... 75
14.1 EM RELAÇÃO COM A CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ................................................... 75
14.2 EM RELAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ....................................... 75
14.3 EM RELAÇÃO COM A REGULARIZAÇÃO DOS SISTEMAS ...................................... 76
15 PROGRAMAS DE TREINAMENTO
15.1 CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS
DE PROFISSIONAIS Ex ...........................................
Ex CONFORME NR-10 ................................... 79
79
15.2 QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex ......................................................................... 80
15.3 CERTIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS Ex ........................................................................... 80
16 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA APLICADA A SISTEMAS ELETROELETRÔNICOS Ex ........ 81
16.1 A COMPULSORIEDADE DA CERTIFICAÇÃO OBRIGA A UTILIZAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS “CERTIFICADOS” ..................................................................... 81
16.2 A INTERPRETAÇÃO DO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO DEFINE O PROFISSION AL
Ex COMO POSSÍVEL “RESPONSÁVEL” EM CASO DE ACIDENTE .................................... 81
16.3 A INTERPRETAÇÃO DA NR-10 NAS AREAS CLASSIFICADAS:
O QUE É E O QUE DEVEMOS FAZER ........................................................................................ 81
16.4 A INTERPRETAÇÃO DAS ENTIDADES AMBIENTALISTAS ......................................... 82
16.5 AS EXIGÊNCIAS DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO (ANP) ........................ 83
16.6 A INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA SEGURADOR ......................................................... 83
17 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA COMPARADA COM A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL ......... 85
18 DE QUE FORMA A NR-10 ATINGE AS INDÚSTRIAS COM RISCOS DE EXPLOSÃO? ....... 87
19 CENTRO INTERNACIONAL DE TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE
PROFISSIONAIS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS - CITAPAC .............................................. 93
20 OS PROGRAMAS DE TREINAMENTO OFERECIDOS PELO CITAPAC ............................. 95
21 DICAS E MACETES ........................................................................................................................... 97
21.1 EM RELAÇÃO À CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ............................................................... 97
21.2 EM RELAÇÃO À CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Ex ........................................ 98
22 A RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O MANUAL DE BOLSO E O CADERNO
DE EXPLOSÕES ................................................................................................................................. 99
6
INTRODUÇÃO
O trabalho da Project Explo, responsável pela edição deste Ma-
nual, começou na década de 80, época quando foi constituída a
Comissão Técnica CT-31 do COBEI/ABNT, órgão responsável pela
elaboração das novas normas brasileiras para instalações elétri-
cas em áreas classificadas. Até esse momento a normalização
para estes assuntos estava baseada em normas NEC e API, de
srcem americana. Por decisão da comunidade interessada, li-
derada pela Petrobrás, as novas normas a partir desse momento
passariam a estar baseadas em normas IEC. Na constituição des-
sa comissão CT-31 foram criadas diversas “subcomissões” com a
responsabilidade de elaborar as diversas normas necessárias
(de classificação de áreas, de instalação, de equipamentos Ex-d;
de equipamentos Ex-e; etc.) Já se passaram mais de 30 anos e
todas essas normas já estão em pleno vigor, inclusive com suces-
sivas revisões alinhadas às da IEC.
No ano 2000 aconteceu um fato marcante na história dos “as-
suntos Ex”, que é como são tratados os temas relativos a áreas
classificadas: o INMETRO publicou uma Portaria conhecida
como de Nº 176, posteriormente substituída pela de Nº 83/06 e
à partir de 05/2010 está em vigor a de Nº179/10, “tornando
compulsória a certificação de equipamentos Ex”, levando to-
das as normas relacionadas com áreas classificadas também a
condição de compulsórias, ou seja “obrigatórias”, passando a
ser entendidas como leis e ficando sujeitas às penalidades do
Código Civil. Ainda, em 08 de dezembro de 2004 foi publicada
a revisão da Norma Regulamentadora NR-10 do Ministério do
Trabalho, norma esta que é responsável pela segurança dos
trabalhadores que lidam com
foca as áreas classificadas eletricidade.
de maneira Esta NR-10
específica agora
e obriga o
usuário a tratar dessas áreas “de acordo com as normas que
regulamentam a matéria”, obrigando o empresário a:
7
Hoje estes assuntos são de incumbência de legislação fede-
ral, estadual, municipal, meio ambiente e dos seguros, por-
tanto, ante as muitas novidades apresentamos este traba-
lho para ajudar o profissional Ex nos seus afazeres diários.
Como toda esta legislação está em processo de constantes
mudanças, este Manual precisa também ser atualizado roti-
neiramente. Cientes da necessidade de revisar constante-
mente os conceitos aqui emitidos, a ABPEx colocou a dispo-
sição
papel deagora
todosformando
o Caderno
parde
te Explosões,
da revista mensalmente
Potencia (*), eem
tam-
bém em versão digital que divulga “todas as novidades” da
legislação e de normalização que deve ser seguida pelo pro-
fissional (mais informações em www.abpex.com.br). Esta re-
visão foi feita por nossos especialistas, orientados pelo nos-
so amigo Ivo Rausch, a quem agradecemos de público. Bom
trabalho a todos e até a próxima edição.
Nelson M. Lopez
Diretor da Project-Explo
IMPORTANTE
Esta versão digital do Manual de Bolso tem alguns
acrécimos que não aparecem na versão em papel, sendo
que todos estes aparecem destacados em azul, como
este bloco.
8
OBJETO E OBJETIVOS
Esta 4º Edição do agora Manual de Bolso foi preparada e revisada
por especialistas atuantes em diversas empresas do
segmento de engenharia, químico, farmacêutico, petroquímico,
petróleo, alimentos, gases industriais, etc. com o propósito de
servir como guia em campo para todos aqueles profissionais
que lidam com projetos, montagem, manutenção e segurança
em serv iços com eletricidade e instrumentação em indústrias
sujeitas a riscos de explosões para prevenir, proteger, controlar
ou mesmo suprimir estes riscos. Este manual deve ser entendido
apenas “como uma ferramenta básica” para a adoção de soluções.
Em caso de necessidade de um aprofundamento maior deverá
ser utilizada a literatura especializada nestes assuntos.
IMPORTANTE
Por se tratar de uma edição anual, a desatualização do Ma-
nual de Bolso ao longo desse período torna-se inevitável,
já que as normas técnicas estão em constante alteração,
surgindo também nesse período novos equipamentos e so-
luções. É com o Caderno de Explosões, que é o nosso veí-
culo editorial da ABPEx, que trata de prevenção de explo-
sões, agora formando parte mensalmente da revista
Potencia(*), que o usuário deste Manual de Bolso terá
o suporte necessário para driblar essa defasagem, fi-
cando ainda por dentro das últimas novidades do
universo Ex.
9
ESCOPO
A segurança de uma unidade industrial sujeita a riscos de explosões
inclui, na ordem:
1) A definição das áreas classificadas por gases, vapores, poeiras
ou fibras, por meio de documentos conhecidos como de classifi-
cação de áreas.
2) O tratamento que essas áreas devem ter pela utilização de
materiais e equipamentos Ex certificados.
3) A seleção dos equipamentos em função dos Zoneamentos,
Grupos, Classes de Temperatura e Graus de Proteção.
4) A montagem dos equipamentos Ex,
5) A manutenção dos equipamentos Ex,
6) A inspeção dos sistemas elétricos e de instrumentação Ex, e
7) O treinamento dos prof issionais que lidam com áreas classi-
ficadas.
Assim, as matérias apresentadas obedecem a esta ordem.
Neste Manual, o interessado poderá ainda encontrar informa-
ções
mentosrelativas
(EPL); aMétodos
T ipo de de
Proteção; NívelEspecificação
instalação; de Proteção de
de prensa-
Equipa-
cabos; Eletrostática; Certificação e Certificadoras Credenciadas;
Poeiras combustíveis; Inspeção de sistemas elétricos; Caracte-
rísticas físico-químicas de produtos mais comuns; Fontes de ig-
nição mais comuns; Indús trias sujeitas a riscos de explosão; Pro-
gramas de Treinamento disponíveis para Capacitação e
Certificação de Eletricistas/Instrumentistas, conforme NR-10 e
Produtos/Serviços Ex disponíveis pelos associados.
10
1 INFORMAÇÕES BÁSICAS
1.1 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA RELATIVA A
SEGURANÇA E A ÁREAS CLASSIFICADAS
A legislação brasileira relativa à segurança e em particular a áreas
classificadas, estabeleceu os requisitos legais e normativos que
devem ser atendidos para prevenir danos à saúde, à integridade
física das pessoas e danos ao meio ambiente, sendo as principais
leis e decretos, os seguintes:
•Código de Defesa do Consumidor
- Lei 8078 de 11.09.1990 - Código de Defesa do Consumidor
Seção I: da Proteção à saúde e segurança.
Capítulo III: Direitos básicos do consumidor - I: Proteção da vida,
saúde e segurança contras usos e VI: A efetiva prevenção, repara-
ção de danos patrimoniais, morais, individuais, coletivos e difusos.
•Legislação Estadual sobre Segurança e Meio Ambiente
- Lei N° 997de 31 de Maio de 1976: Dispõe sobre o Controle da
Poluição do Meio Ambiente
-Regulamento
Decreto Estadual
da LeiN°n°8468 de 31.05.1976
997 de 8 de Setembro de 1976: Aprova o
- Decreto N° 46076 de 31.08.2001: Institui o Regulamento de
Segurança contra Incêndio das edificações e de áreas de risco
para fins da Lei N° 684 de 30.09.1975, e estabelece outras provi-
dências.
•Legislação Federal sobre Segurança e Meio Ambiente
- Lei 6514 de 22.12.1977: Altera o Capítulo V do Título II da
Consolidação das Leis do Trabalho relativo à Segurança e Medicina
do Trabalho.
- Portaria 3214 de 08.06.1978: Aprova as NR’s - Normas Regula-
mentadoras do Ministério do Trabalho.
- Lei N° 6938 / 81: Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e
dá outras providências.
- Lei Federal N° 9605 de 12.02.1998: Dispõe sobre as sansões
penais e administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências
- Decreto Federal N° 3179 / 99: Regulamenta a Lei N° 9605/98
(Crimes Ambientais) - Dispõe sobre a especificação dos sansões
aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
outras providências.
11
- Decreto Legislativo N° 246 de 2001: Aprova otexto da Convenção
N° 174 da OIT sobre Prevenção de Acidentes Industriais Maiores,
complementadas pela Recomendação N° 181, adotadas em
Genebra em 2 e 22 de Junho de 1993, respectivamente.
- Decreto N° 4085 de 15.01.2002 - Promulga a Convenção N° 174
da OIT e a Recomendação N° 181 sobre Prevenção de Acidentes
Industriais Maiores
- Norma Regulamentadora N° 10 da Portaria N° 598 de 07.12.2004
altera a redação anterior da NR10 - Instalações e Serviços em
Eletricidade.
- Norma Regulamentadora Nº 33 que regulamenta os trabalhos
em espaços confinados.
•Legislação da Agência Nacional do Petróleo ANP
Lei numero 9478/97 - Lei do Petróleo, que alem de estabelecer os
Princípios e Objetivos da Política Energética Nacional, criou o Con-
selho Nacional de Política Energética e a ANP. Cabe a ANP a Re-
gulamentação, a Contratação e a Fiscalização das atividades per-
tinentes à indústria do petróleo, além de exercer as atribuições
dos extinto Dpto. Nacional de Combustíveis DNC.
•A posição do sistema segurador Brasileiro
Lei Complementar 126 - Desregulamentação do Resseguro.
Esta lei retirou o poder regulatório do IRB e abriu o mercado bra-
sileiro de Resseguros para a competição, criando oportunidades
no negócio de Resseguros. O fim do monopólio brasileiro de res-
seguros está trazendo novos investimentos para o Brasil, assim
como Know how e tecnologia para este segmento, que estava
precisando de novos players , preços customizados e competição.
12
1.2 A INTERPRETAÇÃO DA LEI PARA AS “NORMAS
EX” E A RESPONSABILIDADE CIVIL/CRIMINAL DOS
PROFISSIONAIS EX
A “compulsoriedade da certificação” levou todas as normas Ex a
partir do momento da publicação da Portaria INMETRO Nº 179/00
à condição de “obrigatórias”, ou seja, foram consideradas “leis”,
assim sendo, todas as normas passaram ao campo do direito.
A) Do direito do trabalho e p revidenciário (em caso de aciden-
te do trabalho)
B) Do Direito Civil (em caso de acidente sem vítimas)
C) Do Direito Penal (em caso de acidente com vítimas)
D) Do Direito Ambiental (em caso de acidente ambiental)
Isto, porque as entidades ambientais entendem que a falta de
segurança em industrias Ex pode ser a srcem de acidentes.
13
Normas para procedimentos
ABNT NBR IEC Procedimentos
60079-10-1 Parte 10-1: Classificação de áreas -
Atmosferas explosivas de gás
60079-14 Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas
60079-17 Parte 17: Inspeção e manutenção de instalações
elétricas
60079-19 Parte 19: Reparo, revisão e recuperação de
equipamentos
60079-20 TR Parte 20: Dados de gases ou vapores inflamáveis
referentes à utilização de equipamentos elétricos
60079-2 invólucros
Parte à prova
2: Proteção dede explosão “d”
equipamento por
invólucro pressurizado
60079-5 Parte 5: Imersão em areia “q”
60079-6 Parte 6: Proteção de equipamento por
imersão em óleo “o”
60079-7 Parte: 7 Proteção de equipamentos por
segurança aumentada “e”
60079-11 Parte 11: Proteção de equipamento por
segurança intrínseca “i”
60079-13 TR Parte 13: Construção e utilização de ambientes
protegidas por pressurização
60079-15 Parte 15: Construção, ensaio e marcação de
equipamentos elétricos com tipo de proteção “n”
60079-16 TR Parte 16: Ventilação artificial para a proteção
de casa de analisadores
60079-18 Parte 18: Construção, ensaios e marcação do
tipo de proteção para equipamentos elétricos
encapsulados “m”
60079-25 Parte 25: Sistemas intrinsecamente seguros
14
60079-26 Parte 26: Equipamento com nível de proteção
de equipamento (EPL) Ga
60079-27 Parte 27: Conceito de Fieldbus intrinsecamente
seguro (FISCO)
60079-28 Parte 28: Proteção de equipamentos e de
sistemas de transmissão que utilizam radiação
óptica
60079-29-1 Parte 29-1: Detectores de gás - Requisitos de
desempenho de detectores para gases inflamáveis
Normas para poeiras combustíveis
ABNT NBR IEC Equipamentos elétricos para util ização em
presença de poeira combustível
61241-0 Parte 0: Requisitos gerais
61241-1 Parte 1: Proteção por invólucros “tD”
61241-4 Parte 4: Tipo de proteção “pD”
61241-10 Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras
combustíveis estão ou podem estar presentes
61241-14 MOD Seleção e instalação (NBR 15615)
Para a lista atualizada, ver no www.abnt.org.br/catalogo (palavra-
chave: atmosferas explosivas).
15
16
2 ÁREAS CLASSIFICADAS POR GASES,
VAPORES, POEIRAS E FIBRAS
Existem diversos tipos de explosões: a explosão de uma caldeira,
as explosões nucleares, as explosões dos motores de combustão
interna, as explosões por reações químicas aceleradas, etc. Estas
últimas normalmente são acidentais e as explosões de gases,
vapores e poeiras a que nos referiremos neste manual são conhe-
cidas como explosões químicas, sendo que estes fenômenos
indesejáveis poderão acontecer em locais onde exista a presença
desses elementos. É importante destacar que a explosão existirá
não apenas pela presença destes, mas também pela quantidade,
pelo seu grau de dispersão (mistura com o ar ou oxigênio) e pela
sua concentração no ambiente. Assim sendo, a identificação de
locais potencialmente explosivos definirá posteriormente as “áreas
classificadas” nesses locais.
18
Zona 1 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente em
forma ocasional e em condições normais de operação, sendo
normalmente gerada por fontes de risco de grau primário.
Zona 2 - É um local onde a atmosfera explosiva está presente
somente em condições anormais de operação e persiste somente
por curtos períodos de tempo, sendo gerada normalmente por
fontes de risco de grau secundário.
Mensalmente
as classificadassão
no analizadas
Caderno desituações relativas
Explosões, fique aaten-
áre-
to às atualizações!!
Estes trabalhos são “fundamentais” para atender às
exigências da NR-10, detalhadas nas págs. 10 e 75
deste Manual, devendo ser feitos somente por
empresas/profissionais qualificados, experientes e
responsáveis, haja visto que estes envolvem
informações consideradas “sigilosas”.
Para executá-los, contate: www.project-explo.com.br
20
3 ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
PARA ÁREAS CLASSIFICADAS
II A Ciclohexano
Gasolina
Hexano
Propano
Tolueno
Xileno
Etileno
II B Ciclopropano
Sulfeto de Hidrogênio
II C Hidrogênio
Acetileno
22
Já a subdivisão para poeiras e fibras é definida através da
condutividade e do tamanho da partícula, conforme tabela abaixo:
Grupo de P ericulosidade Produto
Fibras :
Rayon
IIIA Algodão
Sisal
Juta
Fibras de madeira
Poeiras não condutivas:
Açúcar
III B Farinha de trigo
Celulose
Vitamina C
Poeiras condutivas:
Alumínio
IIIC Ferro - manganês
Carvão
Coque
Grafite, etc.
24
Não totalmente vedado
Protegido contra poeira contra poeira, mas se
5 contato a partes internas penetrar, não prejudica a
ao invólucro operação do equipamento
Totalmente protegido contra Não é esperada nenhuma
6 poeira e contato a parte penetração de poeira no
interna interior do invólucro
26
IMPORTANTE!
A CERTIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Ex
Conforme Portaria INMETRO Nº 176/00, posteriormente
substituída pela de Nº 83/06 e a partir de 05/2010 pela de
Nº 179/10, todos os equipamentos elétricos para uso em
áreas classificadas devem ser “certificados”. Esta certificação
somente pode ser concedida por entidades credenciadas
pelo INMETRO,
brasileiras sendo que
credenciadas até agosto/2010
correspondiam as entidades
à CERTUSP, CEPEL-
LABEX, UL do Brasil, BVC, NCC Certificações, IEX e TUV
Rheinland. Desta forma, todo equipamento elétrico instala-
do em área classificada deve ser acompanhado do certifi-
cado correspondente e identificado com sua marcação no
corpo do mesmo e claramente visível. Para maiores deta-
lhes ver o capítulo 11, onde o assunto é tratado mais
detalhadamente.
X (marcação)
3.7 A IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E
A Portaria INMETRO No. 179/10 obriga a certificação de todo e
qualquer equipamento elétrico para uso em atmosfera explosiva
É obrigtória, também, uma marcação indelével que deve formar
parte do corpo do equipamento. Essa marcação, obedece ao se-
guinte modelo:
Ex d IIC T6 EPL Gb
Ex - Significa que o equipamento possui algum tipo de proteção
para área classificada (atmosfera potencialmente explosiva).
d - Especifica o tipo de proteção que esse equipamento possui,
podendo ser alguns dos seguintes:
28
t = proteção por invólucro s = especial
IIC - Especifica o Grupo para o qual o equipamento foi construído,
podendo ser:
Grupo I,
Grupo IIA, Grupo IIB, Grupo IIC,
Grupo IIIA, Grupo IIIB, ou Grupo IIIC.
T6 - Especifica
mento, podendo a Classe
ser: de Temperatura de superfície do equipa-
T1 - 450º C T4 - 135º C
T2 - 300º C T5 - 100º C
T3 - 200º C T6 - 85º C
Aplicável em Zonas 1 e 2
4.2 SEGURANÇA
Equipamento AUMENTADA
fabricado Ex-e
com medidas construtivas adicionais para
que em condições normais de operação, não sejam produzidos
arcos, centelhas ou alta temperatura. Ainda, estes equipamentos
possuem um grau de proteção (IP) elevado.
Aplicável em Zonas 1 e 2
4.3 SEGURANÇA
Equipamento INTRÍNSECA
projetado Ex-iou
com dispositivos (iacircuitos
ou ib)queem con-
dições normais ou anormais de operação não possuem energia
suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva.
31
4.4 PRESSURIZAÇÃO Ex-p
Equipamento que foi fabricado para operar com pressão positiva
interna de forma a evitar a penetração da mistura explosiva no
interior do invólucro.
Aplicáveis em Zona 2
Aplicável em Zonas 1 e 2
Aplicável em Zonas 1 e 2
32
4.8 PROTEÇÃO POR INVÓLUCRO Ex-t
Tipo de proteção onde todas as fontes de ignição são protegidas
por um invólucro para evitar a ignição de uma camada ou nuvem
de poeira, baseado no grau de proteção, resistência mecânica e
máxima temperatura de superfície.
35
• Fike , fabricante de sistemas de proteção contra explosões
(discos de ruptura, janelas de explosão, supressão de explosões e
proteção contra incêndios).
36
• Protego-Leser, empresa fabricante de sistemas de segu-
rança contra explosões em equipamentos de processo que
inclue válvulas de pressão e vácuo, alívio, etc.
• VL Indústriae, serviços
de potência de montagem
automação para áreas eclassificadas.
manutenção de sistemas
•
Empresas especializadas
Empresas corretoras em inspeção Ex
de seguros
37
38
6 MÉTODOS DE INSTALAÇÃO
A normalização atual permite a utilização de métodos de instalação
conhecidos como “Americano e IEC” que são detalhados a seguir:
40
6.3 A IMPORTÂNCIA DA SELAGEM (UNIDADES
SELADORAS) E DOS PRENSA-CABOS
6.3.1 Unidades Seladoras
43
Prensa-cabo com selantes Prensa-cabo com
elastoméricos que vedam Composto selante:
os condutores individuais:
44
7 FONTES DE IGNIÇÃO
Nas áreas classificadas é possível encontrar diferentes fontes de
ignição capazes de iniciar uma deflagração, sendo as mais conhe-
cidas as seguintes:
45
Os métodos de instalação conforme NEC IEC,
e assim
como detalhes de montagem e manutenção, montagem e
especificação de unidades selador
as e prensa cabos, etc,
são abordados no Programa de Qualificação e Certificaçã
o
de profissionais Ex, desenvolvidos pela ABPEx/
Project-Explo em conjunto comABENDI.
46
8 ELETRICIDADE ESTÁTICA
Quando nos referimos a “fontes de ignição”, possíveis de serem
encontradas em áreas classificadas, normalmente nos referimos a
equipamentos, instrumentos ou acessórios elétricos, ou eletrônicos,
ou magnéticos, podendo ser também mecânicos, instalados na
unidade. Nesta relação, as fontes de ignição de srcem eletr
ostática
costumam ficar de fora por uma razão muito simples: elas não
são palpáveis, não tem invólucros, como todas as outras fontes.
Ou seja, não podem ser vistas, porque são abstratas, já que
somente estão nos processos (mesmo que a gen te não as enxergue),
e podem se manifestar em qualquer momento, (quando dadas às
condições) provocando explosões.
Sem querer entrar no mérito de “como estas fontes de ignição
são geradas”, mas ficando apenas no que nos interessa que é
“aonde podem estar presentes”, “como nos prevenir” e “no que
fazer” para não sofrer as conseqüências de uma explosão que
tenha esta srcem, detalhamos a seguir todos estes assuntos.
Em 1º lugar, estas possíveis fontes “podem estar presentes” nos
equipamentos de processo, nos produtos processados e ainda nos
próprios operadores de processo.
Seguindo com nosso raciocínio cabe a pergunta “como nos
prevenir?”, o que tem apenas duas respostas que são as seguintes:
“impedindo o carregamento estático ou então escoando o
carregamento estático na medida que este é gerado”. Assim, a
resposta para a pergunta “o que fazer?”, se desprende da anterior
que é aterrando e esta condição é fácil de praticar quando os
equipamentos são metálicos... Mas, o que é “aterrar
eletrostaticamente” ou simplesmente “aterrar”? É ligar a terra
Ω.
estes de maneira
O aterramento de não exceder
é considerado comouma resistência
efetivo quando de 10é feito
este
interligando os componentes por meio de condutores a uma
malha de aterramento ou a tubulações metálicas de água ou
aquecimento enterradas ou ainda a estruturas enterradas em solo
condutor. O sistema de aterramento precisa ser mecanicamente
resistente e os condutores que fazem a ligação a terra deve ser
interligados por solda adequada ou por conectores de aperto
comprovadamente eficazes. Este sistema de aterramento devem
ser executado por pessoal qualificado, atendendo as normas em
vigor em todos os seus detalhes (NBR-5419), devendo ainda ser
47
vistoriada periodicamente e emitindo os Laudos exigidos, que
incluem medições do sistema.
O aterramento de equipamentos móveis que possam ter carrega-
mentos eletrostáticos deve ser feito de maneira de garantir o
efetivo escoamento, utilizando inclusive conexões flexíveis fixadas
por grampos certificados. Esta situação é normalmente encon-
trada por ex. em descarregamento de caminhões transportando
inflamáveis ou em transferências entre tanque-tambor ou
tambor-equipamento.
O aterramento de equipamentos com componentes rotativos é
possível de ser feito aterrando as carcaças estáticas, isto quando
o lubrificante utilizado for óleo e este for utilizado em camadas
finas. Para garantir o efetivo aterramento das partes rotativas é
necessário confirmar que na operação, a resistência dos compo-
nentes rotativos estejam abaixo de 10Ω. Se não for possível de se
conseguir, poderá ser utilizado lubrificante condutor ou então
escovas de contato.
Considerando o risco de explosão presente pelo acumulo de
cargas eletrostáticas geradas em processos de enchimento/esva-
ziamento de inflamáveis como hidrocarbonetos ou então de
sólidos isolantes combustíveis (pelasvelocidades de escoamento),
é particularmente necessário o aterramento das tubulações que
transportam estes produtos. Nestes casos, quando as tubulações
metálicas são interligadas por flanges com juntas isolantes de
resistência superior a 10Ω, haverá a necessidade de interligar os
diferentes segmentos da tubulação por meio de “chicotes de
interligação” (jumps) que garantam o efetivo aterramento de todo
o sistema. Este aterramento é absolutamente necessário em
estações de carregamento rodoviário e ferroviário, onde existem
braços giratórios com acoplamentos isolantes que terminam
descarregando os produtos em bocais de carretas/tanques que
liberam vapores explosivos para o ambiente.
Em processos de enchimento/esvaziamento em geral, existe
muitas vezes a necessidade de utilizar tubulações flexíveis,
conhecidas também como “mangotes” ou então mangueiras, que
“nunca deverão ser do tipo isolante”, sendo nestes casos necessária
a utilização de acoplamentos flexíveis condutores, que deverão
também ser devidamente aterrados.
É importante ainda, em processos de enchimento/esvaziamento,
que as carretas sejam aterradas antes do início do processo, para
48
conseguir o “descarregamento das cargas eletrostáticas” produ-
zidas durante a viagem pelo atrito dos pneus e do vento contra a
carroceria. Nesta situação, os tanques ferroviários devem ser en-
tendidos como aterrados pelo simples contato entre as rodas e os
trilhos, entendendo, portanto que não existe carregamento
eletrostático presente nestes veículos.
No caso das carretas rodoviárias, a ligação a terra para efeitos do
descarregamento eletrostático deve-se dar por meio de alicatesde
aterramento adequados. éSefundamental
regamento eletrostático considerarmos qu
e ogarantir
para processo de descar- da
a segurança
operação de carregamento, devemos garantir o efetivo aterramento
dos veículos, o que pode ser conseguido por meio de equipa-
mentos conhecidos como sistemas supervisores de aterramento
que consistem em dispositivos eletro-eletrônicos dos tipos a
prova de explosão ou de segurança intrinseca ou ain
da de segurança
aumentada que tem a responsabilidade de supervisionar o
aterramento do componente que está sendo aterrado, liberando
o processo de bombeamento de inflamável somente após este
aterramento ser “efetivo”.
Além de todas as considerações acima, é necessário também
analisar os problemas de limitação de velocidade de escoamento
de líquidos inflamáveis em tubulações.
Considerando a importância deste assunto e sabendo da exis-
tência de um excelente material disponibilizado pelo SITIVESP
(Sindicato dos Fabricantes de Tintas e Vernizes do Estado de
São Paulo), resolvemos incluir a essência dele neste trabalho,
haja visto que boa parte dos fenômenos presentes na indús-
tria de tintas também se aplicam a outras industrias. Quem
tiver interesse nesse documento completo, poderá obtê-lo,
junto a essa entidade pelo www.abpex.com.br.
AS CAUSAS
Essas incômodas descargas são provocadas pela eletricidade
estática, um fenômeno físico que você não vê, mas sente. Ela con-
tribui para uma perda de produção, de tempo, de matéria-prima,
podendo ainda criar incêndios, explosões, choques em ope-
radores e causar graves danos aos componentes eletrônicos
sensíveis . Os materiais são constituídos por átomos que têm
cargas elétricas positivas e negativas em igual número. Por isso,
estão eletricamente neutras. É, no entanto, possível eletrizá-los,
49
de forma que fiquem com excesso de cargas positivas ou
negativas, diminuindo ou aumentando o número de elé-
trons (cargas negativas), que são as cargas móveis, já que as
cargas positivas, existentes no núcleo dos átomos, são fixas.
Há várias formas de produzir este desequilíbrio de cargas:
no revestimento utilizado nos bancos dos nossos carros,
nos tecidos das roupas que usamos e principalmente a ca-
pacidade que cada indivíduo tem de captar a energia. Sabe-
se,
ticospor exemplo, àque
é favorável o emprego
ocorrência excessivo
dessas de tecidos
pequenas sinté-
descargas.
Locais de clima muito seco (o ar seco favorece a separação
das cargas - eletrização -, enquanto o ar úmido favorece
a sua aproximação com a conseqüente neutralização da carga
elétrica em excesso) propiciam a ocorrência desse fenômeno.
Na manipulação de líquidos:
• Evitando agitação violenta
• Mantendo índices de fluxo tão baixos quanto possível, por exemplo:
abaixo de 1 m/s para líquidos com condutibilidade < 1000 pS/m
• Usando aditivos anti-estáticos para solventes com condutibili-
dade <1000 pS/m
• Evitando aerossóis (também de líquidos com alta
52
condutibilidade)
• Evitando a queda livre (por exemplo: > 1m)
Na manipulação de pós / sólidos não-condutivos:
• Evitando agitação violenta e turbulência
• Mantendo índices de fluxo baixos, exemplo: abaixo de 25 ton/h
para pós Poliméricos com tamanhos particulares entre 1000µm
ou 4 ton/ h para granulado
• Aumentando a umidade relativa do ar
•prima)
Usando aditivos antiestáticos (durante a preparação da matéria-
Na manipulação de gases:
• Evitando a presença de partículas líquidas ou sólidas.
NOTA:
Em áreas classificadas, onde essas condições não pos-
sam ser cumpridas e, como conseqüência, se forma a
eletricidade estática, medidas como “aterramento”,
“jampeamento” e procedimentos operacionais, são pré-
requisito para garantir uma operação segura.
Aditivos antiestáticos
Pela suas baixas condutibilidades, solventes tais como hidrocar-
bonetos não polares, são particularmente suscetíveis ao acúmulo
de carga estática. Nesse caso, a condutibilidade deverá ser au-
mentada.
Se aditivos são usados(exemplo: stadis 450), precisam estar presentes
em todos os solventes aromáticos e alifáticos (hidrocarbonetos)
isolantes.
A água pode reduzir a eficiência de aditivos antiestáticos. Portanto,
os tanques devem estar limpos e secos antes do uso. A presença
de água nas matérias-primas deve ser verificada.
A contaminação de matérias-primas com água durante os processos
deve ser evitada.
Sistemas de tubulação:
A eletricidade estática é gerada quando líquidos fluem nas tubu-
lações. Para reduzir eficazmente os índices de geração estática,
deverá ser observado o seguinte:
53
a) Manter índices de fluxos tão baixos quanto possível, atra-
vés do controle do tamanho das tubulações e a velocidade
das bombas. A velocidade máxima aceitável é de 1m/s para
solventes com baixa condutibilidade.
b) Verificar a continuidade elétrica nas tubulações com co-
nexões e juntas metálicas de flange que possa isolar as vári-
as seções da tubulação. Nesses casos, será necessário fazer
a ligação, perpendicularmente, às flanges e juntas.
c) Válvulas
sentar esféricas
algum com específico.
problema vedação emNeste
PTFE caso,
(teflon) podem
será apre-
necessário
fazer a ligação perpendicularmente à válvula.
d) Filtros, medidores ououtras obstruções em tubulações acentuam
a geração de carga estática.
e) Onde forem utilizadas mangueiras flexíveis, essas deverão ser
construídas para garantir a continuidade elétrica. A condutibilidade
das mangueiras deverá ser verificada mensalmente.
Containers plásticos:
A crescente utilização de plásticos para sacos e tambores e os
próprios containeres plásticos, tem aumentado o perigo da
formação de carga estática na superfície desses containeres, onde
possíveis tipos de plásticos antiestáticos deverão ser usados.
Deverá ser observado o seguinte:
a) Se for viável, a matéria-prima deverá ser retirada dos containers
de plásticos ou sacos plásticos, fora das áreas onde líquidos
altamente inflamáveis são usados. O conteúdo deverá ser trans-
ferido para sacos de papel ou containers de metal, antes de serem
54
levados às áreas de produção. Embora esse procedimento possa
reduzir a velocidade do descarregamento de matéria-prima seca,
a geração de nuvens de pó em misturas de vapor/ar solvente de-
verá ser evitada tanto quanto possível.
b) As recomendações do fornecedor, no que se refere ao despejo
de nitro celulose umedecido com solvente ou álcool, de containers
revestidos com plástico, devem ser seguidas à risca.
c) Da mesma forma, o uso de materiais plásticos para embalagem
de matéria-prima
geração e containeres
de estática. vazios,
Os invólucros podeseraumentar
deverão o risco
removidos antesda
que os materiais ou containeres sejam transferidos para as áreas
de produção.
d) Revestimentos plásticos em recipientes de mistu ra móveis deverão
ser retirados do recipiente fora das áreas onde líquidos altamente
inflamáveis são processados.
e) O uso de recipientes plásticos para solventes inflamáveis deve
ser evitado.
Roupas de funcionários:
Cargas estáticas podem ser geradas e acumuladas por seres hu-
manos. Para evitar sua formação excessiva e assegurar que não
sejam uma fonte de risco em áreas onde concentrações inflamá-
veis de vapor possam ocorrer, deverá ser observado o seguinte:
a) Os operadores não deverão usar macacões 100% sintéticos.
Os macacões aprovados para uso em ambientes antiestáticos
deverão conter no mínimo 60% de algodão. Deverá ser exigido dos
fornecedores desses macacões que confirmem as propriedades
antiestáticas de seus produtos.
b) Macacões, malhas, etc., não deverão ser despidos em áreas
onde vapores inflamáveis possam estar presentes.
c) Um operador poderá acumular umaperigosa carga eletrostática
se isolado, principalmente sob condições de baixa umidade.
A descarga de eletricidade estática de uma pessoa fica favorecida
com a utilização de material condutor em seu calçado. Nas áreas
de produção o uso de sapatos antiestáticos é compulsório para
os colaboradores diretamente envolvidos noprocesso produtivo.
57
9.1 RELAÇÃO PARCIAL DE EXPLOSÕES POR PÓ
1979
1979 Lérida
Bremen(ESP)
(ALE) Silodegrãos
Fábrica de farinha 10
14 18
17
1982 Tienen (BEL) Fábrica de açucar 4 vários
1983 Anglesey (GBR) Planta de alumínio 0 2
1984 Cork(IRL) Transportedegrãos 2 0
1984 Pozoblanco (ESP) Fábrica de ração 0 8
1985 Bahía Blanca (ARG) Transporte de grãos 4 20
1988 Hessen (ALE) Minadecarvão 57 vários
1994 USA 61 expl. 1990/94 Indústria de grãos 5 53
58
9.2 INDÚSTRIAS SUJEITAS AO RISCO DE EXPLOSÕES
COM PÓ
PROCESSOS
Armazenamento 21,3%
Moagem 13,1%
Transporte
Filtragem 11,0%
11,0%
Secagem 8,6%
Combustão 6,2%
Mistura 5,2%
Polimentoe 5,2%
revestimento
Outros 18,6%
59
9.4 PARÂMETROS DE EXPLOSIVIDADE DE ALGUNS
PRODUTOS COMUNS
T ipodepó T M I* C M E * *
Açucar 370ºC 45g/m3
Enxofre 190ºC 35g/m3
Cacau industrial 510ºC 75g/m 3
3
Carvão Pittsburgh
Celulose 610ºC
410ºC 55g/m
45g/m3
Coke de petróleo 670ºC 1000g/m 3
Cortiça 460ºC 35g/m3
Difenil 630ºC 15g/m3
Epoxi, resina 490ºC 15g/m 3
Ferro, manganês 450ºC 130g/m 3
Grãos misturados 430ºC 55g/m 3
(milho, aveia e cevada)
Levedura 520ºC 50g/m3
3
Poliacetato
Poliestirenode vinila 450ºC
500ºC 40g/m
20g/m3
Poliuretano, espuma 510ºC 30g/m 3
VitaminaC 460ºC 70g/m 3
60
10 INSPEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS E
ELETRÔNICOS
As instalações elétricas em áreas classificadas possuem caracte-
rísticas especialmente projetadas para torná-las adequadas para
tais atmosferas, assim é essencial que durante a vida útil dessas
instalações a integridade dessas características especiais seja pre-
servada, portanto elas requerem que sejam inspecionadas para
garantir sua integridade. Para isto, existem inspeções iniciais,
inspeções periódicas e supervisão contínua que deve ser exe-
cutada por pessoal qualificado de acordo com esta Norma (ABNT
NBR IEC 60079-17) e NR-10 e ainda, uma manutenção adequada
que garanta essas condições.
61
Esta inspeção deverá ser feita de forma inicial, após a implanta-
ção da instalação ou revisões em paradas gerais da unidade.
62
10.2 SISTEMAS Ex-d, Ex-e, Ex-n e Ex-i
1. Oáreas
de equipamento é adequado à classificação * * * * * * * * *
2. O grupo do equipamento está correto ** ** **
3. A classe de temperatura do equipamento * * ** **
está correta
4. A identificação do circuito do equipamento * * * * * * * * *
está correta
5. A identificação do circuito do equipamento * * * * * * * * *
está disponível
6. Os invólucros, vidros e gaxetas de vedação * * * * * * * * *
vidro-metal e/ou massa de selagem estão
satisfatórios
7. Não há modificações não autorizadas * * *
8. Não há modificações não autorizadas ** ** **
visíveis
9. Os parafusos, dispositivos de entrada de
cabos (direta ou indireta) e elementos de
fechamento são do tipo correto e estão
completos e apertados
verificação
- física ** ** **
verificação
- visual * * *
10. As faces dos flanges estão limpas e não *
danificadas, e as gaxetas, se existirem, estão
satisfatórias
11. Os interstícios dos flanges estão dentro **
dos valores máximos permitidos
12. O tipo de lâmpada, potência e posição * * *
estão corretos
13. As conexões elétricas estão apertadas * *
14. As condições das gaxetas dos invólucros * *
estão satisfatórias
63
APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-n
Verificar Ex-d Ex-e Ex-n
Grau de Inspeção
D A V D A V DA V
A) EQUIPAMENTO
15.Osdispositivosdedesligamentoem *
invólucro vedado e dispositivos
hermeticamente selados não estão
satisfatórios
16. O invólucrocom restrição gás-vapor *
está satisfatório
17.Osventiladoresdemotorestêm * * *
afastamento suficiente em relação ao
invólucro da tampa
B) INSTALAÇÃO
1.Otipodecaboéadequado * * *
2.Nãohádanovisívelnoscabos ** * ** * ** *
3. A selagem de passagens, dutos, tubos *** *** ***
e/ou eletrodutos
4. As unidades é satisfatória
seladoras e a selagem de *
cabos estão corretamente preenchidas
5. A integridade do sistema de eletrodutos e a * * *
interface com o sistema misto estão mantidas
6. As conexões de aterramento, inclusive
ligações à terra suplementares, estão
satisfatórias, isto é, as conexões estão
apertadas e os condutores possuem
suficiente seção reta
verificação
- física * * *
verificação
-7.Impedância
visual
de falta (sistemaTN)ou *** *** ***
resistência de aterramento (IT) está satisfatória
8. A resistência de isolamento é satisfatória * * *
9. Os dispositivos de proteção elétrica * * *
automáticos operam dentro dos limites
permitidos
10. Os dispositivos de proteção elétrica * * *
automáticos estão calibrados corretamente
(não é permitido rearme automático em Zona 1)
64
APLICÁVEL A EQUIPAMENTOS Ex-d, Ex-e, Ex-n
Verificar Ex-d Ex-e Ex-n
Grau de Inspeção
D A V D A V DA V
B) INSTALAÇÃO
11. Condições especiais de uso (se aplicáveis) * * *
estão conforme
C) AMBIENTE
1. O equipamento está devidamente protegido * * * * * * * * *
contra corrosão, intempérie, vibração e outros
fatores adversos
2. Não há acúmulo indevido de poeira *** *** ***
ou sujeira
3. O isolamento elétrico está limpo e seco * *
66
Historicamente a primeira tentativa de se tornar compul-
sória a certificação de equipamento para atmosferas ex-
plosivas ocorreu com a Portaria INMETRO, Nº 164/1991.
Diversas portarias subseqüentes foram publicadas in-
centivando um gradativo avanço na técnica e na cultura
de fabricantes e usuários, até a publicação da Portaria
Inmetro Nº 176, de 17 de julho de 2000.
Há um consenso que esta portaria foi um “divisor de
águas” com relação à compulsoriedade da certificação
(essa portaria foi substituída pela de Nº179/10).
Portanto para instalações após o ano de 2000, deve-se
exigir e arquivar os certificados de todos os equipamen-
tos Ex. Para instalações anteriores , pode-se obter docu-
mentos de fabricantes ou laudos de profissionais habili-
tados que atestem que os equipamentos instalados não
ofereçam risco à área. Este laudo pode ser emitido após
uma inspeção dos equipamentos elétricos em questão.
67
Todos os assuntos relativos a Inspeção de siste-
mas Ex são abordados no programa para Qua-
lificação e Certificação de Inspetores Técnicos
de sistemas elétricos, desenvolvidos pela
ABPEx/Project-Explo junto com a
certificadora ABENDI.
68
11 O NOVO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
A certificação aplicada a equipamentos para áreas classificadas, é
o atestado de que o produto em questão atende as normas e
especif icações técnicas que regulamentam a matéria. No caso
dos equipamentos elétricos a Certificação de Conformidade, é
compulsória porque este assunto tem impacto nas áreas de
segurança, saúde e meio ambiente. A certificação é feita segundo
procedimentos definidos pelo Sistema Nacional de Certificação
através de Órgãos de Certificação Credenciados, supervisionados
pelo INMETRO e conforme o modelo de certificação No 5 da ISO.
Nesta data, os Órgãos de Certificação Credenciados OCC que
atendem os requisitos estabelecidos pelo Sistema Nacional de
Certificação são os seguintes:
• BVC - Bureau Veritas Certification do Brasil;
• CEPEL
• CERTUSP
• NCC Cert ifica ções
• IEx - Instituto de Certificação
• TÜV Rheinland Brasil
• UL do Brasil
De acordo às exigências da Portaria 179/10 em vigor, todos os
equipamentos e materiais elétricos fabricados ou comercializados
No Brasil destinados à áreas classificadas devem ser “certificados”
(vide cap. 3.5 deste Manual).
No caso de produtos fabricados no exterior o próprio fabricante
estrangeiro, seu representante legal no Brasil, ou o importador
deve se submeter aos procedimentos e requisitos estabelecidos
pelas normas em vigor.
Um novochamado
peciais” modelo simplificado de avaliação
Modelo Situações para
Especiais as “situações
para es-
Produtos Im-
portados pode ser usado para:
a) Equipamentos ou componentes elétricos que fazem parte de
máquinas, equipamentos ou instalações “Skid-Mounted”.
b) Lotes de até 20 unidades cobertas pelo mesmo certificado,
importadas num prazo maior que 6 meses.
IMPORTANTE
As informações aqui apresentadas foram extraídas de
literatura genérica, devendo ser confirmadas nas Fichas de
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
72
13 SEGMENTOS INDUSTRIAIS SUJEITOS A
RISCOS DE EXPLOSÕES
A Norma Regulamentadora 10 (NR-10) obriga a todas as empresas
industriais/comerciais a regularizar seus sistemas elétricos nas áreas
entendidas como “classificadas” e estas áreas normalmente
existem em empresas dos mais diversos segmentos, lidando com
riscos de explosão pela presença de gases e vapores inflamáveis
ou por poeiras/fibras combustíveis. As empresas onde estes
riscos existem são em sua maioria as seguintes:
73
Além da necessidade de certificar equipamen-
tos, proximamente será necessário certificar os
profissionais que lidam com assuntos Ex. Par-
ticipe dos programas organizados pela ABPEx/
Project-Explo em conjunto com ABENDI.
74
14 AS EXIGÊNCIAS DA NR-10 PARA
INDÚSTRIAS SUJEITAS A RISCOS DE EXPLOSÃO
A publicação da “nova” NR-10 do Ministério do Trabalho, feita em
08/12/04 no Diário Oficial da União, alterou significativamente a
redação anterior desta norma, que estava em vigor desde 1978.
Boa parte dessas alterações atinge às unidades industriais que
lidam com riscos de explosões pela presença de áreas classifica-
das com gases e vapores inflamáveis ou por poeiras e fibras com-
bustíveis, que são normalmente encontradas no segmento quí-
mico, petroquímico, do petróleo, farmacêutico, alimentício, etc.
Um breve resumo das novas exigências agora em vigor para estas
empresas são as seguintes:
1.Obriga a “identificar” as áreas classificadas;
2.Obriga a “tratar” das áreas classificadas com equipamentos
adequados;
3.Obriga a “regularizar” os sistemas eletro-eletrônicos existentes
nessas áreas classificadas; e
4.Obriga a “treinar”
eletroeletrônicos nasosáreas
profissionais que operam os sistemas
classificadas.
75
Todos os “certificados de conformidade” correspondentes a cada
um dos equipamentos instalados nas diferentes áreas deverão
formar parte também do Prontuário exigido por esta NR.
77
Seja um profissional qualificado para poder par-
ticipar dos processos de projetos, montagem, ma-
nutenção e reparos em áreas classificadas. Par-
ticipe dos programas organizados pela ABPEx/
Project-Explo em conjunto com ABENDI.
78
15 PROGRAMAS DE TREINAMENTO PARA
PROFISSIONAIS EX
Como os profissionais que lidam com áreas classificadas, conhe-
cidos como “profissionais Ex” em caso de acidentes podem ser
responsabilizados civil ou criminalmente (vide Cap. 1.2 deste ma-
nual), existe no Brasil pela NR-10 e no mundo a tendência a exigir
que todos estes profissionais sejam “efetivamente treinados”.
Independentemente das atuais exigências da NR-10 no sentido
de “qualificar” todos estes profissionais, a Petrobrás desde 2002
exige que os profissionais de eletricidade, instrumentação e co-
municações que lidam com áreas classificadas, tanto das suas pró-
prias equipes como também das prestadoras de serviço que em-
barquem em plataformas, ou entrem nas suas unidades de refino
sejam “qualificados em áreas classificadas”, de acordo a um pro-
grama de treinamento da própria Petrobrás.
Por ser a maior usuária de áreas classificadas no Brasil, as exigên-
cias da Petrobrás em geral terminam definindo tendências e a
curto prazo
certificar os acreditamos
profissionais”.“não seráisto
É por de que
apenas qualificar,
a ABP-Ex, quemas de
desde
2002 está qualificando profissionais para atender a NR-10, a par-
tir de agora esta capacitando estes também de acordo a nor-
mas internacionais para atender a exigências de posterior
certificação, que será feita pela certificadora ABENDI. Por-
tanto, hoje para atender as atuais exigências impostas pela
NR-10 e a próxima exigência de certificação, a ABPEx esta
também qualificando prof issionais de segurança eletricidade
e instrumentação, assim como outros profissionais que indi-
retamente lidam com áreas classificadas, como é o caso dos
operadores de processo.
do ministrados no Centro Todos estes treinamentos
Internacional estão sen-
de Treinamento e
Avaliação de Prof issionais para Areas Classif icadas - CITAPAC.
Os programas que estão sendo colocados a disposição são os
seguintes:
o
m
co
e
Informações: www.project-explo.com.br
84
17 A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA COMPARADA
COM A LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL
Considerando que as normas que regulamentam os assuntos Ex
estão baseadas em normas internacionais; que os processos de
certificação também se encaixam nessa normalização e que a le-
gislação de segurança do trabalho definida pela NR-10 tende nessa
direção, podemos afirmar que os assuntos Ex no Brasil se equiva-
lem em boa medida ao que está sendo feito em países do primei-
ro mundo. Estava faltando neste quadro apenas a exigência
de certif icação para os profissionais que lidam com estes im-
portantes assuntos que hoje está resolvido pela próxima eta-
pa que está sendo levada à frente pela ABNT, ABENDI e ABPEx.
85
86
18 DE QUE FORMA A NR-10 ATINGE AS
INDÚSTRIAS COM RISCOS DE EXPLOSÃO?
Esta matéria foi publicada no Caderno de Explosões, edição de
Junho/Julho de 2005 e está senda publicada neste Manual
porque se converteu num guia prático para todas as empresas
sujeitas à riscos de explosões interessadas em atender às
exigências da NR-10.
Nelson M. Lopez
Diretor da Project-Explo
91
Porque se Qualificar/Certificar como profis-
sional Ex?
Além de hoje ser um diferencial de competência
e qualidade profissional, nos próximos anos
será seja
sim, obrigatório
um dos participar
primeiros anesse processo.disto.
participar As-
92
19 CENTRO INTERNACIONAL DE TREINAMENTO
E AVALIAÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA ÁREAS
CLASSIFICADAS - CITAPAC
Para atender as necessidades de treinamento do mercado,
atendido até hoje pela ABP-Ex (Associação Brasileira para Prevenção
de Explosões) em conjunto com a Project- Explo, acaba de ser
criado em São Paulo / SP um Centro Internacional de Treinamento
e Avaliação de Profissionais para Áreas Classificadas (CITAPAC) para
qualificação e certificação de profissionais atuantes em atmosferas
explosivas.
A Project-Explo assumiu a responsabilidade de criar este Centro e
terminou de implantá-lo em 2008, em São Paulo, na sua sede
própria, para atuar especificamente em áreas classificadas. O Cen-
tro foi criado para atender as necessidades de qualificar e certifi-
car profissionais com formação em eletricidade, instrumenta-ção,
segurança, operações, etc em assuntos Ex, conforme determina a
nova legislação nacional e internacional em vigor.
Até hoje, entidades
na Europa, de treinamento
especialmente deste
na Inglaterra, quetipo existiam
ao longo dossomente
últimos
anos se converteu em líder absoluto nesta questão. O novo Cen-
tro está sendo montado exatamente nos mesmo moldes
dessas entidades européias, pretendendo fornec er um treinamento
integral que inclua os aspectos teóricos e práticos necessários para
qualificar esses profissionais. A nova entidade tem o propósito de
treinar profissionais para operar tanto em ambientes off shore
como on shore, não apenas para o Brasil mas para toda a comuni-
dade americana, constituída pelo mercado Norte Americano,
México, Venezuela, Argentina, Bolívia e Chile, pretendendo a cur-
to prazo ser o novo líder para o continente.
Este Centro que está localizado no Bairro da Saúde em São Paulo
conta com todos os recursos necessários para o desenvolvimento
dos trabalhos, incluindo práticas de montagem, práticas de
inspeção assim como também de manutenção de sistemas Ex.
O Centro conta com as seguintes facilidades: auditório termo-
acústico, equipado com todos os recursos áudio/visuais de
primeira geração para o desenvolvimento da parte teórica. Para a
aplicação dos testes ifnais existem baias parapráticas de montagem,
de inspeção e de manutenção correspondentes aos tipos de
93
proteção mais comuns comosão os “a prova de explosão”
, “segurança
aumentada”, “segurança intrínseca”, “pressurização”, etc. Ainda,
conta com transporte até alojamentos e hotéis conveniados da
região para atender os treinandos que chegam de fora de São
Paulo. Os recursos áudio/visuais incluem uma exposição permanente
de equipamentos elétricos, de instrumentação, de comunicações,
etc normalmente encontrados em campo, que foram fornecidos
pelos fabricantes, todos associados da ABP-Ex, assim como
também filmes e slides,
forme o interesse não existindo
do treinando, apenas
a adoção apostilas,
de livros mas
guia em con-
portu-
guês e espanhol.
Todos os programas são destinados a atender as exigências da
normalização internacional para qualificação e certificação, da
Petrobrás e das suas subsidiarias e as atuais exigências da NR-10
que agora obrigam ao treinamento específico dos trabalhadores
das empresas sujeitas a riscos de explosões, como são as indústrias
químicas, petroquímicas, do petróleo, farmacêuticas, alimentos, etc.
sendo todos os programas apresentados por uma equipe de
especialistas que possuem o mesmo perfil exigido pelas entida-
des de treinamento européias.
O programa para a Certificação está dividido em duas partes:
1. A Qualificação do profissional, envolvendo as partes teórica
e prática do programa, feito nas instalações do CITAPAC e
2. A “avaliação” do profissional, envolvendo os exames de
qualificação teórica e prática.
Assim, o interessado poderá participar opcionalmente do programa
completo (treinamento e avaliação) ou apenas do processo de
avaliação (exames teórico e prático). A certificação será concedi-
da pelo Organismo de Certificação ABENDI (entidade de reco-
nhecido prestígio) para ambientes Ex, sendo que estes traba-
lhos já estão a disposição das empresas.
Maiores informações poderão ser solicitadas diretamente a
ABPEx pelo telefone: 11-5071-1324 ou pelo e-mail:
mkt@abpex.com.br
94
20 OS PROGRAMAS DE TREINAMENTO
OFERECIDOS PELO CITAPAC
Como as empresas estão sujeitas as diversas legislações/fiscaliza-
ções, a ABPEx junto com as próprias empresas usuárias definiu
programas “diferenciados”, que estão detalhados a seguir:
95
96
21 DICAS E MACETES
•naUm produto
pressão inflamável,
atmosférica se armazenado/processado/manipulado
a uma temperatura abaixo do seu ponto
de fulgor, não liberará vapores para formar uma mistura explosiva,
portanto, esta situação não classificará as áreas em volta.
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21.2 EM RELAÇÃO À CERTIFICAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS Ex
• A Portaria INMETRO N° 176/00 (posteriormente substituída pela
de Nº 179/10) instituiu a compulsoriedadeda certificação de equi-
pamentos Ex e hoje a NR-10 exige que todos os materiais e equi-
pamentos instalados em áreas classificadas sejam certificados con-
forme esta Portaria, devendo os Certificados de Conformidade
formar parte do Prontuário junto dos desenhos de classificação
de áreas e do Laudo.
Como boa parte do parque industrial brasileiro foi construído numa
época anterior às datas destas exigências, será necessário que um
profissional habilitado e qualificado inspecione e verifique a inte-
gridade dos componentes instalados para garantir a efetiva se-
gurança dos sistemas elétricos/eletrônicos existentes, chamando
a responsabilidade para si mesmo.
98
22 A RELAÇÃO ESTREITA ENTRE O MANUAL DE
BOLSO E O CADERNO DE EXPLOSÕES
Edição nº 28 Edição nº 29
Julho/Agosto 2009 Setembro/Outubro 2009
99
Edição nº 30 Edição nº 31
Novembro/Dezembro 2009 Janeiro/Fevereio 2010
Edição nº 32 Edição nº 33
Março/Abril 2010 Maio/Junho 2010
100
A partir de Outubro/11 todos os assuntos Ex onde são
analizados no Caderno de Explosões passam a ser
detalhados na revista Potencia, da Editora Grau 10,
que é de circulação naciona, sendo distribuida
gratuitamente para todos os usuários deste Manual
MBIEAEX.
Para fazer o download deste Manual MBIEAEX assim
como também receber de graça a revista Potencia que
analizará em detalhes todos os assuntos do Caderno,
é necessário apenas preencher a Ficha Cadastral na
seção de download do site do Manual. Na parte
superior da Ficha são seus dados, logo a seguir, são
os dados da sua empresa e no fim o local onde deve
ser entregue a revista Potencia sem custo.
Presidente da ABPEx
Nelson M. Lopez
Diagramação
Andréa Vieira
101
Nós, da ABPEx formamos parte da turma
que acredita que "tudo é possível de ser me-
lhorado", portanto, é nosso propósito estar
permanentemente melhorando este Manual de
Bolso. Também acreditamos que os profissio-
nais Ex, cada um deles, poderia ter sugestões
para melhorias...e como estamos abertos a crí-
ticas construtivas, solicitamos a cada um de
vocês,
que nosleitores
ajudeme usuários desta modestacartilha,
a aperfeiçoá-la.Contamos com
a compreensão de todos ante possíveis erros,
que com certeza passaram, assim como também
com a colaboração de nossos incondicionais
amigos...
Boa leitura e bom trabalho para todos!
Nelson M. Lopez
Presidente ABPEx
São Paulo, setembro de 2010
102
Este canal de comunicação da ABPEx conhecido como
“Informativo Caderno de Explosões”, que já existe
há mais de 06 anos, passa a ter um contato direto e
diário com os profissionais que lidam com riscos de
explosões, disponibilizando-o em forma digital para
todos eles e iniciando com isto uma nova fase da
existência desta associação.
O Informativo, que era em papel e é bimestral,agora
digital e mensal, complementa todas as informações
deste Manual de Bolso, que tem uma edição anual,
informando em cada número todas as novidades
desse período relativas a legislação, normas, solu-
ções, casos, equipamentos, cursos seminários e con-
gressos, etc, acabando de vez com os tabus e o mis-
ticismo das áreas classificadas.
103
Prezado Colega Ex:
Temos
Manual certeza que
de Bolso gostou
que poderádesta versãoquando
ser usada digital, estão
do
trabalhando na frente do computador.
Para ajudár-lo em suas tarefas em campo, se quiser,
também pode ter a versão em papel tamanho de bolso
(10 x 15 cm). Para comprar-lo, solicite-o em nosso email
(fale_conosco@abpex.com.br), e precisa pagar apenas
R$ 5,00 completando o formulario no site do Manual na
seção de download, assim receberá seu Manual por
correio.
Divulgue nosso site também para seus colegas que
trabalham em areas classificadas.
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