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RESUMO
É cada vez mais frequente a necessidade do ser humano em saber analisar, agrupar e
estudar informações que lhes são dispostas, seja veiculado por meios de comunicação, seja
através de situações problemas do seu cotidiano. Neste sentido, este trabalho tem como
objetivo apresentar a importância do ensino de Estatística e Probabilidade por meio de
situações-problemas aplicadas ao cotidiano dos alunos como métodos de potencialização
do processo de ensino e aprendizagem dos mesmos, bem como a apresentação de
montagem e aplicação de uma oficina aplicada com os alunos do 9º ano do ensino
fundamental da Unidade Escolar Lourdes Cury em Uruçuí – PI. Os resultados obtidos
através de um levantamento de dados sobre opiniões advindas da aplicação desta
atividade, demonstraram que a mesma obteve resultados satisfatórios quanto a
aceitabilidade dos alunos e como forma de aprimoramento e construção de ferramentas que
possam está aperfeiçoando o ensino de matemática no município.
1. INTRODUÇÃO
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Professor de Matemática do IFPI.
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Graduado em Matemática IFPI.
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Graduada em Matemática IFPI.
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e interpretação de dados, fato que pode ser confirmado por Spiegel (2000, p.21), ao
afirmar que “a estatística está relacionada aos métodos científicos para coleta,
organização, resumo, apresentação e análise de dados, bem como à obtenção de
conclusões válidas e à tomada de decisões razoáveis baseadas em tais análises”.
Visto isso, de acordo com os Parâmetros Curriculares nacionais – PCNs para a
Matemática e em conformidade com a matriz de referência do Exame Nacional do
Ensino Médio – ENEM, principalmente nos eixos cognitivos III e IV:
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Este fato justifica a busca por métodos práticos que possam está levando os
alunos da referida escola pesquisada a despertarem o raciocínio lógico matemático
através da busca por novas formas de resolução de situações-problemas, e não
somente no simples ato de resolver questões propostas pelo professor, que apenas
exige dos alunos a capacidade de retirar dados de questões já elaboradas, e aplicar
o que foi ensinado pelo seu professor, demonstrando assim, somente a capacidade
de imitação exercida pelo aluno.
Nesta busca por métodos de ensino que desperte no aluno interesse de
construir meios que possibilite sua auto aprendizagem, percebeu-se que o uso de
Oficinas como metodologia seria um método eficaz, visto que segundo Candau
(1995, apud FIQUEIRÊDO, 2006, p.3) “A oficina constitui um espaço de construção
coletiva do conhecimento, de análise da realidade, de um confronto e troca de
experiências”.
Visto isso, os PCNs, define cinco princípios base para que se possa
verdadeiramente trabalhar com o processo de resolução de problemas integrado ao
ensino de matemática:
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Assim, nos mostra que o ensino de matemática não é gerado de tal forma que
a teoria leve a prática, mas sim, é através da necessidade de solução de situações-
problemas práticos que surge a necessidade de introdução de conceitos, que
acabam sendo associados e generalizado a outros conceitos matemáticos.
O ensino da Estatística e da Probabilidade também não deixa de estar ligado
a resolução de situações-problemas,
...não faz sentido trabalharmos atividades envolvendo conceitos estatísticos
e probabilísticos que não estejam vinculados a uma problemática. Propor
coleta de dados desvinculada de uma situação-problema não levará à
possibilidade de uma análise real. Construir gráficos e tabelas
desvinculados de um contexto ou relacionados a situações muito distantes
do aluno pode estimular a elaboração de um pensamento, mas não garante
o desenvolvimento de sua criticidade. (LOPES, 2008, p.62)
isso nos levou a propor atividades para alunos com situações problemas, dentro da
escola, e também atividades relacionadas ao conteúdo ministrado que ora neste
trabalho denominamos “a estimação da quantidade de peixes de uma certa espécie
em um lago”, fazendo também uma transdisciplinaridade com os problemas
ambientais nos quais vive-se atualmente.
É válido também ressaltar a importância da formação do pensamento crítico
do aluno, que de acordo com Freire (1997 apud LOPES, 2008, p.64), “a criticidade
deve ser um trabalho conjunto do professor e do aluno, que o pensar certo, que
supera o ingênuo, precisa ser produzido pelo próprio aprendiz, em comunhão com o
professor-formador”, demonstrando assim a importância de atividades que envolvam
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3 METODOLOGIA
Descrição da Atividade
Etapa 1 - Divisão dos alunos em grupos distintos;
Etapa 2 - Propor que cada grupo vá a uma turma distinta e estude uma
característica constatada na turma pesquisada. Nesta atividade, foi apresentado aos
alunos possíveis variáveis para o estudo nas turmas a serem pesquisadas, deixando
– os livres para executarem tal tarefa.
Etapa 3 - Consiste no retorno dos alunos à sala de aula de origem, de pose de
dados de alguma variável pesquisada na sala que se propuseram à realizarem o
estudo. De posse dos dados colhidos é chegado o momento para a organização,
tabulação e apresentação dos mesmos.
Etapa 4 - Consiste em questionamentos do docente aos alunos sobre os dados
colhidos e apresentados. Diante de tais questionamentos do decente, de forma
proposital, os pesquisadores sentiram a necessidade de entender outros conceitos
estatísticos ainda não estudados. Pode-se citar conceitos tais como; as medidas de
tendência central (média, mediana e moda).
Etapa 5 - Após tomar conhecimento de novos conceitos estatísticos apresentados
na etapa 4, é solicitado pelo docente aos grupos que apresentem a pesquisa nas
turmas ondem foram colhidos os dados, dando fim a oficina.
b) Pedir que cada aluno retire do pacote um elemento e que fique com ele por
enquanto; o professor vai andando de aluno a aluno até completar todos os
alunos da classe.
c) Isto significa que a classe retirou uma amostra da população, esta amostra
tem o mesmo número de elementos da classe, vamos dizer que sejam 40
alunos; então temos uma amostra de 40 elementos da população cujo
tamanho queremos estimar; pedir que cada aluno faça uma marca no seu
elemento (seria como marcar um peixe); podemos dizer aos alunos que esta
técnica está na fase da captura.
d) Devolução para o pacote das peças marcadas;
e) Depois de suficientemente misturadas às demais, novamente os alunos são
chamados a retirar uma peça do pacote de modo aleatório; isto significa que
temos uma nova amostra, ou seja, teremos 40 elementos retirados,
provavelmente com alguns marcados e outros não marcados,
independentemente da primeira dada a aleatoriedade; aqui podemos dizer
aos alunos que eles estão na fase de recaptura;
f) Algum aluno vai a lousa e pede que os alunos que tiraram elementos
marcados levantem a mão; o número é então registrado e pode ser feita a
razão entre o número de marcados e o número de elementos retirados; esta
razão dará a frequência relativa amostral de marcados; supondo que este
número tenha sido 10, a frequência amostral será ;
h) Peça a alguém para escrever na lousa este outro quociente e peça sugestões
para “descobrir” o valor de T; teremos então na lousa dois quocientes
4 RESULTADOS
As oficinas realizadas com os alunos do 9º ano do ensino fundamental da
Unidade de Ensino pesquisada, deu início com a aplicação da atividade 01, onde a
princípio foi solicitar a coordenadora da escola que disponibilizasse as turmas das
séries menores, para que a pesquisa fosse realizada. Logo após os alunos foram
divididos em grupos e designados para as turmas onde cada grupo iria realizar a
coleta de dados de acordo com as etapas descritas na metodologia. Nas imagens
abaixo temos alguns alunos colhendo os dados solicitados.
Figura 01 e 02 – Alunos colhendo dados referente a atividade 01.
população e isso com certeza será usado no dia-a-dia, então fica a dica para os
professores façam por favor mais aulas assim”.
Relato do aluno B: “Gostei muito!! Pois a aula foi diferente do que costumávamos
fazer. Espero ter mais aulas assim, acredito que os alunos gostariam muito, assim
como eu”.
Isso mostra que após análise dos matérias coletados, notou-se uma grande
aceitação por parte dos alunos as atividades das quais foram submetidos, deixando
assim a relevância e a importância da oficina Estatística e Probabilidade
desenvolvida, pois disponibilizou para UELC uma ferramenta que potencializou o
ensino de matemática, bem como aprimorou os conhecimentos dos bolsistas do
PIBID envolvidos na atividade.
6 CONCLUSÃO
Acredita-se que o desenvolvimento deste trabalho, possa abrir espaço para o
surgimento de outras oficinas de ensino ligada à matemática, bem como a outras
disciplinas, visto ser de grande relevância e importância a proposta de resolução de
situações-problemas oferecidos pelas oficinas trabalhadas nesta pesquisa. Acredita-
se que o aluno como ser formador de seu pensamento crítico, terá uma formação e
uma aprendizagem mais significativa, com relação ao ensino tradicional
propedêutico.
Por fim, temos a convicção e importância do surgimento de novas
ferramentas de ensino no processo de formação de novos professores, visto que a
partir do momento que os bolsistas do PIBID acompanham os professores das
escolas públicas e sentem a necessidade de impor métodos que venham a facilitar e
melhorar o ensino, eles saem daquele estado de repouso, de apenas observadores
e passam a desempenhar o papel de seres modificadores de um ambiente que em
um futuro próximo será habitado por eles.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática / Secretaria de Educação
Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997, 142p.
LIMA, Elon Lages. A matemática do ensino médio – volume 2 / Elon Lages Lima,
Paulo Cezar Pinto Carvalho, Eduardo Wagner, Augusto César Morgado. -6.ed. – Rio
de Janeiro: SBM, 2006. 372 p.