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Assim como o Governo possui receitas, denominada receita pública, ele também possui despesas
governamentais, chamadas de despesas públicas. É o conjunto de ações feitas pelos órgãos públicos
para pagar serviços do governo feitos para os cidadãos e recursos utilizados para investimentos. É uma
das vertentes da Política Fiscal e deve ser administrada de maneira cuidadosa para garantir os ideais
dispostos na Política Económica.
O desembolso realizado pelo governo pode ser caracterizado em orçamentário e extra-orçamentário.
Orçamentário: saída de recursos sem associação para pagamentos de gastos públicos.
Extra-Orçamentário: Devolução de recursos financeiros transitórios que chegaram ao Estado como
ingressos extra-orçamentários.
Quanto à Regularidade
Ordinária: despesas relacionadas com a manutenção dos serviços estatais, como o gastam com
funcionários e material. São frequentes e previstas no orçamento.
Extraordinária: despesas eventuais ocasionadas por situações excepcionais, e por isso sem previsão
no orçamento, como em casos de calamidade pública ou a compra de vacinas para tratar uma
determinada doença.
Quanto à Espécie
In Natura: Coisas que não utilizam dinheiro.
Em dinheiro: Despesas em dinheiro.
Quanto ao Lugar
Interna: São as despesas feitas no país com sua própria moeda.
Externa: Despesas feitas no país com alguma moeda forte.
Programação
Maneira de distribuir despesas durante uma fase para onde foram aprovadas para sanar as
necessidades mensais da repartição. Tem como objetivo decidir quais serão as prioridades que deverão
ser atendidas no ano e também a definição de um cronograma de pagamento.
Licitação
Processo em que o Estado busca adquirir os melhores materiais e serviços por meio das condições mais
viáveis.
Empenho
Acontece nos casos em que é criado uma obrigação de pagamento para o Estado e estabelecido através
de uma Nota de Empenho. O empenho pode conter as seguintes modalidades: estimativo, ordinário e
global.
Ordinário: relação com um pagamento em uma única parcela e transmissão para um credor específico.
Ex: contratação de serviços de terceiros.
Estimativo: quando não existe noção do valor da despesa. Ex: tarifas públicas, hospedagem, etc.
Global: Usado para pagamentos contratuais. Ex: contratos de serviços de segurança, etc.
Liquidação
Análise do direito conquistado pelo credor. Seu objectivo é saber se a conta apresentada pertence ao
credor ou beneficiário na nota de empenho. Além disso, a liquidação busca verificar se os valores estão
correspondentes nos documentos e se o sector correspondente atesta a execução da despesa.
Pagamento
Pagamento realizado para o credor no intuito de garantir a quitação de débito. Esse pagamento pode ser
realizado com cheque nominal, ordem bancária ou suprimento de fundos.
Finanças Públicas
As finanças públicas fazem parte do estudo da economia governamental com a implantação de
medidas para melhorar o bem-estar dos cidadãos. É a vertente da ciência económica que tem como
estudo a política fiscal e estuda-se as políticas públicas em relação a natureza fiscal. Além disso,
estuda-se conceitos como dívida pública, despesas públicas, etc.
Nos concursos públicos esse tema é abordado no intuito de compreender os encargos do Estado
na economia brasileiro. Para que o governo invista seus recursos em diversas situações é necessário
que ocorra a arrecadação desses valores. Nos concursos, as finanças públicas são estudadas para
compreender o Estado e as despesas públicas.
Assim como acontece nas empresas, o governo também realiza a administração dos seus recursos
arrecadando e liberando valores, ou seja, as finanças públicas tem o objectivo de equilibrar os gastos e
as receitas públicas.
Receita: Forma de conseguir recursos através das tarifas, tributação, impostos, etc.
Despesa: São gastos do estado envolvendo actividades governamentais e políticas públicas.
Função Distributiva
A função distributiva está relacionada com a distribuição de renda de um país no intuito de manter uma
população mais homogénea e igualitária. É a distribuição de renda de forma justa e os
redireccionamentos de recursos para serviços como a saúde, um dos mais usados pela população de
baixa renda.
O governo é responsável pela retirada de recursos de determinadas camadas da população para
realocar em outras pessoas por meio de políticas de distribuição de renda. Um exemplo desse tipo de
função são as isenções de impostos, redução de preço de determinado produto para aumentar sua
concorrência e reduzir seu preço para a população. Essas acções são implantadas para melhorar
a divisão da renda dos brasileiros.
Função Estabilizadora
Essa função está baseada no intuito do governo de estabilizar a economia quando o mercado não
consegue garantir que isso ocorra. Ele age reduzindo os preços, estabilizando os juros, aumentando a
oferta de empregos, reduzindo a inflação, etc. Essa função é bem distinta das anteriores, uma vez que o
governo não pode esperar uma decisão do mercado e por isso utiliza a política fiscal para manter a
economia estável.
Função Reguladora
Há indícios do surgimento de uma nova função criada no intuito de regular o processo económico com a
criação de leis e normas por meio de agências reguladoras como ANATEL, ANVISA, ANEEL,etc.
Orçamento Público
O Orçamento Público é o cálculo feito entre Receita e Despesa. É tudo o que o governo gasta e
arrecada anualmente, ou seja, é uma acção para determinar e compreender a alocação dos recursos
públicos. Com o fim do período inflacionário, que o Brasil viveu com tanta intensidade nas décadas de 80
e 90, ficou mais fácil definir o orçamento e distribuir os recursos necessários para auxiliar os
contribuintes. O governo decide a prioridade do dinheiro arrecadado do cidadão através do orçamento.
O dever de fiscalizar os gastos públicos compete ao Poder Legislativo. É de responsabilidade da
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) de supervisionar e coordenar a criação da Lei de Directrizes
Orçamentárias e do Orçamento Geral da União (OGU). Esse orçamento faz a previsão dos recursos
que serão obtidos e quais serão as despesas do Governo Federal.
As despesas podem ser pagas com a arrecadação de impostos federais como o Imposto de Renda (IR)
e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Confins). Além disso, essas despesas
governamentais podem ser pagas com operações de crédito junto ao Tesouro Nacional. Já as receitas
públicas são baseadas em estimativa, ou seja, o valor final pode ser maior ou menor do que o
esperado. O resultado, positivo ou não, vai depender do crescimento económico daquela nação durante
certo período.
Baseados nessa receita, estabelecem as despesas dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Após a aprovação pelo Congresso Nacional, o orçamento pode ser executado, mas se a receita for
maior do que era esperado, pede-se junto ao Congresso uma autorização para utilizá-lo. Caso ocorra o
contrário, e a receita diminua, será necessário reduzir as despesas.
Não é de responsabilidade do Governo Federal todas as despesas públicas. Cabe a Constituição
Federal estabelecer o que é da competência da União, dos governos estaduais e municipais. As obras
realizadas em sua cidade são de competência da prefeitura e por isso deve-se analisar o orçamento
desse órgão. No entanto, caso seu interesse seja nas obras realizadas em uma rodovia de seu estado,
por exemplo, deverá se preocupar com o orçamento federal destinado para tal.
Princípios Orçamentários
Para fazer um orçamento é importante seguir alguns princípios básicos definidos através da Lei nº 4.320,
de 17 de Março de 1964.
Princípio da Universalidade: Todos devem fazer o orçamento analisando todas as receitas e
despesas.
Princípio da Unidade: Cada grupo pertencente ao poder público terá apenas um orçamento de
maneira uniforme e baseado em apenas uma política orçamentária. Ou seja, há o orçamento de cada
município, de cada Estado e da União.
Princípio da Anualidade: O orçamento é baseado por um período de um ano fiscal. Nesse ano deve-se
estabelecer as receitas e fixar as despesas.
Princípio do Equilíbrio: Tentar equilibrar o total das despesas com as receitas para que reduza a
chance de um possível deficit.
Princípio da Exclusividade: A lei orçamentária não terá nada além da previsão de receita ou fixação
de despesas.
Princípio da Especificação: O orçamento deve ser bem analítico, ou seja, as despesas e as receitas
devem ser bem detalhadas.
Princípio da Publicidade: A Lei Orçamentária deve estar acessível a sociedade através de divulgação
pública.
Princípio da Clareza: O orçamento deve ser o mais específico e claro em seu planeamento.
Princípio da Uniformidade: Deve ser consistente para que a comparação entre um ano e outro seja
mais rápida e fácil.
Distribuições Orçamentárias
É muito importante entender quais os critérios utilizados para classificar as contas públicas e assim
compreender a Função de Governo, Instituição, o projecto e operações especiais, etc. A classificação do
orçamento é importante por diversos factores como:
Ajuda a formular programas;
Auxilia no acompanhamento da execução do orçamento;
Estabelece responsabilidades;
Compreender os efeitos da economia nas atividades do governo.
Orçamento de Desempenho
Esse tipo de orçamento é um avanço do orçamento clássico e está mais relacionado ao destino dado ao
orçamento governamental. Apesar de se preocupar mais com o que o governo faz, esse tipo não possui
um planeamento específico.
Orçamento-Programa
Orçamento que leva em conta os objectivos que deverão ser alcançados pelo governo durante um
período de tempo. Além disso, há a previsão dos custos envolvidos no processo.
Orçamento Participativo
Esse orçamento abrange a população ao processo decisório e há uma relação entre o Executivo e
Legislativo.
Orçamento Base-Zero
Análise e revisão de todas as despesas. Ou seja, é uma análise criteriosa dos recursos solicitados pelos
órgãos do governo. Deverão verificar a verdadeira necessidade de cada área governamental.
Receita Pública
A Receita Pública é o valor em dinheiro administrado pelo Tesouro Nacional usado para pagar as
despesas e investimentos públicos. É o resultado dos impostos, taxas, contribuições e outras fontes
redireccionados para as despesas públicas. Ela é formada pelos tributos pagos pelos cidadãos e pelos
empréstimos feitos pelo Governo. Sendo assim, as receitas públicas podem constituir-se em originárias
ou derivadas.
Receitas Originárias: são as provenientes do património estatal.
Receitas Derivadas: são provenientes através do Estado por meio de tributos e multas.
A receita pública também pode ser dividida em efectiva e não-efetiva. A primeira é aquela em que os
recursos não são obrigações e dessa forma mudam a condição líquida patrimonial, ou seja, é a que
provêm do próprio sector público como os impostos. Já a não-efetiva refere-se aos recursos que não
mudam a condição líquida patrimonial e não são da arrecadação, como as operações de crédito. Podem
ser classificados três tipos de receitas públicas: cobrança de tributos, prestação de serviços e venda de
materiais.
Quanto à Natureza
In Natura: Prestação de serviço e obrigações ao Estado sem pagamento financeiro. Ex: Alistamento e
serviço militar.
Em serviços: Pagamento de obrigações utilizando dinheiro.
Quanto à Aplicação
Receita Geral: Refere-se a uma receita sem destino anteriormente definido, como os impostos em
geral.
Receita Especial: Receita com um destino já definido.
Quanto a Duração
Ordinária: Receitas periódicas responsáveis pelo abastecimento dos cofres públicos, como os
impostos.
Ex: Impostos e taxas regulares.
Extraordinárias: Receitas esporádicas que entram apenas eventualmente nos cofres público.
Ex: IEG, empréstimos compulsórios e doações.
Quanto a Fonte
Originárias: São as que surgem através do próprio património do Estado. Ele produz os bens e
serviços e realiza actividades parecidas com as do sector privado. Ocorrem sob a vontade do Estado e
do sector privado. Exemplo: venda de combustíveis.
Derivadas: Procede do património dos contribuintes, por meio de autorização do Estado. Essas receitas
surgem através de empresas privadas e a renda de determinadas pessoas que devem pagar tributos,
penalidades, apreensões, etc. Mistas: Receita proveniente das empresas públicas.
Domínio Privado
São as que pertencem ao Estado e geram renda. Eles satisfazem as necessidades públicas, não
prescrevem e não são passíveis de propriedade exclusiva ou privada.
Previsão
É uma estimativa em relação as receita no intuito de estabelecer uma proposta orçamentária para
aprovação no legislativo e na criação de uma Lei Orçamentária.
Foi instituído pelo Decreto Federal nº 15.783, de 08/11/22, três fases para a receita: arrecadação, fixação
e recolhimento. Como não há a possibilidade de fixação da receita ela torna-se prevista, pois não há
certeza do processo. Posteriormente foi implantada a Lei 4.320/64, que criou a previsão da receita.
Arrecadação
O processo de arrecadação ocorre quando o Estado recolhe, tributos, multas e créditos. Os valores
arrecadados devem ser redireccionados para a Conta Única do Tesouro Nacional. A arrecadação pode
acontecer nos casos em que são retidos ou descontados os tributos como acontece com o imposto de
renda descontado na folha de pagamento.
A arrecadação pode ser caracterizar em directa, quando é realizada pelo próprio Estado, ou indirecta,
em casos em que a arrecadação é feita por terceiros convencidos ao Estado. São denominados agentes
de arrecadação responsáveis pelo recolhimento, são eles:
Agentes públicos.
Agentes privados.
Recolhimento
O processo de recolhimento ocorre quando o agente arrecadador (público ou privado) repassa o o que
foi arrecadado para o Tesouro Público ou banco oficial. Essa conta única está no Banco Central.
Dívida Activa: A dívida Activa são créditos na Fazenda Pública que quando não são pagos no dia de
seu vencimento, são inscritos pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, conforme a legislação
relacionada ou por meio de processo regular.
Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que
tem como objectivo regulamentar, fiscalizar e executar as operações relacionadas à gestão da moeda e
do crédito, e é orientado por três órgãos normativos: Conselho Monetário Nacional, Conselho Nacional
Aspecto Histórico
1920: foi criada a Inspetoria Geral dos Bancos, que objectivava fiscalizar as instituições financeiras,
porém não se tratava de um órgão que tinha como responsabilidade a normalização e o controle do
mercado financeiro. Este controle passou a ocorrer com a criação da Superintendência da Moeda e do
Crédito (SUMOC), em 1945;
1952: foi fundado o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico (actual Banco Nacional de
Desenvolvimento Económico e Social – BNDES);
1964: aconteceu a chamada Reforma bancária, com o propósito de diversificar instrumentos e
instituições do sistema, dentre outros aspectos. Tal reforma dispôs sobre a Criação do Conselho
Monetário Nacional, a mudança da SUMOC para Banco Central da República do Brasil (actual Banco
Central do Brasil – BACEN), e a composição original do Sistema Financeiro Nacional;
Entre 1964 – 1965: foi criado o Sistema Financeiro de Habitação – SFH, que tinha como principal
operador o Banco Nacional de Habitação – BNH (extinto em 1986 e tendo suas atribuições transferidas
para a Caixa Económica Federal);
1986: foi encerrada a conta movimento do Banco do Brasil perante o Banco Central, o que iniciou o
processo de mudança de atribuições do BB ao BACEN;
1995: foi instituído o Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional – PROER;
1996: foi criado o Comité de Política Monetária (COPOM), com o objectivo de analisar a situação
macroeconómica e estipular uma meta de taxa de juros para os títulos da dívida pública.
Subsistema de Supervisão
Sistema normativo formado por instituições que estipulam as regras de funcionamento. Tem como
função estabelecer os parâmetros para a intermediação financeira e fiscalizar as instituições operativas.
O Subsistema de Supervisão tem a seguinte composição:
Conselho Monetário Nacional;
Banco Central do Brasil;
Comissão de Valores Imobiliários;
Superintendência de Seguros Privados;
Secretaria de Previdência Complementar;
Instituições Especiais (Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal).
Subsistema Operativo
Sistema de intermediação, sua função é operacionalizar a transferência de recursos entre os poupadores
e os tomadores, a partir dos parâmetros definidos pelo subsistema de supervisão. É composto por:
Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias;
Instituições Financeiras não Bancárias ou não Monetárias;
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo;
Agentes especiais;
Intermediários Financeiros ou Auxiliares.
Autoridades Monetárias
As Autoridades Monetárias são entidades responsáveis tanto pela normalização quanto pela execução
das operações referentes à emissão de moeda. As principais Autoridades Monetárias no Brasil são:
CMN – Conselho Monetário Nacional: entidade superior do Sistema Financeiro Nacional. Exerce a
função de órgão regulador e é responsável pela fixação das directrizes da política monetária, creditícia e
cambial;
BACEN – Banco Central do Brasil: tem a função de cumprir e fazer cumprir as normas que regem o SFN
expedidas pelo CMN. Actua como uma espécie de protector da moeda nacional, para garantir o
equilíbrio do mercado financeiro e da economia do país.
Autoridades de Apoio
As Autoridades de Apoio são instituições que podem actuar tanto como instituições financeiras normais,
auxiliando na execução da política monetária, como na normalização de um sector específico – como por
exemplo a Comissão de Valores Mobiliários. As principais Autoridades de apoio no Brasil são:
CVM – Comissão de Valores Mobiliários: vinculada ao governo federal, é um órgão normativo voltado
para a fiscalização e desenvolvimento do mercado de valores mobiliários;
BB – Banco do Brasil: embora seja um banco comercial comum, ainda opera como agente financeiro do
governo federal, sendo o principal executor dos serviços bancários de interesse do governo;
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social: principal instituição financeira de
fomento do Brasil, impulsiona o desenvolvimento económico, reduz desequilíbrios regionais e é o
encarregado de gerir o processo de privatização das empresas estatais;
CEF – Caixa Económica Federal: é a instituição financeira que funciona como instrumento
governamental, pois é caracterizada por operacionalizar as políticas do governo federal para
financiamento habitacional e saneamento básico, além de ser banco de apoio ao trabalhador de baixa
renda.
Instituições Financeiras
Instituições Financeiras são pessoas jurídicas, públicas ou privadas que exercem a intermediação
financeira ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, além de minimizar os riscos,
proporcionando segurança e agilidade no julgamento e previsão de melhores retornos. Alguns dos
principais tipos de instituições financeiras são:
Bancos Comerciais: intermediários financeiros que transferem recursos dos agentes superavitários
para os deficitários, organização esta que gera moeda através do efeito multiplicador.
Bancos de Desenvolvimento: agentes de financiamento do governo federal, apoiando
empreendimentos e contribuindo no desenvolvimento do país.
Cooperativas de Crédito: geralmente actuam em sectores primários da economia, facilitando a
comercialização dos produtos rurais; ou actuam nas empresas oferecendo crédito aos funcionários que
contribuem para a manutenção da mesma.
Bancos de Investimentos: actuam na captação de recursos, que são direccionados a empréstimos e
financiamentos.
Associações de Poupança e Empréstimo: são sociedades civis em que os associados tem direito à
participação nos resultados e tem como principal objectivo o financiamento imobiliário.
Agências de Fomento: actuam na concessão de financiamento de capital fixo e capital de giro.
Bancos Cooperativos: bancos comerciais que surgiram a partir de cooperativas de crédito.
Tipos de Tributos
Os tributos são contribuições realizadas em moeda ou determinado valor por meio de uma actividade
administrativa relacionada. Ou seja, é uma forma de pagamento obrigatória feita pelas pessoas ao
Estado. Ele somente pode ser instituído através de uma lei e a cobrança é realizada através do órgão
que administra aquele tributo.
Segundo a Lei nº 5172 de 25/10/1966, art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante actividade administrativa
plenamente vinculada.”
Com a criação das cidades foi instituída a cobrança obrigatória de tributos e posteriormente os monarcas
e chefes de estado cobravam determinados valores dos cidadãos. Com o crescimento do capitalismo, os
tributos se tornaram uma fonte de recursos para o Estado. Actualmente, eles são uma das principais
fontes de arrecadação estatal e são essenciais para custear a educação, saúde, meio de transporte,
moradia, etc.
No Brasil existem muitos tributos com diversas siglas e cada um deles possui uma determinada
importância. Sempre foram motivos de discussão entre a população e seus governantes. Ainda na
Inconfidência Mineira já era debatido o valor pago em impostos e tributos para a Coroa Portuguesa.
Actualmente o Brasil possui uma carga tributária excessiva quando comparado aos países mais ricos do
mundo.
Tipos de tributos:
Imposto;
Taxa;
Contribuição de melhoria.
Impostos
Os impostos são recursos pagos por pessoas físicas e jurídicas ao Estado, e pode ser uma
cobrança Federal, Estadual e Municipal. São utilizados para cobrir os gastos com saúde, economia,
educação, cultura, segurança, etc. Além disso, o governo utiliza os impostos para custear obras públicas
como a criação de rodovias, universidades e hospitais.
São cobrados em cima do valor do património e da renda de uma pessoa ou empresa. É por meio do
orçamento que o governo decide qual a percentagem desse valor será destinada para determinada
necessidade na sociedade.
Impostos Federais
Os impostos federais são de responsabilidade da união conforme o Art. 153 da Constituição Federal.
Segundo a constituição (Art. 153) os impostos de competência federal são:
O contribuinte do imposto pode ser Pessoa Física (IRPF) ou Pessoa Jurídica (IRPJ).
A cobrança é feita com a ajuda de uma base de cálculo feito de acordo com os rendimentos, nos casos
de pessoa física, e no lucro, para as pessoas jurídicas. A alíquota cobrada depende da renda e do
contribuinte em questão. Todo ano é instituído um valor mínimo e todos os cidadãos que recebem
menos que esse valor estipulado são considerados isentos.
Impostos Estaduais
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação
Serviços (ICMS)
O ICMS é um imposto de responsabilidade dos Estados e do Distrito Federal que incide sobre a
circulação de mercadorias e prestação de serviços. Nesse caso é considerado uma mercadoria qualquer
bem móvel, seja novo ou usado. O ICMS é cobrado quando uma mercadoria sai de um estabelecimento,
quando há a compra de mercadorias importadas e quando há transporte estadual e interestadual. A
cobrança é feita sob qualquer pessoa física ou jurídica que ajude e execute a circulação de mercadorias
e prestação de serviços.
Quer conhecer mais sobre esse imposto. Acesse o site Pagar IPVA!
Impostos Municipais
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
Esse imposto incide sobre a propriedade um um bem imóvel (habitação, comércio e indústria) na região
urbana de um município. É uma cobrança progressiva feita para o dono do imóvel ou seu titular. A base
de cálculo para o IPTU é o valor real do imóvel em questão e a alíquota varia de município para
município.
Taxas
Um dos tipos de tributos que incide sobre um serviço público feito para o contribuinte e executado pelo
poder público. As taxas não possuem uma base de cálculo específica e são avaliadas de acordo com o
serviço realizado.
Exemplos de Taxas:
Taxa de Iluminação Pública;
Taxa de Conservação e Limpeza Pública;
Taxa de Controlo e Fiscalização Ambiental – TCFA;
Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária; Taxa de Emissão de Documentos;
Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários).