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FACULDADE UNIÃO ARARUAMA DE ENSINO

Graduaçãoem Enfermagem

Diana Pereira da Silva


Esther Guimarães Pereira de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE


OBESIDADE MÓRBIDA

Araruama/RJ
2017
Diana Pereira da Silva
Esther Guimarães Pereira de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE OBESIDADE


MÓRBIDA

Monografia apresentada ao Curso de


Bacharelado em Enfermagem da
Faculdade União Araruama de Ensino, a
ser utilizado como requisito para
conclusão da disciplina Trabalho de
Conclusão de Curso III (TCC III).
Orientador: Profª. Mª.Penha Regina
Araújo.

Araruama/RJ
2017
Diana Pereira da Silva
Esther Guimarães Pereira de Oliveira

A IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DE OBESIDADE


MÓRBIDA

Aprovada em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Nome Completo
Titulação-Instituição

__________________________________________________
Nome Completo
Titulação-Instituição

__________________________________________________
Nome Completo
Titulação-Instituição

Araruama/RJ
2017
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais e irmãos,


com quem no convívio diário, aprendi os
valores da esperança, determinação e da fé, e
a todos os amigos, funcionários, professores e
acadêmicos que convivi ao longo desses anos
na Unilagos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade de concluir o Ensino


Superior, pois se não fosse pela misericórdia Dele, jamais teria conquistado essa
vitória. A minha mãe por te me colocado nesse mundo, onde quer que ela esteja
nunca vou esquece-la. Aos meus irmãos eminha família que souberam entender e
compreender minha ausência.
Ao meu esposo Cenil, meus amigos Tatiana Brasil, Rafael Espindola, Zenaide
e Beth, por cada palavra que foi dita nos momentos difícil que passei ao longo deste
curso.
Aos meus colegas de classe que em meioas dificuldades sempre me davam
força para seguir em frente.As minhas companheiras de trabalho Thaysmara,
Valeska, João Luiz e a Profª Tania Fernandes que me ajudaram no decorrer deste
trabalho.
A Sr. Rogerio Leopoldo Rocha, pela oportunidade que me concedeu de estar
concluindo esse curso e por trazer uma Instituição de Ensino Superior para
Araruama, contribuindo assim para formação de futuros profissionais.
Agradeço aos orientadores desse trabalho, a Prof.ª Penha Regina e o Prof.
Claudio Overné, pela paciência em cada encontro e pela força que me foi dada ao
longo desse trabalho.E a minha dupla Esther Guimarães pelos momentos que
estivermos juntas na construção deste trabalho.

Porque dele, por Ele, para Ele são todas as coisas(Romanos 11:36)
Até aqui nos ajudou o Senhor(Samuel 7:12)

Diana Pereira da Silva


AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse,desde a minha


existência e do meu crescimento profissional que foi realizar um ensino superior.
A minha família, principalmente meus pais Sandra e Júnior, e meus irmãos
que me apoiaram dês do começo.
Ao meu esposo Jean Carlos que me deu forças,muito amor e carinho para
continuar nos momentos de dificuldade.
À minha orientadora Regina Penha que teve paciência para concluirmos esse
trabalho.E a minha dupla abençoada Diana que esteve presente nessa
jornada.Muito obrigada!

Esther Guimarães Pereira De Oliveira


RESUMO

A obesidade mórbida é uma das doenças com maior taxa de mortalidade


atualmente, devido a isso é considerada um sério problema de saúde pública no
Brasil e mundo, assim frente a essa realidade a obesidade mórbida está associada a
várias patologias como: diabetes, hipertensão, dislipidemias, afecções cardíacos e
cerebrovasculares, depressão e doenças da vesícula biliar. Nesse contexto a
atuação do enfermeiro é fundamental, pois através de seu trabalho de orientação
quanto as patologias causadas pela obesidade, que é possível levar o paciente a
uma reflexão a respeito dos riscos destas patologias e, nos casos de tratamento,
dentre elas mudanças de hábitos alimentares, atividades físicas e até intervenção
cirúrgica. Esse artigo objetiva levantar na literatura a produção científica acerca da
obesidade mórbida com ênfase na prevenção e educação em saúde. Buscando
apresentar formas em que o enfermeiro possa fazer para contribuir para prevenção
da obesidade mórbida. Esse estudo de é de natureza qualitativa com abordagens
bibliográficas. Assim, buscou-se levantar artigos selecionados na integra, no período
de 2000 a 2015, utilizando as bases de dados: Scielo, LilacseMedline, livros e
monografias. Os resultados indicam que o enfermeiro tem um papel de grande
importância na vida do paciente diagnosticado com obesidade mórbida, orientando-o
em mudança de hábitos alimentares, consultas de enfermagem, realizando
palestras, a importância de atividades física e criando grupos de apoio juntamente
com pacientes obesos.

Palavras-chaves: Enfermeiro. Cirurgia Bariátricas. Obesidade mórbido.


ABSTRACT

Morbid obesity is one of the diseases with the highest mortality rate currently, due to
this is considered a serious public health problem in Brazil and the world, thus facing
this reality morbid obesity is associated with several pathologies such as diabetes,
hypertension, dyslipidemias, heart and cerebrovascular disease, depression and
gallbladder disease. In this context, the nurses' performance is fundamental, because
through their orientation work on the pathologies caused by obesity, it is possible to
take the patient to a reflection about the risks of these pathologies and, in cases of
treatment, among them changes of habits food, physical activities and even surgical
intervention. This article aims to raise in the literature the scientific production about
morbid obesity with an emphasis on health education and prevention. Seeking to
present ways in which the nurse can do to contribute to the prevention of morbid
obesity. This study is of a qualitative nature with bibliographic approaches. Thus, we
searched selected articles in the whole, from 2000 to 2015, using the databases:
Scielo, Lilacse Medline, books and monographs. The results indicate that the nurse
plays a very important role in the life of the patient diagnosed with morbid obesity,
orienting him in changing eating habits, nursing appointments, conducting lectures,
the importance of physical activities and creating support groups together with
patients obese.

Key-words: Nurse. Bariatric Surgery. Morbid obesity.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10
1 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 13
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14
3 ENTENDENDO OBESIDADE ........................................................................................... 15
4 PREVENINDO A OBESIDADE MÓRBIDA ....................................................................... 18
5 METODOLOGIA............................................................................................................... 24
6 ANALISE DE DADOS ...................................................................................................... 26
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 30
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 31
10

INTRODUÇÃO

Antes de se discutir a forma como o enfermeiro lida com os pacientes


diagnosticados com obesidade mórbida, é necessário apresentar o conceito de
obesidade mórbida, buscando rever o caminho de sua construção, de acordo com a
visão dos pesquisadores que se dedicaram a estudar a questão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) foi criada no ano de 1948 e, neste
mesmo ano, a obesidade passa a ser compreendida como doença, fazendo parte,
inclusive, da Classificação Internacional das Doenças – CID. Nesse período,
conforme atesta (PIMENTAet al.,2009), mesmo a OMS tendo percebido a gravidade
do problema, o público não foi mobilizado no sentido de se preocupar com isso,
assim como os governos também não demonstraram grande interesse.
Ou seja, a obesidade era interpretada, de um modo geral, como assunto
pessoal e familiar e não como um problema de saúde pública que merecesse ser
alvo de políticas públicas com o intuito de prevenção de suas causas desde a
infância e de tratamento específico nos casos já consolidados. Além disso, havia
como há até nos dias de hoje um forte preconceito com as pessoas obesas e
normalmente se atribui a obesidade à escolha voluntária de dietas altamente
calóricas, preguiça de fazer exercícios e muitos chegam a dizer que são pessoas
“relaxadas”, que não se preocupam em ter uma boa saúde e aparência (PIMENTA et
al.,2009).
O mesmo autor citado afirma que esse tipo de pensamento leva à ideia de
que para combater a obesidade uma pessoa só precisa desenvolver melhores
hábitos alimentares e físicos, passando a se importar consigo mesma, ou seja, se
trata apenas de uma questão de empenho pessoal. E, na verdade, quando a OMS
classificou a obesidade como patologia, os médicos e outros especialistas já sabiam
que não era tão simples assim, que não bastava apenas ter força de vontade e
desejo de emagrecer. Muitas pessoas tentavam e simplesmente não conseguiam
perder peso.
Além disso, cada vez mais se reconhecem diversos tipos de comorbidades1
associadas à obesidade, problemas variados que afetam negativamente o estado de
saúde dos indivíduos, ao ponto de em décadas mais recentes o problema estar

1
Comorbidades: Presença de doenças adicionais em relação a uma doença índice em um indivíduo.
11

sendo entendido como uma epidemia que afeta pessoas no mundo inteiro
(PIMENTA et al.,2009).
O ano de 1998 se torna um marco positivo para o diagnóstico e tratamento da
Obesidade, porque foi convencionado um critério objetivo para os profissionais de
saúde avaliarem se uma pessoa pode ser considerada obesa ou não. Este critério é
baseado no Índice de Massa Corporal (IMC). Em função desse instrumento de
avaliação, começam a ser produzidas várias pesquisas sobre as mais variadas
consequências da obesidade e sobre o quanto não criar políticas de prevenção e
tratamento estava trazendo de prejuízo tanto à saúde da população, quanto aos
investimentos públicos. Os Estados Unidos, com um índice altíssimo de pessoas
obesas, foi o primeiro país a liderar campanhas médicas de combate à obesidade.
De fato, consta nas estatísticas da Força Tarefa Latino-Americana de
Obesidade, por exemplo, que no caso brasileiro os custos de internação de pessoas
sofrendo de males derivados da obesidade é da ordem dos 5% do orçamento
governamental para a saúde (PIMENTA et al.,2009).
O mesmo autor informa que no ano de 2011, foram publicadas informações
preocupantes pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da
Síndrome Metabólica – ABESO: a internação de crianças e jovens em função das
comorbidades associadas à obesidade custaram ao Brasil cerca de 35 milhões de
dólares em três anos consecutivos – 1979, 1980 e 1981. Custo que se elevou para
127 milhões nos anos – 1997,1998 e 1999. Atualmente, estes valores chegam a 100
milhões de dólares ao ano.
Segundo a Força Tarefa Latino-Americana de Obesidade, em 2011 tínhamos
40% de casos de obesidade já detectada na população do país. E, além disso, foi
constatado que se trata de um mal que está atingindo cada vez mais as crianças:
em torno de 200 milhões delas já sofre com sobrepeso ou obesidade em estado
patológico desde bem pequenas, o que aumenta o risco de se ter adultos portadores
de diversos problemas associados, principalmente aqueles ligados ao
funcionamento cardiovascular (PIMENTA et al., 2009).
Assim, as preocupações dos profissionais da saúde com a obesidade,
sobretudo com a obesidade mórbida, e suas comorbidades é assunto atual, de
extrema importância, devendo os enfermeiros estar atentos e muito bem informados
sobre esta questão, e buscando formas de atuar que contribuam para a prevenção e
auxílio nos tratamentos recomendados por médicos e outros especialistas.
12

Partindo desta premissa, destacamos a seguinte questão norteadora: De que


forma as ações de enfermagem podem reduzir as consequências da obesidade mór-
bidae suas comorbidades?
13

1 OBJETIVOS

Objetivo Geral
• Compreender a importância da atuação do enfermeiro na prevenção e no
tratamento da obesidade mórbida.

Objetivos Específicos
• Identificar quais os principais fatores que contribuem para a gravidade na
obesidade mórbida.
• Analisar a importância do papel do enfermeiro no cuidado a obesidade
mórbida.
• Apontar os meios necessários que o enfermeiro possa sensibilizar a
população quanto a importância na prevenção da obesidade mórbida.
14

2JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa enfatiza a importância do enfermeiro na prevenção e


tratamento de obesidade mórbida, pretende mostrar o que os profissionais da área
de enfermagem podem fazer para minimizar a obesidade mórbida, tendo em vista
que a obesidade vem se tornando um grande problema de saúde pública.
Neste sentindo, este estudo visa contribuir para novas reflexões sobre a
importância de uma assistência que venha diminuir o atual quadro de obesidade
mórbida da população e ainda incentivar novos estudos envolvendo esta temática.

Atualmente, é um dos mais graves problemas de saúde pública no mundo,


e está avançando de forma rápida e progressiva, sem diferenciar raça,
sexo, idade ou nível social. Nos últimos anos, a obesidade deixou de ser um
mero problema “estético” e de “desleixo”, tratado com despeito por
pacientes e profissionais de saúde, para tornar-se uma alarmante e
assustadora realidade (REPETTO; RIZOLLI; BONATTO, 2003, p. 633).

A escolha deste tema se deu pelo número crescente de pessoas com


sobrepeso, sofrendo problemas derivados da obesidade e levando a desencadear
inúmeras patologias relacionadas a obesidade mórbida. Nesse contexto a atuação
do enfermeiro é fundamental, pois através de seu trabalho de orientação quanto as
patologias causadas pela obesidade, que é possível levar o paciente a uma reflexão
a respeito dos riscos destas patologias e, nos casos de tratamento, dentre eles a
intervenção cirúrgica, o acompanhamento do enfermeiro é essencial, em diversos
momentos.
A maior motivação para a realização desta pesquisa foi baseada nas aulas de
Nutrição e Dietética, no curso de Bacharelado em Enfermagem na Faculdade União
Araruama de Ensino. O aprendizado foi instigante e estimulante levando a
formulação do primeiro esboço desta pesquisa.
Esta pesquisa pode auxiliar no controle e prevenção desta doença por meio
de ações do profissional de enfermagem na promoção de saúde que estimulem o
melhor equilíbrio entre produção e consumo de energia e melhorem a qualidade de
vida da comunidade.
15

Revisão de Literatura

3 ENTENDENDO OBESIDADE

É possível conceituar a obesidade, de forma simples, como sendo um mal


derivado dos altos índices de aglutinação de gordura no corpo, a ponto de acarretar
consequências que desequilibram a saúde, tendo em vista inúmeros problemas
metabólicos derivados deste excesso de gordura.
Dessa forma, a obesidade faz parte da lista das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNT), sendo alvo de grandes preocupações por parte dos
profissionais da área de saúde pública em inúmeros países (WANDERLEY;
FERREIRA, 2010).
Estes tipos de doenças, classificadas como DCNT vem apresentando um
aumento significativo de casos e sua incidência tem demonstrado crescimento e
vem causando o falecimento de uma proporção cada vez maior de indivíduos
adultos. É importante notar que a obesidade foi identificada como um fator de risco
considerável, causando consequências pesadas para a saúde da população adulta.
Assim, ser obeso significa ter peso excessivo, e tal excesso é calculado
através do índice de Massa Corporal (IMC). Este índice é medido pela relação do
peso de uma pessoa com a sua altura, da seguinte forma: divide-se o peso (massa)
do indivíduo por sua altura elevada ao quadrado. O peso deverá ser aferido em Kg e
a altura em metros (Kg/m²). De acordo com o site do Instituto Nacional do Câncer.

Valores de IMC acima de 25,0 kg/ m² caracterizam excesso de peso, sendo


que, valores de 25,0 kg/ m²a 29,9 kg/ m² correspondem a sobrepeso e
valores de IMC ≥ 30,0 kg/ m² à obesidade. Essas definições são baseadas
em evidências que sugerem que estes valores de IMC estão associados ao
risco de doenças e morte prematura (BRASIL, 2004, p. 69).

Neste sentido, o sobrepeso incita a presença de “síndrome metabólica”, que


agrupa elementos que caracterizam risco cardiometabólico:

[...] que incluem a obesidade abdominal combinada com a elevação da


pressão arterial, glicemia de jejum e triglicerídeos, e redução do nível de
colesterol HDL. A presença de SM está associada a um risco aumentado de
eventos cardiovasculares e mortalidade (RIOS, 2015, p. 20).

Frente a esta realidade, a diabete Melitos tipo 2 (DM2), várias doenças cardio-
16

vasculares estão diretamente associadas à síndrome metabólica. Além disso, a


obesidade faz agravar ou mesmo suscita problemas respiratórios, patologias do trato
digestório, problemas psiquiátricos, neoplasias, osteoartroses, dentre outros.
De acordo com Santos (2011) a obesidade mórbida está associada a várias
patologias como: diabetes, hipertensão, dislipidemias, afecções cardíacos e
cerebrovasculares e doenças da vesícula biliar. Essa doença também vem
acarretando a depressão, fazendo com que o paciente fique isolado e até mesmo se
afastando de pessoas que possa evitar quanto ao tratamento.
O termo obesidade mórbida foi criado por Payne, em 1963, para caracterizar
o potencial de complicações decorrentes de estado. Para Tanaka (2009) a
obesidade mórbida é uma das doenças com maior taxa de mortalidade atualmente,
devido a isso é considerada um sério problema de saúde pública no Brasil e no
mundo.
O tratamento para paciente obeso, de um modo geral, deve envolver um
plano de reeducação alimentar, atividades físicas e uso de agentes anti-obesidade,
porém pacientes que são diagnosticados com obesidade mórbida, deverão se
submeter ao tratamento cirúrgico, já que o mesmo se impõe como a única opção,
uma vez que a abordagem clínica geralmente é ineficaz (TANAKA, 2009).
Por outro lado, quando as recomendações clínicas não resultam nas
respostas desejáveis, e o paciente já não consegue se movimentar como precisa,
não consegue se deslocar para estudar ou trabalhar tendo dificuldades para
executar tarefas diárias as mais simples, até mesmo aquelas relativas ao asseio e à
higiene de sua casa e de seu próprio corpo, este indivíduo poderá precisar ser
encaminhado para intervenção cirúrgica. Ou seja, a cirurgia só apareceria como
caminho indicado diante de uma realidade em que o problema já se estende há
algum tempo, tendo levado a várias complicações orgânicas, dentre elas:
endócrino\metabólicos; cardiovasculares; respiratórios; gastrintestinais;
musculoesqueléticos; ginecológicos; gênito - urinárias e câncer.
O tratamento cirúrgico envolve ações de uma equipe multidisciplinar para que
este processo seja eficaz e alcance objetivo satisfatório.
Em uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica (SBCBM,
2015) mostrou que a obesidade está presente na classe C, e quanto menor a
escolaridade, maior a incidência. Através deste contexto podemos analisar que a
educação, a falta de informação e a ajuda especializada de profissionais são de
17

extrema importância na prevenção do processo da obesidade. Tendo em vista que a


obesidade estar presente nas camadas mais populares evidenciando a questão do
preço dos alimentos saudáveis, o pouco tempo e recurso financeiro para atividades
físicas, lazer, entre outros. Através deste contexto podemos analisar que a
educação, a falta de informação e a ajuda especializada de profissionais são de
extrema importância na prevenção do processo da obesidade (SCHERER, 2015).
Para realizar o tratamento cirúrgico, se faz necessário uma avaliação
criteriosa, em vários aspectos clínicos reforçando assim fatores, como: presença de
morbidade que resulta da obesidade.
O Conselho Federal de Medicina específica novos critérios para realizar a
cirurgia bariátrica que são em pacientes com IMC acima de 35 kg/m², e a ampliação
de mais de 20 comorbidades. Como: depressão, disfunção erétil, hérnias discais,
asma grave não controlada, incontinência urinaria, síndrome dos ovários policísticos,
veias varicosas e doenças hemorroidária, entre outras doenças como diabetes e
hipertensão estão relacionadas na norma, que altera o anexo da Resolução CFM nº
1.942, de 2010. E também a idade, antes, estava estabelecido que jovens entre 16 e
18 poderiam fazer a cirurgia, desde que a relação custo/benefício fosse bem
analisada. Agora, além das regras anteriores, devem ser atendidas determinadas
especificações, como a presença de um pediatra na equipe multiprofissional
(ABESO, 2016).
18

4PREVENINDO A OBESIDADE MÓRBIDA

De acordo com o descrito por Nicolau (2015) quando se quer prevenir


adequadamente ou realizar tratamento dos usuários do sistema de saúde com
sobrepeso/obesidade, será necessário contar com o suporte de uma equipe
interdisciplinar, já no âmbito da Atenção Básica, de forma a que sejam alcançados
objetivos concretos.
Assim, o enfermeiro irá atuar principalmente no sentido de resgatar
autoestima e reeducação dos hábitos e das formas de alimentação das pessoas. É
claro que isto não é uma tarefa fácil, já que muitos usuários do sistema de saúde
chegam aos cuidados da Atenção Básica em situações variadas de afetação pela
obesidade e suas consequências agregadas, tanto em relação ao funcionamento
orgânico quanto a aspectos emocionais e sociais decorrentes da situação de
obesidade.
Além disso, o enfermeiro precisará estar preparado para realmente realizar
um trabalho educativo que não caia num modelo hierárquico de relacionamento
entre o público e os profissionais de saúde. Ou seja, educar, no contexto que se está
tratando, significa estar aberto a uma postura efetivamente dialógica, onde os
profissionais, detentores do conhecimento científico e técnico não assumam ares de
superioridade ao se relacionarem com as pessoas.
No que tange a avaliação psicológica, Cardoso et al. (2010) adverte que é de
extrema importância o acompanhamento do paciente obeso, tendo em vista que
muitos obesos apresentam sinais depressivos e altos níveis de ansiedade.
Importante lembrar que a baixa autoestima pode comprometer a vida social,
causando tendência a comportamento de risco e isolamento. Estas questões são
tratadas também por Rocha, Vilhena e Novaes (2009, p.79):

Atualmente, a excessiva preocupação com a beleza, a saúde e o corpo, as


inúmeras práticas de trabalho corporal, técnicas de intervenção, todo o
mercado cosmético e de vitaminas, tudo isso denota a importância atual em
cultivar a juventude, a beleza, o corpo saudável e a boa forma, é um estilo
de viver, um estilo de ser. É nesse contexto que vemos a gordura adquirir
status de doença. A imagem do gordo não vem sem ambiguidades: de um
lado, o Rei Momo, o gordinho simpático e amável; de outro lado, o gordo
que inspira horror, ojeriza.
19

Em função disso, é imprescindível que os profissionais da enfermagem


estejam atentos às formas como lidar com um público que pode chegar ao serviço
de saúde já sem esperanças de melhora. O aspecto do acolhimento afetuoso, da
demonstração de interesse pela vida e saúde dos indivíduos deve estar presente
(NICOLAU, 2015). Este posicionamento está previsto em documento oficial de
orientação para a equipe multidisciplinar, na Atenção Básica (BRASIL, 2014).
Envolver a comunidade na participação de ações visando à qualidade de vida,
realizando ações de prevenção de doenças e promoção da saúde, através de
orientações e alimentação saudável, prevenindo ganho de peso e proporcionando
consulta de enfermagem, monitorização dos dados antropométricos e solicitação de
exames complementares para avaliar os riscos e quando necessário encaminhar
para o profissional especializado (PAES; MAGALHÃES; NASCIMENTO, 2011).
Diante de inúmeros avanços e compreensão científica dos casos de
obesidade no Grau III, os enfermeiros ainda não contam com protocolo de
instrumentos apropriados e estabelecidos referentes ao desenvolvimento do seu
trabalho com pacientes diagnosticados com estado de obesidade mórbida
(NICOLAU, 2015). Este fator pesa bastante, exigindo do profissional já atuante junto
a estes casos um enorme grau de dedicação em obter informações as mais
minuciosas possíveis sobre o assistido, sua família, situação sócio/econômica,
hábitos alimentares e hábitos do cotidiano, estado emocional, etc. para que possa se
conduzir adequadamente em seu trabalho educativo, compondo a equipe
multidisciplinar (NICOLAU, 2015).
Segundo Nunes (2008 apud, FARIA, 2010, p.18):

Embora os mecanismos de ação não sejam esclarecidos, alguns fatores


conhecidos podem favorecer o excesso de peso, definindo a obesidade
como uma doença multifatorial: 1) fatores genéticos que tem ação
permissiva para os fatores ambientais (genes de suscetibilidade); 2) fatores
ambientais, como inatividade física e má alimentação; 3) fatores
psicológicos, psicossociais e culturais (obesidade psicogênica).

O enfermeiro estará presente em todos os momentos, da assistência não


importando qual tratamento recomendado a este ou aquele paciente. Sua atuação
se fará presente em caso de cirurgia, nos momentos preparatórios da mesma, assim
como dentro do centro cirúrgico, no pós-operatório e na continuidade do
acompanhamento do paciente, de volta ao ambulatório (NICOLAU, 2015).
20

O processo de diálogo estará presente o tempo todo. É essencial que as


pessoas adquiram confiança e empatia com todos os membros da equipe. Todos
devem falar a mesma língua, todos devem exibir a mesma postura aberta à escuta,
combatendo sempre todo tipo de preconceito, discriminação, buscando palavras,
formas de falar e atitude que demonstrem coerência no trabalho de conquista do
assistido, de modo a convencê-lo e participar ativamente das escolhas e mudanças
que o levarão a um processo de melhorias contínuas em seu estado de saúde e
qualidade de vida (NICOLAU, 2015).
É importante dizer algumas palavras sobre a cirurgia bariátrica como apenas
uma das possibilidades de tratamento, nem sempre recomendado. Atualmente, o
maior equívoco, por parte da sociedade em geral, com relação à Cirurgia Bariátrica
(CB), é achar que ela é a cura para obesidade. É importante que todos os pacientes
que almejam realizar a cirurgia compreendam que ela é apenas uma parte da
solução para a obesidade. Comer bem e praticar atividades físicas continuarão a ser
importantes aspectos da saúde dos pacientes para suas vidas, pois as pessoas
podem recuperar o peso e deficiências nutricionais pode ser problema na
recuperação pós-operatória (NICOLAU, 2015).

Neste sentindo, para operacionalizar qualquer mudança na vida, é


necessário atender quatro condições fundamentais: querer, saber, poder
(no sentido de possibilidade), mudar. Para diminuir o excesso de peso, a
pessoa tem que querer, saber poder e dever emagrecer. Os limites do
querer, do poder, do dever e do saber obviamente não são nítidos. Querer
talvez seja mais ¨ simples¨ desses elementos. Embora isso nem sempre
esteja claro, a maioria dos obesos que procuram algum tipo de ajuda para
emagrecer ¨quer¨ efetivamente perder peso (JARDIM, 2014, p.15).

Entretanto, modificar atitudes e comportamentos, principalmente no que se


refere a estilos de vida, é um processo complexo e que leva tempo, sendo
fundamental uma abordagem integrada que afete as várias dimensões das causas
do problema em que se pretende intervir. Assim, o trabalho em equipe é essencial
para auxiliar a minimizar os danos à saúde desses pacientes e iniciar um processo
de mudanças de estilo de vida, que necessita ser duradouro, visto que a obesidade
é uma doença crônica (NICOLAU, 2015).
No que se refere aos impactos na saúde das pessoas, destaca-se a questão
dos alimentos ultraprocessados e o uso de gorduras resistentes a oxidação, que
contribuem para obstruções das artérias que transportam o sangue no corpo
21

humano, acarretando problemas cardiovasculares e outros problemas de saúde. As


fibras, vitaminas, minerais dos alimentos ultraprocessados contribuem para o
aparecimento dessas patologias (SCHERER, 2015).
Assim, é de extrema importância a atenção ao paciente obeso em todos os
níveis do sistema de saúde e, quanto à organização da assistência cabe,
particularmente à atenção básica, assumir uma atitude de promoção à saúde e de
vigilância, prevenindo novos casos e evitando que indivíduos com sobrepesos
venham a se tornar obesos (NICOLAU, 2015).
Dessa forma, cabe o enfermeiro orientar o paciente obeso sobre os riscos e
as razões para evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, entre as quais
destacam: a composição nutricional, o alto percentual de calorias e também o
impacto que suas formas de produção, distribuição, comercialização e consumo
sobre a cultura, a vida social e sobre o meio ambiente (SCHERER, 2015).
O Plano Intersetorialde Prevenção e Controle da Obesidade: promovendo
modos de vida e alimentação adequada e saudável para a população brasileira foi
elaborado em 2011 no âmbito da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e
Nutricional (CAISAN) e contou com a participação oficial de diversos Ministérios
(Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Saúde, Educação, Cidades,
Agricultura, Pecuária e Abastecimento), além do Conselho Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (CONSEA) e da Organização Pan Americana de
Saúde/Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) (NICOLAU, 2015).
Para combater quadros de desnutrição e obesidade no Brasil,e visando
contemplar o direito humano à alimentação adequada, o governo brasileiro adotou
políticas que visam contemplar o conceito de Segurança Alimentar e Nutricional
(SAN). Conceito este que ainda vem sendo construído, pois a questão alimentar
está relacionada com os mais diferentes tipos de interesses e essa concepção, na
realidade, ainda é palco de grandes discussões. Através desse conceito vem
evoluindo à medida que avança a história da humanidade e alteram-se a
organização social eas relações de poder em uma sociedade (BURITY, 2010).
Ao se pensar em um protocolo de atendimento de enfermagem a obesos III,
visamos, além da reabilitação do obeso e suas comorbidades, a promoção de saúde
desse indivíduo e principalmente a manutenção de hábitos saudáveis, para que esse
não venha a reganhar peso e ter complicações metabólicas. O modelo de promoção
22

da saúde pode-se observa que cada pessoa tem características pessoais e


experiências únicas que afetam as ações subsequentes (NICOLAU, 2015).
A interdisciplinaridade na atuação junto ao paciente que sofre de obesidade
éaconselhável por todas as razões já mencionadas, tendo sempre a presença do
profissional enfermeiro. As formas de tratamento podem exigir atenção redobrada
por causa das possibilidades de complicações e das respostas diferentes de cada
paciente. Pode ser necessário realizar acompanhamento com psicoterapia e
também pode ser indicado o uso de medicação. Cada caso é um caso, e se não
houver interação entre os profissionais da equipe os resultados podem tardar ou até
mesmo não ocorrerem conforme seria desejável (NICOLAU, 2015).
Por causa disso, quanto mais cedo houver práticas preventivas para impedir a
instalação da obesidade, mais sucesso com relação à saúde e qualidade de vida.
Por outro lado, se o sobrepeso começa a receber atenção antes de atingir um nível
de difícil reversão, melhor para o paciente e para todos os profissionais de saúde
envolvidos. O ideal é que os enfermeiros possam trabalhar com orientação à família
desde a primeira infância de um indivíduo. Inclusive pelo fato de que mudar hábitos
e conseguir as respostas terapêuticas em caso de obesidade grau III é muito mais
difícil, trabalhoso e demorado (CARNEIRO et al., 2000).
E, nesse sentido, como elemento da equipe, compete ao enfermeiro
proporcionar consulta de enfermagem, com orientações para a saúde, monitorização
dos dados antropométricos e solicitação de exames complementares para avaliar os
casos de riscos e, quando necessário, encaminhar para um profissional
especializado (NICOLAU, 2015).
Portanto, é dever do Enfermeiro estar atento ao novo campo de atuação,
buscando novos conhecimentos entre formação especifica e concretizando uma
atuação com bases cientificas na equipe interdisciplinar, pois é através deste tipo de
atuação que tende ser cada vez mais presente no meio atual (JARDIM,2014).
Assim, é muito clara a importância da assistência de enfermagem nas
diversas atividades educativas em saúde, ao disseminar informações valiosas,
promover uma interação saudável do paciente com a equipe e com todas as etapas
de tratamento que precisará enfrentar. Assim, a educação e saúde prestada pelo
enfermeiro é uma construção que se solidifica e cresce a cada nova ação de um
profissional, a cada nova consulta de enfermagem, e todas as ações que foram
vistas até aqui.
23

Assumir esta realidade é importante porque ajuda a promover uma cultura de


prevenção, de reeducação de mudança de hábitos que são muitas vezes mais
eficazes do que somente as terapêuticas medicamentosas ou cirúrgicas. A
educação em saúde deve acontecer sempre, desde os primeiros anos, abrangendo
adultos e idosos. A afetividade, o respeito, a paciência, a capacidade de ouvir,
conforme já citado, jamais podem faltar, e o enfermeiro é o profissional de saúde
que recebe este treinamento por excelência.
24

5METODOLOGIA

Ao descrever sobre revisão de literatura, Minayo (2007), a abordagem


qualitativa trabalha com o universo dos significados, motivos, aspirações, crenças,
valores, atitudes e aprofunda-se no mundo dos significados, das ações e relações
humanas. Tendo em vista que, a pesquisa qualitativa é indutiva: o pesquisador
desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos
dados, ao invés de coletar dados para comprovar teorias, hipóteses e modelos pré-
concebidos. Pretende-se, assim, colocar o pesquisador em contato direto com todo
material já escrito sobre o mesmo.
Essa pesquisa se propõe a utilizar a perspectiva qualitativa, pois os dados
são de natureza interpretativa e semântica, pois segundo Minayo (2007) os
procedimentos metodológicos adotados para esta pesquisa dizem respeito ao
levantamento bibliográfico. Neste trabalho foi feita revisão sobre obesidade,
mostrando definições, causas, tratamentos e, principalmente, as comorbidades
associadas a obesidade e o papel do enfermeiro mediante a doença.
De acordo com Gil (2009), a realização de uma pesquisa qualitativa depende
do confronto entre dados, evidências, as informações coletadas sobre determinados
assuntos, como também conhecimento teórico registrado e publicado a respeito do
mesmo.
Trata-se de um levantamento bibliográfico de artigos indexados na LILACS,
MEDLINE, SCIELO, livros e monografias. Com os seguintes descritores:
“obesidade”, “assistência de enfermagem”, “tratamentos”, “obesidade mórbida”,
“prevenção”, “cirurgia bariátrica” de artigos de enfermagem, psicologia, educação
física indexados na LILACS, MEDLINE, SCIELO e monografias.
Adotou-se como critérios de inclusão os artigos científicos publicados em
português ou espanhol, nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),
na base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS), da Medical AnalysisandRetrieval System Online (MEDLINE) e do
ScientificElectronic Library Online (SciELO), e no Banco de Teses e Dissertações.
Assim, os artigos disponíveis na íntegra nas bases de dados selecionadas; além de
livros e artigos na internet deveriam abordar as ações do enfermeiro ao paciente
com obesidade mórbida, como recorte temporal eleito os artigos publicados entre os
anos de 2000 à 2016, os últimos 16 anos.
25

Como critério de exclusão, não foram utilizados artigos com mais de 15 anos
de publicação, que não englobassem monografias com o tema em pauta, evitando-
se a utilização daqueles que apresentassem duplicidade de publicações.
Está pesquisa foi realizada no período de junho de 2016 até novembro de
2017.
De acordo com Cervo e Bervian (2002, p.69) qualquer tipo de pesquisa em
qualquer área de conhecimento, supõe e exige pesquisa bibliográfica prévia. Que
para o levantamento da situação em questão, quer para fundamentação teórica. A
pesquisa bibliográfica pode ser um trabalho independente, como constituir-se no
passo inicial de outra pesquisa. Todo trabalho científico pressupõe uma pesquisa
bibliográfica preliminar e, em alguns casos, quando o objetivo é apenas aprofundar o
conhecimento - pesquisa exploratória – o trabalho inteiro é estruturado em cima do
texto já publicado, configurando assim, um trabalho acadêmico de revisão
bibliográfica. Este é o caso, portanto, desta pesquisa.
26

6 ANALISE DE DADOS

Resultados:
A coleta de dados teve como finalidade, buscar através de revisão
bibliográfica compreender as questões que envolvem a obesidade mórbida e como o
enfermeiro pode realizar ações frente a esta realidade.
Nesse sentido, foi realizado busca em base de dados eletrônicos, em que
primeiramente foi feito uma leitura dos resumos dos artigos encontrados, para
identificar a relação do artigo com a temática do estudo e posterior a leitura do artigo
na íntegra. (Quadro 1)
Após esta leitura identificamos duas categorias, a saber: A Obesidade e seus
agravos e,O Enfermeiro e a obesidade mórbida.

Quadro Sintético

Ano Autor Título Objetivo Local

CARNEIRO Obesidade na Determinar associações entre a Arq. Bras.


2000 , J. R. I. et adolescência: Fator de obesidade na adolescência e Endocrin.
al. risco e complicações alterações clinico- metabólicos noMetab.
clinico- metabólicas. indicadoras de morbi-mortalidade. São Paulo

BRASIL, Inquérito Domiciliar Estimar a prevalência de exposição a Ministério da


INCA sobre comportamentos e fatores de risco Saúde.
Comportamentos de para doenças e agravos Secretaria de
2004 Riscos de Morbidade não transmissíveis (DANT), a Vigilância em
Referida de Doenças e prevalência de hipertensão e diabetes Saúde-Rio
Agravos Não auto-referidos e o percentual de de Janeiro
Transmissíveis. acesso a exames de detecção
precoce de câncer de colo do útero e
mama em 15 capitais brasileiras e no
Distrito Federal.
TANAKA, Assistência ao Identificar as dificuldades de Dissertação,
D. S. paciente obeso enfermeiros de centro cirúrgico ao USP, Escola
2009 mórbido submetido à assistir pacientes obesos mórbidos de
cirurgia bariátrica: submetidos a cirurgia bariátrica no Enfermagem.
dificuldade do período transoperatório.
enfermeiro
ROCHA, L. Obesidade Mórbida: Abrir questões em vez de dar Psicologia
J.L.; quando comer vai além respostas conclusivas, não deixamos em Revista.
VILHENA, de alimento. de pensar: como ele se relaciona com Belo
2009 J.; seu desejo e com a falta intrínseca a Horizonte
NOVAES, todo sujeito? Como se articula o modo
J. V. de gozar que o caracteriza? Como lida
com seu corpo? É preciso que esse
modo de gozar seja modificado?
27

CARDOSO Obesidade na Definir os objetivos do tratamento, Rev. Oficial


, C. B. M. adolescência: buscando aumentar a do Núcleo de
2010 et.al. reflexões e conscientização, o conhecimento e a Estudos da
abordagem. motivação do adolescente; Saúde /UERJ
2010 WARDERL Obesidade: uma Abordar o caráter multifatorial da Cienc. Saúde
EY, E. N.; perspectiva plural. obesidade, envolvendo a ampla Coletiva. Rio
FERREIRA variedade de fatores ambientais e de Janeiro
, V.A. genéticos implicados na etiologia.
2010 BURITY, V. Direito humano à Colaborar para um processo de Brasília,DF:
et.al. alimentação adequada imersão nos conceitos e dimensões ABRANDH
no contexto da dos direitos humanos e do DHAA.
segurança alimentar e
nutricional.
2010 FARIA, B. Avaliação dos Avaliar os resultados do Programa de Fundação
V. Resultados do Obesidade Mórbida do Hospital de Cesgranrio -
Programa de Força Aérea do Galeão. Dissertação
Obesidade Mórbida e
Cirurgia Bariátrica do
Hospital de Força
Aérea do Galeão na
Qualidade de Vida dos
Operados.
SANTOS, Reflexões acerca das Discutir importância das políticas Sociedade
2011 A. M.; políticas públicas no públicas voltadas para a obesidade. em Debate.
SCHERER, enfrentamento a Pelotas
P. T. obesidade no Brasil.
2011 PAES, M. Enfermeiro escola: Revista
S. L.; uma parceria na Analisar sob a ótica dos enfermeiros Enfermagem
MAGALHÃ prevenção e controle as possibilidades de um trabalho Integrada -
ES, M. C.; da obesidade infantil. destes profissionais em escolas, MG
NASCIMEN visando à prevenção e controle da
TO, A. M. obesidade infantil.
Obesidade e a Identificar a produção literária sobre a
assistência de obesidade e sua etiologia multifatorial, UFSC -
enfermagem frente a além de ressaltar as comorbidades Monografia de
doença. associadas e discutir a assistência de Especializaçã
2014 JARDIM,E. enfermagem volta da a pessoa com
D o
obesidade.

Atuação do enfermeiro Discutir o papel do enfermeiro em uma UFF -


2015 em equipe equipe multidisciplinar par o tratamento Dissertação
NICOLAU, I. multiprofissional no ambulatorial das Obesidade Grau III. de Mestrado.
R cuidado a Obeso Grau Niterói
III.
2015 SCHERER, O peso dos Investigar a forma com que os PUCRS -
P.T. determinantes sociais determinantes sociais da saúde Dissertação
da saúde na vida dos interferem no processo pós-cirurgia de Mestrado
sujeitos bariátricos: bariátrica das pessoas submetidas a
desafios para o SUS. esse procedimento, no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS).
28

2015 RIOS, E. C Avaliação da aptidão Analisar o estado nutricional e os UFMG,


física com o Estado indicadores de aptidão física de Campus do
nutricional entre estudantes que Pantanal,
escolares de tempo participam do Programa Mais Curso de
regular e escolares do Educação e estudantes que Educação
programa mais frequentam apenas o tempo regular, Físíca -
educação em em uma escola pública no município de Monografia
Corumbá(MS). Corumbá (MS).

2016 ABESO Obesidade: Tratamento Estabelecer recomendações para a Diretrizes


cirúrgico. indicação oportuna do tratamento da Brasileiras de
obesidade grau 2 e grau 3 com cirurgia Obesidade
bariátrica e o seguimento dos 2016- 4ª Ed.
pacientes, e chamando a atenção para São Paulo
os riscos da consideração precoce da
cirurgia bariátrica em obesos grau 1
com diabetes tipo 2.
Fonte:SILVA, 2017; OLIVEIRA, 2017

Discussão

1. A Obesidade e seus agravos

A Obesidade Mórbida é uma patologia que vem preocupando os profissionais


da área de saúde pública de vários países, visto que atrás deste quadro pode estar
associada a uma taxa de mortalidade.
É possível constatar que a obesidade trata-se de uma doença crônica,
epidêmica e multifatorial. Com isso podemos constatar uma prevalência
universalmente crescente, tanto em países em desenvolvimento, como os
desenvolvidos e estando associados às elevadas comorbidades.
A obesidade é considerada uma doença universal de prevalência crescente e
hoje assume caráter epidemiológico, como um dos principais problemas de saúde
pública, com inúmeras comorbidades associadas como problemas cardiovasculares,
respiratórios, diabetes, hipertensão arterial, alterações cutâneas e doenças da
vesícula biliar, entre outras.
Conforme Tanaka (2009) o tratamento para paciente obeso, de um modo
geral, deve envolver um plano de reeducação alimentar, atividades físicas e uso de
agentes anti-obesidade, porém pacientes que são diagnosticados com obesidade
mórbida, deverão se submeter ao tratamento cirúrgico, já que o mesmo se impõe
como a única opção, uma vez que a abordagem clínica geralmente é ineficaz, pois
somente através da prevenção que poderíamos minimizar esta situação vivenciada
por um número cada vez maior na população.
29

2. O Enfermeiro e a obesidade mórbida

Conforme a revisão de literatura sobre a importância do enfermeiro no


tratamento de obesidade mórbida acredita-se que a assistência de Enfermagem
auxilie na prática profissional, pois o enfermeiro pode refletir sobre os trabalhos já
produzidos em relação à temática e pensar ações a serem elaboradas no sentido do
tratamento da obesidade mórbida. Nesse sentido, pretende-se, futuramente, propor
sugestão de cuidados voltados as pessoas com obesidade.
As ações preventivas para não se instalar a obesidade na população são de
diversas formas, o enfermeiro proporciona como: consultas de enfermagem,
orientações de saúde, monitorando e acompanhando os dados antropométricos e
avaliando os casos de riscos, e diversas atividades educativas nos postos de saúde,
nas escolas, nas comunidades, buscar aquelas pessoas que não procuram se cuidar
ou não tem condições físicas de ir por conta do peso, como visitas domiciliares.
Mostrar as formas de tratamento através das atividades físicas, reeducação
alimentar, e medicações anti-obesidade, entre outras e a cirurgia bariátrica. O
enfermeiro se encontra em todos os momentos, na prevenção, na assistência, no
tratamento, no pré-operatório, no transoperatório e no pós-operatório.
Vale ressaltar a pessoa obesa, considerando como ser humana sua
integridade, com seus medos, sofrimentos, alegrias, dúvidas e principalmente a
necessidade de encontrar soluções para sua obesidade, a melhor maneira de
priorizar uma boa qualidade de vida, mostrando a melhor forma para adotar novas
mudanças nos hábitos de vida e alimentares, propondo sugestões de cuidados
voltados as pessoas com obesidade mórbida, por uma equipe multidisciplinar, com
atuação do enfermeiro.
Portanto, é dever do Enfermeiro estar atento ao novo campo de atuação,
buscando novos conhecimentos entre formação especifica e concretizando uma
atuação com bases cientificas na equipe interdisciplinar, pois é através deste tipo de
atuação que tende ser cada vez mais presente no meio atual (JARDIM,2014).
30

7CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo abordou a importância da atuação do enfermeiro no tratamento


da obesidade mórbida, para que esta temática pudesse ser desenvolvida traçamos
como objetivo compreender a importância da atuação do enfermeiro na prevenção e
no tratamento da obesidade mórbida e realizamos uma revisão bibliográfica com
documentos que respaldasse esse estudo.
Podemos observar que a obesidade era interpretada de um modo geral como
assunto pessoal e familiar e não como um problema de saúde pública que
merecesse ser alvo de prevenções de suas comorbidades desde a infância e de
tratamento específico nos casos consolidados.
Além disso, havia como há até nos dias de hoje um forte preconceito com as
pessoas obesas e normalmente se atribui a obesidade à escolha voluntária de dietas
altamente calóricas, preguiça de fazer exercícios e muitos chegam a dizer que são
pessoas “relaxadas”, que não se preocupam em ter uma boa saúde e aparência.
Em decorrência do aumento exponencial do número de casos a OMS
classificou a obesidade como patologia, os médicos e outros especialistas já sabiam
que não era tão simples assim, que não bastava apenas ter força de vontade e
desejo de emagrecer. Muitas pessoas tentavam e simplesmente não conseguiam
perder peso.
A obesidade se tornou um paradigma não somente em busca de um corpo
perfeito e sim a obesidade se tornou foco de preocupação para os profissionais de
saúde quando passou a ser uma doença com maior taxa de mortalidade no Brasil e
mundo.Além disso, o enfermeiro precisará estar preparado para realmente realizar
um trabalho educativo que não caia num modelo hierárquico de relacionamento
entre o público e os profissionais de saúde, como pode ser evidenciado nas relações
de poder de algumas instituições.
Ou seja, educar, no contexto que se está tratando, significa estar aberto a
uma postura efetivamente dialógica, onde os profissionais, detentores do
conhecimento científico e técnico não assumam ares de superioridade ao se
relacionarem com as pessoas assistidas.
31

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABESO, Associação brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome


Metabólica. Diretrizes Brasileiras de Obesidade 2016. ABESO, 4ª edição, p. 164,
São Paulo, 2016.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de
Atenção à Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Coordenação de Prevenção e
Vigilância., - Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Riscos de
Morbidade Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis.Brasil, 15
Capitais e Distrito Federal,2002-2003. p. 69-80Rio de Janeiro: INCA, 2004.
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Acesso em: 21 de outubro de 2017.
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segurança alimentar e nutricional. Brasília, DF: ABRANH, p. 204, 2010. Disponível
em :<file://D:/Downloads/SAN+e+DHAAS.pdf>. Acesso em: 22 de outubro de 2017.
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Rev. oficial do Núcleo de Estudos da Saúde Adolescentes/UERJ. v. 7, n. 1, p.12-
18, 2010. Disponível em:<http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe-
artigo.asp?id=175>. Acesso em: 03 abr 2017.
CARNEIRO, J. R. I. et al. Obesidade na Adolescência: fator de risco e complicações
clínicometábolicas. Arq. Bras. Endocrin. NoMetab. São Paulo, v. 44, n. 5, p. 390-
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2009.
JARDIM, Elisângela D. REVISÃO DE LITERATURA - A Temática da Obesidade e a
Assistência de Enfermagem Frente a Doença. UFSC, Monografia de
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saúde. 4. ed. São Paulo, 2007. 269p.
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Aérea do Galeão na Qualidade de Vida dos Operados.Dissertação (Mestrado
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32

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escolares de tempo regular e escolares do programa mais educação em
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vida dos sujeitos bariátricos: desafios do SUS. Dissertação (Mestrado em
Serviço Social) PUCRS, Porto Alegre, 2015.
TANAKA, Denise Spósito; PENICHE, Aparecida de Cássia Giani.Assistência ao
paciente obeso mórbido submetido à cirurgia bariátrica: dificuldades do
enfermeiro.Acta Paul Enferm; 22(5):618-23, 2009.
WANDERLEY, Emanuela Nogueira; FERREIRA, Vanessa Alves. Obesidade: uma
perspectiva plural. Ciênc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 15, n. 1, p. 185-
194, Jan. 2010.

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