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Concebido por
Lauro Soares de Freitas, Mestre
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Ementa Conteúdo da disciplina
Definindo “Engenharia”. História da Engenharia. O engenheiro e suas competências. As áreas de atuação 1 O QUE É A ENGENHARIA?
do engenheiro. Projeto de Engenharia. A utilização de modelos na engenharia. A contribuição da Simu- 1.1 História da Engenharia.
lação. Otimização em Engenharia. 1.2 A Engenharia no Brasil.
1.3 Competências e funções do engenheiro.
Objetivos de aprendizagem 1.4 As áreas de atuação do engenheiro.
A disciplina Introdução à Engenharia tem o objetivo geral de apresentar ao aluno calouro os conceitos 2 PROJETO
básicos da Engenharia e a sua amplitude de atuações e contribuições para o desenvolvimento do Brasil. 2.1 Projeto: A essência da engenharia.
Este objetivo geral é desdobrado nos seguintes objetivos específicos: 2.2 Fases do Projeto.
• compreender o significado da palavra engenharia apresentando uma síntese histórica; 2.3 Abordagem de Problemas em Engenharia (Fatores de sucesso).
• demonstrar as funções e os diversos campos de atuação do engenheiro;
3 MODELAGEM
• visualizar a importância do projeto para a engenharia, descrevendo as atividades e as características 3.1 O que são modelos e o que é modelagem?
de cada uma das fases de execução do projeto; 3.2 Por que modelar?
• apresentar as contribuições dos diferentes tipos de modelo para o processo de solução de 3.3 Classificação dos modelos.
problemas;
• entender as vantagens proporcionadas pelos diversos tipos de simulação, bem como compreender 4 SIMULAÇÃO
o papel do computador no processo de simulação de produtos, processos e sistemas; 4.1 O que é a simulação?
4.2 Tipos de simulação.
• conhecer o conceito de otimização pela apresentação das diversas técnicas aplicadas em projetos
4.3 O computador na Engenharia – Simulação computacional.
de engenharia.
5 OTIMIZAÇÃO
5.1 A melhor solução.
5.2 Modelos e Métodos de Otimização.
Objetivos
• Compreender o significado da palavra engenharia, demonstrando as funções e os diversos campos
de atuação do Engenheiro.
• Visualizar a importância do projeto para a engenharia, descrevendo as atividades e as características
de cada uma das fases de execução do projeto.
• Apresentar as contribuições dos diferentes tipos de modelo para o processo de solução de
problemas.
• Entender as vantagens proporcionadas pelos diversos tipos de simulação, bem como compreender
o papel do computador no processo de simulação de produtos, processos e sistemas.
• Conhecer o conceito de otimização pela apresentação das diversas técnicas aplicadas em projetos
de engenharia.
Regras
Encontro das equipes de aprendizagem:
• Nenhum aluno pode participar dos encontros das equipes de aprendizagem sem fazer parte de uma
equipe.
• O aluno deve ler o material indicado no Guia do Aluno anteriormente. Não é possível desenvolver
satisfatoriamente uma atividade sem um mínimo de conhecimento do conteúdo ministrado nas aulas
expositivas.
• O aluno deve trazer o material indicado para a sala de aula.
• A participação será avaliada a cada encontro das equipes. A nota de participação não é nota de presença.
Avaliação
Avaliações dos alunos:
• Conhecimentos adquiridos.
• Habilidades e competências específicas da disciplina, principalmente, a competência argumentativa.
• Atitudes: abertura às idéias e argumentos dos outros, mostrando disponibilidade para rever suas
próprias opiniões; cooperação com os outros, mostrando que a crítica só é eficaz através do diálogo
justo e honesto no seio de uma comunidade.
• Participação efetiva nas aulas (não é apenas presença).
Ao final de cada termo, em data prevista no calendário acadêmico, o aluno poderá fazer uma avaliação
suplementar, a título de recuperação, para cada disciplina, que substituirá o conjunto das notas individuais
obtidas pelo aluno (total de 70 pontos).
→ A nota da prova suplementar só produzirá efeitos para apuração da nota final do aluno se
for maior do que os pontos obtidos no conjunto das notas individuais das 3 etapas.
→ O aproveitamento final do aluno em cada disciplina será expresso também em conceitos,
conforme a seguinte escala:
Conceito A: entre 90 e 100 pontos
Conceito B: entre 80 e 89 pontos
Conceito C: entre 70 e 79 pontos
Conceito D: entre 60 e 69 pontos
Conceito E: entre 0 e 59 pontos
Conteúdo da disciplina este profissional se destaca nos mais diversos setores econômicos. Quanto às funções desempenhadas
por engenheiros nas organizações, será apresentado o detalhamento das atividades de pesquisa básica
1 O QUE É A ENGENHARIA?
e aplicada, ensino, desenvolvimento, projeto de sistemas e componentes, manutenção, teste, vendas,
1.1 História da Engenharia.
1.2 A Engenharia no Brasil. consultoria, produção e operação.
1.3 Competências e funções do engenheiro. Finalizando esta unidade, serão apresentados os principais campos de atuação do engenheiro que
1.4 As áreas de atuação do engenheiro. correspondem às grandes áreas da Engenharia. São elas: Engenharia Civil, Engenharia de Controle e
Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção.
Você verá também que a engenharia esteve e está presente em todos os momentos importantes da A profissão é relativamente nova no Brasil, e o número de engenheiros cresce em um ritmo muito lento
quando comparado aos países também em desenvolvimento como China e Índia. Conforme matéria
história da civilização. Suas contribuições estão no plano das comunicações, nos sistemas de transporte e
publicada pela revista Veja em 19 de dezembro de 2007, ainda faltam muitos engenheiros no Brasil para
de produção, no processo de distribuição de água e energia, dentre outros. Para visualizar essa presença,
ocupar os cargos disponíveis nas empresas multinacionais e nacionais.
de imediato, você pode fazer uma pesquisa na internet sobre o surgimento, a evolução e a contribuição
para a sociedade de algum produto técnico, como o telefone, a lâmpada, o motor, etc. Esta unidade pretende apresentar o significado da palavra engenharia e as diversas formas de atuação do
engenheiro. Uma atenção especial será dada às engenharias civil, mecânica, elétrica, de produção e con-
Para que você possa visualizar as diversas formas de atuação do engenheiro, serão apresentados os prin- trole e automação. Ao final da unidade, você deverá ser capaz de responder às seguintes perguntas:
cipais centros de ensino e formação de engenharia no mundo, bem como os momentos históricos mais
• O que é a engenharia?
importantes para a Engenharia no Brasil. Você perceberá que, durante a sua formação de engenheiro, o
desenvolvimento de algumas competências e habilidades, tais como: a capacidade de liderar e trabalhar • Como surgiu a engenharia?
em equipe, realizar experimentos e testar protótipos, comunicar e se relacionar com todas as pessoas • Como os engenheiros podem contribuir para o desenvolvimento de uma nação?
do ambiente do trabalho serão fundamentais para o seu sucesso profissional. • Como os engenheiros são formados?
Ao perceber que o engenheiro tem bom raciocínio analítico e uma visão integrada e sistêmica que lhe • Como e em qual tipo de organização os engenheiros podem atuar?
confere um bom domínio do ambiente social e econômico, você compreenderá as razões pelas quais
Exercício # 2
1.3. Leitura obrigatória Faça uma pesquisa individual sobre as grandes obras de engenharia que a sua cidade já recebeu desde
a sua fundação. Enumere as mais importantes. Enumere agora três obras que você considera importante
para o desenvolvimento da sua cidade.
Adotada: BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, L. T. V. Introdução à engenharia.
Capítulos: 9 - História da Engenharia.
10 - O Engenheiro. 1.4.3. Avaliação / Reflexão sobre a unidade
11 - A Engenharia. Questões
1. Qual é a sua definição para a engenharia?
2. Quais seriam as possíveis funções a serem assumidas por um engenheiro em um banco?
1.4. Colocando o conhecimento em prática 3. O que o engenheiro tem a ver com o Programa de Aceleração do Crescimento brasileiro?
4. Quais são as funções mais desempenhadas por engenheiros recém-formados e engenheiros
seniores?
A perspectiva de emprego certo é, sem dúvida, um estímulo e tanto para renovar o interesse dos
1.6. Para saber mais jovens brasileiros pelos cursos de engenharia. Há outro ainda mais atraente. Diante da escassez de
profissionais, as empresas estão aumentando o salário dos engenheiros. De acordo com o Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a remuneração inicial média triplicou no último ano, de
O texto a seguir é a síntese de uma matéria publicada pela revista Veja em 19 de dezembro de 2007.
1 500 para os atuais 4 500 reais. Nenhuma outra carreira registrou nada semelhante. O próprio
Faça uma leitura atenta e discuta com seus amigos as suas impressões sobre o futuro da profissão de
mercado, portanto, encarrega-se de uma parte do problema. Ainda assim, os especialistas afirmam
Engenharia no Brasil.
ser necessário tomar pelo menos duas medidas para contornar um déficit de tal grandeza. A primeira
é de longo prazo e diz respeito à melhora do ensino de Matemática e Ciências no país, em destaque
nos rankings de educação por sua péssima qualidade. Essas são duas das disciplinas mais temidas e
PROCURA-SE UM ENGENHEIRO odiadas na escola pelos estudantes brasileiros. Na universidade, uma parte deles naturalmente evitará
uma carreira como a engenharia. Cerca de 300 000 ainda chegam a ingressar no curso, mas, com
Marcos Todeschini
uma base tão frágil, 60% desistem na metade. Diz o economista Cláudio de Moura Castro: “Nenhum
país conseguiu formar engenheiros em bom número – e qualidade – sem um investimento maciço
A pilha de 400 000 currículos enviados à Vale, a maior empresa privada brasileira, ajuda a retratar no ensino de Ciências e Matemática”.
uma mudança crucial no mercado de trabalho no Brasil. Apenas uma pequena parcela da montanha A segunda medida defendida por especialistas para aumentar a parcela de engenheiros no país é a
de propostas é de engenheiros. Mais exatamente, 5%, ou 20 000 currículos. Onde está a mudança? aposta num tipo diferente de ensino de nível superior: são cursos dados em escolas técnicas, e não
Em primeiro lugar, há alguns anos, o número de propostas de trabalho enviadas por engenheiros era
nas universidades. Eles duram em média dois anos, portanto a metade do tempo de uma faculdade
muito maior. A segunda e mais importante: a Vale precisa agora do dobro do número de engenheiros
convencional, e ao fim os estudantes saem com um diploma de curso superior, como os demais. Essa
que se apresentaram para preencher as vagas disponíveis. A solução? A Vale foi às faculdades tentar
celeridade, por si só, já é bem-vinda no contexto atual. Outra característica positiva dessas escolas é
recrutar estudantes antes mesmo da formatura. Esse exemplo é o microcosmo de um fenômeno mais
o foco no lado mais prático da profissão. Antes de definirem o currículo, os professores consultam
abrangente, um típico “bom problema”, o da escassez de mão-de-obra especializada em uma economia
as empresas no entorno da escola. O objetivo é preparar profissionais para atender a necessidades
que cresce sem parar. Segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil tem
bem concretas do mercado. Eis o caso do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia, uma escola
hoje seis engenheiros para cada grupo de 100 000 pessoas, quando eles deveriam ser pelos menos
técnica particular de Salvador. Lá é dado um bom curso de formação de especialistas em produção de
25 por 100 000 habitantes para dar conta das vagas atualmente abertas. A escassez de engenheiros
peças e sistemas para a indústria automobilística. A idéia de algo tão específico surgiu da dificuldade
é um problema para qualquer país, mas, no caso de nações em desenvolvimento com infra-estrutura
manifestada pela Ford, cuja maior fábrica no Brasil fica a 50 quilômetros da escola, em recrutar nas
maltratada, como o Brasil, a situação é mais crítica. Isso porque eles são mais necessários em um país
faculdades de engenharia gente capacitada para a tarefa. A própria empresa contribuiu com 2 milhões
que tem estradas, ferrovias, portos, fábricas e edifícios por fazer. Em um momento de crescimento
de reais em equipamentos para laboratórios e criação de cursos. Um dos estudantes de lá, Ulysses
econômico como o atual, essas obras começam a sair do papel – e aí os engenheiros e técnicos de
Soares, 20 anos, diz-se satisfeito com a opção pelo ensino técnico. Ele resume o clima local: “Com
alto nível passam a ser os personagens principais entre os agentes econômicos. Resume o economista
tanta aula prática, nunca estive tão motivado para estudar”.
Marcos Formiga, coordenador da pesquisa: “Formar engenheiros em ritmo acelerado tornou-se uma
questão de sobrevivência para o Brasil”. Existem 1 200 escolas técnicas de nível superior no Brasil. Nessa lista, há de tudo: instituições públi-
cas e particulares e, evidentemente, exemplos de bom e mau ensino. Pela primeira vez, o Ministério
O número de engenheiros formados todo ano no Brasil é de fato baixo – e uma comparação com
da Educação (MEC) destacou num ranking as melhores dessas escolas técnicas em dez diferentes
outros países emergentes ajuda a dimensionar isso. Em 2006, 30 000 estudantes brasileiros saíram
áreas. “Elas têm padrão de Primeiro Mundo”, diz o secretário de Educação Profissional e Tecnológica,
da universidade diplomados em engenharia. A Coréia do Sul graduou 80 000. A China despejou no
Eliezer Pacheco. Metade delas oferece cursos alternativos às tradicionais engenharias ensinadas nas
mercado 400 000 novos engenheiros. Essa evidente desvantagem brasileira tem, antes de tudo, uma
universidades. Chama ainda atenção o fato de todas as dez, não importa a área, garantirem na saída
raiz econômica. Nas décadas de 80 e 90, enquanto as economias coreana e chinesa cresciam na
um bom emprego a pelo menos 95% dos estudantes. Um contraste em relação aos números do
casa dos dois dígitos e ofereciam aos engenheiros emprego a granel, o Brasil patinava. Sem verem no
desemprego entre os jovens recém-formados no Brasil: 60% deles não têm nenhuma perspectiva de
horizonte chances de prosperar, os jovens passaram a fugir dessa carreira – e justamente aí se iniciou o
trabalho à vista. Conclui o economista Lauro Ramos, do Ipea: “As escolas técnicas estão conseguindo
problema. Foi quando a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), uma das melhores em
fornecer ao mercado gente mais sintonizada com as necessidades do mundo real – para todo tipo
engenharia do país, deu números à crise: nos anos 80, apenas 40% dos estudantes de lá arranjavam
de cargo e remuneração”.
emprego ao se formar, mais da metade deles no mercado financeiro. O cenário era bem diferente do
de décadas anteriores, quando a engenharia figurava como uma das três carreiras de maior prestígio Em vários países, as escolas técnicas – sejam elas de ensino superior, sejam de ensino médio – tiveram
e remuneração, junto com direito e medicina. Segundo o mesmo levantamento da Escola Politécnica, papel fundamental no aumento da escolaridade da população. Isso por sua capacidade de atrair para
a situação atual começa a assemelhar-se com a daqueles tempos áureos. Os alunos hoje deixam a a sala de aula gente sem tanto tempo, dinheiro (elas custam em média três vezes menos) ou ainda
universidade com cinco ofertas de trabalho, caso de Otávio de Oliveira, 26 anos: “Não tinha enviado interesse em matricular-se numa universidade tradicional. Nos Estados Unidos, a maioria dos alunos
ainda meu currículo às empresas, e elas começaram a me ligar oferecendo emprego”. de ensino superior está matriculada numa escola técnica, e não em faculdades convencionais. É o caso
de 60% dos jovens. Na Coréia do Sul, são 65% deles. No Brasil, apenas 9% dos jovens seguem tal
caminho. Por duas razões. Primeiro, porque essa modalidade só foi reconhecida oficialmente pelo MEC
em 1996 – com um século de atraso em relação a alguns países da Europa e aos Estados Unidos.
Em segundo lugar, porque, ao contrário do que ocorre em outros países, as escolas técnicas são até
hoje vistas no Brasil como inferiores às universidades. Diz o sociólogo Simon Schwartzman, estudioso
do assunto: “Nenhum país pode pretender formar apenas PhDs versados em filosofia alemã. Só com
a diversificação, afinal, é possível massificar o ensino superior”.
Histórias como a do pernambucano Adriano Martins de Lima, 25 anos, ilustram bem a idéia do
sociólogo. Ele estava fora de uma sala de aula havia dois anos e trabalhava como faxineiro numa
empresa de tecnologia no Recife. Lá, ouviu falar de um bom curso de programação de softwares,
dado na Universidade Brasileira de Tecnologia, uma das melhores no ranking do MEC. Convocou uma
reunião familiar, da qual saiu com a promessa da mãe e de cada um dos seis irmãos de contribuir
com a mensalidade de 400 reais do curso. Às vésperas da formatura, Adriano está prestes a tornar-se
programador de sistemas de nível superior, mas já trabalha nessa função e o salário quintuplicou. Ele
resume: “Foi a minha única chance de prosseguir com os estudos”. Por essas e outras, o fato de o
governo federal ter recém-anunciado a duplicação das vagas em escolas técnicas é, sem dúvida ne-
nhuma, um bom começo. Também pode contribuir de modo decisivo para reduzir a crônica escassez
de engenheiros no país.
Bibliografia
BURGHARDT, M. D. Introduction to engineering. USA, Harper, 1992. Ler capítulos 3 e 4.
NOVAES, A. G. Vale a pena ser engenheiro? São Paulo, 1985.
TELLES, P. C. S. História da Engenharia no Brasil: séculos XVI a XIX. Rio de Janeiro: Livro Técnicos e
Científicos.
Conteúdo da disciplina as informações disponíveis (informações gerais, específicas e mesmo de outras áreas de conhecimento)
num resultado final que satisfaça as necessidades de todos os envolvidos.
2 PROJETO
2.1 Projeto: a essência da engenharia. Esta unidade tem o objetivo geral de apresentar a importância do projeto para a engenharia, descrevendo
2.2 Fases do Projeto. as atividades e as características de cada uma das suas fases de execução.
2.3 Abordagem de Problemas em Engenharia (Fatores de sucesso).
Exercício # 2
2.3. Leitura obrigatória Na sua visão, qual é a razão de se terem vários momentos de avaliação durante as fases do projeto?
Somente um momento de avaliação na fase final não seria suficiente?
Adotada: BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, L. T. V. Introdução à engenharia.
Capítulo: 4 - Projeto
2.4.3. Avaliação / Reflexão sobre a unidade
Questões
1. Por que o domínio do conceito de projeto e das suas fases são tão importantes para o engenheiro?
2.4. Colocando o conhecimento em prática 2. Diante dos futuros problemas acadêmicos, que cuidados você tomará antes de solucioná-los?
3. Quais são as diferenças entre Processo e Projeto?
Encontre a causa-raiz
Bibliografia
BACK, Nelson. Metodologia de projeto de produtos industriais. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1983.
Andrew Carnegie
BAXTER, M. Projeto do produto: guia prático para o design de novos produtos. 2.ed. São Paulo: Edgard
Monumento do Presidente Abraham Lincoln: Blucher LTDA, 1998.
1. Foi percebido que o Monumento de Abraham Lincoln estava se deteriorando mais rápido que CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia. Belo Horizonte: FDG,
qualquer outro monumento de Washington nos Estados Unidos. Por quê? 2002.
2. Porque é limpo com mais freqüência que os outros monumentos. Por quê? JURAN, Joseph M. A qualidade desde o projeto. São Paulo: Thomson Learning-Pioneira, 2002.
3. Porque tem mais dejetos de pássaros que os outros monumentos. Por quê?
4. Porque há mais pássaros em volta deste monumento do que dos outros. Por quê?
5. Porque há mais insetos, comida preferida dos pássaros, em torno deste monumento. Por quê?
6. Porque a lâmpada que ilumina este monumento é diferente das outras e atrai mais insetos.
Normalmente, ocupamos grande parte de nosso tempo resolvendo problemas recorrentes, porque, muitas
vezes, não atuamos na causa-raiz do problema, mas nos seus efeitos. Existem várias formas de identificar
a verdadeira causa-raiz dos problemas, desde a utilização de métodos estatísticos ao questionamento
sistemático e recorrente do porquê da origem do problema. Considera-se que, na resposta ao quinto
porquê, encontraremos a verdadeira causa-raiz. Para facilitar o entendimento, usaremos um exemplo: A
solução para este problema é a troca da lâmpada. Poderiam trocar os produtos de limpeza ou colocar
um espantalho, mas o problema persistiria. Quando conhecemos a raiz do problema, podemos implantar
uma solução definitiva, que, às vezes, pode ser simples, como a troca da lâmpada, ou mais complexa
na resolução da situação problemática.
Modelagem
Conteúdo da disciplina 5. facilitar a comunicação do desenvolvimento do projeto para membros da equipe do projeto que não
são necessariamente engenheiros;
3 MODELAGEM
6. fazer um exame da situação de muitas variáveis, em um menor espaço de tempo, determinando
3.1 O que são modelos e o que é modelagem?
seus efeitos no desempenho do sistema físico real.
3.2 Por que modelar?
3.3 Classificação dos modelos.
Em síntese: o engenheiro utiliza-se de modelos para analisar e entender melhor o problema que está
sendo resolvido e, assim, aumentar as chances de sucesso.
Quanto mais sofisticado e preciso é o modelo, maior tende a ser o seu custo de elaboração. Entretanto,
é importante ressaltar que nenhum modelo é 100% preciso. Assim, o engenheiro deve ser capaz de
3.1. Um começo de conversa avaliar a relevância e o grau de influência das diversas variáveis e simplificar uma determinada realidade
de problema até que um determinado modelo criado consiga representá-lo satisfatoriamente.
Na primeira unidade desta disciplina, o engenheiro foi descrito como um grande especialista na solução Nesta unidade, você conhecerá diversos exemplos de tipos de modelos utilizados na engenharia e as
de problemas. Na segunda unidade, você compreendeu que o engenheiro soluciona problemas por meio suas contribuições para a compreensão da realidade e solução dos problemas.
de projetos de produtos, processos e sistemas. Nesse processo de solução de problemas, um conjunto
de fases de projeto foi apresentado como uma metodologia de trabalho.
Uma fase crítica de grande importância para a solução dos problemas é a fase de DEFINIÇÃO DO PRO-
BLEMA. Nessa fase, a representação do problema na forma de um modelo propicia uma grande
contribuição para a sua solução. Mas o que é um modelo? E quais são as contribuições de sua utilização? 3.2. Ponto de partida – tópico gerador
Qual é a relação entre engenheiros e os modelos? Todas essas questões serão amplamente discutidas
nesta unidade. Entretanto, seguem algumas respostas prévias para que você possa se preparar para a Imagine que você tenha sido convidado para ser a primeira pessoa a dirigir um novo automóvel cuja
aula expositiva do seu professor. carroceria fosse feita de plástico e que tenha sido construído diretamente sem o desenvolvimento de pro-
Um modelo é uma representação simplificada da realidade ou de um problema a ser resolvido. tótipos e sem a simulação de resistência de seus componentes. Pergunta: Você toparia esse desafio?
Embora simplificado, ele faz uma representação suficientemente precisa dos aspectos essenciais do Passamos a uma segunda pergunta. Se você ganhasse um apartamento no centésimo andar de num
problema. Ou, se preferir, um modelo é uma abstração ou uma aproximação que é usada para se prédio de 120 andares construído numa região com histórico de abalos sísmicos, sem a utilização
entender e simular a realidade. de plantas e sem modelos de simulação de comportamento da estrutura a terremotos, você moraria
A modelagem é a atividade executada pelos engenheiros para construir modelos. Ao construir maquetes nesse edifício?
e protótipos, ao fazer desenhos técnicos em duas ou três dimensões por meio de softwares computa- É quase certo que as suas respostas sejam negativas para as duas perguntas acima. Afinal, o risco de
cionais, ao elaborar equações matemáticas que expliquem qualquer tipo de fenômeno, dizemos que o acidentes após a execução desses dois projetos é muito alto! Na engenharia, situações como essas são
engenheiro está modelando. A habilidade de construir diferentes tipos de modelos será adquirida durante quase inexistentes, uma vez que a solução direta (dar forma e colocá-lo imediatamente em
a condução de várias disciplinas do seu curso e não será o foco de aprendizagem nesta disciplina. operação) de um projeto complexo, como um prédio de 120 andares, na maior parte das vezes, é
Além dos citados acima, são também exemplos de modelos utilizados pelos engenheiros: as fotografias, o muito difícil ou impossível.
esboço de uma planta industrial, a representação de um circuito elétrico, a representação de um sistema Conforme vimos na unidade anterior, no início de um projeto, o engenheiro define o problema a ser
fluido-mecânico ou de algum trocador de calor, uma expressão matemática que explique um determinado solucionado e estabelece modelos que lhe permitam entender melhor a realidade a ser superada. Assim,
comportamento ou uma equação química, os gráficos (bolha, barra, pizza, etc.), dentre outros. modelamos alguma coisa para ter um melhor entendimento do problema que estamos resolvendo, ou
Mas o que justificaria o uso de modelos? Nesta unidade, você verá que existem diversas razões para se para ter um melhor entendimento do produto, processo ou sistema que estamos desenvolvendo.
utilizarem modelos. Para projetar suas aeronaves e vendê-las às companhias aéreas ainda na fase de projeto, a EMBRAER
faz uso do seu Centro de Realidade Virtual. Essa tecnologia de U$2 milhões permite à empresa fazer
Destacam-se os seguintes benefícios: o aperfeiçoamento de metodologias de execução rápida de arranjos de peças e componentes em três
1. a possibilidade de se cometerem possíveis erros de projeto com baixos custos; dimensões, assim como a visualização em tamanho real das aeronaves, incluindo a estrutura de com-
ponentes e simulações de fabricação e montagem.
2. a possibilidade de identificar possíveis falhas no produto ou sistema, ainda na fase de projeto;
Assim como a EMBRAER, empresas de diferentes setores necessitam de modelos para a garantia do
3. prever e avaliar as melhores soluções de projeto em termos de custo e qualidade, economizando
sucesso de seus projetos e, conseqüentemente, seus negócios. São muitos os benefícios gerados pela
assim o tempo de solução;
sua utilização. Porém, uma das maiores vantagens do uso de modelos é o seu custo. Alterar um mo-
4. para simular o funcionamento e checar a segurança de uso, produto ou sistema; delo é muito mais rápido e barato do que realizar manutenções estruturais e corretivas em sistemas já
implantados que foram decorrentes de levantamentos, análises e projetos mal elaborados.
Modelagem
Assim, a utilização de modelos é uma atividade cotidiana na profissão de engenharia. Seja atuando em Exercício # 2
processos de produção, estruturas, trocadores de calor ou sistemas de controle, dentre outros, o enge- Faça uma pesquisa na internet sobre técnicos, ferramentas, equipamentos e dispositivos utilizados na enge-
nheiro tem a modelagem como uma importante ferramenta. nharia para modelar problemas. Enumere situações ou problemas reais em que eles podem ser usados.
Faça uma leitura do material indicado nesta unidade e conheça os diferentes tipos de modelos que são
usados na engenharia. Não se esqueça de que, por mais sofisticados que sejam, os modelos são apenas
representações da realidade. 3.4.3. Avaliação / Reflexão sobre a unidade
Questões
1. Quais vantagens são obtidas em projetos pela utilização de modelos?
2. Um modelo pode ser útil para visualizar uma possível solução de projeto?
3.3. Leitura obrigatória 3. Quais riscos poderiam estar associados à criação e ao uso de modelo?
4. Por que os modelos são limitados?
Adotada: BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, L. T. V. Introdução à engenharia.
Capítulo: 5 - Modelo
4. Softwares, técnicas e equipamentos para modelagem.
3.5. Recapitulando
Um modelo é uma representação simplificada da realidade ou de um problema a ser resolvido.
3.4. Colocando o conhecimento em prática Embora simplificado, ele é uma representação suficientemente precisa dos aspectos essenciais do pro-
blema. Ou, se preferir, um modelo é uma abstração ou uma aproximação que é usada para se entender
e simular a realidade.
A modelagem é a atividade executada pelos engenheiros para construir modelos. São benefícios gerados
3.4.1. Aplicação em grupo pela utilização de modelos:
Exercício # 1 1. Modelos permitem a possibilidade de se cometerem erros de projeto com baixos custos.
Antes da aula prática, o grupo deve se reunir para fazer uma pesquisa sobre modelos nos livros da 2. Modelos permitem possibilidade de se identificarem falhas no produto, ainda na fase de produção.
biblioteca de sua faculdade. Devem-se identificar pelo menos três tipos de modelos, descrevendo um 3. Modelos permitem avaliar melhores soluções de projeto num curto espaço de tempo.
sistema físico que ele procura representar e as possíveis hipóteses simplificativas que podem ter sido 4. Modelos permitem verificar eficiência de dispositivos e elementos de um sistema.
utilizadas na sua construção. Todas as observações devem ser anotadas para serem apresentadas em
sala de aula. Dica: procure nos livros de Física, cálculo, transferência de calor e de massa, projeto do 5. Modelos permitem avaliar os custos envolvidos no projeto.
produto, matemática financeira e comercial, dentre outros. 6. Modelos facilitam a comunicação da equipe durante o projeto.
7. Modelos podem ser usados como uma representação do produto final para aprovação do cliente.
Exercício # 2 8. Modelos podem gerar uma estimativa rápida de comportamento de um determinado fenômeno.
Faça uma classificação dos modelos seguintes e explicando quais seriam os beneficios de sua utilização:
fluxograma industrial, equação química, gráfico de barra, maquete, desenho técnico em duas dimensões,
esquema representativo de uma caldeira industrial (apresentado pelo seu professor) e um protótipo de
uma caixa de embalagem. 3.6. Para saber mais
3.4.2. Aplicação individual CAD/CAM: Sistemas integrados de produção visando à prototipagem rápida
Exercício # 1
O acrônimo CAD (Computer Aided Desing – Projeto Assistido por Computador) utilizado pela primeira
Com base no seu entendimento do conceito de modelo apresentado nesta unidade, escreva, com suas vez no inicio dos anos 60 pelo pesquisador do Massachussetes Institute of Technology (M.I.T) Ivan Su-
próprias palavras, um pequeno texto de até três linhas sobre o que é um modelo. Entre em contato com therland. O termo CAD pode ser definido como o processo de projeto que se utiliza de técnicas gráficas
algum amigo engenheiro já formado e faça a ele a mesma pergunta. Estabeleça comparações entre o computadorizadas, através da utilização de programas (software) de apoio, auxiliando na resolução dos
conceito visto na disciplina e o definido por você e o engenheiro formado. problemas associados ao projeto.
Modelagem
Por sua vez, a sigla CAM (Computer Aided Manufacturing – Fabricação Assistida por Computador) refere-se 3.6.1. Ampliando seus conhecimentos
a todo e qualquer processo de fabricação controlado por computador. Sua origem remonta-se ao desenvol-
vimento das máquinas controladas numericamente (C.N.) no final dos anos 40 e início dos 50. Quando Por meio de algum site de busca na internet (Google, Cadê, etc.), faça uma pesquisa sobre o significado
essas máquinas começaram a ser controladas por computador, no fim dos anos 50 e início dos 60, da palavra “modelo”, anotando todas as suas fontes de consulta. Faça uma pesquisa também na biblioteca
surgiu o termo C.N.C. Atualmente a sigla (CNC) engloba diversos processos automáticos de fabricação, de sua faculdade. Estabeleça um paralelo, apontando as semelhanças e diferenças entre os conceitos
tais como: fresamento, torneamento, oxicorte, corte a laser, entre outros. Assim sendo, o termo CAM é encontrados, na web e em livros, com o conceito de modelo visto na disciplina. Por fim, estabeleça um
empregado para todas essas disciplinas e para qualquer outra que possa surgir. conceito final para a palavra “modelo” em no máximo três linhas.
A tecnologia CAD/CAM corresponde à integração das técnicas CAD e CAM num sistema único e completo.
Isso significa, por exemplo, que se pode projetar um componente qualquer na tela do computador e
transmitir a informação por meio de interfaces de comunicação entre o computador e um sistema de
3.6.2. Referências e links interessantes
fabricação, em que dito componente pode ser produzido automaticamente numa máquina CNC. Bibliografia
BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o desenvolvimento de novos produtos. São Paulo:
Podemos dizer que atualmente esse conceito de sistema integrado de projeto e fabricação assistido por Edgar Blüche, 1998.
computador corresponde à idéia de CIM (Computer Integrated Manufacturing – Fabricação Integrada IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Blücher, 1990. 465 p.
por Computador), cuja base teve início na década passada com o propósito de aumentar a produtividade
industrial. Por outro lado, deve-se ressaltar que a chave do processo produtivo reside na integração global PUGH, S. CAD/CAM – Its Effect on design understanding and progress. Tucson, Robotics and Automation
através de uma Base de Dados que seja comum ao projeto e à fabricação. Conf., 1985.
Sistemas CAD/CAM caracterizam-se por centralizar a execução de diversas atividades relacionadas ao PUGH, Stuart. Total design – integrated methods for successful product engineering wokingham: Addison-
processo produtivo, compreendendo desde o projeto mecânico (CAD) e análise estrutural (MEF), pas- Wesley, 1990.
sando pela escolha adequada das máquinas e dos processos de manufatura e a conseqüente geração
automática das trajetórias das máquinas CNC. Para tanto, torna-se cada vez mais importante o domínio
das técnicas computacionais e gerências envolvidas neste tipo de processo integrado de fabricação, assim
como o treinamento dos profissionais envolvidos na área.
Na atualidade, o êxito de um novo produto depende, não somente, da sua qualidade e funcionalidade,
como também da rapidez com que é introduzido no mercado; neste aspecto a denominada Prototipagem
Rápida vem ganhado um espaço considerável na solução desses problemas. A adoção da tecnologia de
Prototipagem Rápida permite, entre outros, o desenvolvimento de peças ou protótipos, pequenas séries,
modelos ou moldes em tempos curtos e a custos razoáveis.
A Prototipagem Rápida compreende um conjunto de tecnologias que permitem a produção rápida de
uma peça tridimensional numa máquina especial. Basicamente, a concepção desse tipo de processo
baseia-se na aplicação dos princípios da tecnologia CAD/CAM, em que um modelo sólido é desenvolvido
e transferido eletronicamente desde a base de dados de um CAD para uma máquina de prototipagem,
ou diretamente desde um sistema de fabricação assistido por computador (CAM). O modelo CAD po-
derá igualmente ser utilizado para visualizar o comportamento do modelo, num programa como os de
modelagem por elementos finitos (FEM).
Simulação
Conteúdo da disciplina Ao final desta unidade, você perceberá que as atividades de simulações fazem parte do dia-a-dia do enge-
nheiro. Para se ter uma idéia sobre esta variedade de aplicações, pode-se simular a capacidade produtiva
4 SIMULAÇÃO dos processos industriais, o funcionamento de sistemas elétricos, desenho técnico, o comportamento
4.1 O que é a simulação? térmico de tubulações, o desenvolvimento de um coração superficial, a construção de um complexo
4.2 Tipos de simulação. entroncamento rodoviário, a resistência mecânica de componentes de um novo modelo automóvel e o
4.3 O computador na Engenharia – simulação computacional. tempo de enchimento de tanques com diferentes tipos de válvulas hidráulicas.
Agora, faça a leitura obrigatória desta unidade para se preparar para a aula expositiva do seu professor.
Simulação
Exercício # 3
Procure exemplos de produtos, processos e situações no dia-a-dia em que podemos visualizar o conceito
de simulação, na perspectiva da engenharia. Exemplos: simulador de vôo para pilotos de avião; simulador
do tempo de espera na fila das Lojas Americanas, sites onde você pode simular aplicações financeiras
em bolsas de valores, etc.
Simulação
Bibliografia
4.5. Recapitulando ANDRADE, E.L. Introdução à pesquisa operacional: métodos e modelos para análise de decisão. Rio de
Janeiro: LTC, 2002.
HILLIER, F.S.; Lieberman, G.J. Introdução à pesquisa operacional. Rio de Janeiro: Campus, 1988.
CONDUZINDO UMA BOA SIMULAÇÃO
PRADO, D. Teoria das filas e da simulação. Belo horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial,
1999.
Algumas ações e cuidados por parte do engenheiro são importantes para se conduzir uma boa simulação.
Vejamos algumas delas: PRADO, D. Usando o arena em simulação. Belo Horizonte: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004.
• Formule o problema corretamente. Levante todas as informações a respeito do problema. WINSTON, W.L. Operations researh: applications and algorithms. Belmont: Thomson Brooks: Cole,
• Estude as metodologias de simulação. 1994.
• Obtenha informações consistentes sobre os procedimentos operacionais do sistema. Não se esqueça
de que os resultados são fortemente dependentes dos dados de entrada!
• Modele adequadamente os fenômenos aleatórios do sistema em estudo. Veja os cuidados necessários
na unidade 3 desta disciplina.
• Escolha o software mais adequado e utilize-o de forma correta! São muitos os softwares de simu-
lação disponíveis no mercado. Avalie as vantagens e desvantagens de adoção de cada um antes de
aprofundar o seu conhecimento em algum.
• Estabeleça a validade e credibilidade do modelo utilizado.
• Utilize os procedimentos adequados para analisar os resultados gerados na simulação.
• Não se esqueça de que a simulação é imprecisa, pois trabalha sobre modelos, que são representa-
ções da realidade.
Otimização
Conteúdo da disciplina Existem também diferentes tipos de técnicas, métodos e procedimentos para a otimização. Os procedi-
mentos técnicos de otimização mais simples são os matemáticos, aplicáveis a parâmetros específicos.
5 OTIMIZAÇÃO
Entretanto, para a maioria dos problemas de Engenharia, o valor ótimo só pode ser conseguido com o
5.1 A melhor solução.
auxílio de avançados processos numéricos e computadores de grande velocidade. Um exemplo nesse
5.2 Modelos e métodos de otimização.
caso é a otimização estrutural de grandes sistemas como submarinos e aviões.
Nesta unidade, serão apresentadas as características, vantagens e situações de aplicação dos se-
guintes métodos de otimização: Otimização por evolução, Otimização por intuição, por tentativa,
gráfico e analítico.
5.1. Um começo de conversa Para se preparar para as aulas expositivas, faça a leitura obrigatória desta unidade. Também faça uma
pesquisa prévia na internet com a palavra “Otimização” ou entreviste algum amigo engenheiro.
Nesta última unidade da disciplina, você perceberá que, para o engenheiro, não basta somente solucio-
nar o problema. É preciso certificar que a solução adotada para o problema é a melhor possível. Nesse
processo de procura pelas melhores soluções de peso, custo, consumo/rendimento, tempo e resistência,
dentre outras variáveis, o engenheiro faz uso de diversos métodos e técnicas específicas.
Os engenheiros civis e mecânicos, durante os seus respectivos cursos, serão treinados no uso de 5.2. Ponto de partida – tópico gerador
diversas técnicas que permitirão a eles escolher os melhores materiais para estruturas que serão
submetidas às diferentes condições de aplicação de cargas, temperaturas, agressividade do meio Desde os primórdios, o homem busca o melhor aproveitamento possível dos recursos existentes.
ambiente (corrosão), etc. Como vimos no tópico anterior, o processo de busca pela melhor solução está presente em diversas
Os engenheiros eletricistas, em seus projetos de circuitos e sistemas elétricos, farão uso dos procedimentos situações práticas do dia-a-dia das pessoas.
de comutação, modulação ou controle de forma a se garantir o menor gasto de energia possível. Na Engenharia, a área de otimização tem um considerável número de aplicações que se caracterizam
por diferentes abordagens em termos da natureza dos modelos e das técnicas de resolução utilizadas.
O processo de busca pela melhor solução não está presente somente nos problemas de engenharia, O objetivo final do emprego é sempre a melhor solução possível.
podendo ser facilmente identificado em muitas situações práticas do dia-a-dia das pessoas. Vejamos
alguns exemplos que ilustram exemplos simplificados de otimização: Neste processo de otimização, o computador tem tido um papel fundamental. Isso porque os Sistemas
de Engenharia são cada vez mais complexos, o que faz serem desenvolvidos grandes e sofisticados
• quando tomamos banho, ajustamos a regulagem da torneira do chuveiro até chegar a um valor
modelos numéricos. Prepare-se para aprender diversas técnicas de programação computacional em seu
ótimo de temperatura;
curso. Elas serão importantes na sua caminhada profissional.
• quando um professor ajusta a regulagem da lente do projetor, ele executa um procedimento de giro
Atualmente, o uso de técnicas de otimização de projeto tem crescido rapidamente na maioria das áreas
em sentido horário e anti-horário da lente até que a imagem gerada no quadro seja a melhor para
todos os presentes em sala de aula; de atuação da engenharia, como automotiva, elétrica, aeronáutica, mecânica, civil, naval, de energia,
petróleo e gás. Isso se deve ao aumento da competição tecnológica e ao desenvolvimento de técnicas
• quando retomamos para casa e encontramos o trânsito ruim, procuramos um melhor caminho ou
robustas e eficientes, para as mais diversas aplicações práticas.
uma melhor pista para chegarmos o mais rápido possível;
Com a utilização das técnicas de otimização, espera-se que haja uma maior facilidade para trabalhar com
Nesta unidade, a Otimização é apresentada como um processo que consiste na busca racional do melhor um grande número de variáveis de projeto e de restrições, e com isso seja possível também reduzir
dentre todos os valores possíveis para dadas variáveis, em função de um determinado objetivo e das o tempo de desenvolvimento do projeto. Outros benefícios almejados na otimização são aumentar a
limitações (ou restrições) existentes. O “ótimo” deve ser entendido como a busca do melhor possível, produtividade em processos de fabricação e aumentar a eficiência na alocação dos recursos.
de acordo com as limitações do modelo, dos recursos materiais e da técnica empregada.
A busca do “ótimo” pode ser obtida de duas formas distintas:
1. por modelos otimizantes que determinam diretamente a condição ótima; ou
2. por modelos de entrada-saída. Neste caso, as variáveis do sistema são substituídas por valores
numéricos apropriados (entradas) e determina-se o valor de uma variável que é dependente das
demais – saída.
Otimização
Exercício # 2
5.3. Leitura obrigatória Nas primeiras unidades desta disciplina, foi dito que o engenheiro é um grande solucionador de pro-
lemas. Explique como o processo de otimização, executado pelo engenheiro, insere-se no processo de
Adotada: BAZZO, Walter Antônio; PEREIRA, L. T. V. Introdução à engenharia. solução de problemas.
Capítulo: 7 - Otimização
Exercício # 3
Procure exemplos e situações no dia-a-dia em que podemos visualizar o conceito de otimização, na
perspectiva da engenharia.
5.4. Colocando o conhecimento em prática
5.4.3. Avaliação / Reflexão sobre a unidade
Questões
5.4.1. Aplicação em grupo 1. Quais são as vantagens obtidas em projetos quando técnicas de otimização são empregadas?
Os exercícios seguintes foram adpatados dos exercícios propostos pelo prof. Walter Bazzo em seu livro 2. Existe alguma relação entre simulação e otimização?
Introdução à Engenharia.
3. Por que a otimização agiliza o processo de solução de problemas?
Exercício # 1
Em grupos de até cinco alunos, identifique operações de serviços (ex.: filas de atendimento), sistemas
ou produtos que, no modo de ver da equipe, poderiam ser melhorados em algum de seus aspectos ou
funcionalidades (custo, prazo de entrega, durabilidade, resistência ao impacto, etc..). Utilize-se de modelos
5.5. Recapitulando
diagramáticos, vistos nas unidade 3, para visualizar melhor cada problema.
A área de otimização apresenta um considerável número de aplicações dentro da engenharia de produção
que se caracterizam por diferentes abordagens em termos da natureza dos modelos e das técnicas de
Exercício # 2
resolução utilizadas.
O trânsito se configura como numa questão caótica em quase todo o país. Identifique os pontos críticos
Foi visto que a Otimização consiste na busca racional do melhor dentre todos os valores possíveis
de sua cidade em relação ao trânsito e, por meio de um modelo criado pela equipe, tente otimizar esse
para dadas variáveis, em função de um determinado objetivo e das limitações (ou restrições) existentes. O
processo. Faça desenhos e esquemas que possam ajudá-lo na otimização. Use também o programa
“ótimo” deve ser entendido como a busca do melhor possível, de acordo com as limitações do modelo,
Google Earth para ajudar nesta tarefa.
dos recursos materiais e da técnica empregada.
Exercício # 3
A busca do “ótimo” pode ser obtida de duas formas distintas:
Faça uma pesquisa na internet sobre softwares e técnicas computacionais para atividades de otimização.
1 por modelos otimizantes ou
Identifique o nome do software e o tipo de situações em que ele pode ser empregado. Prepare uma
lâmina de power-point para apresentação em sala de aula. 2 por modelos de entrada-saída. Quanto às técnicas e aos métodos, a otimização pode ser assim
classificada Otimização por evolução, Otimização por intuição, por tentativa, gráfico e analítico.
Os sistemas de Engenharia são cada vez mais complexos e representados por grandes e sofisticados
5.4.1. Aplicação em grupo modelos numéricos. Eles envolvem diversas disciplinas que interagem entre si ou são constituídos de
Exercício # 1 diferentes subsistemas interativos que devem ser levados em conta, simultaneamente, para a obtenção
Sem se orientar pelos conceitos de otimização apresentados pelo professor, defina com suas palavras o de projetos eficientes.
significado de “otimização”. Redija o seu conceito em até cinco linhas explicando o quanto esse conceito
é importante para os engenheiros e, depois, tente explicá-lo para algum amigo ou familiar.
Otimização
Seguem algumas sugestões de site e revistas sobre otimização para início da pesquisa:
• Revista Produção On-line – http://www.producaoonline.ufsc.br/
• Publicações no Encontro Nacional de Engenharia de Produção – ENEGEP – http://publicacoes.
abepro.org.br/
• Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Elétrica
• Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia Mecânica
• Anais do Congresso Brasileiro de Engenharia – COBENGE