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Tintas para fundição

Tintas para Fundição

Quase sempre: servem para que a face de molde ou macho seja


mais lisa e mais resistente à agressão pelo metal líquido
– diminuindo a rugosidade nas peças fundidas
– evitando eventuais reações decorrentes do contato direto da face
do molde com o metal líquido ou seus produtos de oxidação
Às vezes: usam-se tintas cuja única função é condicionar a
atmosfera do molde e que de modo algum evitam o contato
direto do metal líquido com as faces do molde ou macho
As tintas de fundição mais simples consistem de
– materiais sólidos (carga) em suspensão em algum
– meio de dispersão (veículo) líquido e
Conforme sua viscosidade, são aplicadas por
• pincelamento,
• aspersão,
• imersão,
• lavagem ou
• espatulação

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Tintas “caseiras”
Até ~ 1950 qualquer tinta para moldes ou machos era formulada na
própria fundição.
As formulações de tintas constituíam parte importante do
patrimônio técnico das fundições, sendo, portanto, tratadas com
confidencialidade.
Dependendo do tipo de ligante empregado para fixar a camada
aplicada, o conjunto meio de dispersão / ligante podia enquadrar-se
em uma das seguintes categorias:
– Soluções aquosas de dextrina, melaço, açúcares, amidos e resinas
sintéticas
– Soluções alcoólicas de resinas naturais ou sintéticas
– Soluções de acetato de celulose em acetona
– Soluções aquosas de silicatos solúveis (de sódio ou de potássio).
Maioria das tintas “caseiras” eram suspensões aquosas
• estufas para a secagem de machos e moldes pintados eram equipamentos
comuns em fundições bem montadas
Homogeneidade e níveis de qualidade deixavam a desejar
• fundições acabaram por substituir as tintas “caseiras” pelas comercializadas,
ainda que a um custo inicial maior

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Tintas comerciais

Com a progressiva redução da espessura de parede dos fundidos


e da seção dos machos, as tintas existentes no mercado
tendem a atingir seu limite de aplicação e começam a
apresentar problemas com porosidades e bolhas de gases.
Essas dificuldades têm motivado novos desenvolvimentos em
tintas de fundição, com o objetivo de chegar a produtos
com menor geração de gases, principalmente através de:

1. Elevada capacidade de isolamento térmico de modo a


retardar a transferência de calor
2. Elevado grau de deformação (plasticidade) a altas
temperaturas

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Funções das tintas de fundição
Melhorar características superficiais do macho ou molde
– Dureza
– Resistência a Friabilidade
Melhorar o aspecto do fundido quanto a
– Rugosidade
– Aderências
– Limpeza
Reduzir / eliminar defeitos superficiais tais como
– Veiamento
– Penetração
– Bolhas de gases
– Superfície com dobras
– Escamas
– Erosão
– Decorrentes de reações metal / molde ou macho
Atuar sobre a microestrutura superficial do fundido, através
de materiais metalurgicamente ativos, por exemplo:
– Telúrio
– Bismuto
– Estanho, etc
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Composição básica

Os elementos básicos de composição de uma moderna tinta


para fundição são os mesmos das primeiras tintas “caseiras”.
Uma tinta de fundição compõe-se de:

• uma ou mais cargas minerais, quase sempre refratárias ou


altamente refratárias
• meio de dispersão ou veículo
• agentes de suspensão, em geral coloidais
• ligantes com a função de fixadores

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Cargas minerais

As cargas minerais mais empregadas nas formulações de tintas para fundição


podem ser assim classificadas:

CARGAS MINERAIS PARA TINTAS (segundo VDG – Merkblatt R 150)


Materiais carbonáceos Silicatos Óxidos
Grafita Silicato de Alumínio Quartzo
Coque moído Silicato de Cálcio Manesita
Negro de fumo Silicato de Magnésio Rutilo
Silicato de Zircônio Espinélios

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Cargas minerais

Carbonáceas Densidade P. de Fusão Forma de grão Composição


Grafita aprox. 2,2 1.600 – 5.000°C irregular, angular-lamelar 70% C
Coque 1,9 - 2 > 1.700°C irregular 90% C

Silicatos lamelares Densidade P. de Fusão Forma de grão Fórmula


Caulim 2,65 1.700°C lamelar Al2[(OH)4.Si2O5]
Pirofilito 2,8 1.700°C lamelar-angular Al2[(OH)2.Si2O10]
Talco 2,8 1.000°C lamelar Mg3[(OH)4.Si2O5]
Mica 2,85 900°C lamelar KAl2[(OH)2.AlSi3O10]

Óxidos e Silicatos Densidade P. de Fusão Forma de grão Fórmula


não-lamelares
Zirconita 4,6 2.200°C irregular-angular ZrSiO4
Olivina 5,2 1.750°C irregular-angular Mg2SiO4
Mulita 3,16 1.600°C irregular-angular 3Al2O3.2SiO2
Chamote 2,6 1.700°C irregular Al2O3.SiO2
Quartzo 2,6 1.700°C angular SiO2
Magnesita 3,6 2.800°C angular MgO
Corundum 3,9 2.050°C irregular Al2O3
Cromita 4,0 >1.600°C irregular Al2O3.Cr2O3.FeO

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Cargas minerais

Silicatos com estrutura lamelar têm papel importante:


– Na camada aplicada, as lamelas dispõe-se paralelamente à
superfície pintada Æ é possível um deslizamento entre elas Æ
camada de tinta pode deformar-se (sem se romper) preservando
a continuidade da camada, quando os grãos de quartzo da base
sobre a qual está aplicada expandem-se Æ trincas na base
poderiam permanecer encobertas
– Esses minerais dão camadas de tinta bastante fechadas:
• barreiras contra a penetração do metal líquido
• baixa permeabilidade

– A disposição das lamelas em várias camadas paralelas à superfície


pintada proporciona à película de tinta, após secagem, o alto
poder de isolamento térmico característico desse tipo de
estrutura. Com isso, o aquecimento do molde/macho dá-se de
modo muito menos intenso e rápido, amenizando os efeitos da
expansão do quartzo e reduzindo a velocidade de geração de
gases.

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Cargas minerais: aços

Temperaturas de fusão elevadas e características metalúrgicas


restringem o leque de materiais que podem ser empregados
ZIRCONITA
– continua sendo a carga mais importante
– preço muito alto
OLIVINA e MAGNESITA
– praticamente só são empregadas em aços ao manganês
MULITA
– limitada a peças de pequeno peso
CORUNDUM
– apresenta-se como alternativa econômica para zirconita
CROMITA
– dá bom acabamento superficial, principalmente em peças pesadas
– preço alto limita emprego generalizado

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Cargas minerais: ferros fundidos

Empregam-se praticamente todos os tipos de cargas minerais


Além dos materiais refratários, podem ser empregados minerais
com fases de ponto de fusão baixos
– o objetivo é o de conferir à tinta a capacidade de deformar-se a
altas temperaturas.

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Cargas minerais: não-ferrosos

As ligas não ferrosas, tanto as pesadas quanto as leves, não


requerem desempenhos tão elevados das cargas minerais

Nos não-ferrosos pesados


– a evolução de gases proveniente da água de cristalização de alguns
minerais é extremamente prejudicial. Estes, portanto, devem ser
excluídos

Nos fundidos de alumínio


– solicitações pouco severas
– é muito importante o efeito desmoldante conferido pela carga mineral
Æ combinações de cargas
– dependem muito do processo de macharia ou moldagem empregado

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Carga mineral: granulometria

A granulometria da carga mineral constituinte da tinta, qualquer


que seja o seu tipo, afeta:
– a viscosidade
– a tendência à decantação
– a tendência ao fissuramento na secagem
Dimensões das partículas
– quanto maiores, maior a tendência à decantação
– quanto mais finas, maior a tendência ao fissuramento da camada
aplicada na secagem
– portanto: granulometria dos sólidos em suspensão na tinta resulta de
compromisso entre essas duas tendências, considerada a densidade
real do sólido
Regra geral: para obter camadas lisas pouco suscetíveis de
fissuramento por secagem
– pó mais fino que 74 μm (peneira 200) e
– com menos de 50% abaixo de 44 μm (peneira 325)
– formulação da tinta é fundamental para evitar fissuramento

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Veículos

São líquidos que servem de meios de dispersão das cargas


minerais, permitindo sua aplicação sobre as superfícies dos
moldes e machos
Água
– baixo custo e ambientalmente correto
– difícil remoção (evaporação)
– uso especialmente recomendado em moldagem ou macharia
altamente seriadas
Álcoois industriais
– são veículos muito importantes
– o principal é o isopropanol (principalmente na Europa)
Solventes clorados (cloro-carbono e fluor-cloro-carbono)
– não são mais utilizados nas aplicações comuns, pois representam
ameaças à saúde e ao meio ambiente
– no entanto, devido ao seu baixo ponto de ebulição, ainda são
empregados na moldagem a vácuo

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Agentes de suspensão

Função: eliminar ou retardar a sedimentação das partículas minerais


suspensas no veículo ou meio de dispersão
Empregam-se, em geral, materiais tixotrópicos (no meio de
dispersão em repouso, formam uma estrutura que sustenta as
partículas minerais)
– evitam penetração excessiva do veículo no molde ou macho (devido à
absorção do meio dispersor e inchamento)
– às vezes contribuem para a formação de uma camada uniforme de
tinta
– os de menor custo são as bentonitas sódicas
Alguns materiais orgânicos:
– colóides derivados de algas marinhas (alginatos)
– derivados de celulose (p. ex., carboximetilcelulose)
Tipo e quantidade: grande influencia na viscosidade dinâmica
Alguns agentes de suspensão também têm propriedades de fixação
– todas as argilas têm bom poder de fixação a elevadas temperaturas

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Ligantes / fixadores

Fixação das partículas de carga mineral sobre moldes e


machos ocorre com a ajuda de ligantes
• Teoricamente os agentes de fixação inorgânicos deveriam ser
preferidos visando menor geração de gases. Na prática,
empregam-se tanto ligantes inorgânicos como orgânicos.
Fixadores (Ligantes) são responsáveis por
• adesão das partículas da tinta à sua base de aplicação e
• coesão mútua entre as partículas da camada.
Importante evitar migração do ligante para a superfície
da tinta ao eliminar o dispersante
• baixa resistência da tinta na base de aplicação
• lascamento da camada com o choque térmico decorrente do
contacto com o metal
• superfícies de tinta muito duras, que não soltam quando
atritadas, podem ser indício de forte migração de ligante

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Resumo dos tipos de tintas
(Bartsch)

1. Tintas refratárias a altamente refratárias, com refratários de textura


granular e angular
– Vantagens: Não reativas com óxidos, baixo volume de gases
– Desvantagens: Não atuam contra efeitos de expansão do quartzo
2. Tintas com minerais de estrutura lamelar e eventual reação endotérmica.
– Vantagem: ao ocorrer expansão do quartzo, lamelas deslizam umas sobre as
outras
• mantêm cobertas pequenas trincas ocorridas na base
• reação endotérmica (ex.: dissociação de carbonatos) apressa a formação de um filme
sólido do metal
– Desvantagens: Evolução de gases; possíveis defeitos por liberação de água de
cristalização, com oxidação de componentes do banho metálico. Seu ponto de
fusão limita o universo de aplicação
3. Tintas combinando minerais com diferentes fases de amolecimento
– Vantagem: Podem deformar-se em temperaturas elevadas
– Desvantagens: Reativa com óxidos e escorias do banho de metal
4. Tintas termicamente isolantes, minerais com baixa condutividade térmica
– Vantagens: Retardam a transmissão de calor do metal para o interior do
molde/macho
• menores efeitos das tensões causadas pelas expansão do quartzo
• em temperaturas elevadas formam-se fases sinterizadas
– Desvantagem: Requerem camadas muito espessas para funcionar
adequadamente

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Características - Controle
Composição: Só parcialmente controlável pelo usuário (diluição)
O usuário pode (e deve) vigiar e atuar sobre certas características físicas
que determinam / afetam:
– o modo de aplicação
– o comportamento durante a secagem e
– o desempenho durante o vazamento e solidificação da peça fundida
Viscosidade: é a característica física mais importante de uma tinta de
fundição, porque:
– regula a tendência à decantação dos materiais sólidos
– regula a tendência ao fissuramento da camada aplicada durante a secagem
– determina qual o método de aplicação mais conveniente
• aspersão,
• imersão
• lavagem
• pincelamento
• espatulação)
Mede-se a viscosidade:
– diretamente: com viscosímetros tipo Stormer, Brookfield e outros
– indiretamente: medidas de consistência e densidade da suspensão
• consistência: determinada pelo tempo de escoamento da tinta através do bocal de um
copo com formas e dimensões padronizadas (por exemplo, conforme Recomendação
CEMP-073). Usando a equação de calibração do bico utilizado, converte-se o valor do
tempo de escoamento (em segundos) em viscosidade cinemática (centiStokes).
• densidade: determinada com densímetro de imersão
• viscosidade cinemática x densidade = viscosidade dinâmica

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Características - Controle

Para pequenos acertos na tinta


suficiente o controle através da medida de densidade da suspensão (a
ação corretiva fica restrita ao grau de diluição)
Densidades para tintas de veículo aquoso (aproximadas):
– 1,16 a 1,25 g/cm3 : aplicação por aspersão
– 1,21 a 1,35 g/cm3 : aplicação por imersão ou lavagem
– 1,32 a 1,53 g/cm3 : aplicação por pincelamento
Atenção: esses limites dependem da densidade do material
sólido em suspensão

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Correlações viscosidade x composição

Composição de uma tinta → viscosidade → comportamento


– para tintas com zirconita, olivina, magnesita, pirofilito e cromita
(cargas minerais), bentonita sódica (agente de suspensão) e
dextrina (fixador):
B B
ν= β
η= δ
⎛ AL ⎞ ⎛ AL ⎞
α × RV × ⎜⎜ ⎟
⎟ γ × RV × ⎜⎜ ⎟

⎝ RV ⎠ ⎝ RV ⎠
ν = viscosidade cinemática, Stokes RV = teor de refratário (carga mineral)
dividido pela densidade real do
refratário

η = viscosidade dinâmica, poise AL = água livre na tinta = água total –


água ligada à bentonita

B = teor de bentonita α, β, γ, δ = coeficientes experimentais

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Pintura versus fluidez do metal
A camada pintada pode exercer grande influência sobre a fluidez
do metal
• Efeito importante mas pouco documentado na literatura técnica
• Dependendo da formulação da tinta, podem ser obtidas enormes
melhorias na fluidez do metal
Tintas na fundição de aço Hadfield

140

Na fundição de aço ao 120

Variação de fluidez (Kondic), %


manganês tipo Hadfield (12
a 14% Mn): maiores 100
aumentos de fluidez com
tintas de pirofilito (mineral 80
pirofilito
com estrutura lamelar) olivina
60
Parte dessa melhoria pode cromita
ser devida a isolamento 40 magnesita
térmico propiciado pela zirconita
camada de tinta 20

0
0 5 10 15 20 25 30 35
relação refratário / bentonita

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