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representatividade dentre os utilizados. Estima-se que 80% das importações e exportações de produtos no
mundo são realizadas pelo modal marítimo. Para que estas operações marítimas obtenham êxito, as nações
fazem uso de portos marítimos. Estes por sua vez, são sistemas dotados de alta complexidade e dinâmica
operacional, exigindo uma gestão moderna e eficiente que controle a maior parte das variáveis envolvidas.
O surgimento de um porto não ocorre por acaso. Ele depende de fatores essenciais para sua operação, critérios
associados diretamente a suas atividades como terminal multimodal – local onde há a integração entre o meio
de transporte aquaviário e outros modais (rodoviário, ferroviário ou dutoviário) – e elo de uma cadeia logística
Antes de tudo, um porto é um local de abrigo dos ventos, das ondas e de correntes marítimas para navios. É
onde as embarcações podem permanecer (atracar) e embarcar ou desembarcar suas cargas de forma tranquila,
sem grandes riscos de acidentes tanto com as mercadorias, quando forem movimentadas, como com a própria
embarcação (de ela ser lançada por uma onda contra o cais, por exemplo). Outro critério é a existência de um
acesso aquaviário profundo o suficiente em relação aos navios que irá atender. O porto também deve contar com
uma retro área, para a armazenagem de cargas, e acessos que garantam a chegada e a saída dessas mercadorias.
Essas ligações tanto podem ser rodoviárias, como ferroviárias, duto viárias, hidroviárias (por barcaças) e
aeroviárias. Por fim, a criação de um porto depende dos impactos sociais, econômicos e ambientais de suas
atividades. Ele deve estar em uma região que precise receber ou escoar mercadorias em quantidade suficiente
para compensar sua implantação. Especialmente nos último anos, somente após a avaliação desses reflexos e se
forem comprovados que os ganhos da atividade portuária compensam essas consequências, a construção de um
porto é autorizada.
Movimentação de Cargas: Operação das esteiras; Operação de containers; Operação de Golias; Operação
de Empilhadeiras; Armazenagem de Containers
O porto, um ponto em uma costa onde os navios podem encontrar abrigo, carregar e descarregar
mercadorias, tem sua origem com a própria existência de navegação, da qual se tornou um elemento
inerente e inseparável, evoluindo com as características as embarcações.
Portanto, podemos conceituar o porto como um ponto na costa marítimo, fluvial ou lacustre, onde
todo um complexo de estradas e / ou ferrovias capazes de transportar a produção e para onde os navios
são dirigidos com o objetivo de praticar a troca de mercadorias. Na fase de planejamento do porto é
importante que seja observada a relevância da produção e a sua viabilidade. Portanto, o porto é o
ponto de conexão entre dois sistemas de transporte - terrestre e aquático (marítimo, fluvial ou
lacustre). Esse porto, para ser eficaz, precisa condições marinhas adequadas, facilidade de acesso,
águas calmas, profundidade o suficiente para os tipos de embarcações que exigem, uma bacia
hidrográfica, condições meteorológicas e de marés previamente conhecidas e viáveis previsão e
suporte operacional compatível com o tipo de mercadoria manuseada. Para cumprir todas estas
condições, o trabalho deve realizar obras de abrigo, drenagem e contenção do terreno, construção de
edifícios para armazenamento de mercadorias, instalação de equipe operacional relevante e fornecer
pessoal adequadamente treinado.
4º - BOA ADERÊNCIA - O peso das âncoras utilizadas no ancoradouro dos navios representa apenas
uma pequena parte dos esforços que a solicitam. A amarração não é feita sem a âncora que prende o
fundo, portanto, o material que é o fundo deve oferecer boa aderência, melhor dito, que a âncora o
mantenha com aderência Boas ancoragens têm um fundo arenoso ou de argila nos seus vários tipos.
Os fundos de rocha e areia compacta não permitem boa aderência, e os fundos de rocha solta
apresentando rachaduras, emaranham as âncoras, forçando os navios, muitas vezes, a abandoná-los
no fundo.
5ª - MARGENS PLANAS - As margens do porto devem ser planas, oferecendo espaço suficiente
para a construção de armazéns, oficinas, tanques petróleo, silos, linhas ferroviárias, estações
marítimas, parques seleção, etc. Cada porto tem as suas próprias condições topo-hidrográficas e
geometeorológicas, aqueles que exigem uma acomodação inteligente aos requisitos técnicos do
projeto
Uma obra portuária obriga a um conhecimento prévio e firmado das condições do meio em que vai ser
desenvolvida para o cumprimento de determinada função. Com efeito, a execução de um projecto deste tipo
tem que ter em conta as condições naturais, nomeadamente de mar, marés e do terreno, não desprezando
o regime de ventos e condições climatéricas. A combinação destes factores com o tipo de utilização a dar à
estrutura portuária, irão condicionar determinadamente as características e morfologia da obra. O local de
implantação da estrutura portuária poderá oferecer condições mais ou menos favoráveis já que a sua escolha
é deliberada por imposições distintas relacionadas com condições do “hinterland”: localização das vias de
comunicação terrestres, das infraestruturas industriais e dos factores de produção. A escolha desse local
pode oferecer boas condições de abrigo e protecção à acção do mar, ou por outro lado exigir obras especiais
de defesa. As condições ideais de localização correspondem sempre à possibilidade de ser encontrada uma
bacia abrigada e com fundos a cotas suficientes para permitir o acesso dos navios ou embarcações, sem obras
adicionais de dragagem ou quebramento de rocha. No caso de não existirem tais condições naturais, torna-
se essencial realizar obras adicionais de abrigo, como molhes e quebramares, além de serviços de dragagem
que, muitas vezes, representam investimentos da mesma ordem de grandeza ou mesmo superiores aos
investimentos correspondentes às estruturas de acostagem. No caso de não serem encontradas condições
adequadas para implantação das obras na região costeira, recorre-se às chamadas instalações “offshore”,
nas quais os navios operam praticamente com os seus próprios recursos, mediante apoio de sistemas
auxiliares de bóias de fixação. É o caso de certos terminais petroleiros em mar aberto. A abordagem do tema
das obras e estruturas portuárias torna necessário que se faça uma classificação dos seus tipos principais,
segundo vários critérios.
É agora oportuno referir, de forma simples, os problemas mais básicos que os projectistas destes tipos de
obra encontram na sua abordagem ao problema. O projecto e dimensionamento destas obras envolvem
conhecimentos de natureza tipicamente multidisciplinar, a serem encontrados nas áreas da Hidrodinâmica
e Hidráulica Marítima, Geotecnia, Estática e Dinâmica das Estruturas, Engenharia Naval, Navegação e
Equipamentos, Operações e Planeamento Portuário.
Assim, no final da fase de estudos e projecto, deveremos obter os “layouts” relativos a: i) Bacia de rotação
necessária e fundos de serviço; ii) Estruturas de protecção portuária (quebramares); iii) Entrada do porto; iv)
Profundidade do canal de entrada; v) Largura do canal de entrada; vi) Alinhamento do canal de entrada;
vii)Estruturas acostáveis.
Numa fase preparatória dos trabalhos a realizar em obra, tem-se contacto com o projecto de execução e
documentos anexos que desempenham um papel importante na planificação da obra.
Além disto deve ter-se atenção ao nível de referência hidrográfico que o projecto se refere, tomando
conhecimento se no local da obra hà referências físicas precisas que mostrem, numa escala graduada, as
cotas referentes ao zero hidrográfico definido em projecto.
A Memória dá uma explicação da sequência de execução dos trabalhos e deve contemplar os seguintes
pontos: Descrição dos processos construtivos; Conclusões obtidas na análise do projecto; Os principais
condicionamentos dos processos construtivos e acções a realizar; Estudo mais cuidado sobre a estabilidade
estrutural nas diferentes fases construtivas e riscos na construção; Autorizações e licenças necessárias;
Medições mais representativas da obra; Procedimentos específicos de produção dos trabalhos mais
importantes; Pessoal associado às diferentes partes da obra; Identificação e disponibilidade de
equipamentos necessários; Listagem dos principais materiais, suas procedências, quantidades e cronograma
de fornecimento; Esquema do Plano de Trabalhos.
A mobilização, transporte e montagem dos equipamentos é demorada e tem influência directa nos processos
construtivos, pelo que tais trabalhos devem ser considerados como uma actividade do Plano de Trabalhos, o
que pode ocorrer nos seguintes casos: Os equipamentos de dragagem por vezes necessitam substituir alguns
dos acessórios de trabalho de acordo com o terreno a dragar, profundidades, etc; Batelões para transporte
de materiais; Gruas em pontões flutuantes; Docas flutuantes; Gruas terrestres de grandes dimensões, com
elementos específicos de elevação de peças, muitas vezes desenhados especialmente para a obra em causa.
Em todos os projectos de execução, é tomado certo a estabilidade de secções definitivas da obra ao longo da
sua concretização. No entanto, em certas ocasiões não está estudada a estabilidade em todas as fases
intermédias da obra. As fazes intermédias da obra condicionam todos os procedimentos de execução e os
prazos a cumprir. Assim, é muito importante verificar quais as fases construtivas intermédias consideradas no
projecto e os dados iniciais considerados. Os períodos de retorno e coeficientes de segurança adoptados devem
corresponder às necessidades e características específicas das fases construtivas de cada obra. Se em algum
caso, os estados intermédios não tiverem sido estudados no projecto, devem-se identificar e realizar estudos
ou ensaios suficientes para assegurar que as obras, nesses estados, têm a resistência necessária. Todos esses
ensaios e estudos devem ficar registados por escrito, comprovando o estado de segurança conseguido.