Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
net/publication/315045167
CITATIONS READS
0 306
2 authors, including:
Jony Eckert
University of Campinas
57 PUBLICATIONS 93 CITATIONS
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
Development of a Robust Control System for Emulating Real Driving Conditions in a Roller Chassis Dynamometer View project
All content following this page was uploaded by Jony Eckert on 15 March 2017.
DESENVOLVIMENTO DE UM MANUAL
PARA CONSTRUÇÃO DE RODAS D’ ÁGUA.
Passo Fundo
2010
Manual para construção de rodas d’água Jony Javorski Eckert
DESENVOLVIMENTO DE UM MANUAL
PARA CONSTRUÇÃO DE RODAS D’ ÁGUA.
Passo Fundo
2010
Banca Examinadora
Passo Fundo
2010
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11
1.1 Descrição do problema ............................................................................................. 11
1.2 Objetivos................................................................................................................... 11
1.3 Metodologia de trabalho ........................................................................................... 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 13
2.1 Histórico. (Mundo Mecânico, 1985) ........................................................................ 13
2.1.1 Aplicações de roda d’água.................................................................................... 18
2.1.1.1 Roda d’água acionando bomba hidráulica.................................................... 18
2.2 TIPOS DE RODAS D’ÁGUA ................................................................................. 20
2.2.1 Rodas de cima....................................................................................................... 21
2.2.1.1 Dimensionamento segundo Frederick Charles Lea (1930) .......................... 27
2.2.1.2 Dimensionamento segundo José de Mesquita (1958) .................................. 37
2.2.2 Rodas de lado (Macintyre) ................................................................................... 48
2.2.3 Rodas de baixo (Macintyre) ................................................................................. 54
2.2.4 Rodas flutuantes (Factory).................................................................................... 57
2.2.5 Rodas horizontais (Factory) ................................................................................. 58
2.2.6 Rodas de Poncelet (Factory) ................................................................................. 60
2.2.6.1 Dimensionamento segundo Frederick Charles Lea (1930) .......................... 62
2.3 MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE VAZÃO ............................................................... 68
2.3.1 Medição em pequenas vazões .............................................................................. 68
2.3.2 Medição em Vazões medianas ............................................................................. 69
2.3.3 Medição em vazões grandes ................................................................................. 71
2.4 DETERMINAÇÃO DA DIFERENÇA DE ALTURA ............................................ 73
2.4.1 Determinação através do agrimensor ................................................................... 73
2.4.2 Método do nível .................................................................................................... 76
2.5 MÉTODO PRÁTICO DE DETERMINAÇÃO DE TORQUE. ............................... 79
2.6 BOMBA DE PISTÃO ACIONADA POR RODA D’ÁGUA .................................. 80
2.6.1 Constituição e funcionamento do sistema ............................................................ 80
2.6.2 Acionamento por rodas de cima ........................................................................... 81
2.6.3 Acionamento por rodas de baixo .......................................................................... 82
2.6.4 Acionamento por rodas flutuantes ........................................................................ 82
2.6.5 Instalação, operação e manutenção ...................................................................... 83
2.6.6 Análise comparativa entre uso de carneiro hidráulico e bomba acionada por roda
d’água 84
2.7 FABRICANTES DE RODA D’ÁGUA ................................................................... 86
2.7.1 Fabricantes no mercado nacional ......................................................................... 86
2.7.2 Fabricantes no mercado internacional .................................................................. 89
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
RESUMO
Este trabalho visa efetuar um levantamento de dados a respeito do projeto e construção de rodas d’água
para aplicação em pequenas propriedades, com o intuído de aplicar no bombeamento d’água ou na geração de
energia elétrica.
O trabalho inicia com uma pequena revisão histórica, e um resumo das aplicações mais comuns de uma
roda d’água. A seguir são apresentados os diversos tipos de rodas bem como a que tipo de aplicação e condições
em que são melhor aproveitadas.
É realizado um levantamento bibliográfico a respeito dos diversos métodos de calculo em função dos
diversos autores encontrados na bibliografia.
Também são apresentadas ferramentas auxiliares para o levantamento de dados como determinação da
vazão e determinação das velocidades, bem como do desnível do terreno, dados estes a serem determinados em
campo.
Também e realizado um estudo a respeito de fabricantes no Brasil e no exterior.
Finalmente e realizada apresentação de dados do local onde será baseado o projeto.
1 INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade a roda d’água vem sendo usada como forca motriz de uma série
de equipamentos. Atualmente sua aplicação esta mais restrita ao acionamento de bombas de
pequena vazão e geradores elétricos de pequeno porte (corrente continua).
As rodas d’água são uma boa alternativa para o aproveitamento da energia cinética da
correnteza dos rios e da energia potencial das quedas d’água. São equipamentos de custo
relativamente baixo e possuem sua série de tamanhos podendo ser utilizadas tanto em vazões
pequenas como em vazões grandes.
Pode ser uma boa alternativa para o bombeamento de água onde não há acesso a
energia elétrica e a instalação de um motor a combustão se torna inviável, seja pelo custo ou
pela dificuldade de instalação.
Também são aplicadas no acionamento de geradores elétricos locais remotos ou que
nas possuam acesso à rede contanto que exista um ponto apropriado para sua instalação com
vazão e altura de queda suficiente.
1.2 Objetivos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Os primeiros usos da força da água foram desenvolvidos por meio de três dispositivos
distintos, os quais foram tão diferentes que cada tipo deve ser tratado como uma sequência
separada de invenções. O tipo mais simples e provavelmente o mais antigo desses dispositivos
foi à nora equipada com pás, de maneira que a pá era elevada pela força da correnteza da
água.
A seguir, por ordem de complexidade mecânica vem à roda de água horizontal usada
para acionar uma mó fixada diretamente ao eixo da roda. Esse tipo de dispositivo não poderia
ter sido derivado da nora, pois realmente não existem elementos mecânicos comuns aos dois
dispositivos.
A roda de água com rodas dentadas ou engrenagens também é uma invenção distinta.
O tratado de Fílon é uma representação aproximada da realização mecânica do terceiro século
a.C, Fílon descreve dois dispositivos para produzir um ruído de apito a intervalos regulares.
A seguir uma roda d’água baixa de projeto incomum, construída para acionar uma
correia de potes através de um mecanismo de correntes. Reconhece-se que o aparato exige um
grande volume de água com um fluxo rápido, de modo que é admitido que fosse um meio
dispendioso de se usar força.
Este tipo de nora mais desenvolvido costuma ser atribuído a Fílon (figura 1). O
movimento giratório da roda de pás (a) movida pela água é transmitido através de uma correia
(b) para um eixo superior (c), sobre o qual se encontra montado um tambor triangular (d).
Quando (d) gira, as jarras cheias d’água são trazidas para cima, onde são esvaziadas numa
pipa (e).
Porém, foram os saxões que popularizaram na Grã Bretanha o seu uso. As evidências
mais antigas se encontram em documentos que são as concessões pelo rei, que era de 762 DC.
E no censo de 1086 estão registrados mais de 5000 moinhos.
Na figura 3 é apresentado um tipo de moinho que era comum nos distritos franceses de
Provence e Dauphine. A água era conduzida para um vertedouro e acionava uma roda de eixo
vertical. A alavanca na janela do moinho era usada para fechar o vertedouro.
No texto de Sanchus Mor, um código irlândes, por volta de século III d.C., pode ser
identificado o uso de uma roda d’água horizontal. Na figura 5, é apresentado o eixo de um
moinho. O cubo da roda d’água e o exo vertical são talhados de um sólido pedaço de
carvalho. Em volta do cubo estão insridas dezenove aletas de carvalho. Na parte superior do
eixo era fixada a pedra do moinho.
A nora (figura 6) com suas jarras e pás, é considerado o tipo de roda d’água mais
antiga. Antes de entrar em uso, somente as jarras haviam sido montadas nas rodas que eram
giradas por força muscular.
As rodas d’água podem ter diversas aplicações no meio rural, desde aplicações
domésticas até aplicações industriais.
Entre as aplicações, se destacam:
• Roda d’água acionando bomba hidráulica;
• Roda d’água acionando gerador de corrente contínua;
• Roda d’água acionando moinho;
• Roda d’água acionando serraria.
As bombas acionadas por rodas d’água representam uma boa solução para o
bombeamento de água em propriedades rurais de qualquer natureza de atividade, sendo a
opção mais adequada quando se pretende um abastecimento eficiente prático, seguro e
econômico. Não utilizam energia elétrica ou combustível, pois são acionadas pela própria
água e dispõem de regulagens que possibilitam um perfeito funcionamento em diversas
condições de instalação durante todo ano. A empresa Rochfer (2009) fabrica rodas d’água
para acionar bombas de pistão desde a década de 1960.
De muita utilidade em sítios, fazendas e locais onde exista curso de água, é o sistema
de acionamento de uma bomba de êmbolo por meio de uma roda d’água, o eixo da roda
aciona dois excêntricos, cada um dos quais comanda uma biela e um êmbolo correspondente.
O sistema equivale a duas bombas de simples efeito, recalcando numa câmara de ar onde é
acoplada a tubulação de recalque. Variando-se a excentricidade do excêntrico consegue-se
variar o volume útil da câmara e, portanto, a descarga.
Conforme a rotação da roda e o passo do excêntrico, a bomba acionada pela roda pode
fornecer até 550 l/h, para uma altura de elevação de 20 m.
A figura 8 apresenta o exemplo de instalação de um sistema de bombeamento por roda
d’água acionado por roda d’água.
A equação (1) que fornece a potência útil dessas máquinas é a mesma aplicada nas
turbinas:
(1)
Onde:
• ρ = Massa especifica da água em temperatura ambiente corresponde a 1000
Kg⁄m ;
• g = Aceleração gravitacional sendo esta 9,81 m⁄s ;
• H = Altura de queda em metros, (m);
• Q = Vazão de água em metros cúbicos por segundo, (m ⁄s);
• η = Rendimento da roda;
• N = Potência gerada pela roda em watts, (w).
Principio de funcionamento
Segundo M. Breese (1869), estas rodas são constituídas de duas coroas circulares,
paralelas, tendo como fundo uma superfície cilíndrica, de onde partem os raios que são
fixados ao eixo por um sistema adequado. Paredes curvas, a guisa de pás, dividem o espaço
periférico formado pelas coroas e o fundo, em um determinado número de cubas iguais.
A água não exerce nenhuma ação de impulsão sobre as pás, como ocorre nas turbinas.
As pás funcionam apenas como paredes das cubas; sua forma curva visa permitir uma melhor
entrada de água e sua retenção num maior ângulo de inclinação da cuba.
Dimensionamento
A velocidade vo de saída de água no canal adutor deve ficar entre 3 a 3,5 m/s e para
isso a profundidade Ho do filete médio deve ser da ordem de 0,50 a 0,70 m, pela equação (2):
k2 (2)
Sendo:
• g = Aceleração gravitacional sendo esta 9,81 m⁄s ;
• Ho = Altura de queda em metros, (m);
• k = Coeficiente que leva em conta as perdas por atrito de água nas proximidades da
saída do canal adutor;
• vo = Velocidade de saída de água no canal adutor em metros por segundo (m/s).
Onde:
• bo = Largura do jato em metros, (m);
• b = Largura da cuba em metros, (m).
= (4)
Onde:
• Q = Vazão de água em metros cúbicos por segundo, (m ⁄s);
• bo = Largura do jato em metros, (m);
• vo = Velocidade de saída de água no canal adutor em metros por segundo (m/s);
O jato que sai horizontalmente tem para linha média uma parábola cujo foco F dista f
do seu vértice P como pode ser visto na figura 12, sendo f descrito pela equação 5. Contanto
que a resistência do ar ambiente seja desprezada.
!
"
(5)
# (6)
Onde:
• f = Fator de fricção;
• vo = Velocidade de saída de água no canal adutor em metros por segundo (m/s);
• g = Aceleração gravitacional sendo esta 9,81 m/s2;
• k = Coeficiente que leva em conta as perdas por atrito de água nas proximidades da
saída do canal adutor;
• Ho = Altura de queda em metros, (m).
Para facilitar o traçado da curva da pá, esta parábola deve ser desenhada, o que é feito
por um dos processos gráficos conhecidos.
Para traçar a trajetória AB da água consideremos uma das partículas que percorre a
linha média do jato. Admitindo não existir resistência ao escoamento do jato, a componente
horizontal da velocidade instantânea da partícula não sofre alteração e se mantém igual à vo,
enquanto a componente vertical está submetida à aceleração g. Se a roda girar com velocidade
angular constante, prova-se que, da combinação desses dois movimentos, resulta uma
trajetória relativa retilínea.
Assim sendo, para seu traçado basta determinarmos apenas dois de seus pontos. No
instante to a partícula atinge a pá no ponto A, e num instante após estará no ponto B’ de sua
trajetória absoluta, ponto esse que dista horizontalmente vo de A”. Para determiná-lo basta
marcar o ponto B”, afastado vo de A, e baixar a vertical B”B’. O plano meridiano OB’ no
instante to encontrava-se em OA’, fácil de marcar porque A’ dista de A” de um arco de
comprimento igual a v1. Assim o ponto B’ no instante to, se encontrava em B, que é o segundo
ponto procurado.
À distância Y deve ser escolhida de modo a não permitir que a circunferência externa
de raio R, que passa por A, possa atingir a lâmina que forma o fundo do canal adutor. O raio R
é obtido no desenho e escolhido de maneira que a parte inferior da roda fique um pouco acima
do nível máximo da água no canal de descarga, para que seu movimento não seja perturbado.
Onde:
• ’= Altura em metros do ponto localizado no cruzamento da linha de centro do jato
com a perpendicular (linha azul) que parte do cruzamento da linha tangente à raiz
da pá (linha verde), com a linha (lilás) tangente a pá e que passa no ponto onde a
linha horizontal que parte da ponta da pá posterior (linha marrom) cruza a linha de
centro do jato;
• ” = Altura em metros do ponto onde a linha horizontal que parte da ponta da pá
posterior (linha marrom) se alinha em 90° com o ponto ’ (linha vermelha).
. 2/ + 2 2/ + 3 (9)
Sendo:
• R = Raio da roda em metros, (m);
• z = Número de raios da roda.
Pode se notar que as rotações neste caso são baixas devido ao grande diâmetro
proposto. Contudo existem rodas de menores diâmetros que podem apresentar rotações mais
elevadas.
As rodas de cima não são adequadas para vazões muito grandes ou muito baixas,
sendo utilizada para quedas de 2 a 20 metros.
No triangulo de velocidades, a velocidade na periferia da roda é v, e a velocidade da
água é U. A ponta da pá deve estar paralela com v, como mostra a figura 15.
0 1 2 (10)
Onde:
• vo = velocidade de aproximação da água no canal em metros por segundo, (m/s);
• H = Altura de queda em metros como mostra figura 16;
• g = Aceleração gravitacional sendo esta 9,81 m/s2;
• U = Velocidade média da água na entrada da roda em metros por segundo, (m/s).
2 34 ∅
1
(11)
Sendo:
• v = Velocidade periférica da roda em metros por segundo, (m/s);
• U = Velocidade média da água na entrada da roda em metros por segundo, (m/s);
• ∅ = Ângulo entre a velocidade periférica (v) e a velocidade da água (U) como
mostra a figura 17.
v=0.9U (12)
Onde:
• v = Velocidade periférica da roda em metros por segundo, (m/s);
• U = Velocidade média da água na entrada da roda em metros por segundo, (m/s).
Mantida a relação proposta acima, à água deve entrar na roda e a altura de queda não
deve ser menor que a indicada na equação 13:
2! 6. !
" "
(13)
Sendo:
• v = Velocidade periférica da roda em metros por segundo, (m/s);
• U = Velocidade média da água na entrada da roda em metros por segundo, (m/s);
• H= Altura de queda d’água em metros, (m).
A altura de queda total sem a roda é h, portanto diâmetro da roda deve estar entre h
e ℎ8 dado pela equação 14:
6. !
ℎ8 ℎ − (14)
"
Onde:
• v = Velocidade periférica da roda em metros por segundo, (m/s);
• g= Aceleração gravitacional em metros pro segundo quadrado, (m/s2);
• h = Altura de queda total sem a roda em metros, (m);
• ℎ8 = Diâmetro mínimo da roda em metros, (m).
Potência da roda:
Sendo:
• D = Diâmetro da roda em metros, (m);
• N = Número de canecos.
A profundidade do caneco é calculada pela equação 16, sendo entre 0.25 m e 0.5 m.
: = 9 =6 (16)
Onde:
• r2= Raio externo da roda em metros, (m);
• r1= Raio interno da roda em metros, (m) como mostra a figura 18.
@A
>? : (17)
B
Onde:
• d = Profundidade do caneco em metros, (m);
• D = Diâmetro da roda em metros, (m);
• N = Número de canecos;
• b = Largura da caneca em metros, (m);
• Cap = Capacidade de cada caneca em metros cúbicos, (m3).
@A BC
#: B @
(18)
DEAC
(19)
E isolando a variável k:
# EAC (20)
Onde:
• Q= Vazão em metros cúbicos por segundo, (m3/s);
• ω = Velocidade angular radianos por segundo, (rad/s);
• d= Profundidade do caneco em metros, (m);
• b = Largura da caneca em metros, (m);
• D = Diâmetro da roda em metros, (m);
• k = Parâmetro adimensional.
W = ; (21)
Onde:
• ρ = Massa especifica da água em temperatura ambiente corresponde a 1000
Kg⁄m ;
• g = Aceleração gravitacional sendo esta 9,81 m⁄s ;
• H = Altura de queda em metros, (m);
• Q = Vazão de água em metros cúbicos por segundo, (m ⁄s);
• e = Corresponde à eficiência da roda;
• W = Potência gerada pela roda em watts, (w).
F
GHDEACI" (22)
Sendo:
• ρ = Massa especifica da água em temperatura ambiente corresponde a 1000
Kg⁄m ;
• g = Aceleração gravitacional sendo esta 9,81 m⁄s ;
• H = Altura de queda em metros, (m);
• Q = Vazão de água em metros cúbicos por segundo, (m ⁄s);
• e = Eficiência da roda;
• W = Potência gerada pela roda em watts, (w);
• D = Diâmetro da roda em metros, (m);
• k = Parâmetro adimensional calculado na equação 20;
• d= Profundidade do caneco em metros, (m);
• b = Largura da caneca em metros, (m).
Como a roda gira a água nas canecas, as forças centrifugas tomam a forma curva.
Considerando uma partícula de água de massa m e raio r igual à CB do centro da roda
até a superfície da água, como é demonstrado no esquema da figura 19.
LC ! M
JK (23)
"
Onde:
• Fc = Força centrífuga em Newton, (N);
• m = Massa do fluido em kg;
• ω = Velocidade angular em radianos por segundo, (rad/s);
• r = Raio da roda em metros, (m).
Portanto:
NO NO L
QR! S
(24)
OP M
T
Simplificando:
"
U> C! (25)
Toda a velocidade do fluido é perdida nas bordas das canecas. Como a água cai nas
canecas de uma distancia vertical EM como mostra a figura 20, a velocidade aumenta pela
ação da gravidade, mas se perde nas bordas por atrito.
A direção da ponta da caneca não é paralela à velocidade Vr, a água entra causando
choque, e isso causa perdas. A perda total nas bordas e pelo choque pode, portanto ser descrita
pelas equações 26 e 27:
W!
V 76 # "
S
(26)
2!
V 76 #6 " (27)
Onde:
• k e k1 = Coeficientes calculados pela equação 20;
• h1 = Distancia vertical EM;
• U = Velocidade média da água na entrada da roda em metros por segundo, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional, (m/s2);
• P = Perdas por atrito e por choque.
A água começa a levar as canecas antes do nível do canal. Isso é aumentado com a
força centrifuga.
A água leva as canecas com velocidade igual à velocidade periférica da roda.
Se o nível d’água na parte de baixo da roda aumentar causara mais perdas, devido ao
impacto na água que fica embaixo da roda no curso do córrego nas canecas e a tendência das
canecas de levantar a água na subida da roda.
A eficiência hidráulica máxima em um nível médio de fluxo d’água possível é definida
pela equação 28:
\ ! \!
XYZXQ [ S [ ]
;
!T !T
(28)
X
\ ! \!
XYZD^ X^ [D_ X_ [XQ [D S [ ]
;
!T !T
(29)
X
W! !
; " " (30)
Sendo:
• hm = Altura media acima do nível do canal onde a água leva as canecas em
metros;
• g = Aceleração gravitacional, (m/s2);
• v = Velocidade periférica da roda em metros por segundo, (m/s);
• vr = Velocidade relativa da água em metros por segundo, (m/s);
• k, k1ek0 = Coeficientes calculados pela equação 20;
• e = Eficiência, (entre 60% e 89%.).
Parâmetros de Dimensionamento
Hb (m) 4 8
h (m) 0,15Hb 0,1Hb
vo (m/s) 2,4 3,3
u (m/s) 1,2 2
n (rpm) 8 4
Onde:
• h = Altura de carga em metros, (m);
• Hb = Altura bruta de queda em metros, (m);
• vo = Velocidade da água no extremo da bica em metros por segundo, (m/s);
• u = Velocidade de arrastamento em metros por segundo, (m/s);
• n = Rotação da roda em rpm.
A velocidade da água (vo) corresponde à velocidade com que a água sai do canal no
ponto M e entra na roda, como mostra a figura 23.
1 μ27 (31)
Onde:
• vo = Velocidade da água no extremo da bica em metros por segundo, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional, (m/s2);
• h = Altura de carga em metros, (m);
• µ =Coeficiente de comporta dado pela tabela 2:
Comporta µ
Vertical 0,65 a 0,7
Inclinada 1:2 0,75
Inclinada 1:1 0,8
a (32)
Sendo:
• vo = Velocidade da água no extremo da bica em metros por segundo, (m/s);
• Q = Vazão em metros cúbicos por segundo, (m3/s);
• so = Seção transversal de saída da comporta em metros quadrados, (m2).
a (33)
4
(34)
Onde:
• so = Seção transversal de saída da comporta em metros quadrados, (m2);
• ao = Espessura da lâmina d’água em metros, (m);
b 9 0,1 (35)
Onde:
• bo = Largura da lâmina d’água em metros, (m);
• B = Largura da roda em metros, (m) dada pela tabela 3.
d I
< = − cℎ +
+ e tan i + 6jj
^
+ 0,03k (36)
Sendo:
• ao = Espessura da lamina d’água em metros, (m);
• h = Altura de carga em metros, (m);
• Hb = Altura bruta de queda em metros, (m);
• D = diâmetro da roda em metros, (m);
• H1 = 1,5Hb;
• β = Ângulo de inclinação do sistema de saída d’água como mostra a figura 24;
• L = distancia do sistema de controle de vazão até o ponto onde a água começa a
queda como mostra a figura 25
"d
16 l1 mnop 20,03 (37)
Onde:
• ao = Espessura da lâmina d’água em metros, (m);
• β = Ângulo de inclinação do sistema de saída d’água;
• vo = Velocidade da água no extremo da bica em metros por segundo, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional, (m/s2);
• v1 = Velocidade de entrada da água na roda em metros por segundo, (m/s).
^
q6 (38)
Onde:
• v1 = Velocidade de entrada da água na roda em metros por segundo, (m/s);
• u1 = Velocidade de arrastamento em metros por segundo, (m/s).
sjt^
r (39)
@A
Sendo:
• u1 = Velocidade de arrastamento em metros por segundo, (m/s);
• D = Diâmetro da roda em metros, (m);
• n = Rotação da roda em rpm.
Onde:
• te = Passo externo em metros, (m);
• e = Distancia entre o ponto onde a água deixa o canal a linha de centro da roda
como mostra a figura 26. Os valores de e se encontram na tabela 3.
@A
v (41)
wx
Sendo:
• te = Passo externo em metros, (m);
• D = Diâmetro da roda em metros, (m);
• Z = Número de alcatruzes.
y
V y8 (42)
Onde:
• P = Volume de enchimento;
• q = Quantidade de água que cai em cada alcatruz em metros cúbicos, (m3);
• q’= Volume de cada alcatruz em metros cúbicos, (m3).
AYH
z 8 ;b*H A
(43)
Sendo:
• q’= Volume de cada alcatruz em metros cúbicos, (m3);
• e = Distancia entre o ponto onde a água deixa o canal e o ponto onde ela entra na
roda em metros, (m);
• te = Passo externo em metros, (m);
• D = diâmetro da roda em metros, (m);
• B = Largura da roda em metros, (m) dada pela tabela 3.
O volume de água que entra em cada alcatruz é fornecido pela equação 44.
sj
z (44)
{|
Onde:
• q = Quantidade de água que cai em cada alcatruz em metros cúbicos, (m3);
• n = Rotação da roda em rpm;
• Z = Número de alcatruzes;
• Q = Vazão em metros cúbicos por segundo, (m3/s).
.6 76 $1 9 μ ( (45)
Sendo:
• µ = Coeficiente de escorregamento;
• z1= Perda na saída da comporta em metros, (m);
• h1 = Distância entre o nível superior da água e a entrada na roda, em metros, (m),
como mostra a figura 27.
}^ !
. (46)
"
Onde:
• z2 = Perda na entrada da roda em metros, (m);
• g = Aceleração gravitacional, (m/s2);
• w1 = Velocidade relativa em metros por segundo, (m/s) calculada através da
equação 47.
Sendo:
• w1 = Velocidade relativa em metros por segundo, (m/s);
• v1 = Velocidade absoluta em metros por segundo, (m/s);
• u1 = Velocidade tangencial em metros por segundo, (m/s);
• α1 = Ângulo de entrada do fluido na roda. Como mostra a figura 28
Figura 28 - Ângulo α.
Fonte:Máquinas Hidráulicas
Como pode ser visto na figura acima o ângulo α é formado entre o vetor da velocidade
de tangencial (u1), e o vetor resultante (v1).
As perdas por queda antecipada da água no alcatruz são definidas pela equação 48.
Onde:
• z3 = Perda no alcatruz em metros, (m);
• Hb = Altura bruta de queda em metros, (m).
As perdas por energia cinética na saída da rodas são dadas pela equação 49.
t^ !
. "
(49)
Sendo:
• z4 = Perdas na saída da roda em metros, (m);
• u1 = Velocidade tangencial em metros por segundo, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional, (m/s2).
A perda da altura hl no vértice inferior da roda sobre o canal de fuga pode ser definida
pela equação 50.
. 7 (50)
Onde:
• z5= Perda no vértice inferior da roda em metros, (m);
• hl = Diferença de altura entre a parte inferior da roda e a superfície da água como
mostra a figura 29.
. .6 . . . . (51)
Sendo:
• z1= Perda na saída da comporta em metros, (m);
• z2 = Perda na entrada da roda em metros, (m);
• z3 = Perda no alcatruz em metros, (m);
• z4 = Perdas na saída da roda em metros, (m);
• z5= Perda no vértice inferior da roda em metros, (m);
• z = Perda total em metros, (m).
I Y
X (52)
I
Onde:
• z = Perda total em metros, (m);
• Hb = Altura bruta de queda em metros, (m);
• = Rendimento hidráulico.
GI
H
X (53)
Onde:
• X = Rendimento hidráulico;
• = Rendimento volumétrico;
• H = Potencia efetiva em CV;
• ρ = massa especifica da água em temperatura ambiente corresponde a 1000
⁄ ;
• Q =Vazão em metros cúbicos por segundo, (m3/s);
• Hb = Altura bruta de queda em metros, (m).
Principio de funcionamento
Nestas rodas a água motriz começa a atuar numa zona situada aproximadamente à
altura do eixo ou acima, e age simultaneamente por peso e por velocidade como mostra a
figura 30.
São máquinas empregadas para quedas topográficas compreendidas entre 1,50 a
6,00m. Sua constituição muito se assemelha à das rodas de cima, salvo quanto ao perfil das
pás que obedece a critério bem diverso, porque deve receber impulsão da água sem choque.
Essas rodas são providas de um distribuidor rudimentar, possuindo de dois a quatro canais
destinados a orientar convenientemente a água que se dirige a roda. O distribuidor divide a
corrente líquida em lâminas de espessura mínima de 6 cm para evitar entupimentos, que são
lançados à roda com ângulo conveniente para garantir a entrada sem choque.
Dimensionamento
B
Q = G"I (54)
Onde:
• ρ = Massa especifica da água em kg por metro cúbico, (kg/m3);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• H = Altura de queda em metros, (m);
• Q = Vazão de água em metros cúbicos por segundo, (m ⁄s);
• η = Corresponde ao rendimento da roda;
• N = Potência gerada pela roda em watts, (w).
Q’ (55)
Onde:
• Q’ = Vazão correspondente a cada pá em metros cúbicos por segundo (m ⁄s( ;
• Q = Vazão total em metros cúbicos por segundo (m ⁄s( ;
• np = Número de pás.
’
a6 (56)
Onde:
• Q’ = Vazão correspondente a cada pá em metros cúbicos por segundo (m3/s), dado
pela equação 55;
• bo = Largura da lâmina em metros ,(m);
• v’ = Velocidade da água no na entrada da roda em metros por segundo (m/s);
• s1 = Altura da seção transversal do canal em metros, como pode ser visto na figura
31.
Admitindo que a água deixe a roda com a mesma velocidade u, teremos para altura he
do lençol líquido, no canal de descarga, que pode ser definida pela equação 57.
7H ’ (57)
Sendo:
• he = Altura do lençol liquido no canal de descarga em metros, (m);
• Q = Vazão total em metros cúbicos por segundo, (m ⁄s( ;
• u’ = Velocidade periférica da roda em metros por segundo, (m/s);
• ’= Altura em metros do ponto localizado no cruzamento da linha de centro do jato
como demonstrado na figura 30.
Onde:
• a = profundidade da pá em metros, (m);
• h = altura do lençol líquido no canal de descarga em metros, conforme mostra a
figura 32.
Se isto não acontecer, devemos escolher outra posição para o ponto B ou alterar a
velocidade u.
’
a (59)
Onde:
• s = Espessura do canal na entrada e saída em metros, (m);
• Q’ = Descarga em cada canal dado pela equação 55;
• bo = Largura da lamina em metros, (m);
• v’ = Velocidade do jato em metros por segundo, (m/s).
Na saída do canal podemos admitir que o filete médio passe pelo centro de figura da
seção do canal. Já o mesmo não ocorre na seção de entrada devido à sensível variação da
velocidade ao longo da vertical Ao A’, pois esta varia na razão da raiz quadrada da
profundidade. Na prática podemos considerar Ao A’ como sendo 0,4 do desnível entre A e S1
representado pela linha vermelha, como pode ser visto na figura 34.
∆H A s1
Principio de funcionamento
Estas rodas são as de mais baixo rendimento, não ultrapassando 0,65. Sua
característica consiste na água atuar numa zona sensivelmente abaixo do nível do eixo de
rotação. Neste tipo de máquina a água atua quase que exclusivamente por velocidade, tal
como ocorre nas turbinas como é demonstrado na figura 35.
A roda é empregada para quedas inferiores a 1,5m, o vertedor pode ter o fundo fixo ou
possuir um dispositivo que permite variar sua altura como pode ser visto na figura 36, para
controlar a descarga nos casos de possíveis elevações do nível de água no canal adutor.
Figura 36 - Representação de uma roda de baixo, juntamente com o sistema regulador de vazão.
Fonte: Máquinas motrizes hidráulicas
Dimensionamento
Onde:
• k’= 0,45 a 0,50, segundo o estado da superfície do fundo do vertedouro;
• bo = Largura da lâmina em metros, (m);
• so = Espessura do canal na entrada e saída em metros, (m);
• g = Aceleração gravitacional 9,81 m⁄s ;
• Q = Descarga em (m ⁄s).
Admite-se que o filete médio passe horizontalmente por um ponto A situado a uma
profundidade há tirada da equação 61:
k’ a ha 2 ℎd (61)
Sendo:
• k’= 0,45 a 0,50, segundo o estado da superfície do fundo do vertedouro;
• bo = largura da lamina em metros, (m);
• ha = altura de queda em metros, (m);
• g = aceleração gravitacional 9,81 m⁄s ;
• Q = descarga em (m ⁄s).
Essa equação indica a vazão dividida em duas partes iguais pela superfície cilíndrica
de geratriz e tendo para diretriz o filete. Considera-se o filete comum uma parábola de eixo
vertical e distância focal descrita pela equação 62.
6j
UJ 66 7d (62)
Escolhida a velocidade periférica u da roda, que deve estar compreendida entre 1,40 a
1,70m/s, pode-se desenhar o paralelogramo das velocidades e dele retirar o valor do ângulo
que a velocidade relativa w deve fazer com o vetor u, como mostra a figura 37.
A pá tem para perfil uma curva tangente ao vetor w no seu bordo de entrada. Esta
imposição não permite respeitar a condição de saída vertical no ponto E.
As larguras b da roda e b’ do canal de escapamento são determinadas do mesmo modo
que no caso das rodas de lado.
O cálculo de he o mesmo já demonstrado, e a profundidade a da cuba varia entre 1/3 a
2
/3 do raio R, não devendo ser inferior às 2h e para que a água jamais atinja o fundo da cuba.
Vejamos os dados característicos do emprego das rodas de baixo:
• H de 0,4 a 1,5 m;
•
Q até 3 m ⁄s;
• n de 2 a 6 rpm;
• D de 2,0 a 6,0 m;
• N de 0,50 a 0,65.
Principio de funcionamento
Histórico
Desenhado por um francês chamado Benoit Fourneyron em 1834. Foi o resultado final
do esforço dos franceses para projetar equipamentos mais eficientes para explorar os seus
fluxos de energia.
A roda de Fourneyron pode lidar com qualquer cabeça de menos de 30 centímetros
até várias dezenas de metros, chegando a eficiências de até 85%. Isso se deve a capacidade de
poder lidar com fluxos muito maiores que as rodas convencionais e operar com rotações
muito maiores.
Principio de funcionamento
O projeto deste equipamento é hoje tão bom como foi na década de 1830.
A empresa Factory escolheu o desenho Fourneyron para a produção de rodas
horizontais por ser um projeto simples com lâminas dobradas apenas em uma via ao contrário
da maioria das modernas turbinas que torcem suas lâminas.
As lâminas devem ser feitas para exata "geométrica" especificada, por isso é
necessário informatizar as equações originais e especificações para que se possa cortar as
peças individuais com um sistema de corte a laser, em seguida soldá-las juntas em uma versão
moderna do corredor inicial, o que reduziu o custo de fabricação pela metade.
O aço moderno de que são feitas as rodas atualmente é muito mais resistente e tenaz
do que os materiais de antigamente, o que reduziu o tamanho e peso da roda.
A roda Fourneyron é do tipo de escoamento. Isto significa que você pode ver a ação
como a água sai tudo do lado de fora da turbina. Ela não precisa de tubo de sucção e você
pode posicioná-la acima, logo abaixo, ou completamente sob a água com excelente eficiência.
Histórico
Planejada em 1824 por Jean Victor Poncelet, consiste no principio de uma pá curva
com o seu lábio dobrado tangencialmente para eliminar o impacto para perto de zero. Foi à
primeira roda projetada para atender os princípios avançados da física hidráulica,
estabelecendo assim um precedente para todos os projetos posteriores. A roda de Poncelet
conseguia extrair o dobro de potência que uma roda de baixo com o mesmo fluxo de água.
Em 1820 a Grã-Bretanha e da Europa estavam no meio da grande revolução
industrial. O governo da França e outros ofereciam prêmios e grandes honras para os
designers de rodas d’água que desenvolvessem um projeto mais eficiente. Muitas das
melhores mentes da época estavam envolvidas na procura de energia adicional para a sua
indústria. .
Estima-se que havia mais 60.000 rodas de exploração de água na França, em meados
de 1829. Muitos dos córregos nas áreas industriais da França eram bastante planos. Jean
Poncelet estudou as rodas de baixo, o menos eficiente de todas as rodas d’água, e desenvolveu
um design que mais do que duplicou a sua eficiência. Seu projeto repercutiu com sucesso
imediato. Os operadores de moinho estavam bem familiarizados com as limitações de suas
antigas rodas de baixo e imediatamente reconheceram a superioridade do design Poncelet.
Vários fabricantes produziram as novas rodas de Poncelet imediatamente, sem esperar
por anos de testes. A Academia de Ciências Francês adjudicado Poncelet seu “Grande Prémio
de Mécanique”. Nos próximos anos, muitas outras rodas Poncelet foram instaladas
principalmente na França e na Alemanha.
Principio de funcionamento
dobrado tangencialmente para a entrada de água de modo a eliminar o impacto para perto de
zero. As lâminas desta nova roda também recuaram, antes que a entrada de água na metade da
sua velocidade. Na roda Poncelet, a água subiu até a inclinação em curva, cerca de 150 após a
entrada e recuando para o lábio em outro de 15° praticamente desprovida de todo o seu
ímpeto para frente, assim, transferindo substancialmente todos os seus recursos energéticos
para a roda. A água é mandada para a roda de um parapeito que prorroga por 15° de cada lado
do ponto morto inferior. Isso deu ao Poncelet uma eficiência potencial de 100%, com uma
eficiência real realizado de 60% para 70%.
Eficiência
A eficiência da pá reta que impulsiona a roda é muito pequena, isso se deve a grande
quantidade de energia perdida no choque, e a rotação ser baixa com qual a água leva a roda na
direção do seu movimento.
A eficiência da roda é dobrada quando as pás assumem a direção e formato que entrem
em paralelo com a velocidade relativa da água, como pode ser visto na figura 42.
1M 76 2 (63)
Onde:
• h1 = Altura de queda da água em metros, (m);
• vr = Velocidade relativa da água em metros por segundo, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2).
t! ! t^ !
"
9 "
(64)
! ! ^ !
Y
!T
! !
!T
(65)
!T
t !
E= 1-t^ ! (66)
!
Onde:
• u2 = Velocidade tangencial na saída em metros pro segundo (m/s);
• u1 = Velocidade tangencial na entrada em metros pro segundo (m/s);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• E = Eficiência hidráulica;
• τ = Trabalho desenvolvido pela roda.
Onde:
• u = Velocidade tangencial em metros pro segundo (m/s);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• H = Altura de queda em metros, (m);
• hf = Fator que considera as perdas hidráulicas;
• E = Eficiência hidráulica levando em conta as perdas.
A água entra pela roda por todos os pontos entre Q e R como pode ser visto na figura
(44), e para não haver choques o leito do canal PQ, que provavelmente é feito na forma e
direção do fluxo, onde as entradas da roda estão num ponto entre R e Q provavelmente feito
com ângulo ∅ com o raio da roda em A.
Como O é o centro desenha-se um circulo tangente linha AS o qual faz ângulo ∅ com o
raio AO. Pegando vários outros pontos na circunferência da roda entre R e Q e formando
tangentes ao circulo STV. Na curva PQ estão desenhadas essas varias tangentes, e as linhas de
fluxo estão paralelas com PQ, à água entrará entre R e Q fazendo um ângulo ∅ constante
como raio, sem se chocar com A.
A velocidade da água u enquanto ela se move pelo canal PQ é definida pela equação
(68), e o coeficiente de velocidade Kv na maioria dos casos provavelmente esta entre 0.90 e
0.95 adotando –se um valor médio de 0.925 .
0 # 2 (68)
Onde:
• U = Velocidade tangencial em metros por segundo, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• H = Altura de queda em metros, (m);
• Kv = Coeficiente de velocidade normalmente 0,95.
O diâmetro da roda não deve ser menor que 10 pés aproximadamente 3 metros quando
for curvada e não deve ser menor que 15 pés ≅ 4,6 metros quando a pá for reta, tendo de ser
considerando as perdas por choque na entrada, durante a variação do ângulo ∅ que o fluxo faz
nas pás entre R e Q. A água quer subir nos reservatórios a uma altura quase igual a $v ⁄2g) e
desde que a água entre primeiro no ponto R, a pá esta profunda demais, o despejo entre a pá e
o fundo da roda não deve ser menor que 3/8 in ≅ 9,5 mm
O perímetro entre as pás consecutivas deve ser de 8 in a 18 in, ou seja, ente
aproximadamente 20 e 45,5 cm.
Sendo H a altura da superfície da água tendo como referência à parte mais baixa da
roda a velocidade U é definida pela equação 69:
0 = 0,922 (69)
j,"I
r = @A
(71)
Onde:
• n corresponde ao numero de rotação por minuto;
• D representa o diâmetro da roda em metros, (m);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• H = Altura de queda em metros, (m).
O coeficiente de rotações do orifício varia em torno de 0,6, isto para uma borda afiada
e 1 para borda arredondada, e fica em torno de 0,8 para um orifício em forma de borda lisa.
Sendo:
• c = Coeficiente de rotação do orifício;
• t =Profundidade da concavidade da pá em metros, (m);
• b = Largura da pá em metros, (m);
• Q = Vazão em metros cúbicos por segundo, (m3/s);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• H = Altura de queda em metros, (m).
,.3.w."I.I
= (73)
j
Onde:
• c = Coeficiente de rotação do orifício;
• t =Profundidade da concavidade da pá em metros, (m);
• b = Largura da pá em metros, (m);
• g = Aceleração gravitacional em metros por segundo ao quadrado, (m/s2);
• H = Altura de queda em metros, (m);
• N = Potência em Hp.
U1 (74)
Sendo:
• Q (vazão) em metros cúbicos pro segundo, (m3/s);
• A (área) em metros quadrados, (m2);
• v (velocidade) em metros por segundo, (m/s).
W
L 6jjj
(75)
Onde:
• Vm= Volume em metros cúbicos (m3);
Esse tipo de medida é viável para vazões que não sejam maiores que algumas centenas
de litros por segundo.
Se a vazão for maior, há outras formas de medi-la, embora sejam mais trabalhosas.
4. A largura do corte tem que ser superior ao triplo da altura. Não pode ser muito
pequena, senão a água cobre o corte e inviabiliza a medida; nem muito grande,
senão a água escoa numa lâmina muito fina, o que dificulta a medição;
5. O corte deve Ter bordos chanfrados de 45° para evitar turbulências que
prejudiquem a medição;
6. Depois disso mede-se a altura da água em relação ao fundo do corte. Para isso:
1. Coloca-se uma estaca num ponto (dentro do córrego) que seja acessível da
margem e distante da represa de cerca de um metro;
2. Enfia-se a estaca até que a parte superior dela esteja no mesmo nível do fundo
do corte;
3. Prende-se uma régua na parte superior da estaca, em posição vertical, e mede-
se na régua, a altura (A) da água.
. e (76)
Sendo:
• Q = Vazão em metros cúbicos por segundo, (m3/s);
• L = Largura do canal em metros, (m);
• S = Fluxo correspondente à altura do corte retangular, (m2/s), o qual consta na
tabela 4.
Se o curso de água for demasiadamente grande para não permitir nenhuma das
medidas anteriores, pode-se usar outra técnica que, embora menos precisa que as anteriores,
não produz erros significativos em grandes vazões:
U e. VL (77)
Onde:
• A = Área do córrego em metros quadrados, (m2);
• L = Largura do córrego em metros, (m);
• Pm = Profundidade media do córrego, (m).
E
1a w
(78)
Onde:
• vs = Velocidade superficial do córrego em metros por segundo, (m/s);
• d = Distância em metros entre as estacas, (m);
• t = Tempo de deslocamento da madeira em segundos, (s).
1 0,81a (79)
Sendo:
• vm = Velocidade media do córrego em metros por segundo, (m/s);
• vs = Velocidade superficial do córrego em metros por segundo, (m/s).
Segundo Hans W. Hamm (1976), para o dimensionamento das rodas d’água e das
bombas a elas acopladas é necessário o conhecimento da altura de queda ou elevação do
fluido. A diferença de altura é o fator predominante na velocidade do fluido e na diferença de
potencial do mesmo.
A diferença total de altura é a soma de todos os ∆hs como demonstrado na figura 52:
7. Executar quantas medições for necessário até se atingir o nível inferior, como
mostra a figura 57.
Portanto neste caso a diferença de altura total ∆hT é dada pela equação (80).
Segundo O. W. Monson e Armin J. (1976), para uma avaliação do torque real da roda
pode-se utilizar um sistema como o da figura 59 que possibilita a obtenção do torque através
de um sistema de polias e pesos.
O cabo deve ser acoplado à roda e a um dispositivo que permita a elevação de pesos,
que devem ser de massa conhecida, consequentemente quanto maior for à massa elevada pelo
sistema maior será o torque da roda.
Uma bomba alternativa pode ser caracterizada como aquela que possui movimento de
vai e vem de um pistão ou êmbolo, podendo seu para frente e para trás ou para cima e para
baixo, diferindo do funcionamento das bombas centrífugas e rotativas que possuem
movimento circular.
O movimento circular da roda é transformado em movimento retilíneo, por meio de
excêntricos instalados na extremidade do eixo de transmissão da roda d’água, cada um dos
quais comanda uma biela e um pistão correspondente. Durante o movimento alternado de vai
e vem um dos pistões, pelo sentido do seu deslocamento, cria uma depressão (vácuo) abrindo
a válvula de sucção, permitindo, assim, a entrada de água no cilindro devido à ação da pressão
atmosférica reinante do reservatório de sucção (a escorva ocorre automaticamente – bomba
autoescorvante).
Neste mesmo tempo, o outro pistão, pelo seu movimento, desloca ou força a abertura
da válvula de descarga e a água escoa para fora do cilindro contra a pressão resultante da
carga dinâmica. Um dos inconvenientes da bomba de pistão se prende ao movimento
intermitente da água recalcada. Esse inconveniente é atenuado com emprego de câmaras de ar
que funcionam como se fossem uma mola, tendendo a regularizar o jato d’água como pode
ser visto na figura 60.
Método mais eficiente à água é levada até a roda através de um tubo PVC rígido ou de
uma calha de madeira, alvenaria ou chapas de aço. A bica ou calha deve ter dimensão e
inclinação adequadas para que água caia suavemente sobre a roda, atingindo as primeiras
canecas situadas logo adiante do topo da roda.
Pequenas ajustagens na posição da calha, para frente ou para trás, levarão à maior
rotação e, portanto, melhor rendimento. A calha ou bica deve ficar 5 a 10 cm acima do topo
da roda. Os diâmetros do tubo para acionamento da roda podem ser obtidos pela Tabela 5.
¢ DIÂMETRO DO TUBO EM
VAZÃO ( )
£ POLEGADAS
ATÉ 2 2
2A4 3
4A8 4
8 A 15 6
15 A 30 8
30 A 50 10
50 A 70 12
O sistema deve ser montado sobre um suporte (cavalete) e instalado sobre uma base
firme e nivelada, podendo ser de concreto ou alvenaria, de forma a evitar vibrações que
poderiam afetar o bom funcionamento do sistema.
A tubulação de sucção é conectada à parte inferior da bomba sendo que a altura
máxima de sucção não deve ultrapassar a 6 m. É aconselhável trabalhar com máximas
menores.
Segundo recomendações de fabricantes deste tipo de bomba, a água deve entrar na
bomba via sucção e não por gravidade.
Deve-se ainda, revestir essa extremidade da tubulação com tela de malha fina a fim de
evitar a passagem de detritos para o interior das válvulas da bomba, o que poderia causar
falhas no rendimento da mesma.
A tubulação de recalque pode ser de tubos de ferro galvanizado, PVC rígido ou
mesmo polietileno. Para tubulações de recalque longas e ou com grandes alturas de recalque,
deve-se atentar para a escolha de um tubo que possa suportar a pressão que se desenvolverá
no início da tubulação. Deve-se, no início da tubulação de recalque, instalar uma válvula de
retenção.
Normalmente, este tipo de equipamento, se instalado, requer um mínimo de cuidado
na manutenção. A manutenção periódica consiste da troca de óleo da bomba, regularmente,
obedecendo a critérios do fabricante e aperto e troca de gaxetas, também segundo as
especificações para cada tamanho de bomba. A necessidade de aperto das gaxetas é
identificada pelo excesso de vazamento de água entre o cilindro e o pistão.
Este sistema permite uma regulagem do movimento excêntrico, podendo ser alterado o
curso dos pistões (diminuindo ou aumentando o passo do excêntrico), adaptando-se assim, a
diferentes valores de vazões disponíveis. Assim sendo, no período da seca, quando é comum a
diminuição da vazão da água impulsora, ocorrerá uma queda de rotação da roda. Se esta
queda de rotação for grande, a roda pode dar paradas, girando “aos tombos”. Neste caso,
deve-se usar o recurso da redução do curso dos pistões.
Aumentando-se a água para acionar a roda, aumenta-se a rotação e, portanto a
produção da bomba. A relação entre a velocidade de rotação da roda e a produção da bomba é
fornecida pelo fabricante.
2.6.6 Análise comparativa entre uso de carneiro hidráulico e bomba acionada por roda
d’água
Tanto o carneiro hidráulico quanto a bomba acionada por roda d’água são
equipamentos úteis na elevação de água em propriedades rurais. Estes equipamentos
requerem pouca manutenção e podem funcionar ininterruptamente à custa da energia
hidráulica.
Cada um desses equipamentos apresenta suas particularidades. Dependendo das
características do local de instalação, um ou outro aparelho pode se apresentar mais adequado,
resultando em melhor eficiência. Sendo assim, as bombas conjugadas com roda d’água podem
apresentar vantagens e desvantagens em relação à instalação de um carneiro hidráulico:
O carneiro hidráulico, aproveitando certa queda d’água, consegue elevar apenas parte
desta. Além disso, por ser a água recalcada a mesma de acionamento, esta deve ser de boa
qualidade para o abastecimento e consumo doméstico, o que nem sempre acontece.
As bombas conjugadas com roda d’água apresentam, neste aspecto, sua grande
vantagem:
Podem ser movimentadas por águas superficiais sujas e contaminadas, mas pode
bombear a água de boa qualidade de um poço raso, aberto nas proximidades, e elevá-la para o
consumo doméstico. Além disso, outras vantagens apresentadas com o uso desta bomba são: o
nível da fonte de captação pode estar até a 6m do eixo da bomba; as alturas de elevação e
vazões recalcadas são, geralmente, maiores que aquelas obtidas pelos carneiros hidráulicos; à
roda que aciona a bomba pode, também, ser acoplado um gerador de energia.
Por outro lado, o carneiro hidráulico, além de ser uma máquina mais simples, robusta
e barata (custa, em média, 8 vezes menos que um conjunto bomba-roda d’água) funciona ao
mesmo tempo, aproveitando a queda d’água e elevando uma fração desta, isto é, ele substitui,
simultaneamente, a roda e a bomba. Além disso, o seu rendimento é relativamente elevado,
variando na grande dos casos, entre 50 e 75%. A sua instalação é mais simples e requer menor
manutenção e, a vazão para acionamento, geralmente, é bem menor que a necessária para
acionar a roda d’água.
Já, as bombas conjugadas com roda d’água, além de apresentarem mais partes móveis,
maior número de válvulas e preço elevado, dão o rendimento menor, em torno de 30 a 50%,
considerando o sistema como um todo, ou seja, rendimento da roda e da bomba juntos.
Pelas vantagens e desvantagens apresentadas por cada um dos equipamentos, pode-se
concluir que o carneiro hidráulico deveria ser usado todas as vezes que a qualidade da água
não fosse limitante. No meio rural, todavia, a obtenção de água potável constitui, geralmente,
o fator de maior importância. Daí a grande vantagem do uso das bombas acionadas por roda
d’água, pois suas desvantagens em relação ao carneiro são grandemente compensadas pela
obtenção de uma água de boa qualidade.
Rochfer
Zm bombas
Alterima
Factory
O eixo da roda é constituído por um eixo de aço que é fixado a tiras de madeira como
mostra a figura 66.
As partes de madeira que revestem o eixo de aço são fixadas por anéis metálicos que
impedem que as tiras se desacoplem do eixo, no centro são colocadas tábuas onde serão
acoplados os raios, como mostra a figura 67.
O eixo metálico tem por função permitir o acoplamento com os mancais de rolamento
como pode ser visto na figura 68.
O trabalho a ser desenvolvido é o projeto de uma roda d’água para acionar uma bomba
de pistão.
O objetivo é aplicar teorias descritas na revisão bibliográfica e compara os resultados a
partir das diferentes analises.
O canal de desvio do curso do rio será feito como mostra a figura 74.
A diferença de nível foi obtida através do método dos vasos comunicantes, colocando
uma mangueira plástica para conduzir a água pelo curso do córrego, do ponto onde será feito
o canal de desvio até o ponto onde será instalada a roda. As figuras 77 e 78 ilustram o
processo.
A diferença de altura encontrada foi de 2,6 metros, e diferença entre o inicio do canal
de desvio e o seu final foi de 0,2 m.
Pelo tipo do terreno a modelo da roda será do tipo de cima, que possui maior
eficiência. Será construída em madeira, tendo o modelo base o da figura 81.
3.4 Procedimentos
3.6 Pré-Dimensionamento
N =
Onde:
• ρ = Massa especifica da água = 1000 Kg⁄m ;
• g = Aceleração gravitacional = 9,81 m⁄s ;
N = 142,83 W
1 = μ2ℎ
Onde:
• vo = Velocidade da água no canal, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional = 9,81 m/s2;
• h = Altura de carga em metros =0,2 m;
• µ =Coeficiente de comporta dado pela tabela 2 = 0,7.
1 = 1,39 m/s
a =
Sendo:
• vo = velocidade da água no canal = 1,39 m/s;
• Q = Vazão =0,008 m3/s;
• so = Seção transversal de saída da comporta em metros quadrados, (m2).
j,jj¥
a
6,¦
a = 0,0058 m2
Para o calculo da altura do jato é necessário o valor da largura do jato que é calculado
em função da largura da roda, que por sua vez é tabelada em função da vazão, como os
valores tabelados se referem a vazões de no mínimo 50 l/s, com auxilio da interpolação foi
encontrado um valor de 80 mm para a largura da roda, este valor é visivelmente muito
pequeno para a largura de uma roda d’água, isso se deve as vazões tabeladas serem varias
vezes superior à vazão disponível. Em virtude disso arbitra-se um valor de 20 cm para a
largura do jato.
4
=
Onde:
• so = Seção transversal = 0,058 m2;
• ao = Espessura da lamina d’água em metros, (m);
• bo = Largura da lamina d’água = 0,2 m.
j,jj¥
= j,
= 0,029 m
6 = 1,5
6 = 1,5 × 2,6
6 = 3,9 m
d I
< 9 c7 e tan i 6jj
^
0,03k
Sendo:
• ao = Espessura da lamina d’água = 0,029 m;
• h = Altura de carga = 0,2 m;
• Hb = Altura bruta de queda = 2,6 m;
• D = diâmetro da roda em metros, (m);
• H1 = 3,9 m;
• β = Ângulo de inclinação do sistema de saída d’água arbitrado 5°;
• L = distancia do sistema de controle de vazão até o ponto onde a água começa a
queda aproximadamente 1 m.
j,j¦ ,¦
< = 2,6 − c0,2 +
+ 1 tan(5) + 6jj + 0,03k
< = 2,23 m
"d
16 = l1 + mnop + 20,03
Onde:
• ao = Espessura da lamina d’água = 0,029 m;
• β = Ângulo de inclinação do sistema de saída d’água arbitrado 5°;
• vo = velocidade da água no canal = 1,39 m/s;
• g = Aceleração gravitacional = 9,81m/s2;
• v1 = Velocidade de entrada da água na roda em metros por segundo, (m/s).
¦,¥6×j,j¦
16 = l1,39 + mno()
+ 2 × 9,81 × 0,03
16 2,07 m/s
^
q6 =
Onde:
• v1 = Velocidade de entrada da água na roda = 2,07 m/s;
• u1 = Velocidade de arrastamento em metros por segundo, (m/s).
,j
q6 =
q6 = 1,04 m/s
sjt^
r= @A
Sendo:
• u1 = Velocidade de arrastamento = 1,04 m/s;
• D = Diâmetro da roda = 2,23 m;
• n = Rotação da roda em rpm.
sj×6,j
r= @×,
r = 8,89 rpm
*H = 0,7; + 0,015
Onde:
• te = Passo externo em metros, (m);
• e = Distancia entre o ponto onde a água deixa o canal a linha de centro da roda
como mostra a figura 26. Os valores de e se encontram na tabela 3.
e = 137 mm = 0,137 m.
*H = 0,1109 m
.
O número de alcatruzes é dado pela equação:
@A
v=
wx
Sendo:
• te = Passo externo = 0,1109 m;
• D = Diâmetro da roda = 2,23 m;
• Z = Número de alcatruzes.
@×,
v= j,66j¦
v = 63,14 = 63
4 IMPLEMENTAÇÃO
Após ser escolhido o local de instalação da roda deve-se desviar o curso d’água, ou a
parte desejada do mesmo para que chegue até o ponto de ativação da roda, para isso se faz uso
de canais de desvio ou represas, para conter o fluxo d’água, aumentando seu nível.
No caso estudado foi utilizado um canal de desvio para levar a água até a roda, como
mostra a figura 82.
Para que a água entrasse no canal de desvio foi necessário o represamento do curso
d’água, que consequentemente aumentou seu nível, permitindo o desvio de curso, como pode
ser visto nas figuras 83 e 84.
Para levar a água do canal para a roda foi necessário à construção de uma canaleta
como mostra a figura 85. A canaleta deve ser colocada no final do canal mantendo o mesmo
nível, ou um pouco inclinada para baixo. A largura das canaleta deve ser inferior à largura da
caneca da roda para impedir que a água derrame para fora nas laterais da roda.
Com o suporte pronto posiciona-se a canaleta no seu devido local como mostra a
figura 999. Não é recomendado fixar definitivamente a canaleta no suporte devido à
necessidade de um eventual ajuste de posição quando a roda for colocada no lugar.
7 0,17
Sendo:
• Hb = Altura bruta de queda igual a 2,5 metros, (m);
• h = altura de carga em metros.
7 0,17 × 2,5
ℎ = 0,425
1 = μ2ℎ
Onde:
• vo = Velocidade da água no canal, (m/s);
• g = Aceleração gravitacional = 9,81 m/s2;
• h = Altura de carga em metros =0,425 m;
• µ =Coeficiente de comporta dado pela tabela 2 = 0,65.
1 = 1,87 m/s
a =
Sendo:
• vo = velocidade da água no canal = 1,87 m/s;
• Q = Vazão =0,005 m3/s;
• so = Seção transversal de saída da comporta em metros quadrados, (m2).
j,jj
a = 6,¥
a = 0,0027 m2
b 9 0,1
Onde:
• bo = Largura da lâmina d’água em metros, (m);
• B = Largura da roda sendo definida como 0,22 m
.
= 0,22 − 0,1
= 0,12
4
=
Onde:
• so = Seção transversal de saída da comporta igual a 0,0027 m2;
• ao = Espessura da lâmina d’água em metros, (m);
• bo = Largura da lâmina d’água sendo 0,12 em metros
4
=
j,jj
= j,6
= 0,022 m
6 1,5
6 = 1,5 × 2,5
6 = 3,75 m
d I
< = − cℎ +
+ e tan i + 6jj
^
+ 0,03k
Sendo:
• ao = Espessura da lamina d’água = 0,022 m;
• h = Altura de carga = 0,425 m;
• Hb = Altura bruta de queda = 2,5 m;
• D = diâmetro da roda em metros, (m);
• H1 = 3,75 m;
• β = Ângulo de inclinação do sistema de saída d’água sendo 2°;
• L = distancia do sistema de controle de vazão até o ponto onde a água começa a
queda aproximadamente 3 m.
j,j ,
< = 2,5 − c0,425 + + 3 tan(2) + 6jj + 0,03k
< = 1,89 m
*H = 0,7; + 0,015
Onde:
*H = 0,183 m
.
O número de canecas é dado pela equação:
@A
v= wx
Sendo:
• te = Passo externo = 0,183 m;
• D = Diâmetro da roda = 1,9 m;
• Z = Número de alcatruzes.
@×6,¦
v= j,6¥
v = 32,62 = 33
"d
16 = l1 + mnop + 20,03
Onde:
¦,¥6×j,j
16 l1,87 + mno()
+ 2 × 9,81 × 0,03
16 = 2,52 m/s
^
q6 =
Onde:
• v1 = Velocidade de entrada da água na roda = 2,52 m/s;
• u1 = Velocidade de arrastamento em metros por segundo, (m/s).
,
q6 =
q6 = 1,26 m/s
sjt^
r= @A
Sendo:
• u1 = Velocidade de arrastamento = 1,26 m/s;
• D = Diâmetro da roda = 1,9 m;
• n = Rotação da roda em rpm.
sj6,s
r
@×6,¦
r = 12,68 rpm
.6 = ℎ6 (1 − μ )
Sendo:
• µ = Coeficiente de escorregamento 0,65
• z1= Perda na saída da comporta em metros, (m);
• h1 = Distância entre o nível superior da água e a entrada na roda, em metros, (m),
como mostra a figura 27. Medido 0,45 m.
.6 = 0,45(1 − 0,65 )
.6 = 0,26
}^ !
. = "
Onde:
• z2 = Perda na entrada da roda em metros, (m);
• g = Aceleração gravitacional,9,81 m/s2;
• w1 = Velocidade relativa em metros por segundo, (m/s) calculada através da
equação
Sendo:
~6 = 1,3 /a
6,!
. = צ,¥6
. = 0,086
As perdas por queda antecipada da água no alcatruz são definidas pela equação:
. = (0,185 0,1)
Onde:
• z3 = Perda no alcatruz em metros, (m);
• Hb = Altura bruta de queda 2,5 (m).
. = (0,15)2,5
. = 0,375 m
As perdas por energia cinética na saída da rodas são dadas pela equação:
t^ !
. = "
Sendo:
• z4 = Perdas na saída da roda em metros, (m);
• u1 = Velocidade tangencial 2,52 m/s;
,!
. צ,¥6
. = 0,323
A perda da altura hl no vértice inferior da roda sobre o canal de fuga pode ser definida
pela equação:
. = ℎ
Onde:
• z5= Perda no vértice inferior da roda em metros, (m);
• hl = Diferença de altura entre a parte inferior da roda e a superfície da água como
mostra a figura 29.
. = 0,17 m
. = .6 + . + . + . + .
Sendo:
• z1= Perda na saída da comporta 0,26 m;
• z2 = Perda na entrada da roda 0,086 m;
• z3 = Perda no alcatruz 0,375 m;
• z4 = Perdas na saída da roda 0,323 m;
• z5= Perda no vértice inferior da roda 0,17 m;
• z = Perda total em metros, (m).
. 1,214
I Y
X = I
Onde:
• z = Perda total 1,214 m;
• Hb = Altura bruta de queda 2,5 m;
• = Rendimento hidráulico.
,Y6,6
X = ,
X = 0,5144
4.4.3 Potência
N =
Onde:
• ρ = Massa especifica da água = 1000 Kg⁄m ;
• g = Aceleração gravitacional = 9,81 m⁄s ;
• H = Altura de queda =2,5, m;
• Q = Vazão = 0,005 m ⁄s;
• η = Rendimento 0,5144;
• N = Potência gerada pela roda em watts, (w).
N = 63,08 W
4.4.4 Torque
B
§= ¨©
ª_
Onde:
s,j¥
§= ¨×^!,«¬
ª_
§ = 47,5
®̀ ̀
Q 6
(81)
£H £tw |
Onde:
• r = Coeficiente de segurança do eixo;
• ;= O limite de resistência no local critico da peça;
• q* =Limite de resistência à tração do material do eixo em MPa;
• °L̀ Definido pela equação 87;
• °d̀ Definido pela equação 82.
Sendo:
• °±d Definido pela equação 83;
• ±²d Esforço cisalhante na direção XY, no caso estuda corresponde à zero.
³´ d
°±d (83)
µ
Onde:
• § = Momento fletor calculado pela equação 84;
• ¶ = Momento de inércia calculado pela equação 86;
• = Medida da lateral do eixo em milímetros.
·¸ 3x
§ c − :L k (84)
Sendo:
• KH = comprimento do eixo em milímetros;
• :L = distancia da ponta do eixo ao centro do primeiro mancal de apoio em
milímetros;
• § = Momento fletor que atua sobre o eixo;
• J¹ =Força peso que atua sobre o eixo, ou seja a massa da roda, com todos seus
componentes mais a massa d’água contida em aproximadamente 3/8 das canecas
como mostra a equação 85.
Bº
J¹ cM d3 k (85)
¥
Onde:
• M = Massa da roda em kg;
• 3 = Numero de canecas;
• = Aceleração gravitacional em m/s2;
• d3 = Volume de água contido em uma caneca em litros.
d»
¶ (86)
6
Sendo:
• =Medida da lateral do eixo quadrado em milímetros;
• ¶ = Momento de inércia em mm4.
Sendo:
• °±L = Esforço normal na direção X no caso estudado corresponde à zero;
• ±²L = Esforço cisalhante na direção XY calculado pela equação 88
,¥¡
±² dª
(88)
Onde:
• T =torque aplicado ao eixo em Nmm;
• a = Medida de um lado do eixo quadrado em milímetros.
O limite de resistência no local critico da peça (Se) é calculado pela equação 89:
H #d # #3 #E #H # ¼H (89)
Onde:
#d aSut (90)
Onde:
• Sut = Limite de resistência a tração do material do eixo em Mpa;
• a e b =constantes tabeladas que variam conforme o acabamento e forma de
produção do eixo.
O fator de modificação de tamanho (# (,e dado pela equação 91, ou pela equação 92.
Como o eixo possui seção quadrada utiliza-se o diâmetro equivalente para o calculo do
fator # como mostra a equação 93.
Bº
J¹ = cM + d3 k
¥
Onde:
• M = Massa da roda =140 kg;
• 3 = Numero de canecas sendo 33 alcatruzes;
• = Aceleração gravitacional 9,81 m/s2;
×
J¹ c140 + 1,5k 9,81
¥
J¹ = 1555,5 N
Sendo calculada a força peso é possível calcular o momento fletor pela equação:
·¸ 3x
§ =
c − :L k
Sendo:
• KH = comprimento do eixo 1600 mm;
• :L = distancia da ponta do eixo ao centro do primeiro mancal de apoio 300 mm;
• § = Momento fletor que atua sobre o eixo;
• J¹ =Força peso que atua sobre o eixo 1555,5 N
6, 6sjj
§ =
c
− 300k
§ = 388874,5
d»
¶ = 6
Sendo:
• =Medida da lateral do eixo quadrado correspondendo a 28 mm;
• ¶ = Momento de inércia em mm4.
¥»
¶= 6
¶ 51221,33 mm4
³´ d
°±d = µ
Onde:
• § = Momento fletor 388874,5 Nmm;
• ¶ = Momento de inércia sendo 51221,33 mm4;
• = Medida da lateral do eixo 28 mm.
¥¥¥, ¥
°±d = 66,
Sendo:
• °±d =106,3 Mpa;
• ±²d Esforço cisalhante na direção XY, no caso estuda corresponde à zero.
°d̀ = 106,3 + 3 × 0
,¥¡
±² = dª
Onde:
,¥×jj
±² ¥ª
Sendo:
• °±L = Esforço normal na direção X no caso estudado corresponde à zero;
• ±²L = Esforço cisalhante na direção XY igual a 10,5 Mpa.
#d = aSut
#d = 1,58 × 590Yj,j¥
#d = 0,92
:Hy 0,808
:Hy = 0,808 × 28
# = 0,879:Yj,6j
# = 0,879 × 0,89Yj,6j
# = 0,91
Podendo assim ser calculado o limite de resistência no local critico da peça (Se).
H = #d # #3 #E #H # ¼H
H = 222,52 MPa
®̀ ̀
Q 6
+ = |
£H £tw
Onde:
• r = Coeficiente de segurança do eixo;
• ;= O limite de resistência no local critico da peça 222,52
• q* =Limite de resistência a tração do material do eixo 590 MPa;
• °L̀ =18,14 MPa;
• °d̀ = 106,3 MPa.
6js, 6¥,6 6
+ = |
, ¦j
r = 1,97
Como a roda fica centralizada no eixo os rolamentos são escolhidos pela força de
reação que exercem , ou seja metade da força peso que atua sobre o eixo sendo portanto cada
rolamento solicitado a sustentar aproximadamente 778 N.
Consultando o catalogo de rolamentos da SKF definiu-se os rolamentos como sendo
do tipo auto compensador que permite um instalação com um determinado nível de desnível
entre as extremidades do eixo.
Com base na força de reação e com o diâmetro do eixo que será de 25 mm, sendo que
este será usinado a partir da barra de seção quadrada com 28 mm de lado, sendo portanto
4.6.2 Canecas
@|
Þ j
(95)
Onde:
• Þ= Velocidade angular em rad/s;
• n = rotação da roda, no caso 12,68 rpm
@6,s¥
Þ
j
MdE
Þ = 1,33 4
C
* = d3 (96)
Sendo:
• Þ= Velocidade angular 1,33 rad./s;
• ac = ângulo entre canecas, no caso 10,9°;
• t = tempo de exposição ao fluxo d’água em s.
6,
* = 6j,¦
* = 0,122 a
Dividindo a vazão de água pelo tempo de exposição de cada caneca ao fluido obtemos
a quantidade de água acumulada pela caneca, como pode ser visto na equação abaixo.
= * (97)
Sendo:
• t = tempo de exposição ao fluxo d’água 0,122 s;
• Q = Vazão de água 0,005 m3/s;
• V = Volume de água contido pela caneca em m3.
0,005 0,122
0,000608 m3 = 0,608 l
Com base no volume calculado acima é definido o formato das canecas, admitindo se
um coeficiente de segurança volumétrico de 2 em relação à caneca em posição vertical, para
garantir o uso da roda com um eventual aumento de vazão no caso do protótipo optou-se por
um formato que se utiliza um número menor de partes como pode ser visto na figura 93.
Como pode ser visto na figura acima cada caneca é constituído de duas partes, este
formato tem por limitação conter uma quantidade menor de fluido, como no caso estudado a
vazão é baixa não há problemas em usá-lo. Para vazões maiores é usual formatos como
mostrado na figura abaixo.
Este modelo de caneca como pode ser visto é composto de 5 partes e a roda é dividida
em um número menor de canecas, permitindo um maior acumulo de água, e
consequentemente um aumento de torque.
O ângulo de inclinação das canecas foi estabelecido como sendo 50° que permite uma
entrada eficiente de fluido na caneca e ao mesmo tempo impede o derramamento precoce da
água da caneca o que causaria perda de eficiência.
Tendo-se as duas laterais montadas cortam-se as tabuas referentes às canecas. No caso
do protótipo a caneca é constituída de duas partes uma simplesmente retangular, e a outra que
forma um ângulo de 90° com a primeira, que possui um encaixe em ângulo com a parte de
trás da caneca subsequente como mostra a figura 96.
Estando as duas tabuas que constituem a caneca prontas o conjunto toma a seguinte
forma.
Este conjunto é constituído de dois braços maiores e dois braços menores, juntamente
com quatro fixadores dos braços menores, como mostra a figura 101.
Figura 101- Da esquerda para a direta, braço maior, braço menor e suporte do braço menor.
Os braços menores (2) ficam apoiados sobre os maiores (1) como mostra a figura
abaixo, para manter a proporcionalidade o comprimento dos braços menores deve ser o
comprimento do braço maior menos metade da largura do braço maior.
Para a fixação dos braços menores são utilizadas quatro tabuas fixas nos braços
maiores, duas de cada lado como pode ser visto na figura 103.
Para a fixação do eixo é necessário um encaixe nos braços maiores e nas tábuas de
fixação dos braços menores. No caso do protótipo foi utilizado um eixo quadrado.
Para possibilitar o encaixe do eixo deve-se fixar um dos braços maiores com os dois
braços menores, utilizando duas das tabuas de fixação como mostra a figura 105.
Com o outro braço maior e as duas tabuas de fixação restantes constrói-se o resto do
conjunto de modo que este encaixe no conjunto mostrado na figura acima.
Encaixando-se as duas partes mostradas nas figuras acima, mas não fixando os
componentes para permitir o posterior acoplamento do eixo, se obtêm um conjunto completo
de braços referente a um lado da roda como mostra a figura 107.
Com os dois conjuntos de braços montados, cabe fixá-los nas canecas, tomando
cuidado de centralizar o mais precisamente possível e manter o braço maior que não esta fixo
do mesmo lado que o do outro conjunto para permitir o encaixe do eixo.
Com os dois braços montados acopla-se o eixo e fixa-se o braço maior que estava
solto com os braços menores, como demonstrado na figura 109.
Estando o eixo devidamente posicionado fixa-se o braço maior que estava livre aos
braços menores por meio das tabuas de fixação, como pode ser visto na figura 110.
Estando o eixo fixo instalam-se os mancais de rolamento como mostra a figura abaixo.
Para executar o corte das tabuas faz se uso de uma serra tico-tico. Para desenhar o
traçado da serra na tabua usa-se um barbante com dois riscadores cada qual referente ao raio
do diâmetro interno e externo da lateral como mostra a figura 112.
Com o auxilio de um esquadro de 45° marca-se os pontos inicial e final da lateral com
pode ser visto na figura 113.
Após traçado os contornos de corte nas respectivas tabuas, recortar com o auxilio da
serra tico tico as laterais como mostra a figura 114.
Após cortadas as duas partes de cada caneca une-se os conjuntos como pode ser visto
na figura 117.
Com todas as canecas montadas fixa-se com pregos sobre uma das laterais como
mostra a figura 118.
Após todas as canecas fixadas a primeira lateral encaixa-se a segunda lateral e fixa-se
com pregos como mostra a figura 119. Para maior rigidez do conjunto não é recomendado
alinhar as emendas das laterais esquerda e direita o que geraria um ponto de fraqueza no
conjunto.
Com isso as canecas tomam forma definitiva como mostrado na figura 120.
Após o corte das tabuas que constituem os braços em seus respectivos comprimentos,
é necessária a produção do encaixe para o eixo nos braços maiores e nos suportes dos braços
menores, sendo este encaixe da largura do eixo e de metade da espessura do mesmo, sendo
que o eixo fica centralizado na emenda dos braços maiores e dos suportes, como mostra a
figura 121.
Estando alinhado o eixo prega-se os suportes dos braços menores no braço maior,
realizando este procedimento nos quatro braços maiores.
Após fixa-se os braços menores em um dos conjuntos montados conforme acima
deixando o centralizado conforme mostra a figura 123 e com local próprio para o
acoplamento de outro dos conjuntos do braço maior.
Com os conjuntos de braços prontos fixa-se o s braços na roda conforme mostra a figura
125.
4.7.6 Balanceamento
1. Girar a roda e esperar que a mesma pare a parte que estiver mais descentrada
para fora vai tender a ficar em baixo, normalmente, o sentido de giro é
invertido por ação desta parte se a mesma não tiver atingido o ponto superior
de giro;
2. Adicionar pesos no lado oposto ao constatado como sendo o ponto de maior
raio, ou seja, o ponto que ficar acima, como mostra à figura 130;
No protótipo foi utilizado o pinche para a pintura sendo que este atende os requisitos
citados acima além de possuir baixo custo.
Estando a roda construída deve-se preparar o ponto onde ela será fixada como mostra
a figura 132.
Sendo que as duas vigas devem ser pontas niveladas para que o eixo não fique
inclinado fazendo com que a roda penda para um lado. O nivelamento é feito conforme
mostra a figura 134.
Estando o local de fixação da roda pronto deve se colocar a roda em seu local de
funcionamento como mostra a figura 135.
Com a roda apoiada nas vigas de sustentação é feito o ajuste final da canaleta para
proporcionar uma entrada de água com o mínimo de impacto possível minimizando assim as
perdas. Para um melhor ajuste da entrada da água deve se testar diversas distâncias entre a
saída da água da canaleta e a entrada na roda, liberando o fluxo de água para visualizar o
resultado e corrigir possíveis problemas, como mostra a figura 136.
Sendo que a altura entre a canaleta e a roda deve ser a menor possível para evitar
impactos devido à queda vertical da roda fazendo com que a água entra de maneira mias
horizontal na caneca empurrando a roda.
Com a roda girando sem acionar nenhum dispositivo foi constata um aumento de
rotação de aproximadamente 3 vezes, sendo que com este aumento na velocidade tangencial
das canecas a água é jogada para frente, como mostra a figura 139 ao invés de entrar na
caneca, devido ao impacto contra a superfície da caneca.
Sabendo-se a distancia do ponto fixo da viga, o ponto onde a viga esta apoiada em
cima do eixo da roda e a distancia do ponto de fixação do peso é possível determinar a força
de reação no ponto em cima do eixo.
Como peso foi utilizado um recipiente com água podendo o volume de água contida
ser alterado conforme necessidade do experimento.
O peso próprio da viga foi considerado como uma carga distribuída em toda a extensão
da mesma, sendo sua massa de aproximadamente 10kg e portanto seu peso de 98,1 N sendo
estes aplicados para fins de calculo no ponto central da viga ou seja a 45 cm do ponto fixo A.
Onde:
• Re= Força de reação sobre o eixo em N;
• Fmaior = Força referente ao peso maior em N;
• Fmenor = Força referente ao peso menor em N;
• Fd = Força referente à carga distribuída em N;
• dma = Distancia do peso maior em relação ao ponto fixo A, em cm;
• dme = Distancia do peso menor em relação ao ponto fixo A, em cm;
• dfd = Distancia do centro da viga ao ponto fixo A, em cm;
• de = Distancia do ponto de apoio da viga sobre o eixo em relação ao ponto fixo A
em cm.
Com o valor da reação no eixo determina-se a força de atrito sedo que Re corresponde
à força Normal apresentada na equação abaixo:
Jd ä (99)
Sendo:
• N = Força normal, correspondente a Re em N;
• ä = Coeficiente de atrito entre a viga e o eixo.
A força de atrito faz oposição ao torque desenvolvido pela roda sendo, portanto o
torque calculado pela equação 100.
Ax
§ Jd
(100)
Onde:
• Jd = Força de atrito em N;
• <H = Diâmetro do eixo em metros;
• § = Torque desenvolvido pela roda em Nm.
@|
å § j (101)
Onde:
• W =Potencia da roda em Watts;
• M = Torque da roda em Nm;
• n = Rotação da roda em rpm.
js,×[6,צj[¦¥,6×
/H 6s
/H = 4304,12
Jd ä
Jd 4304,12 × 0,3
Jd = 1291,24
Com a força de atrito calcula-se o torque da roda sabendo-se que o eixo possui
diâmetro de 40 mm, ou seja, 0,04 metros.
Ax
§ = Jd
j,j
§ = 1291,24 ×
§ = 25,82
@|
å = § j
@×
å = 25,82 × j
å = 59,5 å
se uma potencia real de 73,02 W e uma potencia teórica de 91,97 W, isto se deve ao fato do
aumento de rotação dificultar a entrada da água nas canecas fazendo com que a mesma seja
lançada para frente ao se chocar com a caneca e não entra na roda como mostra a figura 114.
5 CONCLUSÃO
Em certos casos os valores interpolados geravam valores absurdos ou até mesmo dimensões
negativas.
O processo construtivo foi relativamente simples tendo como única dificuldade o
processo de balanceamento da roda para atenuar os efeitos da força centrífuga causada pela
excentricidade entre a roda e o seu eixo.
A verificação de potência realizada teve como resultado um determinado torque de
25,82 Nm e rotação de 22 rpm sendo a potencia real 59,5 W. Em comparação com a potência
teórica de 63,08 W, demonstrando a validade do método de dimensionamento usado.
A aparente precisão do método não leva em conta o fato que torque medido é
dependente de um coeficiente de atrito tabelado entre aço e madeira, o qual é dado em uma
faixa de 0,2 a 0,6 e que não leva em conta uma serie de fatores influentes no processo como o
fato de haver água no contato entre os materiais. Cabe, portanto o calculista avaliar qual o
valor do coeficiente de atrito usado, podendo este atribuir um valor que gere uma potência
igual à teórica.
Constatou-se também que quando a roda opera acima da rotação especificada, a água
que cai da canaleta é lançada para frente ao invés de entrar nas canecas, causado uma redução
na eficiência do equipamento como demonstrado através do experimento realizado e descrito
nos testes.
Quando a vazão é muito baixa também ocorre um decréscimo na eficiência sendo este
caso mais critico que o descrito acima devido à possibilidade de parada da roda ou mesmo a
impossibilidade de acionamento da mesma.
Acredito que com o uso deste manual um individuo leigo consiga dimensionar e
construir uma roda d’água com eficiência razoável.
6 BIBLIOGRAFIA
LEA, Frederick Charles. Hydraulics for engineers and engineering students.5.Ed. 1930.
MAGELA, Geraldo Pereira, MELLO, Carlos Rogério de aula pratica 10 – Bomba de pistão
acionada por roda d’água. Universidade Federal de Lavras (UFLA)
MESQUITA, José de. Máquinas Hidráulicas. Matemática editora S.A. São Paulo 1958.
USHER, Abbot Payson, Uma história das invenção mecânicas. / Abbot Payson Usher;
tradução lenita M. Rimolli esteves – Campinas, SP: Papirus, 1993.
INTERNET
950
25
96 28 96
220 1 t
B
r
a
ç
o
m
a
i
o
r
4 Q
m
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
B
M
A
1
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 3,12 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:5
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Braço maior RBMA1
cortar raio somente
após montagem com
as laterais
R9
840
50
25
220
1 t
B
r
a
ç
o
m
e
n
o
r
4 Q
m
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
B
M
E
1
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 2,76 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:4
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Braço menor RBME1
600
220
14
25
286 28 286
1 t
S
u
p
o
r
t
e
b
r
a
ç
o
m
e
n
o
r
8 Q
m
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
S
B
M
1
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 1,97 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:3
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Suporte braço menor RSBM1
A
1
936
montagem com com pregos 18 x 30
730
as laterais
1900
440
28
220
2
0
R95
3 300,375
950
A 75
SEÇÃO A-A
ESCALA 1 : 12
montar 2 conjuntos
3 2 1t
s
u
p
o
r
t
e
b
r
a
ç
o
m
e
n
o
r
4 2 2Q
M
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
S
B
M
1
M
o D
n Be
t
ar
ga
eç
mo
c aa
ai
no
e ro
c
a
M Ma
a at
d de
e er
i
r
ar
e eD
u um
c ce
a an
l
pl
i
t
ot
RR
MB
C Ar
1 1n
mi
ia
al
i
ps
oõ
M
I
e
m
n
o
m
n
ç
ã
t
.
i
/
i
e
s
R
e
f
e
ê
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 19,64 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
09/04/2010
ESCALA:
1:12
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Montagem Braços RMB1
25
220
253
1 t
C
a
n
e
c
a
p
a
r
t
e
1
3 Q
3 t
M
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
C
P
1
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
25/05/2010
ESCALA:
0,835 kg
1:2
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Caneca parte 1 RCP1
10°
82,250
2
2
12
12
25
35
35
220
1 t
c
a
n
e
c
a
p
a
r
t
e
2
3 Q
3 t
m
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
C
P
2
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
POS. QT. DENOMINAÇÃO MATERIAL CÓDIGO
MATERIAL: Madeira eucalipto PESO: 0,26 kg
PROJETO:
Roda d’água
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
09/04/2010
ESCALA:
1:1
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Caneca parte 2 RCP2
Local aproximado de fixação dos
pregos na montagem da caneca 2
com as laterais
82,250
70 103
50
1
220
278
21 t
C
a
n
e
c
a
p
a
r
t
e
2
11 Q
M
a
d
e
i
r
a
R
C
P
2
C
a
n
e
c
a
p
a
r
t
e
1
M
a
d
e
i
r
a
R
C
P
1
montar 33 conjuntos
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 1,1 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
09/04/2010
ESCALA:
1:2
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Montagem caneca RMC1
50
28
9
28
R1
2,
50
0
300 1000 300
1600
1 t
M
o
n
t
a
g
e
m
l
a
t
e
r
a
i
s
1 Q
A
ç
o
S
A
E
1
0
4
0
R f
E r
1 ê
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
e
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 8,45 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:3
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Eixo RE1
1 50
25
612,293
727,099
R 800
R9 5 0
1 t
L
a
t
e
r
a
l
1 Q
6 t
M
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
L
T
1
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 1,55 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:4
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Lateral RLT1
C
1
1900
1600
45°
C
montar 2 conjuntos
21 t
f
i
x
a
d
o
r
t
e
m
p
o
r
a
r
i
o
88 Q
m
a
d
e
i
r
a
RL
FT
L
a
t
e
r
a
l
M
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
1
SEÇÃO C-C
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
ESCALA 1 : 10
PROJETO: PESO:
Roda d’água 12,4 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:10
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Montagem laterais RDML1
D
alinhado
alinhado
1
1
2
50°
21 t
M
o
n
t
a
g
e
m
c
a
n
e
c
a
32 Q
3
M
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
M
C
1
M
o
n
t
a
g
e
m
l
a
t
e
r
a
i
s
M
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R
D
M
L
1
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 61,1 kg
SEÇÃO D-D
ESCALA 1 : 10 UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
26/05/2010
ESCALA:
1:10
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Montagem canecas e laterais RMCL1
View publication stats
R950
223 223
43 21 t
M
a
n
c
a
l
r
o
l
a
m
e
n
t
o
S
K
F
1
2
0
5
E
22 12 Q
R
R
S
K
F
1
m
o
n
t
a
g
e
m
b
r
a
ç
o
s
m
a
d
e
i
r
a
e
u
c
a
l
i
p
t
o
R RR
M EC f
B 1L r
1
ea
xn
i
oe
Aa
çd
oe
Si
Aa
Ee
1c
0a
4l
0i
m
o
n
t
a
g
e
m
c
c
a
s
e
l
a
t
e
r
a
i
s
r
u
p
t
o
1 n
I
e
m
D
e
n
o
m
i
n
a
ç
ã
o
t
.
M
a
t
e
r
i
a
l
/
D
i
m
e
n
s
õ
e
s
R
e
e
ê
c
i
a
PROJETO: PESO:
Roda d’água 120,00 kg
UPF DESENHISTA:
Jony Javorski Eckert
DATA:
18/06/2010
ESCALA:
1:11
DETALE: DIEDRO: CÓDIGO:
Montagem Roda RMR1