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F terga-felra, 13 de Outubro de 1970 OLETIN i 1 S€RIE— Numero 238 OFICIAL DE ANGOLA Prego deste namero— 18300 Tole e conespondénca, ‘pa quar relative @ antin Goose bola Sc, f 3 tigida & Administragdo da Im; Nasional de Angola, er Revol I AVISO AOS ASSINANTES Toios os asinantes do cBoletin Otielatn que desclem renovar thus anizatoras pars 0 proximo ano, deverto cemeter a kmpor: dete eapectivas ald 30° de. Novecbro impreterivebmente, sin fo wotrerem interrupcko Oa Temes *. “utode'o nero dn Cake Foil ve petdets que © mes ‘onimeto. x Calin Postal, «te preteadens que © memo ‘piv envldo. por via aéren ou via normale . cy SUMARIO Governo-Geral de Angola Diploma Legislative n° 4044: _ ‘Aptova 0 Cédigo do Imposto Predial Urbano. Putarla n° 17 186 : ‘Aprova a diatribuipfle da vetba do capitulo LY, a ‘no 1), do orgamento geral da provincia de ‘Angc © ano econémico de 1970, consignada a 2 Zona pecgo Escolar, em Malanje. tala n° 37187: Determina que o estabelecimento de ensino criado, na cidade de Luanda, pelo Decreto n? 438/70, de 19 de Setembro We 1970, passa a designar-se Escola 'Preparatirin Goueral Geraldo’ Anténio Vitor. EPoraria n° 17188 fo Aprova 2 distibuigto da verba do capitulo TV, artigo 231, ‘Be 1), alfnea a), do orgamento geral da provincia. de Angola a6 ano eeonbmice’ de 1990, cosignda os Serigos do cast. GOVERNO-GERAL DE ANGOLA 2 Diploma Legislative no 4044 1. De todos ‘os impostos agora -objecto de reforma, dquele cuja estrutura sofreré menores alteragdes € © que fe sobte 0s tendimentos da propritdade urbana. Nio obstante, sio em nfo pequeno atimero as moditi- cagfes de fundo, os aperfeigoamentos técnicos © as cor- reopbes formais que ucle sv inuoducem, 0 primeiro dos ‘quis &, precisamente, 0 telativo & nova designago atri- tude & actual contibuigdo predial urbane, Sf realizagfio de uma reforma do sistema fiscal com a rofundidade ¢ a amplitude da presente afigurou-se opor- “ASSINATURAS ‘Ano. Semostre Trimestre 253 ‘Para o erirangelro asreace © porte do correlo © prego dos anincios 6 de 9 a linha, acrescido do respectivo imposto do selo, dependendo a mua publicagéo do depéalto. prévio a efectucr na Tesowraria dat Inprensa Nacional de ngola. tunidade adequada para abandonar definitivamente a dua- lidade de designagSes por que, mercé de raz5es histéricas cuja validade cessou, ainda hoje sto conhecidos alguns dos mais antigos impostos portugueses. Forlado na época em que ao imposto andava ligada a ideia de uma concessio voluntéria ¢ quase contratual feita ao soberano pelos representantes das diversas classes sociais reunidos em Cortes, 0 termo contribui¢go perdeu © seu inicial sentido & medida que a centralizagio do poder ¢ uma nova formulagio da teoria jurfdica do Esta do deram ao imposto a natureza de acto unilateral do poder politica, viuiculado embora a regras de forga cousti- tucional ¢ subordinado ao supremo império da legalidade que caracteriza 0 modemo Estado de direito. Deste modo, a distinglo entre contribuigéo © imposto, hoje, no direito portugués mais nfo indica do que a maior ou menor antiguidade das espécies tributérias, pelo que adoptar uma designacfo uniforme para realidades de idéntica natureza se afigura vantajosa exigencia de rigor técnico ¢ conceitual. Esta a azo das novas denomtna- Ses que, pela presente reforma, se atribui & actual con- ‘ribuigio’ predial urbana. 2. Quanto & incidéncia, 0 presente e6digo introduz ime portantes alteracSes no regime vigente. nomeadamente pelo que respeita a0 conceito de prédio urbano e a0 novo tra- tamento fiscal dado aos casos de sublocacko. Relativamente a0 primeiro, houve a preocupacso de substituir uma enumeragdo mais ou menos casuistica por uum conceito de cardcter genérico, em que a afectago real ‘ou potencial da coisa ¢ elemento decisivo, e 0 qual fosse capaz de contemplar as novas situagdes entretanto suf- sgidas, evitando assim’a evasfo e a fuga ao imposto. Pelo que respeita & sublocagio, entendeu-se que, quando ‘as rendas recebidas pelos sublocadores excedam a8 rendas por eles pagas, se justificeva se lhes exigisse imposto pela diferenga entre a renda paga ao senhorio ¢ a recebida pelo arrendatério, j4 que a normal modéstia dos seus recursos, que vs. lova precisamente a recorter & sublocagfo, desa- conselhava que'a tributaglo a que passarfo a ficar sujei- ‘tos incldisse igualmente sobre’ o valor representado. pela utilizagio directa de uma parte do prédio. 3. Se & evidente 0 notével surto de construgto por toda a provincia, em especial nos meios urbanos, para © que decerto nao deixou de contribuir a isengéo de dez anos de que beneficiam os rendimentos dos prédios cons- trufdos de novo, prevista na legislagéo em vigor, tem de reconhecer-se porém, que muitas vezes as novas casas construfdas o tém sido com meros intuitos especulativos, 1548 descurando totalmente as reais necessidades habitacionais dos diversos micleos € os recursos econémicos da grande maioria da populagio. Assim, a experiéncia colhida da execugio do regime vigente parece desaconselhar 0 estimulo indiscrimit da construgio, que tantas vezes tem absor necessérios a0 desenvolvimento da produgao industrial, € a substituicao do sistema actual por um esquema maledvel, susceptivel de se adaptar aos diversos condicionalismos das varias regides ¢ localidades da provincia, visando, em primeira linha, fomentar ¢ apoiar a construgio de habita- ges que, pelo nivel das suas rendas, estejam ao alcance das camadas populacionais de mais modestos recursos. 4, Na determinaao da matéria colectével do presente imposto tem também projeccto o princfpio de tributagéo do rendimento real que norteia a reforma em que se inte- gra, pelo que, tratando-se de prédios arrendados, se aten- deri. coma base de tribuiacio, ao rendimento illquida representado pelas rendas contratuais efectivamente rece- bidas pelo senhorio, ao qual se ‘abatem depois diversos encargos por aquele suportados, como os respeitantes a energia para elevadores, retribuicio de porteiros, ilumina- G0 ou climatizagio central, prémios de seguro, etc. Tratando-se de prédios no arrendados, no poderia fazer-se mais do ae manter a actual tributacko basenda num rendimento estimado, obtido por confronto com pré- dios idénticos dados de arrendamento, na qual se intro- duzem, no entanto, alguns ajustamentos de pormenor. Pelo que respeita ao proceso de apuramento do rendi- mento colectavel, além de tele se haverem introduzido diversos aperfeigoamentos de cardcter técnico, cabe referir (© regime previsto para os prédios isentos. cujo rendimento passa’ a constar da respectiva mattiz, ¢ a adopgo de ca- demetas prediais. para registo dos principais elementos respeitantes ao. prédio, documento que a lei vigente des- conhece ¢ se afigura de grande ulilidade para os servigos € 0s contribuintes. 5. Seguindo a mesma orientagio j4 consagrada na re- forma do impusto profissional, incorpora-se no presente imposto 0 adicional criado pelo Diploma Legislative n2 3767, de 7 de Outubro de 1967. e suprime-se 0 selo de conhecimento que incidia sobre 0 somatério da colecta da contribuigéo predial e do referido adicional. Assim, a taxa de 20 por cento prevista no e6digo mais mio representa do que a actual taxa de 12 por cento, acrescida do adicional (50 por cento para os corpos admi- nistrativos e 3 por cento para o Fundo de Turismo) ¢ do selo de conhecimento (8 por cento sobre 0 montante da colecta e respectivo adicional). 6. A incidéncia do Imposto Predial Urbano sobre ren- dimentos reais implica que, tal como acontece com a res- tante tributagio do rendimento, a determinagio da maté- tia colectével € a correspondente liquidagio s6 possam tealizat-se no ano seguinte ao da percepgio dos rendi- ‘mentgs, 0 que poderia, contudo, ser fonte de dificuldades para 0 tesouro da provincia Para obviar a ‘ais inconvenientes, determina-se que 0 imposto referente aos prédios arrendados seja, em cada ‘ano, objecto de jag provieéria, com base no rendi- ‘mento colectével inscrito nas matrizes e correspondente as tltimas rendas contratuais declaradas pelo contribuinte, procedendo-se, depois de apurado o montante exacto da matéria tributavel, ou & liguidacio adicional, pela dife- renga, ou & anulagio, pelo excesso. BOLETIM OFICIAL DE Nestes termos: Ao abrigo da autorizagio concedida pelo artigo f° Decreto n° 47965, de 26 de Setembro de 1967; Uuvido 0 Conseino Kconémico € Social: 4 Usando da competéncia atribulda pelo artigo 151," Constituigio, 0 Governador-Geral de Angola determ © seguinte: Artigo 1° B aprovado o Cédigo do Imposto P Urbano, que faz parte do presente diploma legi Ant 2°—1. © OSdigo comegart o vigorar em provincia no dia 1 de Janeiro de 1971, 2. Sem prejuizo do disposto no n° 1 do artigo 94 30 Geral Tributério, as isengdes permanentes deg tribuigéo predial urbana previstas na legelaggo em € que pelo cédigo nfo sejam mantidas caducam a p da sua entrada em vigor. " 3. As isengSes tempordrias de contribuiglo pred ‘bana previstas na legislacdo vigente ¢ j& eoncedidas’ teconhecidas & data do presente diploma svbsistirto ao fim do respective prazo. ‘ 4, Enquanto nfo for revisto o regi industrial, manter-se-& em vigor a i de ensino prevista no in 17 do artigo 3° do regu aprovado pelo Diploma Legislative n.° 2149, de Maio de 1949, 5. servigo de conservagio das matrizes do ani 1970, seré encerrado nos termos da legislagio vige quidando-se 0 imposto a pagar em 1971 sobre os mentos colectéveis nelas inscritos, referentes ao ano rente, . 6. A liquidagdo a que se refere o niimero ante rectificada nos termos do n.° 2 do artigo 104, do Ro que respeita aos prédios arrendados, e com base rendimentos colectéveis constantes das matrizes, qua a0s nfo arrendados, devendo cobrar-se ou adular-e i diferengas no més de Outubro de 1971, cuuluime o dp} posto nos artigos 118° e 119.° do cédigo, com as adap ses necessérias, 7. A cobranca do imposto incidente sobre os mentos de 1970, nos casos em que a determinaglo matéria colectével deva ter tnicamente por base a deli ago do contribuine, seré também efectunda em Owl ie 1971. Art. 3.° As diividas que surgirem quanto & entrada vigor de qualquer disposicéo do c6digo, com exct das relativas a incidéncias © a isengdes, serio pelo Governador-Geral, em despacho a publicar no tim Official. An. 4* Até se proceder & renovacto das asi trizes, com observancia do disposto no artigo 59434 cédigo, continuaréo as mesmas a ser utilizadas, corigi se, porém, os rendimentos dos prédios no pela forma seguinte: @) A correcgto efectuar-se-4 multiplicando os 7 mentos inscritos na matriz. por factores dos com base cm fndices que exprimam. tiagdes sofridas pelos mesmos rendimeniigre 4) Os indices serio estabelecidos por cada érea ‘com base em avaliagSes de prédios-tipo, WM cionados por época de inscrigio ¢ por es de rendimentos matticiais; IT SRIE—N.° 238—13 DE OUTUBRO DE 1970. ©) A avaliagio de prédios-lipo ter em vista deter miar 0 seu rendimento colectével por compa- ago com prédios que se encontrem arrenda- dos ¢ que methor sirvam de padrio; Os faciwres referidus ni aiea Gj sexu fiaadus pelo Governador-Geral, em despacho proferido sob proposta da Direc¢ao Provincial dos Servi- gos de Fazenda c Contabilidade ¢ publicado no Boletim Oficial Ant. 5° $6 depois da correcgio dos rendimentos colec- ukeis se procederé 4 revisio. das inscrigdes: matriciais Art. 6." Das correcges feitas nos termos do artigo 4.° poderdo os contribuintes reclamar com os fundamentos previstos no artigo 133.” do cédigo. no prazo de trinta dias, aunciado por editais, logo que ax respectivas operagées sw encontrem concluidas em cada drea fiscal. Art. 7." Os secretdrios de Fazenda mandardo incluir em proposta de avaliagio, organizada nos termos do n° 2 fo artigo SI." do codigo, os prcdios cujos rendimentos solectiveis resultantes da correcyiio sejam, em seu enten- det, manifestamente inferiores Aqueles com que os mes- mos prédios deveriam estar inscritos, ¢ bem assim os que te encontrem inscritos nas matrizes sem rendimento, ainda ‘que por motivo de isengio. Art. 8." Concluidas, em relagio a cada drea fiscal ou aaleriores, a Direcgio Provincial dos Servicos de Fazenda ¢ Contabilidade anunciaré no Holetim Oficial a data a perir da qual as. respectivas matrizes, reorganizadas, domecario a ser utilizadas_para fins fiscais, Art. 9." As modificagdes que de futuro se fizerem sobre nattria contida no c6digo serio consideradas como fa- undo parte dele-e inseridas no lugar préprio, devendo ser smpre efectuadas por meio de substituigio dos artigos aterados, supressdo dos artigos initeis ou pelo adiciona- mento dos que forem necessérios, Art, 10." O Governador-Geral poderd, por-meio de des- echo, alterar os modelos dos impressos que fazem parte do e6digo, competindo A Direccio Provincial dos Servigos, Fazenda e Contabilidade mandar adoptar os mais que # tornem necessdrios & execugao interna dos servigos de que trata 0 mesmo cédigo. Art, 11. Por infracgBes ao disposto no cédigo, cometi- dus durante o ano de 1971, 56. poderio ser levantados tis de transgressio com prévia autorizagio do Gover- judor-Geral, que a concederd inicamente quando julgue havido culpa grave. ‘Art. 12° A receita do presente imposto seré repartida 'a proporgao seguinte: Pera o Esiado... .... . . 682 por cento Para os corpos ad: circunscrig6es administrativas . 30. >» Para o Fundo de Turismo . . . 18 > > 'Publique-se € cumpra-se como nele se contém. Residéncia do Governo-Geral de Angola, em Luanda, 1 de Outubro de 1970.--O Governador-Geral, Camilo Augusto de Miranda Rebocho Vaz, Cédigo do Imposte Predial Urbano \ CAPITULO J Incidéncin Artigo 1° © imposto predial urbano incide sobre os luimentos dos prédios urbanos situados na provincia 1549 Art, 2°— 1. Considera-se rendimento dos prédios urba- nos, quando arrendados, o valor da tespectiva renda expresso em moeda cotrente: ¢, quando 0 no estejam, a equivalente utilidade que deles obtiver, ou tenha possi- bilidades Ge obter, quent pussa usar uu ftuit Uy meSnUS prédios. » 2. Nao incide imposto predial sobre aquela utilidade, quando os prédios se encontrem adstritos, por quem os Use ou frua sem pagamento de renda, ao exercicio de acti- vidades sujeitas a imposto industrial, embora dele isentas. 3. Os prédios urbanos ter-se-o por no arrendados no caso do artigo 17.2 Art, 3°—1, Para efeito deste imposto, prédio urbano € toda a fracgfo de territério, abrangendo os edificios & construgdes de qualquer natureza nela incorporados ou assentes com cardcter de permanéncia, desde que faca parte do patriménio de uma pessoa singular ou colectiva, seja_susceptivel, em citcunstancias normais, de produzir rendimenta e esteja afecto a quaisquer fins que nio sejam a agricultura, silvicultura ou pecudria; e bem assim todo © edificio ou construgdo que se encontre nas condigdes anteriores, ainda mesmo quando situado numa fracgdo de territério que constitua parte integrante de um patri- ménio diverso ow nfo tenha natureza patrimonial. 2. Os ediffcios ou construgées, ainda que méveis por natureza, serio havidos como tendo cardcter de perma- néncia quando se acharem assentes no mesmo local por um perfodo superior a seis meses. Art, 4°—1. O imposto predial urbano ¢ devido pelos titulares do direito aos rendimentos dos. prédios, presu- mindo-se como tais as pessoas em nome de quem os mes- ‘mos se encontrem inscritos na matriz, ou que deles tenham efectiva posse. 2. Nos casos em que os rendimentos se repartam por diversos titulares, 0 imposto recairé sobre cada um con- soante 0 seu direito. 3. Quando se verifique sublocagdo de propriedade urba- na ou cedéncia de exploracdo de estabelecimentos mer- cantis ou industriais e a renda ou pregos recebidos pelo sublocador ou cedente, entendidos nos termos dos u.* 2 e 3 do artigo 16", exceda a renda ou ptegos por ele pagos, ficard este obrigado a imposto pela diferenca, 4, Tratando-se de propriedade resoluivel, 0 imposto serd devido por quem tenha 0 uso e fruigéo do prédio. 5. As pessoas singulares ou colectivas que beneficiem da cedéncia gratuita, a titulo precério, de quaisquer pré- dios pertencentes a entidades isentas de imposto predial sto obrigadas ao pagamento de imposio pelos rendimen- tos dos mesmos prédios. CAPITULO II Isengdes Art, 5°—1, Esto isentos de imposto ptedial urbano: 42) Os organismos corporativos ¢ as associagBes econd- micas, quanto ao rendimento dos prédios ou parte ‘dos prédios destinados a directa e ime- diata realizagio dos seus fins; ) As associagées ou organizacdes de qualquer reli- sido ou culto, as quais seja reconhecida perso- Nalidade juridica, quanto aos templos ou ediff- cios exclusivamente afeclos av cultu; ©) As pessoas singulares ou colectivas que cederem gratuitamente prédios, ou partes de prédios, que se destinem a servigos piiblicos, as associagdes humanitérias e aos organismos oficiais, oficiali- zados ou patticulares de benefictncia, assistén-

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