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Faculdade de Farmácia

• Departamento de Ciências Farmacêuticas

Tecnologia Farmacêutica:
TECNOLOGIA DAS EMULSÕES

Prof. Dr. Ademar A. da Silva Filho


1
Definição

Farm. Bras. 5. ed. :

2
EMULSÃO
• Grande importância na indústria
Importância e usos
1. Diluição Ö óleo em líquido imiscível Ö desenvolvimento de
fórmulas contendo lípides, carboidratos e vitaminas Ö
aplicação endovenosa (O/A – cuidados!!).

2. Fármacos c/ sabor desagradável Ö via oral Ö intolerável Ö


aceitável na forma de emulsão. Mascara sabor.

3. Dermatologia Ö cremes (emulsões O/A ou A/O) Ö


aumentar a atividade terapêutica Ö aumento superfície de
contato. Em dermatologia, observar:
– Consistência desejada
– Facilidade de espalhamento
– Facilidade de remoção
– Possibilidade de manchar tecido

4. Emulsões Ö Alto potencial termodinâmico Ö instabilidade


Ö cedem fármaco com facilidade
4
Componentes básicos
• Fase interna, dispersa ou descontínua

• Fase externa, dispersante ou contínua

• Agente emulsivo ou emulsificante:


– Interface.
– Para a estabilização. Interpolação entre as
fases, retardando a separação.
5
CLASSIFICAÇÃO DAS EMULSÕES
• Quanto a carga Iônicas +
-
Não iônicas

Óleo em água: O/A


• Quanto ao tipo
Água em óleo: A/O
Múltiplas: A/O/A ou
O/A/O

6
Composição
• Fase Aquosa
• Fase Oleosa
• Agente emulsificante

• Emulsões são sistemas termodinamicamente


instáveis, nos quais pode ocorrer separação
entre as fases aquosa e oleosa por fusão ou
coalescência das gotículas. Para evitar isso, deve
ser incorporada uma terceira fase – o agente
emulsificante.
7
1. COMPONENTES DA FASE
OLEOSA

• Agentes doadores de consistência de FO


• Emolientes (engordurantes)
• Emulsionantes
• Ativos lipofílicos não termolábeis
• Antioxidantes de fase oleosa

8
COMPONENTES DA FASE OLEOSA

• Substâncias lipossolúveis (óleos, resinas, ceras, gorduras) +


antioxidantes

• FASE OLEOSA
Ácido esteárico EHL = 15
Álcool cetílico EHL = 15
Álcool estearílico EHL = 14
Cera de abelhas EHL = 12
Lanolina Anidra EHL = 10
Óleo mineral EHL = 12
Parafina sólida EHL = 11
Vaselina sólida EHL = 12

ANTIOXIDANTES: Galato de propila, tocoferol, Butilhidróxianisol


(BHA), Butilhidróxitolueno (BHT), Palmitato de ascorbila 9
2. COMPONENTES DA FASE
AQUOSA
• Água destilada ou deionizada
– Ca++ e Mg++: Problemas. Evitar!

• Conservantes hidrofílicos não termolábeis


• Umectantes
• Ativos hidrofílicos não termolábeis
• Antioxidantes
10
COMPONENTES DA FASE AQUOSA

• Àgua, conservantes antimicrobianos,


corantes*, edulcorantes* e aromatizantes*
• EX: Conservantes: Conc.
Benzoato de sódio 0,5%;
Álcool benzílico (pH>5) 1-4%;
Ácido sórbico (pH<6) 0,1-02%
Imidazolidinil uréia 0,05-0,5%
Metilparabeno 0,05-0,3%
Propilparabeno 0,02-0,2%
Butilparabeno 0,02-0,2%
Cloreto benzalcônio 0,002-0,1% 11
3. Agentes Emulsificantes,
emulgentes ou emulsionantes
• Primários ou verdadeiros
• Secundários ou Auxiliares
• Produção in situ ou in loco

12
DETERMINAÇÃO DO TIPO DE EMULSÃO

1. Método por diluição


Depende da fase externa
2. Método ou ensaio de condutividade térmica
Fase externa adequada conduz corrente
elétrica
3. Método dos corantes
- Coloração contínua ou coloração em
forma de gotículas. Adição de corante
lipossolúvel (Sudan III) ou hidrossolúveis (Ex.
azul de metileno) às emulsões.

13
Teoria das emulsões
• Divisão de uma das fases do sistema
heterogêneo em pequenas esferas/glóbulos
resulta em aumento da superfície

• Tensão superficial* (T.S.)/interfacial dos


líquidos impede esta divisão

• Tensão interfacial (quando um líquido está


em contato com outro líquido imiscível):
– Resistência a fragmentação e tendência do
líquido de reduzir sua área de superfície a um
mínimo de energia potencial
14
Teoria da formação
• Quando um dos líquidos divide-se no interior
do outro forma-se uma fase interna, rodeada
por uma fase externa.

• Assim o processo de emulsificação implica


em um aumento na área interfacial (ΔS)

• Esse aumento leva a um aumento brusco da


energia livre de superfície (ΔG) decorrente do
aumento na área de contato entre as fases.
Teoria da formação

• Este fenômeno, em condições de temperatura


constante, pode ser descrito pela Equação:

ΔG = γi . ΔS
γi representa a tensão interfacial entre as fases
aquosa e oleosa.
Teoria da formação
Teoria das emulsões
• Emulsão possui elevada Energia potencial

• Necessário despender energia para vencer


a tensão interfacial

• *Durabilidade da emulsão versus somente


fator mecânico (agitação) em curto período

• Agentes emulsificantes para diminuir tensão


interfacial
18
Teorias da emulsificação
1. Teoria da tensão interfacial:
- Tensão interfacial é reduzida com o uso de agentes
emulsificantes

2. Teoria da cunha orientada:


- De acordo com a solubilidade do agente emulsificante,
estes se orientam de formas diferentes em torno das
partículas divididas.
- Fase em que o agente emulsificante é mais solúvel
geralmente se transforma na fase externa.

3. Teoria da película interfacial:


- Agente emulsificante forma película protetora e flexível ao
redor das partículas: quanto mais resistente for a película,
maior a estabilidade da emulsão
19
20
Agentes emulsificantes
• Emulsionantes, emulsivos, emulgentes, tensoativos,
surfactantes (SURFACE ACTIVE)...

• Grande parte possui estrutura anfifílica. Facilitam a obtenção


da fase dispersa.

• Originam uma película, um filme à superfície das 2 fases e


formam barreira resistente em volta de cada gotícula

• Estabilidade da película interfacial está relacionada


diretamente à estabilidade das emulsões

• Criam nas gotículas da fase dispersa um potencial elétrico


adequado de modo a provocar a repulsão mútua destas 21
gotículas
Funções do agente emulsificantes
1. Facilita a formação do sistema, diminuindo a tensão
interfacial
2. Forma um filme estável ao redor das gotículas da fase
dispersa
3. Produz e mantém a viscosidade requerida da formulação
4. Barreira elétrica
5. Aumenta a estabilidade da emulsão

Água e óleo
Tensão
são inimigos
superficial
mortais
entre os
dois
líquidos

Tensoativo
age ligando os
dois líquidos
Classificação dos agentes emulsificantes

De acordo com sua característica química:


1. Sintéticos
2. Naturais

De acordo com seu mecanismo de ação:


1. Primários ou verdadeiros
2. Secundários ou auxiliares

De acordo com o uso:


1. Para uso interno
2. Para uso externo
23
Agentes emulsivos: De acordo com o
mecanismo de ação
Primários ou verdadeiros: atuando diretamente
diminuindo a tensão interfacial, promovendo
estabilização e facilitando a obtenção da emulsão.
Ex: LSS, Cloreto de benzalcônio, etc

Secundários ou auxiliares: Possui fracas


propriedades emulsionantes. Aumentam a
estabilidade por aumentar a viscosidade das fases.
Usados geralmente em associação aos agentes
primários. Ex: álcool cetílico, álcool cetoestearílico,
bentonita.
24
Emulsionantes Auxiliares-
Espessantes da fase oleosa
• Álcoois graxos superiores de alto peso molecular:
álcool cetílico, álcool estearílico, álcool
cetoestearílico.

• Ésteres de ácidos graxos com álcoois graxos,


glicóis e polióis: Ex: monoestearato de glicerila.

• Óleos, gorduras e ceras naturais modificados ou


não: cera de abelhas, parafina.
VER ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE
25
TODOS ELES! Handbook!
AGENTES EMULSIFICANTES
AUXILIARES

VER ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE


TODOS ELES! Handbook! 26
De acordo com sua característica química:
• Sintéticos:

_
OSO3 Na+ Lauril sulfato de sódio
_
+ Cl
CH3
Quaternários de amônio
N CH3

CH3

• pH ideal para: aniônico (>8), catiônico (3-7)


e não-iônico (3-10) 27
De acordo com sua característica química:
• Naturais:
– Carboidratos (gomas adraganta, arábica)
– Proteínas (gelatina, caseína)
– Esteróis (colesterol, etc).

28
De acordo com o uso: USO INTERNO
Naturais:
Gomas: arábica e adraganta, Gema de ovo, gelatina,
lecitinas e extrato de malte;

Sintéticos Não Iônicos:


Monoestearato de glicerila, Spans, Tweens (ou
Polissorbatos)

Agentes emulsivos Auxiliares:


Metilcelulose, etilcelulose, carboximetilcelulose sódica,
Alginatos, pectina, gelose (ágar-ágar), dextrinas, sólidos
finamente divididos (bentonite ou silicato de alumínio).

VER ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE


29
TODOS ELES! Handbook!
De acordo com o uso: USO EXTERNO

Naturais:
- Saponinas (sais de ácido ursólico), ceras (palmitato de
cetila), lanolina (gordura da lã-colesterol e lanosterol)

Sintéticos Catiônicos:
- Sais de amônio quaternário: Ex. cloreto de cetilpiridínio e
outros.

Sintéticos Aniônicos:
- Sabões alcalinos e amino sabões: Oleato de sódio,
estearato de sódio, estearato de TEA, Palmitato de sódio,
etc.
- Compostos sulfonados: Sulfato de cetilo, sulfato de laurilo,
etc.

Sintéticos Não iônicos:


- Spans, Tweens, PEGs, etc. 30
31
VER ESTRUTURA E PROPRIEDADES DE
TODOS ELES! Handbook! 32
Agentes emulsionantes e tipo de emulsão
• O tipo de emulsão formada por um dado par de líquidos
imiscíveis depende de:

– Volume de cada fases

– Agente emulsionante utilizado


• Agente emulsionante predominantemente hidrófilo (EHL 8-
18) conduz obtenção de emulsão O/A

• Agente emulsionante predominantemente lipófilo (EHL 3-8)


conduz obtenção de emulsão A/O.

• por exemplo os sabões de metais alcalinos favorecem


emulsões do tipo O/A enquanto os sabões de metais
pesados favorecem emulsões do tipo A/O
33
34
Propriedades de um agente
emulsivo ideal
¾ Reduz a tensão interfacial, formam filme e barreira
elétrica

¾ Física e quimicamente estável, inerte e compatível

¾ Não irritante e não tóxico na concentração usada.

¾ Produz e mantém a viscosidade requerida da


formulação

35
Seleção do agente emulsivo
Fatores que afetam a escolha do agente emulsivo

¾ EHL
¾ Tipo de emulsão desejada
¾ Custo
¾ Compatibilidade
¾ Toxicidade
¾ Estabilidade química
¾ Validade do produto (“shelf life”)

36
Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo (EHL ou HLB)
• Emulsificante é anfifílico

• Há predomínio de alguma parte (Lipofílica ou hidrofílica).


Quanto maior o equilíbrio, melhores serão as características
como agente emulsificante.

• 1948 Griffin introduziu a noção de EHL para classificar um


composto de acordo com suas características hidrofílica e
lipofílica

• Griffin traduziu estas propriedades numa escala numérica

• Maiores valores de EHL maior a característica


hidrofílica
37
EHL ou HLB - EQUILÍBRIO HIDRÓFILO-
LIPÓFILO
Escala de Griffin

00-03 → agentes antiespumante

03-08 → agentes emulsivos A/O (ex: Spans)


07-09 → agentes molhantes

08-18 → agentes emulsivos O/A (ex: Tweens, gomas, etc)


11-15 → detergentes
15-20 → agentes solubilizantes

Em geral: EHL
EHL para emulsões A/O 3-8
EHL para emulsões O/A 8 - 18
38
 HLB > 8 ⇒ maior solubilidade em água
⇒ tensoativo é mais hidrófilo
⇒ EMULSÕES O/A

 HLB < 8 ⇒ menor solubilidade em água


⇒ tensoativo é lipófilo
⇒ EMULSÕES A/O

Em geral: EHL ou HLB


EHL para emulsões A/O 3-8
EHL para emulsões O/A 8 - 18
39
40
41
Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo (EHL ou HLB)
• Cada emulsão possui valor de EHL próprio, o qual
depende das substâncias lipofílicas e suas concentrações
na fórmula

• Assim como os emusificantes, cada componente da fase


oleosa possui valor de EHL com máxima estabilidade.

• Após determinar qual é este valor, se utiliza o


emulsificante com valor de EHL mais próximo.

• O EHL é um sistema utilizado para classificar moléculas.

IMPORTÂNCIA: planejar qual o melhor agente


42
emulsificante para estabilizar uma emulsão.
Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo (EHL)
• Valores de EHL são aditivos numa formulação. A
associação de Span 80 (EHL 4,3) + Tween 80
(EHL 15) pode originar emulsões A/O ou O/A
dependendo da proporção entre estes.

• Alguns agentes emulsificantes são incompatíveis e


não podem ser associados numa mesma
formulação.

• Mistura de emulgentes pode resultar em EHL


adequado, maior estabilidade da película,
consistência adequada na emulsão e formação de
complexos interfaciais adequados 43
Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo (EHL)
• Valores de EHL são aditivos numa formulação. Por
exemplo, a associação de Span 60 + Tween 60
pode originar emulsões A/O ou O/A dependendo
da proporção entre estes.

44
• Mistura de emulgentes pode resultar em EHL
adequado, maior estabilidade da película,
consistência adequada na emulsão e formação de
complexos interfaciais adequados

45
Vantagens da utilização de
misturas de emulgentes
- Complexo interfacial adequado
- Formação de película compacta e mais
aderida
- Aumento da resistência da película
(membrana)
- Possibilidade de ter apenas um emulgente
de alto EHL e outro de baixo EHL.

46
Para cada componente da fase oleosa há
um valor ideal de EHL para ser
efetivamente emulsificado

47
Determinação do EHL de uma emulsão

• Cálculo da proporção da F/O


• Considerar o EHL de cada componente da F/O
• Empregar as propriedades do EHL
• Encontrar o EHL final da emulsão
• Obter uma mistura de emulgentes que resulte
EHL igual ao da emulsão.

Cálculos e aplicações ao final deste


conteúdo
Considerações para formulação de
emulsões
• Consistência
• Estabilidade
• Fluidez

- Modificação com a adição ou retirada de


agente emulsificante auxiliar
- Modificação do agente emulsionante

49
Estabilidade Física das emulsões
• A emulsão é estável quando as gotículas
dispersas mantém suas características
imiscíveis e permanecem uniformemente
distribuídas por toda a fase contínua

• A separação da emulsão em suas fases é


conhecida como quebra

• Qualquer agente que destrua o filme


interfacial quebrará a emulsão
50
Estabilidade Física das emulsões
Fatores que levam à quebra de emulsões:
• Incompatibilidade na formulação:
– Ex: cloreto de cetilpiridínio + Oleato de sódio.
– Emulsão aniônica + sulfato de neomicina
– Presença de Ca++ e Mg++ com A.E. aniônicos

• Crescimento microbiano

• Mudança de temperatura:
– Aquecimento destrói maioria emulsões
– Formação de gelo rompe o filme interfacial
51
Equação de Stokes V = velocidade de sedimentação
D2 = diâmetro das gotículas
d1 = densidade da fase interna

D 2 .(d1 − d 2).g
d2 = densidade da fase externa
N = viscosidade da fase externa

V= g = aceleração da gravidade

18N
• Fatores que afetam a estabilidade e influenciam
na velocidade do creaming e sedimentação
- Dimensões das partículas.
- Densidades
- Viscosidade da fase externa

52
Possíveis alterações
• Floculação (agregação) e formação de creme
(creaming)
– Reversível
• Coalescência e separação das fases
– Irreversível
• Alterações físicas e químicas diversas

53
Floculação, creaming e sedimentação
• Floculação ou agregação: Reunião de vários glóbulos da
fase dispersa em agregados ou flóculos. Flóculos podem
sedimentar ou subir à superfície mais rapidamente que as
partículas dispersas.
– Ocorre perda do aspecto homogêneo, com possibilidade
do ativo se concentrar (dosagem imprecisa)
– A floculação pode ser seguida do creaming ou
sedimentação

• Creaming: ocorre a movimentação ascendente de partículas


com a formação de camada disposta na superfície.

• Sedimentação: ocorre a movimentação descendente de


partículas com a formação de camada disposta no fundo da
emulsão.
54
Coalescência e separação das fases
• Processo irreversível

• É o reagrupamento dos glóbulos da fase dispersa


(coalescência), ocorrendo separação completa das
2 fases, de modo a formarem duas camadas
distintas.

• Está relacionada diretamente com:


– Agente emulsivo
– Das características físicas da película formada. Quanto
mais eficaz a película, maior estabilidade das emulsões.
55
56
Estabilidade física das emulsões
9não apresentam separação de fases
9mantêm o aspecto homogêneo
9uniformidade no tamanho dos glóbulos
9número constante de glóbulos por volume
Fase Externa

57
Causas mais comuns da instabilidade
das emulsões

Relacionadas com a formulação ou matéria-


prima
ªvolume relativo inadequado entre as duas fases;
ªemulsificante não apropriado para o sistema;
ªconcentração inadequada do emulsificante;
ªpresença de impurezas nas fases O e A ou no
emulsificante;
ªadsorção de gases ou partículas estranhas.

58
Causas mais comuns da instabilidade das emulsões

· Relacionadas com a técnica de preparação

ªequipamento inadequado para a preparação do produto;

ªaquecimento inadequado;

ªcontaminação do equipamento;

ªperda excessiva de uma das fases por evaporação;

ªvelocidade de agitação e tempo de agitação inadequados;

ªdispersão inadequada devido à fase interna impropriamente


subdividida;

ªtempo de aquecimento e resfriamento inadequados.


59
Causas mais comuns da instabilidade
das emulsões
Relacionadas com a armazenagem
ªchoque mecânico ou vibração excessiva;

ªincompatibilidade entre componentes da formulação


e ou material de envase;

ªcondições de temperatura e umidade inadequadas;

ªcontaminação microbiana;

ªenvelhecimento do produto com deterioração de uma


ou mais fases e/ou do emulsificante. 60
PROCESSO TRADICIONAL DE EMULSIFICAÇÃO

O processo convencional de fabricação oficinal de


macroemulsões O/A ou A/O consiste no aquecimento
de todos os componentes solúveis na fase aquosa e
dos componentes da fase oleosa em temperaturas
entre 75 e 80°C.

Após a mistura das duas fases, e seguido um período


de homogeneização, é iniciado o resfriamento. Após o
resfriamento, adicionam-se os demais componentes da
formulação. 61
62
Bases autoemulsionantes

• Misturas de ingredientes usados para


preparar emulsões estáveis

• Composição: emulsionante e agente de


consistência de fase oleosa; algumas
contém emolientes.
EX: Crodabase CR2; Cosmowax FT, etc
63
Bases pré-manipuladas
• Aniônicas: Chembase LN, Lanette N,
Unibase N.

• Não iônicas: Cosmowax FT ou J, Polawax


ou GP-200, Crodabase Cr-2.

64
Homogeneizadores

66
Moinhos coloidais

67
Produção Industrial
Produção Industrial
Produção Industrial
Métodos Clássicos de Emulsificação

Continental ou da Goma Seca


goma (1): óleo (4): água (2)

Inglês ou da Goma Úmida


goma (1): água (2): óleo (4)

Método do Frasco (proposto por FORBES)


goma (1): água (2): essência (2)
71
Métodos de emulsificação
• Método continental ou da goma seca (Adição da fase
externa à fase interna contendo o agente emulsivo)
- Proporção para emulsão primária (4:2:1):
óleo (4):água(2):goma arábica(1)
- Mistura de óleo + goma em almofariz. Após, adição
de água

72
Métodos de emulsificação
• Método inglês ou da goma úmida (Adição da fase
interna à fase externa contendo o agente emulsivo)
- Proporção para emulsão primária (4:2:1):
óleo (4):água(2):goma arábica(1)
- Mistura de água + goma em almofariz. Após
formação da mucilagem, adição aos poucos de óleo

73
Métodos de emulsificação
• Método de Forbes ou método do frasco
• Utilizado para emulsões de óleo voláteis ou
substâncias oleosas de baixa viscosidade
• Proporção para emulsão primária (2:2:1 ou 3:2:1):
Essência (2):água(2):goma arábica(1)
- Mistura de Essência + goma
Garrafa: Agitação
Após formação da mistura, adição de água

74
ANÁLISES DAS EMULSÕES

• Determinação do tempo de validade


• Determinação do teor de água
• Determinação do pH
• Determinação da gordura total
• Viscosidade
• Diâmetro das partículas

75
Determinação do EHL de uma emulsão

• Cálculo da proporção da F/O


• Considerar o EHL de cada componente da F/O
• Empregar as propriedades do EHL
• Encontrar o EHL final da emulsão
• Obter uma mistura de emulgentes que resulte
EHL igual ao da emulsão.
• EHL COM BASE NO IA (índice acidez) e IS (índice
saponificação) PARA agentes emulsificantes
IS
EHL = 20 (1 − )
IA
Para o caso do monoestearato de glicerila temos:
161
EHL = 20 (1 − ) = 3 ,8
198
Cálculo de
Para o Tween 80 (polissorbato 80) temos: EHL
50
EHL = 20 (1 − ) = 15
198

MOORE & BELL, elaboraram fórmula para o cálculo do EHL de um


composto:

Noe . 100
IHL =
C 1

Em que:
IHL = Índice hidrófilo-lipófilo
Noe= número de grupos oxietilênicos na molécula 77
C1= número de carbonos na cadeia lipofílica
Cálculo de EHL
1.Calcule a massa total dos componentes da fase oleosa
2.Calcule a % parcial (fração) de cada um dos componentes
na formulação
3.Multiplique o EHL de cada componente pela sua fração.
4.Some os EHLs parciais e obtenha o EHL da emulsão

Teoricamente, o melhor emulsionante para


emulsificar uma emulsão é aquele cujo valor do
EHL mais se aproxima ao EHL da emulsão. No
entanto, este sistema é apenas orientativo e deve-
se testar tensoativos com valores de EHL próximos
ao da emulsão.
78
Cálculos de EHL ou HLB

Tween 65 EHL= 10,5


Goma adraganta= 13,2
Span 60= 4,7

1.Calcule a massa total dos componentes da fase oleosa


2.Calcule a fração de cada um dos componentes na
formulação
3.Multiplique o EHL de cada componente pela sua fração.
4.Some os EHLs parciais e obtenha o EHL da emulsão 79
1. Massa total dos componentes da F.O.:
– 5 + 26 + 18= 49 g

2. fração:
- 5 ÷ 49 = 0,102
- 26 ÷ 49 = 0,531
- 18 ÷ 49 = 0,367

3. EHL x fração:
- 0,102 x 15= 1,53
- 0,531 x 10,5= 5,57
- 0,367 x 9= 3,3

4. Somatório do EHL:
EHL da emulsão=10,4

Tween 65 EHL= 10,5 (valor tabelado)


Goma adraganta= 13,2
Span 60= 4,7 80
Cálculos de EHL ou HLB
• Cera de abelhas....... 15 g 15 (EHL)
• Parafina líquida........ 20 g 10,5 (EHL)
• Óleo vegetal .......... .. 9,0 g 9,0 (EHL)
• Glicerina..................... 4,0 g
• Ag. Emulsificante ...... 5,0 g
• Água dest. q.s.p........ 100 mL

• Goma adraganta EHL 13,2


• Laurilsulfato de sódio EHL 40,0
• Monoestearato de polioxietileno 11,1

• Qual o EHL da emulsão?


• Qual o agente emulsificante mais adequado para estabilizar a
emulsão?

81
Cálculos de EHL ou HLB

O número ótimo para formar uma emulsão depende


da natureza particular do sistema

Supondo, por exemplo, que 20 % de Span (EHL=


2.1) + 80 % de Tween (EHL= 14.9) é a composição
ótima para uma dada emulsão O/A, o número EHL
da mistura é dado por:

EHL???

82
Cálculos de EHL ou HLB
O número ótimo para formar uma emulsão depende
da natureza particular do sistema

Supondo, por exemplo, que 20 % de Span (EHL=


2.1) + 80 % de Tween (EHL= 14.9) é a composição
ótima para uma dada emulsão O/A, o número EHL
da mistura é dado por:

EHL (mistura) = 0.2 x 2.1 + 0.8 x 14.9 = 12.3

Neste caso um emulsionante com um EHL= 12.3


será o ótimo para a emulsão em causa.
83
Cálculos de EHL ou HLB
Tem-se uma mistura de Span 60 (EHL=4,7) e
Tween 60 (EHL=14,9), perfazendo um total de 5g.
Tais emulsificantes foram utilizados para
preparar-se uma emulsão do tipo O/A.

Dados: Experimentalmente a melhor emulsão foi


aquela que continha 50% de Span e 50% de
Tween.
Pergunta-se:
Qual o EHL da emulsão (FO dos óleos)?
84
Cálculos de EHL ou HLB
Resolução:

EHL óleo = (0,5 x 4,7) + (0,5 x 14,9)


logo: EHL óleo= 2,35 + 7,45 = 9,8

• EHL da emulsão = 9,8

85
Cálculos de EHL ou HLB
• Para preparar 120 g de uma emulsão,
utilizou-se 3% de tween 80 (EHL=15) e 1%
de span 40 (EHL=6,7).
Qual o EHL da mistura de emulsivos?

86
Cálculos de EHL ou HLB
• Para preparar 120 g de uma emulsão, utilizou-se
3% de tween 80 (EHL=15) e 1% de span 40
(EHL=6,7).
Qual o EHL da mistura de emulsivos?
EHL mistura= (% EHL A x EHL A) + (% EHL B x EHL B)

Resolução:
- % de Tween: ¾= 75% => 0,75 x 15= 11,25
- % de Span: ¼ = 25% => 0,25 x 6,7= 1,67
EHL da mistura= 12,92
87
Método para seleção do agente
emulsificante
• Utilizando o EHL

EHL mistura = f x EHL(A) + (1-f) x EHL (B)


f = Fração do agente emulsificante (A) na mistura ou
%A

EHL mistura = (EHL A x %A) + (EHL B x %B)

88
Cálculos de EHL ou HLB
- Numa emulsão, seu valor de EHL foi de 10,4 e utilizou-se 5
g de emulgente.

- Se utilizarmos uma mistura de span 80 (EHL 4,3) e tween 60


(EHL 14,9), qual a porcentagem e a massa de cada um a
ser utilizada para obter EHL de 10,4?

% A + % B = 1 (100%)
% A= (1 - % B)
EHL mistura= (EHL A x %A) + (EHL B x %B) = 10,4

Ou
EHL mistura = EHL(A) x f + EHL (B) x (1-f)
f = Fração ou % do agente emulsificante (A) na mistura
89
Resolução
• EHL mistura= 10,4
10,4= 4,3 x f + 14,9 x (1-f)
10,4= 4,3f + 14,9 – 14,9f
10,4 -14,9= 4,3f – 14,9f
- 4,5= - 10,6f
f= 4,5 ÷ 10,6 => f=0,42

% span 80: 42% (x 5g)= 2,1 g


% tween 60: 58% (x 5g)= 2,9 g
90
Qual o valor de EHL de uma mistura de 2 g de Span
60 (EHL=4,7) e 3 g de Tween 60 (EHL= 14,9)?

Fazer!!!

Em qual proporção Span 80 (EHL=4,3) e Tween 80


(EHL=15,0) devem ser misturados para obter um EHL
da mistura de 12,0?

Fazer!!!

91
Qual o valor de EHL de uma mistura de 2 g de Span 60
(EHL=4,7) e 3 g de Tween 60 (EHL= 14,9)?

R:
4.7 x 0.4 + 14.9 x 0.6 = 10.8

Em qual proporção Span 80 (EHL=4,3) e Tween 80


(EHL=15,0) devem ser misturados para obter um EHL da
mistura de 12,0?

R:
4.3.(1-x) + 15.x = 12 x = 0.72

72 % Tween 80 e 28 % Span 80

92

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