Teste Vocacional Digital

Alex Santos Bandeira Barra1, Victor Freitas de Azeredo Barros2, João Crisóstomo de Siqueira Neto3

Abstract  This article is part of the research:
"Vocational Digital Test" in which we have analyzed
different sites/online software published in Brazil. The
object is to assess how these interfaces while the
reliability of their results, the efficient resolution of
responses, the quality of the questions, the situations and
personalities profiles of proposed tests. In order to
compare their efficiency was proposed - as scientific
rebuttal - apply the Vocational Test and individually
interviewing each candidate.
Index Terms  Vocational tests; efficient, psychology,
Education
INTRODUÇÃO
A Orientação Profissional tomou forma e direcionamento
para o mercado de trabalho no início da década de 1960
quando do retorno dos soldados vindos da Segunda
Guerra Mundial. Coincidiu com o surgimento da
Psicometria – isto é – da aplicação tradicional de testes
psicológicos a fim de se compreender o perfil dos
candidatos, seja na esfera pública, como foi corrente nas
Forças Armadas, seja posteriormente na Iniciativa
Privada. Posteriormente iniciou-se a presença maciça dos
Testes Projetivos – que representaram um avanço no
entendimento da personalidade das pessoas. Diferentes
autores, em diferentes épocas e com distintas abordagens
teóricas deram base para o aprofundamento e avanço dos
testes psicológicos. Podemos caracterizar a Orientação
Profissional como pertencente às diferentes Escolas da
Psicologia e, portanto, obedecendo aos diferentes
enfoques epistemológicos. Como se sabe, basicamente
existem três epistemologias: o positivismo, a
fenomenologia e a dialética conforme anunciou [4]
(2003). Cada método desse implicará numa concepção
teórica.
Se fala por exemplo dos testes psicológicos, pode-se
concentrá-los numa leitura mais técnica e objetiva –
portanto – positivista. Se a análise considera outros
fatores da personalidades, como aspectos sociais, isso
pode significar uma abordagem mais humanista, isto é,
pertencente à fenomenologia. Se a tipologia em análise
considera aspectos sociais e psíquicos, conforme suas
distintas características, além de serem utilizados outros
procedimentos técnicos no entendimento múltiplo da
personalidade, podemos definir essa abordagem como
dialética.
Nesse sentido sinteticamente podemos dizer que
existem três abordagens teóricas. Positivismo,
Fenomenologia e Dialética.
ENFOQUE POSITIVISTA
Podemos dizer que entre 1920 e 1960 no Brasil
predominou no campo da Orientação Profissional uma
tendência positivista, isto é, o enfoque era direcionado
para a utilização de testes psicológicos de caráter
objetivo, a chamada Psicometria.
A revista Arquivos Brasileiros de Psicotécnica foi,
nos anos 50 e 60, o principal instrumento de divulgação
dos trabalhos de Orientação Profissional, em sua maior
parte baseados na Psicometria. A partir de 1960 a revista
ainda publicou muitos artigos sobre Orientação
Profissional, porém, com enfoques um pouco mais
diversificados. Além dos estudos experimentais de testes,
apresentava estudos sobre, por exemplo, os valores do
orientador profissional, as dinâmicas da personalidade, os
fatores culturais envolvidos na motivação da conduta
humana, psicologia aplicada à infância e à adolescência,
entre outros [1]
Os limites impostos à Psicometria são amplos e
extensamente criticados em diferentes campos da ciência.
Como exemplo, têm-se distintas críticas realizadas por
autores da área educacional. A Psicometria – isto é, o uso
de testes psicológicos de caráter objetivo, permitem
compreender as características de personalidades do
candidato, de maneira a se mensurar quais fatores ou
indicadores fazem parte da Escolha Profissional. As
críticas são concernentes ao reducionismo matemático,
isto é, que só enxerga o aspecto quantitativo e desmerece
os elementos qualitativos. Dito de outra forma: a
Psicometria afere e diagnostica situações a partir de
fatores neutros e estatísticos, mas não consegue apontar
outros elementos que também compõe a estrutura de
personalidade do sujeito como os fatores sociais, isto é,
como a influência da carreira no modelo neoliberal
impõe uma pressão sobre a escolha dos candidatos. Ou
seja: o reducionismo limita o campo de análise e
prejudica a avaliação vocacional. Não se está dizendo

1
Alex Santos Bandeira Barra. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Inhumas. Avenida Universitária, s/nº, Vale das
Goiabeiras, 75.400-000, Inhumas, GO, Brazil, alexbarrago@yahoo.com.br
2
Victor Freitas de Azerêdo Barros, CAPES Foundation, Ministry of Education of Brazil, Brasília/DF – Brazil, PhD Student Information System and
Technology, School of Engineering - University of Minho, Guimarães, Portugal, Rua Gil Vicente, 18, Nogueira, Braga, Portugal, vfbarros@gmail.com
3
João Crisóstomo de Siqueira Neto. Pesquisador do Programa de Iniciação Científica do CNPq. Departamento de Informática. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, campus Inhumas, Brasil, netox_hoppus@hotmail.com
DOI 10.14684/ICECE.8.2013.396-400
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com isso, que não existam pontos positivos na avaliação
psicométrica. Existem, e são vários. O principal
certamente é a análise baseada em indicadores que impõe
uma objetividade que torna a precisão da avaliação mais
apropriada. Não se pode desmerecer essa característica.
ENFOQUE PSICODINÂMICO
O desenvolvimento da Teoria Psicanalítica de Sigmund
Freud sobretudo a partir de 1916 quando os principais
conceitos psicanalíticos foram estabelecidos contribuíram
para o detalhamento de diferentes características da
Personalidade, tais como os sonhos, os tipos de neurose, a
característica da psicose, etc. A partir dessas
considerações e motivadas por disputas teóricas autores
como Jung e Adler dentre outros também caracterizaram a
personalidade utilizando concepções teóricas divergentes
do pensamento freudiano.
A teoria de Jung foi questionada por Freud por tratar
de aspectos ligados à formação filogenética e
desconsiderar, entre outros elementos, os aspectos ligados
à ontogênese, que estão por sua vez ligados à sexualidade.
Em outras palavras: Jung hipervalorizou a formação
inconsciente, inclusive através do chamado Inconsciente
Coletivo, mas desvalorizou as fases do desenvolvimento
da libido na formação da neurose.
Freud destaca a influência da teoria de Adler.
A teoria adleriana dá ênfase à contrapartida disso, ou
seja, o constituinte egoístico dos impulsos instintivos
da libido. Isso teria sido uma aquisição apreciável se
Adler não tivesse utilizado essa observação em todas
as ocasiões para negar os impulsos libidinais em favor
de seus componentes instintivos egoísticos. Sua teoria
se comporta como todo paciente e como nosso
pensamento consciente, ou seja, faz uso de uma
racionalização, como Jones [1908] a denominou, para
ocultar o motivo inconsciente [3].
A teoria de Adler priorizou as características sociais
em detrimento dos aspectos psíquicos. Conforme Freud
destacou, houve uma valorização dos elementos do Ego
em substituição às características libidinais. Pode-se dizer
que Adler divulgou uma teoria eminentemente
psicossociológica, utilizando a esfera da libido visto a
partir de uma concepção social e egoica. Mais tarde
outros autores vão se basear nessa concepção para
motivarem teorias bem mais complexas e também
eminentemente sociais como fizeram Reich e os autores
Frankfurtianos [6]. No caso dos autores da Escola de
Frankfurt, que, de distintas maneiras, trataram da
influência social, principalmente a partir do mundo
capitalista, sob o aparelho psíquico. Com destaque têm-se
Adorno, Horkheimer e Marcuse. Os três, de diferentes
maneiras conceberam a influência do capitalismo sobre a
'subjetividade humana' e, de certa maneira isso serviu para
conhecermos melhor a maneira como nossa personalidade
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é formada e constituída. Se antes a personalidade era vista
apenas por seus determinantes psíquicos, com o
desenvolvimento das teorias frankfurtianas pôde-se
compreender também a constituição social. Isso nos ajuda
a entender melhor a influência do mundo capitalista, na
escolha de uma determinada área profissional, por
exemplo.
O estudante do ensino médio, adolescente, já cheio
de conflitos de ordem social, psíquica e biológica, pois
em todos os setores de sua vida existe um
desenvolvimento instável conforme descreveu [2] (1987)
a partir de uma síntese interessante que ele realizou sobre
as fases do desenvolvimento da libido elaboradas por
Sigmund Freud.
Segundo [2] (1987):
a gradual progressão da criança no seu
desenvolvimento para a maturidade é perturbada pelas
transformações da puberdade que altera seu físico,
seus motivos, suas capacidades e as demandas do
meio sobre ela, tudo isto obrigando-a a uma profunda
reorganização intrapsíquica [2, 1987, p. 85].
O adolescente será certamente influenciado pelos
aspectos do mercado de trabalho – isto é, do mundo
capitalista. Sua personalidade não é determinada tão
somente por suas escolhas de personalidade, isto é, suas
identificações realizadas na infância, por exemplo, mas
também pelo caráter social, isto é, do mundo que se vive,
considerando o retorno financeiro de uma determinada
área profissional, as chances de aprovação num concurso
público, as expectativas de crescimento na área – a oferta
e demanda no mercado – entre outros fatores
eminentemente sociais que interferem diretamente na
escolha “pessoal” do candidato. Isso significa dizer que o
determinante psíquico não pode desconsiderar o aspecto
social. E o aspecto social não pode desmerecer o aspecto
psíquico. Ambos devem andar juntos e 'dialeticamente'
separados como bem descreveu Marx e Engels em A
Ideologia Alemã. Ou seja: “não é a consciência que
determina a vida, é a vida que determina a consciência”
[5, 1984, p. 23]. Isso significa que não podemos analisar o
psíquico apenas pela leitura interna, isto é, dos aspectos
puramente pessoais. Devemos analisarmos sobre o prisma
também da práxis, que permite compreendê-lo numa
aparente contradição, mas que se 'suportam' justamente
porque são iguais e diferentes ao mesmo tempo. Nem
devemos supervalorizar os determinantes sociais; nem
esquecê-los. É preciso conviver com essa sofisticação.
Aparenta dissenso mas não é. Aparente consenso mas
também não é. É dialeticamente lógico, embora seja
formalmente contraditório, mas tem a lógica própria da
práxis.
Na prática isso significa que a escolha profissional
passa pelo entendimento de uma escolha que se estrutura
no âmbito de sua infância, de sua constituição psíquica,
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que passa pela leitura de como cada estudante subjetivou.
Se o adolescente foi sempre uma criança pouco
ambiciosa, que tinha poucas expectativas em relação ao
futuro; se seus pais também eram modestos e pouco
'agressivos', isto, de certa maneira, tolherá um pouco as
escolhas desse adolescente no futuro. Com isso, quer-se
dizer: os elementos psíquicos tem seu valor na formação
da personalidade e tornam as escolhas menos ambiciosas
se o adolescente era modesto. Ou seja: a influência dos
pais é determinante em muitos aspectos. Por outro lado, a
influência social, uma nova namorada por exemplo,
podem tender a tornar este mesmo estudante mais
corajoso, movendo-o para o lado mais ambicioso. Isso
quer dizer: o lado psíquico é fundamental, mas os
elementos sociais serão tão fortes quanto. Enfim, as duas
mediações precisam ser consideradas na escolha
profissional.
ENFOQUE DIALÉTICO
A abordagem dialética tem diferentes denominações:
sócio-histórica, histórico-social, teoria critica, dialética
etc. O que caracteriza essa abordagem é o fato de se
considerar os aspectos sociais como importantes na
análise dos aspectos individuais. Isso significa que a
“história” entendida como pertencente à constituição da
identidade torna o indivíduo em processo permanente de
formação. Ou seja: não podemos analisar a personalidade
somente por aspectos puramente individuais. Devemos
enxergar também de fora, isto é, a partir dos elementos da
ordem do mundo capitalista. Enxergar somente a partir de
“dentro” do sujeito é verificar somente aspectos internos,
e portanto, liberais. Enxergar de fora, ao contrário, é
permitir fazer as críticas necessárias. Dessa maneira,
pode-se dizer: a abordagem dialética enxerga os sentidos
e significados, conforme descreveu Vigotski (1998) a
partir de elementos da sociedade capitalista que é o viés e
construtor da subjetividade humana. Ou seja: a
particularidade histórica, isto é, esse modelo de sociedade
que vivemos faz parte de “um momento” e não de “o
momento” da história. A função, portanto, da Orientação
Profissional nesse modelo é analisar a escolha
profissional considerando-se aspectos que sejam
eminentemente sociais e desocupá-los de sua função
engessada e falsamente universal. Poderíamos, a partir
dessa discussão entrar no âmbito do que se chama de
Teorias Pós-modernas e fazer as devidas críticas. Mas,
por ser fora do contexto deste artigo, não o faremos.
ENFOQUE CONSTRUTIVISTA
Utilizaremos como modelo de análise de nossa pesquisa
as teorias de Gardner a partir do que ele chamou de
Teorias Múltiplas. Essa análise servirá para embasar
nossa pesquisa, pois o modelo teórico adotado por este
autor estabelece o entendimento de distintas
características de personalidade e, portanto, aproximará o
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sujeito da escolha profissional mais parecida com sua
personalidade. Como se sabe o Construtivismo foi
inicialmente desenvolvido por Jean Piaget. Ele o cunhou e
basicamente analisou aspectos ligados à inteligência da
criança e a partir daí desenhou a partir de constatações
empíricas diferentes elementos do perfil intelectual das
crianças e adolescentes.
Gardner é discípulo de Piaget e deu continuidade em
seus estudos. Segundo Gardner existem sete inteligências
presentes no ser humano. São elas: 1. Linguística; 2.
Musical; 3. Lógico-Matemática; 4. Espacial; 5.
Cinestésica; 6. Interpessoal; 7. Intrapessoal. O perfil dos
alunos que analisaremos utilizarão esses indicadores
como diagnóstico do perfil profissional.
ANÁLISE DOS TESTES ON-LINE
Para efeito desta pesquisa foram analisados os seguintes
testes on-line4; Globo online5; Guia do Estudante6; Teste
Vocacional Grátis7; Mundo Profissional8. Teste
Vocacional Guia da Carreira; Vestibuol.
Montamos uma tabela em que foram especificadas as
características destes testes, comparando suas diferenças e
semelhanças.
Dividimos as características dos testes avaliados em
três aspectos: 1. Precisão dos Resultados; 2. Praticidade
na Aplicação e Correção; 3. Interface/Interesse do
Candidato; 4. Especificidade do Teste; 5. Perfil
Vocacional. Considerando cada item foi atribuída nota de
0 a 5, onde zero equivale à muito insatisfeito e 5 muito
satisfeito para compararmos os elementos distribuídos na
tabela abaixo. No quesito interface foi realizada pesquisa
com os candidatos avaliados. Nos demais aspectos foram
verificadas as características na avaliação empírica da
pesquisa. Na Tabela I é descrita as características de cada
teste. Na Tabela II foi atribuída a nota equivalente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em geral os adolescentes têm muitas dúvidas sobre a
escolha profissional e uma das funções do Teste
Vocacional na modalidade digital é garantir a precisão,
facilidade na aplicação e eficácia nas respostas de maneira
a permitir o entendimento da Escolha Profissonal que
mais se aproxima do perfil do estudante. Considerar os
diferentes perfis psicológicos, isto é, compreender a
timidez, o estudante calculista, o candidato mais
introspectivo, o agressivo, o alegre, o revoltado, o
imaginativo e tantos outros perfis é o desafio dessa
pesquisa.
4
http://www.colegio24horas.com.br/ogloboestagio/teste.asp#~
5
http://testevocacional.guiadoestudante.abril.com.br
6
www.mundovestibular.com.br/pages/teste_vocacional
7
www.guiadacarreira.com.br/teste-vocacional
8
www.vestibuol.com.br/site/index.html
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Tabela 1. Comparação dos Testes Online
Testes/Sites Praticidade na Aplicação
Com opções que retiram a
praticidade dessa aplicação,
com botões de radio para a
escolha das opções e um botão
submit para concepção do
Globo Online resultado. O botão de radio
deve ser usado em uma
situação rápida pois é um
botão pequeno e difícil de ser
marcado.
Interface
1. Ruim, pois não contém
animação, não tem som e a
caixa de texto na página inicial
é não é esteticamente
agradável.
2. Comparado ao teste Guia do
Estudante a interface não é
agradável pois a marcação dos
itens se dá pelo clique na caixa
de texto.
Perfil Vocacional
1. Associa o resultado à quatro
áreas de interesse.
2. Contém 75 frases ligadas à
carreiras o que é pouco
comparado ao teste QVI que
possui 270 quesitos;
Precisão
Apresenta perguntas sem muita
coesão deixando o usuário sem
saber pra onde está sendo
guiado. E por apresentar
pequena quantidade de áreas
de interesse deixa a precisão
do teste com uma porcentagem
baixa de confiabilidade.
Dependendo da lógica que o
resultado obter, o teste pede
que o usuário o refaça.

1. Muito prático, bastante
interativo com um controle da
porcentagem já executada do
teste.
Guia do Estudante
2. Com a possibilidade de
parar o teste e continuar
quando for desejado.
1. Ótimo, visual agradável com
animações e sons, movimento
ao abrir, no uso e ao fechar a
aplicação.
2. O uso da tecnologia Flash
torna o comportamento da
aplicação um tanto quanto
pesada.
Composto de 60 perguntas,
cada uma com duas opção de
resposta. Essas questões são
menos cultas. Dividido em
perfis idealista,centralizador,
ponta firme e prático.
As respostas são divididas em
apenas dois grupos, o sério e o
espontâneo. O que torna difícil
conceber um resultado preciso
com tão pouca informação.

É uma aplicação bem prática e
torna-se interativa no aspecto
questões, apresenta questões
atrativas para o publico alvo,
Mundo Vestibular como viagens, esporte
preferido, personalidades
preferidas, visando assim obter
o máximo de informações
pessoais do entrevistado.
Interface muito simples, tanto
na hora de marcar as questões
quanto para apresentar os
resultados, alem de apresentar
somente a pontuação para ser
conferida manualmente pelo
entrevistado.
Não é organizado somente por
campo de interesse, ele visa
também o perfil pessoal só
entrevistado, como gosto
pessoais, personagens que
admira.
Também peca no número de
questões, e ainda por usar uma
técnica a mais de
conhecimento do entrevistado,
o teste peca nessa questão.

Não é bem prática, o botão de Apresenta um visual bem 1. Desenvolvido com a divisão O teste tem uma abrangência
preenchimento é muito simples, com botões de radio e por campos de interesse, são de áreas muito pequena
pequeno. um submit para a presentação 19 perguntas com 5 opções de tornando menor a chance de
do resultado. resposta cada, podendo ser um resultado confiável.
Teste Vocacional Guia
respondida apenas uma.
da Carreira
2. Os campos de interesse são
divididos em campos, social,
artístico, administrativo,
educacional e psicológico.

Vestibuol Não conta com uma Interface fria e nada atrativa ira se É um teste com caráter Teste com questões bem
praticidade com botões de com, aplicação com falta de comercial com perguntas elaboradas e orientações sobre
difícil acesso para a marcação cor em sua interface. divididas em pares (A e B). qual carreira seguir, tal que foi
e comparação manual do descrita no final do teste
resultado com as áreas. acrescentando um ponto
negativo ao exame.

Outro aspecto a ser considerado é que a Orientação
Profissional deve superar o modelo tradicional, baseado
tão somente na aplicação e apuração dos testes.
Compreende-se aqui que a Avaliação deve ser feita de
maneira dialética, isto é, considerada a partir do contexto
social, psíquico e educacional. A escola que o estudante
frequenta pode lhe influenciar sobre a escolha
profissional; seu perfil psicológico, isto é, suas influências
familiares e identificações realizadas na infância. Além
disso, o contexto social, por exemplo, o excesso de cargos
públicos é um exemplo de como o lado social é também
fundamental na análise da Escolha Profissional. Em
síntese, podemos dizer que faremos uma análise baseada
numa multiplicidade de aspectos.
Por fim, ao analisarmos a Escolha Profissional e o
consequente Teste Vocacional proposto não podemos

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separar o trabalho realizado pela Psicologia. Entendendo
que essa atividade é instrinsecamente ligada à profissão
de Psicólogo, embora tenha influência direta de outras
diferentes áreas do conhecimento como Economia,
Pedagogia e Administração, certamente os procedimentos
- diversos – advém do campo da Psicologia.
A Psicologia, além de se constituir em ciência, pois
tem método e objeto de estudo definidos, também é
considerada uma profissão. Ou seja: ciência e profissão
são as duas configurações da área Psicologia. No quesito
profissional o Teste Vocacional se enquadra na análise
das funções e atribuições do profissional de Psicologia,
que deve ser desenvolver um trabalho conforme a
Instituição a qual pertence.
Se for uma escola pública pode se deparar com
professores desestimulados. Se for uma escola particular
“classe A” poderá lidar com pais que querem “mandar”
em professores e na coordenação da escola. Se for escola
de educação infantil, os pais podem incentivar ou rejeitar
o trabalho de professores e técnicos. Se for escola pública,
a atuação do conselho tutelar pode pressionar (ou
prejudicar) o andamento da Instituição, assim com as
constantes fiscalizações das Secretarias Educacionais que,
vez ou outra, querem mostrar serviço apresentando-se
muito mais como agentes autoritários do que facilitadores
da prática pedagógica.
Por esse motivo a Orientação Profissional focaliza
também na parte considerada de Extensão da escola. Ou
seja: não está diretamente ligada ao Ensino, mas busca alé
de traçar um perfil psicotécnico dos alunos, também lhes
oferecer uma atividade extra-curricular. Essa atividade
tem o objetivo de integrar os alunos valorizando os
relacionamentos sociais, dando oportunidade dos alunos
(do ensino médio) se conhecerem, opinarem e se
divertirem. Ou seja, um agregado de aspectos afetivos e
sociais são “promovidos” com essas atividades, dando a
devida socialização aos alunos e lhes permitindo se
desenvolver melhor. Segundo Marinho-araújo e Almeida
(2008) é preciso oportunizar projetos pedagógicos que
permitam a agilidade, criatividade, independência, postura
inquisitiva, tomada de decisão, estilos de aprendizagem
distintos nos alunos.
Como se sabe, a maior parte dos adolescentes
vivencia diversas angústias que são escamoteadas no
processo educativo, que geralmente somente trata da
mediação cognitiva, esquecendo desejos e sentimentos
dos alunos. E a integração nessas atividades tem como
objetivo um bom andamento do aluno na Instituição
servindo como “estratégias interdisciplinares de
comunicação e de ação que orientem os [alunos em
direção] ao sucesso escolar”(MARINHO-ARAÚJO;
ALMEIDA, 2008, p. 95) além de contribuir para a
formação subjetiva dos mesmos. “O contato com
conteúdos referentes à arte possibilita um outro olhar
sobre si mesmo e sobre o mundo” (SILVA, 2005, p. 31)
sem que falar que a arte (os projetos que desenvolvemos)
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permite oferecer oportunidades preciosas para o Psicólogo
escolar (SILVA, 2005).
Essas atividades têm o objetivo justamente de dá aos
alunos a oportunidade de se expressarem comparecendo o
que eles desejam e evidenciando seus dilemas e
contradições que enfrentam. Há muitos conflitos vividos
pelos alunos: dificuldade de relacionamento com o pais
(mais comum com os meninos), conflito com a mãe (mais
comum nas meninas), gravidez na adolescência, uso de
drogas na família, um irmão mais velho problema, ter que
estudar e ao mesmo tempo trabalhar no emprego com os
pais (alguns adolescentes se envergonham disso), ficar à
solta (sem ter o que fazer), bagunças e vandalismos
(trotes, pichações), etc. Enfim, toda uma gama de
dificuldades, problemas ou contradições psicossociais que
é papel do Psicólogo leva em conta. E, para isso, é
necessário saber como seu trabalho é visto na Instituição.
Como etapa seguinte, criar-se-a um teste vocacional
digital que consiga atender todas as características
avaliadas pelos testes online encontrados, isto é, que seja
de fácil manuseio, tenha uma interface agradável e que
analise de forma precisa e coerente o perfil vocacional
dos indivíduos que o utilizarem.
REFERÊNCIAS
[1] ABADE, Flávia Lemos. Orientação Profissional no Brasil: uma
revisão histórica. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Belo
Horizonte, nº. 6, 2005;
[2] D'ANDREA, Flávio. Desenvolvimento da Personalidade: enfoque
psicodinâmico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 8º edição, 1987;
[3] FREUD, S. “A História do Movimento Psicanalítico”. In: FREUD,
S. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de
Sigmund Freud, Vol. XIV. Imago: Rio de Janeiro: 1996;
[4] IANNI, Octávio. A Polêmica sobre Ciências e Humanidades, 2003
(mimeo). Disponível em:
<http://www.prpg.unicamp.br/IanniTalkOK.PDF>. Acesso em
10/07/2003.
[5] MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã: teses sobre
Feuerbach. São Paulo: Moraes, 1984.
[6] ROUANET, Sérgio Paulo. Teoria Crítica e Psicanálise. Rio de
Janeiro: Tempo Brasileiro, 2001;
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