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;~~JALES-SP
2018
(Letra Times New Roman, tamanho 12, negrito)
JALES-SP
2016
Palavras-chave:
Define brevemente os objetivos do trabalho, as razões de sua elaboração e a relação com
outros trabalhos. Não deve repetir o resumo, nem dar detalhes sobre procedimentos, resultados
e conclusões. Em geral, é a última parte a ser produzida, pois traz a indicação das partes contidas
no trabalh
1 INTRODUÇÃO
Inicialmente para tentarmos compreender a ciência Geografia e consequentemente sua área de
atuação, devemos antes de tudo buscar a compreensão do espaço geográfico que nos rodeia.
No entanto, isso se torna cada vez menos frequente nas salas de aula, sendo esta pratica deixada
de lado muitas vezes, passando-se a visar primordialmente a descrição de elementos e a
memorização de conteúdo, e não a análise e compreensão dos fenômenos como um todo.
A geografia em si, ainda carece de uma devida valorização em todos os âmbitos e na educação
não é diferente. O preconceito enfrentado e sua associação frequente com a História, não permite
muitos professores ainda nos dias de hoje, de aplicarem a ciência Geográfica como realmente
deveriam, o que se torna ainda mais agravante devido a carência de muitas escolas em relação ao
material didático e metodologia adequados para tal. Perante isso, o artigo proposto, visa nortear
alguns destes docentes sobre possíveis metodologias de ensino que poderiam contribuir para o
desenvolvimento crítico do aluno, principalmente no contexto geográfico, utilizando os croquis
como uma ferramenta de transformação.
Utilizaremos croquis aqui com as seguintes concepções (SIMIELI APUD NOBREGA)
Croqui e uma representação esquemática dos fatos geográficos.
Os croquis simplificam, mantem a localização da ocorrência dos fatos e evidencim os
detalhes significativos.
Os croquis podem assim ser classificados : croquis de analise-localizacao (permitem a
localização e analise de determinado fenômeno) ; Croqui de correlação (correlaciona duas,
três ou mais ocorrências) ; Croqui de sintese (permite analise, correlação e síntese do
espaço).
Como podemos observar em LIBERATTE muitos autores defendem a importância de iniciar a
Alfabetização Cartográfica já nas séries iniciais do Ensino Fundamental, pois, dessa forma, o
aluno estará construindo as noções fundamentais e necessárias para ser um leitor eficiente do
espaço em suas diferentes escalas“.
Os Parametros Curriculares Nacionais (1998) estabelecem que a Geografia tem por objetivo
estudar as relações entre o processo histórico na formação das sociedades humanas e o
funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem.
Isso apenas seria possível, se primeiramente houvesse o conhecimento prévio do aluno em relação
a sua realidade local , e o espaço geográfico que o rodeia, tais como escola, casa, bairro, etc. Os
croquis devem ser utilizados como ferramenta de introdução dessa ideia ao aluno, onde este
passaria a representar através de desenhos simples, a quantidade de processos e transformações
que ocorrem ao seu redor. Partindo primeiramente desse conhecimento local inicial, para
posteriormente poder assimilar e compreender o processo como um todo em um âmbito global.
De acordo com PEREIRA, ROCHA, SOUZA
O croqui interpretado como um desenho da representação, por meio de um conjunto
de signos, permite a percepção e interação imediata sobre o espaço representado, já
que o desenho é uma das principais atividades na educação infantil, contribuindo em
vários aspectos da alfabetização e letramento, como: coordenação motora, visão,
movimentos das mãos, organização do pensamento, construção das noções espaciais
e outros aspectos cognitivos de grande importância para a formação do
conhecimento.
3 METODOLOGIA
A metodologia utilizada para elaboração do presente artigo, se consisitiu principamentente em
levantamento e analise bibliográfica, além de depoimentos de professores da rede publica das
escolas municipais do município de Buritama- SP , quanto a sua utilização ou não dos croquis nas
series iniciais.
Os depoimentos foram realizados através de entrevista nas escolas municipais de Ensino
Fundamental possuindo como intuito principal estabelecer se existe ou não uma preocupação dos
professores da rede publica municipal com o ensino da disciplina de geografia e a utilização de
croquis como método de ensino.
A questão bibliográfica se resumiu em analisar experiencia proveitosas ocorridas em outros
municípios na expectativa de tentar proporcionar uma alternativa a respeito dos métodos de ensino
utilizados para a inserção do aluno no contexto da cartografia.
4. DESENVOLVIMENTO
Grande parte dos docentes entrevistados nas escolas municipais de Buritama acabam não
utilizando os croquis inicialmente na introdução dos alunos a cartografia nas series iniciais.
Segundo estes isso ocorre na maioria dos casos devido a estes seguirem a risca os materiais
didáticos fornecidos pelo município, e o ensino dos croquis não pertencer a grade curricular.
Isso acaba acarretando prejuízos aos alunos e ate mesmo aos próprios professores pois atraves de
um simples croqui de localização espacial, um professor pode trabalhar temas dos mais diversos
como a influencia das acoes do homem e sua relação com elementos da natureza, tais como
vegetação, relevo, rios, tempo, entre outros.
De acordo com Paz a inserção dos croquis dentro de uma sala de aula pode ocorrer de varias
formas .Para a realização de uma atividade inicial de croqui em uma sala de aula, será necessário
a explicação sobre a confecção de um croqui, além da apresentação de um que já esteja concluído,
de forma que os estudantes tenham conhecimento de alguns elementos cartográficos essenciais.
Inicialmente, pode-se solicitar aos alunos que representem o espaço da sala de aula através de um
croqui, inserindo a representação espacial dentro do papel. Os alunos devem ter autonomia para
representar por conta própria as dimensões das figuras presentes em sua sala.
Fonte :
A ilustração acima (Figura 2) foi realizada por alunos de uma pre -escola com relação ao circuito
de brincadeiras presente no pátio da escola. Nota-se como alunos com esta faixa etária possuem
uma ampla capacidade de representação espacial. Aqui então utilizamos os croquis como
instrumento para leitura do espaço, inserindo conceitos básicos de cartografia desde os anos
iniciais do aluno na sala de aula. Basicamente percebemos que o espaço físico esta amplamente
ligado ao caminho percorrido pela criança, onde esta vive, brinca e pratica novas experiencias.
A figura 3 representada acima, já permite uma elaboração mais detalhada e reflexiva. Esta
representa os estabelecimentos e locais mais marcantes para o aluno entre a escola e seu exterior
.Interessante notar como a escola não e tratada como figura centralizadora nesse processo , mas
que esta ligada diretamente a todos os outros estabelecimentos. Além disso, notamos a utilização
de diferentes dimensões nas figuras na expectativa de demonstrar através da representação gráfica
a noção espacial real de proporção.
Desenvolver a habilidade de observação dos arranjos espaciais e da dinâmica que se processa no cotidiano.
Perceber que esse espaço construído pela sociedade inclui elementos da natureza: o relevo, rios, animais,
vegetação, dia e noite, sol, chuva, vento, frio, calor, temperatura cuja interferência é ou não percebida pelas
pessoas no seu dia a dia.
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Nas séries iniciais é importante trabalhar a questão da construção do espaço geográfico. Segundo Mastrangelo
2001, construir o espaço significa sistematizar as impressões e experiências que a criança tem, de maneira que
ela perceba os signos e informações e se aproprie desse ambiente onde vive. Portanto, é fundamental partir do
local, do cotidiano, do dia a dia da criança, pois tendo por base o espaço de convívio, pode-se posteriormente
vislumbrar horizontes de relações espaciais mais amplos.
O desenvolvimento dessa noção de espaço passa por níveis próprios na evolução geral da criança, passando
do:
a) vivido;
b) percebido e
c) concebido
O que é a Vivência do Espaço?
O espaço físico é vivenciado através do movimento e do deslocamento da criança, onde ela vive, experimenta e
conhece. As idas ao mercado, trajeto casa-escola ou as brincadeiras no pátio, quintal e vizinhanças. A criança
percorre, delimita e o organiza segundo seus interesses e experiências.
A Percepção do Espaço
O espaço passa a ser percebido quando não precisa mais ser experimentado fisicamente, quando, por exemplo,
a criança lembrar do trajeto Escola-Casa ou quando ao observar uma foto, for capaz de distinguir as distâncias e
localizar os objetos. É o momento em que a análise do espaço passa a ser feita pela observação.
A Concepção do Espaço
É a etapa em que a criança começa a estabelecer relações espaciais entre elementos apenas através de sua
representação, por exemplo, quando adquire a capacidade de raciocinar sobre uma área retratada em um mapa.
Conhecimento geográfico e sua importância social A Geografia tem por objetivo estudar as
relações entre o processo histórico na formação das sociedades humanas e o funcionamento
da natureza por meio da leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem. Na busca
dessa abordagem relacional, trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem como
com os fenômenos sociais, culturais e naturais característicos de cada paisagem, para permitir
uma compreensão processual e dinâmica de sua constituição, para identificar e relacionar
aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações no tempo entre a
sociedade e a natureza em sua interação. Nesse sentido, a análise da paisagem deve focar as
dinâmicas de suas transformações e não simplesmente a descrição e o estudo de um mundo
aparentemente estático. Isso requer a compreensão da dinâmica entre os processos sociais,
físicos e biológicos inseridos em contextos particulares ou gerais. A preocupação básica é
abranger os mod 27 de existir e de perceber os diferentes lugares e territórios como os
fenômenos que constituem essas paisagens e interagem com a vida que os anima. Para tanto é
preciso observar, buscar explicações para aquilo que, em determinado momento, permaneceu
ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que neles convivem. O
espaço considerado como território e lugar é historicamente produzido pelo homem à medida
que organiza econômica e socialmente sua sociedade. A percepção espacial de cada indivíduo
ou sociedade é também marcada por laços afetivos e referências socioculturais. Nessa
perspectiva, a historicidade enfoca o homem como sujeito produtor desse espaço, um homem
social e cultural, situado além e mediante a perspectiva econômica e política, que imprime
seus valores no processo de produção de seu espaço. Assim, o espaço na Geografia deve ser
considerado uma totalidade dinâmica em que interagem fatores naturais, sociais, econômicos
e políticos. Por ser dinâmica, ela se transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas
redefinem suas formas de viver e de percebêla. Pensar sobre essas noções de espaço
pressupõe considerar a compreensão subjetiva da paisagem como lugar, o que significa dizer:
a paisagem ganhando significados para aqueles que a constroem e nela vivem; as percepções
que os indivíduos, grupos ou sociedades têm da paisagem em que se encontram e as relações
singulares que com ela estabelecem. As percepções, as vivências e a memória dos indivíduos
e dos grupos sociais são, portanto, elementos importantes na constituição do saber geográfico.
No que se refere ao ensino fundamental, é importante considerar quais são as categorias da
Geografia mais adequadas para os alunos em relação a essa etapa da escolaridade e às
capacidades que se espera que eles desenvolvam. Assim, espaço deve ser o objeto central de
estudo, e as categorias território, região, paisagem e lugar devem ser abordadas como seu
desdobramento. A categoria território foi originalmente formulada nos estudos biológicos do
final do século XVIII. Nessa definição inicial, o território é a área de vida em que a espécie
desempenha todas as suas funções vitais ao longo do seu desenvolvimento. Portanto, o
território é o domínio que os animais e as plantas têm sobre porções da superfície terrestre.
Mediante estudos comportamentais, Augusto Comte incorporou o categoria de território aos
estudos da sociedade como categoria fundamental, o que foi absorvido pelas explicações
geográficas. Na concepção ratzeliana de Geografia, esse conceito define-se pela apropriação
do espaço, ou seja, o território, para as sociedades humanas, representa uma parcela do espaço
identificada pela posse. É dominado por uma comunidade ou por um Estado. Na geopolítica,
o território é o espaço nacional ou a área controlada por um Estado-nacional: é um conceito
político que serve como ponto de partida para explicar muitos fenômenos geográficos
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de perceber e constituir a paisagem e o espaço geográfico. É por intermédio dos lugares que
se dá a comunicação entre homem e mundo.
INTRODUÇÃO