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Freud e

a Educação
(Maria
Cristina
Kupfer)I –
Freud,
aluno e
mestre.
Sigmund
Freud
nasceu no
dia 6 de
maio de
1856 em
Freiberg (
hoje
Pribor),pequ
ena cidade
da Morávia,
que na
época,
pertencia à
Áustria e
hoje está
anexada
àTchecoslo
váquia.
Seus pais
eram judeus
e a sua
família bem
numerosa.
Era o
maisvelho
dos oito
filhos do
segundo
casamento
de seu pai.
Já contava,
ao nascer,
comdois
meio-
irmãos, mas
era o
preferido.
Desde
cedo, os
pais
esperavam
que se
tornasseum
grande
homem o
que fez
Freud
desenvolver
sua
autoconfianç
a e o desejo
de
saber.Sua i
nteligência
era constan
temente de
safiada esti
mulando-
lhe desejo p
erene deco
mpreender
as coisas.
Os pais
jamais
mediram
esforços
nem
sacrifícios
para
lheoferecer
uma
educação
completa.Tr
atava-se de
um ensino
cujos
fundamento
s eram as
Humanidade
s.
Atravessoua
vida escolar
com
sucesso
saindo com
amplos
conheciment
os sobre as
culturas
gregae
latina, o
aprendizado
de várias
línguas e
com
interesse
pela
arqueologia,
que
lhefornecera
, no futuro,
muitas metá
foras (“a esc
avação
das camada
s
profundas d
amente”).Di
zia que a
Educação
foi
sua ferrame
nta
fundamental
por três
motivos: _A
scensão
social na
Viena da
época, já
que era
pobre e
judeu. _A
Educação
lhe permitiu
penetrar
num círculo
de
vienenses
cultos. _Pre
cisava ter a
cesso aos d
omínios do
conhecimen
to de seu te
mpo paraac
rescentar
algo.As
relações de
um
discípulo
com seu
mestre
foram
objeto de
reflexões
dopróprio
Freud e sua
idéia básica
era a de
que os
professores
herdam as
inclinaçõesc
arinhosas
ou
agressivas
antes
dirigidas aos
pais.Assim
que
se formou F
reud
começou a
trabalhar no
laboratório
de Fisiologi
a deErnest
Brucke,
uma pessoa
que
inspirava
respeito.
Abandonou
o mestre,
depois de
6anos,
convencido
por ele de
que a
pesquisa
pura era
adequada
para
aqueles
quepossuía
m melhores
recursos
financeiros.
Ingressou,
em seguida
no Hospital
Geral
deViena,
trabalhando
em várias
especialidad
es,
destacando
as relações
com
Meynert,
umgrande
especialista
em
anatomia do
cérebro. Ao
afirmar que
a Histeria
não era um
mal
1

exclusivame
nte
feminino,
encontrou
em Meynert
uma grande
resistência.
Deixou-o
paratrás
passando a
dedicar-se
ao estudo
das doenças
nervosas,
sendo
seu próprio
mestreEm
1885, Freud
foi a Paris
para
conhecer os
trabalhos de
Charcot,
grande
nomeda
neuropatolo
gia, o
terceiro de
seus
mestres.A
superação
das idéias
de Charcot
foi
inevitável
por causa
do advento
daPsicanális
e, com
melhores
caminhos
para a
tratamento
da histeria.
E mais uma
vez
serepete o
movimento
freudiano de
superação
de
abandono
dos
mestres.Nos
anos em
que
trabalhou no
laboratório
de Brucke,
Freud
conheceu
JosephBreu
er, um
clínico geral
de renome,
14 anos
mais velho
que ele e se
tornaram
grandesami
gos. Em 18
96, escreve
ram uma ob
ra conjunta:
Estudos sobre
a Histeria.
Noentanto,
discordava
m num
ponto: para
Freud, a
causa da
histeria era
de
naturezasex
ual e com
isto Breuer
não
concordava,
e aos
poucos os
dois foram
se
distanciando
.Como
queria gerar
conhecimen
to, Freud
sabia ser
necessário
ser mestre
de
simesmo,
mas algo
inconsciente
o impedia e
para
remover
impediment
os dessa
ordem
épreciso um
analista.
Encontrou-o
na figura de
Wilhelm
Fliess, que
desempenh
ou, sem
osaber, o
papel de
analista,
investido de
autoridade e
confiança,
porém, sem
interpretar c
oisa alguma.
Nessa auto-
análise
concluiu que
não
precisava de
professores;
cabia aoseu
verdadeiro
pai ajudá-lo.
Assim,
rompeu
definitivame
nte com os
antigos
mestrespas
sando a
ocupar ele
próprio, um
lugar de
mestre, pôs
fim à busca
de um
mestre-pai
ereencontro
u a si
mesmo.
Entretanto,
ser o próprio
mestre não
significava
ocupar o
lugar do pai
junto à sua
mãe. Era
preciso
matar
simbolicame
nte o pai,
depois de
admitir
asuperiorida
de dele,
para poder,
em seguida,
ser um
criador.A
partir daí,
Freud torna-
se chefe de
uma escola
e
organizador
de uma
instituiçãovo
ltada para a
divulgação
da
Psicanálise
e formação
de
analistas.
Era um
chefeterrivel
mente
autoritário,
sendo
capaz de
aprender
com seus
pacientes,
mas
romper com
quem o
ameaçasse
com idéias,
que
segundo
ele, iriam
desvirtuar a
Psicanálise.
Seu
magnetismo
, brilho e
inteligência,
cegavam
quem dele
se
aproximass
e. A
essaforça
de atração
entre ele e
seus
discípulos,
Freud cham
ou de
transferênci
a.
II - Freud
pensa
na Educação.
2

No final do
século XIX,
predominav
am as
explicações
orgânicas e
psiquiátricas
para
doenças
como as
esquizofreni
as, as
psicoses e a
histeria. Os
tratamentos
eram:eletrot
erapia,
banhos,
massagens,
hidroterapia,
, internação
e hipnose.
Pouco
sabiam
arespeito de
suas
causas.A
histeria é
que lhe
chama a
atenção
pelo grande
número de
pacientes
que
oprocuram
com vários
sintomas:
vômitos,
alucinações
visuais,
contrações,
paralisiaspa
rciais,
perturbação
de visão,
ataques
nervosos e
convulsões.
Freud queria
observar,an
alisar e
encontrar as
origens
daquilo.No
caso da
histeria, a
idéia
incompatíve
l é expulsa
pelo “eu” e
tornada
inócuapor
sua
transformaç
ão somática.
Freud
chama isso
de
conversão.S
e as idéias
incompatíve
is são
quase
sempre de
natureza
sexual,
então, o
quehá de
insuportável
na
sexualidade
? Esta
dúvida
conduziu-o
à Educação
para
averiguar qu
al o seu
papel na
condenação
da
sexualidade
, e daí a
descoberta
da
sexualidadei
nfantil.É
obvio que a
moral
transmitida
pela
Educação
incute no
indivíduo,
noções
depecado e
vergonha
que ele
deve ter
diante das
práticas
sexuais.
Restava
propor que
aeducação
não fizesse
uso abusivo
de sua
autoridade
porque a
correção
educativa,e
mbora
necessária,
nem por
isso
precisava
ser
excessiva.
1.As pulsões
parciais.
Para
entender a
sexualidade
infantil,
Freud
estudou as
perversões.
Descobriuqu
e na
constituição
dos seres
humanos
estão
presentes
práticas de
natureza
perversa,qu
e irão desa
parecendo
pela repres
são, submet
endo-
se ao domí
nio das prát
icasgenitais
com vistas
à procriaçã
o. Algumas
perversões
(exibicionis
mo, curiosid
adedirigida
aos órgãos
genitais dos
seus
companheir
os, prazer
de sucção,
prazer
ligado
àdefecação)
, que
permanece
m no adulto
são o
resultado
dessas
perversões
parciaisinfan
tis que se
recusaram a
cair sob o
domínio
da genitalida
de.A cada
um desses
aspectos
perversos,
presentes
na
sexualidade
infantil,
Freudchama
de pulsões
parciais.
Será uma
pulsão
dirigida ao
próprio
corpo, que
não
buscaráum
outro corpo,
como
acontecerá
por ocasião
do
desenvolvim
ento da
genitalidade.
3

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