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DIAGNOSTICAR VOZES
Um diagnóstico vocal bem determinado chega a equivaler a 50% de uma boa aula de canto. Não é apenas
o nosso ponto de partida, mas também define a trajetória da aula e como ela será conduzida. Por isso
a atenção a essa etapa é fundamental. Para que tenhamos um melhor desempenho durante o diagnóstico,
criamos uma sequência lógica para que você saiba que perguntas deve responder a si mesmo(a)
a fim de categorizar as debilidades vocais a serem enfrentadas.
PASSO 2
DETERMINAR SE HÁ CONEXÃO
Já próximos da região de passagem devemos ficar atentos se há conexão e também a
qualidade desta. Sem conexão alguma pode indicar perfis como Berrão Tipo 1, por não
passarem da 1ª passagem, ou Voz Falha Tipo 1, devido à mudança abrupta do mecanis-
mo que produz a emissão vocal. Quando há alguma conexão, mas ainda assim ela está
imperfeita, existem chances de enquadrarmos nos perfis: Voz Pequena Tipo 2, Voz
Falha Tipo 2, Berrão Tipo 2 ou Voz Desajustada. Os próximos passos determinarão em
qual destes perfis citados anteriormente nossos alunos se enquadrarão. Quando há
conexão equilibrada, a probabilidade maior é que nossos alunos estejam classificados
como cantores Full Voice.
PASSO 3
DETERMINAR CONSISTÊNCIA DE PREGAS VOCAIS
Ao longo de toda a execução do “AH” [a] em escala de 5 tons devemos estar atentos à
consistência de fechamento glótico, que é o fator que oferece resistência ao ar vindo
dos pulmões. Esse fator determina a eficiência glótica na conversão de ar em som. Debi-
lidades na consistência de pregas vocais podem indicar perfis Voz Pequena Tipos 1 e 2,
cuja consistência é insuficiente ao longo de toda extenão; Voz Falha Tipo 1 e 2, cuja con-
sistência muda bruscamente ao longo da extensão; e Berrão Tipo 1, cuja consistência é
demasiada.
PASSO 4
DETERMINAR SHAPE E/OU AÇÃO
DOS MÚSCULOS EXTRÎNSECOS
Como último passo, devemos determinar a ação dos músculos extrínsecos, que afetam
diretamente o shape de trato vocal. Uso demasiado de músculos extrínsecos e estrutu-
ras articulatórias tendem a ser indício de compensação fonatória. O Perfil Berrão Tipo
2 normalmente usa músculos extrínsecos em demasia para atingir notas agudas e con-
seguir algum tipo de eficiência fonatória através de compensações. Vozes Desajustadas
normalmente são denunciadas pelas irregularidades de ajustes do trato vocal.