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Artigo

A Bênção da Disciplina de Deus


J. Mark Beach
06 de Março de 2014 - Igreja e Ministério

Pais veem os benefícios da disciplina mais facilmente do que seus filhos. Quando eu era criança, nunca engoli de verdade a ideia de que
eu estava sendo punido porque meus pais me amavam. Minha opinião simplesmente era diferente. Agindo como meu próprio advogado
de defesa, eu ensaiava na minha mente a severidade da minha punição; eu considerava a precipitação do veredito, a desproporção
entre o crime e a punição. Eu alimentava minha autocomiseração e chorava no meu travesseiro. Injusto! Só quando fiquei mais velho
passei a ver a disciplina através de lentes mais limpas. E, claro, hoje fico feliz pela disciplina amorosa dos meus pais.

Mas e quanto à disciplina de Deus? Nós somos gratos por ela? Nós vemos o seu amor nela?

Como crentes, lutamos para aplicar essa lição de infância para a nossa caminhada na fé. Frequentemente vemos a disciplina de Deus de
uma perspectiva infantil. Nós sofremos — nos apressamos em perguntar: por quê? Quando coisas ruins acontecem com o povo de Deus,
nós ficamos confusos com espanto, frustração ou dúvida. Nós questionamos a sabedoria de Deus. Nós questionamos os motivos de
Deus. Assim como a disciplina paternal que enfrentamos quando crianças, questionamos a severidade do sofrimento, a competência, a
justiça da prova. Por que eu deveria passar por toda essa dor?
Isso certamente se encaixa na situação abordada no livro de Hebreus. O autor insta que os cristãos hebreus considerem suas provas e
os sofrimentos pelos quais estavam passando com maturidade espiritual. Ele os encoraja a lembrar de como Deus age com seus filhos.
Eles precisavam de que alguém os lembrasse.

Todos nós não precisamos? Assim como eles, precisamos ser lembrados da Palavra de Deus: “e estais esquecidos da exortação que,
como a filhos, discorre convosco?” (Hb 12.5). Tais palavras são parte de uma exortação anterior para fazê-los lembrar de Jesus Cristo em
seu sofrimento, aquele que “suportou a cruz” e “a oposição dos pecadores” (12.2-3).

Nós escorregamos para um esquecimento da Palavra de Deus. O autor de Hebreus, portanto, nos lembra daquela passagem, referindo-
se à disciplina paternal como uma “exortação” ou um “encorajamento”. A palavra específica usada aqui tem parentesco com a palavra
usada para o Espírito Santo no evangelho de João, onde ele é chamado de nosso “Advogado”, “Consolador” ou “Ajudador”. No
evangelho de João a palavra é paracl?tos; aqui, a palavra é paracl?sis. Essa palavra confortadora de Deus, que o autor de Hebreus nos
diz para não esquecermos, é na verdade uma citação de Provérbios 3.11-12. O autor bíblico nos informa de duas coisas, seguidas por
uma explicação: primeiro, não devemos menosprezar a disciplina do Senhor; segundo, não devemos desmaiar quando formos
reprovados; e terceiro, a explicação: “Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe” (v. 6). A disciplina é
fundamentada no cuidado paternal de Deus para conosco. O ponto é claro, e não devemos perdê-lo: Diante de sofrimento e luta, diante
de frustrações e perseguição, Deus não nos abandonou. Ele não nos esqueceu, nem está nos tratando como rejeitados ou indesejados.
Pelo contrário, ele está nos tratando como filhos e filhas.

O autor nos dá mais informações sobre o tema. Ele mostra para esses crentes rodeados por provações o exemplo de amor da
paternidade humana. Nossos pais terrenos “nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia”. Ao dizer “segundo melhor
lhes parecia”, o autor indica que nossos pais não eram infalíveis. Eles trabalhavam para nos criar da melhor forma que podiam — “e os
respeitávamos” por isso. Sob circunstâncias normais, como adultos, nós apreciamos os esforços de nossos pais em nos criar,
especialmente quando nós mesmos temos filhos. Nós respeitamos os nossos pais porque eles tentaram nos melhorar e desenvolver o
nosso caráter. Honestamente, devemos ter pena de pessoas que nunca foram ensinadas a guardar os seus corações, resistir aos seus
impulsos ou frear as suas línguas.

Mas Deus não nos disciplina “segundo melhor lhe parece”; mas “nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua
santidade”. Não há dúvidas aqui quanto ao fato de Deus saber o que está fazendo. Nunca há nada desinformado, mal orientado ou
injusto em suas palmadas. É agradável? O autor de Hebreus diz que não é. “Toda disciplina no momento não parece ser motivo de
alegria, mas de tristeza” (12.11a). Não tem como fugir do fato — disciplina é desagradável. Ela é corretiva. Ela nos conduz a uma nova
direção. Ela nos força a sair dos vícios de posturas, ações, pensamentos e palavras pecaminosas. Ela nos faz olhar para os nossos
hábitos a partir de uma perspectiva melhor e mais bíblica. Embora o caminho seja doloroso, suas recompensas são benditas: “depois,
produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (v. 11b).

“Aos que têm sido por ela exercitados”. Nós não devemos perder esse ponto essencial. Os cristãos hebreus são instados a serem
“exercitados” pelos seus sofrimentos. Em outras palavras, se querem que a disciplina tenha seu efeito desejado, eles não devem
meramente suportar o que sofrem. Eles devem ser “exercitados” pelo sofrimento. Eles devem aprender dele, pois “exercício” não
acontece automaticamente, assim como ir à escola não garante que aprendamos qualquer coisa. Alguns cristãos que sofreram muito
aprenderam muito pouco. Outros, contudo, foram “exercitados” pela disciplina de Deus, e o “fruto de justiça” está lá para Deus e nós
vermos.

A história de Jó nos ajuda nesse sentido. Jó sofreu a mais severa provação de fé. As tragédias que afligiram a sua vida não foram porque
ele era um pecador, ou por causa de seus pecados. Ele foi testado porque ele era fiel (Jó 1.1, 8; 2.3). Satanás tinha um propósito na
provação de Jó, mas Deus tinha outro. Lembre-se que Jó perdeu grande parte da sua família, assim como de sua riqueza e saúde —
tudo isso tão cruelmente sincronizado. Até mesmo a sua esposa o abandonou. O conselho dela: “Amaldiçoa a Deus e morre!” (2.9). Jó
sofreu todos esses terrores; e depois sofreu sob a acusação de três de seus supostos amigos que o informaram que coisas ruins não
acontecem com pessoas boas. O conselho deles: “Arrependa-se!” (8.5-6; 15.4-5; e mais). Jó, contudo, era um homem instruído na
Palavra de Deus, e então argumentou seu caso contra seus supostos consoladores. Ele também argumentou com Deus. Cambaleante de
confusão, ele pediu a Deus esclarecimento. Ele queria que Deus explicasse. Deus finalmente falou, mas foi Jó que ficou sob divino
interrogatório, não o Senhor (capítulo 38).

Jó se arrependeu no pó e nas cinzas (42.6). Ele se arrependeu por não confiar em Deus no meio do seu sofrimento. Ele se arrependeu
por “desmaiar” e por duvidar da justiça e do bom propósito de Deus para ele através do seu sofrimento. Ele se arrependeu de questionar
a sabedoria, o favor e o amor de Deus. Ele se arrependeu por falhar em ver que Deus usara as provas que ele enfrentou para o seu
bem. E é isso que o autor de Hebreus também está dizendo. Deus usa as nossas provações como disciplina “para aproveitamento”.
Se queremos crer nisso, precisamos de ouvidos para ouvir.

A palavra de Deus é o agente da sua disciplina. Contudo, circunstâncias ganham a nossa atenção — e Deus usa todo tipo de
circunstância como “ganhadoras de atenção”: perda de emprego, bebês desobedientes ou adolescentes problemáticos, uma lesão, uma
doença, um divórcio, um acidente e muito mais. Os fardos podem ser grandes ou pequenos. O de Jó era grande.

Talvez, em comparação com o dele, o seu seja pequeno. Não importa. Deus disciplina aqueles a quem ama. Ao ganhar a sua atenção
com provações e circunstâncias difíceis, a Palavra de Deus serve como o agente de correção, como uma voz em seus ouvidos para
corrigir, consolar, reprovar, exercitar, etc. Isso é “disciplina” paternal. Perceba quão próxima a palavra disciplina está de outra palavra
bíblica, discípulo. A disciplina de Deus serve para nos tornar discípulos de Cristo. As provações que enfrentamos são divinamente
designadas para nos amadurecer, a fim de que nos tornemos discípulos mais úteis na igreja e no reino de Deus.

Você está sendo corrigido e “exercitado” pela dificuldade que está suportando? Você está se tornando um discípulo adequado de Cristo
a partir da disciplina paternal de Deus? A disciplina paternal de Deus é apenas para crentes; é para discípulos. Sem dúvida, incrédulos
também podem aprender muito das duras batidas da vida e, como resultado, eles podem se tornar melhores pessoas por causa das
provações. Mas as duras batidas da vida não os santificam. Eles não se tornam discípulos de Jesus através do sofrimento. A disciplina de
Deus para com seus filhos, contudo, é santificadora. A sua disciplina é amor em ação, pois ele nos ama não nos mimando, mas nos
corrigindo. Ele está nos tornando discípulos.

Se a voz da disciplina de Deus está em seus ouvidos — talvez circunstâncias difíceis estejam fazendo você pausar para ouvir a sua voz
— você é sábio e obediente somente quando dá adeus à incredulidade, marca um ponto contra o pecado e deixa para trás, sem
arrependimento, seus hábitos caprichosos, posturas, rancores, questionamentos ou autocomiseração. Faça isso e confie em Deus ,
aprendendo a orar: “Senhor, não se faça a minha vontade, mas a tua”.
Tradução: Alan Cristie

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