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INTRODUÇÃO

Apocalipse! Talvez o livro menos lido em todo o Novo Testamento. É provável que a
maioria dos
cristãos nunca tenham lido esse livro, ou, se o leram, o fizeram apenas nos três primeiros
capítulos. Possivelmente esse desprezo para com o Apocalipse deve-se à visão que as
pessoas têm
dele.
– Eu nunca li o Apocalipse porque tenho medo!
– Li, mas não entendi nada!
– Não leio o Apocalipse porque não preciso saber dessas coisas...
– O Apocalipse é muito fácil: basta assistir o telejornal e vê que tudo está se cumprindo!

Certamente você já ouviu (ou pronunciou) uma das frases acima. Elas revelam diferentes
atitudes sobre o livro do Apocalipse: medo (por causa das imagens catastróficas do livro);
confusão (por causa do seu conteúdo simbólico/enigmático); indiferença, quando se
esquece que o livro do Apocalipse é revelação de Deus e, portanto, tão importante quanto
qualquer outro livro da Bíblia; literalismo, que tenta entender o Apocalipse ao pé da letra,
ignorando sua linguagem simbólico e seu contexto histórico.

Todas essas atitudes equivocadas transformaram o Apocalipse no livro menos lido do


novo Testamento. Nesses estudos, convidamos você a aceitar o desafio de conhecer esse
fascinante livro da Bíblia. Precisaremos de muito esforço e oração, mas, ao final, veremos
que seremos recompensados com o consolo e a esperança que somente a Palavra de
Deus pode transmitir.

Antes de mergulhar no estudo do texto, precisamos responder a algumas perguntas


importantes, hoje, numa tentativa de estabelecer um grande panorama geral:

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2. O nome grego Apocalipse é tirado do primeiro versículo do livro e significa Revelação.
(1.1). Apokalupsis.
3. Ap 1.16 Tinha na mão direita sete estrelas... 1.18 e aquele que vive; estive morto,
mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do
inferno. 1.20... as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as
sete igrejas. 5.5 Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo
de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.
4. 1.5: Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 1.6 e
nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos
séculos dos séculos. Amém! 22.12 E eis que venho sem demora, e comigo está o
galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. 22.13 Eu sou o Alfa
e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. 22.14 Bem-aventurados aqueles
que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à
árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. II 4.18 Consolai-vos, pois, uns aos
outros com estas palavras.
5. II Pe 3.11 Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais
como os que vivem em santo procedimento e piedade, 3.12 esperando e apressando a
vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os
elementos abrasados se derreterão. 3.13 Nós, porém, segundo a sua promessa,
esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça.

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O termo escatologia significa literalmente estudo das ultimas coisas e trata das verdades
bíblicas referentes à acontecimentos ligados a volta de Cristo e últimos acontecimentos
da historia da humanidade e reinado eterno de nosso Senhor Jesus e de sua igreja.

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O livro também serviu para justificar ... (obviamente essa visão foi difundida por
intérpretes norte-americanos). Por essas e outras razões, por quê um cristão leria esse
livro?

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O nome grego Apocalipse é tirado do primeiro versículo do livro e significa Revelação. (1.1). Mas o Apocalipse de João não é o
único apocalipse que existe. Entre os judeus, existiam outros livros que possuíam as mesmas características e por isso foram
chamados de literatura apocalíptica.
A profecia de Ezequiel teve profunda influência em Apocalipse. Muitos dos temas do profeta reaparecem naquele livro.
Apocalipse, Ezequiel e o Lecionário - David Chilton - Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
Há pelo menos outro fator que tem influenciado grandemente o esboço de Apocalipse. O livro está
construído com aderência rigorosa a um dos mais famosos “Tribunais do Pacto” de todos os tempos: a
profecia de Ezequiel. A dependência de Apocalipse da linguagem e imagem de Ezequiel tem sido
reconhecida há muito tempo;2 um erudito encontrou não menos que 130 referências separadas a
Ezequiel.3
Mas S. João vai além de meramente fazer alusões literárias a Ezequiel. Ele o segue, passo a passo – tanto
que Philip Carrington pôde dizer, com uma hipérbole suave: “Apocalipse é uma reescrita cristã de
Ezequiel. Sua estrutura fundamental é a mesma. Sua interpretação depende de Ezequiel. A primeira
metade dos dois livros conduz à destruição da Jerusalém terrena; na segunda metade eles descrevem
uma Jerusalém santa e nova. Há somente uma diferença significativa. O lamento de Ezequiel sobre Tiro
é transformado num lamento sobre Jerusalém, sendo a razão que S. João deseja transferir para
Jerusalém a nota de condenação irrevogável que se encontra no lamento sobre Tiro. Aqui reside a
diferença real nas mensagens dos dois livros. Jerusalém, como Tiro, há de desaparecer para sempre”.
No Antigo Testamento, por exemplo, Daniel é um exemplar de literatura apocalíptica, pelo menos parte
dele. Dn 7.12 faz predições do futuro, para quando esta verdade será de suma importância para o povo
de Deus. Embora os judeus tenham sido perseguidos durante o tempo de sua sujeição aos dominadores
babilônicos e persas, não houve nenhuma tentativa abrangente e sistemática de abolir sua fé. Isto não
aconteceu até ao tempo de Antíoco IV, já no período intertestamentário. Ele se autodenominou
“Epifânio”, que significa “Deus manifesto” e governou no Império Selêucida de 175-164 a.C. Antíoco
tentou forçar os judeus a aceitarem a cultura do helenismo e a abandonarem suas práticas religiosas.
Muitos judeus se submeteram, mas outros se recusaram a fazê-lo e sofreram grande perseguição. Uma
das principais razões para a redação do Livro de Daniel foi a de preparar o povo judeu para os tempos
de Antíoco ou Epifânio, e encorajá-los durante esse período de perseguição. Ao mesmo tempo, o Livro
se volta para o período subsequente a Antíoco, para a vinda de Cristo. É Cristo quem destruirá todos os
reinos dos homens e instituirá o seu reino eterno de justiça e paz.

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E. O Gênero Literário Apocalíptico
Dá-se o nome de literatura apocalíptica aos livros que surgiram no contexto judaico após os últimos profetas do
AT (pós-exílicos) e continuaram até o final do 1º século de nossa era (cerca de 200 a.C. a 100 d.C.), os quais
pretendiam preencher a lacuna do silêncio da profecia e dar uma explicação aos muitos sofrimentos porque
passava o povo judeu. Procuravam também trazer conforto e esperança por acenar com um futuro glorioso e bem
sucedido, numa era vindoura. Por isso, essa literatura é geralmente caracterizada como escatológica. Esse
conforto era trazido através de supostas revelações que explicavam que o mal que prevalecia naquela época teria
um fim, desvendavam segredos celestiais e prometiam a vinda do reino de Deus, como livramento da aflição. O
livro Assunção de Moisés (fim do 1º século a.C.), assim como IV (na Vulgata) ou II Esdras e o Apocalipse de Baruque
(ambos do fim do 1º século d.C.) são alguns desses apocalipses. Os Testamentos dos Doze Patriarcas (2º século
a.C.) inclui predições sobre o destino futuro de cada tribo. No período do NT também muitos apocalipses surgiram,
como vimos na aula 8. (Nota: Na Vulgata o I Esdras é o Esdras canônico, o II Esdras é o Neemias canônico, o III
Esdras é o Esdras grego e o IV Esdras é o Esdras apocalíptico).
Não se deve confundir o livro canônico do Apocalipse com esse tipo de literatura, embora seja também
escatológico. A literatura apocalíptica era, na maioria dos casos, IMITATIVA E PSEUDÔNIMA. Os profetas canônicos
como DANIEL E EZEQUIEL ERAM OS MODELOS que os apocalípticos procuravam imitar, simulando sonhos e visões.
Como Deus não falava mais através de profetas vivos, punham as suas palavras na boca de algum santo ou profeta
do AT. Era o modo de validar sua mensagem perante os seus contemporâneos. A presente ordem, de sofrimentos
e lutas, daria lugar a uma outra, com a vinda do reino, também de caráter temporal e não cósmico ou metafísico,
em que o mal já não existiria. Daí o conceito de duas épocas ou séculos: o presente e o vindouro.
O presente é mau. O vindouro será o do reino de Deus. A literatura apocalíptica é também determinista, pois a
vinda do reino depende inteiramente de Deus e não pode ser apressada nem adiada pelos homens. O reino virá
independentemente das condições naturais ou humanas. É também pessimista. Deus retirou sua ajuda ao seu povo
e só vai triunfar na vinda do reino, no século vindouro. Por outro lado, não anunciava juízo nem castigo contra seu
povo. Para os apocalípticos, Israel era justo e o seu sofrimento não tinha explicações, a não ser o determinismo de
Deus. Falta a essa literatura o caráter ético da profecia bíblica, em que o mal é sempre retratado como
consequência do pecado e das transgressões humanas.
É verdade que certos conceitos, como o da era atual e o da futura, e o do triunfo do Reino de Deus, estão
presentes também na escatologia ou apocalíptica bíblica. Mas na revelação bíblica não há determinismo e sim um
Deus providente, que age através da história para cumprir os seus propósitos. Nela os juízos de Deus têm uma
causa e uma explicação. O Apocalipse de João não é uma imitação dos profetas do AT. É nova revelação que
acrescenta à antiga e a esclarece. O livro não é pseudônimo. Seu autor se identifica e apresenta a sua obra como
profecia autêntica (1.1-3). Nem é pessimista. Deus não abandonou o seu povo na presente era. Cuida dele e o leva
à vitória. Os santos vencerão a besta, ainda que sofrendo o martírio, e triunfarão. Além disso, há exortações e
repreensões e não passividade ética como na literatura apocalíptica. As sete cartas dos capítulos 2 e 3 mostram
um Deus cuidando da sua igreja e repreendendo-a, quando necessário, para que seja vitoriosa.
Todos esses livros possuem em comum o uso abundante de visões, símbolos, números simbólicos, referências ao
juízo divino, a luta do bem contra o mal, etc. Mas é preciso ter em mente que embora a forma seja a mesma, o

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conteúdo do Apocalipse de João é bem diferente destes livros.

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QUAL O PROPÓSITO DO APOCALIPSE?
Diante da situação de perseguição, opressão e exclusão (religiosa e social) muitos cristãos eram tentados
a abandonar a fé ou de se “amoldar ao padrão desse mundo” (Romanos 12.2 NVI).
O Apocalipse foi escrito com o propósito de revelar a verdade de que Deus é o verdadeiro governante da
história e que, através de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, o mal foi vencido; ele visa encorajar os cristãos
a permanecer firmes na fé, resistindo ao mal e não temendo nem mesmo a morte.
É uma palavra de consolo e esperança!
a) 7.17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da
água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
21.4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto,
nem dor, porque as primeiras coisas passaram.
B e E) 8.3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito
incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do
trono; 8.4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.
c) 14.13 Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora,
morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os
acompanham. Sl 116.15.
d) 15.2 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e
do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; 15.3 e
entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis
são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das
nações! 15.4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso,
todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.
e) 6.9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos
por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Mt 5.10-11.
f) 7.16 Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum,
7.17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da
água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
g) 22.12 E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um
segundo as suas obras.

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• 17.14 Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos
senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com
ele.
• 1.18 e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos
séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.
• 5.12 proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o
poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.
• 6.2 Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada
uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
• 11.15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O
reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos
séculos dos séculos.
• 22.3 Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do
Cordeiro. Os seus servos o servirão, 22.4 contemplarão a sua face, e na sua fronte
está o nome dele.
• 7.14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da
grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do
Cordeiro,22.14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do
Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.
15.2 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua
imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas
de Deus;
• 8.3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado
muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que
se acha diante do trono; 8.4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do
incenso, com as orações dos santos. 8.5 E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do
altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.

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Os destinatários originais foram os cristãos da Ásia Menor, a quem foram escritas sete
cartas específicas (Cap. 2 e 3).
Até algum tempo atrás havia um consenso quanto a afirmação de que os cristãos na
Ásia estavam passando por perseguições e que o livro foi enviado nesse contexto.

De fato, o livro fala de perseguição: o próprio João está exilado numa colônia penal em
Patmos devido a perseguição religiosa - 1,9; os cristãos estão passando por tribulações:
2,9-10; morte - 2,13; 6,9.

Porém hoje questiona-se que houvesse uma perseguição de caráter geral aos cristãos. O
que existiria seriam problemas localizados. Seguindo este ponto de vista, o escritor veria
nesses problemas esporádicos sinais de um grande confronto que estava para se dar:
Estado Romano x Igreja.

O Apocalipse teria, então, a função de servir como um alerta para despertar os cristãos
para a realidade de que esse confronto estava começando, embora alguns não
concordassem com tal postura.

Dentro dessa perspectiva, este livro é altamente relevante para nós. Pode ser que
convivamos bem com a sociedade, com as estruturas, etc. Mas isso não revelará um
certo conformismo de nossa parte? O Apocalipse serve para nos questionar em nossas
posturas.

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Até algum tempo atrás havia um consenso quanto a afirmação de que os cristãos na
Ásia estavam passando por perseguições e que o livro foi enviado nesse contexto.

De fato, o livro fala de perseguição: o próprio João está exilado numa colônia penal em
Patmos devido a perseguição religiosa - 1,9; os cristãos estão passando por tribulações:
2,9-10; morte - 2,13; 6,9.

Porém hoje questiona-se que houvesse uma perseguição de caráter geral aos cristãos. O
que existiria seriam problemas localizados. Seguindo este ponto de vista, o escritor veria
nesses problemas esporádicos sinais de um grande confronto que estava para se dar:
Estado Romano x Igreja.

O Apocalipse teria, então, a função de servir como um alerta para despertar os cristãos
para a realidade de que esse confronto estava começando, embora alguns não
concordassem com tal postura.

Dentro dessa perspectiva, este livro é altamente relevante para nós. Pode ser que
convivamos bem com a sociedade, com as estruturas, etc. Mas isso não revelará um
certo conformismo de nossa parte? O Apocalipse serve para nos questionar em nossas
posturas.

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Até algum tempo atrás havia um consenso quanto a afirmação de que os cristãos na
Ásia estavam passando por perseguições e que o livro foi enviado nesse contexto.

De fato, o livro fala de perseguição: o próprio João está exilado numa colônia penal em
Patmos devido a perseguição religiosa - 1,9; os cristãos estão passando por tribulações:
2,9-10; morte - 2,13; 6,9.

Porém hoje questiona-se que houvesse uma perseguição de caráter geral aos cristãos. O
que existiria seriam problemas localizados. Seguindo este ponto de vista, o escritor veria
nesses problemas esporádicos sinais de um grande confronto que estava para se dar:
Estado Romano x Igreja.

O Apocalipse teria, então, a função de servir como um alerta para despertar os cristãos
para a realidade de que esse confronto estava começando, embora alguns não
concordassem com tal postura.

Dentro dessa perspectiva, e de todo o modo, este livro é altamente relevante para
nós.

Pode ser que convivamos bem com a sociedade, com as estruturas, etc. Mas isso não
revelará um certo conformismo de nossa parte?

O Apocalipse serve para nos questionar em nossas posturas.

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Esboço baseado no livro “A Mensagem do Apocalipse”, de Michael Wilcock (ABU). Ele
respeita a estrutura natural do texto, onde o número sete é significativo. Gn 2.2 E, havendo
Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra
que tinha feito. O sétimo dia é o primeiro elemento da Torá (Pentateuco) ao qual Deus outorga a
sua santidade e o separa para si mesmo. Deus não estava cansado, mas ele apenas modelou a
necessidade de descanso. Ex 25.37: modelo de iluminação do tabernáculo.

EXISTE UMA ESTRUTURA NO APOCALIPSE?

Um comentador já disse que existem tantas estruturas para o Apocalipse quanto o número de
seus comentadores. Obviamente exagerada, a afirmação procura realçar a dificuldade em se
buscar a estrutura desse livro.

Embora seja muito difícil de se chegar a um consenso, há alguns dados que podem ser
observados. Todos os estudiosos admitem que o livro tem uma forte ênfase sobre o número
sete. Há:

• sete igrejas: capítulos 2 e 3.


• sete selos: capítulo 6 e 8,1-6.
• sete trombetas: 8,7-9,21 e 11,15-19.
• sete taças: capítulo 16.
• sete espíritos: 1,4; 4,5.
• sete bem-aventuranças: 1,3; 14,13; 16,15; 19,9; 20,6; 22,7.14.

Por enquanto podemos dizer que o livro desenvolve-se, em termos estruturais, em torno do
número sete. Obviamente esta é uma visão simplista, e onde ela não puder ser considerada,
outras explicações serão fornecidas.

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• AT: A edição grega do Novo Testamento indica que o Apocalipse contém mais de 600 alusões aos escritos do Antigo Testamento. A Bíblia
Hebraica continua sendo o fundamento e a raiz do Novo Testamento, e só quando mantemos juntos ambos os Testamentos temos uma Bíblia
completa. Em grande parte, o Antigo Testamento é profecia e o Novo Testamento proclama seu cumprimento em Cristo e em seu povo. Não
podemos entender completamente um sem o outro. O fato de que o Apocalipse se refira mais de 600 vezes à história do Antigo Testamento e a
seus conceitos hebraicos, sugere que o Antigo Testamento indica a importância dele para decifrar o livro do Apocalipse, até onde for possível.
Quando o Apocalipse enfatiza que Cristo logo voltará, isto são boas novas para os seguidores de Jesus. Virá para executar seu juízo sobre os ímpios.
Se pela fé "estamos em Cristo" não temos nada a temer, porque Cristo já nos livrou que a condenação divina (Rom. 8:1). Em realidade, devemos
recebê-lo com satisfação e desejar juiz divino, como insígnia o livro de Salmos. No Salmo 96 todas as árvores do bosque "transbordam de contente",
porque Deus deve julgar o mundo com justiça (vs. 11-13).
Resumo
Sintetizando os descobrimentos desta investigação, o Apocalipse revela duas chaves específicas de interpretação para decifrar seus conceitos
simbólicos:
A primeira chave é que seu simbolismo está copiado do Testamento mais antigo, a Bíblia Hebraica. Isto mantém a continuidade do Deus do pacto
com seu verdadeiro Israel. A palavra de Deus não foi anulada devido à rebelião de Israel. O Messias de Deus apareceu em Israel e cumpriu sua
missão (ver Mar. 10:45 e João 19:30).
A segunda chave é a verdade evangélica que se encontra nos quatro Evangelhos do Novo Testamento: o crucificado e ressuscitado Jesus de Nazaré é
o Messias da profecia. Isto significa que todos os termos e as imagens do antigo pacto estão agora refundidas na linguagem figurada do novo pacto
que está centrado em Cristo. Um erudito católico romano ficou tão impressionado pela "releitura cristã do Antigo Testamento" feita por João, que
concluiu: "Agora perece que este uso deliberado do Antigo Testamento que faz o autor do Apocalipse deveria estudar-se mais cuidadosamente do
que foi estudado até agora".[1]
Devem estudar-se múltiplas conexões do Apocalipse com o Antigo Testamento, não para mostrar a maneira como João engenhosamente adaptou
os símbolos e as profecias hebraicas, a não ser para entender de que maneira o Deus de Israel consumará suas promessas que fez no antigo pacto
por meio de Cristo e seu povo do novo pacto.
Capítulo 3:1-6
• Cultura da época: A história da igreja de Sardes tem muito a ver com a história da cidade de Sardes. A glória de Sardes estava no seu
passado. Sardes foi a capital da Lídia no século VII a.C, viveu seu tempo áureo nos dias do rei Creso. Era uma das cidades mais
magníficas do mundo nesse tempo. Situada no alto de uma colina, amuralhada e fortificada, sentia-se imbatível e inexpugnável. De
fato a cidade jamais fora derrotada por um confronto direto. Seus habitantes eram orgulhosos, arrogantes, e autoconfiantes.
Uma volta à vigilância espiritual - v. 2 • Sardes caiu porque não vigiou - A cidade de Sardes fora invadida e dominada duas vezes porque se sentia
muito segura e não vigiou. Jesus alerta a igreja que se ela não vigiar, se ela não acordar, ele virá a ela como o ladrão de noite, inesperadamente.
Para aqueles que pensam que estão salvos, mas ainda não se converteram, aquele dia será dia de trevas e não de luz (Mt 7:21-23). • A igreja precisa
estar vigilante contra as ciladas de Satanás, contra a tentação do pecado - Fuja de lugares, situações, pessoas. Cuidado com a vaidade do mundo. •
Alguns membros da igreja em Sardes estavam sonolentos e não mortos - E Jesus os exorta a se levantarem desse sono letárgico (Ef 5:14). Há crentes
que estão dormindo espiritualmente. São acomodados, indiferentes às coisas de Deus. Não têm apetite espiritual. Não vibram com as coisas
celestiais.
• Precisamos vigiar e orar - Os tempos são maus. As pressões são muitas. Os perigos são sutis. O diabo não atacou a igreja de Sardes com
perseguição nem com heresia, mas minou a igreja com o mundanismo. Os crentes não estão sendo mortos pela espada do mundo, mas pela
amizade com o mundo.
• Símbolos Universais: 3 – ÁGUIA: Rapidez, força, visão, proteção (Deuteronômio 28:49; Habacuque 1:6-8; Apocalipse 12:14). 3 – ÁGUIA: Rapidez,
força, visão, proteção (Deuteronômio 28:49; Habacuque 1:6-8; Apocalipse 12:14). BRANCO: Pureza (Salmos 51:7, 1:18) FOICE: Símbolo de
colheita, fim do mundo (Mateus 13:39; Apocalipse 14:14) MARCA: Sinal, selo, marca de aprovação ou reprovação (Romanos
4:11; Apocalipse 7:2, 3; Ezequiel 9:4) SELO: Sinal, selo ou marca (Romanos 4:11; Apocalipse 7:2,3; Ezequiel 9:4)

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Visto que a profecia não pode ser vista como um mero “narrar de eventos futuros”,
estando, pelo contrário, mais ligada ao presente, podemos, portanto, concluir que o
Apocalipse não é um livro que narra apenas acontecimentos “futuros”.

Essa constatação permite-nos agora buscar uma visão que substitua essa abordagem
futurista que se faz ao livro.

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O Apocalipse é um livro profético. Mas o sentido Bíblico de “profecia” pouco tem a ver
com a ideia de “adivinhação do futuro”. Profecia é a Palavra vinda da parte de Deus para
consolar, exortar, chamar ao arrependimento e revelar a sua vontade. Como Palavra de
Deus é um livro sempre atual, pois nos ajuda a discernir o que Deus quer de nós em
nosso tempo. Jr 23.22 Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito
ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e
da maldade das suas ações.

O APOCALIPSE COMO PROFECIA - O QUE SIGNIFICA ISSO?

Já foi visto que, de acordo com o próprio nome do livro (Apocalipse = “revelação”- 1,1),
o escritor procura apresentar o real sentido da vida cristã e do sofrimento através de
uma “revelação” de Jesus Cristo. Mas o escritor também se apresenta como profeta
(22,9) e caracteriza seu livro como profecia (1,3; 22,19). Qual a importância disso para o
entendimento do texto?

A importância é muito grande, visto que dependendo da definição que temos de


profecia, será o tipo de interpretação que faremos do livro. O que é profecia para você?

Hoje em dia é muito comum o conceito de profecia como “predição do futuro”. É algo
semelhante ao horóscopo, às profecias de Nostradamus ou coisa assim. Tal visão
também é muito influenciada pelos místicos que fazem previsões e pelas práticas
pentecostais, onde a previsão do futuro, como profecia, ocupa lugar de destaque. Mas
será que é isso que o escritor do Apocalipse tem em mente quando chama seu livro de
“profecia”?

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Lc 24.44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda
convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos
Profetas e nos Salmos.
Jr 23.16 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas que
entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o
que vem da boca do SENHOR. 23.17 Dizem continuamente aos que me desprezam: O
SENHOR disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração dizem: Não
virá mal sobre vós. 23.18 Porque quem esteve no conselho do SENHOR, e viu, e ouviu a sua
palavra? Quem esteve atento à sua palavra e a ela atendeu? 23.19 Eis a tempestade do
SENHOR! O furor saiu, e um redemoinho tempestuou sobre a cabeça dos perversos.
23.20 Não se desviará a ira do SENHOR, até que ele execute e cumpra os desígnios do seu
coração; nos últimos dias, entendereis isso claramente. 23.21 Não mandei esses profetas;
todavia, eles foram correndo; não lhes falei a eles; contudo, profetizaram. 23.22 Mas, se
tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e
o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações. 23.23 Acaso, sou
Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe? 23.24 Ocultar-se-ia alguém
em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR; porventura, não encho eu os
céus e a terra? diz o SENHOR. 23.25 Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas,
proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. 23.26 Até quando sucederá
isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio
coração? 23.27 Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos
seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro, assim como seus pais se esqueceram do
meu nome, por causa de Baal. 23.28 O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho;
mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a
palha com o trigo? diz o SENHOR. 23.29 Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e
martelo que esmiúça a penha? 23.30 Portanto, eis que eu sou contra esses profetas, diz o
SENHOR, que furtam as minhas palavras, cada um ao seu companheiro. 23.31 Eis que eu sou
contra esses profetas, diz o SENHOR, que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse.
23.32 Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR, e os
contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei,
nem lhes dei ordem; e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o SENHOR.

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Hoje em dia é muito comum o conceito de profecia como “predição do futuro”. É algo
semelhante ao horóscopo, às profecias de Nostradamus ou coisa assim. Tal visão
também é muito influenciada pelos místicos que fazem previsões e pelas práticas
pentecostais, onde a previsão do futuro, como profecia, ocupa lugar de destaque. Mas
será que é isso que o escritor do Apocalipse tem em mente quando chama seu livro de
“profecia”?

Após essas considerações sobre a profecia no Apocalipse, podemos ver por que o seu
autor usa o gênero apocalíptico e refere-se ao livro como profecia. Seu objetivo
através da apocalíptica é chamar a atenção para as tribulações que estão por vir e
fornecer fortalecimento e conforto aos que sofrem. Para dar autoridade a essa
mensagem, dá a ela a categoria de profecia.

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Como vimos, o Apocalipse não tem uma sequência cronológica, onde um fato vem
“depois” do anterior até chegar à segunda vinda de Jesus Cristo.

Pelo contrário, o livro fala do conflito eminente com o império, e procura dar forças
para o povo cristão ser fiel e, ao mesmo tempo, é uma palavra de condenação ao
império romano e seu imperador que exige ser adorado como Deus.

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3.1. Passado: 5.6 Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos,
de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que
são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a terra. 5.7 Veio, pois, e tomou o livro da
mão direita daquele que estava sentado no trono;
Presente: 6.9 Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que
tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que
sustentavam. 6.10 Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo
e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
6.11 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem
ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus
irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
Futuro: 6.12 Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se
tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, 6.13 as estrelas do céu caíram
pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes,
6.14 e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e
ilhas foram movidos do seu lugar.
6.15 Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e
todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes 6.16 e disseram aos
montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono
e da ira do Cordeiro, 6.17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode
suster-se?
3.2. 8.3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe
dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro
que se acha diante do trono; 8.4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do
incenso, com as orações dos santos.
11.18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo
determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os
profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e

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para destruíres os que destroem a terra.

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3.3. Passado: 12.5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações
com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono.
Presente: 12.17 Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da
sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de
Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar.
Futuro: 14.14 Olhei, e eis uma nuvem branca, e sentado sobre a nuvem um
semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro e na mão uma
foice afiada. 14.15 Outro anjo saiu do santuário, gritando em grande voz para aquele
que se achava sentado sobre a nuvem: Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de
ceifar, visto que a seara da terra já amadureceu! 14.16 E aquele que estava sentado
sobre a nuvem passou a sua foice sobre a terra, e a terra foi ceifada. 14.17 Então, saiu
do santuário, que se encontra no céu, outro anjo, tendo ele mesmo também uma foice
afiada. 14.18 Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo,
e falou em grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice afiada e
ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas!
14.19 Então, o anjo passou a sua foice na terra, e vindimou a videira da terra, e
lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. 14.20 E o lagar foi pisado fora da cidade,
e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos
estádios.

3.4. Futuro: 16.20 Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; 6.14 e o
céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e
ilhas foram movidos do seu lugar.

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3.5. Futuro: 19.11 Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e
julga e peleja com justiça. 19.12 Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça, há muitos diademas;
tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele mesmo. 19.13 Está vestido com um manto tinto
de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus; 19.14 e seguiam-no os exércitos que há no céu,
montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. 19.15 Sai da sua boca uma
espada afiada, para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente,
pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. 19.16 Tem no seu manto e na sua coxa um
nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. 19.17 Então, vi um anjo posto em pé no sol, e
clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a
grande ceia de Deus, 19.18 para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de
poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto
pequenos como grandes. 19.19 E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para
pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. 19.20 Mas a besta foi
aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que
receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro
do lago de fogo que arde com enxofre. 19.21 Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca
daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes.
3.6. Passado: 20.1 Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande
corrente. 20.2 Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil
anos; 20.3 lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações
até se completarem os mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Lc 11.
11.20 Se, porém, eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente, é chegado o reino de Deus
sobre vós. 11.21 Quando o valente, bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos
os seus bens. 11.22 Sobrevindo, porém, um mais valente do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em
que confiava e lhe divide os despojos. 20.11 Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta,
de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. 20.12 Vi também os mortos,
os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o
Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros. 20.13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os
mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. 20.14 Então, a morte e o
inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 20.15 E,
se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

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• O crentes primitivos ao não prestar culto ao
imperador, eram acusados de falta de
patriotismo. Isso foi mais intenso
principalmente na Ásia Menor, onde o culto
ao imperador desenvolveu-se de modo mais
acentuado. O confronto estava apenas
começando.
• Para alguns, por outro lado, ele não existia.
Esses cristãos achavam que podiam adorar a
Jesus e ao imperador. Eles são criticados
duramente no Apocalipse.
• Aqui podemos ver a ligação entre o Estado e
a religião. Será que hoje os dias são
diferentes? Não estaremos “adorando”
religiosamente nosso mundo moderno,
secular, tecnológico, consumista, etc, etc???

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Espero que tenhamos podido perder um pouco o medo deste livro tão belo e
entendermos alguns fatos relativos a ele que nos ajudem a compreendê-lo melhor.
Uma última palavra.

É significativa a posição que o Apocalipse tem no cânon bíblico.

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