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GRAFCET
INTRODUÇÃO
HISTÓRICO
Uma das técnicas disponíveis empregada para este fim é o modelamento através de uma
ferramenta denominada GRAFCET, elaborada pelo grupo de trabalho “Sistemas Lógicos” da
AFCET (Associação Francesa pela Cibernética Econômica e Técnica) entre 1975 e 1978,
composto por indústrias e universidades; visando um compromisso entre os modelos mais
formais e práticos utilizados pelas indústrias. O GRAFCET foi normalizado na França em 1982.
CONCEITO
O GRAFCET é um método específico desenvolvido para descrever um sistema de
controle industrial através de um modelo gráfico com o qual se representam as funções de um
sistema sequencial através de elementos denominados etapas e transições.
Geralmente é necessário dividir a descrição das especificações em dois níveis sucessivos
e complementares. Um primeiro nível de “Especificações Funcionais”: caracteriza as reações do
sistema frente às informações da parte operativa, definindo as diferentes funções, informações e
comandos da mesma, denominado GRAFCET nível 1. O segundo nível, de “Especificações
Tecnológicas”: define a maneira pela qual o controle deverá fisicamente ser incluído no conjunto
que forma o sistema automatizado e seu meio, sendo que, a este nível, somente devem intervir
as informações sobre a natureza exata dos sensores e atuadores utilizados, suas características
e restrições, sendo denominado GRAFCET nível 2.
Portanto, o GRAFCET é um método (ou uma ferramenta) gráfico de descrição do
comportamento determinístico da parte de controle de um sistema automatizado isolado, dado
pela representação gráfica de seu comportamento. Os elementos: etapas, arcos orientados e
transições; constituintes deste modelamento gráfico, são descritos pelos seguintes símbolos:
- Etapas: são geralmente representadas através de uma figura geométrica plana regular,
geralmente um quadrado, e estão associadas à uma ou várias ações de controle. Ações são as
“ordens” emitidas pelo sistema de controle quando, e somente quando, o processo se encontrar
na etapa a que estiver relacionado. Toda etapa é denotada através de uma “palavra chave” que
a caracterize, ou apenas por um algarismo arábico que a identifique. Toda a ação associada a
uma etapa é descrita de maneira literal ou simbólica no interior de um retângulo ligado à etapa
correspondente.
DESCRIÇÃO
A cada etapa associamos comandos ou ações que só poderão ser ativadas quando a
etapa relacionada estiver ativa. O fluxo de controle, que é definido pelo arco orientado, passa de
uma etapa para outra através de uma transição representada pela sua condição ou
receptividade, a qual poderá ser verdadeira ou falsa. Se a receptividade da transição for
verdadeira, indicada pelo estado lógico de suas entradas, o estado do processo passa da
primeira etapa para a próxima etapa que se torna ativa, consequentemente desativando a etapa
inicial.
Cada função de controle pode, portanto, ser representada por um grupo de etapas de
transições denominado rede de diagramas de funções sequenciais. Estes diagramas podem ser
interconectados por uma ordem de união, mostrando o fluxo de controle completo de um
processo, definindo um GRAFCET. A etapa inicial (espera) é representada por um quadrado de
duplo traço, e contém a ação lógica que é executada inicialmente. As etapas seguintes devem
ser representadas por um quadrado de traço simples, que pode conter um nome, ou símbolo
representando a sua principal função. A condição lógica associada a cada transição pode ter
uma programação oriunda da álgebra de boole ou de natureza numérica comparativa – Ex.:
temperatura>500C.
Dois tipos de etapas podem ser utilizadas num diagrama de função sequencial: etapas
iniciais e regulares. Uma etapa regular deve ser programada associada a uma ação lógica, e sua
representação se dá através de um quadrado de único traço sendo possível existir várias etapas
regulares (a etapa inicial é um tipo especial de etapa regular). É possível associá-la a uma ação
específica, tornando-se ativa assim que o GRAFCET for “setado”.
Verifica-se ainda que cada etapa pode estar associada a uma ou várias ações de
comando. Por exemplo, uma determinada etapa pode acionar um motor, um sinal de alarme e
um sinal luminoso, configurando-se assim três ações na mesma etapa. Cada etapa pode estar
ativada ou desativada. Uma eventual transição é ativada quando a etapa imediatamente
precedente estiver sido ativada. Se uma transição eventualmente for verdadeira, então a etapa
imediatamente precedente é deixada desativada e as etapas imediatamente sucessoras são
ativadas. Este processo é identificado como “a evolução” de um GRAFCET.
Sequência de operações:
- Desenvolver o GRAFCET de cima para baixo.
- Execução da ação lógica da etapa ativa.
- Evolução das transições através de todas as etapas ativas.
- Bloco de GRAFCET inicialmente executado: “setado”.
- Ação lógica associada, quando houver, é executada e a transição correspondente torna-
se ativa.
Duas etapas nunca devem estar ligadas diretamente, devendo estar separadas por uma
transição; e duas transições não devem estar ligadas diretamente. A alternância etapa/transição
deve ser obrigatória. O gráfico anterior mostra um segmento de sequência única, denominada
também de sequência simples. O controle passa da etapa E1 para E2 somente se E1 estiver
ativo e T1 com valor verdadeiro.
orientado que indica a simultaneidade é representado por uma barra horizontal dupla, como na
figura a seguir:
da etapa E2 para a etapa E4 somente se a etapa E2 estiver ativa, a transição T2 for falsa, e a
transição T3 tiver valor verdadeiro.
Na sequência de saltos de retrocesso, o controle da etapa E4 para a etapa E1 ocorre
somente se a etapa E4 for ativa e a transição T5 estiver com valor verdadeiro. Os conectores de
origem e de destino não podem ocorrer antes de uma transição. Conectores não podem ser
utilizados em adjacência a um ramo.
EXEMPLOS
Sequência seletiva:
No segmento a seguir de um GRAFCET, note que não existe transição após a etapa 6.
Esta etapa terminará o GRAFCET, nenhuma evolução poderá ser realizada, portanto, e a etapa
E5 continuará a executar tais evoluções enquanto a transição T5 ativa continuar sendo
verdadeira.
sequência simultânea.
- um salto não pode “pular” para fora de uma sequência simultânea. Caso oposto ao
exemplo anterior.
- dois pontos divergentes (T2 e T3) oriundos de uma mesma sequência (simultânea ou
seletiva) podem ter um ponto convergente comum. Similarmente, um ponto divergente
pode ter múltiplos pontos convergentes.
RESULTADOS DO GRAFCET