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Artigo Cargo Out 2010

Portos Portugueses
Nova Atitude com os Clientes

Já lá vai o tempo em que os portos eram simples infra-estruturas públicas que os utentes
cativos utilizavam apenas de passagem para exportar ou importar e onde eram
considerados meros intermediários das necessidades públicas das populações, com as
quais ganhavam muito dinheiro, pelo que tinham que ser bem taxados por isso, sem que
o porto quisesse saber quem eram, de que precisavam, como se relacionavam com os
seus clientes e fornecedores e com as empresas do porto, quais eram os seus problemas
e aspirações, os seus requisitos especiais, opiniões e sugestões.

Hoje os portos deram um grande salto nestas vertentes, tendo as administrações


portuárias mudando a sua atitude com os clientes num processo que ainda decorre,
aproximando-se do modelo dos portos do norte da Europa. Mudaram muito as
mentalidades de empresas e entidades portuárias e marítimas perante os seus clientes,
em parte conduzidas pelas grandes mudanças nas cadeias logísticas que passaram a
detalhar minuciosamente cada passo dado pela mercadoria, os tempos, os custos, os
percursos, as alternativas, com agilidade na mudança de soluções que permitiram deixar
de ser cativas dos portos e dos transportadores.

Hoje os clientes influenciam as decisões dos portos e das empresas portuárias, sendo
olhados cada vez mais como parceiros estratégicos de uma relação “win-win”,
aumentando a frequência e a gama dos relacionamentos entre entidades, coordenando e
interligando operações e opções, havendo uma maior partilha de informação de forma
transparente a todos os níveis e havendo uma preocupação crescente das autoridades
portuárias em conhecer bem os seus clientes, as suas cadeias logísticas, apresentando
alternativas e soluções logísticas inovadoras.

As administrações portuárias tomam hoje frequentemente a iniciativa de procurar os


seus clientes, de visitar, de divulgar mais informação, de promover soluções e encontros
de interesses entre empresas, de inovar olhando para o porto, mas também para o
hinterland e foreland. Promovem soluções integradas com operadores de transporte
marítimo e terrestre, com entidades públicas e privadas, entre muitas outras actividades
pró-activas.

Mas ainda existe muito a mudar para virmos a ter futuramente portos modernos. Desde
logo, o atendimento ao cliente e a relação em diversos níveis funcionais deverão ser
melhorados, mudando-se o paradigma por completo. Todas as pessoas dos portos que se
relacionam com clientes devem ter formação neste aspecto, com a alteração radical do
paradigma de abordagem perante o cliente do porto.

O objectivo do porto deve ser satisfazer o cliente, adaptando os serviços às suas


necessidades particulares e garantindo a concorrência e a transparência de custos,
taxas/preços e qualidade, a integração na cadeia logística e a competividade das cargas
desses mesmos clientes nas soluções que passam pelo porto. Isto em vez que apostar na
óptica da infra-estrutura e na sua remuneração, na rentabilidade máxima com base no
monopólio, nos custos escondidos e na falta de informação, no autismo logístico e no
isolamento perante os clientes.

http://www.communityengine.com/blog

Para isso é necessário apostar em novas formas de relacionamento e ferramentas que a


Internet oferece de forma quase gratuita disponibiliza, como por exemplo:

a) sites do tipo “portserviceadvisor” onde os clientes possam colocar as suas


opiniões, mesmo que anónimas, sobre os diversos serviços de cada porto e dos
serviços marítimos, incluindo o frete para cada destino, com manutenção do
histórico para que os outros clientes conheçam as experiências e se melhore a
qualidade geral;

b) garantir de forma simples o acesso e a transparência da informação sobre todas


as contas dos prestadores de serviços portuários, os seus custos, taxas, preços e
receitas por tipo, incluindo empresas de trabalho portuário e armadores (nos que
respeita aos fretes);

c) criar garantias de qualidade de serviço mínimo e de previsibilidade do preço,


numa relação de proximidade porto-cliente, estabelecendo-se preços médios
finais que já incluam os custos dos serviços extra que se sejam necessários, sem
mais das chamadas “alcavalas”;

d) Assegurar um sistema único de informações no relacionamento com os clientes


dos diversos portos, a chamada janela única nacional para todos os portos e não
uma janela única em cada porto;

e) Profissionalizar a relação com os clientes de forma cordial e personalizada,


acabando a postura sobranceira tradicional dos portos, seja nas autoridades, seja
nas empresas;
Conferência Grimaldi

Realizou-se recentemente a 14ª Conferência da Grimaldi sobre o serviço Euromed,


sobre o tema “Da terra para o Mar”, dedicada ao transporte de curta distância e à
mobilidade sustentável em termos económicos e ambientais.

De entre os diversos oradores, destacou-se Emanuele Grimaldi, Co-amministratore


Delegato – Gruppo Grimaldi, que referiu de forma positiva a crise que actualmente
atravessamos, tendo em conta os estudos dos ciclos económicos efectuados por
Schumpeter sobre a necessidade inovação e destruição para que exista desenvolvimento
sustentado.

Neste momento decorre um ciclo de destruição de empresas e de navios sub-standard,


menos eficientes e inimigos do ambiente, sendo fundamental para que se consolidarem
e desenvolverem as empresas com navios inovadores, mais eficientes e amigos do
ambiente, que a Comissão Europeia e os Estados apoiar não criem “balões de soro” para
as empresas que devem ir à falência, sob o risco de predurarem com apoio dos nossos
impostos situações de navios menos eficientes e mais poluidores, prejudicando a
inovação, como é o caso dos navios da Grimaldi.

Neste sentido teve grande aprovação pelos oradores do sistema criado em Itália,
“ecobono” (http://www.wseas.us/e-library/conferences/2010/Constantza/MN/MN-
31.pdf ) que em vez que subsidiar a oferta e os navios sub-standard, subsidia a procura,
atribuindo uma verba por unidade de carga/Km aos operadores do transporte rodoviário
que resolvam optar pelo transporte marítimo de curta distância, deixando ao seu critério
a escolha da melhor opção do mercado, em termos de eficiência, preço e qualidade.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=58165331

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