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Análise Financeira

e Demonstrações
Contábeis
Análise
Financeira e
Demonstrações
Exercícios findos em
Contábeis
31 de dezembro de 2000 e 1999
Exercícios Findos em
31 de dezembro de 1999 e 1998
(Com Parecer dos Auditores
Independentes)

(De acordo com os


princípios contábeis geralmente
aceitos no Brasil)
Análise Financeira
Apresentação (1)

Consolidado Controladora
31.12.2000 31.12.1999 31.12.2000 31.12.1999
Vendas Brutas (R$ milhões) 64.262 40.883 57.196 36.654
Vendas Líquidas (R$ milhões) 49.782 29.592 44.628 26.881
Resultados:
Atividades Próprias 9.685 1.286 8.907 832
Subsidiárias/Coligadas 257 471 1.252 939
Lucro (R$ milhões) 9.942 1.757 10.159 1.771
Patrimônio Líquido (R$ milhões) 24.946 17.564 25.259 17.658
Ativo Permanente (R$ milhões) (2) 26.009 24.405 26.743 24.340
Relação Capital Próprio / Capital de Terceiros 37/63 31/69 39/61 33/67
EBITDA (R$ milhões) (3) 18.270 10.020 16.527 9.449
Notas:
(1) Os valores expressos em Reais (R$), mencionados nesta análise financeira, foram apurados em conformidade às práticas contábeis
emanadas da legislação societária e às normas da Comissão de Valores Mobiliários - CVM;
(2) Inclui “Investimentos em Subsidiárias, Coligadas e Outros”, “Ativo Imobilizado” e “Ativo Diferido”;
(3) Resultado antes dos impostos, das participações minoritárias, do resultado financeiro líquido, das participações em investimentos
relevantes e da depreciação, amortização e custos com abandono.

1 Resultado da Controladora
2
A PETROBRAS (Controladora) apurou um lucro líquido de R$ 10.159 milhões no exercício social de 2000,
Relatório Anual 2000

com lucro operacional correspondendo a 32% da receita operacional líquida (8% em 1999).
Os principais fatores que contribuíram para a formação desse resultado foram:
• Aumento dos preços de realização (R$ 63,33 por bbl / média de 2000 contra R$ 39,16 por bbl / média do
exercício de 1999), em linha com a alta dos preços internacionais dos derivados;
• Aumento da produção de petróleo, LGN e gás natural, que gerou um aumento da participação do óleo
nacional na carga processada das refinarias (75% no período jan-dez/2000 e 71% no período de jan-
dez/1999), implicando em um melhor perfil da estrutura de custos;
• Desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano, que no exercício de 2000 foi de 9,30%,
gerando despesas com variações cambiais, líquidas, principalmente sobre financiamentos de R$ 697 milhões
no exercício;
• Baixa contábil (perda) no montante de R$ 735 milhões, referente aos poços que foram identificados como
secos, sub-comerciais ou minerais;
• Regularizações na Conta petróleo e álcool, decorrentes de exame que a auditoria do Governo Federal vem
procedendo sobre essas contas, por intermédio de um Grupo de Trabalho Interministerial, que impactaram
o resultado do exercício em R$ 210 milhões (despesa);
• Revisões atuariais, procedidas anualmente, do Plano de Pensão e de Saúde, no montante de
R$ 403 milhões (despesa);
• Provisionamento de R$ 190 milhões a título de participação dos empregados nos lucros/resultados – PLR
do exercício de 2000, com base no Acordo Coletivo de Trabalho de 2000/2001; e
• Economia tributária (redução da provisão para imposto de renda e contribuição social) no valor de
R$ 617 milhões, em face da dedutibilidade fiscal permitida ao provisionamento de remuneração aos
acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio.
A margem bruta no exercício de 2000 atingiu 42%, apresentando uma melhoria em relação a 1999 (35%). Esse
desempenho deve-se à elevação da receita líquida das vendas e ao crescimento da produção de derivados com-
binada com a maior participação do petróleo nacional, o que permitiu a redução do volume das importações
de petróleo, favorecendo a elevação da lucratividade.
As subsidiárias geraram R$ 1.252 milhões de lucros (equivalência patrimonial) para a PETROBRAS no ano de
2000.

R$ Milhões
Subsidiárias 2000 1999
BR 204 (33)
PETROQUISA 459 573
BRASPETRO 488 353
GASPETRO (20) 27
TRANSPETRO 102 19
PIFCo 19
1.252 939

2 Resultado Consolidado
O lucro líquido consolidado, após a eliminação das operações intercompanhias e a segregação da participação
dos acionistas minoritários em subsidiárias e controladas, atingiu R$ 9.942 milhões (R$ 1.757 milhões em
1999), conforme abaixo:

R$ Milhões
2000 1999
Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS 10.159 1.771
3
Petrobras Química S.A. – PETROQUISA 464 578

Demonstrações Contábeis
Petrobras Distribuidora S.A. – BR 278 (73)

Petrobras Gás S.A. – GASPETRO – Consolidado (1)


Petrobras Gás S.A. – GASPETRO (20) 27
Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S.A. – TBG (532) (77)
Eliminações e Ajustes 325 113
(227) 63
Petrobras Transporte S.A. – TRANSPETRO – Consolidado
Petrobras Transporte S.A. – TRANSPETRO 101 19
Fronape International Company – FIC 1 2
Eliminações e Ajustes (1) (2)
101 19
Petrobras Internacional Finance Company – PIFCo (2) 19
Petrobras Internacional S.A. – BRASPETRO – Consolidado
Petrobras Internacional S.A. – BRASPETRO 488 359
Braspetro Oil Services Company – BRASOIL – Consolidado 252 (2)
Petrobras America Inc. 80 4
Braspetro Oil Company – BOC – Consolidado (46) (11)
Eliminações e Ajustes (286) 9
488 359

Menos: Eliminações e ajustes (1.262) (973)


Participações de minoritários (78) 13
9.942 1.757

(1) A PETROBRAS Gasoduto Bolívia - Brasil S.A. - PETROGASBOL, empresa responsável pela administração da construção do
gasoduto Bolívia-Brasil, lado boliviano, apresentou um lucro de R$ 121 mil.
(2) A PIFCo foi adquirida pela PETROBRAS da sua controlada Brasoil em abril/2000. A PIFCo apurou um lucro de US$ 26 milhões
(R$ 52 milhões) no exercício, sendo que o resultado do 1º trimestre de 2000 está refletido na Braspetro através de equivalência patrimonial.
Informações importantes sobre os resultados das subsidiárias:
Petroquisa: Os rendimentos líquidos dos títulos provenientes do Programa Nacional de Desestatização (NTN-P),
proporcionaram uma receita financeira de R$ 275 milhões e a melhoria do desempenho do setor petroquímico,
devido ao crescimento das vendas em substituição às importações, resultaram num ganho de equivalência patri-
monial em Coligadas no montante de R$ 153 milhões. A participação dos rendimentos das NTN-P, líquidos de
impostos, no lucro líquido da Petroquisa reduziu de 63% no exercício de 1999, para 59% no exercício de 2000.
BR: Aumento do faturamento em função dos reajustes nos preços das vendas e de medidas governamentais, como
a centralização da arrecadação de PIS/COFINS sobre gasolina automotiva, diesel e GLP nas refinarias de petróleo,
inibindo a concessão de liminares judiciais, bem como a regulamentação pela ANP, que prevê penalidades para os
postos revendedores que deixarem de comercializar produtos das distribuidoras sob cuja bandeira operam. A par-
ticipação da BR no mercado distribuidor de combustíveis era de 32% em 31.12.2000.
Gaspetro: Rendimento líquido dos títulos provenientes do Programa Nacional de Desestatização (NTN-P),
no montante de R$ 60 milhões e prejuízo proveniente de sua controlada TBG, no montante de R$ 58 milhões,
devido a amortização de investimentos incorridos no gasoduto Bolívia-Brasil, que está operando desde julho de 1999.
Transpetro: O lucro líquido consolidado de R$ 101 milhões é originário, principalmente, da operação de 63
navios fretados à Controladora e terceiros.
PIFCo: Empresa adquirida pela PETROBRAS da sua controlada BRASOIL, em abr/2000. Sua atividade se
concentra em intermediar operações de compra e venda de petróleo e derivados à PETROBRAS, com a
utilização de linhas de crédito para financiamento, e a revenda a terceiros, basicamente no exterior. A PIFCo.
apurou no ano de 2000 um lucro de R$ 52 milhões, oriundo basicamente, da margem líquida nas operações de
revenda de petróleo e derivados a terceiros.
Braspetro: Aumento da receita de vendas proveniente da elevação do preço do petróleo no mercado internacional,
ganho cambial sobre o patrimônio líquido de suas controladas no exterior no montante de R$ 105 milhões,bem como
resultado de operação de “Sale-lease back” de plataforma de produção de petróleo no valor de R$ 391 milhões.

Programa Nacional de Desestatização


4 O valor das Notas do Tesouro Nacional – Série P (NTN-P) e demais títulos recebidos pela PETROQUISA e
Relatório Anual 2000

GASPETRO, relativos às alienações de participações societárias no âmbito do Programa Nacional de Deses-


tatização (PND), acrescido de juros, correspondia, em 31.12.2000, a R$ 6.997 milhões.
O rendimento desses títulos (TR + 6% a.a.), líquido de impostos, foi de R$ 335 milhões (R$ 444 milhões em
1999).As NTN-P vencem a partir do ano de 2007 e podem ser utilizadas para quitação de dívidas com a União
ou com entidades da Administração Pública Federal, desde que haja anuência do credor.
Os tributos incidentes sobre os rendimentos financeiros gerados pelas NTN-P estão sendo diferidos, para fins
de pagamento, até a data de realização dos títulos. Em 31.12.2000, o valor diferido (passivo a longo prazo)
alcançou o montante de R$ 1.381 milhões.

3 Vendas da Controladora
O aumento do preço médio de realização para derivados de petróleo e o crescimento de 4% do volume total
de vendas, refletiram na elevação na receita operacional líquida da PETROBRAS, que aumentou em 66% em
relação a 1999.

Receita Operacional Bruta Receita Operacional Líquida


(Em R$ Milhões) (Em R$ Milhões)

57.196
44.628
36.654
26.881

2000 1999 2000 1999


A receita operacional líquida de derivados está parametrizada com o mercado internacional e, portanto,
contempla a variação da taxa do dólar e a flutuação do preço internacional dos derivados.
Abaixo estão demonstrados os principais itens da receita operacional líquida:

2000 1999
Receita Operacional Líquida M3 Mil R$ Milhões M3 Mil R$ Milhões
Mercado Interno
Óleo Diesel 35.204 15.038 34.351 8.808
Gasolina 16.925 8.214 17.493 5.236
Óleos Combustíveis 10.116 2.502 10.791 1.709
Nafta 13.980 5.002 13.634 3.349
GLP 12.870 4.435 12.644 2.735
Outros 10.551 3.961 9.559 2.310
Total derivados 99.646 39.152 98.472 24.147
Gás Natural 6.031 967 4.515 495
Álcool Hidratado 649 298 70 33
Outros produtos 1.749 316 2.343 313
Subtotal 108.075 40.733 105.400 24.988
Mercado Externo 11.711 3.810 9.269 1.822
Serviços 85 71
119.786 44.628 114.669 26.881

Em relação ao comportamento no mercado interno, em 2000, houve um crescimento de 63% na receita opera-
cional líquida da PETROBRAS em relação ao exercício anterior:

R$ 40.733
milhões
Álcool hidratado 298
Outros produtos 316
Gás natural 967
Óleos combustíveis 2.502 5
Outros derivados 3.961

Demonstrações Contábeis
GLP 4.435 R$ 24.988
milhões
33
Nafta 5.002 313
1.709 495
2.310
Gasolina 8.214 2.735
3.349

5.236
Óleo diesel 15.038

8.808

2000 1999

O volume físico de vendas da PETROBRAS no mercado interno no ano de 2000 apresentou um crescimento de
2,5% em relação a 1999:
108.075 mil 105.400 mil
Álcool hidratado 649 m3 m3
70
Outros produtos 1.749 2.343
Gás natural 6.031
4.515
Outros derivados 10.551 9.559
Óleos combustíveis 10.116 10.791

GLP 12.870 12.644

Nafta 13.980 13.634

Gasolina 16.925 17.493

Óleo diesel 35.204


34.351

2000 1999
Encargos de Vendas
Os encargos que compõem o preço de faturamento dos derivados de petróleo e álcool, atingiram a cifra de
R$ 12.568 milhões, sendo superiores em 29% em relação ao exercício anterior.
Os principais itens componentes desses encargos são demonstrados a seguir:

R$ Milhões
Encargos 2000 1999
ICMS 8.813 5.697
PPE (533) 2.825
PASEP/COFINS 4.288 1.251
12.568 9.773

ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços


PPE – Parcela de preços específica
PASEP – Programa de formação do patrimônio do servidor público
COFINS – Contribuição para financiamento da seguridade social

A arrecadação da PPE é gerada pela venda dos derivados básicos (gasolina, diesel, GLP, naftas, até 8 de agosto de
2000, querosene de aviação e óleos combustíveis), e representa a diferença entre o valor de faturamento desses
produtos nas refinarias (líquidos de ICMS e outros encargos incidentes sobre as vendas), fixado em reais, e seus
respectivos preços de realização (receita líquida), que são parametrizados às cotações dos derivados de petróleo no
mercado internacional e à taxa de câmbio. Quando o valor de faturamento, líquido de ICMS e PASEP/COFINS,
é superior ao preço de realização, a arrecadação de PPE é positiva e reduz o saldo das Contas petróleo e álcool.
Inversamente, quando o valor de faturamento, líquido de ICMS e PASEP/COFINS, é inferior ao valor de reali-
zação, a arrecadação de PPE é negativa e aumenta o saldo das Contas petróleo e álcool.
No exercício de 2000, o Governo Federal continuou a controlar os preços pelos quais a PETROBRAS pode
vender seus derivados de petróleo. Assim, como conseqüência dos aumentos ocorridos nas cotações dos deriva-
dos de petróleo no mercado internacional, que atingiram a 47%, e da defasagem para o repasse desses aumen-
tos aos preços de faturamento das refinarias, que são fixados em Reais (R$), a arrecadação da PPE foi deficitária
6 (negativa) em R$ 533 milhões no exercício de 2000.
A partir de 01.07.2000, o PASEP e a COFINS devidos sobre a venda de gasolina, óleo diesel, GLP e álcool
Relatório Anual 2000

carburante, passaram a incidir, unicamente, sobre as vendas das refinarias, com alíquota majorada, liberando o
restante da cadeia de vendas desses produtos da cobrança desses encargos. Essa alteração resultou no crescimento
acentuado de arrecadação dessas contribuições sociais no 2º semestre de 2000.

4 Receita Operacional Bruta do Sistema PETROBRAS


O faturamento bruto consolidado atingiu o montante de R$ 64.262 milhões, com um crescimento de 57% em
relação ao exercício anterior.

R$ Milhões
2000 % 1999 %
• PETROBRAS 57.196 89,0 36.654 89,6
• DISTRIBUIDORA - BR 15.459 24,0 11.906 29,1
• BRASPETRO - CONSOLIDADO 12.311 19,2 12.354 30,2
• GASPETRO - CONSOLIDADO 229 0,4 32 0,1
• TRANSPETRO - CONSOLIDADO 571 0,9 111 0,3
• PIFCo 12.096 18,8
• Vendas Inter-Companhias (33.600) (52,3) (20.174) (49,3)
64.262 100,0 40.883 100,0

Deduzindo-se os impostos e outros encargos incidentes sobre o faturamento, resultou numa venda líquida de
R$ 49.782 milhões em 2000 (R$ 29.592 milhões em 1999).
As vendas de produtos e serviços realizadas pela PETROBRAS às suas subsidiárias e controladas representaram
cerca de 24% do seu faturamento bruto, destacando as operações realizadas com a Distribuidora (BR) que
corresponderam a 20% do total (23% no exercício anterior).
5 Receitas e Lucros Consolidados por Segmento de Negócio (1)

Exercício findo em 31.12.2000


R$ Milhões
Exploração e Produção Refino,
Transporte e Petroquímica
Brasil Internacional Comercialização e Fertilizantes Distribuição Corporativo Eliminações TOTAL
Receita operac. líquida
Intersegmentos 20.587 10.308 179 (31.074) –
Terceiros 1.680 883 34.771 243 12.205 49.782
22.267 883 45.079 243 12.384 (31.074) 49.782
Custo dos produtos e
serviços vendidos (10.203) (452) (37.744) (274) (11.091) 30.826 (28.938)
Custos exploratórios para
extração de petróleo e gás (1.004) (84) (1.088)
Lucro operacional (2) 11.049 231 5.706 (113) 480 (1.942) (212) 15.199
Despesas financeiras,
líquidas (282) (74) (751) 68 12 (52) (38) (1.117)
Imposto de renda e
contribuição social (3.573) (102) (1.731) 22 (134) 1.125 31 (4.362)
Lucro Líquido (Prejuízo) 7.110 152 3.420 127 267 (915) (219) 9.942

(1) Principais destaques da Demonstração do Resultado.


(2) Antes da receita e despesa financeira; da equivalência patrimonial e inclui o resultado não operacional.

As informações contábeis por segmento de negócio foram elaboradas com base na premissa de Controlabilidade,
objetivando atribuir aos segmentos de negócios somente os itens sobre os quais estes segmentos tenham efeti-
vo controle.
Na elaboração das informações contábeis por segmento de negócios foram considerados os seguintes critérios:
(a) Receita Operacional Líquida: inclui as receitas operacionais faturadas aos clientes externos, acrescidas dos
faturamentos entre as unidades de negócios tendo como referência os preços internos de transferência 7
definidos para as respectivas partes;

Demonstrações Contábeis
(b) No Lucro Operacional estão computados a Receita Operacional Líquida, os Custos dos Produtos e Serviços
Vendidos, que são apurados por área de negócio, considerando o preço interno de transferência e os demais
custos operacionais de cada segmento, bem como Despesas Operacionais que são consideradas as despesas
efetivamente incorridas em cada segmento;
(c) Para apuração do Lucro Líquido, o Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o lucro são calculados
por segmento de negócio, com base na legislação que fixa os critérios de apuração do lucro sujeito à tribu-
tação (lucro real).

6 Valor dos Ativos Consolidados em 31.12.2000

Segmento de Negócio R$ Milhões


E & P – Brasil (1) 16.290
E & P – Internacional 2.281
Refino, Transporte e Comercialização 22.829
Petroquímica e Fertilizantes 1.982
Distribuição 3.464
Corporativo (2) 24.329
Eliminações (4.196)
Total 66.979

(1) Os ativos do segmento E&P-Brasil estão líquidos da provisão para gasto com abandono de poços, no valor de R$ 3.106 milhões.
(2) Os ativos do Segmento Corporativo compreendem, basicamente, as Notas do Tesouro Nacional – série P, as Contas petróleo e álcool e
as aplicações financeiras, caixa e bancos.
Em 23 de outubro de 2000, o Conselho de Administração da PETROBRAS aprovou o novo Modelo de
Organização e Gestão da Companhia, estabelecendo as seguintes áreas de negócios (E & P, Abastecimento,
Distribuição, Gás e Energia e Internacional), duas áreas de apoio (Financeira e Serviços) e demais Unidades
Corporativas.
A partir do exercício de 2001, as informações contábeis segmentadas refletirão a nova estrutura organizacional,
aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em 23.10.2000.

7 Despesas e Receitas Financeiras


As despesas e receitas financeiras líquidas totalizaram R$ 1.117 milhões no Consolidado e R$ 1.030 milhões na
Controladora, apresentando uma significativa melhoria em relação a 1999 (R$ 4.532 milhões e R$ 5.324 milhões,
respectivamente), em função da redução de 57% no endividamento líquido consolidado (62% na Controladora),
devido a um melhor nível de caixa, à redução dos encargos financeiros e pelo grande volume de amortizações
de linhas de crédito e “Commercial Papers” na PETROBRAS. Cabe ressaltar que em 1999, as despesas finan-
ceiras líquidas estavam fortemente impactadas pela desvalorização cambial sobre suas dívidas em moeda
estrangeira.

8 Custos exploratórios para extração de


petróleo e gás/Pesquisa e desenvolvimento tecnológico
Os gastos com geofísica e geologia com poços identificados como secos e os vinculados às reservas não comer-
ciais, em 2000, atingiram R$ 1.088 milhões no Consolidado (R$ 606 milhões em 1999) e R$ 1.004 milhões
na Controladora (R$ 439 milhões em 1999) e estão registrados no resultado do exercício.
Os custos com pesquisa e desenvolvimento tecnológico, absorvidos no resultado do exercício, no Consolidado
alcançaram o montante de R$ 263 milhões (R$ 219 milhões em 1999), e na Controladora R$ 262 milhões
(R$ 218 milhões em 1999).
8
Relatório Anual 2000

9 Contas petróleo e álcool


O saldo das Contas petróleo e álcool, em 31 de dezembro de 2000, situava a PETROBRAS como credora de
R$ 2.951 milhões.
Como conseqüência dos aumentos nos preços dos derivados no mercado internacional, que no ano de 2000
atingiram 47%, e a defasagem de tempo para o repasse parcial desses aumentos para os preços de faturamento
de certos derivados, que tiveram um aumento médio de 45% concedido pelo Governo Federal, ao longo do
exercício, a arrecadação da PPE foi deficitária em R$ 533 milhões, resultando no crescimento
do saldo das Contas petróleo e álcool.
Em consonância com a Lei do Setor Petróleo (Lei 9.478/97), que prevê a realização de encontro de
contas entre a União e a PETROBRAS, a Secretaria do Tesouro Nacional, em 27.10.1998, emitiu Notas
do Tesouro Nacional – série H (NTN-H) com a finalidade de garantir à PETROBRAS o pagamento do saldo
devedor das Contas petróleo e álcool. As NTN-H são canceladas, mensalmente, quando ocorre fluxo positivo
de arrecadação da Parcela de Preços Específica – PPE, líquido dos ressarcimentos referentes às operações com
derivados de petróleo e álcoois. Em 31 de dezembro de 2000, o saldo das NTN-H montava R$ 2.076 milhões.
Continuam em andamento as análises do Grupo de Trabalho, constituído pelo Governo Federal por inter-
médio da Portaria Interministerial nº 336, de 22 de setembro de 1999, para certificar a regularidade
e exatidão do saldo devedor das Contas petróleo e álcool, referente ao período de 1º de abril de 1992 a
30 de junho de 1998, que possibilitará a conclusão do encontro de contas com a União. Em 31 de dezem-
bro de 2000, parte dessa certificação já havia sido concluída pelo Grupo de Trabalho Interministerial,
determinando à Companhia uma redução no saldo das Contas petróleo e álcool no montante de
R$ 210 milhões e os seguintes efeitos no resultado da PETROBRAS do exercício findo em 31 de dezem-
bro de 2000:

R$ Milhões
Aumento de outras despesas operacionais líquidas 206
Variações monetárias líquidas 4
210

Cabe ressaltar que não há evidências ou expectativas quanto aos ajustes remanescentes que possam afetar de
forma material e relevante a situação patrimonial e financeira da Companhia.
Em 04 de janeiro de 2001, por intermédio da Portaria Interministerial MF/MME nº 2, o Governo Federal
estabeleceu, para o ano de 2001, uma nova política de preços de faturamento das refinarias para o óleo diesel,
gasolina e GLP, parametrizando-os às variações das cotações do petróleo “brent” e do dólar norte-americano,
calculados trimestralmente e aplicados a partir do quinto dia útil dos meses de abril, julho e outubro.

R$ Milhões
Período Jan-Dez
Mutação das Contas Petróleo e Álcool 2000 1999
Saldo Inicial 2.419 4.037
Arrecadação da PPE: 533 (2.825)
Diesel 835 (1.598)
Gasolina (3.352) (3.565)
Nafta 697 1.219
GLP 1.982 861
QAV 371 230
Óleo Combustível 28
Ressarcimentos a terceiros 35 658 9
Ressarcimentos à PETROBRAS 110 382

Demonstrações Contábeis
Encargos financeiros 64 167
Regularização – GTI* (210)
Saldo Final 2.951 2.419

* Grupo de Trabalho Interministerial

10 Estoques
Os estoques consolidados de álcool, matérias-primas e de derivados, estavam 39% superiores aos de 31.12.1999,
enquanto que na Controladora o aumento do saldo dos estoques foi de 36%, devido, principalmente, ao aumen-
to dos preços de petróleo e derivados no mercado internacional.

R$ Milhões
Consolidado Controladora
Matéria-Prima 2.447 2.407
Derivados 2.228 1.932
Álcool 395 292

11 Investimentos
No mercado interno, a PETROBRAS investiu, prioritariamente, no desenvolvimento de sua capacidade de
produção de petróleo, através de investimentos próprios e através da estruturação de empreendimentos com
parceiros.
Dos investimentos próprios realizados pela PETROBRAS em 2000, 75% destinaram-se às atividades de exploração
e desenvolvimento da produção, sendo que somente na Bacia de Campos, foram investidos R$ 2.462 milhões.

R$ Milhões
Consolidado Controladora
Atividades 2000 1999 2000 1999

Mercado doméstico
Exploração e desenvolvimento da Produção 3.929 2.080 3.827 2.080
Refino 696 526 696 526
Transportes 383 1.913 173 186
Outros 540 315 397 166
5.548 4.834 5.093 2.958
Empreendimentos em negociação 144 402 144 402
Projetos Estruturados
Albacora 196 243 196 243
Espadarte/Marimbá/Voador 393 312 393 312
Barracuda/Caratinga - 236 - 236
Cabiúnas 152 129 152 129
Cia Petrolífera Marlim 579 781 579 781
1.320 1.701 1.320 1.701
Total no País 7.012 6.937 6.557 5.061
Mercado Internacional
Exploração e desenvolvimento da Produção 459 463
Refino 123 183
Total de investimentos 7.594 7.583 6.557 5.061

• As negociações referentes ao projeto Barracuda & Caratinga foram concluídas e foi constituída a companhia
10 Barracuda & Caratinga Holding Company B. V., empresa com propósito específico responsável pelo
desenvolvimento complementar dos campos Barracuda e Caratinga. De acordo com os contratos firmados,
Relatório Anual 2000

os gastos com esse projeto até o montante de US$ 278 milhões são de responsabilidade da PETROBRAS e,
portanto, não serão ressarcidos.
• No exercício de 2000 foram firmados vinte e quatro Consórcios que irão gerar investimentos de US$ 2.668
milhões. A PETROBRAS até o momento firmou 51 consórcios ao todo, com investimentos previstos no
montante de US$ 5.571 milhões. Essas iniciativas objetivam viabilizar os investimentos necessários nas áreas
em que a PETROBRAS realizou descobertas comerciais e promover investimentos em exploração. Essas
negociações podem compreender os gastos incorridos com os projetos até sua entrada em produção.

12 Impostos e Contribuições
A contribuição econômica da PETROBRAS, medida por meio de pagamentos de impostos, taxas e con-
tribuições sociais no exercício de 2000, aumentou 115% em relação a 1999.

R$ Milhões
2000 1999 %
ICMS 7.177 4.700 53
PASEP/COFINS 3.929 1.113 253
Imposto de Renda e CSSL 2.525
Imposto de Importação 342 405 (16)
Outros 274 418 (34)
Total 14.247 6.636 115
13 Participações Governamentais
O crescimento dos valores pagos de participações governamentais reflete o crescimento da produção nacional e
o crescimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

R$ Milhões
2000 1999 %
Royalties 1.936 1.091 77
Participações Especiais 1.039
Bônus de assinatura 165 15
Retenção de área 66 29 128
Total 3.206 1.135 182

As participações especiais incidem sobre os campos com alta produtividade (Marlim e Albacora) e o comporta-
mento de seu custo reflete, também, o aumento da produção e a elevação do preço de referência dos petróleos
extraídos desses campos.

14 Endividamento
Em 31.12.2000, o endividamento, referente a empréstimos e financiamentos no país e no exterior, atingiu o
total de R$ 17.279 milhões no Consolidado (R$ 15.198 milhões na Controladora), conforme demonstrado a
seguir:

R$ Milhões
Consolidado Controladora
2000 1999 2000 1999
Curto Prazo 8.083 10.488 7.156 9.249
11
Longo Prazo 9.196 8.554 8.042 7.918

Demonstrações Contábeis
Endividamento total 17.279 19.042 15.198 17.167

(-) Disponibilidades 11.391 5.394 10.274 4.270


Endividamento líquido 5.888 13.648 4.924 12.897

O endividamento líquido consolidado, em 31.12.2000, diminuiu 57% em relação a 31.12.1999 (62% na


Controladora), devido a um melhor nível de caixa, à redução dos encargos financeiros e a um grande volume
de amortizações de linhas de crédito e Commercial Papers.
No saldo de endividamento da Controladora estão incluídas as operações de mútuo com Subsidiárias e con-
troladas, no montante de R$ 2.629 milhões (R$ 2.953 milhões em 1999).
O indicador do grau de capitalização consolidado apontava uma utilização de 37% de capitais próprios e 63%
de capitais de terceiros em seus negócios (39/61 na Controladora). Em 31.12.1999 a relação era 31/69 e 33/67,
respectivamente.

15 Patrimônio Líquido e Dividendo


(a) O capital social integralizado, em 31.12.2000, no valor de R$ 13.373 milhões, está representado por
634.168.418 ações ordinárias e 451.935.669 ações preferenciais, sem valor nominal.
(b) Em 10.08.2000, o Governo Federal, por intermédio do BNDES, realizou a venda de 179.639.300 ações
ordinárias de sua propriedade, no país e exterior.
(c) A União Federal é o maior acionista da PETROBRAS, detendo 55,7% do capital votante. O capital social
integralizado, representado pela totalidade das ações ordinárias e preferenciais, apresentava a seguinte com-
posição em 31 de dezembro de 2000:

Capital Votante Capital não Votante TOTAL


Principais Acionistas Ações Ordinárias % Ações Preferenciais % %
União Federal 55,7 32,5
BNDESPAR 2,0 16,5 3,8
BNDES 9,2 8,0
Fundo de Participação Social – FPS 0,9 0,4 0,7
Custódias das Bolsas 7,6 25,9 15,2
Estrangeiros 3,0 20,2 10,2
ADR – Níveis I e III 19,8 22,5 20,9
Fundo Mútuo de Privatizações – FGTS 7,4 4,3
Outros 3,6 5,3 4,4
Total 100,0 100,0 100
Total de Ações 634.168.418 451.935.669 1.086.104.087

Participação dos acionistas da PETROBRAS no capital votante

Outros
Fundos Privatização
FPS
BNDESPAR

ADR Ie II

União Federal

12 Acionistas
Estrangeiros
Relatório Anual 2000

Custódia
Bolsas

(d) O Programa de American Depositary Receipts – ADR nível III, permite que as ações ordinárias sejam nego-
ciadas na Bolsa de Valores de Nova York. Cada ADR nível III representa 1 ação ordinária e, em 31.12.2000,
estava cotado a US$ 25,25.
(e) O Programa de American Depositary Receipts – ADR nível I, permite que ações preferenciais sejam nego-
ciadas no mercado de balcão norte-americano. Cada ADR nível I representa 1 ação preferencial e, em
31.12.2000, estava cotado a US$ 23,13. Está previsto para o exercício de 2001, o registro, na SEC-Securities
Exchange Commission, de um Programa de ADR nível II para as ações preferenciais, em substituição ao atual
programa de ADR nível I, o que possibilitará que essas ações sejam negociadas nos pregões da Bolsa de Valores de
Nova York.
(f) O patrimônio líquido da PETROBRAS em 31.12.2000 atingiu a cifra de R$ 25.259 milhões, correspon-
dendo a R$ 23,26 por ação. O valor de mercado da ação ordinária e da ação preferencial era de
R$ 48,86 por ação e R$ 45,74 por ação (BOVESPA), respectivamente, no último pregão do ano.
(g) Remuneração aos acionistas – O Conselho de Administração da PETROBRAS, com base em disposições
estatutárias, está propondo à Assembléia Geral Ordinária do dia 23.03.2001, a distribuição de um dividen-
do relativo ao exercício de 2000, no montante de R$ 2.573 milhões, correspondendo a 26,52% do lucro
básico para fins de dividendo. Neste dividendo estão incluídos os juros sobre o capital próprio no montante
de R$ 1.814 milhões (R$ 1,67/ação), aprovados pelo Conselho de Administração, em 15.12.2000, sujeitos
a retenção de imposto de renda na fonte de 15%, exceto para os acionistas imunes e isentos. O dividendo
corresponde a R$ 2,24 por ação e representa 4,6% e 4,9% (2,1% e 1,7%, em 1999) do valor de mercado das
ações ordinárias e preferenciais “dividend yield”, respectivamente.
(h) Retenção de lucros – De acordo com a programação anual de investimentos para 2001, elaborada pela
Companhia, estão previstos investimentos da ordem de R$ 9.596 milhões. Considerando que a geração
própria de recursos constitui a principal fonte de financiamento dos investimentos da Companhia, torna-se
necessária a retenção de lucros no montante de R$ 7.063 milhões, sendo R$ 7.013 milhões provenientes do
lucro do exercício e R$ 50 milhões de reversões de reservas constituídas em exercícios anteriores. Assim, o
Conselho de Administração está propondo à Assembléia Geral de Acionistas, a ser realizada em 23.03.2001,
a retenção de lucros no montante de R$ 7.063 milhões, no patrimônio líquido.

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