Vous êtes sur la page 1sur 6

Disciplina: Antropologia Jurídica

Professor: Dr. João Simões Cardoso Filho


Aluno: André Matheus de Lucena Moura (201506140120)
Turma:0302015

Fichamento do Livro “Cultura um Conceito Antropológico”

Belém-PA
1. Introdução

O livro serve de introdução ao tema ‘Cultura’ em seu aspecto


antropológico, tendo em vista esse ser um dos objetos de pesquisa dessa ciência
social.

O texto inicia com uma abordagem sobre os diversos períodos da


história, onde diversas pessoas buscavam descrever práticas de outros povos
que não eram praticados por quem observava. Deste modo, percebe-se que
desde a antiguidade, foram comuns as tentativas de explicar as diferenças de
comportamento entre os homens, a partir das variações dos ambientes físicos.

Ademais, durante muito tempo tentava-se justificar essa diferença de


comportamentos, culinárias entre os grupos humanos por fatores de
diversidades somatológicas ou mesológicas, bem como através de teorias do
determinismo geográfico ou determinismo biológico. No entanto, essas
tratativas, mostraram-se incapazes de resolver o dilema entre a conciliação da
unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana.

Quanto a teoria determinista, os antropólogos são unanimes em


descartar suas hipóteses, por não se convencerem que diferenças genéticas
determinam as diferenças culturais. Pois, o comportamento dos indivíduos
depende de um aprendizado, o que se chama endoculturação..

Quanto a teoria do determinismo geográfico que considera que as


diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural, que
considerava o fator climático como um importante fator de diversidade cultural.
Um dos grandes argumentos que refutou essa teoria, foi a existência de grande
diversidade cultural localizada entre diferentes povos que abitavam o mesmo
ambiente físico.

2. Desenvolvimento do Conceito de Cultura.

O termo inicial foi formulado por Edward Tylor no vocábulo inglês


Culture, que significa o todo complexo que inclui conhecimentos, crença, arte,
moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo
homem como membro de uma sociedade. Desse modo, a Cultura passa a ter
um caráter de aprendizado em oposição ao caráter de aquisição inata. Tal
conceituação, trouxe a contribuição de definir que Cultura é um comportamento
aprendido, e que independe de transmissão genética.

Após a inauguração dessa conceituação clássica, surge diversos


outros autores tentando formular novos conceitos, seja com acréscimo de
elementos ou pela omissão de elementos.

Temos o particularismo histórico (Boas) que defende que cada cultura


segue os seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos
que enfrentou, é uma abordagem que toca na ideia de um evolucionismo cultural
por uma perspectiva multilinear.

Enquanto Alfred Kroeber que aborda como a Cultura atua sobre o


homem, defendendo a ideia que graças à Cultura a humanidade distanciou-se
do mundo animal. O que acarretou sua superioridade em relação aos limites
orgânicos. O que reforça a ideia que a carga genética nada tem haver com as
ações e pensamentos culturais, logo todos seus atos dependem de um processo
de aprendizado.

Por isso ele defende que o homem criou o seu próprio processo
evolutivo, sem precisar se submeter a grandes modificações biológicas, podendo
se adaptar às mais diferentes condições mesológicas. Por isso, o homem
superou a própria natureza.

Ademais, aborda que o homem ao adquirir cultural se distanciou da


prática de seus antepassados, perdendo suas características animais. Deste
modo, a evolução do homem difere-se em ralação aos demais seres do reino
animal.

Por isso o texto defende que o homem é o resultado do meio cultural


em que foi socializado, através de um processo acumulativo de experiência e
conhecimento adquiridos pelas gerações que antecederam.

Pode-se resumir as ideias de Kroeber sobre cultura nos seguintes


elementos, que ela é mais do que uma herança genética; o homem age de
acordo com os seus padrões culturais; a cultura é o meio de adaptação aos
diferentes ambientes ecológicos; ao adquirir Cultura o homem passou a
depender muito mais do aprendizado do que agir através de atitudes
geneticamente determinadas; a cultura é um processo acumulativo, resultante
de experiências históricas de gerações anteriores.

3. Ideia sobre a Origem da Cultura.

O texto aborda que uma das preocupações dos estúdios é o modo


pelo qual se originou a Cultura. No iniciou buscou-se explicações
paleontológicas.

O autor aborda dois antropólogos que passaram a dar uma resposta


mais robusta, o primeiro é Claude Lévi-Strauss, que defende que a Cultura surgiu
no momento em que o homem convencionou a primeira regra, a primeira norma.
E o outro é Leslie White, que considera a origem como sendo a passagem do
estado animal para o humano, que ocorre quando o cérebro do homem foi capaz
de gerar símbolos.

4. Teorias modernas sobre Cultura

Uma das tarefas da antropologia modera tem sido a reconstrução do


conceito de cultura, fragmentado por numerosas reformulações. Um das Teoria
modernas pertence ao antropólogo Roger Keesing, no qual classifica as
tentativas modernas de obter uma precisão conceitual. Keesing refere-se,
inicialmente, às teorias que consideram a cultura como um sistema adaptativo.
Difundida por neo-evolucionistas como Leslie White, esta posição foi
reformulada criativamente por Sahlins, Harris, Carneiro, Rappaport, Vayda e
outros que, apesar das fortes divergências que apresentam entre si, concordam
que:

a) Culturas são sistemas que servem para adaptar as comunidades


humanas aos seus embasamentos biológicos;
b) Mudança cultural é primariamente um processo de adaptação
equivalente à seleção natural;
c) A tecnologia, economia de subsistência e os elementos da
organização social estão diretamente ligada à produção
constituem o domínio mais adaptativo da cultura.

Posteriormente ele aborda às teorias idealistas de cultura: A que


considera cultura como sistema cognitivo, sendo a cultura um sistema de
conhecimento (i). A segunda abordagem é aquela que considera cultura como
sistemas estruturais (Claude Lévi-Strauss), que busca desvendar as estruturas
de domínios culturais (ii). A última abordagem é aquela que considera Cultura
como sistemas simbólicos, sendo desenvolvida pelos Estados Unidos, que
buscavam uma definição de homem baseado na cultura, logo estudar cultura é
estudar um código de símbolos partilhados pelos membros dessa cultura.

5. Como opera a Cultura

Na primeira parte do livro foi abordado o desenvolvimento, na


antropologia, do conceito de cultura. Mostramos também as explicações da
ciência para o processo de evolução biocultural do homem.

A segunda parte do livro se atenta a mostrar de que maneira prática


a atuação da cultura na vida do homem, e de que que forma aquela acaba
moldando essa.

O autor aborda que a Cultura é a lente pela qual as pessoas enxergam


o mundo a sua volta. Deste modo, a forma de ver o mundo, as apreciações de
ordem moral e valorativa, os diferentes comportamentos sociais e mesmo as
posturas corporais são assim produtos de uma herança cultural, ou seja, o
resultado da operação de uma determinada cultura

5.1 A Cultura interfere no plano biológico

A cultura pode condicionar outros aspectos biológicos e até mesmo


decidir sobre a vida e a morte dos membros do sistema. Como por exemplo, em
algumas etnografias africanas que acredita na morte por feitiçaria, e que acaba
levando essas a um estado em que acreditam estarem com essa enfermidade,
o que acaba levando ao quadro de óbito. Essa é uma demonstração do ator
Cultura agindo sobre o aspecto da atuação humana.

Outros exemplos são ditados populares como comer maga com leite
é uma combinação perigosa ou que o horário de meio-dia é convencionado para
as pessoas sentirem fome. Tais aspectos culturais agem diretamente sobre o
biológico das pessoas.
A cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou
imaginárias. Estas curas ocorrem quando existe a fé do doente na eficácia do
remédio ou no poder dos agentes culturais. Pratica essa utilizada pelos Xamã
das tribos indígenas.

6. A Cultura é dinâmica
O autor descreve que a quem diga que em sociedades simples, como
as tribais, a cultura não apresenta mudança (dinamicidade). O autor rejeita esse
argumento, pois o lapso temporal para se analisar a mudança dos aspectos de
determinada cultura não pode ser pelo critério de anos do calendário, mas
através de séculos de anos, para que se observe a mudança de padrões
culturais.
Obviamente que cada sociedade tem seu padrão de mudança
cultural, sendo algumas mais dinâmicas enquanto outras mais estáticas.
Existe fatores que o autor aborda que podem acelerar esse processo
de salto cultura, que ocorre quando civilizações isoladas e limitadas
tecnologicamente passam a ter contato com civilizações de traços mais
complexos.
O autor aborda que existe dois tipos de mudança cultura: um
internamente, resultante da dinâmica do próprio sistema cultural, e uma segunda
que é o resultado do contato de um sistema cultural com um outro.
Fatores climáticos ou mudanças provenientes de fatores externos
podem pressionar a sociedade a promover um salto de um nível de cultura para
outro diferente. Isso comprova o caráter dinâmico da cultura segundo o autor. E
por fim, um exemplo em que pode-se observar a dinamicidade da cultura dentro
do seio interno de uma sociedade, basta apenas olhar para as diferentes
gerações que compõem a Sociedade.
Entender esta dinâmica é importante para atenuar o choque entre as
gerações e evitar comportamentos preconceituosos. Da mesma forma que é
fundamental para a humanidade a compreensão das diferenças entre povos de
culturas diferentes, é necessário saber entender as diferenças que ocorrem
dentro do mesmo sistema.

Vous aimerez peut-être aussi