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Fluxos Migratórios

As migrações de seres humanos sempre aconteceram ao longo dos tempos e numa imensa
variedade de circunstâncias, podendo ser tribais, nacionais, de classes ou individuais e pelas
mais diversas causas, políticas, económicas, religiosas, naturais, étnicas ou simplesmente pelo
gosto de partir à aventura e assim, consideram-se fluxos migratórios, todos os grupos de
pessoas que se deslocam do seu lugar de origem, para outros locais, em busca de melhores
oportunidades e melhor nível de vida. A migração humana contempla dois actos, o acto de
emigrar ou o acto de imigrar.

A emigração, é o acto ou fenómeno espontâneo, de deixar o seu local de residência para se


estabelecer numa outra região ou nação. O emigrante é aquele que sai de um país com ânimo
permanente ou temporário e com intenção de trabalho e/ou residência em outro país.
Relativamente à imigração, trata-se do mesmo fenómeno da emigração, mas visto da
perspectiva do lugar de destino, ou seja, para nós, cidadãos portugueses que residem em
Portugal, qualquer estrangeiro que venha para o nosso país, com intenção de se estabelecer
para trabalhar e/ou residir, é considerado um imigrante.

As migrações podem ser de diversos tipos, podendo estas ser


compostas por várias variantes:

Quanto ao espaço, as migrações podem ser internas ou


externas. São internas quando a deslocação ocorre de uma
região para outra, dentro do mesmo país e, neste caso, ainda
podem ser subdivididas em êxodo rural, termo pelo qual é
designado pelo abandono dos campos pelos seus habitantes
que partem em busca de melhores condições de vida, e êxodo
urbano que é exactamente o inverso, ou seja, é a deslocação
dos habitantes dos centros urbanos para os meios rurais,
podendo em alguns casos, ser o regresso à sua terra natal ou
então a saturação do bulício citadino e consequente busca por locais aprazíveis como forma de
descanso e qualidade de vida.
No que refere às externas, a migração é efectuada de um país para outro e também neste
caso a migração externa subdivide-se em intracontinental, quando a migração é efectuada
para outro país do mesmo continente, ou intercontinental quando a migração é efectuada
para um país de outro continente.

No que diz respeito à duração, as migrações poderão ser temporárias, quando esta é feita por
um determinado período de tempo, que pode ir de poucos dias até a alguns anos. A título de
exemplo neste tipo de migração, estão os casos de trabalhadores com contratos de trabalho
temporário, na indústria hoteleira ou na construção civil. Nas migrações temporárias estão
também contempladas as migrações sazonais, que têm a ver com trabalhos a efectuar em
determinadas estações do ano, como por exemplo para as vindimas ou para a época balnear.
Existem depois as migrações definitivas, em que a migração é feita para um determinado
local, para aí se estabelecerem definitivamente.

Em relação à forma, as migrações poderão ser voluntárias, onde a decisão de migrar parte da
própria iniciativa do indivíduo, grupo ou população, ou forçada, quando o indivíduo, grupo ou
população se vêm obrigados a migrar pelos mais diversos motivos, apesar de não o desejar
fazer. (situações de guerra, cataclismos, epidemias)

Por último, em relação ao controlo, a migração pode ser legal, quando é feita com autorização
do país de acolhimento, ou clandestina se a migração for feita sem conhecimento ou
autorização do país de acolhimento.

As migrações poderão resultar por razões:


 Económicas
 Naturais
 Turísticas
 Laborais
 Políticas
 Étnicas
 Religiosas
 Culturais

Foi com era dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI, que foram abertos novos horizontes
geográficos. Estes deram a conhecer grandes áreas praticamente despovoadas, motivaram a
vontade e oportunidade de emigrar para esses novos locais.

Nessa época abriu-se uma nova era na história das migrações, pois foi a partir daí que
espanhóis e portugueses ocuparam países da América latina e África e Franceses e Britânicos
ocuparam a América do Norte.

No entanto, de todos os movimentos migratórios, os mais significativos foram os dos finais do


século XIX e princípios do século XX, pois desempenharam um papel fundamental na
redistribuição e no equilíbrio da população mundial.

A partir da Revolução Industrial, a Europa conheceu um gigantesco crescimento populacional,


chegando ao ponto em que a indústria e os serviços já não conseguiam garantir emprego a
todos os que o necessitavam.

Em contrapartida, existiam territórios muito vastos, por explorar e escassamente povoados e


assim, milhões de portugueses, espanhóis, irlandeses, britânicos, franceses, alemães, suecos
e dinamarqueses emigraram para os territórios do Novo Mundo (EUA, Canadá, Brasil,
Venezuela, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul…).

Estes movimentos migratórios ajudaram a diminuir fortemente a pressão demográfica na


Europa e ajudaram ao crescimento económico e populacional do Novo Mundo.

O período compreendido entre as duas guerras mundiais foi uma época de abrandamento dos
fluxos migratórios internacionais; por um lado devido aos conflitos bélicos que dificultavam a
movimentação dos meios de transporte e impediam a saída de pessoas de grande parte dos
países europeu e por outro, os homens, devido à guerra, eram todos necessários para o
conflito.

Outra causa do abrandamento foi a crise económica dos anos 30 que teve início nos EUA e
que se alastrou a todo o mundo. Foi a partir desta crise que muitos países adoptaram medidas
de restrição às imigrações, adoptando políticas de controlo cada vez mais rigorosas, que
passavam pelo estabelecimento de um limite ao tipo e ao número de estrangeiros a entrar no
território, combatendo assim a imigração clandestina.

Com o fim da II Guerra Mundial, retomaram os


fluxos migratórios, no entanto, noutra direcção.
Os países europeus encontravam-se destruídos
pelo conflito e procuravam agora a sua
reconstrução economia. Contudo, existiam
obstáculos, as duas guerras mundiais tinham
ceifado milhares de vidas humanas,
principalmente jovens e adultos, pelo que a
população europeia, para além de reduzida,
estava envelhecida. Assim, a falta de mão-de-
obra era o maior obstáculo à reconstrução.
Nessa época, muitos países mediterrânicos ou
que não entraram directamente nos conflitos
possuíam uma economia pouco desenvolvida e
sobretudo agrícola, e portanto, incapaz de
absorver toda essa mão-de-obra, originando nesses países, muito desemprego e salários
reduzidos.

A possibilidade de poderem obter melhor emprego, emigrando para os países que estavam
destruídos, foi uma forma de alterar o seu nível de vida, pelo que se desencadeou outro grande
fluxo migratório, sendo que desta vez, não era para o Novo Mundo, mas sim, para os países da
Europa Ocidental que em poucas décadas conseguiram recuperar o seu desenvolvimento
económico.
Os principais países de acolhimento foram a França, a Alemanha, o Reino Unido, a Bélgica, a
Holanda, o Luxemburgo e a Suíça. Dos países de origem destacam-se a Espanha, Portugal,
Irlanda, Jugoslávia, Turquia, Marrocos, Argélia e Tunísia.

Em 1973, outra nova crise económica provocada pela subida crescente e vertiginosa dos
preços do petróleo, principalmente devido ao conflito entre o Irão e o Iraque, teve como
consequência novas restrições à imigração.

Actualmente verifica-se um grande fluxo migratório dos países africanos e asiáticos para a
Europa; muitos destes fluxos devem-se à crescente crise económica e politica vivida nesses
países. Porém, também verificamos um fluxo crescente para países como a China e Japão,
devido a interesses profissionais, uma vez que matérias-primas e mão-de-obra são de baixo
valor e o que proporciona melhores resultados.

Desta forma pode-se concluir que os motivos que levam os seres humanos a migrar são os
mais variados. Tanto podem ser por razões económicas ou laborais, estando estes dois muito
ligados, pois, por vezes, as pessoas partem em busca de melhores condições de trabalho e,
consequentemente, melhores condições salariais; por motivos étnicos, em situações em que
várias culturas coabitam na mesma região, mas que devido às diferenças culturais entre elas,
não proporcionam a convivência pacífica ou até mesmo por causas naturais, nomeadamente
terramotos, cheias, seca, e erupção de vulcões entre outros. Mas independentemente das
razões todos procuram melhorias para as suas vidas.

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