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Autor: Antônio Américo de Medeiros

HISTÓRIA DA GUERRA DE JUAZEIRO


EM 1914, DE JUAZEIRO À FORTALEZA.

De treze para quatorze “1914”


O Padre Cícero Romão
Enfrentou Franco Rabelo
Forma de revolução
No fim terminou em guerra
Como conta a tradição

Juazeiro desmembrou-se
De Crato pelo direito
O Padre Cícero Romão
Foi nomeado a Prefeito
E o partido contrário
Não deu isto pôr bem feito.

Padre Cícero era do lado


Que fazia oposição
Ao governo do estado
Onde nasceu a questão
Coronel Franco Rabelo
Ficou igual um leão.
Preparou um batalhão
Em Fortaleza e mandou
Assim que chegou em Crato
O comandante falou
Vim pra tomar Juazeiro
Que o governo ordenou.

Governo naquele tempo


Chamavam de presidente
Franco Rabelo queria
Ser poderoso e valente
Disse prenda o Padre Cícero
E meta o pau naquela gente.

Padre Cícero quando soube


O que ia acontecer
Chamou Doutor Floro e disse
Chame o povão pra fazer
A defesa da cidade
Pra meu povo não morrer.

É pra cavar um valado


Cercando toda cidade
Uma valeta bem feita
Com a maior brevidade
Com seis metros de largura
E dois de profundidade.

Homem, mulher e menino


Todos de ferro cavando
Dia e noite sem parar
E o serviço aumentando
Findaram nos sete dias
E o Padre Cícero rezando.

O batalhão rabelista
Em Crato se preparava
A espera de um canhão
Que o Rabelo mandava
Nesta demora os romeiros
A valeta terminava.
Aí Padre Cícero disse
Sobre as terras do valado
Vão fazendo barricadas
Com o povo entrincheirado
Que o batalhão já vem perto
E é pra ser derrotado.

Assim que nosso romeiros


O valadão ocuparam
Os soldados de Rabelo
Tambor de guerra tocaram
De uma parte e da outra
As descargas começaram.

Romeiros entrincheirados
Em posição verdadeira
Derrubaram os inimigos
Que vinham na dianteira
Como vitória tomaram
Do comandante a bandeira.
Padre Cícero quando soube
Da vitória conquistada
Disse recebam a benção
Pôr mãe das dores mandada
Que foi quem nos defendeu
Nesta hora angustiada.

Pôr trincheira mãe das dores


Padre Cícero batizou
E para cada romeiro
Este recado mandou
Todos pôr um, um pôr todos
E cada qual aceitou.

Chamou Doutor Floro e disse


Divida o povo fiel
Leve um comando ao Crato
Chegue lá tome o quartel
Com todos os armamentos
Pra eles vai ser cruel.

Eles lá já vêm saindo


Para tomar Juazeiro
Como ficou pouca gente
Vocês daqui vão ligeiro
Todos pôr dentro do mato
Tudo é fácil pra romeiro.

As quatro da madrugada
O Crato estava cercado
Os soldados se renderam
E Doutor Floro animado
Armamento e munição
O que tinha foi tomado.

Nesta hora os rabelistas


Atacavam Juazeiro
E os romeiros voltavam
Pôr dentro do marmeleiro
Chegaram de retaguarda
E atacaram ligeiro.

Nas fronteiras dos macacos


Brigaram uma porção
E outros soldados armando
Um reforçado canhão
Para acabar Juazeiro
E o Padre Cícero Romão.

O canhão era apontado


Pra dentro de Juazeiro
Na hora que detonaram
A peça rodou ligeiro
Deu o tiro para trás
Livrando o povo romeiro. “Milagre”

Do comando dos soldados


Morreram muitos na hora
Atingidos do canhão
Padre Cícero disse agora
Quem defendeu nós do monstro
Aqui foi Nossa Senhora.
Aí Coronel Alípio
Outro reforço pediu
A busca de Juazeiro
Novo batalhão partiu
Mas travessar os valados
Soldado não conseguiu.

Padre Cícero orientava


O seu povo não roubar
Não beber durante a guerra
E a mulher respeitar
Para no grande perigo
Nossa Senhora ajudar.

Os soldados recuaram
Foi a luta aliviada
Porém chegou a notícia
Baixa Dantas foi tomada
Pôr nova tropa que vem
Pelo Rabelo mandada.
Partiu para Baixa Dantas
Trezentos bacamarteiros
Ao todos mais de quinhentos
Com beatos e romeiros
Todos de chapéus de couro
Em trajes de cangaceiros.

Os beatos valorosos.
Era o beato Vicente
Mané-Chiquinha, e Zé Terto
Jota Borba, o mais valente
Pedro Silvino e Zé Pedro
Foram na linha de frente.

Já no terceiro combate
Retomaram Baixa Dantas
Os soldados se assombraram
Com as valentias tantas
Do povo do Padre Cícero
Parecia forças Santas.

Padre Cícero recebeu


Um recado que dizia
Do Capitão Zé da Penha
Vou a sua moradia
Lhe arrancar a cabeça
Já pode esperar o dia.

O Padre lhe respondeu


Já que você não é bom
Vai morrer esta semana
Para baixar o seu tom
Foi morto pelos romeiros
No lugar Miguel Calmon.

Morreu o J. da Penha
O resto reconheceu
Que o Padre estava ganho
Foi o que aconteceu
Franco Rabelo deposto
Novo governo nasceu.

O Coronel Setembrino
Entrou como interventor
E Liberato Barroso
Depois pra governador
Padre Cícero foi o vice
Com merecido valor.

Doutor Floro também foi


Deputado Estadual
Presidente da Assembléia
Em um acordo legal
Na festa do fim da guerra
Teve apoio federal.

FIM

Poema em homenagem ao
Poeta Antônio Américo.
Autoria do grande poeta Cícero Pedro de Assis,
Pernambucano, reside atualmente em São Miguel Paulista
SP
.

Antônio Américo Medeiros


é cordelista modelo.
uma caneta de ouro
igual a de Zé Camêlo
e Zé Duda do Zumbi
nome que merece zêlo

Américo é um seguidor
de Silvino Pirauá
ou João Martins de Ataíde
o trovador do Ingá,
igual a Cordeiro Manso
e Odilon Nunes de Sá.

Américo tem as idéias


do grande Leandro Gomes
o dom de José Pachêco
Cícero Vieira um dos nomes
ou um Firmino Teixeira
que brilhou entre os renomes.

De Manoel D’Almeida Filho


Américo está bem pertinho
no cordel ele é igual
a José Alves Sobrinho
caneta que nunca errou
da poesia o caminho.

Os trabalhos de Américo
estão chamando atenção
empata com Patativa,
Pedro Bandeira e Canção,
Louro, Pinto e Canhotinho,
Zé Faustino e Mergulhão.

Escreve igual a Rodolfo


Paulo Nunes e Diniz.
Eu e Gonçalo Ferreira,
sua caneta é quem diz
nesta Homenagem prestada
Por Cícero Pedro de Assis.

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